“você é dramaturgo?” de... · 2013. 3. 28. · gil vicente na horta a partir de o velho da...
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Outro dia um amigo passa na redação. Conversa daqui e dali e, súbito, faz uma observação: “Você está escrevendo muito sobre teatro”. Senti o tom restritivo, e expliquei: “Afinal, sou dramaturgo, ora essa!” O meu amigo faz uma pausa de pura perplexidade: “Quem é o dramaturgo?” Respondo: “Eu”. Nova pausa, mais contrafeita. E o espanto confesso: “Você é dramaturgo?” Aquilo me irritou: “Gracinha! Ou você não sabe que eu sou dramaturgo?” Não sabia, honestamente, não sabia.Foi então, e só então, que comecei a desconfiar da existência do teatro brasileiro. Sendo assim, tenho feito uma coisa que não existe, ou seja, teatro, e escrito sobre um assunto que também não existe, ou seja, ainda e sempre teatro. O pior é que se trata de um amigo meu, e íntimo; de um sujeito que viu, inclusive, peças minhas. Ora, tenho trinta anos de dramaturgia. Como diz a minha vizinha gorda e patusca: “Trinta anos não são trinta dias”. Pois bem. Depois de trinta anos chega um amigo, olha-me de alto a baixo e pergunta, num desolado escândalo: “Você é dramaturgo?”
NElSON RODRiGuESExcerto de “Teatro Assassinado”. in O Remador de Ben-Hur: Confissões Culturais. São Paulo: Companhia das letras, 1996. p. 280.
“Você é dramaturgo?”
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aBrILJuLHo2013
teatro Nacional São João
Fernanda alves
instalação Nuno Carinhasprodução TNSJ
mosteiro São Bento da Vitória
Madalena
a partir de Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrettencenação Jorge Pintoprodução Ensemble – Sociedade de Actores
27 mar21 abr 2013
4-11 abr 2013
teatro carlos alberto
5-14 abr 2013
Gertrude
a partir de Hamlet, de William Shakespeareencenação Simão Do Valecoprodução A Turma, TNSJ
teatro Nacional São João rosencrantz & Guildenstern estão Mortosde Tom Stoppardencenação Marco Martinscoprodução Arena Ensemble, Centro Cultural de Belém, TNSJcolaboração ESMAE
o aNo do BraSIL No tNSJ
ciclo Infanto-Juvenilciclo dança, música e Novas Linguagensciclo teatro, cinema e Literaturaciclo Nelson rodriguesciclo FItEIorganização Comissariado-Geral para o Ano do Brasil em Portugal, Funarte/Ministério da Cultura do Brasilcolaboração TNSJ
teatro carlos alberto
18-28 abr 2013
Gil vicente na Hortaa partir de O Velho da Horta e outros textos de Gil Vicenteencenação João Motaprodução Teatro Nacional D. Maria II
teatro Nacional São João
24-27 abr 2013
dura dita dura
texto Regina Guimarãesencenação e interpretação Igor Gandracoprodução Teatro de Ferro, Festival Internacional de Marionetas do Porto, Escrita na Paisagem, Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas de Lisboa
Estações de metro do Porto
corpo casa rua
direção Carlos Costaprodução Visões Úteis
teatro Nacional São João
20-22 Jun 2013
zoo
direção Victor Hugo Pontescoprodução Nome Próprio, Maria Matos Teatro Municipal, Centro Cultural Vila Flor, TNSJ
teatro Nacional São João
27-29 Jun2013
salto
coreografia André Mesquitacoprodução Tok’Art – Plataforma de Criação, Teatro Viriato, TNSJ
teatro carlos alberto
5-7 Jul 2013
Máquina-tróia
a partir de Agamémnon de Ésquilo e As Troianas de Eurípidesencenação Roberto Merinoorganização Escola Superior Artística do Porto
mosteiro São Bento da Vitória
9-13 Jul 2013
maP/P
conceção e programação Alberto Magnoprodução Produtora de Risco
teatro Nacional São João
10-14 Jul2013
a visita da velHasenHorade Friedrich Dürrenmattencenação Nuno Cardosocoprodução Ao Cabo Teatro, Companhia Maior, Centro Cultural Vila Flor, São Luiz Teatro Municipal
teatro Nacional São João
20 Jul 2013
IV ENcoNtroNacIoNaL dE cENograFIaorganização APCEN – Associação Portuguesa de Cenografia
11-28 abr 2013
teatro Nacional São João
teatro carlos alberto
mosteiro São Bento da Vitória
17 abr 10 Jun 2013
11-21 Jun 2013
mosteiro São Bento da Vitória
9 abr18 Jun 2013
leituras no Mosteirocoordenação Nuno M Cardoso, Paula Braga
teatro Nacional São João
teatro carlos alberto
mosteiro São Bento da Vitória
abrJul 2013
ProJEtoS EducatIVoScoordenação Luísa Corte-Real
O TNSJ é membrO da
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Fora de Portas
centquatre Paris, França3-28 abr 2013
ateM le souFFle
de Josef Nadjprodução centre chorégraphique national d’orléans, Jel Színházcoprodução Festival d’avignon, théâtre de la Ville – cENtQuatrE, tNSJ
teatro municipal de almada4-7 abr 2013
oficina municipal do teatro Coimbra12+13 abr 2013
centro cultural e de congressos Caldas da rainha20 abr 2013
centro cultural de Belém Lisboa26 abr - 4 mai 2013
a estalajadeira
de carlo goldoniencenação Jorge Silva melocoprodução artistas unidos, centro cultural de Belém, tNSJ
teatro Nacional d. maria II Lisboa19, 21+26, 28 abr 2013
teatro municipal de Bragança31 mai 2013
o doenteiMaGináriode molièreencenação rogério de carvalhocoprodução Ensemble – Sociedade de actores, tNSJ
casa das artes de Felgueiras20 abr 2013
teatro cinema de Fafe 24 abr 2013
auditório municipal do Fórum cultural do Seixal4 mai 2013
diz-lHes que não Falarei neM que Me MateMtexto e encenação marta Freitasinterpretação mário Santoscoprodução mundo razoável, guimarães 2012, Bastidor Público, tNSJ
theatro circo braga3 maio 2013
teatro da cerca de São Bernardo Coimbra22+23 mai 2013
estranGeiros
direção e coreografia Né Barroscoprodução Balleteatro, guimarães 2012, tNSJ
cineteatro alba albergaria-a-Velha3 mai 2013
centro cultural de Belém Lisboa19-24 Jun 2013
rosencrantz & Guildensternestão Mortosde tom Stoppardencenação marco martinscoprodução arena Ensemble, centro cultural de Belém, tNSJ
teatro o Bando Palmela1+2 Jun 2013
os Macacos não se MedeM aos palMosde manuel antónio Pinaencenação João Luizinterpretação Patrícia Queiróscoprodução Pé de Vento, tNSJ
teatro Nacional d. maria II Lisboa27 Jun - 21 Jul 2013
violência –FeticHe do HoMeM BoMtexto e encenação cláudia Lucas chéucoprodução tNdm II, associação cultural teatro Nacional 21, tNSJ
maria matos teatro municipal Lisboa28+29 Jun 2013
zoo
direção Victor Hugo Pontescoprodução Nome Próprio, maria matos teatro municipal, centro cultural Vila Flor, tNSJ
teatro mossoveta moscovo, rússia4-6 Jul 2013
soMBras
uma criação de ricardo Paisprodução tNSJem coprodução com centro cultural Vila Flor, teatro Viriato, São Luiz teatro municipal
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teatro NacionalSão João
Salão Nobre
iNSTALAçãONuNo CARINHAS
27 mar21 abr2013
qua-sáb 14:00-19:00* dom 14:00-15:00
produção TNSJ
A atriz dá-se a ver e a ouvir no interior de um Salão Nobre tornado labirinto, numa convocação sobreposta de paisagens visuais e sonoras amplificadas pela sua ausência, tão forte quanto em vida a sua presença. Nuno Carinhas escolheu evocá-la em dois momentos distintos do seu percurso artístico: a ascensão (em 1974, com A Grande Imprecação Diante das Muralhas da Cidade) e a maturidade (em 1997, com Os Gigantes da Montanha e Músicas para Vieira), aqui devolvidos por estilhaços de memória que nos chegam através do grão da sua voz ou de instantâneos captados em palco ou em ensaios pelos fotógrafos J. Marques
e João Tuna. Com Fernanda Alves, exposição/instalação que inaugurámos no Dia Mundial do Teatro, reacendemos a mulher que viveu muitas vezes. E prolongamos o gesto iniciado por Fernando Mora Ramos e Joana Carvalho em Fernanda – Quem Falará de Nós, os Últimos?, vivificação cénica ativada pela crença nas possibilidades mágicas das palavras. Nestes passos e espaços em volta, encenamos uma ausência para continuarmos a falar dela, com ela.
ExpOSiçãO
Fernanda alvesImagens, sons, imprecações
* até às 20:00 nos dias em que há espetáculos em exibição
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mosteiroSão Bentoda Vitória
4-11abr2013
4+5 qui+sex 15:00 + 21:309 ter 15:0010+11 qua+qui 15:00 + 21:30
Depois de se ter envolvido com dois clássicos do teatro francês – O Avarento e O Doente Imaginário de Molière –, o Ensemble revisita Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, peça tantas vezes designada como a obra-prima do teatro português e que agora completa 170 anos. Com encenação de Jorge Pinto, Madalena é uma forma de celebrar e interpelar este portuguesíssimo drama familiar com poderosas ressonâncias políticas, arriscando lançar uma especial luz sobre a personagem de D. Madalena de Vilhena, epicentro de todos os temores e augúrios que assombram Frei Luís de Sousa, bem como da culpa que hipoteca a felicidade do presente.
uma aposta que parece antecipadamente ganha, tendo em consideração o perfil e o trajeto de Emília Silvestre, atriz que é um caso paradigmático de apuro e rasgo interpretativos. Concebido especialmente para o público escolar, Madalena excede o estatuto de “espetáculo teatral”: com música original de Ricardo Pinto, cruza atores e músicos em palco, ganhando a espaços foros de concerto rock. Palavras, gestos e música concorrem para reacender esse vulcão aparentemente extinto – o Passado –, que vem tragar os vivos que se instalaram na sua cratera de medos, insinuações e sonhos…
A pArTir dE Frei Luís de sousa, dE ALMEIDA GARRETT
ENcENAçãOJoRGE PINTo
Madalena
interpretação Emília Silvestre, Marcelo Rúben Aires, Teresa Coimbra, Jorge Pinto, Pedro Lamares, António Parra, Ricardo Pinto
e André Idalino,
Daniel Silva
produção Ensemble – Sociedade de Actores
estreia 14Mar2013 casa das Artes de Famalicãodur. aprox. 1:10M/12 anos
música
Ricardo Pintodesenho de luz José Álvaro Correiadesenho de som Joel Azevedofigurinos Cátia Barrosassistência de
encenação Vânia Mendes
12 1312 13
teatro carlosalberto
A pArTir dE HamLet dE WILLIAM SHAkESPEARE
drAmATurgiA E ENcENAçãO SIMão Do VALE
5-14abr2013
qua-sáb 21:30dom 16:00
tradução
António M. Feijó (português) Agostino Lombardo (italiano)
música original
e sonoplastia Francisco Pessanha de Meneses
cenografia
e figurinos Bernardo Monteirodesenho de luz Rui Simãocoreografia Né Barrosassistência
de encenação Manuel Tur
interpretação Fiammetta Bellone, Simão Do Vale
coprodução A Turma, TNSJ
M/12 anos
Afirmava Oscar Wilde que há tantos Hamlets quantos os seus leitores. O Hamlet que o TNSJ agora estreia é Gertrude, nome da mãe desse singular herói inventado por Shakespeare e marcado pela incessante reflexão sobre si mesmo, por um radical défice de identidade e por um concomitante fascínio pelo teatro. O espetáculo concebido por Simão Do Vale – jovem criador teatral que vem fazendo o seu percurso formativo e artístico em itália – coloca a relação de Hamlet com a sua “mãe poluída”, enfronhada em “lençóis incestuosos”, no centro de uma dramaturgia tão perigosa quanto os fados das suas personagens. O propósito não passa por iluminar esse reduto
opaco, mas por inquirir a perturbante complexidade que pulsa entre os desejos de Gertrude, as suas responsabilidades, o seu corpo e o seu poder. Assinando dramaturgia e encenação, Simão Do Vale faz-se acompanhar em cena da atriz italiana Fiammetta Bellone para pôr em movimento um fantasmagórico carrossel de cenas e personagens que adensa o isolamento de Gertrude, rainha estrangeira de quem, ao certo, sabemos tão pouco… Espetáculo que gemina duas línguas e tira partido de duas magníficas traduções, Gertrude lança--nos no epicentro da fantasiosa dialética edipiana de Hamlet, que tem na célebre closet scene a mais exemplar encarnação dramática.
ESTrEiA ABSOLuTA
Gertrude
Espetáculo
em língua
portuguesa
e língua italiana,
legendado
em português.
14 15
14 15
teatroNacionalSão João
11-28abr 2013
qua-sáb 21:30dom 16:00
dE ToM SToPPARD
ENcENAçãO MARCo MARTINS
tradução João Paulo Esteves da Silvacenografia
Artur Pinheirodesenho de luz Nuno Meirafigurinos Isabel Carmonamúsica original (interpretada ao
vivo) Noiservdireção de
produção Narcisa Costa
interpretação Gonçalo Waddington, Nuno Lopes, Bruno Nogueira, Beatriz Batarda,
Romeu Costa,
Joana de Verona,
Jorge Mota, Pedro Cruzeiro
e Alexandre Calçada, Ana
“Escrevo peças porque o diálogo é a forma mais respeitável de me contradizer”, afirmou um dia Tom Stoppard, autor britânico que conquistou a linha da frente da dramaturgia contemporânea com Rosencrantz & Guildenstern Estão Mortos (1966), “comédia de ideias” que coloca numa deriva existencialista duas personagens secundárias do Hamlet de Shakespeare. Enviados pelo tio do Príncipe da Dinamarca para conter a ira do seu sobrinho e desvendar a origem da sua loucura, Rosencrantz e Guildenstern veem-se perdidos na sua missão, incapazes de descodificar o mundo que os rodeia, bem como a geografia do lugar que ocupam naquela intriga. A caminho de Elsinore, que é o nome do lugar onde o teatro se pensa
a si mesmo, perguntam-se “Quem somos?”, interrogação que serve de mote a Marco Martins – criador que o cinema revelou mas que tem vindo a acrescentar território ao teatro português – para desencadear uma reflexão em cena sobre os labirintos da identidade e a vertigem da representação. No centro desta inquirição estão, ainda e sempre, os atores, essas criaturas que, sendo tantas, são “o mesmo lado de duas moedas” ou “os dois lados da mesma moeda”.
Mafalda Pereira, Ana Maia, Carolina Amaral, Fábio Costa, Luís Puto, Maria Quintelas,
Ricardo Soares, Tiago Sarmento (ESmAE)
coprodução Arena Ensemble, Centro Cultural de Belém, TNSJcolaboração
ESMAE
M/12 anos
ESTrEiA
rosencrantz & Guildenstern estão Mortos
16 1716 17
Mir
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iran
da o aNo do BraSIL
No tNSJ
Entre 7 de setembro de 2012 (Dia da independência do Brasil) e 10 de junho de 2013 (Dia de Portugal), os dois países celebram-se mutuamente. O Ano de Portugal no Brasil e o Ano do Brasil em Portugal decorrem em simultâneo, promovendo encontros que mostram a criatividade e diversidade das manifestações artísticas, culturais, científicas e empresariais de ambos os países. O TNSJ, que vem escrevendo com o Brasil um romance inacabado – os últimos capítulos foram redigidos em 2011 e 2012, com a fulgurante carreira de Sombras de Ricardo Pais nas cidades de São Paulo e Santos, e a apresentação no Porto de duas criações assinadas pelo Centro de Pesquisa Teatral de Antunes Filho –, toma parte da iniciativa. Após um primeiro ciclo de espetáculos, apresentado entre 9 de outubro e 11 de novembro de 2012, reincidimos agora, em versão maximalista, na visitação de muitos e performativos Brasis. Vinte e seis espetáculos, agrupados em cinco ciclos, para ver e ouvir durante cinquenta e cinco dias. Todo um repertório de ideias, gestos e formas, toda a vitalidade de um mundo que explode nos nossos três palcos. Agora e na hora em que o mundo – todo o mundo – tem vontade de ser Brasil.
organização Comissariado-Geral para o Ano do Brasil em Portugal, Funarte/Ministério da Cultura do Brasilcolaboração TNSJ
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baseada no romance de
Ignácio de Loyola Brandãoencenação Cristina Moura produção Turbilhão de Ideias (rio de Janeiro)
texto e direção karen Acioly música Camille Rocailleux produção Companhia karen Acioly (rio de Janeiro)
os espetáculos aguardam classificação etária.
mosteiro de São Bentoda Vitória17+18 abr 2013qua+qui 15:00
teatro carlos alberto8+9, 11+12 mai 2013qua+qui 15:00 sáb 21:30 dom 16:00
cIcLo INFaNto-JuVENIL
Duas propostas estimulantes para o público infanto-juvenil no arranque do programa O Ano do Brasil no TNSJ. O Menino que Vendia Palavras é uma adaptação do romance homónimo de ignácio de loyola Brandão, um ex- -jornalista cuja estreia literária ocorreu na década de 1960, como contista. inspirando-se na sua infância, o autor compôs a história de Vado, um menino que troca o significado de palavras difíceis por objetos, recorrendo à sabedoria do pai, interpretado pelo popular ator Eduardo Moscovis. A sede de Vado pela compreensão da língua portuguesa e pelo valor das palavras leva-o a um choque com a realidade, numa espécie de metáfora sobre a vida dos adultos. A promoção da leitura é um
o Menino que vendia palavras
FedeGundados objetivos da peça, cujo dispositivo cénico, no Brasil, incluía cerca de 3.000 livros. O registo de Fedegunda, descrita no Brasil como “a opereta para crianças que os adultos adoram”, é bem distinto: trata-se de um musical em que a personagem principal, que dá o nome à peça, perde o seu coração por tanto amar o que a rodeia. Para o recuperar, enfrenta obstáculos simbólicos – o mar, o vento, o desejo e o tempo –, num espetáculo em forma de fábula que cruza a música do compositor francês Camille Rocailleux com dança contemporânea, arte circense e percussão vocal. Fedegunda terá duas récitas iniciais dedicadas ao público jovem e outras duas para adultos.
F
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direção e coreografia Deborah Colkerprodução Companhia de Dança Deborah Colker (rio de Janeiro)
coreografia e direção artística Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieiraprodução Cooperativa Paulista de Dança (São paulo)
guião e direção Stella Mirandainterpretação e produção Stella Miranda & Tim Rescala (rio de Janeiro) coreografia e direção artística Henrique Rodovalho
produção Quasar Companhia de Dança (goiânia)
conceção e direção Miguel Thiréprodução Brecha Coletivo (rio de Janeiro) direção e coreografia Alex Neoral
produção Focus Companhia de Dança (rio de Janeiro)
os espetáculos aguardam classificação etária.
teatro Nacional São João3-5 mai 2013sex+sáb 21:30 dom 16:00
teatro carlos alberto18+19 mai 2013sáb 21:30 dom 16:00
teatro carlos alberto4+5 mai 2013sáb 21:30 dom 16:00
teatro carlos alberto23+24 mai 2013qui+sex 21:30
mosteiro de São Bento da Vitória 16+17 mai 2013qui+sex 21:30
mosteiro de São Bento da Vitória 24+25 mai 2013sex+sáb 21:30
cIcLo daNça, múSIca E NoVaS LINguagENS
tatyana Mapa Movediço + a revolta da lantejoula
Miranda por Miranda
céu na Boca
o que você Gostaria que Ficasse
as canções que você dançou pra MiM
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Que país é este que dançava o presente enquanto não chegava o futuro? O Brasil que avistamos neste ciclo já não é o eterno e adiado país do futuro, mas o país-promessa que agora se cumpre sem renegar o passado. Olhemos para a dupla Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira: ele é um dos herdeiros do histórico Balé Popular do Recife; ela transporta a memória do balé clássico. Juntos, têm vindo a construir um corpo de dança irredutivelmente contemporâneo a partir do diálogo entre estas duas heranças artísticas. Mapa Movediço e A Revolta da Lantejoula são os capítulos mais recentes dessa reinvenção em curso. As Canções que Você Dançou Pra Mim também participa desse movimento regenerador a partir da ativação de uma
recordação do passado: setenta e duas canções de Roberto Carlos, o Rei da MPB, no centro de uma subversiva e carinhosa leitura coreográfica assinada por Alex Neoral. Miranda por Miranda alimenta-se de outro ícone do imaginário popular brasileiro, Carmen Miranda, a Chiquita Bacana que começou por ser uma rapariga do Marco de Canaveses antes de conquistar o Rio de Janeiro e o mundo. A cantora e atriz Stella Miranda, acompanhada ao piano por Tim Rescala, devolve-nos o mito através de um narcísico jogo de espelhos. De paragens menos exóticas e tropicais chega-nos Tatyana, nome da contemplativa personagem do romance Evguéni Onéguin de Aleksandr Púchkin. A coreógrafa Deborah Colker adapta este
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teatro carlos alberto15+16 mai 2013qua+qui 21:30
o estranGeirode albert camusencenação Vera Holtz, guilherme Lemeinterpretação guilherme Lemeprodução Leme Produções artísticas (São paulo)
teatro carlos alberto26+27 mai 2013dom+seg 21:30
estaMira – Beira do Mundoencenação Beatriz Sayadinterpretação Dani Barrosprodução Performas Produções (São paulo)
os espetáculos aguardam classificação etária.
cIcLo tEatro, cINEma E LItEratura
mosteiro de São Bento da Vitória23+24 abr 2013ter+qua 21:30
júliaa partir de menina Júlia, de August Strindbergencenação Christiane Jatahyinterpretação Julia Bernat, Rodrigo dos Santosprodução Companhia Vértice de Teatro (rio de Janeiro)
mosteiro de São Bento da Vitória7+8 mai 2013ter+qua 21:30
olyMpiatexto Guiomar de Grammontconceção e interpretação Ângela Mourãoencenação Marcelo Bonesprodução Grupo Teatro Andante (minas gerais)
clássico da literatura russa sem temores reverenciais ou estereótipos figurativos, colocando Púchkin e as suas personagens a dançar nos ramos de uma grande árvore metálica. Num palco despido e propício à criação de uma paisagem onírica, oito bailarinos da Quasar Companhia de Dança medem, em Céu na Boca, as distâncias que separam o paraíso que desejamos da realidade que nos é oferecida. Por último, mas não em último, O que Você Gostaria que Ficasse, espetáculo que justifica a extensão “Novas linguagens” contida no título deste ciclo. É uma criação do Brecha Coletivo, esse lugar híbrido onde criadores de várias proveniências partilham incertezas e “desfronteiras” entre as artes e as pessoas. Misto de happening e encenação, tem uma pergunta dentro: “Se pudéssemos depositar algo do humano numa cápsula que resistisse ao tempo, algo que pudesse ficar preservado e, quem sabe um dia, ser reexperimentado por outros seres, o que você gostaria que ficasse?” Nova viagem de regresso ao futuro.
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Três solos e um dueto perfazem o segmento Teatro, Cinema e literatura de O Ano do Brasil no TNSJ. Outra forma de apresentar o ciclo seria dizer que dele constam três mulheres com nome próprio e um homem com um nome comum, todos eles estrangeiros de si mesmos e do mundo. Espetáculos multipremiados do lado de lá do Atlântico, Olympia e Estamira apresentam-nos duas mulheres singulares – excêntricas no sentido literal da palavra –, que se nos oferecem como alegorias da luxuriante identidade brasileira ou da dispersão do mundo contemporâneo. interpretada por Ângela Mourão, Olympia lança mão do caso da mais célebre andarilha que viveu em
Ouro Preto: Sinhá Olympia (1889-1976), mulher que aos 40 anos deliberou fazer da rua o seu espaço vital, encantando turistas com histórias efabuladas que revelavam uma imaginação rara e uma educação refinada. Por seu turno, Estamira – Beira do Mundo fixa-se numa respigadora de lixo que trabalhava num aterro sanitário do Rio de Janeiro, uma doente mental crónica com uma perceção do mundo surpreendente e devastadora. A atriz Dani Barros interpreta esta profetisa da lixeira, carregada de tragédia e humor. Partindo do documentário realizado em 2005 pelo cineasta Marcos Prada, Estamira possui um significativo parentesco com Júlia, espetáculo que adapta um
grande clássico moderno – Menina Júlia de Strindberg –, mas que cruza as linguagens teatral e cinematográfica. Com encenação de Christiane Jatahy, o espetáculo representa um novo passo em frente no trajeto desta criadora que vem investindo na exploração de novos territórios cénicos: em Júlia, o teatro faz-se cinema e as estruturas cinematográficas são expostas. Com cenas pré-gravadas e outras registadas em tempo real, o filme é construído na presença do público, numa tensão permanente entre o que pode ser visto e o que apenas pode ser entrevisto. No seu solo, o popular ator Guilherme leme retoma outro clássico moderno (mas da literatura não dramática): O Estrangeiro,
de Albert Camus. Fruto de dois anos de maturação, adquirida nas várias leituras dramatizadas em casas de amigos e pequenos espaços, o espetáculo recria o absurdo da vida banal de Meursault, destacando a centralidade da luz solar no enredo de Camus. Revela o ator brasileiro: “Eu queria contracenar com o Sol”.
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cIcLo NELSoN rodrIguES
É talvez a pièce de resistance deste Ano do Brasil no TNSJ: o ciclo dedicado ao “anjo pornográfico” do teatro brasileiro. Permitimo-nos repetir o óbvio ululante: Nelson Rodrigues (1912-1980) é o maior dramaturgo brasileiro e, talvez na mesma proporção, o mais polémico. O teatro deste “menino que vê o amor pelo buraco da fechadura” desencadeou muitas vezes escândalo público e a atenção da censura. Pois bem: de “olho rútilo e lábio trémulo” (outra expressão fetiche de Nelson), espreitemos o amor – e as suas metamorfoses – pelo buraco da fechadura que estes espetáculos, apresentados nas comemorações do centenário do autor, nos oferecem. Peça inaugural de Nelson Rodrigues, A Mulher Sem Pecado (1941) lança-
-nos nos meandros de uma mente atormentada pelo ciúme: um homem confinado a uma cadeira de rodas testa a fidelidade da mulher, imaginando-se vítima das mais rocambolescas traições. Com encenação de Kalluh Araújo, o espetáculo da Companhia Arlecchino de Teatro instala-nos num cenário que faz lembrar as gravuras de M.C. Escher, com as suas escadarias que não levam a lado algum, para nos dar conta dos labirintos da neurose humana. Estreada dez anos mais tarde, Valsa n.º 6 (1951) é o único monólogo de Nelson Rodrigues: tendo por pano de fundo a música de Chopin, uma mulher assassinada aos 15 anos esforça-se, entre lembranças e alucinações, por reconstituir o passado. Graças à interpretação de luisa Thiré,
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teatro Nacional São João10+11 mai 2013sex+sáb 21:30
a MulHer seM pecadoencenação kalluh Araújocoprodução Instituto João Ayres, Companhia Arlecchino de Teatro (minas gerais)
teatro Nacional São João14+15 mai 2013ter+qua 21:30
valsa n.º 6encenação Cláudio Torres Gonzagainterpretação Luisa Thiréprodução Luisa Thiré (rio de Janeiro)
teatro Nacional São João17+18 mai 2013sex+sáb 21:30
otto lara resende ou BonitinHa, Mas ordináriaencenação Eduardo Wotzikprodução Espaço Move (rio de Janeiro)
teatro Nacional São João22+23 mai 2013qua+qui 21:30
toda nudez será castiGadaencenação Paulo de Moraesprodução Armazém Companhia de Teatro (rio de Janeiro)
teatro Nacional São João25+26 mai 2013sáb 21:30 dom 16:00
a serpenteencenação Antonio Guedesprodução Teatro do Pequeno Gesto (rio de Janeiro)
os espetáculos aguardam classificação etária.
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Valsa n.º 6 revela-se um comovente poema dramático, no qual uma morta dá vida às personagens que compõem o seu decrépito mundo de adolescente. Seguem-se três “tragédias cariocas”, a primeira das quais Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas Ordinária (1962). A presença do nome do escritor mineiro no título deve-se a uma sua máxima, na qual o amigo dramaturgo descobriu “a grande personagem” da peça: “O mineiro só é solidário no câncer”. O encenador Eduardo Wotzik revisita uma peça que havia montado 20 anos antes, aprofundando os dilemas dostoievskianos de um pobre coitado a quem cabe em sorte a proposta de casar com a filha de um milionário em troca de uma maquia a que nunca poderia aspirar. “Todo casto é um obsceno” é o mote de Toda Nudez Será Castigada (1965), que o Armazém Companhia de Teatro nos traz. A encenação expressionista de Paulo de Moraes rompe com o naturalismo
de um enredo que junta um puritano condenado ao “papai-mamãe de luz apagada” e uma prostituta comandada pelo instinto, conferindo uma dimensão alucinatória a esta “obsessão em três atos”. O ciclo fecha com a derradeira peça do dramaturgo: A Serpente (1980), texto sobre a trágica vinculação de duas irmãs a um mesmo homem. A encenação de Antonio Guedes, diretor do Teatro do Pequeno Gesto, tira partido do ritmo cinematográfico e da economia dos diálogos para criar um espetáculo atravessado pela ansiedade e pela urgência pulsional. Num dispositivo cenográfico que evoca uma imensa cama vermelha, A Serpente surge-nos como uma coreografia do desejo e da impossibilidade da sua cabal satisfação.
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teatro Nacional São João29+30 mai 2013qua+qui 21:30
naMíBia, não!de Aldri Anunciação encenação Lázaro Ramosinterpretação Sérgio Menezes, Aldri Anunciaçãoprodução Tô Ligado Produções (Salvador da Bahia)
teatro carlos alberto30+31 mai 2013qui+sex 21:30
vaGa – uMa experiência de ocupaçãoconceção, direção e interpretação
Dudude, Marco Paulo Rolla produção Dudude Hermann (minas gerais)
teatro Nacional São João1+2 Jun 2013sáb 21:30 dom 16:00
não soBre o aMorbaseado em Zoo ou cartas Não Sobre o Amor
de Viktor Shklovskiencenação Felipe Hirschinterpretação Leonardo Medeiros, Simone Spoladoreprodução Sutil Companhia de Teatro (curitiba)
teatro carlos alberto2+3 Jun 2013dom+seg 21:30
uM porto para elizaBetH BisHopde Marta Góesencenação José Possi Netointerpretação Regina Bragaprodução Ágora Produções Teatrais e Artísticas (São paulo)
mosteiro de São Bento da Vitória3+4 Jun 2013seg+ter 20:30
HyGienepesquisa e criação Grupo XIX de Teatroencenação Luiz Fernando Marquesprodução Grupo XIX de Teatro (São paulo)
teatro carlos alberto5+6 Jun 2013qua+qui 21:30
aGrestede Newton Morenoencenação Márcio Auréliointerpretação Joca Andreazza, Paulo Marcelloprodução Companhia Razões Inversas (São paulo)
30 3130 31
teatro Nacional São João7+8 Jun 2013 sex+sáb 21:30
BetHânia e as palavrasdireção, guião e repertório Maria Bethâniaprodução Montenegro e Raman Produções (rio de Janeiro)
teatro carlos alberto8+9 Jun 2013sáb 21:30 dom 16:00
naturalMente – teoria e joGo de uMa dança Brasileiraconceção e direção Antonio Nóbregaprodução Brincante Produções Artísticas (São paulo)
mosteiro de São Bento da Vitória9+10 Jun 2013dom+seg 21:30
orFeu Mestiço – uMa Hip-Hópera Brasileiratexto e encenação Claudia Schapiraprodução Núcleo Bartolomeu de Depoimentos (São paulo)
os espetáculos aguardam classificação etária.
A etapa brasileira da 36.ª edição do Festival internacional de Teatro de Expressão ibérica traz aos três espaços do TNSJ diferentes expressões artísticas: para além de teatro, há música, dança e frequentes cruzamentos entre artes. Exemplo disso é desde logo Bethânia e as Palavras, espetáculo em que a abelha rainha da MPB intercala a leitura de poemas de autores de língua portuguesa (entre os quais Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner e Padre António Vieira) com canções mais ou menos escondidas do seu repertório. A multidisciplinariedade está ainda latente em Naturalmente – Teoria e Jogo de uma Dança Brasileira (em que Antonio Nóbrega divide o palco com duas bailarinas e oito músicos, adaptando a cultura corporal brasileira a uma linguagem contemporânea), Orfeu Mestiço – Uma Hip-Hópera Brasileira (criação do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, que se tem dedicado a desenvolver o conceito de Teatro Hip--Hop, apresentando aqui a descida aos infernos de um político ligado à ditadura militar) e Vaga – Uma Experiência de Ocupação (um improviso coreográfico, onde a dupla Dudude e Marco Paulo Rolla cruza texto, música e imagem para “ocupar uma vaga aberta no entre espaço potente da arte”). No interior e exterior do Mosteiro de São Bento da Vitória, o Grupo XiX de Teatro apresenta um espetáculo que o jornal Estado de São Paulo considerou “imperdível”: Hygiene regressa à transição do século XiX para o século XX, período em que a identidade brasileira se construiu num fervilhante melting pot, com diversas nacionalidades a conviver em grandes casas ocupadas por várias famílias.
Não Sobre o Amor é uma encenação premiada de Felipe Hirsch, baseada na troca de correspondência entre Viktor Shklovski, teórico do formalismo russo, e a romancista franco-russa Elsa Triolet, materializada sob o nome de Alya no romance epistolar homónimo; o turbilhão em que vive Shklovski, cuja afeição é rejeitada, encontra eco na cenografia magrittiana da cineasta Daniela Thomas. A impossibilidade da felicidade é abordada de forma bem diferente em Agreste, uma fábula sobre a intolerância e o amor incondicional, onde um casal de lavradores nordestinos
descobre o amor e foge para poder vivê-lo. As tensões raciais vêm a lume em Namíbia, Não! (uma distopia, num cenário em que todos os negros brasileiros são deportados para África), enquanto o monólogo Um Porto para Elizabeth Bishop oferece uma visão externa do Brasil nas décadas de 1950 e 60, período em que a poetisa norte- -americana manteve uma relação com a paisagista lota de Macedo Soares.
Bet
hâni
a e
as P
alav
ras
32 33
32 33
teatro carlosalberto
A pArTir dE o VeLHo da Horta E OuTrOS TExTOS dE GIL VICENTE
VErSãO céNicA E ENcENAçãO João MoTA
18-28abr 2013
qua-sex 15:00*sáb 21:30dom 16:00
figurinos
Carlos Paulodesenho de luz
José Carlos Nascimentodireção musical
e sonoplastia
Hugo Francomáquina
de cena
Eric da Costa
interpretação
João Grosso, José Neves, Lúcia Maria, Manuel Coelho, Maria Amélia Matta, Marco Paiva, Samuel Alves, Simon Frankel e Bernardo Chatillon,
Joana Cotrim, Jorge Albuquerque, Lita Pedreira, Luís Geraldo, Maria Jorge (Escola
Superior
de Teatro
e cinema,
2011-12)
Gil vicente na Horta
produção
Teatro Nacional D. Maria II
estreia
20out2012
TNdm ii
(Lisboa)
dur. aprox. 1:40M/12 anos
* Exceto
quinta-feira,
dia 25 (21:30)
Na sequência da excursão lisboeta da Alma produzida pelo TNSJ, o Teatro Nacional D. Maria ii devolve-nos agora a visita com Gil Vicente na Horta. Se a Alma encenada por Nuno Carinhas nos dava a ver a face mais hierática e lírica do dramaturgo português – António José Saraiva viu nessa moralidade “a mais alta agulha” do gótico vicentino –, o espetáculo encenado por João Mota mostra-nos agora o rosto mais satírico do poeta que tinha mil caras como um arraial. Gil Vicente na Horta parte, em especial, de uma farsa estreada há precisamente 500 anos: O Velho da Horta, auto cuja intriga engenhosamente construída nos coloca perante o tema
do velho apaixonado, exaltando a vitória da juventude e da vida contra a velhice e a morte. Mas o sonho-pesadelo do Velho serve também de pretexto para uma digressão pela Copilaçam de Todalas Obras: Auto da Lusitânia, Auto da Barca do Inferno, Auto da Cananeia, Auto da Alma, Auto da Festa, Auto Pastoril Português, Auto da Índia, entre outros textos de Gil Vicente, são evocados neste espetáculo popular, simultaneamente sagrado e profano, que nos propõe um reencontro com a feira alegórica das personagens vicentinas e uma acutilante perspetiva sobre a sociedade contemporânea.
34 3534 35
teatro NacionalSão João
Salão Nobre
24-27abr2013
qua-sáb 24:00
Oportunidade imperdível para retomarmos contacto com o trabalho e a invenção de Regina Guimarães e Igor Gandra, três anos passados sobre a apresentação da Ópera dos Cinco €, espetáculo “com várias almas de rua sobre modos divergentes de estar na falsa convergência europeia”. Dura Dita Dura prolonga esta conversa com política dentro, fazendo um zoom in ao mapa da Europa – essa fortaleza videovigiada – para se deter na história do salazarento Portugal dos pequeninos, nação apertadamente autovigiada. Regresso a um passado ainda próximo mas que tende a esbater-se nas “brumas da memória”, numa viagem protagonizada por um menino mudo, Baltazar, que
vivia num país onde as paredes tinham ouvidos. Baltazar, dizem-nos os autores, “é um escândalo de silêncio num país silenciado”. Na antecâmara da sua apresentação em Paris, a 16 e 17 de maio, no âmbito da Biennale internationale des Arts de la Marionnette, Dura Dita Dura ocupa por quatro noites o Salão Nobre do TNSJ na semana em que comemoramos o 39.º aniversário da Revolução dos Cravos. Em palco, igor Gandra manipula uma multidão de pequenas figuras humanas que evoluem no interior de um “jardim sem cor”, metáfora cénica de um passado sombrio que é convocado e exorcizado por “um menino pequeno que vivia num país pequeno virado para o grande oceano”.
TExTO E cANçãO REGINA GuIMARãES
ENcENAçãOIGoR GANDRA
cenografia,
marionetas e
interpretação Igor Gandramúsica
Michael Nickfado/canção
Ana Deusdesenho de luz Rui Maia Teatro de Ferro
coprodução Teatro de Ferro, Festival Internacional de Marionetas do Porto, Escrita na Paisagem – Festival de Performance e Artes da Terra, Festival Internacional
de Marionetas e Formas Animadas de Lisboa
estreia 12Mai2009 museu da
marioneta
(Lisboa)
dur. aprox. 50’M/6 anos
dura dita dura
36 37
36 37
Estações de metro do Porto
dirEçãOCARLoS CoSTA
11-21Jun2013*
dramaturgia
Ana Vitorino
Carlos Costaconceção de
espaço cénico
Inês de Carvalho, João Martinscocriação e
cocoordenação
de participantes
Ana Azevedo
cenografia e
adereços Inês de Carvalhobanda sonora,
sonoplastia
e elementos
gráficos
João Martinsdesenho de luz José Carlos Coelho
interpretação
Alunos de Teatro do Serviço Educativo do Visões Úteis, alunos do Serviço Educativo do Balleteatro Escola Profissional, utentes seniores do Centro de Dia da Junta de Freguesia de Santo Ildefonso e reclusas do Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo
Corpo Casa Rua designa um trajeto – da intimidade para a exterioridade, do espaço privado para o espaço público, do fechamento para a abertura. Essa é, antes de mais, a deslocação aqui empreendida pelo Visões Úteis, coletivo teatral que se esforça por romper com o confinamento da criação artística, envolvendo públicos nas suas manobras de distração e intervenção. Mas esse é também o movimento que quatro comunidades distintas do Porto executam no projeto, ao construírem “cidades” que nos devolvem a relação que os membros de cada comunidade estabelecem com o seu corpo, a sua casa, as suas ruas e praças.
Cidades invisíveis que no mês de junho emergem, primeiro, em quatro estações de metro para, depois, se cruzarem numa única estação, gerando uma heterotopia que congrega o que não está nem pode estar junto à superfície. Com direção de Carlos Costa, Corpo Casa Rua transporta os passageiros do Metro do Porto à região das possibilidades impossíveis, levando--os a pensar – nem que seja por breves instantes – se não poderíamos viver todos de um outro modo…
ESTrEiA ABSOLuTA
corpo casa rua
produção
Visões Úteisapoio
Metro do Portocolaboração
TNSJ
* 11-14 Jun:
São Bento,
Aliados,
Trindade
e Bolhão
17-21 Jun:
São Bento
Horários a
anunciar
38 3938 39
teatro NacionalSão João
20-22Jun2013
qui-sáb 21:30
Victor Hugo Pontes chega ao palco do TNSJ num momento particularmente exaltante do seu percurso artístico. Para trás ficaram, no curto espaço de um ano, A Ballet Story, A Strange Land e Fuga sem Fim, com especial destaque para o primeiro, que os jornais Público e Expresso consideraram o melhor espetáculo de dança de 2012. Reconhecimento crítico que sinaliza a vitalidade de um criador para quem as artes plásticas, o cinema, o teatro e a dança se assumem enquanto territórios de transferência. Nesta sua nova criação, Victor Hugo Pontes parte de “Why look at Animals?”, texto originalmente publicado pelo ensaísta britânico John Berger em About Looking (1980), onde reflete sobre a relação ancestral entre animais
e humanos, esse “companheirismo inominável” em regime de mutação nas sociedades contemporâneas, uma vez que as criaturas enjauladas em jardins zoológicos acabam por tornar-se “monumentos vivos ao seu próprio desaparecimento cultural”. Zoo interessa-se por este processo e transforma-o em matéria teatral, estruturando-se em torno de pares ora dicotómicos, ora complementares: homem e animal, observador e observado, público e cena. Perdida a relação com a natureza, resta a esperança de nos religarmos ao mundo através da experiência da beleza num ambiente de assumida artificialidade? Zoo é um paradoxo em estado de observação.
dirEçãO VICToR HuGo PoNTES
cenografia
F. Ribeirodesenho de luz
Wilma Moutinhomúsica original
Rui Lima e Sérgio Martinsapoio
dramatúrgico
Madalena Alfaiaprodução
executiva
Joana Ventura
interpretação
Diletta Bindi, Francesca Bertozzi, Marco Ferreira, Paulo Mota, Pedro Rosa, Valter Fernandes, Vítor kpez
dur. aprox. 1:00
o espetáculo
aguarda
classificação
etária.
ESTrEiA ABSOLuTA
zoo
coprodução
Nome Próprio,
Maria Matos Teatro Municipal, Centro Cultural Vila Flor, TNSJ
apoio
Lugar Instável
40 41
40 41
teatro NacionalSão João
cOrEOgrAFiA ANDRÉ MESQuITA
27-29Jun2013
qui-sáb 21:30
figurinos e
espaço cénico
André Mesquitadesenho de luz
Nuno Salsinha
André Mesquitamúsica
Miguel oliveira,
entre outros
interpretação
Teresa Alves da Silva,
Miguel oliveira
coprodução
Tok’Art – Plataforma de Criação, Teatro Viriato, TNSJ
o espetáculo
aguarda
classificação
etária.
Sofia Dias & Vítor Roriz, uma das duplas que levantaram At most mere minimum, visitaram-nos em janeiro. Agora, damos um Salto até André Mesquita, uma semana depois de estrearmos Zoo, de Victor Hugo Pontes. Sim, existe uma nova geração de criadores a injetar uma refrescante energia anímica na dança portuguesa. E sim, o TNSJ está apostado em dar-lhe visibilidade. Em 2009, André Mesquita venceu com Echoes from Elsewhere a segunda edição do uncontainable, concurso para jovens coreógrafos promovido pelo Ballet Real da Flandres, tendo ainda sido distinguido no internationales Solo-Tanz-Theater Festival de Estugarda, com Lake. Marcos
decisivos na afirmação internacional daquele que é, entre nós, uma das forças criativas da Tok’Art – Plataforma de Criação, que fundou em 2006 com a bailarina Teresa Alves da Silva. Em Salto, o coreógrafo reincide no diálogo das possibilidades entre o pensamento contemporâneo e o corpo. No toque descontínuo das ideias e na sua tradução no elemento “encantado” do corpo em movimento, encontramos o que parece ser uma contrariedade: um corpo de dança e de desejo traduzível. Corpo de salto, salto que é matéria do pensamento, salto – ele próprio pensamento.
ESTrEiA ABSOLuTA
salto
42 434342
teatro carlosalberto
mosteiroSão Bentoda Vitória
A pArTir dE agamémnon dE ÉSQuILoE as troianas dE EuRíPIDES
drAmATurgiA E ENcENAçãO RoBERTo MERINo
5-7Jul2013
sex+sáb 21:30 dom 16:00
9-13Jul2013
A cidade foi tomada e destruída pelos gregos, o heroísmo dos vencidos e a sua imensa infelicidade ultrapassa em beleza a vitória aparente dos vencedores. Em Agamémnon (458 a.C.), a primeira parte da Oresteia de Ésquilo, o comandante do exército grego regressa a Argos, mas a sua glória está envolta numa maldição. Em As Troianas (415 a.C.) de Eurípides, as mulheres dos vencidos (representadas pelo Coro das Prisioneiras Troianas) aguardam a sua sorte no campo dos vencedores. Projetadas contra o pano de fundo da destruição da cidade que simboliza a barbárie de todas as guerras, paradigma vivo e atuante da
Na sua segunda edição, a MAP/P – Mostra de Processos/Portugal volta a fazer do Mosteiro de São Bento da Vitória o seu porto de abrigo para promover um contacto mais próximo entre o ato de criação e o público. Em vez da apresentação de objetos artísticos acabados, a iniciativa programada pelo coreógrafo Alberto Magno distingue--se por promover um espaço de partilha de processos de pesquisa e criação artística: o criador expõe um work in progress, testando os seus pressupostos e linguagens; o público acede a novas propostas criativas, participando do seu crescimento potencial. Aberta
continuidade bélica do homem, as peças Agamémnon e As Troianas intersectam--se nesta Máquina-Tróia, exercício final dos alunos da licenciatura em Teatro (interpretação e Encenação) da Escola Superior Artística do Porto, dirigido pelo encenador e pedagogo Roberto Merino. Depois de Entrada de Artistas 8.8 (2011), o TNSJ volta a conferir a dignidade de um palco aos finalistas da ESAP, consolidando a sua estratégia de aproximação ao universo escolar, cujo emblema maior têm sido as sucessivas edições da iniciativa Escolas no Teatro.
à participação de artistas, nacionais e estrangeiros, cujos projetos têm por base o corpo em movimento, a MAP/P faz-se, contudo, de formatos diversos – da performance ao vídeo, da exposição à conversa, passando pela videoconferência ou pela análise de portefólio. Em pleno Verão, uma plataforma que nos dá conta da multiplicidade de processos e experiências de que é hoje feita a criação artística.
Máquina-tróiaExercício dos alunos finalistas de teatro da ESaP
maP/Pmostra de Processos/Portugal 2013
organização
Escola Superior Artística do Portoapoio TNSJ
o espetáculo
aguarda
classificação
etária.
produção
Produtora de Risco
colaboração
TNSJ, Projeto (E)motional, Fábrica de Movimentos
cONcEçãO E prOgrAmAçãO ALBERTo MAGNo
4545
teatroNacionalSão João
dE FRIEDRICH DüRRENMATT
ENcENAçãO NuNo CARDoSo
10-14Jul2013
qua-sáb 21:30 dom 16:00
uma cidade arruinada espera a visita da mulher mais rica do mundo. Todas as esperanças se concentram na possibilidade de um resgate que refinancie a economia local e permita à cidade viver o conforto e a opulência que já conheceu. A visita começa por correr bem, tudo parece apontar para que o resgate aconteça. Porém, o preço a pagar é muito alto e ameaça fraturar a sociedade local. Conhece esta história? Foi contada por Friedrich Dürrenmatt em 1956 e qualquer semelhança com a nossa atualidade é pura coincidência. Ou talvez não, porque, como premonitoriamente anotava o dramaturgo suíço, “não há alusões ao mundo contemporâneo, mas o mundo contemporâneo ouve-se aqui”.
Com encenação de Nuno Cardoso – que já nos sobressaltara com Medida por Medida, espetáculo que encenava uma Viena de esplanadas e autoestradas sobre a qual se abatia uma punitiva austeridade –, A Visita da Velha Senhora é uma “comédia trágica” que, de forma lúcida e lúdica, nos dá a ver o destino de uma comunidade que é submetida à força arbitrária do poder do dinheiro… No plano artístico, esta Visita é também o ponto de encontro de duas companhias independentes – Ao Cabo Teatro e Companhia Maior –, que aqui materializam uma possibilidade de criação artística que excede o estreitamento a que a produção teatral parece votada.
a visita da velHa senHora
tradução
João Barrentoassistência
de encenação
e movimento
Victor Hugo Pontescenografia
F. Ribeirodesenho de luz
José Álvaro Correiafigurinos
Styling/Figurinosmúsica original
Rui Lima e
Sérgio Martins
interpretação
Maria João Luís,
Horácio Manuel, Cândido Ferreira,
Luís Lucas,
Tónan Quito,
Pedro Frias,
Daniel Pinto,
João Melo e
Companhia Maior: António Pedrosa,
Carlos Nery,
Celeste Melo,
Cristina Gonçalves,
Diana Coelho,
Helena Marchand,
Isabel Millet, Isabel Simões,
Iva Delgado,
Jorge Falé,
Júlia Guerra,
kimberley Ribeiro,
Manuela de Sousa Rama,
Paula Bárcia,
Vítor Lopes
coprodução
Ao Cabo Teatro,
Companhia Maior, Centro Cultural Vila Flor, São Luiz Teatro Municipal
estreia
7Mar2013
São Luiz Teatro
municipal
(Lisboa)
dur. aprox. 2:40
com intervalo
M/12 anos
46 46
teatroNacionalSão João
20Jul2013
sáb 15:00
A APCEN – Associação Portuguesa de Cenografia realiza o seu iV Encontro Nacional no TNSJ, com a intenção de reunir na zona Norte do país todos os que desejam debater a noção abrangente de Cenografia a partir da experiência acumulada nas áreas artísticas, técnicas e artesanais que com ela se relacionam de uma forma mais ou menos direta. Constituída em abril de 2012, a APCEN tem como missão dignificar a profissão do cenógrafo no quadro da interdependência das mais diversas disciplinas, transcendendo o próprio conceito de corporação. Aceita como associados todos os que se reconhecem numa prática que
procura delimitar o seu território sem se separar das suas margens. Assim, são também potenciais aderentes os figurinistas, aderecistas, investigadores, estudantes, ou os atores, performers e encenadores que reivindicam uma importante componente cenográfica na sua atividade. Com este IV Encontro Nacional de Cenografia – que termina no dia 21 de julho, com a realização da Assembleia Geral, às 15:00 no TNSJ –, a APCEN ambiciona elevar o nível de reflexão e de conhecimento desta disciplina em Portugal, em estreita colaboração com as associações congéneres espalhadas pelo mundo.
IV ENcoNtro NacIoNaL dE cENograFIa
organização
APCEN – Associação Portuguesa de Cenografia
colaboração
TNSJ
49
Bélgica
9 abrilOs Cães de Tone Brulin
23 abrilO Meu Blackiede Arne Sierens
Polónia
7 maioA Mãede Stanislaw Ignacy Witkiewicz
21 maioOs Emigrantesde Slawomir Mrozek
Portugal
4 junhoPeças curtasde A. Branco, Fátima Ribeiro, Miguel Graça, Ricardo Alves e Salgueirinho Maia, Ricardo Boléo
18 junhoTristão e o Aspecto da Florde Francisco Luís Parreira
a ler vamos, para acrescentar novos países e novos autores a esta volta ao mundo em voz alta que leva o nome de Leituras no Mosteiro. da bélgica, mais precisamente da Flandres, chegam--nos Os Cães (onde Tone brulin desfere, sem demagogias fáceis, um forte e corajoso ataque ao desumano apartheid da África do Sul) e O Meu Blackie (um dos exemplos maiores do teatro muitas vezes desbragado e sempre plebeu de arne Sierens). Na primeira, alguém começa por dizer “Nunca na minha vida ouvi ladrar desta maneira”, som que ecoará em O Meu Blackie, onde os encontros e desencontros de jovens que vão deixando de o ser decorrem perante os latidos de um cão. dos mestres flamengos, que ladram, em direção a dois mestres polacos, que mordem: Stanislaw Ignacy Witkiewicz (precursor do teatro do absurdo que nos legou, antes de se suicidar em 1939, A Mãe, uma “tragédia de sopa fria e de carne demasiado cozida”) e Slawomir mrozek (que escreveu Os Emigrantes em 1975, uma peça onde dois exilados da europa de Leste dissimulam, sob uma capa de humor corrosivo, o desespero de quem foi politicamente enganado). em junho, regressamos à casa portuguesa para a habitual sessão de peças curtas, e para uma outra dedicada a Tristão e o Aspecto da Flor de Francisco Luís Parreira, uma fantasia dramática em que o maravilhoso comunica de novo com o homem.
mosteiro São Bento da Vitória
9 abr18 Jun2013leituras
no Mosteiro coordenação
Nuno M CardosoPaula Braga
ter 21:00organização
TNSJ
CENTRo DE DoCuMENTAção Do TNSJmosteiro de São bento da Vitóriarua de São bento da Vitória
50 5150 51
ProJEtoS EducatIVoS
coordenação Luísa Corte-Realorganização TNSJ
tNSJ + teca + mSBVabr - Jul 2013*
leiturasdramatizadasorientação Nuno M Cardoso
destinatários alunos dos ensinos básico e secundárion.º máximo de participantes uma turmaduração 3:00horários seg 14:30-17:30; ter 10:00-13:00inscrição gratuita
Frei Luís de Sousa e Falar Verdade a Mentir de almeida Garrett, Felizmente Há Luar de Luís de Sttau monteiro, Auto da Barca do Inferno e Auto da Índia de Gil Vicente, ou O Colar de Sophia de mello breyner andresen são algumas propostas de leitura dramatizada de peças de teatro incluídas nos programas curriculares dos ensinos básico e secundário. dirigidas pelo ator e encenador Nuno m Cardoso, estas Leituras Dramatizadas são interpretadas pelos próprios alunos.
* mediante marcação prévia, estando a iniciativa sujeita à disponibilidade técnica dos espaços.
teatro Nacional São Joãoabr - Jul 2013dom 14:15-15:45
domingos no tnsjorientação João Pedro Correia e Rosário Costa
destinatários portadores Cartão Amigo TNSJ e público em geral datas 14 Abr, 26 Mai, 9 Jun, 14 Julduração 1:30/sessãoinscrição € 2,00 + € 6,00 (bilhete do espetáculo)
dirigida a todos os que habitualmente assistem aos espetáculos de domingo à tarde, a iniciativa Domingos no TNSJ visa despertar os sentidos para o espetáculo que se irá apresentar. Uma conversa informal e descontraída que prepara o espectador para lidar com os códigos da representação teatral, ampliando assim a experiência de fruição dos objetos artísticos. Orientada por artistas que têm desenvolvido projetos com a comunidade – João Pedro Correia, membro fundador da PeLe, e rosário Costa, do Teatro do Frio –, esta atividade tem a duração de 90 minutos.
teatro Nacional São Joãoabr - Jul 2013dom 15:30-17:30
oficinas criativasorientação Maria de La Salette Moreira
destinatários crianças entre os 6 e os 12 anosdatas 14 Abr, 26 Mai, 9 Jun, 14 Julinscrição € 5,00 por criança e € 2,50 por irmão
Uma vez por mês, aos domingos à tarde, realizam-se atividades lúdicas e pedagógicas em que se exploram as possibilidades expressivas da criança, estimulando a sua criatividade. é um espaço de aprendizagem e desenvolvimento, onde o jogo assume um especial destaque e que toma por base e inspiração o espetáculo em cena no TNSJ.
teatro Nacional São João21+28 abr 2013dom 10:00-13:00 - 14:30-17:30
oficina de técnica Vocalorientação João Henriques
destinatários embaixadores TNSJ, professores, público em geralduração 12 horasinscrição € 35,00
responsável pela preparação vocal e elocução das produções próprias do TNSJ, João Henriques dirige uma oficina de iniciação a um conjunto de técnicas vocais, em particular no que respeita à articulação entre fala e respiração.
teatro Nacional São João17 mai 2013sex 14:30-16:30
Workshop de teatroorientação Nuno M Cardoso
O TNSJ alia-se à Universidade Sénior de Gondomar e ao projeto europeu TeLL me a story para promover um Workshop de Teatro dirigido por Nuno m Cardoso, com o intuito de explorar questões de comunicação intercultural e intergeracional através de atividades teatrais.
parceiros do projeto uniwersytet Wroclawski – uniwersytet Trzeciego Wieku (polónia), ALA Nun’Álvares de Gondomar (portugal), Poetry Circle Nowhere (Holanda), Österreichisches Trainingszentrum für Neuro-Linguistisches Programmieren und Neuro- -Linguistische Psychotherapie (Áustria), Elephant Musik (França)
teatro Nacional São João6 Jul 2013sáb 10:00-13:00
pé de dançaorientação Victor Hugo Pontes
destinatários pessoas dos 14 aos 80 anosduração 3 horasinscrição € 10,00
O bailarino e coreógrafo Victor Hugo Pontes propõe, nesta oficina de uma sessão única, uma experiência de descoberta da linguagem coreográfica, estabelecendo diversas ligações ao seu mais recente espetáculo: Zoo, em cena no TNSJ entre 20 e 22 de junho.
52 5352 53
teatro Nacional São João6 Jul 2013
uma noite no são joãoorientação Nuno M Cardoso, Luísa Corte-Real
destinatários crianças e jovens entre os 8 e os 12 anosentrada sábado (6 julho), 21:00saída domingo (7 julho), 10:00inscrição € 3,00
Pijamas e sacos-cama são os figurinos e adereços indispensáveis para esta incursão no edifício do TNSJ. O misterioso programa consiste numa visita noturna, à luz de lanternas, a este monumento nacional habitado por enigmas e ilusões, e numa espécie de acampamento de Verão no coração do teatro – o palco.
teatro carlos alberto15-26 julho 2013seg-sex 9:00-18:00
oficina verão no teatroorientação Marta Freitas/Mundo Razoável
destinatários crianças dos 6 aos 8 anos (15 a 19 de julho); crianças dos 9 aos 12 anos (22 a 26 de julho)programa 10:00-13:00 interpretação e escrita; 14:30-17:30 percussão e construção de adereçosinscrição € 45,00 (manhã ou tarde); € 70,00 (manhã e tarde)
Crianças dos 6 aos 12 anos podem passar parte das suas férias de Verão no teatro. Orientados por formadores das áreas do teatro e da música, os jovens participantes desta oficina irão usufruir, durante cinco dias, de uma experiência ao nível da escrita, da representação e da percussão, participando por fim num exercício teatral coletivo. a Oficina Verão no Teatro tem dois segmentos: o primeiro destina-se a crianças dos 6 aos 8 anos (15 a 19 de julho); o segundo, a crianças dos 9 aos 12 (22 a 26 de julho).
Todas as atividades têm um número limitado de participantes, pelo que deverá ser efetuada a inscrição prévia junto do departamento de relações Públicas, através do telefone 22 340 19 56 ou do endereço eletrónico [email protected].
Fichas de inscrição disponíveis em www.tnsj.pt (Projetos educativos).
Um
a N
oite
no
São
João
54 55
Fora dE PortaS
após a apresentação em São Paulo e a recente reposição no Porto, Sombras ruma a moscovo, onde é apresentado no Festival Internacional de Teatro Tchékhov, juntamente com criações de William Forsythe, bill T. Jones, robert Lepage, entre outros. Visto já por mais de 15 mil espectadores, o espetáculo criado por ricardo Pais sonda o modo de ser português, indagando lugares do nosso inconsciente mítico e da nossa personalidade histórica. “Portugal: questão que tenho comigo mesmo”, segundo a fórmula de alexandre O’Neill. Tributo apaixonado às mais belas palavras escritas em português e dadas a ouver por ricardo Pais no palco do TNSJ (antónio Ferreira, almeida Garrett, Fernando Pessoa, entre outros), Sombras faz-se também do Fado e da música, cuja fatalidade cénica nos foi dado descobrir em espetáculos tão exaltantes como Raízes Rurais. Paixões Urbanas ou Cabelo Branco é Saudade. Com uma equipa de exceção – na qual se contam Fabio Iaquone, mário Laginha e Paulo ribeiro –, estas Sombras irradiam a feliz luminosidade de uma síntese.
teatro mossoveta (moscovo, rússia)4-6 Jul 2013
sombrasa nossa tristeza é uma imensa alegria
umA criAçãO dE RICARDo PAIS
vídeos Fabio Iaquone, Luca Attiliimúsica original e direção musical Mário Laginhacoreografias Paulo Ribeirocenografia Nuno Lacerda Lopesfigurinos Bernardo Monteirodesenho de luz Rui Simãodesenho de som Francisco Lealvoz e elocução João Henriquesconsultor musical (fados) Diogo Clementeguião e direção Ricardo Paisassistência de direção Manuel Tur
interpretação José Manuel Barreto, Raquel Tavares (fadistas); Emília Silvestre, Pedro Almendra, Pedro Frias (atores); Carla Ribeiro, Mário Franco, Romulus Neagu (bailarinos); Mário Laginha, Carlos Piçarra Alves, Mário Franco, Miguel Amaral, Paulo Faria de Carvalho (músicos); Albano Jerónimo, António Durães e João Reis (participação especial em vídeo)
produção TNSJem coprodução com Centro Cultural Vila Flor, Teatro Viriato, São Luiz Teatro Municipalcolaboração oPART
estreia 18Nov2010 Teatro Nacional São João (porto)
dur. aprox. 1:45M/12 anos
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centquatre (Paris, França)3-28 abr 2013
ateM le souffle
dE JoSEF NADJ
produção Centre chorégraphique national d’orléans,
Jel Színházcoprodução Festival d’Avignon, Théâtre de la Ville – CENTQuATRE, TNSJ
teatro municipal de almada4-7 abr 2013oficina municipal do teatro (Coimbra)12+13 abr 2013centro cultural e de congressos (Caldas da rainha)20 abr 2013centro cultural de Belém (Lisboa)26 abr - 4 mai 2013
a estalajadeira
dE CARLo GoLDoNIENcENAçãO JoRGE SILVA MELo
coprodução Artistas unidos, Centro Cultural de Belém, TNSJapoio Centro Cultural do Cartaxo
espetáculo raro e hipnótico que o TNSJ coproduziu e apresentou no final de 2012, ATEM le souffle é uma das mais recentes criações de Josef Nadj. Partilhando com a bailarina anne-Sophie Lancelin uma caixa negra onde tudo vive e respira (atem é uma palavra alemã que significa precisamente fôlego, respiração, suspiro), o coreógrafo francês de origem sérvia concebeu um teatro miniatural, repleto de pequenos acontecimentos vivos e inesperados. Inspirado pelas gravuras de dürer, pela sua simbólica e os seus mistérios, bem como pela poesia de Paul Celan, ATEM é um espetáculo de ressonâncias medievas e mitteleuropeias que a crítica e investigadora teatral alexandra moreira da Silva descreveu nestes termos: “é obra de artesãos experimentados. de alquimistas de emoções. de sábios visionários. de Poetas”.
estreada em 1753, numa altura em que Goldoni preparava um teatro mais simples e despido, com personagens carregadas de uma forte carga simbólica, capazes de exprimir uma visão “crítica” mais complexa de uma sociedade em declínio e sem alternativas claras. Talvez se possa compreender, assim, que A Estalajadeira seja uma das suas comédias mais visitadas, uma vez que revela e problematiza o núcleo essencial do melhor teatro de Goldoni, constituído por um intricado tecido de relações, onde as necessidades de cada grupo social não excluem, pelo contrário, o imprevisto comércio quotidiano dos indivíduos. depois da estreia no Porto, A Estalajadeira inicia uma digressão nacional que culminará na sua apresentação no Centro Cultural de belém.
teatro Nacional d. maria II (Lisboa)19-21 + 26-28 abr 2013teatro municipal de Bragança31 maio 2013
o doenteimaginário
dE MoLIèREENcENAçãO RoGÉRIo DE CARVALHo
coprodução Ensemble – Sociedade de Actores, TNSJ
casa das artes de Felgueiras20 abr 2013teatro cinema de Fafe 24 abr 2013auditório municipal do Fórum cultural do Seixal4 mai 2013
diz-lhes que nãofalarei nem que me matemTExTO E ENcENAçãO MARTA FREITAS
interpretação Mário Santoscoprodução Mundo Razoável, Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, Bastidor Público, TNSJ
Chega ao Teatro Nacional d. maria II um dos dois espetáculos pelos quais a associação Portuguesa de Críticos de Teatro distinguiu o encenador rogério de Carvalho com o Grande Prémio da Crítica. Coproduzido pelo ensemble e pelo TNSJ, O Doente Imaginário traz-nos um molière que ri da medicina e da sua parafernália terapêutica, da hipocondria e de toda a sorte de patologias, mas também – e sobretudo – do medo da morte. Jorge Pinto dá corpo ao hipocondríaco argão, personagem grotesca no seu egocentrismo, simultaneamente magnética e repulsiva, depois de ter sido o Harpagão (a semelhança não é pura coincidência) do pródigo O Avarento, que rogério de Carvalho também encenou e que o voto do público do Festival de almada coroou em 2009.
“Homem dum só parecer,/ dum só rosto e duma fé,/ d’antes quebrar que volver,/ outra cousa pode ser,/ mas de Corte homem não é.” Os versos de Sá de miranda poderiam servir de epígrafe a Diz-lhes que não falarei nem que me matem, peça escrita e encenada por marta Freitas. Um texto que mergulha de cabeça na experiência de encarceramento político de Carlos Costa, resistente antifascista que esteve 15 anos preso e participou, com Álvaro Cunhal, na fuga da fortaleza-prisão de Peniche. resultado do testemunho de Carlos Costa, bem como da pesquisa realizada pela autora, Diz-lhes que não falarei nem que me matem não pretende ser um manifesto político ou um documentário histórico. é apenas – trata--se de um imenso apenas – um espetáculo teatral que visa inquirir o combate por um ideal travado por aquele que está longamente confinado a quatro paredes.
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theatro circo (braga)3 mai 2013teatro da cerca de São Bernardo (Coimbra)22+23 mai 2013
estrangeiros
dirEçãO E cOrEOgrAFiA NÉ BARRoS
música Alexandre Soares, Jorge Queijocoprodução Balleteatro, Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, TNSJ
teatro o Bando (Palmela)1+2 Jun 2013
os Macacos não seMedem aos palmosdE MANuEL ANTóNIo PINAENcENAçãO João LuIz
interpretação Patrícia Queiróscoprodução Pé de Vento, TNSJ
teatro Nacional d. maria II (Lisboa)27 Jun - 21 Jul 2013
violência – Fetiche do Homem BomTExTO E ENcENAçãO CLÁuDIA LuCAS CHÉu
coprodução TNDM II, Associação Cultural Teatro Nacional 21, TNSJ
cineteatro alba (albergaria-a-Velha)3 mai 2013centro cultural de Belém (Lisboa)19-24 Jun 2013
rosencrantz & Guildenstern estão MortosdE ToM SToPPARDENcENAçãO MARCo MARTINS
coprodução Arena Ensemble, Centro Cultural de Belém, TNSJcolaboração ESMAE
maria matos teatro municipal (Lisboa)28+29 Jun 2013
zoodirEçãO VICToR HuGo PoNTES
coprodução Nome Próprio, Maria Matos Teatro Municipal, Centro Cultural Vila Flor, TNSJapoio Lugar Instável
é uma dança-pensamento a que Né barros vem produzindo nos últimos anos, ao refletir sobre tópicos candentes do nosso presente: a paisagem, a fronteira, a deslocação, a viagem. aos corpos que habitam este território coreográfico a criadora chamou “movimentantes”. desta vez, são estrangeiros. Um termo ambíguo, de inquietantes ressonâncias existenciais (por aqui, passa a sombra de O Estrangeiro de albert Camus), que designa tanto aquele que se encontra num país que não é o seu, como aquele que transporta uma estranheza, que não pertence a um espaço, tempo ou grupo. Estrangeiros é também, do ponto de vista disciplinar, uma criação apátrida: com música ao vivo de alexandre Soares e Jorge Queijo, o espetáculo adquire a espaços contornos de concerto, perfazendo um arco musical que vai do hard rock à filigrana sonora da guitarra portuguesa.
escrito por manuel antónio Pina e encenado por João Luiz, Os Macacos Não se Medem aos Palmos traz-nos a edificante história de basílio, macaquinho que recolhia os donativos destinados ao seu dono, Fagundes da Silveira, um tocador de realejo. diga-se que este teria conseguido juntar uma pequena fortuna, não tivesse esbanjado todo o dinheiro no jogo e noutras extravagâncias. mais atinado, o macaco basílio foi guardando nas pregas do casaquinho de cetim algumas das moedas que angariava, conseguindo um considerável pecúlio. Chega o dia em que os papéis se invertem: Fagundes, completamente falido, passa a trabalhar para basílio, agora proprietário do realejo… eis-nos mergulhados num mundo às avessas, que manuel antónio Pina concebeu com imaginação e fino humor, à semelhança do que sucede com outros textos do escritor que a companhia Pé de Vento tem levado à cena.
Glória ou Como Penélope Morreu de Tédio chegou-nos em 2011 pela mão da dramaturga e encenadora Cláudia Lucas Chéu. Investida dessa dupla condição, regressa agora com Violência – Fetiche do Homem Bom, onde encontramos dois irmãos gémeos, miguel e Gabriel, adeptos de junk food e fãs da estrela porno Sasha Grey, numa viagem exploratória aos abismos mais subterrâneos e hardcore da violência humana.
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centro de documentação do tNSJ
CoLEção DE PEçAS DE TEATRo
da Grécia antiga aos contemporâneos, uma coleção organizada segundo um critério geográfico, contendo os originais das obras mais relevantes da escrita teatral universal, bem como as respetivas traduções para português. as obras completas dos autores estão em muitos casos presentes na sua língua original, sendo que, no caso de idiomas que nos são menos familiares, dispomos de traduções em inglês ou francês. Uma coleção exaustiva e atualizada para uso e proveito de estudantes, professores ou profissionais de teatro. Para espiolhar este acervo com milhares de títulos, visite-nos ou explore a base de dados alojada em www.tnsj.pt/cinfo (Núcleo documental > Livros > Teatro > Peças).
CENTRo DE DoCuMENTAção Do TNSJmosteiro de São bento da Vitóriarua de São bento da Vitória4050-543 PortoT 22 339 50 [email protected]
HoRÁRIoseg-sex 14:30-18:00
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Voluntariado no tNSJ
Com este projeto, o Teatro Nacional São João ambiciona incentivar a participação da comunidade no desenvolvimento das suas atividades, contribuindo assim para a persecução da sua missão de serviço público. O Programa de Voluntariado proporciona aos aderentes benefícios na formação cultural e desenvolvimento de competências, a integração em projetos institucionais de referência e a descoberta das diferentes áreas profissionais do TNSJ. Há um conjunto diversificado de atividades disponíveis, nomeadamente o Centro de documentação, Projetos educativos e a assistência a exposições ou à Produção.
REQuISIToSTer mais de 18 anos, gosto pela cultura e vontade de integrar uma equipa que pretende fazer a diferença.
Para se inscrever no Programa de Voluntariado, visite-nos em www.tnsj.pt (área institucional), preencha a Ficha de Candidatura e envie-a para [email protected]. Associe-se ao TNSJ e partilhe o seu talento!
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Visitas guiadas
Teatro, arquitetura e História: a visita ao Teatro Nacional São João, projetado pelo arquiteto marques da Silva, faz-se na confluência destas áreas do saber. Conduzidas por especialistas em teatro e arquitetura, com amplo conhecimento da história deste monumento nacional, as visitas dão a conhecer a sala de espetáculos, a sala de ensaios, os camarins e as zonas técnicas, bem como o ateliê onde se criam os figurinos e adereços das produções teatrais da Casa. as visitas guiadas decorrem de segunda-feira a sábado, mediante marcação prévia, estando sujeitas à disponibilidade técnica dos espaços.
PÚBLICo EM GERALTodos os sábados, às 12:00, mediante reserva prévia até às 18:00 de sexta--feira, para um número não superior a 20 pessoas.Inscrição: € 3,00 por pessoa.entrada gratuita para crianças até aos 10 anos, desde que acompanhadas por adultos.
GRuPoS ESCoLARESde segunda a sexta-feira, mediante reserva prévia, para grupos não superiores a 20 pessoas.entrada gratuita.
O TNSJ reserva-se o direito de não realizar a visita, caso não haja inscrições prévias ou compatibilidade com outras atividades do Teatro. Para efetuar a sua reserva, contacte o departamento de relações Públicas (T 22 340 19 56; endereço eletrónico [email protected]) ou ligue para o número verde 800-10-8675.
cartão amigo tNSJ
O Cartão amigo TNSJ permite aos espectadores do TNSJ, TeCa e mosteiro de São bento da Vitória uma série de vantagens, nomeadamente benefícios na aquisição de bilhetes para as diversas iniciativas, informação privilegiada sobre os espetáculos e convites para ensaios abertos e outras atividades paralelas.
a ficha de inscrição pode ser requisitada diretamente nas bilheteiras (TNSJ e TeCa) ou junto do departamento de relações Públicas, através do telefone 22 340 19 56 ou do endereço eletrónico [email protected].
cartão Próspero
Somos feitos da matéria com que se tecem os sonhos.WilliAM SHAKESPEARE – A Tempestade
é o nome de uma das mais emblemáticas e misteriosas personagens de William Shakespeare: Próspero, o bom mago de A Tempestade, um deus feito de fogo e ar, um homem feito de terra e água. muitos foram os que nele viram a encarnação dramática do bardo de Stratford-upon-avon e a metáfora do próprio Teatro. é também o nome do Cartão que o TNSJ concebeu para servir de presente de aniversário ou de prenda para uma ocasião especial. entre os benefícios outorgados por este Próspero contam-se entradas duplas para espetáculos da programação TNSJ, descontos especiais em publicações e convites para ensaios abertos e atividades paralelas.
MoDALIDADE A dois bilhetes duplos a € 55,00
MoDALIDADE B Quatro bilhetes duplos a € 79,00
INFoRMAçõES E VENDAbilheteiras do TNSJ
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ESpETÁcuLOS dATA LOcAL
Madalena
Gertrude
Rosencrantz & Guildenstern Estão Mortos
Gil Vicente na Horta
Zoo
Salto
A Visita da Velha Senhora
o ANo Do BRASIL No TNSJ
BOLETim dE ASSiNATurASAbril - Julho 2013
iNFOrmAçõES 800-10-8675 Número grátis a partir de qualquer rede
quANTidAdE TOTAL A pAgAr
assinaturas
4 espetáculos — desconto 40%6 espetáculos — desconto 60%
o ano do Brasil no tNSJ
Ciclo dança, música e Novas Linguagens 6 espetáculos — desconto 60%
Ciclo Teatro, Cinema e Literatura 4 espetáculos — desconto 40%
Ciclo Nelson rodrigues 5 espetáculos — desconto 50%
Ciclo FITeI 4 espetáculos — desconto 40% 6 espetáculos — desconto 60%
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INFoRMAçõES ÚTEIS
Teatro Nacional São JoãoPraça da batalha4000-102 Porto
GeralT +351 22 340 19 00 | F +351 22 208 83 03
Relações InternacionaisT +351 22 339 30 38 | [email protected] Gabinete de ImprensaT +351 22 339 30 34 | [email protected] Relações Públicas e Projetos EducativosT +351 22 340 19 56 | [email protected] Centro de DocumentaçãoT +351 22 339 50 56 | [email protected]
Teatro Carlos Albertorua das Oliveiras, 434050-449 PortoT +351 22 340 19 00
Mosteiro de São Bento da Vitóriarua de São bento da Vitória4050-543 PortoT +351 22 340 19 00
Atendimento e BilheteiraInformações 800-10-8675 (Número grátis a partir de qualquer rede)T +351 22 340 19 [email protected]
Terça-feira a sábado14:00 - 19:00 (ou até às 22:00, nos dias em que há espetáculos em exibição)Domingo14:00 - 17:00
Bilheteira onlineO público pode, de forma simples e rápida, adquirir bilhetes para os espetáculos apresentados no TNSJ, TeCa e mosteiro de São bento da Vitória, sem necessitar de recorrer aos serviços de bilheteira. Para tal, basta efetuar a aquisição em www.tnsj.pt e imprimir a versão eletrónica dos bilhetes.
Preço dos bilhetesTNSJPlateia e Tribuna € 16,001.º balcão e Frisas € 12,00*2.º balcão e Camarotes 1.ª Ordem € 10,00*3.º balcão e Camarotes 2.ª Ordem € 7,50*TeCAPlateia € 15,00 balcão € 10,00MSBVPreço único € 15,00* Frisas e Camarotes só são vendidos a grupos de duas pessoas
Preços especiais nos seguintes espetáculosDura Dita Dura Preço único € 5,00Máquina-Tróia Preço único € 5,00O Menino que Vendia Palavras € 5,00 (crianças), € 10,00 (adultos)Fedegunda € 5,00 (crianças), € 10,00 (adultos)
Entrada gratuitaFernanda Alves (exposição)Leituras no MosteiroCorpo Casa RuaMAP/P – Mostra de Processos/Portugal
Condições especiaisGrupos (entre 10 e 20 pessoas) desconto 30%Grupos (+20 pessoas) desconto 40%escolas e Grupos de Teatro amador € 6,00Desconto 50%:- Cartão Jovem- Quinta-feira (exceto dia de estreia)- desempregados (com documento comprovativo)
ASSiNATurAS
as assinaturas para o período abril – julho de 2013 podem ser adquiridas diretamente nos balcões de atendimento do TNSJ e do TeCa, ou por correspondência (carta ou correio eletrónico), através do envio do boletim de assinaturas, devidamente preenchido, com a escolha dos respetivos espetáculos, datas e lugar pretendido. No caso de o lugar pretendido não estar disponível, o TNSJ reserva-se o direito de escolha de lugares alternativos, salvaguardando o lugar mais próximo possível do pretendido.
Os bilhetes adquiridos via correio, pagos através de cheque ou vale postal, poderão ser enviados para o domicílio (acrescidos do valor dos portes de correio) até uma semana antes da data do espetáculo, ou levantados antes do seu início nas bilheteiras do TNSJ ou TeCa, de acordo com a sala onde decorrero primeiro espetáculo contemplado na assinatura.
Para um melhor funcionamento dos nossos serviços de bilheteira, o TNSJ reserva-se o direito de não efetuar assinaturas a partir das 20:00 (de terça-feira a sábado) e das 15:00 (domingo).
dAdOS pESSOAiS
NoME
MoRADA
CóDIGo PoSTAL
TELEFoNE
ENDEREço ELETRóNICo
O TNSJ é membrO da
www.tnsj.pt
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TNSJ
TeCA
3.º balcão (Piso 4)
2.º balcão (Piso 3)
1.º balcão (Piso 2)
Camarotes 2.ª Ordem (Piso 3)
Tribuna (Piso 1)
Camarotes 1.ª Ordem (Piso 2)
Frisas (Piso 1)
Plateia
balcão (Piso 1)
Plateia
Palco
Palco
- Famílias (mínimo de 4 elementos, válido à quarta-feira e domingo)Desconto 30%:- Cartão estudante- maiores de 65 anos - Profissionais de Teatro- Quarta-feira (exceto dia de estreia)
ReservasOs bilhetes reservados deverão ser obrigatoriamente levantados num período máximo de cinco dias, após o qual serão automaticamente cancelados. Quaisquer reservas deverão ser efetuadas e levantadas até dois dias antes da data do espetáculo. Os bilhetes comprados pelo telefone, pagos através de cheque, podem ser levantados até à hora do espetáculo no posto de atendimento ou enviados para o domicílio (acrescidos do valor dos portes de correio) até uma semana antes da data do espetáculo.
DevoluçõesSe por motivo de força maior a data do espetáculo for alterada ou o espetáculo for cancelado, os bilhetes adquiridos serão válidos para a data a combinar com as bilheteiras do TNSJ e TeCa.a importância dos bilhetes será restituída aos espectadores que o exigirem – no prazo de 60 dias a contar da data prevista do espetáculo – apenas nas seguintes situações:a) Se o espetáculo não puder efetuar-se no local, data e hora marcados;b) Se houver substituição de artistas principais ou se o espetáculo for interrompido (se a substituição ou a interrupção forem determinadas por motivos de força maior, verificados após o início do espetáculo, não haverá lugar à restituição do valor dos ingressos).
Assinaturas TNSJ + TeCA + MSBVInformações 800-10-8675Número grátis a partir de qualquer rede
Protocolosao abrigo de protocolos celebrados entre o TNSJ e um amplo conjunto de entidades, os seus associados, utentes, colaboradores e funcionários beneficiam de condições especiais de acesso aos espetáculos apresentados no TNSJ, TeCa e mosteiro de São bento da Vitória. a listagem completa das entidades subscritoras poderá ser consultada em www.tnsj.pt.
Como chegar aos teatrosSTCPTeatro Nacional São João elétrico 22 | autocarros 207, 303, 400, 904, 905Teatro Carlos Alberto elétricos 18, 22 | autocarros 200, 201, 207, 300, 302, 304, 305, 501, 601, 602, 703, 904Mosteiro de São Bento da Vitória elétricos 18, 22 | autocarros 200, 207, 300, 301, 305, 501, 507, ZHMetro do Portoestações aliados, bolhão, Trindade, São bento
EstacionamentoTNSJEstacionamento gratuitoViaCatarina Shopping(acesso pela rua Formosa ou rua Fernandes Tomás)de segunda-feira a sábado 20:00 - 1:00domingos e feriados 8:00 - 1:00TeCA + Mosteiro de São Bento da Vitória5 horas de estacionamento – € 3,00Parque Praça de Lisboa, Praça dos Leões e Praça Carlos alberto(senha adquirida nas bilheteiras)de terça-feira a sábado (feriados inclusive) 20:00 - 5:00
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tEatro NacIoNaL São João, E.P.E.
conselho de administração Francisca Carneiro Fernandes (Presidente), Salvador Santos, José Matos Silva Assessora da Administração Sandra martins Assistente da Administração Paula almeida Motoristas antónio Ferreira, Carlos Sousa Economato ana dias
direção artística Nuno carinhas Assessor Nuno m Cardoso Assistente Paula almeida
pelouro da produção Salvador SantosCoordenação de Produção maria João teixeira Assistentes eunice basto, maria do Céu Soares, mónica rocha
direção técnica carlos miguel chaves Assistente Liliana Oliveira Departamento de Cenografia teresa grácio Departamento de Guarda-roupa e Adereços Elisabete Leão Assistente Teresa batista Guarda-roupa Isabel Pereira, Nazaré Fernandes, Virgínia Pereira Adereços Guilherme monteiro, dora Pereira, Nuno Ferreira Manutenção Joaquim ribeiro, Júlio Cunha, abílio barbosa, Carlos Coelho, manuel Vieira, Paulo rodrigues, Nuno Ferreira Técnicas de Limpeza beliza batista, bernardina Costa, delfina Cerqueira
direção de palco rui Simão Adjunto do Diretor de Palco emanuel Pina Assistente diná Gonçalves Departamento de Cena Pedro guimarães, Cátia esteves, ricardo Silva Departamento de Som Francisco Leal, antónio bica, Joel azevedo, João Oliveira Departamento de Luz Filipe Pinheiro, abílio Vinhas, José rodrigues, Nuno Gonçalves Departamento de Maquinaria Filipe Silva, antónio Quaresma, adélio Pêra, Carlos barbosa, Joaquim marques, Joel Santos, Jorge Silva, Lídio Pontes, Paulo Ferreira Departamento de Vídeo Fernando Costa
pelouro da comunicação e relações externas
José matos Silva Assistente de Comunicação e Relações Externas Carla Simão Assistente de Relações Internacionais Joana Guimarães Edições João Luís Pereira, Pedro Sobrado, Cristina Carvalho Imprensa ana almeida Promoção Patrícia Carneiro Oliveira Centro de Documentação Paula Braga Design Gráfico Joana monteiro, João Guedes Fotografia e Realização Vídeo João tuna Relações Públicas e Projetos Educativos Luísa corte-real Assistente rosalina babo Frente de Casa Fernando camecelha
Coordenação de Assistência de Sala Jorge rebelo (TNSJ), Patrícia Oliveira (TeCa) Coordenação de Bilheteira Sónia Silva (TNSJ), Patrícia Oliveira (TeCa) Bilheteiras manuela albuquerque, Sérgio Silva, Telmo martins Merchandising e Cedência de Espaços Luísa archer Bar Júlia batista pelouro do planeamento e controlo de gestão Francisca carneiro Fernandes Assistente Paula almeida
direção de sistemas de informação Vítor oliveira Assistente Susana de brito Informática Paulo Veiga
direção de contabilidade e controlo de gestão
domingos costa, ana roxo, Carlos magalhães, Fernando Neves, Goretti Sampaio, Helena Carvalho
organização que congrega alguns dos mais importantes teatros públicos do espaço europeu, a união dos Teatros da Europa (uTE) foi criada em março de 1990 sob o impulso político de Jack Lang, então Ministro da Cultura francês, e a visão de uma “Europa das Artes” que tinha em Giorgio Strehler, encenador italiano que assegurou a sua presidência até 1997, um defensor enérgico. Transcendendo os limites de uma mera comunidade geográfica, a uTE surgiu com o propósito de agrupar singularidades, baseada num entendimento da pluralidade do “Teatro de Arte” na Europa. Desenvolve, para o efeito, uma ação cultural comum que transcende as fronteiras de cada país, possibilitando a circulação regular de projetos e criadores, ultrapassando as barreiras linguísticas mas respeitando a identidade e os patrimónios culturais de cada um dos seus membros.
o TNSJ É MEMBRo DA
São membros da UTE os teatros: Staatsschauspiel Stuttgart (Estugarda, Alemanha) · Schauspielhaus Bochum (Bochum, Alemanha) · Schauspielhaus Graz (Graz, Áustria) · Sfumato Theatre Laboratory (Sófia, Bulgária) · Teatro Lliure (Barcelona, Espanha) · MC93 Bobigny (Bobigny, França) · National Theatre of Greece (Atenas, Grécia) · National Theatre of Northern Greece (Salónica, Grécia) · Habima – National Theatre of Israel (Telavive, Israel) · Piccolo Teatro di Milano – Teatro d’Europa (Milão, Itália) · Teatro di Roma (Roma, Itália) · Teatro Garibaldi di Palermo alla Kalsa (Palermo, Itália) · National Theatre of Oslo (Oslo, Noruega) · Teatro Nacional São João (Porto, Portugal) · Národní divadlo – Prague National Theatre (Praga, República Checa) · Teatrul Bulandra (Bucareste , Roménia) · Teatrul Maghiar de Stat Cluj (Cluj-Napoca , Roménia) · Maly Theatre of Moscow (Moscovo, Rússia) · Maly Drama Theatre – Theatre of Europe (São Petersburgo, Rússia) · Jugoslovensko Dramsko Pozorište (Belgrado, Sérvia)
apoios
parceiro media
apoios à divulgação
agradecimentos
Câmara Municipal do PortoPolícia de Segurança PúblicaMr. Piano/Pianos – Rui Macedo
Este caderno de programação foi impresso com o apoio da Empresa Diário do Porto, Lda.
edição
Departamento de Edições do TNSJcoordenação João Luís Pereira, Pedro Sobradodocumentação Paula Bragadesign gráfico Joana Monteirofotografia João Tuna, J. Marques (A Grande Imprecação Diante das Muralhas da Cidade), Anthony Goicolea (Rosencrantz & Guildenstern Estão Mortos), Inês Correa (A Revolta da Lantejoula), David Pacheco (Júlia), Filipe Araújo Lima (Estamira – Beira do Mundo), Márcio RM (Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas Ordinária), Mauro Kury (Toda Nudez Será Castigada), João Milet Meirelles (Bethânia e as Palavras), Pedro Macedo/Framed Photos (Gil Vicente na Horta), Susana Neves (Dura Dita Dura), Victor Hugo Pontes (Zoo; A Visita da Velha Senhora), Álvaro Teixeira (Salto), Visões Úteis (Corpo Casa Rua) impressão Empresa Diário do Porto, Lda.
Não é permitido filmar, gravar ou fotografar durante os espetáculos. O uso de telemóveis e relógios com sinal sonoro é incómodo, tanto para os intérpretes como para os espectadores.
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