ao correr do teclado_ monsenhor bianchini (parte ii)

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27/06/2016 Ao correr do teclado: Monsenhor Bianchini (parte II). http://robertomenezes.blogspot.com.br/2010/10/monsenhorbianchiniparteii.html 1/5 O tempora! O mores! Ubinam gentium sumus? In qua urbi vivimus? Quam republicam habemus? (Cicero) Ao correr do teclado Roberto Rodrigues de Menezes QUARTAFEIRA, 27 DE OUTUBRO DE 2010 Monsenhor Bianchini (parte II). Monsenhor Francisco de Sales Bianchini (29011925 Brusque // 26102010 Florianópolis). ************************* Desde ontem o corpo do reverendo pastor foi velado na Catedral Metropolitana, com grande presença de autoridades, parentes, fiéis católicos, amigos e admiradores em geral. ************************* Às nove e trinta horas deste 27 de Outubro Dom Murilo Krueger, Arcebispo Metropolitano Início PÁGINAS 2016 (33) 2015 (34) 2014 (46) 2013 (134) 2012 (93) 2011 (139) 2010 (108) Dezembro (17) Novembro (11) Outubro (7) Monsenhor Bianchini (parte II). Monsenhor Francisco de Sales Bianchini. Mario Vargas Lhosa. Segundo Tenente Ivan Leal da Silveira. Luiz Vaz de Camões. Holodomor: a morte pela fome! João Paulo II, o grande papa do século XX. Setembro (9) Agosto (8) Julho (15) Junho (15) Maio (20) Abril (6) ARQUIVO DO BLOG 454,816 TOTAL DE VISUALIZAÇÕES DE PÁGINA ANALYSTICS SEGUIDORES 0 mais Próximo blog» Criar um blog Login

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27/06/2016 Ao correr do teclado: Monsenhor Bianchini (parte II).

http://robertomenezes.blogspot.com.br/2010/10/monsenhorbianchiniparteii.html 1/5

O tempora! O mores! Ubinam gentium sumus? In qua urbi vivimus? Quam republicam habemus? (Cicero)

Ao correr do teclado

Roberto Rodrigues de Menezes 

QUARTAFEIRA, 27 DE OUTUBRO DE 2010

Monsenhor Bianchini (parte II).

Monsenhor  Francisco  de  Sales  Bianchini  (29011925  Brusque  //  26102010Florianópolis).*************************

Desde  ontem  o  corpo  do  reverendo  pastor  foi  velado  na  Catedral  Metropolitana,  comgrande presença de autoridades, parentes, fiéis católicos, amigos e admiradores em geral.*************************

Às nove e trinta horas deste 27 de Outubro Dom Murilo Krueger, Arcebispo Metropolitano

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▼  Outubro (7)Monsenhor Bianchini (parte II).

Monsenhor Francisco de SalesBianchini.

Mario Vargas Lhosa.

Segundo Tenente Ivan Leal daSilveira.

Luiz Vaz de Camões.

Holodomor: a morte pela fome!

João Paulo II, o grande papa doséculo XX.

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de Florianópolis, celebrou a missa de corpo presente, com mais dois bispos e  inúmerossacerdotes, além do povo cristão.*************************

Após  a missa,  o  caixão  com o  corpo  do  santo  sacerdote  colocado  em  carro  aberto  doCorpo  de  Bombeiros,  para  sepultamento  no  Jardim  da  Paz,  bairro  Monte  Verde,  nacapital.*************************

O  caminhão  em  frente  ao  Museu  Cruz  e  Souza,  no  centro  de  Florianópolis,  já  sedeslocando para o Jardim da Paz, onde o Monsenhor Bianchini foi sepultado.*************************O  governador  de  Santa  Catarina,  Leonel  Pavan,  decretou  três  dias  de  luto  oficial  noEstado,  em  homenagem  ao  grande  sacerdote,  filho  de  Brusque  e  florianopolitano  pormérito,  cidadão  catarinense  por  excelência,  que  dedicou  toda  a  sua  vida  ao  abnegadoministério sacerdotal iniciado em 1950 em Roma.*************************SÃO JOÃO MARIA BATISTA VIANNEY, padroeiro dos sacerdotes.(parte de palestra proferida pelo Monsenhor Bianchini no Movimento de Emaús).Hoje  santo,  padroeiro  de  todos  os  párocos,  de  todos  os  vigários.  Ele  nasceu  perto  deLyon, de uma família pobre, no ano de 1876, quando na França estava prestes a explodira revolução francesa.*************************

*************************Queria  ser  padre,  mas  tinha  uma  dificuldade  enorme  para  os  estudos.  Três  vezes  foirejeitado para entrar no seminário. Tentou uma quarta vez, com uma ordem religiosa deirmãos  leigos, mas ainda não conseguiu. Porém, não desistia, afirmando ser esta a suavocação. O vigário da paróquia, padre Balley, lhe dizia:  Meu filho, vai lá em casa. Eu vou lhe dar aulas particulares.Apesar  do  esforço  do  padre  e  do  João,  o  latim  não  entrava  na  cabeça  deste  último.Porém,  tempos  depois,  o  João  consegue  ser  ordenado  padre,  tamanha  a  insistência,enquanto  ocorria  a  revolução  francesa.  A  solenidade  aconteceu  numa  casa

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particular.Colocaram na frente da janela de vidraça uma carroça com feno, mais alto que ajanela, para que não olhassem o interior durante a ordenação, pois os padres foram muitoperseguidos. Com o fim dos estudos para o sacerdócio acontece, é costume ainda hoje os superioresdo  seminário  enviarem ao  bispo  a  relação  de  ordenandos,  com o  perfil  aproximado  decada um: "O Antônio tem facilidade de falar, o Pedro é mais simples, mas muito piedoso".Após isso, o bispo marca o dia e a cidade em que haverá a ordenação. Quando chegou avez de João Maria, muito humilde, o bispo manda que sente. Meu filho, os seus superiores o elogiam muito. Obediente, humilde, serviçal, não brigacom  ninguém,  é  o  exemplo  do  seminário.  Mas  para  ser  padre  não  dá.  Você  é  muitoburro!...O João ficou quieto, baixou a cabeça. Depois de algum tempo criou coragem e falou: Senhor bispo, o senhor conhece a Bíblia melhor do que eu. Claro!... Pois é. Lá em a história do Sansão, que ficou escondido num desfiladeiro, atrás de umapedra. Quem vinha de um lado não podia vêlo, e ali só passava um homem de cada vez.Ele esperou, tendo na mão uma queixada seca de um burro. E dava com a queixada nacabeça  de  cada  inimigo  do  povo  de Deus  que  passava. O  fulano  caía  no  precipício  emorria. O senhor lembra? Claro que me lembro! Pois o senhor imagine só. Se Deus, com uma queixada de burro, através de Sansão,acabou com tantos inimigos de seu povo, imagine o que ele não fará com um burro inteiro,que sou eu!...O bispo ficou quieto e caiu em si. Meu filho, eu vou ordenálo padre por sua humildade.E João  foi  ordenado no ano de 1814. Por mais  três anos  ficou  como auxiliar  do padreBalley, aperfeiçoando um pouco o latim. Depois foi mandado para a cidadezinha de Ars,perto  de  Lyon.  Era  um  povoado  de  trezentas  pessoas,  cujo  divertimento  consistia  naprostituição, jogatina e trabalho aos domingos. Ele próprio varria a casa, a igreja, pois nãohavia empregada, ninguém para ajudar. Tocava o sino de manhã, ao meiodia, à tardinha.E  com  o  tempo  as  coisas  foram mudando,  tanto  que  ele  permaneceu  lá  por  mais  dequarenta anos. O governo francês se viu obrigado a fazer uma estrada de ferro de Lyon aArs, tal era o afluxo de gente, príncipes, reis, cardeais, bispos, senadores. Todos queriamouvilo,  sua  igreja  sempre  lotada.  E  ele  todo  dia,  onze  da manhã,  hora  do  preparo  doalmoço,  dava  catequese. Uma  voz  rachada,  não  tinha  retórica  nenhuma, mas  ali  haviaalguma coisa a mais que atraía multidões.Certa vez um senador de Paris, no auge da carreira, adepto do racionalismo positivista, foia Ars às escondidas, para ver o ouvir  o padre Vianney. Tinha medo do que pudessemdizer  os  outros  senadores. Mas,  no  seu  retorno,  alguém descobriu  e,  numa  sessão  doSenado, enquanto corria o cafezinho dos senadores,, um deles quis fazer pouco daqueleque fora a Ars para ouvir o cura. Excelência, o que foi ver em Ars?Ele não se deu por achado. Voltouse e: Eu vi o que nunca esperei ver na minha vida. Eu vi Deus num homem!E o silêncio foi total.**************************O  cura  d'Ars  todos  os  dias  abria  o  templo.  À  tarde  entrava  na  igreja  um  colono,  quedeixava machado, enxada, pá, no corredor. Sentava no primeiro banco e ali  ficava, semlivro,  sem  nada,  sem  falar.  Os  santos  também  são  curiosos.  Um  dia,  quando  o  curaacabava de bater com o sino o"anjo do Senhor" e o velhinho ia sair, ele lhe perguntou: Amigo, você não tem livro, não vejo você rezar em voz alta... Seu vigário, eu não sei ler. Então, eu olho pra Ele e Ele olha pra mim.Um olhar diz mais, às vezes, do que um livro inteiro.Toda a França e a Europa iam em peregrinação para ouvir este simples sacerdote.A padroeira da paróquia era Santa Filomena. Quando há festa de igreja os fabriqueiros,sujeitos  que  organizam  a  festa,  em  geral  são  a  dor  de  cabeça  do  padre.  Se  num  anogastaram  mil  com  foguetes,  os  fabriqueiros  do  ano  seguinte  querem  gastar  dois  mil.Escolhem, também, um grande pregador para as prédicas. E estava no auge da fama emParis o padre Lacordaire, talvez o maior orador sacro cristão de todos os tempos. Seu vigário, pediram eles ao cura d'Ars, podemos convidar o padre Lacordaire? Sim, podem convidar.E o famoso orador veio de trem. Na hora do sermão, arrebatou as pessoas como só elesabia  fazer. A  igreja entupiu. Havia gente  trepada nas  janelas, nos confessionários, atéporque todo mundo, além de ouvir, gosta de ver. Acabada a missa, dirigiuse o povo paraas barraquinhas. E o grande orador  foi  lá,  tomar um cálice de vinho. Chegou, então, oclube dos bajuladores. Padre, o senhor falou tão bem, tão bem, que a igreja encheu. Havia gente nas janelas,em cima dos confessionários... Pois é, rebateu o padre Lacordaire. Quando eu falo o povo sobe nos confessionários.

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Postado por RRM às quartafeira, outubro 27, 2010 

Quando o cura de vocês fala, todos entram no confessionário!...A  ciência  e  a  cultura  deslumbram, mas  a  santidade  atrai  e  converte.  O  cura  d'Ars  seconsagrou como o modelo de todos os sacerdotes que trabalham em paróquias.*************************João Maria Batista Vianney: Nascido em 08 de Maio de 1786 perto de Lyon, na França. Falecido em Ars, na França, em 04 de Agosto de 1859. Canonizado em 01 de Novembro de 1924 pelo Papa Pio XI.Festa litúrgica: 04 de Agosto. Padroeiro dos párocos.******************************

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Guilherme 28 de outubro de 2010 18:59

Olá "tio" Roberto,

Espero que tudo esteja bem e em paz contigo e com os teus no Brasil. Acompanhoavidamente seu blog aqui da Alemanha, e em especial, este do Mons. Bianchini, porquem  sempre  nutri  um  especial  carinho  e  inegável  admiração.  Ele  era  meuconfessor  e me  ajudou muito  quando  em  épocas  tristes  de minha  vida.  Antes  deminha viagem, foi quem me conferiu uma benção especial. Como na história que oMonsenhor contava sobre o Cura de Ars,  sobre um  tal  senador  francês adepto doracionalismo positivista, que afirmou ter visto Deus falar pela boca de um homem, euposso igualmente afirmar que vi Deus falar pela boca do Padre Bianchini...

Permitame  finalizar  com o  lema dos Cartuxos, ordem que  tive o  imenso prazer deconhecer aqui na Europa, que creio cair muito bem neste momento triste:

"Stat crux dum volvitur orbis."

In corde Iesus, semper. Guilherme R

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