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Antropologia IV - Antropologia contemporanea - Rose Aula 01 - apresentação Aula 02 - Victor turner - Floresta de Simbolos - Aspecto do ritual de Ndembu e O processo ritual: Estrutura e Antiestrutural - 10/08/2015 Roberto da Matta - Introdução a teoria de Victor Turner → Livro: Floresta de Simbolos Conceito de liminaridade Turner tem a ideia de ser uma messia do simbolismo, pois teria trazido para antropologia o aspecto do mundo simbolico → ressaltou a importancia do simbolismo na antropologia E um samurai da antropologia, pois tem uma analise clara; sentido de uma etica interpretativa baseada na interpretação dos processos sociais Outra coisa que Da Matta chama atenção é que na antropologia do turner, pela primeira vez, o proprio nativo ganha voz → momento que turner apresenta, textualmente, a fala do sujeito pesquisado Turner trazido as vozes dos africanos, segundo Da Matta Turner, alem de trazer depoimentos, ele leva a serio o pensamento do nativo → trazendo para primeira plano interpretações sobre a vida social que não são realizadas pelos antropologos, mas pelos proprios especialistas das sociedades que estão sendo estudadas → feiticeiro como um especialista em rituais → cada vez mais a produção do texto como intersubjetivo (dialogo entre sujeito pesquisador e sujeito pesquisado) Turner vai ver a tentativa de dizer: assim como eu sou um especialista nessa sociedade, há especialista dessa sociedade dentro da propria sociedade Nome e importancia para os sujeitos com qual conversa Ditos “informantes” viraram mestres e o etnologo um “interprete”

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Antropologia IV - Antropologia contemporanea - Rose

Aula 01 - apresentação

Aula 02 - Victor turner - Floresta de Simbolos - Aspecto do ritual de Ndembu e O processo ritual: Estrutura e Antiestrutural - 10/08/2015

● Roberto da Matta - Introdução a teoria de Victor Turner → Livro: Floresta de Simbolos

● Conceito de liminaridade● Turner tem a ideia de ser uma messia do simbolismo, pois teria trazido

para antropologia o aspecto do mundo simbolico → ressaltou a importancia do simbolismo na antropologia

● E um samurai da antropologia, pois tem uma analise clara; sentido de uma etica interpretativa baseada na interpretação dos processos sociais

● Outra coisa que Da Matta chama atenção é que na antropologia do turner, pela primeira vez, o proprio nativo ganha voz → momento que turner apresenta, textualmente, a fala do sujeito pesquisado

● Turner trazido as vozes dos africanos, segundo Da Matta● Turner, alem de trazer depoimentos, ele leva a serio o pensamento do

nativo → trazendo para primeira plano interpretações sobre a vida social que não são realizadas pelos antropologos, mas pelos proprios especialistas das sociedades que estão sendo estudadas → feiticeiro como um especialista em rituais → cada vez mais a produção do texto como intersubjetivo (dialogo entre sujeito pesquisador e sujeito pesquisado)

● Turner vai ver a tentativa de dizer: assim como eu sou um especialista nessa sociedade, há especialista dessa sociedade dentro da propria sociedade

● Nome e importancia para os sujeitos com qual conversa ● Ditos “informantes” viraram mestres e o etnologo um “interprete”● Critica a propria forma de produção de conhecimento ja estão presentes na obra de

Turner ● Momento historico que Turner vive: intensidade dos anos 60 → toda

questão dos direitos civis; movimento negro; movimento hippie e etc estão muito fortes → influencia a forma que Turner vai pensar e os proprios temas que ele vai pesquisar

● contestação de valores que acontece no periodo historico do turner (aspectos marginais), influenciam o modo de pensar do turner

● A propria ideia de liminaridade, fenomenos nao centrais, é uma “prova” de como o contexto historico influencio o objeto pelo qual Turner se interessa

● Contexto cultural que Turner vive gerou uma emergencia de uma antropologia do paradoxo, dos estagios intermediarios e ambiguidades

● Da Matta situa o trabalho do Turner proximo ao trabalho da Mary Douglas → fascinados pelos aspectos paradoxais, ambiguos → aspectos que perturbam a ordem estabelecidade

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● Ao mesmo tempo que esta interessado em fenomenos marginais, ele esta interessado em entender a noção de uma certa estrutura → compreender os fenomenos marginais pelo seus opostos

● Turner → fascinado por fenomenos rituais → pensa rituais da nossa sociedade: sociedades ditas industriais

● interessado em modos estereotipados a produção de valores → encenações obrigatorias dos rituais

● No ritual uma serie de valores centrais, da sociedade, estão sendo condensados → relação estereotipada de valores seria algo produzida de forma intensa para os rituais

● determinados rituais na nossa sociedade (casamento, velorio e etc) são momentos da vida em que uma serie de valores, com quais convivemos desinteressados no cotidiano, são representados de uma forma estereotipada (por exemplo a afirmação da fidelidade durante os votos de casamento)

● Valores, nos momentos rituais, são exarcebados → nesse momento tudo que esta frouxo e solto no cotidiano é, de alguma maneira, expresso e intensificado em uma forma de simbolos

● A importancia que atribuia a analise do ritual é a mesma importancia para os momentos performaticos da vida social → goffman e turner estudam o mesmo objeto, mas com noções diferentes: ambos estudam os papeis dramaticos na vida social → mas o goffman ta interessado no cotidiano, então vai ver na vida cotidiana; ja o turner esta interessado nos momentos em que esses papeis são ritualizados

● Ao inves de olhar para os momentos cotidianos, turner vai olhar para os momentos extraordinários

● Dois estão interessados na relação do papel; diferença que um olha para o cotidiano (goffman) e outro no extraordinario (turner)

● Turner: rituais são momentos de coesão → quando estuda o ritual de cura, mostra que como para curar o individuo, o feiticeiro vai reunir diversos membros da sociedade. Cada pessoa que é chamada para conversar com o doente, determinados aspectos da vida do individuo são comentados → para curar o sacerdote mobiliza toda a sociedade

● Fato dele olhar para um processo de cura para um processo ritual, e olhar o ritual como momento de coesão dos valores e vida social; ajuda o turner a entender como esse momento de tensão, em que a sociedade sem encontra em risco, todas as tensoes sociais se revelam e, para o analise, é um momento extraordinário para olhar a vida social

● interessa os momentos que a sociedade se expressa de uma forma intensa: o ritual ● Pergunta geral que Turner responder é como sociedade matrilineares, resolvem o

problema da integração social (texto da proxima aula, neste de hoje ele so passa por cima)

● para pensar integração social ele vai olhar para o ritual, pois entendem que o ritual contribui para a questão de integração

● Ritual é um sistema de comunicação: o que se comunicam são os simbolos e simbolos são as formas como a sociedade se pensa

● Termino da apresntação sobre Turner e agora vai começar a discussão do texto

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● Floresta dos simbolos: Betwist and Between → Aprofundamento do que, O processo Ritual, Turner comenta sobre o momento liminar no processo de passagem

● Começa pelo Betwist and Between:○ Um autor muito importante para o Turner é o Van Gennep → Van

Gennep chama dos 3 momentos no rites de passages○ Olhar para um momento especifico para o rite de passagem,

momento em que as tensões estão condensadas; valores estereotipados para passar para o sujeitos liminares e etc → momento da liminaridade (momento intermediario dos 3 rites de passagem de Gennep)

○ O ritual e os tipos de rituais que Turner vai analisar em geral são processos de transformaçaõ, no qual, o sujeito liminar passa de um estado para outro estado. Processo que é caracterizado por um periodo liminar de incerteza e de crise

○ Sujeito liminar: pessoa ou coletivo //// Rite de Passagem: momento que vai passar de um estado para outro

○ Momento intermediario é um momento que tem objeto inscrever nesse sujeito um saber e um conhecimento em que o sujeito precisa ser devolvido a vida social em uma nova condição

○ Estagio liminar é o momento que a sociedade procura controlar e impor valores da sociedade para um individuo ou grupo

○ Sujeito individual, ou coletivo, não esta nem lá e nem cá (between and Betwist)

○ Esse liminar é o momento em que o sujeito ritual (individuo ou grupo) reflete sobre a sua situação, seu lugar na sociedade e a sociedade em si → liminar é um estagio reflexivo e criativo

○ Sujeitos que passam pelo ritual são marcados por uma impressão de forte coersão de algo que está sendo imposto para o proprio sujeito (exemplo são os rituais de trotes) → curioso esse momento coercitivo ter uma capacidade tão reflexitiva e criativa

○ sociedade isolada os sujeitos, formam uma tabula rasa ( que utiliza uma serie de recursos de tirar tudo que o sujeito possui antes do ritual: são despidos, privados de relações sexuais, privados de comunicação e etc) para que os sujeitos possam ser reformulados (jogar o maximo possivel de valores, conhecimento e etc) para que possa voltar para sociedade em um novo lugar (novo status social)

○ rites de passagem são, para Van Gennep, são rites que acompanham toda questão de lugar, estado, posição, idade. 3 fases do rites: Separação ---- Margem (limen) ----- Agregação

○ Separação que marca a separação do individuo de um ponto fixado na estrutura social

○ Limen: caracteristicas do sujeito ritual são ambiguas, tem poucos e quase nenhum atributo do passado e nenhum do futuro

○ Agregação: os atributos do futuro são pertencentes ao sujeito e volta a ter um local na estrutura social

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○ relação do Turner com a noção de Durkheim sobre conhecimento (formas elementares da vida religiosa) universos das representações → sociedades mecanicas e organicas = pequenas escalas e industriais

○ olhar para o simbolismo que é relacionado a persona liminar → simbolismo é complexo e bizarro → sujeito liminar é construido por determinadas caracteristicas que provocam um choque, susto, pela forma estranha que são apresentadas aos sujeitos (por exemplo: mascaras que misturam homens e animais, trocas de sangues, entidades meio humanas e meio animais e etc) → todos os elementos bizarros tem uma função didaticas e reflexivas: cada um transmite valor pelo susto e pelo horro. Marcados por uma forma estética caracterizada pela estranheza, bizarrice; mas que possuem uma função didatica, educativa

○ na situação liminar, essas figuras sacras (comunicação de valores e ideias da sociedade por meio de figuras) vão ser apresentadas aos sujeitos

○ Outra caracteristica da fase liminar é a invisibilidade da pessoa liminar: não tem a classificação anterior e ainda não é classificada na futura posição → é invisivel estruturalmente. Simbolos que representam essa pessoa, normalmente, são simbolos da morte, escatológicos e etc → simbolos que representam processo de transformação (morte, vida, decomposição e etc)

○ Estruturalmente invisiveis e ritualmente impuros → por isso são segregados → situação de extremo perigo, para o sujeito ritual que ainda não é nada e perigo para sociedade, pois se o sujeito não for devidamente instruido ele pode voltar de um jeito fora da norma

○ impureza ta relacionada com o fato daquele momento todos estarem em risco: sujeito ritual e a sociedade → somente no momento de liminaridade tudo pode ser dito

○ todos os xingamentos contra o chefe são o oposto que se esperam que um bom governante deva ser, partir disso falam o que se espera que o chefe seja → interessante a forma que isso se dá: não é lido um juramento, mas ele é insulto enquanto está nu, pintado de preto e etc → situação bizarra, situação de total submissão ritual é que faz com que ele possa assumir o comando do grupo

○ forma ritual é que interessa → pq nessas sociedades, para afirmar os valores sociais, essa forma é escolhida? Explicar a importancia das communitas para estabelecimento da estrutura → total igualdade é que faz com que a situação de communitas seja rica para fortalecer conhecimento de valores, tradições e etc → communitas: sentimento que se cria no momento liminar dos rites de passagem

● Analise do filme (ritual da vida) e do outro texto (estrutura e anti-estrutura)○ Formas grotescas estão presentes no ritual (filme): corte das mulheres,

ossos sendo pintados de vermelho e etc ○ varios rituais diferentes acontecem ao mesmo tempo que o ritual

funerário dos bororos: rituais funerário dura 3 meses e, muito

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provavel, que durante um ano mais do que uma pessoa morra na aldeia, então o ritual acontece o ano inteiro → utilizam o tempo de 3 meses do enterro para realizar outros rituais → portanto há mais do que um sujeito ritual, envolve varios sujeitos. Por exemplo, todo morto tem o representante do morto; esse sujeito é que passa maior series de tabu (então tambem é um sujeito liminar, apesar de não ser o morto)

○ Hipótese do filme (edgar) é que toda sociedade se refaz no processo: mudança do cotidiano (desligar os radios e etc) e etc → é estabelecido um novo jeito de viver que toda a sociedade compartilha

○ No momento de festas, o sentimentos de Communitas é generalizado; todo mundo se envolve (parte da discussão do texto na aula)

○ Momento liminar se o momento de transição de conhecimento, reflexividade (momento em que o menino, ao ver os pais batendo no tambor acaba repetindo o gesto → aprendendo os costumes)

○ momentos de intensificações (rituais) são momentos em que tudo (valores, conhecimento e etc) está sendo transmitido

○ Políticos (velhos da tribo que falam que os costumes estão morrendo) X Rituais (que na visão do turner mostra que os rituais estão passando a cultura e costumes)

○ Atributos das pessoas liminares: lama; cor vermelha; igualdade (pintura corporal igual o chefe, com as crianças e os adultos); musica é um elemento importante (é tocada por uma boa parte das pessoas, ouvidas por todos e cantadas por algum → elemento para proporcionar a experiencia de communitas)

○ processo de simbolização é sempre um processo de transformação○ rite de morte ser pensamento como um sujeito liminar em diferentes

sociedades○

Aula 03 - Segunda aula sobre Victor Turner - Liminal ao Liminoide: Em brincadeira, fluxo e ritual. Um ensaio de simbologia comparativa

● Aspecto da antropologia do Turner: antropologia da perfomance, da experiencia → ultima fase da vida intelectual do Turner

● Questões proximas dos autores pós-modernos● AfinidadeS entre antropologia pós moderna e antropologia do turner está

na atenção sobre os ruidos e elementos considerados, estruturalmente, poucos importnates→ lugares marginais → atentar aos ruidos, atentar aquilo que, em geral, é deixado de lado

● Sacada do turner foi encontrar momento em que as sociedades sacaneam a si mesmas → momentos que são os ritos, cultos, festas e etc

● Momentos em que a sociedade brinca com o perigo, suscitando esses efeitos de paralisia, susto

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● Pensar os rites como esse momento de interrupção do cotidiano (aspecto da brincadeira, jogo, sacangem → momento que sociedade se coloca em risco ao colocar seu aparato moral em um rito como, por exemplo, rir sobre os poderosos)

● compreender a estrutura é preciso olhar para um desvio → lugar onde não detectamos elementos não obvios das relações sociais (antiestrutura)

● Experiencia Vivida --- Conceito de Dilton● Experiencia vivida como algo que passa por 5 momentos

○ 1- Nivel da percepçao à percebemos o que esta ao nosso redor○ 2- Experiencias do passado são evocadas e delineadas (percepção

elaborada a partir das imagens e experiencias do passado)○ 3 - Emoções associadas ao passado são revividas○ 4 - Construção do significado → articulação entre passado e

presente como forma de compreender a experiencia presente○ 5- Experiencia de percepção só é completa quando consegue ser expressa

● PERFOMANCE ---> EXPRESSÃO PARA TURNER● Somente no momento de expressão é que a experiencia é completa (perfomance é

quando a experiencia é completa)● Modelo do drama social

○ Modelo que desenvolve para pensar diversos fenomenos sociais a partir do rite de passagem (separação, transição e reagregação)

○ Rite de passagem passa de 3 momentos para 5 no modelo de drama social○ Separação é dividido em duas → crise e○ Transição → transforma em ação separadora○ Reagregação → transforma em desfeixo ou harmonia social

● Fenomeno social que vai se caracterizar pela experiencia de transformação entre diferentes estados, diferentes situações

● Experiencia, no latim, significa tentar aventurar-se → experiencia e perigo estariam relacionadas a mesma matriz → antropologia da experiencia olha para os momentos em que a sociedade se colocou em perigo

● Experiencia, no grego, significaria passar por → experiencia associada a ideia de passagem

● pensar experiencia seria pensar em situações de passagem, transformações e em situações em que a sociedade se coloca em risco

● Perfomance teria relação com completar → perfomance como conclusão, finalização da experiencia

● para os cientistas sociais os dramas sociais revelavam as relações de classes, de poder, interesse, conflitos políticos e etc

● para turner o drama social revela um caráter individual, estilo, moral, individualidade e caráter estético

● Duplo vinculo: cientista social interessado por relação de parentescos; classes sociais e etc. Por outro lado, um cientista social artista que vai se interessar por questões como retórica, estilo, moral, estética e etc

● Turner mostra uma certa sensibilidade para um olhar artistico sobre o mundo do que o olhar estritamente cientifico

● antropologia que se preocupa com a possibilidade de expressar conhecimento por meio da perfomance

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● Turner está preocupado com forma de transmissão de conhecimentoo● Como um saber que vem de um fazer teatral (ler outros textos e trazer elementos da

sua experiencia para compreender estes textos) pode ser aprendido para um fazer antropológico

● pega a forma rite de passagem para pensar um movimento social X em nossa sociedade;

● vai pegar o conceito drama social para pensar outros fenomenos e outras sociedades

● Olhar para as formas expressivas e se utilizar dessas formas para provacar reflexoes sobre eventos diversos

● ciencias sociais tem se preocupado com questão de estrutura e desempenho de papeis → turner se preocupa com a quebra de papeis (momentos de suspensão de papeis ou metateatro da vida social)

● posso compreender alguma coisa sobre esse universo me tornando familiar com a personagem → aproximar no universo por meio de algo que é subjetivo

● Texto cientifico, academico, causa um certo distanciamento● documentário se apropria de algumas retóricas da ficção para poder construir

Aula 04 - Descrição densa” e interpretação - Geertz Leituras Obrigatórias:GEERTZ, Clifford. “Uma descrição densa: por uma teoria interpretativa da cultura”.(cap.1). In: A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.GEERTZ, Clifford. “Um jogo absorvente: notas sobre a briga de galos balinesa” (cap. 9).In: A interpretação das culturas. op.cit.

● Discutir primeiro o texto que é a descrição tensa → teoria semiotica da cultura

● Segunda parte discutir a briga de galos → etnografia à partir da teoria semiotica da cultura

● Sherry Ortner: subjetividade e critica cultural in horizontes antropológicos. n 28, 2007○ Introdução a obra e leitura que ela faz ssobre o proprio livro○ Geertz nasceu 1906 e morreu em 2006 → maior influencia entre

autores antropologia norte-americana ○ Considerado um dos antropologos mais importantes do século 20 →

influencia grandemente a antropologia do século passado○ Influenciar menor na antropologia do século 21○ ela identifica 2 dimensões importantes na teoria da cultura do geertz: Uma

influencia pela antropologia culturalista e outra por uma teoria filosofica e literaria

○ ideia de cultura tem essa dupla influencia (da propria antropologia e outra de uma teoria mais filosofica)

○ Culturalismo: cultura como ideia de visão de mundo, ethos, comportamento e etc

○ vertente mais filosofico literario: wittgestein → cultura como esfera de construção de significado e surgimento de subjetividades → pensando os processos simbolicos presentes no mundo social

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○ Sherry vai Mostrar como essa primeira linha, linha culturalista, é a mais facil de ser criticada pela antropologia pós moderna → antropologia pós moderna vai deter bastante na critica como antropologia lidou com conceito de cultura (cultura como algo homegeneo, estático e etc)

○ No entanto, apesar da escola culturalista tender a essencializar (falar em padrões de cultura, padroes de comportamento → essencialização, normatização da cultura) e a filiação do Geertz a essa escola culturalista, ele poderia se aproximar a esse tipo de critica que os pós-modernos realizam. No entanto, nesses textos ele busca se afastar dessa visão essencialista de cultura → nesses textos geertz critica a visão normativa, essencialista que os culturalistas tem

○ Culturalista: cristalizar ideias a determinadas nações e povos (exemplo: judeu pão duro)

○ Geertz, para Sherry, nunca se filiou de fato na escola culturalista ○ Geertz: possibilidade de ampliar o discurso e conversa entre culturas○ Geertz argumentava que a cultura deveria ser entendida como formas

simbolicas publicas (cultura é publica) que expressam e modelam os atores engajados na vida social

○ Dupla dimensão da cultura: expressão e modelo para ○ Briga de galo: expressa um modo de ser, um pensamento balines; mas, ao

mesmo tempo, modela o ser balines (apresenta para os individuos um modo de ser, tem esse papel de educação sentimental - expor e apresentar, explicar para esses conjuntos de individuo o que se espera como o sujeito vai agir)

○ duplo papel de expressão e modelagem → cultura● Interpretação das culturas → publicado 1973 ● Esse livro não é uma monografia, é uma coletanea de varios ensaios →

geertz apresenta a proposta de uma antropologia interpretativa ● ensaios conceituais (como primeiro cap) e mais etnograficos (como cap 9)● Primeiro capitulo do livro: reduzir a cultura a uma dimensão justa que assegure sua

importancia ao inves de debilitar ● Tylor (1871): cultura como todo complexo que inclui conhecimentos, arte,

moral … qualquer capacidade do homem que engloba a vida de uma sociedade → Tylor engloba cultura como tudo que define o que é ser humano em uma sociedade (primeira definição de cultura, tentativa de construir um campo para antropologia)

● essa primeira definição é extremamente ampla → tentativa totalizante, tentar entender a cultura como um todo (o que vai ser bastante criticado pelos antropologos nos anos 80)

● No primeiro capitulo Geertz começa apontado para esse dimensionamento do conceito de cultura → aborda a noção do tylor (que define a cultura como esse todo complexo) e vai dizer essa ideia totalizante de cultura confunde mais do que esclarece

● existem mais de 50 definições diferentes de cultura, segundo Geertz● Geertz: cultura essencialmente semiotico → homem amarrada a teias de

significados que ele mesmo teceu (pagina 4) → aponta seu conceito de cultura que é : a ideia de que cultura seria essas teias tecidas pelo proprio homem, aos quais ele está preso. Cultura como esfera de produção de significado

● Tambem a visão dele de antropologia é: se contrapor a antropologia como uma ciencia experimental, que busca leis universais → antropologia como

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ciencia interpretativa que busca significados (está indo contra a ideia de estruturalismo)

● o que interessa é a ideia dos sentidos, dos significados, e não das leis gerais -● A redução do sentido da palavra “cultura” é um exercicio epistemológico ● ciencia que interessa é essa ciencia interpretativa → atitude do

etnográfico é mais próxima de um crítico literário ● Não é dar conta de uma totalidade, mas olhar para alguns fenomenos e observa

nesses fenomenos a expressão de significados● Cultura: expressão e significação de significados● cultura pode ser pensada mais como expressão da forma de pensamento da

sociedade. Geertz se foca na analise da mediação entre aquilo que se é observado e aquilo que o antropologo registra. O registro antropologicos é uma produção de significados. A cultura é construida a medida que é expressa pelos seus autores

● Geertz pensa o antropologo como leitor de terceira mão → sujeitos membros de uma sociedade são so leitores de primeira mão

● conseguir compreender um evento precisamos compreender essas logicas de pensamento que estão em ação na vida cultural

● LS não existe essa enfase na interpretação dos nativos → busca em entender o que há na estrutura, ou dimensão insconsciente, e que esta presente detrás dessas formas expressivas das diversas sociedades

● LS: Dimensão mais profunda das culturas, da consciencia ● Geertz: dimensão superficial → o que acontece na superficie → na diversas

formas como os membros da sociedade se pensam e praticam sua cultura → entender essa superficie é a tarefa do etnógrafo

● Como cada cultura é distinta, propror um modelo analítico seria endurecer a perspectiva do antropologico, uma vez que o campo de cada cultura pode propor novas perspectivas sobre a abordagem da antropologia. → modelo que é construido em cada lugar

● Antropologia hermeneutica: cultura como texto, por isso trabalho do antropologo se aproxima mais ao trabalho do crítico literário

● Texto de referencia: Sobre o pensamento antropologico -Roberto Cardoso de Oliveira (1988) → divide as escolas antropologicas em escolas intelectualistas e emperistas; tambem em uma dimensão sincronica e diacronica

● Geertz como mudança de paradigma no século XX (Segundo roberto cardoso

Intelectualista Empirista

Sincronica Escola Sociologica Francesa

Escola Britânica

Diacronica Geertz (antropologia interpretativa)

culturalistmo

● So possivel compreender o que analise antropologica se compreendemos o que a etnografia

● Parte II do primeiro capítulo é o que ele fala o que é etnografia ● Etnografia não é uma questão de métodos, é um esforço intelectural, realizar uma

“descrição densa”

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● Descrição densa é saber diferenciar o que significa uma piscadela → diferença entre descrição superficial (piscadela é contração da palpebra) entre descrever todos os significados da piscadela

● Descrição densa: analisar a ação em contexto → entender quais são as inumeras interpretações em um ato de piscar em um determinado contexto

● etnografia: estrutura estratificadas de estruturas significantes● descrever todos os significados que estão emergindo na vida social ● segundo exemplo que ele trás (alem da piscadela) é o caso do Cohen →

disputa à partir do roubo● é impossivel acessar o dado puro● analise: escolher entre estruturas de significação ● trabalho do analista é entender as diferentes formas de atribuir significado aos

acontecimentos ● entender a forma como cohen pensou é importante, assim como os

frances interpretaram e como os judeus interpretaram → interprete tem que entender essas diferentes estruturas de significados que aparecem em uma situação de conflito

● geertz: existem as formas universais (vingança, amor e etc), mas me interessa como elas se expressam em determinados contextos

● Ls: vai pegar todas essas multiplicidades e mostrar como vão para o mesmo lugar ● Geertz: dimensão pública da cultura● criticos leterários: interpretar quadro de significados ● fazer etnogradia é tentar ler um manuscrito estranho, desbotado e etc● primeira que é colocado a cultura como um texto a ser interpretado● cultura: sistema publicos de simbolos, significados → tanto representam

como moldam os sujeitos● Item 3: cultura como publica → tanto representa como modela ou molda

(sujeito preso as teias de significados que ele mesmo teceu → representar e modelar)

● cultura não existe na cabeça de alguem → cultura não é algo fisica (pronta para ser usada) → embora não física, não é uma entidade oculta

● Pode pensar cultura como ideação, mas não como fechada e sim mobilizada ● Duas possibilidades de obscurecer o conceito de cultura

○ reificar a cultura: pensar a cultura como essa realidade autocontida○ reduzir a cultura: perceber que corresponde ao conjunto de pensamentos e

formas de comportamentos○ Formalismo exteemos levaram a abstrações de cultura que para identificar

recorrencias se subtrai parcelas essenciais localizadas em um determinado contexto

○ ao coisificar a cultura como algo cristalizado, mobilizador de propositos e forças para automanutenção ou sobrevivencia, algo superorganico

● essas duas visões (reificações e redução) correspondem a um subjetivismo extremo (cultura coração das pessoas) e formalismo extremo (regras sistematicas que precisam ser seguidas)

● cultura é publica pq o significado é publico → não pode piscar sem saber o que é uma piscadela

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● atentar para a esfera do cultural em que os significados estão sendo de fatos vividos, não essa esfera em que estão em uma fase pre-significante, ou inconsciente → Diferença entre antropologia interpretativa com antropologia estruturalista

● não compreendemos o povo não por compreender o que falam entre si, mas pq nçao conseguimos nos situar entre eles → exercicio do etnografo é o exercicio de situar entre nativos

● não queremos tornar nativos, mas conversar com eles (o que é mais dificil do que falar)

● não é se apropriar, mas significa ser capaz de conversar● alargamento do universo do discurso humano → estar entre noss

interlocutores e conversar com eles ● objetivo da antropologia: alargar o universo do discurso humano → grande

problema da humanidade é a incapacidade de pessoas conversarem uma com as outras (não é se tornarem iguais, mas dialogar)

● isso é fundamental para vivermos em um mundo em que não compartilhamos todos os valores

● ampliar as possibilidades de compreensão entre as pessoas → objetivo humanista de uma antropologia que se pensa uma ciencia que produz, ou capaz de produzir, interpretações sobre a diferença

● conceito semiotico de cultura se encaixa bem com essa perspectiva → cultura não é um poder, ao qual podem ser atribuidos os comportamentos sociais. Cultura é um contexto

● cultura como contexto, não como essencia, nem coisa. ● compreender sem tentar eliminar o que é particular → quanto mais

seguimos os nativos, mais logicos e singulares eles parecem → essa manobra é para entender o que é a analise antropologica

● descrições são antropologicas pq são antropologos que as professam → textos antropologicos são interpretações de segunda e terceira mão (somente nativo tem a interpretação de primeira mão)

● antropologo: interpretação de uma interpretação (por isso antropologo sempre faz uma descrição antropológica)

● textos antropológicos tratam de ficções → são construidos, modelados → não significam que são falsos

● aspecto construido e interpretativo do texto antropológico ● embora cultura, de fato, exista; antropologia existe nos museus, filmes e

etc → nos somos mediadores, intermediamos a cultura → o que descrevemos não é a vida, é uma interpretação (reflexão é uma mediação, não um acesso direto a experiencia)

● Segundo texto - Briga de galos: Antropologia como inscrição de discurso social

● Atividade do antropologo como aquele que escreve, inscreve (o fluxo do discurso social) e tenta fixar esse discurso social em uma forma “inspecionavel”

● inscrever o discurso significa anotar o que é dito, anotar o discurso ● Critica pós moderna: esse tipo de raciocinio levou a uma proposição de

que “se nos estamos escrevendo o que é dito, o trabalho do antropologo virou mediar o que é dito” → chega-se a um momento que falam: nosso

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trabalho é de alguma maneira agir o minimo possivel sobre o fluxo do discurso e tentar trazer essa forma de dizer “local” para dentro do texto antropologico → evitar, ao maximo possivel, o interferencia do antropologo no discurso local

● nos interpretamos as interpretações deles● trabalho de provocar a mediação → tornar discurso mais compreensiveis

entre sujeitos, grupos, que falam a mesma lingua ● 3 caracteristicas da descrição etnografica: interpretativa ; 2- nterpreta fluxo do

discurso social, produzido em um determinado contexto - discurso não é so fala; 3 consiste em salvar o dito (olhar o que está sendo dito e fixar esse discurso, de alguma maneira, que possa ser interpretavel)

● 4 caracteristica é que ela é microcopio → situações são microcropio ● grande sentimentos (amor, fé, honra e etc) a partir de contextos específicos (briga

de galos e etc)● grandes temas (poder, amor e etc) a partir de pessoas especificas que resolvem

esses problemas a partir de praticas muito esquisitas● Microscopio que mostra como resolvemos as grande questões ● passagem entre estudo de pequenas sociedade para grande sociedades: resulta em

um tipo especifico de abordagem ● O que podemos nos apropriar de coisas que produzidos ao estudarmos

pequenas sociedades para entender grande sociedades: buscamos entender questões especificos nos contextos etnograficos que estudamos → portanto não faz grande diferença estudar, por exemplo, poder e masculinidade em uma sociedade pequena comparado com poder e masculinidade em uma sociedade grande

● não estudamos Cidade de Tiradentes → estudamos questões especificas entre esses lugares (genero e representação em cidade de tiradentes, por exemplo)

● Não estudamos “as aldeias” estudamos “na aldeias” → permite o fazer etnografico tão diverso

● educação sentimental: como deve se comportar

Aula 5 - Anti antirrelativismo e O uso da diversidade - Geertz● Textos da década de 80 ● Que contexto é esse sobre qual Geertz fala sobre “o usos da

diversidade”; desse estreitamento da diversidade (analise da questão 1)→ convivencia de pessoas de diferentes nacionalidades → buscar diferenças mais sútis entre as culturas → diferenças entre nós e eles não marcada por uma alteridade radical (muitas convivencias em comum, espaços e etc)

● distancia entre nós e outros é mais reduzida● Geertz está falando desse contexto em que nas proprias metropoles a

convivencia entre diferentes culturas se torna obrigatória

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● LS: Todas sociedades são etnocentricas → riqueza da cultura passa pelo o etnocentrismo → culturas precisam fechar entre si, entre suas crenças para sobreviverem

● Geertz: problematização da relação entre nós e ele que se dá nesse mundo em que a diversidade estariam se suavizando → nesse mundo não teriamos esse “ele” e “nós” tão nitidamente dividos → vivemos em um

● Geertz: etnocentrismo como ato de ignorar ou reprimir a diferença,● LS defende o etnocentrismo para a sociedades manterem um grau bom de

diversidade, uma certa distancia era necessária (sentimento etnocentrico era importante para as culturas sobreviverem, por isso todas as culturas são etnocentricas)

● geertz: mundo em que diferentes grupos vão se encontrar, vão se disputar, se reconhecer

● concorda que o sentido é socialmente construido, o problema é que dai, se implicar que as comunidades humanas são essas monadas fechadas que se comunicam só dentro de si seria uma aplicação errada da ideia do sentido como socialmente construido → mais importante de defender o etnocentrismo é defender o dialogo

● LS: Culturas são etnocentricas, mas só o ocidente é etnocida ● Geertz defende que a tarefa da etnografia seja ensinar como lidar

com o problema da diversidade → antropologos estão acostumados a fazer esse exercicio de aproximar de uma cultura e compreender a partir de seus proprios termos

● Fato de se fechar na sua comunidade de crenças e de valores não ajuda → haver essa proximidade muito grandes entre diferentes tem resultado um acirramento da afirmação da diferença

● contexto atual: tendencia é, ate pela proximidade, as diferenças se acirrarem ● Mundo contemporaneo é mais proximo da colagem(pag 84) →

aproximação por colagem de diferentes experiencias → nesse mundo da colagem temos observado muito mais a tendencia da separação (por meio da demonização dos outros) do que de uma comunhão entre a diversidade

● etnografia → julgar com clareza e enxerga com largeza● etnografia na ideia de alargar → como tomar possivel o dialogo

frente a diferenças que são inconciliaveis ● pensar considerando não apenas o saber do médico e o saber do

indigena, mas tambem saber o contexto que gera (saber que o alcoolismo é um problema fortemente disseminado, que deriva de fenomenos sociais mais amplos - entender essa rede de questões que o individuo com uma deficiencia renal é simplesmente uma ponta → entender o que leva a esse momento

● claro que temos uma simpatia● [email protected] ● antropologia como um tipo de conhecimento moral → impossivel● entender a rede de questões que leva cada um a ter suas opinioes ● como te enxerga

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● quanto eu devo explicar na monografia as informações privilegiadas● compreender não é concordar● dimensão etico e moral do trabalho antropólogico → explicitar de

que maneira se constituiram determinadas situações ● evidenciar as formas de construções das relações → certas

condições, com determinadas pessoas e etc ● não sou pesquisador onisciente que tudo ve; vejo o que deram acesso

Aula 06 - Marshall Sahlins - Cultura na prática → Pensamento da sociedade burguesa

● Livro do Sahlins é publicado em 1976● Um livro do qual Sahlins pretende lidar com algumas questões relativas ao que vai

chamar de razão prática e razão simbólica● Crítica ao marxismo e ao estruturalismo ● Detem na discussão das teorias para chegar uma proposta de abordagem

antropologica de esferas que são abordadas pela teoria economica → limites da abordagem da teoria economica para pensar a relação entre consumo e produção na sociedade burguesa

● Debate com a vertente economica ultilitaria → ultilitarismo: cultura deriva de uma atividade racional dos individuos em busca dos melhores interesses

● cultura para os ultilitaristas: necessidade do individuo de resolver os desafios colocados no meio ambiente, grupos sociais e etc. Cultura como forma de maximizar o trabalho para que se alcance os objetivos colocado pela as necessidades

● visão ultilitarista é que Marshall irá combater● Chama o pensamento ultilitário de razão prática. ● Marshall opoem a razão prática com razão simbolica (ou significativa)● Homem vive em um mundo material, precisa responder desafios colocados pela

materialidade do mundo; mas respondo a partir de esquemas significativos próprios● Sahlins está interessado na relação que o homem estabelece por meio dos bens

produzidos com consumo, produção, troca. Mas existe lógica proprias que vão regular isso; lógica que a teoria economica não consegue compreender

● Qualidade decisiva da cultura não é que ela pode se conformar a pressões materiais; o que determina a qualidade decisiva da cultura é que ela se conforma a pressoes materiais, mas a partir de esquema simbolicos definidos ( e são inumeros esquemas simbolicos possiveis)

● Cultura: diversidade de resposta que o homem consegue ter perante as pressões (pressoes do meio ambiente, necessidades materiais e etc)

● Boas e outros pensadores do final do século 19: determinismo geográfico; raciais e etc

● Damatta: visão instrumental → pensa o sujeito em desafio ao ambiente. Resposta instrumental é direta e não implicaria um conhecimento reflexivo nas elaborações das respostas (são apenas respostas frente ao ambiente). A razão instrumental não serve para explicar o mundo

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humano. O mundo humano se forma em ritmo dialético com a natureza: homem se modifica frente aos desafios naturais, mas ao mesmo tempo modifica a natureza.

● Sahlins: naturalizamos uma serie de ações que são predominantemente culturais● totemismo na nossa sociedade está ligado com a forma como nos relacionamos com

os bens● temos que entender que em outras sociedades outras lógicas governam ● alimentação: governada por um sistema simbolico que utilizados explicativa mais

diversas para pensar a nossa alimentação● construções simbolicas se dão a partir do mundo dos bens (mundo material)● alimentação é necessária, mas a maneira como cada sociedade dá a lógica de

consumir os alimentos é especifico ● Damatta: homem se modifica respondendo a natureza e reformulando a propria

natureza. Resposta cultura é diferente da instrumental, cultura permite a superação da necessidade e o estabelecimento da diferença a partir de nossas escolhas

● Damatta: estudo da antropologia é o estudo da diferença ● Voltando ao Sahlins, no prefácio vai dizer que a cultura são ordem de significado de

pessoas e coisas (relação ao pensamento do Geertz, que pensa a cultura como hierarquica de significados). Sahlins vai falar que a declaração no interesse na esfera do simbolo, mas por outro chama atenção na relação entre pessoas e coisas (essa relação não é explicita do Geertz. Geertz tem ideia de uma antropologia hermeneutica ampla, que atenta para ação simbolica, mas não chega a afirmar esse interesse especifico na relação entre pessoas e coisas. Talvez, por estar abordando o universo do mercado e que vai desembocar em uma antropologia do consumo - esfera da relação entre nós e as coisas no mundo, bens materiais)

● relações entre pessoas e coisas como relações sociais → isso está em Sahlins e está no Mauss

● olhar o mundo da coisas e entender como o homem se pensa e se relaciona ● discussão que Sahlins inaugura para pensar como no que aparentemente é prático

(mundo da razão prática), na verdade tem relação com o mundo simbolico● sociedades ditas primitivas a organização de parentesco organizariam a lógica

simbolica ● presença do totemismo na sociedade ocidental vem na esfera do consumo,

diferenciação por meio do consumo● Sahlins questiona a auto ilusão da nossa sociedade que tem a impressão que nos

organizados de uma maneira esclarecida. Pensar que todas as relações são organizadas em torno da racionalidade esclarecida

● pensamos que os objetos tem uma utilidade inerente e essa utilidade que faz com qu precisamos consumir os objetos. Mas essa utilidade não é inerente, mas o valor que nós atribuimos ao objeto.

● Sistema de vestuário, sistema cultural, que está associado a relações fortes de classe sociais (por exemplo o calçado no brasil)

● tipo de abordagem que Sahlins está propondo do é pegar um bem (como chinelo) e pensar como esse objeto fala de relações

● coisas agem sobre nós, pq elas fazem fazer ● existe uma esfera simbolica que fundamenta as relações de produção, consumo e

troca na sociedade capitalista (não é apenas uma relação lógica)

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● cultura como algo estruturante, não superestrutural (que simplesmente completa a estrutura). A ordem cultural é fundante das relações, inclusive na sociedade capitalista (isso é uma critica ao materialismo histórico)

● Página 166: auto-ilusão da sociedade onde o sistema lógico segue em um plano inconsciente. O que ele identifica como caráter simbolico com as relações com os bens, tendemos a manter em um plano inconsciencia a lógica que governa esse sistema

● para nós, a economia é uma arena de ação pragmatica (melhor forma possivel de suprir as necessidades). Crítica ao marx a partir do proprio marx: Marx traz a ideia de que a produção não se dá apenas de forma natural, respondendo as necessidades biologicas, mas da reprodução de sujeitos especificos → necessidade de se pensar que maneira se dá a produção de sujeito por meio da produção do objeto (mas a teoria marxista, para ele, não se avançou por ai; ja que identifica a cultura como uma superestrutura)

● sahlins fala que precisamos pensar a cultura como estruturante ● analise do sahlins é uma analise de forma estrutural: pretende chegar em uma

analise estrutural que identifica os elementos em um sistema (faz isso no codigo vestuário e no codigo de alimentação na sociedade americana)

● Fazer dialogar uma abordagem estruturalista com uma abordagem diacronica, histórica

● ultilitarismo é a forma pela qual a sociedade ocidental se experimenta → teoria economica tão forte que passa a ser o senso comum que nós utilizamos para pensar as nossas relações

● gostamos de pensar que somos pessoas ultilitárias → construimos justificativas ultilitárias para explicar nossos gastos

● nos somos sujeitos que vivem nessa sociedade capitalista quando nos assimilamos a nossa forma de relacionar com as coisas a partir de uma lógica ultilitária

● pensar como existe uma lógica simbolica por trás dos atos aparentemente apenas economicos.

● interessante é como o proprio mercado se apropria de uma reflexão da ciencias sociais para reforçar esse lado simbolico → conhecimento produzido nas ciencias sociais é incorporado no mercado

● Tabu dos animais doméstico: forma que escolhe comprovar a presença da razão cultural em nossos habitos alimentares → entender a preferencia por determinados tipos de carne e tabus de carnes

● Pq alguns animais são comestiveis e outros não comestiveis?● cachorros e cavalos podem ser pensado como sujeitos: tem nome

proprios, conversamos com eles e criamos ⇒ portanto estão mais distante da possibilidade de serem comidos.

● bos e porcos podem ser pensado como uma relação de objetos: não damos nomes e não conversamos com ele ⇒ portanto, são mais comestiveis

● sistema está relacionado com uma espécie de sistema totemico nos quais nos relacionamos com os anamais → maior ou menos possibilidade com o homem

● totem → animais são bons para pensar

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● relação do totem com o tabu: as classes de gente, definidas por relações de parentesco, são marcadas por pertencimento em relação algumas classes de animais ou plantas, e de tabu em relação as outrs. Por exemplo, quando pertenço ao clã urso não posso me relacionar com o clã leopardo

● Totemismo foi substituidos por produtos manufaturados → quem tem acesso ao filé é caracterizado a um determinado grupo

● as coisas que voce consome te definem em um grupo●

· Não comemos o igual à tabu· Vai diferenciar totemismo do primitivo com os nossos, pelo fato da nossa sociedade a

diferenciação se dá pela apropriação de objetos manufaturados· Suposta racionalidade de mercado não nega o totemismo à criamos relações simbólicas

com o objeto; totemismo moderno é promovido quando o valor de troca e consumo dependem de decisões de “utilidade”

· Nós nos diferenciamos por meio de determinados objetos que tem valores de usos para nós.

· Identificação com o grupo por meio de uma diferenciação de certos objetos· As relações com os bens demarcam pertencimentos, diferenciação de classes, grupos

sociais e etc· Exemplo de um estudo nessa linha é o a obra do Bourdieu: A distinção

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