antropologia do secularismo

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Nome : FLS5276 Antropologia do Secularismo Tota l: 120 h Teóri ca: 4 h Práti ca: 4 h Estud os: 2 h Crédit os: 8 Duraçã o: 12 semanas Responsáv eis: 8852332 - Carlos Eduardo Valente Dullo Objetivos: Considerando a importância do cristianismo para a compreensão da sociedade brasileira, discutiremos a inovadora proposta de uma “Antropologia do Cristianismo”, com seu foco na comparação mundial de experiências religiosas cristãs a partir das práticas e da linguagem ritual – e não mais por meio das “crenças”. A partir dessa confluência dos dois debates, pretendemos discutir a situação de sujeitos religiosos no espaço público secularizado. Justificativa: Inserir os alunos no debate internacional recente da antropologia da religião por meio de duas correntes de grande expansão desde o início dos anos 2000: a antropologia do cristianismo e do secularismo. Simultaneamente visa aprofundar debates clássicos sobre conceitos como “religião” e “secularização”. Conteúdo: O curso tem como objetivo discutir as recentes mudanças no debate sobre a secularização e sua relação com as tradições religiosas locais. Bibliografia: 1ª. Sessão. Apresentação do curso. DULLO, Eduardo. 2012. “Após a (Antropologia/Sociologia da) Religião, o Secularismo?”. Mana. Vol. 18, n° 2. CASANOVA, José. 2011. “The Secular, Secularizations, Secularisms”. In: CALHOUN, C., JUERGENSMEYER, M., VAN ANTWERPEN, J. (Ed.) Rethinking Secularism. New York: Oxford University Press. 2ª. Sessão. Antropologia do Secularismo ASAD, Talal. 2003. Formations of the secular modern: Christianity,

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Resposta a Talal Asad

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Page 1: Antropologia do secularismo

Nome: FLS5276 Antropologia do Secularismo

Total: 120 h Teórica: 4 h Prática: 4 h Estudos: 2 h

Créditos: 8 Duração: 12 semanas

Responsáveis: 8852332 - Carlos Eduardo Valente Dullo

Objetivos:Considerando a importância do cristianismo para a compreensão da sociedade brasileira, discutiremos a inovadora proposta de uma “Antropologia do Cristianismo”, com seu foco na comparação mundial de experiências religiosas cristãs a partir das práticas e da linguagem ritual – e não mais por meio das “crenças”. A partir dessa confluência dos dois debates, pretendemos discutir a situação de sujeitos religiosos no espaço público secularizado.

Justificativa:Inserir os alunos no debate internacional recente da antropologia da religião por meio de duas correntes de grande expansão desde o início dos anos 2000: a antropologia do cristianismo e do secularismo. Simultaneamente visa aprofundar debates clássicos sobre conceitos como “religião” e “secularização”.

Conteúdo:O curso tem como objetivo discutir as recentes mudanças no debate sobre a secularização e sua relação com as tradições religiosas locais.

Bibliografia:1ª. Sessão. Apresentação do curso.

DULLO, Eduardo. 2012. “Após a (Antropologia/Sociologia da) Religião, o Secularismo?”. Mana. Vol. 18, n° 2. CASANOVA, José. 2011. “The Secular, Secularizations, Secularisms”. In: CALHOUN, C., JUERGENSMEYER, M., VAN ANTWERPEN, J. (Ed.) Rethinking Secularism. New York: Oxford University Press.

2ª. Sessão. Antropologia do Secularismo ASAD, Talal. 2003. Formations of the secular modern: Christianity, Islam, Modernity. Stanford, California: Stanford University Press. [Introdução + Capítulos 4 e 6] CASANOVA, José. 1994. Public religions in the modern world. Chicago and London: The University of Chicago Press. [Introdução] Complementar: CASANOVA, José. 2006. “Secularization Revisited: a reply to Talal Asad”. In: David Scott and Charles Hirschkind (Ed.). Powers of the secular modern: Talal Asad and his interlocutors. Stanford, Stanford University Press. CANNELL, Fenella. 2010. “Anthropology of secularism”. Annual review of anthropology, vol. 39; pp. 85-100

3ª. Sessão. Revisões conceituais: religião ASAD, Talal. 2010. “A construção da religião como uma categoria antropológica”. Cadernos de Campo, São Paulo, n° 19, p. 263-284 SMITH, Jonathan Z. 2004. “Religion, religions, religious”. Relating religion: essays in the study of religion. Chicago: Chicago University Press. KEANE, Webb. 2008. “The evidence of the senses and the materiality of religion”. JRAI special issue

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14. PP.110-127 Complementar: MASUZAWA, Tomoko. 2005. The Invention of World Religions: Or, How European Universalism Was Preserved in the Language of Pluralism. Chicago: University of Chicago Press. VAN DER VEER, Peter. 2014. “The making of oriental religion”. In: The modern Spirit of Asia: the spiritual and the secular in China and India. Princeton University Press.

4ª. Sessão. Weber, o desencantamento e a secularização. WEBER, Max. 1982. “Rejeições religiosas do mundo e suas direções”. In: Ensaios de Sociologia. 5ª. Edição. LTC Editora. WEBER, Max. 1951. “Conclusions: Confucianism and Puritanism” in: The religion of China: Confucianism and Taoism. Glencoe: Free Press. MONTERO, Paula. 2003. “Max Weber e os dilemas da secularização”. Novos Estudos CEBRAP. vol. 65 pp. 34-44 MONOD, Jean-Claude. 2007. Secularisation et laicité. Paris: PUF. [Capítulo 1] Complementar: WEBER, Max. 2004. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras. PIERUCCI, Flávio. 2003. O Desencantamento do Mundo: Todos os Passos do Conceito em Max Weber. São Paulo, Editora 34.

5ª Sessão. Revisões conceituais: secularização. MARRAMAO, Giacomo 1997. Céu e Terra: genealogia da secularização. São Paulo: Fundação Editora da UNESP. MONOD, Jean-Claude. 2002. La querelle de la sécularisation: Théologie politique et philosophies de l’histoire de Hegel à Blumenberg. Paris: Vrin. [Introdução]

6ª. Sessão. Charles Taylor e a Era Secular: críticas e apologias. TAYLOR, Charles. 2007. A Secular Age. Cambridge: Harvard University Press. [Parte V – Capítulo 15] TAYLOR, Charles. 2011. “Western Secularity”. In: CALHOUN, C., JUERGENSMEYER, M., VAN ANTWERPEN, J. (Ed.) Rethinking Secularism. New York: Oxford University Press. MAHMOOD, Saba. 2010. “Can Secularism be otherwise?” In: WARNER, M., VAN ANTWERPEN, J., CALHOUN, C., (Ed.) Varieties of Secularism in a Secular Age. Cambridge: Harvard University Press Complementar: TAYLOR, Charles. 2010. “Afterword: Apologia pro Libro suo”. In: WARNER, M., VAN ANTWERPEN, J., CALHOUN, C., (Ed.) Varieties of Secularism in a Secular Age. Cambridge: Harvard University Press

7ª. Sessão. Laicité. CAPITAIN, Colette. 2000. « La genèse historique de la notion de citoyenneté ». L'Homme 153. GAUCHET, Marcel. 1998. La religion dans la democratie. Parcours de la laicité. Paris : Éditions Gallimard. BAUBEROT, Jean. 2004. Laicité 1905-2005, entre passion et raison. Paris : Éditions du Seuil.

8ª. Sessão. O uso da razão na esfera pública. HABERMAS, Jürgen. 2007. “Religião na esfera pública. Pressuposições cognitivas para o “uso público da razão” de cidadãos seculares e religiosos”. In: Entre naturalismo e religião: estudos filosóficos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro

Page 3: Antropologia do secularismo

CALHOUN, Craig. 2011. “Secularism, Citizenship, and the Public Sphere”. In: CALHOUN, C., JUERGENSMEYER, M., VAN ANTWERPEN, J. (Ed.) Rethinking Secularism. New York: Oxford University Press. ASAD, Talal. 1996. “Comments on Conversion”. In: Peter van der Veer (Ed.). Conversion to Modernities: the globalization of Christianity. New York: Routledge

9ª. Sessão. Islã, secularismo e vida pública na Turquia. NAVARO-YASHIN, Yael. 2002. Faces of the State: Secularism and Public Life in Turkey. Princeton: Princeton University Press [Parte I, Capítulo 3 e Parte II – State Fantasies. Capítulos 4, 5 e 6 – páginas 78 a 203] Complementar: ÖZYÜREK, Ezra. 2006. Nostalgia for the modern. State secularism and everyday politics in Turkey. London: Duke University Press.

10ª. Sessão. Religião e Secularismo na Ásia: China e Índia. VAN DER VEER, Peter. 2014. The modern Spirit of Asia: the spiritual and the secular in China and India. Princeton University Press. [Capítulos 4, 5, 6 e Conclusão – páginas 90 a 167 e 214 a 230]

11ª. Sessão. Estado laico, esfera pública e projetos seculares. AGRAMA, Hussein Ali. 2010. “Secularism, Sovereignty, Indeterminacy: Is Egypt a Secular or a Religious State?”. Comparative Studies in Society and History; 52(3):495–523. GÖLE, Nilufer. 2010. “Manifestations of the Religious-Secular Divide: Self, State, and the Public Sphere”. In: Comparative secularisms in a global age / edited by Linell E. Cady and Elizabeth Shakman Hurd. New York: Palgrave Macmillan BIRMAN, Patrícia. 2012. “Cruzadas pela paz: práticas religiosas e projetos seculares relacionados à questão da violência no Rio de Janeiro”. Religião e Sociedade. Vol 32. No. 1. pp. 209-226. Complementar: CONNOLLY, William. 1999. Why I am not a secularist. Minneapolis: University of Minnesota Press.

12ª. Sessão. A presença de mulheres (religiosas) na esfera pública (secular). GÖLE, Nilufer. 1997. The forbidden modern: civilization and veiling. Ann Harbor: The University of Michigan Press [Introdução e Capítulo 3] MAHMOOD, Saba. 2005 Politics of Piety: The Islamic Revival and the Feminist Subject. Princeton: Princeton University Press. [Capítulos 2 e 3] HIRSCHKIND, Charles. 2011. “Is there a secular body?” Cultural Anthropology, vol. 26; no. 4; pp. 633-647

Forma de avaliação:Ensaio escrito, ao final do curso.