antologia - trabalho do sérgio

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Trabalho para a disciplina de português - 2º período - 2008

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ÍÍndiceIntroduçãoImpossível………………………………………………………... 1Verde………………………………………………………………2Poema…………………………………………………………….. 3Biografia de Florbela Espanca…………………………………….4

O teu Olhar………………………………………………....5 Escreve-me………………………………………………... 6

Biografia de Sophia de Mello Breyner Anderson……………….. 7 Camões e a Tença……………………………………….... 8

Biografia de Luís Vaz De Camões………………………………. 9 “Um mover de olhos brandos e piadosos”………………. 10 “Descalça vai pêra fonte”………………………………... .11 “Sete anos de pastor Jacob servia”………………………. 12 “Mudan-se os tempos, mudam-se as vontades”………….. 13

Biografia de Fernando Sylvan……………………………………. 14 Infância…………………………………………………… 15

Biografia de Fernando Pessoa……………………………………. 16 Olhando o mar, sonho sem ter de quê……………………. 17 A aranha…………………………………………………. 18

Biografia de Manuel Maria Barbosa Du Bocage……………….. 19 Retrato Próprio…………………………………………. 20 A lamentável catástrofe de D. Inês De Castro…………. 21

Biografia do cantor Boss AC…………………………………... 22 Musica “Que Deus”……………………………………..23,24

Biografia do Grupo Da Weasel………………………………… 25 Musica “Ressaca”……………………………………… 26,27

Biografia de Carlos Peres Feio………………………………… 28 Poema de nunca sentir abandono……………………… .29 Excitação………………………………………………. 30 Tu……………………………………………………… 31 Onde estás…………………………………………….. 32

Poema pessoal Tu és… ………………………………………………. 33

ComentárioConclusão

IIntrodução

A poesia é…

Qualquer coisa, agradável ou desagradável, triste ou alegre.A poesia é qualquer coisa, que se vê, que se toca ou que se lê ou

simplesmente o que se sente.

Mas essa coisa não é bem uma coisa qualquer, porque fosse uma coisa qualquer tudo seria poesia

Poesia é uma coisa para quem goste, quem não gostar fica a perder muito.

Para mim poesia qualquer coisa mas não uma coisa qualquer

Impossível

Impossível…Pegar no mar, sorrir

E nunca pensar em partir…

Impossível…Pegar no sol e ver

Que ele está a sofrer…

Impossível…Pegar na nuvem e dizer,Que ela está a descer…

Impossível…Pegar na flor e ler

O que ela está a escrever…

Impossível…Pegar na amizade e sentir,

Que ela pode fugir…

Gonçalo NevesAndré Gonçalves

5ºB

Verde

Verde é a esperançaVerde é a minha dor,Verde é o meu clube,

Futebol meu amor

Verde minha almaVerde minha cor,Verde minha calorFutebol meu calor

Verde minha sensaçãoVerde meu sentimento

Verde meu coraçãoFutebol meu alento

Tomás Prates5ºA

Poema

A minha professora pediu-mePara escrever um poemaPensei, pensei, pensei e nadaNão encontrava um tema…PoemaFoi o título que lhe dei…PoemaÉ a historia que não inventeiPoemaFoi assim que terminei.

Rafael5ºC

Recolhi estes poemas num livro chamada “soboreando as palavras”,

escritos por alunos do 5º ano da Escola Básica do Montijo, porque

considerei impressionante crianças de 9 -11 anos conseguirem

escrever poemas tão belos e com tanta imaginação, pois, na

realidade, nesta idade ainda há tudo para descobrir sobre a vida.

Florbela Espanca

A grande autora Florbela Espanca Nasce em

Vila Viçosa no dia 8 de Dezembro de 1894. Se

ira casar com Alberto Moutinho em 1919, no

mesmo ano Florbela entra na Faculdade de

Direito, em Lisboa e ainda no mesmo ano cria

a sua primeira obra, Livro de Mágoa. Em

1923, publica outro livro que esse se chama Soror Saudade. A 6 de

Junho, morre o seu irmão, Apeles, a escritora cai no desgosto

profundo. A escritora morre em Matosinhos em 1930. Um ano mais

tarde, Edição póstuma de Charneca em Flor, Reliquiae e Juvenilia e

ainda das colectâneas de contos Dominó Negro e Máscara do

Destino. Reedições dos dois primeiros livros editados. Verdadeiro

começo da sua visibilidade generalizada.

O Teu Olhar

Quando fito o teu olhar,Duma tristeza fatal,Dum tão intimo sonhar,Penso logo nu luarBendito de Portugal

O mesmo tom de tristeza,O mesmo vago sonhar,Que me traz a alma presaAs festas da NaturezaE à doce luz desse olhar

Se algum dia, por meu mal, A doce luz me faltar Desse teu olhar idealNão se esqueça PortugalDe dizer ao seu luar

Que à noite, me vá deporNa campa em que eu dormitar,Essa tristeza, esse dar,Essa amargura, esse amor,Que eu lia no teu olhar.

Florbela Espanca

Escreve-me

Escreve-me! Ainda que seja sóUma palavra, uma palavra apenas,Suave como o teu nome e casto d’açucenas!

Escreve-me! Há tanto, há tanto tempoQue te não vejo, amor! Meu coraçãoMorreu, já e no mundo aos pobres mortosNinguém nega uma frase d’oração

“Amo-te” cinco letras pequeninas,Folhas leves e tenras e boninas,Um poema d’amor e felicidade!

Não queres mandar-me esta palavra apenas?Olha, manda então… brandas… serenas…Cinco pétalas roxas de saudade…

Florbela Espanca

Sophia de Mello Breyner

Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto,

no 6 de Novembro de 1919 foi uma das mais importantes

poetisas portuguesas Foi a primeira mulher portuguesa a receber o

mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio

Camões, em 1999.

Casou-se, em 1946, com o jornalista, político e advogado Francisco

Sousa Tavares e foi mãe de cinco filhos: uma missionária laica, uma

professora universitária de Letras, um advogado e jornalista de

renome (Miguel Sousa Tavares), um pintor e ceramista e mais uma

filha que herdou o nome da mãe. Os filhos motivaram-na a escrever

contos infantis.

Em 1964 recebeu o Grande Prémio de Poesia pela Sociedade

Portuguesa de Escritores pelo seu livro Livro sexto. Já depois do 25

de Abril, foi eleita para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo

círculo do Porto numa lista do Partido Socialista, enquanto o seu

marido navegava rumo ao Partido Social Democrata.

Distinguiu-se também como contista (Contos Exemplares) e autora

de livros infantis (A Menina do Mar, O Cavaleiro da Dinamarca, A

Floresta, O Rapaz de Bronze, A Fada Oriana, etc.). Foi também

tradutora de Dante Alighieri e de Shakespeare e membro da

Academia das Ciências de Lisboa. Para além do Prémio Camões, foi

também distinguida com o Prémio Rainha Sofia, em 2003.No dia 2

Julho de 2004 no Hospital da Cruz Vermelha pôs fim a sua vida.

Camões e a Tença

Irás ao paço. Irás pedir que a tençaSeja paga na data combinadaEste país te mata lentamentePois que tu chamaste e não respondePois que tu nomeias e não nasce

Em tua perdição se conjugaramCalunias desamor inveja ardenteE sempre os inimigos sobejaramA quem ousou mais ser que a outra gente

E aqueles que invocaste não te viram Porque estavam curvados e dobrados Pela paciência cuja mão de cinza Tinha apagado os olhos no seu rosto

Irás ao paço irás pacientementePois não te pedem canto mas paciência

Este país te mata lentamente

Sophia De Mello Breyner

Luís Vaz de Camões

Luís Vaz de Camões nasceu cerca de 1524 é

frequentemente considerado como o maior

poeta de língua portuguesa e dos maiores da

Humanidade. O seu génio é comparável ao de

Virgílio, Dante, Cervantes ou Shakespeare. Das suas obras, a epopeia

Os Lusíadas é a mais significativa.

Não sabemos bem a onde nasceu, tinha uma família de origem

galega que se fixou primeiro no Norte e depois foi para Lisboa e

Coimbra. Filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá e Macedo.

Entre 1542 e 1545, viveu em Lisboa, trocando os estudos pelo

ambiente da corte de D. João III conquistando fama de poeta, e feitio

nobre.

Frequentou o curso de Humanidade, em Coimbra, talvez no Mosteiro

de Santa Cruz aonde tinha um tio Padre D. Bento de Camões.

Camões escreveu uma obra espantosa chamada Os Lusíadas é

considerada a principal epopeia da época moderna devido à sua

grandeza e universalidade. A epopeia narra a história de Vasco da

Gama e dos heróis portugueses que navegaram em torno do Cabo da

Boa Esperança e abriram uma nova rota para a Índia. É uma epopeia

humanista, mesmo nas suas contradições, na associação da mitologia

pagã à visão cristã, nos sentimentos opostos sobre a guerra e o

império, no gosto do repouso e no desejo de aventura, na apreciação

do prazer e nas exigências de uma visão heróica. A obra lírica de

Camões foi publicada como "Rimas", não havendo acordo entre os

diferentes editores quanto ao número de sonetos escritos pelo poeta

e quanto à autoria de algumas das peças líricas. Alguns dos seus

sonetos, como o conhecido “Amor é fogo que arde sem se ver”, pela

ousada utilização dos paradoxos, prenunciam já o Barroco que se

aproximava. Luís Vaz de Camões morre no dia 10 de Junho de 1580 o

túmulo encontra-se no Mosteiro dos Jerónimos.

Um mover d’olhos brando e piadoso,Sem ver de quê; um riso brando e honesto,

Quase forçado; um doce humilde gesto,De qualquer alegria duvidoso;

Um despejo quieto e vergonhoso;Um repouso gravíssimo e modesto;

Ua pura bondade, manifestoIndicio d’alma, limpo e gracioso;

Um escolhido ousar; ua brandura;Um medo sem ter culpa; um ar sereno;

Um longo e obediente sofrimento:

Esta foi a celeste formosuraDa minha Circe, e o mágico veneno

Que pôde transformar meu pensamento

Descalça vai pêra a fonteLianor pela verdura:Vai fermosa, e não segura.

Leva na cabeça o pote,O testo nas mãos de prata,Conta de fina escarlata,Sainho de chamaloteTraz a vasquinha de cote,Mais branca que a neve pura:Vai fermosa, e não segura

Descobre a touca a gargnta,Cabelos de ouro o trançado,Fita de cor de encarnado;Tão linda que o mundo espanta.Chove nela graça tanta,Que dá graça à fermosura:Vai fermosa, e não segura

Sete anos de pastor Jacob serviaLabão, pai de Raquel, serrana bela;

Mas não servia ao pai, servia a ela,E a ela só por prémio pretendia.

Os dias, na esperança de um só dia,Passava, contentando-se com vê-la;

Porém o pai, usando de cautelaEm lugar de Raquel lhe dava Lia.

Vendo o trsite pastor que com enganosLhe fora assim negada a sua pastora

Como se não tivera merecida,

Começa de servir outros sete anos,Dizendo:- Mais servira, se não fora

Para tão longo amor tão curta a vida.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

Muda-se o ser, muda-se a confiança;Todo o mundo é composto de mudança

Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,Diferentes em tudo da esperança;

Do mal ficam as magoas na lembrançaE do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,Que já coberto foi de neve fria,

E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,Outra mudança faz de mor espanto,

Que não se muda já como soía.

Fernando Sylvan

Fernando Sylvan, pseudónimo de

Abílio Leopoldo Motta-Ferreira,

nasceu dia 26 de Agosto em Dili, foi um

poeta timorense.

Nasceu em Díli, capital de Timor-Leste,

contudo, passou a maior parte de sua

vida em Portugal. A distância

geográfica entre Portugal e Timor não impediu Sylvan de continuar

escrevendo sobre o seu país de origem, dissertando sobre suas

lendas, tradições e folclore. Um de seus temas preferidos é a

infância, período de sua vida que lhe deixou muitas saudades de

Timor. Enfim, Fernando Sylvan é um dos grandes poetas da língua

portuguesa e presidiu à Sociedade de Língua Portuguesa, em

Portugal. Morreu na vila de Cascais, no dia 25 de Dezembro de 1993.

Um de seus poemas mais conhecidos é Meninas e Meninos,

publicado em 1979.

Infância

As crianças brincam na praia dos seus pensamentosE banham-se no mar dos seus longos sonhos

A praia e o mar das crianças não tem fronteiras

E por isso todas as praias são iluminadasE todos os mares têm manchas verdes

Mas muita vezes as crianças crescemSem voltar à praia e sem voltar ao mar

Fernando Sylvan (Timor)

Fernando PessoaFernando António Nogueira Pessoa, nasceu em

Lisboa dia 13 de Junho de 1888), mais conhecido

como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor

português.

É considerado um dos maiores poetas de língua

portuguesa, e o seu valor é comparado ao de Camões.

Por ter vivido a maior parte de sua juventude na

África do Sul, a língua inglesa também possui

destaque em sua vida, com Pessoa traduzindo, escrevendo,

trabalhando e estudando no idioma. Teve uma vida discreta, em que

actuou no jornalismo, na publicidade, no comércio e, principalmente,

na literatura, onde se desdobrou em várias outras personalidades

conhecidas como heterónimos. A figura enigmática em que se tornou

movimenta grande parte dos estudos sobre sua vida e obra, além do

fato de ser o maior autor da heteronomia.

Morreu de problemas hepáticos aos 47 anos, no dia 30 de Novembro

de 1935 na mesma cidade onde nascera, tendo sua última frase sido

escrita na língua inglesa, com toda a simplicidade que a liberdade

poética sempre lhe concedeu: "I know not what tomorrow will

bring... " ("Eu não sei o que o amanhã trará")

Olhando o mar, sonho sem ter de quê

Olhando o mar, sonho sem ter de quê.Nada no mar, salvo o ser mar, se vê.Mas de se nada ver quanto a alma sonha!De que me servem a verdade e a fé?

Ver claro! Quantos, que fatais erramos,Em ruas ou em estradas ou sob ramos,Temos esta certeza e sempre e em tudoSonhamos e sonhamos e sonhamos.

As árvores longínquas da floresta Parecem, por longínquas, 'star em festa.Quanto acontece porque se não vê!Mas do que há pouco ou não há o mesmo resta.

Se tive amores? Já não sei se os tive.Quem ontem fui já hoje em mim não vive.Bebe, que tudo é líquido e embriaga,E a vida morre enquanto o ser revive.

Colhes rosas? Que colhes, se hão-de serMotivos coloridos de morrer?Mas colhe rosas. Porque não colhê-lasSe te agrada e tudo é deixar de o haver?

Fernando Pessoa

A Aranha

A ARANHA do meu destino Faz teias de eu não pensar.

Não soube o que era em menino,

Sou adulto sem o achar. É que a teia, de espalhada Apanhou-me o querer ir...

Sou uma vida baloiçada Na consciência de existir. A aranha da minha sorte

Faz teia de muro a muro... Sou  presa do meu suporte.

Fernando Pessoa

Manuel Maria Barbosa du Bocage

Manuel Maria Barbosa du Bocage nasceu em

Setúbal, no dia 15 de Setembro de 1765. Filho do

jurista José Luís Barbosa e de Mariana Lestoff du

Bocage, cedo revelou a sua sensibilidade literária,

que um ambiente familiar propício incentivou.

 

.Em Outubro de 1786, chegou finalmente ao Estado da Índia. A sua

estadia neste território caracterizou-se por uma profunda

desadaptação. Com efeito, o clima insalubre, a vaidade e a estreiteza

cultural que aí observou, conduziram a um descontentamento que

retratou em alguns sonetos de carácter satírico.

Em 1791, publicou o seu primeiro tomo das Rimas, ao qual se

seguiram ainda dois, respectivamente em 1798 e em 1804. No início

da década de noventa, aderiu à "Nova Arcádia", uma associação

literária, controlada por Pina Manique, que metodicamente fez

implodir. Efectivamente, os seus conflitos com os poetas que a

constituíam tornaram-se frequentes, sendo visíveis em inúmeros

poemas cáusticos.

A sua saúde sempre frágil, ficou cada vez mais debilitada, devido à

vida pouco regrada que levara. Em 1805, com 40 anos, faleceu na

Travessa de André Valente em Lisboa, perante a comoção da

população em geral. Foi sepultado na Igreja das Mercês.

A literatura portuguesa perdeu, então, um dos seus mais lídimos

poetas e uma personalidade plural, que, para muitas gerações,

incarnou o símbolo da irreverência, da frontalidade, da luta contra o

despotismo e de um humanismo integral e paradigmático.

Retrato Próprio

Magro, de olhos azuis, carão moreno,Bem servido de pés, meão na altura,Triste de facha, o mesmo de figura,Nariz alto no meio, e não pequeno; Incapaz de assistir num só terreno, Mais propenso ao furor do que à ternura;Bebendo em níveas mãos, por taça escura, De zelos infernais letal veneno; Devoto incensador de mil deidades(Digo, de moças mil) num só momento,E somente no altar amando os frades, Eis Bocage em quem luz algum talento;Saíram dele mesmo estas verdades,Num dia em que se achou mais pachorrento

Bocage

A lamentável catástrofe de D. Inês de Castro

Da triste, bela Inês, inda os clamoresAndas, Eco chorosa, repetindo;Inda aos piedosos Céus andas pedindoJustiça contra os ímpios matadores;

Ouvem-se inda na Fonte dos AmoresDe quando em quando as náiades carpindo;E o Mondego, no caso reflectindo,Rompe irado a barreira, alaga as flores:

Inda altos hinos o universo entoaA Pedro, que da morte formosuraConvosco, Amores, ao sepulcro voa:

Milagre da beleza e da ternura!Abre, desce, olha, geme, abraça e c'roaA malfadada Inês na sepultura.

Bocage

Boss AC

Ângelo César Firmino, mais conhecido pelo o

seu nome artístico, Boss AC, rapper e cantor

de hip-hop português nasceu em 1975 no

Cabo Verde, mais precisamente em São

Vivente, começou a sua carreira em 1994,

sem cantou musicas do género hip-hop. Boss

AC considerado um poeta urbano, já laçou

três discos, o primeiro em 1998

Mandachuva, o segundo em 2002 Rimar contra Maré e por último

em 2005 Ritmo Palavras e Amor. Em fez grande sucesso.

Boss Ac - Que Deus

Há perguntas que têm que ser feitas

Quem quer que sejas, onde quer que estejasDiz-me se, é este o mundo que desejas?Homens rezam acreditam, morrem por tiDizem que tás em todo o lado, mas não sei se já te viVejo tanta dor no mundo, pergunto-me se existesOnde está a tua alegria, neste mundo de homenstristes?Se ensinas o bem, porque é que somos maus pornatureza?Se tudo podes, porque é que não pões comida à minhamesa?Perdoa-me as dúvidas, tenho que perguntarSou o teu filho e tu me amas, porque é que me fazeschorar?Ninguém tem a verdade, o que sabemos são palpitesSangue é derramado, em teu nome é porque o permitesSe me deste olhos, porque é que não vejo nada?Se sou feito à tua imagem, porque é que eu durmo nacalçada?Será que pedir a paz entre os Homens, é pedir demais?Porque é que sou discriminado, se somos todos iguais?Porquê?

REFRÃO:Porque é que os Homens se comportam como irracionais?Porque é que guerras doenças matam cada vez mais?Porque é que a paz não passa de ilusão?Como pode o Homem amar com armas na mão?Porquê?Peço perdão pelas perguntas que tem que ser feitas

E se eu escolher o meu caminho será que me aceitas?Quem és tu? Onde estás? O que fazes? Não seiEu acredito é na paz e no amor

Por favor, não deixes o mal entrar no meu coraçãoDou por mim a chamar o teu nome, em horas de afliçãoMas, tens tantos nomes, és Rei de tantos tronosSe o Homem nasce livre, porque é que alguns sãodonos?Quem inventou o ódio? Quem foi que inventou a guerra?Às vezes acho que o inferno, é um lugar aqui na TerraNão deixes crianças, sofrer pelos adultosOs pecados são os mesmos, o que muda são os cultosDizem que ensinaste o Homem a fazer o bemMas no livro que escreveste, cada um só lê o que lheconvémPasso noites em branco, quase sem dormir a pensarTantas perguntas, tanta coisa por explicarInterrogo-me, penso no destino que me desteE tudo o que me acontece, é porque Tu assim quisestePorque é que me pões de luto e me levas quem eu amo?Será que é essa a justiça pela qual eu tanto reclamo?Será que só percebemos quando chegar a nossa altura?Se calhar desse lado está a felicidade mais puraMas se nada fiz, nada tenho a temerA morte não me assusta, o que assusta é a forma demorrer

REFRÃO:Porque é que os Homens se comportam como irracionais?Porque é que guerras doenças matam cada vez mais?Porque é que a paz não passa de ilusão?Como pode o Homem amar com armas na mão?Porquê?Peço perdão pelas perguntas que tem que ser feitasE se eu escolher o meu caminho será que me aceitas?Quem és tu? Onde estás? O que fazes? Não seiEu acredito é na paz e no amor

Quanto mais tento aprender, mais sei que nada seiQuanto mais chamo o teu nome, menos entendo o quechameiPor mais respostas que tenha, a dúvida é maiorQuero aprender com os meus defeitos, acordar um homemmelhorRespeito o meu próximo, para que ele me respeite amimPenso na origem de tudo, e penso como será o fimA morte é o fim ou é um novo amanhecer?Se é começar outra vez, então já posso morrer

MADREDEUS:Ao largo, ainda ardeA barca, da fantasiaO meu sonho acaba tardeAcordar é que eu não queria

Da WeaselNascem em meados de 1993, como um

projecto 100% em inglês e numa onda

experimentalista. Na altura, os Da

Weasel eram Pac, Armando, Jay Jay

Neige e Yen Sung.

Um ano depois, dá-se a primeira

aventura discográfica do grupo com o EP

More Than 30 Motherfuckers. Desde

logo, surge o primeiro hino do grupo, que, ainda hoje, é um dos

temas de maior sucesso em concerto: "God Bless Johnny".

Não demoraria mais de um ano, para que editassem o primeiro

álbum – "Dou-lhe com a Alma" – que é, simultaneamente, a primeira

gravação de hip-hop de uma banda portuguesa; um trabalho onde se

assinala a transição para o português como língua dominante. Nessa

altura, à formação inicial juntam-se Pedro Quaresma (guitarra) e

Guilherme Silva (bateria).

1997 traz o 3º Capítulo. Um disco duro, de discurso duro e onde Pac

se afirma - definitivamente – como um dos maiores e mais

engenhosos letristas do panorama musical português. "Todagente",

um dos temas, torna-se um dos hinos do grupo. Ainda antes da

gravação deste álbum, volta a haver mexidas na formação: sai Yen

Sung e entra Virgul. É com esta formação que os Da Weasel vão para

a estrada

Da Weasel

Ressaca

Acordas todo santo dia a ressacar

Sempre a pensar como é que te vais orientar

Ainda ontem tinhas tudo na mão

Mas nunca chega pois não meu irmão ?

Vais ter que inventar mais um esquema marado

Um pouco de sorte e és de novo catado

Não há espiga Desde de que fiques de cabeça cheia

Que se lixe o mundo ,tu queres é a tua meia

Cada vez há menos espaço na tua cabeça

Não há ideia nova que não te aborreça

Atrofias , atrofias , não dás por nada

Não percebes que alguma coisa esta errada

Tenta compreender eu não falo á toa

Porque eu não sou como qualquer pessoa

Que fala sem saber ….

Sinceramente gostava de o ser

Mas eu já senti na minha própria pele

Essa dor tão amarga como puro fel

Um corpo necessitado

Só precisa de um bafo para ser reanimado

1,2,3 é a ressaca outra vez

Estou a tentar chegar a ti

Antes que te tornes em algo que já vi

Tantas e tantas vezes na minha vida

Ainda não estou pronto para a despedida

Não ensines a missa ao padre , meu

Não sejas mais um irmão que se perdeu

E entrou para o clube de ladrões

Intrujas, atrofiados sem opções

Que nem sequer tentam sair dessa prisão

Chegaram a um ponto de perda da razão

Agora podes pensar que estou a ser muito duro

É a única maneira de assegurar o futuro

Ambos sabemos que não é fácil parar

Mas podes contar comigo se isso ajudar

1,2,3 é a ressaca outra vez

O teu estado deve-se á hipocrisia

Da policia e governo que deitam pela pia

Juramento e promessas que deveriam cumprir

Aceitam luvas e acabam por cair

Num ciclo vicioso que a todos apanha

E cada vez mais ateia fogo á lenha

O casal ventoso movimenta mais dinheiro do

Que o Banco de Portugal tem no mealheiro

Toda a gente sabe o que se passa

Mas a indiferença já ultrapassa

Todas as esperanças de precaver

Os erros que outra geração venha a cometer

Não informação sobre a droga

Em que mais e mais gente se afoga

Nas leves nem vale a pena falar

São tão perigosas como o teu gato a miar

Se já tivessem sido legalizadas

Talvez as outras pudessem ser evitadas

Não caiam na asneira como eu cai

Passei mal para poder estar aqui

A tentar marcar uma diferença

É na ignorância que está a doença 1,2,3 é a ressaca outra vez

Carlos Peres Feio

Carlos Peres Feio, agora escritor e poeta,

nunca tinha publicado nada, a não ser artigos

técnicos de engenharia, textos para cursos de

formação, participações em revistas, tudo isto fora da literatura.

Conseguiu, nos anos 70, publicar uns versos, escrito por ele, no

jornal “o Mensageiro”, de Leiria.

Depois do jornal, teve um seu poema na Rádio, na Antena 2, dito por

Paulo Rato no programa “Os Sons Férteis”.

Publicou, enfim, aos 60 anos, um livro. Com“Podiamsermais”, um

livro só de poesia, concretizou o seu grande sonho.

Poema de nunca sentir abandono

SintoO teu sofrimentoCorro à procura da canetaMinha ferramentaTambém do papelTeu suporte amadaCom teu rosto em visãoQuero escreverUm poema amuletoPara que tenhas junto ao peitoQuando o dia defeitoA noite caídaTe sentires perdidaCom o mar em menteUsa-o estandarteEmblema talismã

Que teu coração sossegueAdormeças serena E acordes felizPela manhã

Carlos Peres Feio

Excitação

O que pairar no arO que não se adivinhaVontade de colar lábiosA lábiosA faceA pescoço

Bruma, fábrica de mistério

As coxasA mão curvaO olhar turvoMármore de monumentoBrancoSem aviso iluminadoTonturaRaioExcitação

Carlos Peres Feio

Tu

Teu rostoTuas formasTeu corpo

Salva-vidas deste naufragoNas tempestade do fim

Da vida

Carlos Peres Feio

Onde estás

Onde estásPara te dizer

Das estúpidas dores que sintoDas brilhantes que sinto

E tudo o maisTudo o que cabe num dia vazio

E acaba no sonhoTer-te tido

Uma delíciaUma ternura

Junto à espuma do marRevolto com a tua ausência.

Carlos Peres Feio

Tu és…

Tu és a estrela da minha noite

Aquela estrela que ilumina na solidão

Cada vez que te vejo não sei o que dizer

Tu iluminas a minha alma para condizer

Com o meu coração que arde sem chamas

Aquela tal flama está cada vez maior

Mesmo sem se ver, mas só sentir

Uma luz que sai da minha alma

Que se vê a milhares de metros

Todas essas hipérboles

Só para te dizer

Que sinto algo

Chamado

Amor

Por

Ti

Sérgio Pires

Cada poema que está presente nesta minha antologia tem um

significado muito especial, e cada letra de música transmite uma

mensagem muito forte.

A primeira música com alguma dúvidas sobre a existência “se Deus

existe?”, se realmente existe um deus, porquê todas essas desgraças

que acontecem todos os dias, todas as horas, todos os minutos, que

estão cada vez mais a destruir o planeta. A segunda letra é sobre a

droga, sim, ela existe! Não é uma ilusão, mata cada vez mais pessoas

e destroem outras que não conseguem livrar-se do vício. Alguns

poemas falam de o amor, outros da beleza sentimentos. São coisas

da vida, do que nos rodeia todos os dias da nossa vida, para alguns

de uma maneira mais forte e para outros de uma forma banal. Eu

não sou um grande leitor de poesia, mas a escolha destes poemas,

embora difícil, foi feita com gosto.

Enfim, todos estes poemas têm e terão sempre um significado muito

especial para mim.

Desejo que apreciem a minha selecção, e me digam as vossas

opiniões sobre esta minha/nossa viagem poética.