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Ano I Edição 08 Educação, Cultura e Meio Ambiente AGOSTO 2008 1985 2008 Educação - Cultura - Cidadania - Meio-Ambiente - Comportamento - 3ª Idade - Saúde 05 - Dia MUNDIAL DA SAÚDE. Nascimento de Oswaldo Cruz em São Luis do Pa- raitínga - SP, no ano de 1872. 06 - Data de lançamento da 1ª. BOMBA ATÓMICA na cidade de Hiroshima (Japão) pelos Estados Unidos da América do Norte e logo em seguida no dia 9, na cidade de Nagasaki, no ano de 1945, causando um total de 230.000 vítimas imediatas e mais milhares de outras com seqüelas graves. 07 - Chegada ao Brasil da primeira expedição explorató- ria de Gaspar Lemos e Américo Vespúcio, no ano de 1501. 08 - Dia do BANDEIRANTE, os desbravadores de nosso sertão. 09 - Dia Internacional das Populações Indígenas. 11 - Dia do ESTUDANTE. Dia da Consciência Nacional. 12 - Dia Nacional das ARTES e dia da criação da ACA- DEMIA NACIONAL DE BELAS ARTES, por D. João VI, no ano de 1816. 13 - Dia dos Pais. (2º.Domingo de Agosto). Dia do Azar (sai para lá...que data não?) 14 - Dia do Combate à POLUIÇÂO. 15 - Nascimento de Napoleão Bonaparte, Imperador Francês, em Ajaccio/Córsega, no ano de 1769. 16 - Dia da assinatura do tratado de Paz Brasil/Holanda, no ano de 1661. Morte de Eça de Queiroz (José Maria Eça de Quei- roz), um grande nome da Literatura Portuguesa, em Pa- ris na França. 17 - Dia do Patrimônio Histórico (MG-Brasil). 19 - Inicio da semana dedicada ao LIVRO ESCOLAR. 20 - Dia do VIZINHO (os). ótimo dia para estreitar rela- ções com a sua comunidade. 21 - Inicio da semana dedicada ao EXCEPCIONAL. 22 - Dia do FOLCLORE. Morte de Juscelino Kubitshek de Oliveira, em um acidente, muito controverso, na Rodovia Presidente Dutra, no ano de 1976. 25 - Aniversário de nascimento do Duque de Caxias (Marechal Luis Alves de Lima e Silva) patrono do EXÉR- CITO BRASILEIRO e HEROI NACIONAL, no ano de 1803. 26 - Aprovação da “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”. 27 - Nascimento de Madre Tereza de Calcutá (Agnes Gonucha Boja- xhiu), em Skoplje - Albânia, em 1910. 29 - Dia Nacional do COMBATE AO FUMO”. Assinatura do “Tratado de In- dependência do Brasil”, no ano de 1825, por D. João VI. Nascimento de ALEIJADINHO (António Francisco Lisboa), em Vila Rica - MG (Brasil), provavelmente no ano de 1730. Alguns historiadores indicam o ano de 1738. 31 - Dia da transferência do VICE-REINO de Portugal para o Rio de Janeiro, por Carta Régia de Portugal, no ano de 1763. Quer publicar seu livro, seu jornal? Precisa de diagramador, editor? www.redevalecomunicacoes.com

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Ano I Edição 08 Educação, Cultura e Meio Ambiente AGOSTO 2008

1985

2008

Educação - Cultura - Cidadania - Meio-Ambiente - Comportamento - 3ª Idade - Saúde

05 - Dia MUNDIAL DA SAÚDE. Nascimento de Oswaldo Cruz em São Luis do Pa- raitínga - SP, no ano de 1872. 06 - Data de lançamento da 1ª. BOMBA ATÓMICA na cidade de Hiroshima (Japão) pelos Estados Unidos da América do Norte e logo em seguida no dia 9, na cidade de Nagasaki, no ano de 1945, causando um total de 230.000 vítimas imediatas e mais milhares de outras com seqüelas graves. 07 - Chegada ao Brasil da primeira expedição explorató-ria de Gaspar Lemos e Américo Vespúcio, no ano de 1501. 08 - Dia do BANDEIRANTE, os desbravadores de nosso sertão. 09 - Dia Internacional das Populações Indígenas. 11 - Dia do ESTUDANTE. Dia da “Consciência Nacional”. 12 - Dia Nacional das ARTES e dia da criação da ACA-DEMIA NACIONAL DE BELAS ARTES, por D. João VI, no ano de 1816. 13 - Dia dos Pais. (2º.Domingo de Agosto). Dia do Azar (sai para lá...que data não?) 14 - Dia do Combate à POLUIÇÂO. 15 - Nascimento de Napoleão Bonaparte, Imperador Francês, em Ajaccio/Córsega, no ano de 1769. 16 - Dia da assinatura do tratado de Paz Brasil/Holanda, no ano de 1661. Morte de Eça de Queiroz (José Maria Eça de Quei-roz), um grande nome da Literatura Portuguesa, em Pa-ris na França. 17 - Dia do Patrimônio Histórico (MG-Brasil). 19 - Inicio da semana dedicada ao LIVRO ESCOLAR. 20 - Dia do VIZINHO (os). ótimo dia para estreitar rela-ções com a sua comunidade. 21 - Inicio da semana dedicada ao EXCEPCIONAL. 22 - Dia do FOLCLORE. Morte de Juscelino Kubitshek de Oliveira, em um acidente, muito controverso, na Rodovia Presidente Dutra, no ano de 1976. 25 - Aniversário de nascimento do Duque de Caxias (Marechal Luis Alves de Lima e Silva) patrono do EXÉR-CITO BRASILEIRO e HEROI NACIONAL, no ano de 1803. 26 - Aprovação da “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”. 27 - Nascimento de Madre Tereza de Calcutá (Agnes Gonucha Boja-xhiu), em Skoplje - Albânia, em 1910. 29 - Dia Nacional do COMBATE AO FUMO”. Assinatura do “Tratado de In-dependência do Brasil”, no ano de 1825, por D. João VI. Nascimento de ALEIJADINHO (António Francisco Lisboa), em Vila Rica - MG (Brasil), provavelmente no ano de 1730. Alguns historiadores indicam o ano de 1738. 31 - Dia da transferência do VICE-REINO de Portugal para o Rio de Janeiro, por Carta Régia de Portugal, no ano de 1763.

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Maria de Lurdes Micaloas

“Professora apressada...” Alguns minutos depois de tocado o sinal, a professora entra na Classe, toda afobada; colo-ca o material em cima da mesa, gira o corpo para dar inicio à aula, quando pisa em falso e, de cima de seu salto alto, leva o maior tombo... Levanta-se rapidamente, ajeita a saia e, com um sorriso sem graça, brinca: -Vocês viram a minha ligeireza? E o Joãozinho: -Vimos sim professora, só que nós conhecemos isso por outro nome.

Caros Estudantes, neste mês em que se co-memora e é lembrado o seu dia nacional, gostaríamos de afirmar nossa confiança em que uma sociedade mais justa, um país para todos e o futuro desta Nação, está em vossas mãos. Infelizmente nossa geração, a geração dos anos 40 até 50, ou 60, não souberam, talvez por er-ros e ilusões ou até por absoluta inércia, não têm neste item muito do que se orgulhar. Nos deram tecnologia, mas se esqueceram de preservar o Mundo naquilo que de mais importante tem, a sua natureza e, a sociedade daquilo que mais lhe dá tranqüilidade, um sistema políti-co integro e uma sociedade culta e politizada. Assim cremos estar em vossas mãos a construção de um futuro mais promissor, no que tange a moral, sobretudo com atos menos nocivos, ao Meio Ambiente, aos Ecossistemas e á sociedade. Também acreditamos que de vocês ressurgirá uma sociedade mais justa, igualitária e com oportunidades, que conse-qüentemente será menos violenta, tornando ai sim o Brasil, um país para todos. Filipe de Sousa

Brevemente estará disponível o ALMANAQUE “Cone Leste Paulista”, com tudo sobre todas as 5 regiões: Vale do Pa-raíba Paulista, Região Serrana da Manti-queira, Litoral Norte, Região Bragantina e Região Alto do Tietê. 600 páginas. Também disponibilizado no site:

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Tenho vindo a refletir bastante sobre as eleições que ai se aproximam e, sinceramente torço para que a honestidade faça parte do discurso eleitoral, já que a situação individual, da grande maioria dos candidatos, nada deixa a desejar no que diz respeito a conduta ética e social irrepreensível. Salvos por normas do TSE - Tribunal Superior Eleitoral, em que só se tor-na ilegível aquele que estiver condenado em ultima Instância, resta-nos pelo menos a esperança de que o cidadão saiba se-parar o joio do trigo e, não vote, naquele que se encontre nes-ta situação. Este mês de Agosto, tem datas que se comemoram e são lembradas, muito significativas, para vida nacional. No dia 05 se comemora o “Dia Mundial da Saúde”; no caso específico do Brasil, muito tem que ser repensado e avaliado, dado que não vivemos uma época de ouro, conforme apregoa o Governo e centenas para não dizer milhares de concidadãos morrem por negligência ou então absoluta falta de atendimento profissio-nal. No dia 6 e dia 9, se lembra a desgraça de HIROSHIMA e NAGAZAKI (Japão) quando aqueles que se apregoam donos do mundo, em plena exibição de sua onipotência, assassina-ram de imediato 230.000 cidadãos Japoneses e deixaram se-qüelas e milhões de outros que até aos dias de hoje sofrem suas conseqüências. Também no dia 9 se lembra o dia como o “Dia Nacional das Populações Indígenas” a quem eu chamo de os verdadei-ros donos da Terra Brasileira, que lhes foi usurpada, no inicio, pelo homem explorador que se dizia descobridor e, posterior-mente pelos madeireiros, pelos usineiros, etc... Na nossa opi-nião, pouco temos que comemorar e esses seres humanos muito menos. No dia 12 se comemora o “Dia Internacional da Juventu-de”, ai sim eu boto fé. Creio sinceramente que esta nova ju-ventude do século XXI sabe e exigirá dos Governos do Mundo, políticas sociais e ambientais mais coesas, na preservação dos ecossistemas e na construção de sociedades mais justas e igualitárias. Lembro que no dia 14, é a data estipulada como “Dia do Combate à Poluição”, espero que seja somente uma chamada, pois este dia deveria ser lembrado todos os dias, todas as horas e especialmente em todas as nossas atitudes. No dia 19 se inicia a “Semana do Livro Escolar”, que nes-te dia se reflita sobre o sistema continuado de ensino, para que os assuntos debatidos nos livros possam ser assimilados e bem interpretados pelos nossos alunos. Outras datas importantes também são lembradas neste mês de Agosto, mas há uma que me deixa de pé atrás, é o dia 13 o Dia do Azar. Será por isso talvez que as coisas continuam como estão... e as datas lembradas neste mês não são mais que datas, nada mais que uma simples chamada.

Filipe de Sousa

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AGOSTO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 3

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Polícia Militar 190 Polícia Federal (12) 3931.0999 Disk-Denúncia 181 Direitos Humanos 100 Corpo de Bombeiros 193 Sabesp 195 Procon 151 Bandeirantes Energia 0800 55 08 00 Poupa Tempo SJC 080077 23633 IPEM 0800 13 05 22 SOS Samaritanos 080077 00641 Contur s.j.c (Turismo) (12) 3921-7543 Prefeitura S.J.C. (12) 3947.8000 Fundação Cultural s.j.c (12) 3924.7300 Hospital Municipal (12) 3901.3400 CTA (12) 3947.5700 IMPE (12) 3945.6034 Conselho tutelar (12) 3921.8705 Delegacia da Inf. e Juv. (12) 3921.2693 Vigilância Sanitária (12) 3913.4898 Delegacia da Mulher (12) 3921.2372 Câmara Municipal (12) 3625.6566 CVV (Centro Valoriz.Vida) (12) 3921.4111 AA (Alcoólicos Anônimos) (12) 3921.3611 NA (Narcóticos Anônimos) (12) 9775.6779 P O L I C I A R O D O V I ÁR I A F E D E R AL São José dos Campos (12) 3931-7088 Cachoeira Paulista (12) 3101.1966 Roseira (12) 3646.1200 Taubaté (12) 3921.5011 POLICIA RODOVIÁRIA ESTADUAL São José dos Campos (12) 3944.4442 Taubaté (12) 3633.3888 Caraguatatuba (12) 3883.1044 POLICIA CIVIL (Plantões) São José dos Campos (12) 3921.2693 Jacareí (12) 3953.2277 Taubaté (12) 3633.4544 Guaratinguetá (12) 3132.6247 Caraguatatuba (12) 3883-5277 DEFESA CIVIL São José dos Campos (12) 3945.9600 Jacareí (12) 3953.3871 Taubaté (12) 3625.5000 Guaratinguetá (12) 3122.2728 Caraguatatuba (12) 3882-6841 AEROPORTOS São José dos Campos (12) 3946.3000 Taubaté (12) 3621.2277 Guaratinguetá (12) 3122.2500 Guarulhos (11) 5095.9195 Vira Copos (Campinas) (19) 3725.5000 RODOVIÁRIAS São José dos Campos (12) 3921.9122 Jacareí (12) 3961.6640 Taubaté (12) 3655.2818 Guaratinguetá (12) 3132.1380 Caraguatatuba (12) 3882.1669 Tietê (São Paulo) (11) 3135.0322 PRONTO-SOCORRO São José dos Campos (12) 3901.3400 Jacareí (12) 3953.2322 Taubaté (12) 3921.6036 Guaratinguetá (12) 3125.3131 Caraguatatuba (12) 3882.1362 DIVERSOS Balsa (S.Sebastião) 0800 704 55 10 DPDC (61) 3429.3636 IDEC (12) 3874.2150 PROTESTE (12) 3906.3800 SITES DE CONSULTA E ACESSO Procon www.procon.gov.br Ministério da Justiça www.mj.gov.br/dpde Tribunal Justiça www.tj.sp.gov.br Justiça Federal www.trf3.gov.br Minist. da Fazenda www.fazenda.gov.br Previd. Social www.previdencia.gov.br Narcóticos Anônimos www.na.org.br MASTERCARD (CEF) 0800 78 44 38 CREDICARD 0800 78 44 11 DINER’S 0800 78 44 44 UNIBANCO (Visa) 0800 11 84 22 BRADESCO (Visa) 0800 56 65 66 OUROCARD 0800 16 11 11 CREDIREAL 0800 12 21 20 AMERICAN EXPRESS 0800 78 50 75 B.F.R.B. (Pers) 0800 11 80 40 FININVEST 0800727 3003

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Houveram épocas em que ser culto, mestre ou mesmo nobre, não era, na verdade objetivos com os quais os ho-mens de negócios se relacionavam ou mantinham afinidades. Hoje, por interesse ou necessidade de atender aos clamo-res da sociedade para o assunto, sociedade essa que são seus clientes, cada vez um maior numero de Empresários está associando à sua marca ou ao seu negócio, slogans dirigidos aos temas mais divulgados pela mídia escrita e falada. Assim, associando a sua marca a Educação, Ecologia, Cidadania e ás Artes, o consumidor, lhes traz a resposta imediata ás suas necessidades mercadológicas. Regionalmente é positivo e comprovado o efeito positivo da divulgação de atos e eventos, do patrocínio de ações culturais, conquistando com isso a simpatia e a admiração de seus clientes. Não estamos mais no século XIX ou mesmo no século XX. Estamos numa época em que a necessidade de preservar o meio ambiente e as tradições são um clamor da socie-dade mundial ao qual a brasileira não é exceção. Por isso adicione cultura, educação e meio ambiente á sua marca patrocine e incentive estas iniciativas.

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CONTINUAÇÃO Ao deixar Sandhurst, Churchill incorporou-se no quadro de Hussar-dos, regimento de escola de cavalaria. Com ele, seguiu para a Índia. Ai os jo-vens oficiais do Quadro de Hussardos entregavam-se entusiasticamente à prática do pólo e Churchill evidenciou-se como um dos melhores entre eles. Todavia, a monotonia da vida militar não tardou a enfastiá-lo. Em princípios de 1897, convenceu os superiores a concederem-lhe uma licença de três meses e conseguiu que seu amigo, Sir Bindon Blood, que acabava de ser para a fronteira setentrional da Índia, à fren-te de um batalhão encarregado de su-focar uma revolta da tribo Pathan, o deixasse acompanhá-lo na qualidade de correspondente de guerra. E o (jornal) Daily Telegraph aceitou publi-car as suas crônicas de combate, pa-gando-lhe cinco libras por coluna. Es-tas obtiveram um êxito instantâneo, em Londres, tal como o livro em que, re-fundidas, as reuniu, sob o titulo Histó-ria das Forças de Campanha Malakan-da. Com esta publicação, Churchill ganhou o equivalente a dois anos de serviço no Exército. Churchill, ao regressar a Londres, já tinha decidido abandonar o Exército. O jornalismo oferecia-lhe mais douradas perspectivas. No Outono de 1899, re-cém começava a Guerra dos Boers, o (jornal) Morning Post convidou-o para seu enviado especial naquela frente.

Churchill conseguiu que lhe pagassem duzentas e cinqüenta libras esterlinas por mês, além dos gastos. E partiu pa-ra a África. Chegando ao forte Britânico de Est-court, Churchill foi encontrar um com-panheiro de combate na Índia, um tal Capitão Haldane, pouco depois nomea-do Chefe de uma patrulha de reconhe-cimento com a missão de introduzir-se, num comboio blindado, em território inimigo. Haldane recebeu a incumbên-cia de má vontade, e, em conversa com Churchill, referiu-se a ela com desâni-mo. Churchill volveu-lhe, então, que não se inquietasse: < Irei consigo >, disse, < De qualquer forma, isso faz parte das minhas obrigações para com o Morning Post. >. A poucos quilômetros de Estcourt, o comboio (trem) era objeto de um ata-que de emboscada, e o inimigo lograva virar-lhe dois dos vagões. Apesar de todos os esforços, os subordinados de Haldane não conseguiram salvar mais do que a locomotiva e um vagão de carga, e foi neste que se amontoaram os quarenta e tantos feridos, enquanto o comboio regressava à base, em mar-cha lenta, com uma longa cauda de soldados a pé. Exaustos, os soldados não tardaram a ficar para trás. Churchill corria a seu lado, instigando-os a prosseguir, pro-curava reanimar os que desfaleciam. E estava ele nisto, quando as forças de cavalaria boer surgiram de colinas pró-ximas e carregaram sobre o comboio. Churchill deixara o revólver na locomo-tiva; tudo o que lhe foi dado fazer foi erguer os braços e deixar que o pren-dessem. Prisioneiro de guerra, Churchill foi transferido para a capital boer (Pretória), de onde não tardou a evadir-se. Teve a felicidade de dar com a linha férrea; saltou para um comboio de mer-cadorias e, depois de não poucas mu-danças, chegou a Moçambique, que era o território neutral mais próximo. Como os Ingleses estavam a sofrer sérios reveses na Guerra contra os Boers, a façanha de Churchill constitu-iu para eles um lenitivo; proporcionou-lhes o seu primeiro herói vitorioso. É quando Churchill embarcou, com desti-no a Durban, a colônia britânica local tributou-lhe uma grandiosa festa de despedida. Depois desta aventura, Churchill voltou para o Exército e, até ao fim das hostilidades, prosseguiu a sua bem remunerada correspondência para o Morning Post. Uma vez regressado a Inglaterra, Chur-

chill decidiu apresentar a sua candida-tura a um lugar no Parlamento, apro-veitando as eleições que iam efetuar-se na ocasião. Foi eleito por pequena mar-gem de votos. E foi assim que, em 1900, aos vinte e seis anos, iniciou a sua carreira de político. Por essa época os membros do Parlamento não auferi-am qualquer ordenado (salário), Chur-chill resolveu, portanto, tentar ganhar dinheiro. Com este objetivo, preparou uma série de conferências a pronunci-ar na Inglaterra e na América(USA). E, neste último país, fazendo conferên-cias diárias (exceção feita aos Domin-gos) durante cinco meses, ganhou uma robusta soma que lhe assegurou a li-berdade de ação na política. Regra Geral, os jovens deputados per-maneciam sentados, durante as as-sembléias, ouvindo, respeitosamente, os mais velhos falar. Mas não foi assim que procedeu Churchill. No primeiro dia em que entrou na sala de sessões tomou, imediatamente, o lugar que fora ocupado por seu pai e instalou-se con-fortavelmente. No quarto dia proferiu o seu primeiro discurso. Os psiquiatras afirmam a existência de homens aparentemente destinados a criar conflitos. São os destrutores da serenidade e os construtores do mun-do, Churchill era um desses. Não exer-cia o cargo há mais de um mês, quan-do começou a provocar as iras dos dirigentes do partido. Combateu furio-samente um projeto militar, a seu ver demasiado dispendioso, advogou a paz clemente com os Boers, e atacou de tal modo os seus colegas conserva-dores que, certo dia, quando se dispu-nha a pronunciar um discurso, todos eles se levantaram e se retiraram, em ruidoso desfile, aglomerando-se junto à porta para o vaiarem, como garotos de escola. De certo modo, o episódio (até porque não havia memória de ocorrência se-melhante na Câmara dos Comuns) deu a Churchill tanta celebridade como a sua evasão de pretória. Finalmente Churchill mudou de filiação política; passou para as bancadas dos liberais. Em 1906, aceitou o convite de seu novo partido para se apresentar, como candidato, por Manchester. Foi eleito e, como essas eleições assi-nalaram a derrota dos conservadores, Churchill viu-se nomeado membro do Gabinete Ministerial.

Mais que um esforço, mais que teimosia, o que nos leva a continuar é a necessidade absoluta de ajudar a conscientizar e a disseminar cultura ,tradições e cidadania

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P O L I C I A R O D O V I ÁR I A F E D E R AL

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AGOSTO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 4

O Projeto Educar destina-se a desenvolver no aluno o gosto pela pesquisa e a interação com a cidade www.gazetavaleparaibana.com

O Livro das Pedras “Mitologia - Lendas - Pedras Preciosas”

Quando o homem apareceu na ter-ra, encontrou-se num mundo onde a a-Natureza iria lhe reservar muitas surpre-sas nas suas descobertas... Entre as grandes descobertas do ho-mem, na Antigüidade, podemos citar a dos minerais; acima de tudo, aqueles de estrutura complexa, iguais entre si, o surpreenderam, pois assim como muitas manifestações da Natureza, nada mais eram, como eles próprios, que compo-nentes nascidos da mesma experiência, em que uma nuvem cósmica se transfor-mara gradualmente numa manifestação integrada. A relação homem-mineral ressalta um aspecto assombroso da experiência humana onde, principalmente, evidencia-se a sutil e profunda ligação que interliga o homem, a gema e o metafísico. Ai se representam as potencialidades escondidas do homem, ressaltadas no contexto, de seu contato físico com a gema (pedra preciosa) que normalmente lhe é desconhecida e que também, nor-malmente se recusa a conhecer, devido à sua irracionalidade. Tudo isto faz-nos considerar que a experiência humana não pode ficar delimitada ao contexto da sua realidade cotidiana, ao conhecimen-to e quantificável, pois existem muitos mistérios na vida e em outros planos existenciais, onde ele não pode ter aces-so. O misterioso relacionamento que ele tem com as gemas demonstra esta reali-dade, e isto o assombra. A pedra gema está incorporada na história do homem e o ajuda, mais ou menos conscientemente, a vencer todos os seus medos, a dominar as angústias e os temores provocados pelos fenôme-nos das coisas que lhe acontecem acima de sua compreensão, e porque se integra com a sua composição. As tradições plirimilenárias nos falam de usanças que hoje muitos definem como superstições ou crenças populares. As usanças de hoje, em torno das pedras preciosas, rondam em volta de um único elemento: o dinheiro, um símbolo que sobreviveu a todas as religiões e civiliza-ções, mas que, neste específico caso, esconde a verdadeira importância do contexto. Pesquisando as antigas culturas, espar-sas em todo o planeta, encontra-se sem-pre a importância dos cristais e das ge-mas, tanto que até lendas de povos já desaparecidos (ver “Lenda - A Pedra Mágica - Página 4) dizia-se que nestas se custodiavam as Almas. Tal argumen-to poderá parecer excêntrico, mas é o que acontecia nas épocas anteriores e em civilizações mais evoluídas, onde o uso da gema se limitava exclusivamente à prática esotérica e às curas médicas. Isso era considerado normal e funda-mental, aceito integralmente pela ciência oficial; quando os doentes espirituais, que não eram simplesmente narcotiza-

dos e fechados em hospitais, mas recu-perados e devolvidos à sociedade pela simples intervenção de práticas da natu-reza.

Em nossa realidade as gemas foram revestidas de muita superstição, ao passo que em outros tempos os seus poderes foram sempre experimentados, codificados e dimensionados conforme os seus aspetos, pois quando o homem começa a considerar o significado de uma gema, refletindo na metafísica e nos ensinamentos dos Mestres Primordiais sobre esta realidade, começa a compre-ender esta obra e a aprecia nos seus justos contextos evolutivos, como um instrumento indispensável à penetração da sua realidade, e, agindo nesta, come-ça a conhecer melhor a si mesmo e aos outros; vendo-a assim, imaginamos o valor que a gema pode ter para o ho-mem, não só por sua valia, por preciosa que seja, mas e acima de tudo por ser o meio que lhe pode proporcionar a reali-zação de um velho sonho: o de dominar e defender-se do verdadeiro mal e inte-grar-se com a sua existência e na razão do ser. As gemas e cristais sempre assumiram, nas civilizações, uma posi-ção de relevo, e até medem o avanço destas, onde sem estes elementos cogni-tivos se tornam presas dos poderes ecle-siásticos que se baseiam nas supersti-ções, simbolismos e mágicas. A gênese de um planeta, no caso o pla-neta Terra e a sua evolução, é um pro-cesso demorado e complexo que se per-petua e se desenvolve em bilhões e bi-lhões de anos, espaço de tempo no qual o planeta se transforma devido a inúme-ras mutações geográficas, tanto externas como internas, antes de conseguir a sua “maturidade”. Segundo o conhecido, foram necessá-rios alguns bilhões de anos para a Terra alcançar as características necessárias para o desenvolvimento da vida orgâni-ca. Em termos de tempo, a vida humana tem uma história recente na Terra, que não vai além de alguns milhares de anos; porém é certo que os minerais conhecem uma história muito mais antiga, desco-

nhecida e negada ao homem nesta di-mensão. De qualquer forma, existe a certeza que o planeta Terra está longe de ser o cenário sólido e imutável que à primeira vista pode parecer, e também, deixando de lado o aspeto astrofísico, é assombroso pensar que vivemos equilibrados sobre uma bola que roda em grande velocidade no espaço sem fim, mantidos somente pela pressão atmosférica numa força centrífuga e, no interior de tudo com re-boliço de elementos em movimento e processos internos e externos do plane-ta, que o fazem parecido com um depósi-to de pólvora no ato de explodir a qual-quer momento. O homem simplesmente não entende tudo isto, por causa dos seus tempos de vivência, que são biologicamente muito curtos e grandemente acelerados se comparados aos do planeta, cuja história é a que está escrita nos minerais, que se classificam conforme os processos em que foram envolvidos junto à evolução do planeta. A ciência classifica três tipos de mine-rais: os formados por materiais derreti-dos por altas temperaturas e consolida-dos pelo esfriamento na superfície; os sedimentários, que se formam na super-fície, seja na terra ou no mar ou até de-baixo de gelo, por grandes depósitos de resíduos orgânicos; e os que se formam, muitas vezes, acompanhados de proces-sos de fusão em altíssimas temperatu-ras, também por grandes pressões pro-vocadas pelos movimentos de grandes massas de superfícies que se deslocam no processo de metamorfose do planeta. Note-se, no entanto, que, inclusive, tais classificações não definem uma situação precisa e estática, mas uma situação dinâmica, em evolução, pois cada tipo de rocha pode compreender infinitas varia-ções, numa história que encontrará a sua conclusão somente na morte do planeta, que a ciência prevê que acontecerá um dia, daqui a bilhões de anos, quando, simplesmente, tudo voltará a transfor-mar-se, num momento original de uma nuvem cósmica que dará inicio a um no-vo processo orgânico, como um dia já aconteceu. Os minerais são extraídos das rochas, e depois de determinado o seu processo de formação, entendem-se como estejam impregnados dessa história, e pode-se fazer uma classificação que possibilite o entendimento de suas estruturas e ca-racterísticas constitutivas, num contexto atômico-geométrico, conforme uma es-trutura tridimensional. As posições dos átomos são fixas nas suas relações, co-meçando com uma regularidade interna que se reproduz também na forma exter-na reentrando nas propriedades dos cris-tais, onde a forma externa é a conse-qüência da condição relacionada à dis-posição interna dos seus átomos. Na linguagem industrial, a definição de

“mineral” tem na maioria das vezes um valor coletivo, para entender o que se

pode extrair de uma jazida de matérias naturais que contenham materiais como o ouro, a prata, o cobre, ferro, estanho, bauxita, etc. Mas nisso se faz exceção quando se fala de cristais, e a ciência que estuda os cristais é um setor da mi-neralogia que inclusive estuda o das pe-dras preciosas, mas é preciso que se aprenda a ver nisso alguma coisa de par-ticular importância do reino animal e ve-getal. Tanto que estes contextos que reentram nos das pedras preciosas não deveriam ser vistos pelos valores intrín-secos, mas como elementos da Natureza que assumem um significado particular na história da humanidade. Estes produtos naturais, pela sua inalte-rabilidade nos tempos, podem sobrevi-ver-lhes com toda a sua beleza integral, mantendo inclusive, no seu sistema atô-mico, as suas lembranças. Tal fenômeno que sobrevive na sua história, está na base das suas utilizações tecnológicas, nos sofisticados sistemas de telecomu-nicações, dos satélites e computadores. É nestes contextos que também se res-salta a similaridade da estrutura orgânica dos organismos, pois da mesma forma que o cérebro humano vai recolhendo as impressões que lhe chegam do exterior pelo contínuo e agitado movimento do meio, estas se traduzem em paisagens e idéias de forma, quando se transformam em impressões atômicas que, inclusive, podem ser lidas como lembranças dos contextos esotéricos, também quando ali se vão transferir junto aos processos de desmaterializações biológicas. A atual tecnologia ainda não desenvol-veu estas leituras estas leituras, a ciên-cia deixará de ser cerceada por condicio-namentos impostos por excessos ideoló-gicos e se voltará, um dia, ao estudo dos contextos naturais da paranormalidade e da picométrica, onde verá como a inte-gração orgânica permite a decifração das impressões magnéticas registradas nos sistemas atômicos destes pedaços de planeta; falando nisso, pode-se avaliar a surpresa dos cientistas quando forem realizar este tipo de leitura sobre os “meteoritos” que há milhões de anos formam uma verdadeira rede de comuni-cação do inter-espaço, pois estas “pedras”, além de conterem elementos orgânicos que comprovam a existência de vida animal e orgânica no espaço, contêm registros magnéticos que com-provam ao homem que não é o único morador do universo. A relação homem e pedra ressalta na realidade algum aspeto assombroso da experiência humana; acima de tudo evi-dencia a ligação profunda que existe entre o homem e o que está à sua volta. Também em planos diferentes, seja ho-mem ou seja pedra, assim como muitos outros elementos da Natureza, nada mais são que elementos de uma mesma expe-riência que, de uma nuvem cósmica, gradualmente, se transforma numa galá-xia. Apesar disto, às vezes pode aconte-cer que um cristal tenha assistido de camarote a fatos ocorridos há milhões de anos, ou tenha sido formado no des-locamento de enormes massas na simbi-ose planetária, onde em poucos minutos podem ter-se acabado civilizações avan-çadas inteiras: isto pode ser observado com desdém por alguém que na simples métrica dos seus conceitos Ter-ra<>Terra, poderá dizer: “Pecado não valer nada”.

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AGOSTO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 5

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Comportamento

A palavra tem poder e força igual ou superior a uma bomba nuclear. Esse efeito de desastre se dá quando ela é mal proferida, mal dirigida. Mas como força ela também exerce benefícios quando proferida com amor, educação e humil-dade... cada som, cada silaba, cada letra é uma vibração que ao falarmos, esta-mos soltando no ar. O som de nossa emite ondas e elas são de maior ou me-nor intensidade, reciprocamente à forma como as pronunciamos. As ondas mag-néticas repercutem nos campos sutis das pessoas que nos ouvem e também se espalham pelo universo, que atua co-mo neurotransmissor dessas vibrações. É importante que as pessoas se consci-entizem do poder da palavra para que assim possam usá-la sabiamente em suas vidas. Segundo Eliphas Levi: “... as vibrações da voz modificam o movimen-to da luz astral e são veículos poderosís-simos do magnetismo”. No entanto, não podemos de deixar de relacionar e de inserir a palavra como uma expressão do pensamento. Assim, o pensamento também é energia que se materializa e, mesmo que isso ocorra num plano mais sutil, a influência se manifesta ao nosso redor, pois tudo está interligado. Aprendamos que todo o pensamento é palavra e que todo o pen-samento é energia, efeito da mesma e-nergia que possuímos como corpo, as-sim como as plantas, os minerais, o ven-to, a luz e a própria terra. Lógico que existem diferenças nas vi-brações de cada elemento no universo (Ver “Livro das Pedras” Pág. 4). Assim, como exemplo, uma pedra tem uma fre-qüência de vibração baixa, por isso po-de-se tocá-la e notá-la. Enquanto isso a Luz e o vento vibram em uma freqüência muito superior, se podem sentir mas não podem ser tocadas. Assim como o pen-samento e a palavra; o pensamento é mais poderoso ainda e sua freqüência muito mais elevada que a palavra mas, que associado à palavra se torna ainda mais poderoso. O pensamento não fala-do mas firme, tem uma repercussão enorme, não existindo limites de força e de distância. Cada palavra expressa, cada pensamen-to tem um efeito imediato e incorrigível, por segundos ou por terceiros, em nossa vida social, profissional e até amorosa. A palavra é poderosíssima, pode conde-nar, salvar, iluminar e mandar a escuri-dão; pode fazer adoecer, curara e dar esperança, fazer alguém ou nos fazer felizes ou infelizes. Através da palavra

podemos vampirizar uma pessoa, profe-tizar ou amaldiçoar. O pensamento corre-to leva à palavra e à ação corretas e as-sim se faz a felicidade ou a infelicidade, conforme dito por Tiago, 3:12-3, no Novo testamento: “Aquele que não tropeça ao falar é real-mente um homem perfeito, capaz de re-frear todo seu corpo. Quando colocamos um freio na boca dos cavalos, afim de que nos obedeçam, conseguimos dirigir todo o seu corpo.”. O “Dhammapada” uma das escrituras (verdades) do budismo, nos ensina: “Tudo o que somos hoje é resultado do que temos pensado. O que pensamos hoje é o que seremos amanhã; nossa vida é uma criação da nossa mente. Se um homem fala ou age com uma mente impura, o sofrimento o acompanha como a roda segue a pata do boi que puxa a carreta, (...) Se um homem fala ou age com a mente pura, a felicidade o acom-panha como sua sombra inseparável”. O ocultismo nos fala que cada palavra, mesmo ociosa, tem o mesmo poder de uma palavra pronunciada. Isso significa dizer que mesmo as palavras pensadas têm poder sobre o universo, e conse-qüentemente sobre a vida e seres em geral, como é pregada pelas antigas tra-dições religiosas. Segundo um antigo provérbio tibetano: “As palavras não tem nem portas, nem corte, mas podem ferir o coração de u homem”. Avaliamos esse poder sobre as pessoas, quando somos crianças, nossos pais têm poder sobre nós e vão-nos ensinan-do a entender palavras pronunciadas com vários sentidos, bons e maus. Cons-cientizamo-nos que as palavras têm po-der criador e devemos pronunciá-las sabiamente. As forças invisíveis da natureza influen-ciam favoravelmente na energia da pes-soa que manifesta palavras (mesmo pen-sadas) de bondade, amor e alegria; já o contrário, também é verdadeiro. O poder da palavra e do pensamento é como o efeito de espadas de fogo. Esse fogo, ao passo que ilumina, também pode quei-mar se não for manuseado com cuidado e atenção. As palavras profetizam. Por isso antes de dizer algo de ruim para outra pessoa ou se lamentar sobre sua vida, pense; ou melhor, afaste pensamentos negativos, pois isso irá se manifestar no seu campo espiritual e automaticamente se fará sen-tir em sua vida material. Por isso, caro leitor (a) aproveite o seu livre-arbítrio e pense positivo, fale e aja positivamente, na sua vida e nas suas relações pessoais. Wittgenstein, grande pensador ocidental, numa visão empirista e científica, escre-veu sobre a palavra: “...que os limites de meu mundo são os limites de minha lin-guagem”. Assim, somente o que é nome-ável, ou seja o que pode ser traduzido em palavras ou pensado, existe. No nosso relacionamento pesso-al podemos colher alguns ditos popula-res que traduzem bem a força do pensa-mento: 1 - Rico dá risada à toa. 2 - Dinheiro chama dinheiro. Repare também que geralmente as pessoas mais bem realizadas pessoal e financeiramente são pessoas confian-tes, alegres e que dentro de seu meio social, que escolheram como comunida-de, são motivo de admiração da parte das outras pessoas. Pense nisso e se algo na sua vida não vai bem, reflita.

Filipe de Sousa

Na doutrina espiritualista, diz-se que as ondas sonoras se propagam no ar, assim como os pensamentos e senti-mentos elevados também se propagam, pelas energias, silenciosamente, e se-guem até onde a sabedoria do universo os levar, para quem precisar, incondicio-nalmente e em qualquer lugar. Segundo esta doutrina, as energias são distribuídas equilibradamente, dosadas nas cores específicas para cada caso e distribuídas por generosos benfeitores invisíveis aos sofredores de todos os planos. Silenciosamente, os seus pensamentos e sentimentos se propagam como energias e irradiam pelo éter sutil, chegando aos que necessitam de calor vital, que emana do coração aceso pela paz. Essa assistência espiritual é realizada de formas admiráveis, que os sentidos dos homens não podem perceber. Essa é a maravilha silenciosa que viaja como vi-brações serenas, por entre os planos, os obres e os corações, por onde quer e onde seja necessária. Nada acontece que não seja de acordo com a lei universal.

A psicofonia no espiritualismo. Psicofonia: comunicação mediúnica por intermédio da fala de um médium. Chamada popularmente de incorporação mediúnica. Obs.: o fenômeno psicofônico (assim como a psicografia, que é a escrita medi-única) apresenta vários graus de mani-festação; desde aquela mais ostensiva, até aquela mais discreta, onde a onda mental do espírito se casa sutilmente com a onda mental do médium, influenci-ando-o e tornando-o um canal interpla-nos, para passagem de idéias e energias para o plano denso. Segundo a filosofia espiritualista, a medi-unidade é apenas um evento psíquico, interligando consciências sediadas em planos de manifestação diferentes. Não é algo bom ou ruim. E nem pertence a essa ou àquela doutrina dos homens da Terra. Apresentamos esta teoria espiritualista como acréscimo ao artigo anterior, refe-rendando que nas mais diversas religi-ões o pensamento e a palavra se deslo-cam e são perceptíveis. Por isso, é sempre necessário filtrar e até mesmo repensar e refletir sobre as informações vinculadas mas, de qual-quer forma somos obrigados a admitir que a palavra tem força, assim como o pensamento. Na religião católica se sin-tetiza o pensamento relacionado à fé e nela temos exemplos explícitos de curas pela fé, que não é mais que um pensa-mento de credibilidade aceito e transmiti-do com fé. Devemos sempre nos lembrar que a re-gra por excelência das relações com o invisível ou não palpável é a lei das afini-dades e atrações.

jokafi

O que é ser feliz? Desde que nas-cemos somos alvo de expectativas, pri-meiramente de nossos pais, depois de nossos professores e de nosso grupo de amigos e depois de toda uma sociedade que nos incute uma falsa idéia do que possa ser felicidade. Numa sociedade capitalista e agora globalizada, a infinida-de de felicidades oferecidas e mesmo assim nos sentimos tão não realizados, tão infelizes. Para a maioria das religiões a felicidade não existe na terra, somente após a mor-te encontraremos vida eterna e o verda-deiro paraíso, se formos bonzinhos aqui na Terra, Ora, eu sinceramente quero ser bonzinho sim, não quero ser mau para ninguém mas, quero ser feliz aqui mes-mo, na terra. Assim o que precisamos é tomar consci-ência de que a realização maior do ser humano já é o que parecia simples, mas um grandioso fato: estarmos vivos!!! Isto mesmo, só o fato de estarmos vivos e podermos aprender a cada dia com nos-sos erros já é um grande motivo para nos considerarmos felizes. Se nesta jornada conseguimos atender as expectativas dos outros e ou se as outras pessoas irão atender as nossas, isto deve ser considerado como um grande motivo de alegria, mas nunca como o caminho para nossa felicidade. Vivamos apenas... cada dia de cada vez,como se esse fosse o último dia de nossa vidas. Uma vida que terá conse-qüências futuras..., pois as coisas que nos acontecem são simplesmente rea-ções de nossa ações e de nossos pensa-mentos. Nada ocorre por acaso. Alguns fatos da nossa vida podem até ser atribu-ídas a esse tal de destino... mas, nós podemos i9nterferir nele de forma positi-va ou negativa, de acordo com nossas diretrizes. O caminho então talvez seja enxergar a felicidade como oportunidade de viver e aprender com nossos acertos e nossos erros. De sabermos conviver com o possível e não com o obstinada-mente procurado. Portanto se você acha que não é ou não pode ser feliz, desconecte-se de tudo o que aprendeu sobre convivência e felici-dade até agora e reflita se você é e age realmente como é ou como gostaria de ser e agir. à medida que sentir que a sua felicidade só depende de você e nunca de ninguém... que basta apenas SER - respeitando as diferenças e o outro, que é mais importante o SER ao ter, você pode ter a certeza de estar caminhando rumo ao topo da realização e da felicida-de.

jokafi

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AGOSTO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 6

O berço de nossa história, está aqui...

“Gazeta Valeparaibana” presente em mais de 80 cidades do CONE LESTE PAULISTA , sendo 3.000 exemplares gratuitamente

Marcos de episódios emocionan-tes da história do Brasil ainda podem ser vistos na costa do Litoral Norte de São Paulo. Aqui Índios, colonos, jesuítas e piratas lutaram pela terra prometida onde os portugueses vitoriosos lançaram a base da nova nação. Restam muitos marcos da época colonial na paisagem - canhões, centros históri-cos, como os de Paraty e São Sebastião, fazendas em ruínas, umas abandonadas pelo Patrimônio histórico Nacional, ou-tras restauradas em Ilhabela e Caraguata-tuba, fortes em Paraty e Bertioga; Igrejas e Capelas modestas mas que fazem parte de nosso passado que deveria ser pre-servado, em Ubatuba, etc... Parte deste nosso passado esconde-se no meio do mato, outra parte sumiu na lembrança, com o passar dos séculos, dizimado pelo tempo, sem qualquer abri-go daqueles que por ele deviam levar a efeito atos de proteção e de conserva-ção, este que é o mais antigo Patrimônio Histórico Nacional. Porém hoje se pode conhecer, com ajuda de empresas especializadas e projetos das prefeituras, alguns desses monu-mentos, desse período histórico. Basta fazer um passeio tranqüilo nas áreas pre-servadas, ou penetrar nas trilhas inóspi-tas para descobrir ruínas ocultas entre árvores centenárias. Pode-se também procurar, no convívio com os caiçaras, tradições que sobrevivem, transmitidas de geração em geração. Estudos também nos apresentam a vida de povos nômades que antecederam aos índios, no inicio da era cristã. O Litoral Norte se revela tão rico em história quan-to em seu esplendoroso litoral e suas praias ensolaradas.

Ubatuba, antes do início da era cristã, já era povoada por grupos que se dedicavam à pesca e à coleta de molus-cos, complementando sua dieta a caça, frutos silvestres, sementes e raízes. Em bandos, percorriam as praias, cos-tões rochosos, manguezais e lagoas, em busca de peixes, crustáceos, tartarugas,

botos, pequenos mamíferos, aves e pro-dutos da mata. Na preparação dos alimentos, faziam pequenas fogueiras, armavam moquéns, assavam ou tostavam a carne sobre as brasas. Na pescaria, talvez tenham utilizado o arco e flecha, como faziam muitas tribos indígenas, seus possíveis descendentes, na época dos descobrimentos. A equipe da USP liderada pela arqueólo-ga Dorath P. Uchoa estudou os sítios do Tenório e Ilha do Mar Virado, ao largo do Saco da Ribeira, e chegou às conclusões acima mencionadas. No Museu da Fun-dart, em Ubatuba, encontram-se expos-tos utensílios milenares, obtidos nas es-cavações.

O Litoral Norte Paulista conservou gran-de parte de sua paisagem primitiva até à construção da Estrada Rio-Santos no ano de 1975. Os diversos ciclos de ocupação não desfiguraram sua paisagem. Apenas deixaram para o futuro locais de visita-ção histórica, cheios de lembranças e lendas curiosas. Aqui há ruínas coloni-ais, aldeias indígenas e praias virgens como na época de Martim Afonso de Sousa, donatário da capitania de São Vicente, que incluía grande parte da atual costa paulista, onde se travaram as bata-lhas que decidiram o destino deste hoje Brasil. Aqui se forjou o Brasil português e católi-co. Poderia ter sido francês e protestan-te, ou indígena, caso o desfecho fosse outro. Dos índios, derrotados, restaram algu-mas aldeias dos “guarani” em São Se-bastião e Ubatuba, e costumes caiçaras, como o preparo da farinha de mandioca. O índio fazia uí-atã, farinha seca, comum. Da mandioca crua raspada, espremida com a mão ou no cilindro tipiti, não difere da farinha caiçara dos dias de hoje.

Consolidou-se o domínio português. A capitania de São Vicente foi a maior das dez concedidas por D. João III, e a primeira a ser povoada, a partir de 1532. As vilas surgiram nas planícies de sedi-mentação marinha, onde se encontrava um curso d’água, favorecendo a agricul-tura e a pecuária. No litoral fluminense, os franceses pro-

curaram alianças com os índios, para fundar a França Astral. Em 1556 os tupinambás lideraram a Con-federação dos Tamoios, sob o comando de Cunhambebe, “grande chefe”. No cerco a São Vicente os índios captu-raram Hans Staden. Em 1557 os portugueses, ou perós (como eram chamados pelos índios) retornaram a fortaleza de São Felipe e , atravessando o canal de Bertioga, levantaram a fortale-za de Santiago. As duas defendiam os colonos contra os temíveis antropófagos tupinambás. O relato mais famoso da vida dos índios foi escrito pelo alemão Hans Staden, que viveu prisioneiro em iperoig, antigo nome de Ubatuba, e quase virou comida dos índios. Escapou, e a primeira edi-ção de sua obra, em 1557, era apresenta-da como “Verdadeira história e descrição de um país habitado por homens selva-gens, nus, ferozes e antropófagos, situa-do no novo mundo chamado América, desconhecido no país de Hesse, antes e depois do nascimento de Jesus Cristo até o ano passado. Hans Staden de Hom-berg, em Hesse, o conheceu por sua pró-pria experiência e o faz reconhecer agora graças à imprensa”. Os remanescentes das populações indí-genas ainda aparecem, nas feiras livres e mostras de artesanato, vendendo seus produtos tradicionais, ao lado de caiça-ras de pele morena e, não raro, olhos azuis, herança dos franceses. Para se efetuarem visitas em aldeias, na sua maioria dependem de autorização da FUNAI. Durante a primeira metade do século XIX o Litoral Norte conheceu um período de crescimento. No início do sé-culo os tempos foram difíceis devido às investidas e constantes ameaças dos piratas que percorriam a costa, levando o terror às populações, o que só viriam a desaparecer a partir do ano de 1830. Além disso o Litoral ressentia-se da falta de comunicação com o planalto. São desse século os caminhos do padre Dória, ligando São Sebastião ao reverso da Serra, e o de Ubatuba a São Luis do Paraitinga, terra natal de nosso Oswaldo Cruz. A abertura desses caminhos foi estimula-da por um novo produto, o café, sobres-saindo-se Ubatuba e São Sebastião em

seu cultivo e exportação. A melhoria das estradas só viria com o desenvolvimento turístico, a partir dos anos de 1960.

Tendo tido importância como portos de café, São Sebastião e Ubatuba entraram em declínio quando, a partir de 1867, inaugurou-se a ferrovia entre São Paulo e Santos. Em 1877 definiu-se a ligação ferroviária entre São Paulo e o Rio de Janeiro.

Estas estradas de ferro contribuíram para a marginalização do Litoral Norte. Com o surgimento destras estradas de ferro, os grandes produtores cafeeiros paulistas, passaram a levar seus produ-tos, primeiro para o Porto de Santos e depois para o Rio de Janeiro, como foi o caso dos cafeicultores da região do Vale do Paraíba. Com isso, além da lavoura de subsistên-cia e a pesca, o Litoral Norte, desenvol-veu o cultivo da banana, cultura introdu-zida a partir da Baixada Santista, no sé-culo XVIII, e , intensificada no século XIX. No que tange a São Sebastião, muitas iniciativas chegaram a ser tomadas com o fim de interligar o Litoral Norte ao pla-nalto paulista. Ubatuba chegou a construir parcialmente uma ferrovia, com tecnologia francesa. Por sorte, de nossas gerações, não deu certo. A região preservou sua beleza que ai está, para que seja redescoberta. Hoje guarda um passado magnífico, prai-as desertas e algumas ainda virgens; trilhas para serem percorridas onde se poderão descobrir maravilhosas cachoei-ras para não falar de todo um ecossiste-ma consideravelmente preservado, es-perando por nossa visita.

Filipe de Sousa

PATROCINE CULTURA

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AGOSTO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 7

História que faz parte da nossa história “Missões”

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Missões ou Reduções, são os nomes dados aos antigos aldeamentos indíge-nas organizados e administrados pelos “Jesuítas” no NOVO MUNDO, como parte de sua obra maior de cunho civilizador, que compreendia também a fundação e instalação de colégios e conventos. O principal objetivo das Missões foi o de criar uma sociedade com as característi-cas da sociedade Cristã européia, mas isenta de seus vícios e maldades. Neste artigo iremos falar e tratar dos mais im-portantes movimentos fundados na regi-ão da fronteira entre o Brasil e a Bolívia e Argentina e Paraguai.

Antecedentes Criada a Ordem Jesuítica no ano de 1534 por Inácio de Loyola, poucos anos após, cinco membros da Ordem, mais o Padre Manuel da Nóbrega, iniciaram a travessia do Oceano Atlântico a fim de levar a bom termo a finalidade da ordem jesuítica. Chegaram em Salvador BA (Brasil) e ali fundaram um colégio e a Província do Brasil da Companhia de Jesus. Quando o Marquês de Pombal, primeiro-ministro da Corte Portuguesa os expul-sou no ano de 1760, em virtude dos pro-blemas econômicos que enfrentou e, da oposição que estes lhe faziam ao seu governo, já havia 670 padres e irmãos espalhados nos Estados de Santa Catari-na ao Ceará (Brasil). Na América Espanhola os jesuítas inicia-ram mais tarde, no ano de 1586, quando São Francisco de Borja enviou um grupo de jesuítas ao Peru. Em 1606 Filipe III ordenou ao Governador do Prata, Fernando Àrias de Saavedra, que se procedesse à submissão dos in-dígenas, não pelas armas, mas pela força da catequização, e utilizando para isso os serviços jesuíticos. Assim, em 1607, criaram os jesuítas a Província do Paraguai, que compreendia o atual Paraguai, o leste da Bolívia, a Argentina, o Uruguai e o sudoeste do Brasil, território então, á época sob o domínio Espanhol. A convite do Bispo de Tucumán os missionários se transferi-ram para o interior do continente, e, jun-to com outros religiosos fundaram no ano de 1609 um colégio da Ordem na cidade de Assunção, no Paraguai. Em 1610 foi iniciado o seu trabalho específi-co, o de catequizar, fundando então a Missão de San Ignácio Guazú, no Para-guai, à qual se seguiram cerca de mais 60 outras missões, em áreas paraguaias, argentinas e brasileiras. No entanto, so-mente aproximadamente 30– delas che-garam a florescer significativamente.

Características Os aldeamentos se organizavam seguin-do um plano geométrico perfeitamente ordenado e aplicado, de forma a que se tornasse mais práticos, os acessos e o convívio. Este projeto arquitetônico era seguido em todos os aldeamentos cons-

truídos e planejados pelos jesuítas, salvo raras exceções, onde se apresentavam algumas variações. Estes aldeamentos desenvolviam-se em volta de uma grande praça comunitária, quadrada, em cujo centro era instalada uma grande cruz e uma estátua do santo protetor desse aldeamento. De um lado era erguida a igreja, com casa anexas para viúvas e órfãos e uma escola, além da casa dos missionários e oficinas. Na parte de trás da igreja era o local escolhi-do para fazer a horta, onde eram planta-dos verduras e o pomar. No lado oposto ficavam a locas (moradias) dos índios, e nos outros dois lados da praça, era instalado o Conselho da Missão, uma portaria, uma hospedari-a, pequenas capelas, um relógio de sol e uma prisão. Em torno da aldeia eram cavadas trin-cheiras e erguido um muro de proteção contra os ataques de indígenas selva-gens e, as incursões predatórias dos bandeirantes. A Igreja era o único edifício mais elabo-rado e ornamentado, onde as técnicas artísticas aprendidas pelos índios tinham a oportunidade de se expressarem.

Administração O governo civil era exclusivamente indí-gena. Consistia de um conselho eleito por votação, composto por três oficiais, três administradores, alguns auxiliares e os representantes dos bairros da Missão, todos sob a égide de um cacique geral-mente de cargo hereditário. A administração da justiça sempre ficava a cargo da ordem jesuítica e era adminis-trado pelos padres jesuítas de cada mis-são. Como poucos e leves eram os cri-mes ou infrações, os castigos também, usualmente eram leves. Raramente se utilizava a prisão ou se condenava ao exílio, condenação esta, que era conside-rado perante as tribos a “desgraça su-prema”.

Economia A cada família se atribuía uma porção de terra, hereditária, destinada a fornecer o sustento de cada família, onde seus membros plantavam milho, mandioca, batatas, legumes, frutas e a erva-mate. Outras áreas eram “propriedade de Deus”, cujos frutos revertiam para a comunidade, como um todo, e onde to-dos, deviam de trabalhar dois dias por semana. Este era um trabalho comunitá-rio. O fumo, mel e milho serviam, às vezes, como moeda de troca. Entretanto, este sistema tinha papel pouco relevante, no sistema organizacional da aldeia, pois os “centros comunais de abastecimento” forneciam o que faltasse. Por vezes se admitiam mercadores es-trangeiros, que podiam permanecer na aldeia por somente três dias. O comércio exterior ocorria entre as Re-duções e com outras províncias espa-nholas, e os lucros, se destinavam ao pagamento de Impostos à Coroa, à com-pra de materiais necessários para a Mis-são e instrumental agrícola, construtivo e para a caça e pesca. Com o tempo desenvolveu-se considera-velmente a pecuária nas Missões, a pon-to de no ano de 1768 possuírem um reba-nho de 656.333 cabeças de gado. O comércio também chegou a evoluir, chegando a ser construído um Mercado Central em Buenos Aires (Argentina), de onde eram exportados couros e outros gêneros como o mel, frutas, tinturas e esculturas, para a Europa, em troca de papel, livros, seda, telhas, agulhas e an-zóis, ferramentas, instrumentos cirúrgi-

cos, alguns metais e o sal. No entanto, as importações foram-se reduzindo e, em meados do século XVII, as Reduções (Missões) já começaram a se tornar auto-suficientes.

Quotidiano A vida numa comunidade missionária seguia uma rotina preciosa. Às 4 horas tocava-se o sino com o intuito de desper-tar. Seguiam-se as orações individuais, as crianças eram acordadas, assistia-se a uma missa e às 7 horas os trabalhos do dia eram distribuídos. Nesta hora, as crianças recebiam o café da manhã e em seguida oravam. Às 8 horas realizava-se a visita aos doentes e se enterravam os defuntos. Em seguida tomavam o chá mate e de-pois se dirigiam para os afazeres progra-mados para o dia e, as crianças, iam para a escola. Entre as 11 e 12 horas era servido o al-moço, que sempre se procedia de um descanso de 1 hora, voltando em segui-da ao trabalho. Das 16 horas em diante havia o catecismo, novas orações, lan-che, récita do ofício divino do dia e, de-pois era servido o jantar. Às 20,30 horas os fogos (fogueiras iluminantes) eram apagados e a aldeia se recolhia para mais uma noite de descanso. Aos domingos as missas eram mais so-lenes e elaboradas, e em dias de grandes festejos realizavam-se encenações tea-trais, danças comunitárias, procissões, profissões públicas de fé e às vezes era praticada a auto-flagelação, simulação de combates e concertos de música. ___________________________________

Na próxima edição · Educação e Cultura, · Alfabetização e Literatura, · Artes, · Dificuldades, · A Fundação dos Sete Povos, · O fim.

Declaração Bananal

( Continuação) Como pássaros guerreiros, acordamos os nomes dos filhos da lua e do arco-íris. O espírito do tempo nos ensinou a pintu-ra verbo negro, a cor do jenipapo e pintu-ra do verbo vermelho, a cor do urucum. Com os vermelhos do urucum e os ne-gros de jenipapos aprendemos a pintar os corpos dos guerreiros para lutar pela Terra Mãe e fazer danças sagradas para

sempre nos lembrar que somos parte da Terra e ela é parte de nós. A Mãe Terra guardou nossa memória nas plantas, nas ervas, nos animais, nos rios, nas florestas, nas pedras. Ela nos falou para não esquecer o passado para assim sermos mencionados. Ela nos falou de guardar nosso passado para assim ter amanhã. A nossa Mãe Terra nos ensinou o respei-to por todas as formas de vida. Morada dos espíritos ela nos deu a sabedoria tribal e conversa conosco nas fogueiras noturnas através dos sonhos. A memória e a lembrança para nós é um sagrado direito. Um direito de lembrar. Temos o direito de lembrar, de manter o fogo da memória dos nossos parentes do mundo tribal que resistiram a 508 anos a uma guerra de extermínio contra nossas vi-das, nossas culturas, nossas terras e territórios. Memória de uma dor que não se apagou e ainda persiste no presente e que não hesita em renovar o passado com novas práticas de extermínio, racismo, discrimi-nação, e exploração. O desprezo que recebemos por nossa cor, nossa língua, nossa forma de vestir, nossas danças e festas, nossas crenças, nossa cultura, nossas tradições religiosas, nossa histó-ria da mesma forma que há 508 anos quando por decreto se mandava matar índios para alimentar cachorro no Ceará (Brasil); quando se discutia se éramos animais a quem se devia aniquilar, sem-pre se referiam a nós como seres inferio-res. Jamais compreendemos o racismo que até hoje sofremos desde os tempos coloniais. Somos tratados como seres humanos de segunda categoria. Nós da reserva indígena do Bananal e do Santuário Sagrado dos Pajés estamos na mesma luta dos povos histórico-originários do Brasil por reconhecimento de nossa cultura ancestral, nossos cos-tumes, tradições, religião e territórios nessa longa jornada de 508 anos de re-sistência contra perseguições; usurpa-ções de territórios e identidades; discri-minações e intolerância pelos regionais da sociedade nacional brasileira que fa-zem tábua rasa do passado colonial. Desaparecidos nunca, vencidos jamais, Estamos Vivos ! Somos uma comunidade tribal pluriétni-ca fundada nos anos de 1968, numa área de cerrado originário do Brasil com a participação das etnias Tapuya, Tuxá, Fulni-ó, Kariri-xocó, Guajajara. Somos famílias indígenas do sertão tribal do nordeste brasileiro, que como nossos antepassados do tronco Macro-jê que se estabeleceram nos altos planaltos do centro-oeste do Brasil, vindo a migrar para as cabeceiras do rio São Francisco e a aí compor grandes nações como Ta-puya, Carnijos, Kariri entre outras, sem-pre andávamos pelo cerrado, sertão e caatinga, mas com processo de coloniza-ção e extermínio fomos forçados cada vez mais a abandonar nossos territórios para abrir rotas de fuga ao massacre genocida colonial e até mesmo para au-xiliar e colaborar com a colonização do sertão do centro-oeste e nordeste brasi-leiros.

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AGOSTO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 8

CULTURA, INFORMAÇÃO, EDUCAÇÃO, HISTÓRIA - NÃO SÃO PATRIMÔNIO DE NINGUÉM

Histórias e Lendas “Pedras”

Em tempos recuados, existia uma região perto da cidade de Braga (Portugal), uma casa que pertencia a um velho fidalgo que tinha uma lindíssima filha chamada Bárbara. Perto dessa casa vivia um outro fidalgo da corte Portuguesa, irmão do primeiro, que tinha um filho chamado Rícila. Os criados (serviçais) que viram nascer Rícila diziam quer, ao nascer, este tinha recebido de um velho que havia chegado do Oriente, uma estranha e, ao mesmo tem-po bela, pedra preciosa, encastoada num anel, a que atribuíam poderes mágicos. Rícila fez-se homem. Era belo, rico e conse-guia tudo o que ambicionava. A tal pedra não o dotara apenas de qualidades físicas, era também valente, bom e encantava quem com ele conversasse. Rícila, no entanto, muito embora assediado por diversas jovens de sua comunidade, estava apaixonado por sua prima, a bela Bárbara. Bárbara e Rícila costumavam passear, re-gularmente, pelos campos próximos a suas casas mas, sempre acompanhados por du-as damas de companhia, providenciadas pelos pais de sua prima Bárbara. Uma tar-de, depois de cavalgarem durante uma ho-ra, resolveram descansar à sombra de uma frondosa árvore. Depois de uma longa e bem humorada con-versa, característica de jovens apaixona-dos, Bárbara disse para Rícila que. por mais que se sentissem felizes, não se devi-am orgulhar de sua felicidade e atribuí-la a eles próprios. Rícila mostrou a jóia rara, dizendo, que não era a ele que atribuía a sua felicidade, mas sim, à pedra mágica. Preocupada, Bárbara, perguntou-lhe se não tinha medo de a perder, ao que o primo respondeu, que se não a tinha perdido, en-quanto menino irrequieto e despreocupado, não seria agora, já homem e compenetrado do valor dessa pedra, que a iria perder. Como já se aproximava o final da tarde, resolveram retornar a suas casas.

Quando a prima ia montar no seu cavalo real, para voltarem para casa, Bárbara es-corregou. Nisso, Rícila apressou-se a acu-dir a sua prima, mas, mesmo assim, Bárba-ra se machucou. Já em casa, Bárbara reparou que Rícila não tinha mais seu anel, que continha a pedra, no seu dedo. Rapidamente Rícila voltou ao bosque afim de encontrar sua pedra. Vasculhou o lugar do acidente e todo o caminho percorrido e, nada. Nada de encontrar a sua pedra mági-ca. Seu pai, que sabia do valor da pedra, ofere-ceu uma volumosa recompensa em moedas de ouro para quem lhe entregasse a tão esperada pedra, que seu filho havia recebi-do daquele velho esquisito, recém chegado do Oriente. Os dias foram passando, mas, apesar da recompensa oferecida, o anel não aparecia. Enquanto isso, Bárbara adoeceu. Uma noi-te, já quase madrugada, a jovem perde os sentidos, assim ficando em estado de coma durante três dias. Todos já a julgavam morta. Ao despedir-se de sua tão amada namora-da, Rícila afirma que a causa de toda esta infelicidade, teria sido a perda de sua tão valiosa pedra. Mais, afirmou que teria sido também a causa de sua separação, conven-cido da morte desta, acrescentando, que em breve, se juntaria a ela. Quando terminou de pronunciar estas pala-vras, caiu desacordado, no chão. A dor da perda de sua amada, o havia matado. Na confusão dos fatos ocorridos, uma das criadas, nota que Bárbara está sentada na borda de seu leito, onde antes estava des-falecida. Tinha recuperado os sentidos e, voltado à vida. Quando a jovem vê seu amado primo, mor-to, estatelado no chão frio de seu quarto, do outro lado de sua cama, não se contém e cai em profunda depressão. Os dias foram passando e Bárbara manti-nha um ar profundamente triste e deprimi-do, até que toma uma decisão. Iria entrar para um mosteiro, passando o resto da sua vida recordando e chorando aquele que a tinha amado de forma tão pura e fiel. Texto: Anônimo-Lendas do mundo. Adaptação: Filipe de Sousa

Culinária Caiçara

Ingredientes: 1 posta ou cabeça de peixe; 1 e 1/2 maço de cebolinha verde; 1 maço de coentro; 1/2 cebola média; 1 dente de alho gran-

de; 2 tomates; 200 grs. de farinha de mandioca; 3 copos de água; pimenta malagueta; azeite oliva; urucum; óleo de soja. Primeira Parte: Lave bem a posta ou cabeça de peixe com limão e deixe descansar em um pra-to com água de sal fraca; soque o alho , três rodelas de cebola, um maço de co-entro picado e sal. Segunda Parte: Usando uma panela de barro, esfregue a pasta que socou, no fundo da panela juntamente com um pouco de óleo de

soja e azeite de oliva. Deixe dourar um pouco e acrescente a posta ou a cabeça de peixe, sempre virando de um lado para o outro até começar a dourar. Desli-gue a panela e acrescente o resto do coentro, do tomate e da cebola. Regue com mais um pouco de azeite e suco de limão. Dê uma leve misturada e deixar tudo descansar por 1 hora. Separada-mente derreta meia colher de urucum em um pouco de óleo de soja, que irá ser adicionado na hora de levar para cozi-nhar o conteúdo da panela. Acrescente os três copos de água e dei-

xe cozinhar até o peixe ficar al - dente. Retire o peixe e desfie com cuidado para que não vá junto alguma espinha. Verifi-que o sal e o gosto de limão e junte o peixe desfiado na panela. Quando estiver no ponto máximo da fervura, vá acres-centando a farinha lentamente para não encaroçar, mexendo sempre com um garfo. A consistência do pirão vai do gosto, podendo ser controlado com me-nos ou mais farinha. Pronto o pirão, corte algumas rodelinhas de cebolinha verde e pedacinhos de co-entro e espalhe por cima antes de servir.

Foto: Chiara Belmonte

Corria o ano de 1647 quando certa noite, o repicar dos sinos despertou a pacata população de Ilhabela. Corre-ram todos em direção aos sinos e, assombrados, viram passar defronte da praia um caixão com quatro (seis) velas. Sobressaltados, puseram-se de joelhos e rezaram, enquanto o caixão passava pelo Canal de Bertioga, leva-do pela correnteza, em direção ao sul. Era a imagem do Bom Jesus que foi encontrada em Iguape e até hoje é venerada lá como Bom Jesus da Ca-na Verde. Esta lenda tem base histórica. Segun-do o historiador Calixto, foi o “vaso”, navio de guerra de Segismundo Van Schkope que pôs a pique o navio por-tuguês que transportava a imagem destinada à igreja de Pernambuco. Este fato se deu em fevereiro de 1647 e a imagem, levada pela correnteza, chegou a Iguape aos 2 de Dezembro de 1647. Há referências desta mesma lenda em outras versões no livro de Maria Cecí-lia França, “Pequenos Centros Paulis-tas de Função Religiosa”, e também em “Lendas do Litoral Paulista” de Hipólito do Rêgo.

Na praia chamada de Guarapo-caia encontram-se pedras que, quan-do batidas, soam como sinos. A Lenda conta que, em tempos pas-sados, no século XVII, ao amanhecer, surgiu uma caravela de piratas, que

se dirigia à Ilha de São Sebastião, enquanto a população ainda dormia. Estavam os piratas prontos para abrir fogo e atacar Ilhabela, quando ouvi-ram soar sinos despertando o povo que se preparou para receber os ini-migos, se defendendo. Nisto surge um guerreiro que tomou o comando e, em pouco tempo, fez o inimigo recuar. Este guerreiro, conta a Lenda era São Sebastião. Voltou a calma ao povoado no, entan-to, algo intrigava esta pacata popula-ção que a todo o custo queriam saber onde estavam os sinos que os havia despertado. Não eram os sinos da Igreja da Arma-ção, estes tinham um som diferente. Ninguém sabia explicar, a não ser os indígenas que diziam “Guarapocaia, Guarapocaia” enquanto apontavam para as pedras dessa praia que pas-saram a chamar-se “Pedras do Sino” e que hoje são atração turística de Ilhabela. Mais do que ensinar a desenhar o nome ou a conhecer as letras e até mesmo balbuciar algumas frases, educar é antes de tudo formar o ser humano como cidadão de seu País e do Mundo. Neste contexto o projeto EDUCAR “Uma Janela para o Mundo...”, tem como finalidade levar sim um conhe-cimento geral sobre nosso País, nos-sa História, nossa Tradições, bem como os valores de cada Cidade de todas as cinco Regiões que com-põem o Cone Leste Paulista. Este projeto, além de co-nhecimento, tem por objetivo eviden-ciar e valorizar a cultura da Terra on-de vivemos, fazendo com que o aluno de suas escolas, o jovem, futuro cida-dão, conheça mais sobre sua cidade e, assim, consiga visualizar uma for-ma de nela se estabelecer e, se valori-zar como cidadão, contribuindo as-sim para o desenvolvimento de sua cidade. No contexto Turismo Rural e Históri-co, nossa regiões são muito ricas e dão a oportunidade a desenvolvimen-to de um sem numero de projetos e oportunidades.

Filipe de Sousa

Lendas de Ilhabela “Pedras”

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AGOSTO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 9

3ª Idade - Envelhecer com alegria, saúde e dignidade

GAZETA ONLINE - Edições disponíveis para DOWNLOAD- Tribuna Popular - Projeto Educar - Correio Escola < www.gazetavaleparaibana.com

Saúde como tê-la e como pre-servá-la também é uma preocupação dos jovens da melhor idade, por vezes, não tanto por eles mas, principalmente por seus ante queridos, filhos e netos e por vezes até bisnetos. Assim, resolvemos tratar aqui de um assunto que já deveria estar encerrado e esquecido na saúde, no Brasil mas, que está de novo nas manchetes e causando vítimas, a FEBRE AMARELA.

Saiba o que é e como prevenir a Febre Amarela: Para quem pensa que evitar acúmulo de água parada ajuda a prevenir somente a DENGUE está redondamente enganado. A febre amarela do tipo urbana também é uma doença transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti, que se prolifera em recipientes que contenham água lim-pa e parada. Já a febre amarela do tipo “silvestre” é transmitida pela picada do mosquito Ha-emagogus. Segundo o médico infectologista Marcos António Cyrillo, do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, aproxi-madamente 500 milhões de pessoas es-tão expostas à doença. “O período de incubação, ou seja, o tem-po que a doença demora para se mani-festar, varia em torno de 2 semanas”, declara o médico infectologista José Ribamar Branco, do Hospital São Camilo, unidade Santana, também da cidade de São Paulo. “Antigamente a febre amarela

estava controlada, mas hoje em dia, com os focos de dengue, a doença voltou a ter casos urbanos principalmente em Brasília e em Goiânia”, comenta Branco. È sabido e já por estudos e pesquisas nacionais e internacionais que o desma-tamento e as queimadas, onde por exem-plo nas regiões acima citadas é alto, faz com que se estabeleça um desalinha-mento nos ecossistemas, fazendo com que animais e insetos, antes exclusivos nas matas, florestas e cerrados, passem a ocupar e a freqüentar os meios urba-nos. Assim, a dengue, a febre amarela, a malária, entre outras começam a ser identificadas com maior intensidade nos seres humanos, residentes nas localida-des mais próximas desses locais quei-mados e desmatados. A expansão desses surtos epidemiológi-cos se dá com a exportação, ou seja, individuo infectado nessas regiões, mor-dido por um inseto de uma outra região, cujo esse inseto, por sua vez irá morder outra pessoa, assim se propagando o fato. Também é do conhecimento geral que o desmatamento e as queimadas, o avanço da civilização sobre as matas e florestas, tendo a produzir um aumento de velhas e o surgimento de novas doenças, na pro-porção igual ao ato de invasão. Mas, voltando ao assunto febre amarela que queremos aqui tratar, de acordo com o infectologista Ciryllo, os sintomas po-dem variar desde dores no corpo, febre, insuficiência renal e sangramentos, po-dendo ser facilmente confundidos com outras enfermidades como a malária, dengue ou leptospirose. “A melhor forma de prevenir a doença é a vacina gratuita que pode ser aplicada em aeroportos, estações rodoviárias e nos postos de saúde de cada município. A vantagem da vacina aplicada nos aero-portos é o certificado para viagens inter-nacionais”, conta Ciryllo”. “As pessoas que forem viajar para lugares em que existam suspeitas do foco da febre ama-rela ou mesmo da dengue, devem tomar as vacinas com 15 a 20 dias de antece-dência. O Norte e o Nordeste do Brasil são as regiões que costumam apresentar mais casos da doença”, diz Ciryllo. José Ribamar Branco, alerta que as pes-soas que já estiverem contaminadas com a febre amarela devem procurar um mé-dico imediatamente. “Não existe trata-mento especifico. Pode ser que em al-guns casos a solução seja o tratamento com plaquetas se o sintoma for hemorra-gia, e em outros pode ser que um remé-dio consiga conter a enfermidade”, de-clara o infectologista do Hospital São Camilo.

Saiba como as vacinas agem no organismo.

Os casos cada vez mais freqüentes de febre amarela no País têm colocado em discussão o tema sobre vacinas, já que esta é a única forma de se prevenir da doença. Algumas pessoas, talvez por desconhecimento, acabam recendo do-ses em intervalos menores do que os recomendados (a chamada superdosa-gem), e ainda, há quem fique com medo de ser medicado para não adquirir a en-fermidade. O médico Jean Carlo Gorinchteyn, infec-tologista do Hospital e Maternidade São Camilo, no bairro Pompéia, na cidade de São Paulo, explica que as vacinas são preparações criadas para estimular uma resposta imunológica do organismo di-ante de um vírus ou bactéria para preve-nir doenças. “Vacinas pressupõem um sistema imune competente para produzir os anticorpos e condicionar as células a se prepararem contra o agente agressor”, completa o infectologista Jacyr Pasternak, do Hospi-tal Israelita Albert Einstein. Segundo Pasternak, a superdosagem pode causar problemas. “Vacinas de vírus vivo atenuado, quando dadas em indivíduo já vacinado, não costumam dar problemas pelo vírus em si, mas pelos produtos que vão junto com a vacina, que é o que ocorre com os revacinados de febre amarela”, explica. Os especialistas alertam que embora existam contra indicações para a vacina-ção, normalmente elas são pontuais e específicas para cada vacina. “A que combate o HPV, por exemplo, é contra indicada para quem já teve contato com o vírus. Gestantes, pessoas em trata-mento oncológico com quimioterápicos ou com uso de corticóides não podem receber vacinas com vírus vivo atenuado (como a da febre amarela), esclarece o infectologista Gorinchteyn. Também de acordo com Gorinchteyn, alguns “mitos” estão relacionados à questão das vacinas. “Algumas desinfor-mações devem ser esclarecidas para

evitar que as pessoas deixem de se vaci-nar. Por exemplo: muitos se negam a tomar a vacina contra a gripe imaginan-do que terão a doença”, diz. “As vacinas são extremamente seguras. Todas as vezes que nos deparamos com campanhas de vacinação, crianças ou adultos com vacinas em atraso, devem ser vacinados em um só tempo”, comen-ta Gorinchteyn. “A vacina é proteção e não o contrário. Outra afirmação errônea é achar que contrair doenças na infância (catapora, caxumba, rubéola) é bom. Isso é um erro. As crianças devem ser imunizadas por-que essas doenças podem se agravar a ponto de incapacitar e, dependendo do caso, até matar”, relata o infectologista do Hospital São Camilo. “Existem estudos que mostram que as vacinas poupam mais de 3 milhões de vidas a cada ano, e poderiam poupar mais, se todos se conscientizassem da sua importância. Além de prevenir doen-ças graves, evitam dor e sofrimento além de redução dos custos com as doenças”, enfatiza Gorinchteyn.

Já diz a letra da música “Impossível ser feliz sozinho”. Muitas pessoas para fugirem do medo de encarar a solidão, muito embora, a sintam na flor da pele, encontram as desculpas mais esfarrapa-das possíveis para este problema real. Tenho meus filhos, meus netos, minhas amigas, estas são as principais, fora aquelas que desconectam a realidade como por exemplo estou bem assim... Melhor só que mal acompanhada (o). Nesta última eu estou plenamente de acordo mas, não por isso que vamos desistir da felicidade. Ser feliz em toda a plenitude da pa-lavra é sinônimo de mais saúde e por conseqüência mais alegria de viver. Certo que por vezes é meio difícil dentro de nosso ciclo de amizades, ali-cerçado em toda uma vida de convívio encontrarmos aquela pessoa certa. Para isso existem centros de convívio e de interação entre pessoas da mesma faixa etária. Foi pensando nisso que estamos mon-tando uma coletividade que se destina unicamente a procurar a cara metade daquele (a) que está sem a sua.

A Saúde na Melhor Idade. =Maracujá = MARACUJÁ, O XENICAL NATURAL A casca da fruta, transformada em farinha, diminui a taxa de açúcar no san-gue e impede que o organismo absorva a gordura dos alimentos, fazendo assim, o ser humano perder peso. E não tem con-tra-indicação ! Ela chegou no mercado com a fama de ter o poder de baixar as taxas de açúcar no sangue, o que é ótimo para quem tem diabetes. Mas, aos pou-cos, a farinha feita com a casca do mara-

cujá também se revelou um excelente bloqueador de gordura. Ou seja impede que o organismo absorva parte desse nu-triente presente nos alimentos. Daí faz você perder peso. A substância responsá-vel pelo poder emagrecedor é a “pectina”, encontrada em grande quantidade na parte branca e aveludada da fruta. A farinha não fica atrás: tem 20% dessa fibra, segundo estudo feito pelo químico e pesquisador Armando Sabaa Srur, da

Faculdade de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “No estômago, a pectina se transforma em uma espécie de gel não digerível, provo-cando uma sensação de saciedade”, expli-ca a médica e nutróloga Daniela Hueb. Com isso as pessoas se sentem bem ali-mentadas com menor quantidade de co-mida. Outra boa notícia é que a fibra presente na farinha da casca do maracu-já, promove uma verdadeira faxina no

organismo, eliminando toxinas. No en-tanto, para facilitar sua alimentação é recomendado ingerir no mínio 2 litros de água por dia.

Atenção: Para obter os resultados desejados, a farinha deve ser ingerida diariamen-te, adicionada aos alimentos, varian-do, adicionando-a a bolos, sucos, io-

gurtes, na salada e em sopas.

“ Quanto mais velha é a árvore,

melhor a sua sombra e maior a sua proteção “

Renascer, amar; se sentir acolhido,

querido, ouvido, acompanhado. Eu consegui !!! Hoje sou feliz.

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AGOSTO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 10

LIVRE PARA SEU ANUNCIO

Parabéns pelo seu dia, “PAIS”.

Datas Especiais “AGOSTO 2008”

· DIA MUNDIAL DA SAÚDE. A saúde é um dos itens mais importantes no desenvolvimento econômico e social de uma nação. Então, que este dia sirva para uma grave re-flexão sobre a saúde pública bra-sileira...

· Nascimento de OSWALDO CRUZ, este grande brasileiro, na cidade de São Luís do Paraitinga, neste nosso Vale do Paraíba, berço de nascimento e de vida de tantos ilustres cidadãos brasileiros.

· Neste dia triste para a consciência

humana, se lembra uma das maio-res catástrofes mundiais, o dia do lançamento pelos Estados Unidos da América do Norte “Os donos do mundo...” sobre a cidade de Hiro-shima (Japão), da 1ª. Bomba Atô-mica, que deixou mais de 230.000 vítimas diretas e outras tantas indiretas.

· Chegada ao Brasil da primeira expedição exploratória portu-guesa de Gaspar Lemos e A-mérico Vespúcio, no ano de 1501.

· Dia dedicado ao BANDEIRAN-TE; esse desbravador dos ser-tões brasileiros.

· D i a “Internacional das Na-ções Indígenas”. Em pleno século XXI ainda existe descriminação e desrespeito para com os verdadeiros donos da terra, terra que lhes fui usurpada pelos

chamados povos civilizados. Que suas crenças e tradições sejam respeitadas e seu povo acolhido e respeitado como criaturas humanas, que unica-mente pedem respeito e um local para viver em paz e pre-servar a sua cultura e tradição.

· Dia em que mais uma vez se lembra a irresponsabilidade e até onde vai oi orgulho e a co-biça humana. Foi neste dia que foi lançada a 2ª. Bomba Atômi-ca, sobre o país irmão, Japão, desta vez sobre a cidade de Nagasaki.

· Dia do ESTUDANTE.

Que o País possa lhes propor-cionar uma educação sólida e bem fundamentada, em conhe-cimentos técnicos mas, e so-

bretudo, morais e de cidadania, para que assim, possamos contar com uma sociedade mais justa, fraterna e solidária.

· Dia Nacional das Artes. Dia em que foi criada a “Academia Na-cional de Belas Artes”, por D. João VI, no ano de 1816, na cidade do Rio Janeiro (RJ) Bra-sil.

· Dia Internacional da Juventu-de. Que neste dia seja desper-tada a consciência global de nossa juventude sobre a ne-cessidade de preservação de nossos ecossistemas, como base de sustentabilidade da vida no mundo.

· Dia dos Pais (Segundo Domin-go de Agosto). Que nesta data seja despertada a consciência dos pais, na sua responsabili-dade como cidadãos e forma-dores da nova geração. Mais harmonia familiar, mais paz familiar, são alicerces necessá-rios para a formação de nos-sas crianças. Valorizem a famí-lia porque a família é o berço da formação da sociedade. Vio-lência e tudo aquilo que nos incomoda e apavora hoje, nada mais é do que o que foi planta-do e ora colhemos.

· Dia Nacional do Com-

bate à Poluição. Despoluir é muito mais difícil que não polu-ir e o não poluir depende de pequenos gestos de cada cida-dão. Reciclar seu lixo caseiro, não jogar papel no chão das vias públicas, lixo em rios ou riachos, em bosques e parques e o uso de energias alternati-vas, são medidas que têm que estar presentes em cada cons-ciência.

· · dia do nascimento

de Napoleão Bonaparte, Impe-rador Francês, em Ajaccio na Córsega (França), no ano de 1769.

· Dia da Assinatura

do “Tratado de Paz Brasil - Ho-landa”, no ano de 1661.

· Morte do escritor português “Eça de Queiroz” (José Maria Eça de Queiroz), , em Paris (França), no ano de 1900. Um dos mais importantes e reno-

mados escritores portugueses.

· Dia do Patrimônio Histórico

(Minas Gerais - BR). Parabéns ao povo mineiro que sabe pre-servar nossa cultura e nossa história. Somente por sua consciência cultural, podemos nos dias de hoje ainda conhe-cer e avaliar a arte barroca de Aleijadinho e Mestre Athayde.

· Semana do Livro Escolar, esse amigo que nos transmite o co-nhecimento. Vamos preservá-lo, cuidá-lo apara que mais ár-vores sejam plantados. E aque-le que hoje já não nos serve mais sirva para um outro nos-so irmão, que o não pode com-prar.

· Dia do Visinho (os) que esta data sirva para estreitar a con-vivência e fazer aumentar a amizade. Abrace e cumprimen-te seu visinho. Especialmente na cidade de São Paulo, onde visinhos de porta de aparta-mento, ficam por vezes sema-nas e meses sem se cumpri-mentar. Diz um velho ditado chinês: “ O tamanho da sua felicidade é do mesmo tama-nho daquilo que você faz para a felicidade de seu ´próximo.”

· Inicio da semana do Excepcio-nal. Que a solidariedade esteja acima do preconceito e da des-criminação. Oportunidades iguais para todos.

· Dia do Folclore. Folclore faz parte da cultura de qualquer povo, no mundo. É através de-le que as populações matêm vivas suas tradições e crenças e crenças populares.

· Morte de Juscelino Kubitshek de Oliveira, em acidente auto-mobilístico, na Rodovia Presi-dente Dutra, no ano de 1976.

· Nascimento do Marechal Luis

Alves de Lima e Silva (DUQUE DE CAXIAS), patrono do Exér-cito Brasileiro e Herói Nacio-nal, no ano de 1803.

· Aprovação da “Declaração dos Direitos do Homem e do Cida-dão”.

· Nascimento de Madre Tereza

de Calcutá (Agnes Gonxha Bo-jaxhiu), em Skoplje - Albânia, no ano de 1910. Uma alma do tamanho do mundo.

· Dia Nacional do Combate ao Fumo. Dia bom para se anali-sar: EUA aprovam Lei que transforma o tabaco em droga e assim ser penalizado como tal.

· Assinatura do “Tratado de Re-conhecimento da Independên-cia do Brasil”, no ano de 1825, por D. João VI.

· Nascimento de Antonio Fran-cisco Lisboa “Aleijadinho”, na cidade de Vila Rica (hoje Ouro Preto) no Estado de Minas Ge-rais, no Brasil, provavelmente no ano de 1730, sendo que al-guns outros historiadores afir-mam ser o ano de 1738. O mai-or nome na arte barroca Brasi-leira.

· Dia em que se lembra a

“Transferência do Vice Reino do Brasil, para a cidade do Rio de Janeiro”, por Carta Régia de Portugal, no ano de 1763.

· Dia do azar... Azar não existe. Este dia eu não mencionei porque não acredito em azar. Não acredito nem tenho essa palavra em meu di-cionário´. Prefiro acreditar em falta de sorte. No entanto, até nisto eu sou meio cético. Prefiro acreditar que se o cara passa em baixo da escada e a lata de tinta lhe cai na cabeça é porque o caro que estava pintando lá em cima, ou o fez por sacanagem ou então por falta de cuidado. Quanto ao gato preto, coitado, é so-mente um gato, igual ao branco, ao marrom, ao siamês, somente um ga-to que nasceu para correr atrás de rato ou então adornar o sofá de al-guém que está só e deprimida (o).

Filipe de Sousa

Estão tirando o Verde de nossa terra...

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AGOSTO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 11

CERRADO BRASILEIRO

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RESERVAS DO CERRADO (Goiás): · Reserva Biológica Lagoa Gran-

de criada em 1976 no município de São Miguel do Araguaia.

· Reserva Florestal Nacional de Serra Dourada, ocupa uma área de 144 ha. de municípios de Goiás e Mossâmedes.

· Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, criado em 1961 com 65.515 ha. nos municípios de Alto Paraíso e Cavalcante.

· Parques Estadual de Terra Ron-ca, criado em 1989 com 14.493 ha. no município de São Do-mingos.

· Parque Estadual dos Pirineus, criado no ano de 1987, no mu-nicípio de Pirinópolis.

· Parque Nacional das Emas, cri-ado em 1961 com 131.868 ha. nos municípios de Aporé e Mi-neiros.

· Reserva Biológica Estadual de Parúna, criada em 1979 com 2.812 ha. no município de Para-úna.

· Parque Estadual da Serra de Caldas, criado em 1970 com 12.315 ha. no município de Cal-das Novas.

RESERVAS INDIGENAS (Goiás): · Reserva Aruanã, com 37 ha.

localizada no município de Aru-anã.

· Reserva Avá-Canoeiro, com 38 ha. localizada nos municípios de Cavalcante, Minaçu e Coli-nas do Sul.

· Reserva Carretão I, com 1.666 ha. localizada nos municípios de Nova América e Rubiataba.

· Reserva Carretão II, com 78 ha., localizada no município de No-va América.

A Beleza do

Cerrado MARANHENSE

Situado na área de transição entre as regiões norte, nordeste e centro-oeste, o cerrado maranhense, localizado principalmente no planalto da região su-deste, ocupa aproximadamente 10 mi-lhões de hectares, cerca de 30% da área total do Estado, abrangendo 33 municí-pios, 23 dos quais possuem a quase tota-

lidade de suas áreas cobertas por esse tipo de vegetação. Segundo Heringer o cerrado do meio-norte (Piauí e Maranhão) é semelhante ao do Brasil central no que tange as caracte-rísticas fisionômicas e estruturais, contu-do estas regiões apresentam uma diver-gência quanto a composição florística. Estudos indicam que esta individualidade florística de cada região alcança 50% de espécies comuns nas duas áreas, incluin-do-se neste caso espécies como Acosmi-um desycarpum, bowdichia virgilioides,

curatella americana e tabebuia caraiba. Por outro lado, espécies co-mo caryocar cubeatun, copaifera rigida, mimosa lepidophora e cassia excelsa são exclusivas

deste cerrado marginal, sendo, na maiori-a das vezes, oriundas de outras forma-ções vegetais.

A OCUPAÇÃO DO SERRADO

O precursor do processo de ocupação do Brasil central, no século XVII, foi o interesse pelo ouro e pedras preciosas. Pequenos povoados, de importância i-nexpressiva, foram sendo formados na região que vai de Cuiabá a oeste do triân-gulo mineiro, e ao norte da região dos cerrados, nos estados do Tocantins e Maranhão. Contudo, foi somente a partir da década de 1950, com o surgimento de Brasília (DF) Brasil, e de uma política de expan-são agrícola, por parte do Governo Fede-ral, que se iniciou uma aceleração e uma desordenada ocupação da região do cer-

rado, baseada em um modelo de explora-ção feita de forma fundamentalmente ex-trativista e, em muitos casos predatória. A explosão agrícola sobre o cerrado de-parou-se com uma região de solos, carac-teristicamente, com baixo teor nutricional e ácidos. Estes, na maioria dos casos, não submetidos a qualquer trato cultural e ainda expostos a ciclos periódicos de queimadas, em poucos anos tornavam-se enviáveis para a produção a nível comer-cial. Esta situação iniciava um processo mi-gratório de lavouras em busca de novas

áreas de plantio. Comportamentos como estes podem ainda ser observados entre os pequenos produtores na região do cerrado. O desmatamento, para a retirada de ma-deira e produção de carvão vegetal, fo-ram, e ainda são, atividades que antece-deram e “viabilizaram” a ocupação agro-pecuária do cerrado. Estima-se que até ao ano 2000 mais da metade da área total do cerrado foi ocupada pela atividade

agropecuária. Concomitantemente com o aumento das atividades agropastoris, o acelerado rit-mo do processo de urbanização na regi-ão, no período de 1970/91, houve um in-cremento demográfico de 93% na região do cerrado, também tem contribuído para o aumento da pressão sobre as áreas ainda não ocupadas do cerrado. Estima-se que atualmente cerca de 37% da área do cerrado já perderam a cobertu-ra original, dando lugar a diferentes pai-

sagens antrópicas. Da área remanescente do cerrado, esti-ma-se que 63% esteja em áreas privadas, 9% em áreas indígenas e apenas 1% da área total do cerrado encontra-se sob a forma de Unidade de Conservação Fede-rais.

O Clubeca é um projeto social que nasceu em cima da proposta da forma-ção de um grupo musical de flauta doce de fundo de quintal, nos finais de semana, em um bairro carente e da periferia da cidade de São José dos Campos, o Bairro Campos de São Jo-sé. Este “Projeto Social”, é idealização de um homem sonhador, sofrido e que acredita que a música é um universo de transformação em todos os fatores da evolução cidadã, desde a estrutura-ção do caráter até à transformação em projeto de vida, como alternativa de classes menos favorecidas

“CLUBECA”

· O Clubeca é uma entidade de

cunho social, sem fins lucrati-vos, fundada oficialmente em 11/11/2000 registrada no Cartó-rio de Registro Civil de Pessoas Jurídicas de São José dos Cam-pos, sob o nº. 2774 Livro A.

· Atende cerca de 60 crianças e adolescentes diariamente, orien-tando-os através de atividades socio-educativas, de prevenção e, promovendo a inclusão soci-al, além de lhes oferecer supor-te para o seu desenvolvimento profissional.

PRINCIPAIS ATIVIDADES: · Reforço Escolar · Musicalização · Formação instrumental · Informática · Artesanato · Meio Ambiente · Recreação · Educação preventiva. Este sonho se tornou possível graças à fé e determinação de um cidadão sofrido, que perdeu seu pai em aciden-te trabalhista, quando tinha apenas três anos de idade e com dezasseis anos e meio, perdeu sua mãe, a qual encontrou morta, ao chamá-la de ma-nhã, para se despedir. Paulo Roberto da Silva e sua es-posa, sofrido mas com a força sufici-ente para se reerguer, estudar e se tornar um cidadão de bem, capaz de uma forma quase clausural, juntamen-te com sua esposa e alguns amigos de igual índole, abdicar dos prazeres e do conforto de uma vida normal, para se

dedicar a nossa crianças e adoles-centes, precisa-mente em um Bairro dos mais carentes de sua cidade, o Campos de São José.

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AGOSTO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 12

Educação para a Cidadania O Papel da família...

Como deveria ser do conhecimen-to geral dos (as) Chefes de Família de nossa sociedade, a família é a primeira esfera de socialização da criança, res-ponsável pela formação individual e so-cial de cada um. Na família como siste-ma, no qual as partes interagem com o todo e o todo nas partes, a criança a-prende a conviver em sociedade com grupos, necessitando para o efeito de ter um ambiente familiar estável e de mode-los parentais firmes e consistentes. Um ambiente saudável favorece o bom de-senvolvimento dos filhos e proporciona-lhes apoio, quando necessário, além do que promove a sua independência para que seja permitido à criança ou jovem opinar e optar. A criança fica dotada de referências seguras e consistentes, a-prende a ter consciência das suas possi-bilidades, de desenvolver segurança interna, promovendo a auto-estima e assim, a a capacidade de permutar com os demais membros da sociedade. A educação e formação da crian-ça, baseada no respeito mútuo, leva à construção de uma moral autônoma que consiste em compreender o porquê das leis que a sociedade impõe e que deve-mos respeitar, ou contribuir para modifi-car, participando com base no respeito mútuo, no espírito de cooperação, de responsabilidade social, criando-se as-sim uma identidade individual e social devidamente alicerçada. O sentimento de pertença à co-munidade em que estamos inseridos cresce e com ele nasce o exercício da cidadania. Educar não é só um ato de amor, mas uma responsabilidade indivi-dual e social. No Brasil de hoje as famílias estão transferindo para a escola uma respon-sabilidade que é só sua. Á escola com-pete ensinar a ler e a preparar a criança para se inserir na sociedade e para isso estar preparada para assumir seu papel como cidadão e chefe de família. Mas, a responsabilidade da família na formação moral e na segurança psíquica de seu filho, é indispensável. Família estrutura-da, respeitadora de suas obrigações sociais, construída em ambiente sólido, harmonioso e equilibrado, apresentará para a sociedade um cidadão com todas essas características. Já o contrário não produzirá de forma nenhuma uma socie-dade cumpridora de suas obrigações sociais, harmoniosa e equilibrada. Filipe de Sousa

Há alguns anos atrás a polícia de Houston, no Texas, Estados Unidos da América do Norte, publicou o que cha-mou de “Dez Regras Fáceis de Como Criar um Delinqüente”. É interessante refletir sobre elas, especi-almente os pais e educadores. Para isso

vamos transcrevê-las: 1 - Comece na infância a dar ao seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando crescer, ele acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que ele de-seja. 2 - Quando ele disser nomes feios, ache graça. Isso o fará considerar-se interes-sante. 3 - Nunca lhe dê qualquer orientação religiosa. Espere até que ele chegue à maior idade e “decida por ele mesmo”. 4 - Apanhe tudo o que ele deixar jogado: Livros, sapatos, roupas. Faça tudo para ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a responsabilidade. 5 - Discuta com freqüência na presença dele. Assim não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde. 6 - Dê-lhe todo o dinheiro que ele quiser. 7 - Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. Negar pode acarretar frustrações prejudiciais. 8 - Tome partido dele contra vizinhos, familiares, professores, policiais, etc.. (Todos têm má vontade para com o seu filho). 9 - Quando ele se meter em alguma en-crenca séria, dê esta desculpa: “Nunca consegui dominá-lo!. 10– Prepare-se para uma vida de des-gostos e para assistir à infelicidade de seu filho. Sem dúvida esta é uma lista , fruto da experiência de quem trata com jovens problemáticos, e que não pode ser des-considerada nem muito menos despre-zada. Fica cada vez mais claro, que o aumento da delinqüência juvenil é dire-tamente proporcional à destruição dos lares e das famílias. É muito fácil verifi-car que, na grande maioria dos casos, o “Jovem Problema” tem atrás de si “Pais Problemas”. A vida familiar é a estrutura única capaz para o homem viver e ser feliz na face da Terra. Quanto mais, portanto, essa famí-lia for desorganizada, desestruturada, mais facilmente colheremos “Filhos Pro-blemas” , “Sociedade Problema”; violên-cia urbana, corrupção governamental, falta de ética profissional, etc... A sociedade que temos é a sociedade que formamos. Não é responsabilidade coletiva, é sim, responsabilidade indivi-dual de cada cidadão. Infelizmente são muitos os pais, ou por-que também precisam de correção, já que também não foram educados, que não corrigem seus filhos, que são aco-modados ou relapsos e jogam na escola a responsabilidade total de sua corre-ção. Existe uma citação Bíblica que diz: “Aquele que estraga seus filhos com mimos terá que lhes curar as feri-das” (30,7). A Palavra é pesada “estraga”, com “mimos”. A criança mi-mada torna-se problema; pensa que o mundo é dela, e que todos devem servi-la. Não há coisa pior para um filho. Temos que saber ensinar nossos filhos a usar a liberdade com responsabilida-de. Não dar-lhe toda a liberdade sem cobrança de responsabilidade. Andando pelas ruas de São Paulo, num normal congestionamento, deu para prestar atenção em um adesivo de pára choque de caminhão que dizia: “Adote o seu filho, antes que o traficante o faça”. De fato, se não conquistarmos os nos-sos filhos, com amor, carinho e correção sadia, eles poderão ir buscar isso nos braços de alguém que não convém. É preciso que cada lar seja acolhedor para o jovem, para que ele não seja levado a buscar consolo na rua, na droga e con-

seqüentemente na violência... fora de casa. O fator mais importante na educação é que os pais saibam conquistar os filhos; não com dinheiro, roupa da moda, tênis de marca, etc., mas com aquilo que eles são; isto é, a sua conduta, a sua moral integra, a sua vida honrada e responsá-vel. O filho precisa ter “orgulho” do seu pai, ter “admiração” pela sua mãe, ter prazer de estar com eles, ser seus ami-gos. Assim, ele ouvirá os conselhos e acatará as correções com facilidade e se apresentará para a sociedade de forma admirável e construtiva. Outro aspeto a considerar é o velho dita-do “diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és...”. Assim, é primordial o res-peito para com o filho; levá-lo a sério, respeitar os seus amigos, as suas inicia-tivas boas, etc. Se quer ser amigo de seu filho, então deve tornar-se amigo dos seus amigos, e nunca rejeitá-los. Aco-lha-os em sua casa, assim saberá quem são e o que fazem. Diante dos filhos os pais não devem se apresentar como “super heróis”, como imunes ao erro. Ao contrário, os filhos devem saber que os pais também erram e que também têm o direito de serem perdoados; e, para isso, os pais preci-sam aprender a pedir perdão para os filhos quando erram. Não há fraqueza nisto, e muito menos isto enfraquecerá a sua autoridade como pai. Ao contrário, diante da humildade do pai e da sua sin-ceridade, a admiração do filho por ele crescerá. Tudo isso é uma forma de edu-car e de conquistar seu filho. O educador francês “André Bergè”, diz que “...os defeitos dos pais são os pais dos defeitos dos filhos”. Parafraseando, podemos dizer também que: “...as virtu-des dos pais são os pais das virtudes dos filhos”. Não é sem razão o velho ditado “filho de peixe, peixinho é”. Anali-sado sobre esta forma, nossa responsa-bilidade só aumenta como pais e forma-dores da futura sociedade.

Filipe de Sousa

www.abrigojoaopauloii.org.br Parabéns a todos os irmãos, educa-dores, professores e colaboradores do ABRIGO JOÃO PAULO II, que neste mês de Julho, deste ano de 2008, completa 27 anos de ótimos serviços prestados a nossas crianças problema, abrigando-as, educando-as e encaminhando-as para a vida em sociedade. Parabéns amigo Ir. Hermes.

Educação “ Estado, Escola x Criança & Família”

Educação Continuada! Apesar de diversas manifestações contrárias a este sistema de ensino, o Ministério da Educação tem se ausentado do estudo ou pelo menos do acato das opiniões de professores, mestres e edu-cadores. Eles são na realidade quem entende de educação neste país e são eles tam-bém que sentem na pele os reflexos des-te, no mínimo equivocado sistema de en-sino Brasileiro. A quem interessa esta situação, ao dedicado e bom aluno não interessa de forma alguma pois, a classe, a aula, fica emperrada; seus colegas desobrigados de aprender, vão empurrando as aulas até ao final do ano, pois, sabem que de uma ou de outra forma estarão no ano seguin-te em outro estágio. Se merecem ao não, como existe a falta de interesse em apren-der, para eles tanto faz. O importante é que no ano seguinte estarão em outra classe, galgando mais um degrau. Aos professores, mestres e educado-res menos interessa ainda pois, como comprometido que são com o administrar cultura e cidadania, se vêm travados e desmoralizados em sua autoridade e au-tonomia de classificação e aprovação do aluno. Ao Governo? Talvez, pois com este sistema de ensino pode mostrar para o povo brasileiro e para o mundo, índices culturais favoráveis mas, que não repro-duzem a realidade da sala de aula. Sabe-se que a “aprovação automáti-ca” é resultado da direção do sistema por economistas. Esse mecanismo adoça as estatísticas para apresentar à ONU, ao congresso, nos seminários (onde o inte-resse demonstrado pelos participantes é absolutamente diferente do assunto edu-cação) e simpósios internacionais. Com este sistema de ensino o Brasil sai bem na foto, aumenta o numero de alunos ma-triculados, ou seja é a fruta bonita por fora mas, podre por dentro. Sem a classe de educadores de ver-dade, com amor à educação, no comando de todo o sistema, chegamos a essa situ-ação de gerenciamento da educação por planilhas e resultados estáticos como um fim em si mesmo. O professor perde a disciplina e o estimulo e o aluno o desinteresse pois, passará de qualquer maneira, tenha ou não assimilado ou no mínimo decorado as matérias. É cruel mas é a nossa reali-dade no que tange à educação neste país. No contexto desta discussão, temos que admitir que está errado o caminho. O professor tem que ter em mãos a ferramenta de análise única e capaz de avaliar o aluno. Ou seja tem que ter auto-nomia para passar ou não fazer passar esse aluno de classe. A repetição de ano, era uma forma dura de punição, o profes-sor tinha o comando do processo e disso derivava sua capacidade de impor disci-plina na classe. Tirada a reprovação, des-montou-se o sistema e, nada ficou no lugar. Este sistema de ensino com o con-trole absoluto do professor, no que tange a ensino e aprovação funcionou por sécu-los e funciona na grande maioria dos pai-ses do mundo inteiro, especialmente na-queles países que nada têm a esconder. O que temos hoje na sala de aula? Aluno que bate e ameaça professor. Alu-no que mesmo na quarta ou quinta série e o muito que sabe é desenhar letras e so-letrar silabas. O futuro do Brasil, da sociedade que queremos mais justa, precisa de uma educação competente e bem estruturada.

Filipe de Sousa

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Educar Para quê

[email protected]

AGOSTO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 13

Em um congresso sobre educa-ção e sobre o qual vínhamos falando nas edições anteriores a Julho de 2008, após a exposição das dificuldades que a Esco-la vem enfrentando por parte de alunos e pais, o professor, Fernando de Almeida coloca para reflexão, a seguinte questão: “Sabe-se e todos souberam delinear os problemas e as dificuldades encontradas na escola e pela escola, no entanto, nin-guém apontou soluções. Sugiro então que hoje meditem sobre esta temática e que amanhã me coloquem as vossas sugestões, caminhos e soluções.” Antes de encerrar seu discurso, o profes-

sor, apresentou alguns dados para facili-tar o desafio. “Muitos aqui concordam que a escola possui graves problemas, e realmente ela tem. Mas poucos de vocês poderiam dizer que a escola é dispensá-vel. Tenho a certeza de que aqui todos pensam a escola como a solução dos nossos problemas e a esperança de um mundo mais justo passa por ela. Ou seja, não podemos jogar fora a escola. Até existe quem diga que a escola é desne-cessária. Mais isso é mentira. Quem pre-ga a “desescolarização” da sociedade é que já estudou. Quem diz que graduação e pós graduação não serve para nada é porque já tem esses cursos. A escola é fundamental para o ser huma-no, mas pode ser melhor. Essa é a ques-tão. Mas o que é uma Educação de boa quali-dade? Qualidade, a principio, todas têm. A es-cola de Hitler tinha qualidade, mas para ele. A escola dos Salesianos também tem boa qualidade, mas para eles. A dos Sa-lesianos foi ótima, mas não explicou tu-do, não levou em conta questões coloca-das há 20 anos na Amazônia. Fernando cita progressos obtidos pela

escola nos últimos anos. “Quando eu era menino, havia só, dois grupos escolares na minha cidade; a maioria das crianças estava fora da escola. O grupo escolar era de boa qualidade, mas quem estava lá era a burguesia. Hoje, graças à mobili-zação e pressão social, o Brasil tem nas cidades (2005) 98,2% das crianças nas escolas da rede fundamental. Antigamen-te diziam que as escolas tinham mais qualidade. Mas essa qualidade para pou-cos é privilegio. Qualidade para todos é democracia. É isso o que queremos. O primeiro desafio foi vencido. A escola tem hoje (2205) 93% dos jovens no ensi-no médio e, de até 14 anos, são 98,2% (2005). A qualidade é a mesma de antiga-mente? Obviamente que não. Mas a es-cola está lá. Agora vamos dar melhor formação, melhor formação psicológica, mais bibliotecas mais e melhores trans-portes. Hoje (2005) a Escola Municipal de São Paulo tem quatro turnos. Os alunos entram às 19 horas e saem às 23 horas, sem contar os minutos a mais para lim-par a escola. É uma situação horrorosa, mas é melhor do que tempos atrás. O desafio agora é melhorar a comunicação, a relação entre professores e diretores,

mantê-los melhor informados. Melhorar equipamentos. Meu tempo é daqui a dez anos. Nosso tempo é daqui a dez anos, é isso o que nos interessa. Por isso, pas-samos no DNA do Brasil. Somos parte desta comunidade. à escola compete fazer o tecido deste monte de coisas bo-as que queremos: solidariedade, compe-tência de defender nossos direitos, capa-cidade de compreender deveres e atuar sobre eles, criatividade, participação so-cial, espaço no mercado de trabalho, luta contra a violência e drogas. A questão da exclusão social é comple-xa. Mesmo quem é rico pode ser excluí-do. A nossa tarefa hoje é essa: temos uma missão. Todos vocês que falaram da escola ideal, que defendem a libertação das pessoas, das culturas, vão-me res-ponder: 1 - Como a escola pode ensinar a convi-ver? 2 - O que é resgate da cultura? 3 - Como acontece a inclusão social? 4 - Como acontece o senso crítico? E-mail para envio de conteúdo:

< [email protected] >

Qual a Escola que

queremos? OBS.: Este debate se realizou no ano de 2005, com participantes dos Estados de BA, SP, MG, SE, PB, AM, na cidade de São Paulo, no Instituto Pio XI, uma faculdade de teologia e seminário de padres Salesianos.

Na cidade de Rosário, na Ar-gentina, um grupo de escoteiros decidiu fazer uma campanha para que, no Natal de 1999, os pais não dessem brinquedos violentos para os filhos. Os escoteiros conversa-ram com os professores nas esco-las. Depois, vários grupos, começa-ram a colar cartazes nas portas das lojas de brinquedos e a fazer plan-tão no comércio para estimular os pais a comprar presentes mais edu-cativos. A campanha “Jogar Pela Paz” se espalhou para o rádio, para os bilhetes de ônibus e para mais de 20 cidades da América Latina. As cidades que foram abrangi-das pela campanha iniciada em Ro-sário participam da Associação In-t e r n a c i o n a l d e C i d a d e s (www.edcities.bcn.es)), reunião de municípios que se comprometeram a transformar locais públicos em espaços educativos para a popula-ção, sem excluir faixa etária ou clas-se social. A iniciativa foi lançada na Espanha, em 1990, durante o 1º. Congresso Internacional de Cidades Educadoras. SINTESE DO PROJETO: Cidade e Educação? A educação é o compromisso es-sencial do bem estar da cidade, co-mo espaço complexo e multidimen-sional de convivência, é o lugar pri-vilegiado da educação. Porque Cidades Educadoras? Porque é um objetivo global que inclui todas as dimensões de vida, todas as filiais do conhecimento,

todos os conhecimentos práti-cos que podem adquirir e todas as possibilidades de formação e desenvolvimento pessoal e cole-tivo. Porque o grande desafio dos governos locais é coordenar e integrar a todos os agentes soci-ais e a toda a cidadania em um amplo plano estratégico, que incorpore a educação como uma das linhas centrais. Este plano,

que deve ser debatido e concorda-do, progredirá em todos os espaços do cidadão como processo perma-nente e aberto. Porque todos temos direito a uma cidade educadora. O que é a AICE? A Associação Internacional de Cida-des Educadoras (AICE) é formada por governos locais comprometidos com o cumprimento da Carta de Cidades Educadoras (Barcelona, 1 9 9 0 ; G e n o v a , 2 0 0 4 : www.edcities.org) A AICE está presente em todos os continentes. A AICE é reconhecida pela UNESCO, Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU) e outras Organizações Inter-nacionais. Qual é a sua origem? A convicção da Importância cres-cente das cidades no mundo, no potencial educativo que contém e na necessidade do diálogo e do in-tercâmbio entre elas, levou ao Con-selho da Cidade de Barcelona a or-ganizar o I Congresso Internacional de Cidades Educadoras, em 1990. O movimento das cidades se formaliza na Associação Internacional, no ano de 1994. Quais são seus objetivos? · Fazer da educação um dos

direitos fundamentais e inadi-áveis.

· - Identificar e tornar os aspe-tos educativos presentes nas distintas políticas locais.

· Fomentar e facilitar a comuni-

cação, o intercâmbio e a coo-peração entre cidades, medi-ante:

* a organização de congressos, se-minários, reuniões de formação ou outras atividades, * o trabalho realizado pelas redes territoriais e temáticas, * o portal da Associação e do Ban-co Internacional de Dados e de Cida-des Educadoras (BIDCE). · Cooperar com organismos

nacionais e internacionais com objetivos similares.

Da Carta à Ação

As Cidades Educadoras: -Incluem a instrução como uma das espinhas dorsais de suas políticas. -Impulsionam a educação ao longo da vida. -Desenvolvem aspetos educacionais de diferentes políticas locais. -Impulsionam formas de governo transversal e inovador. -Promovem a associação, a partici-pação cidadã, e a coordenação entre administração e sociedade civil. -Fomentam a consciência do públi-co como um bem comum e uma res-ponsabilidade compartilhada. -Garantem a igualdade de oportuni-dades, a coesão e a justiça social. -Promovem a educação em valores democráticos, a paz e a cooperação internacional. -Facilitam uma informação suficien-te e compreensível e a abertura de canais de comunicação. -Usam sistemas indicadores de ava-liação de suas próprias propostas e iniciativas. Quem pode se associar? Qualquer governo local que deseja se comprometer com os princípios da Carta das Cidades Educadoras, independentemente de suas compe-tências administrativas. ( Informa-ção detalhada no Portal da AICE: www.edcities.org ).

Um saber em cada esquina... Num bate papo informal, num final de tarde de Julho, encontrava-me eu com uma amiga que aqui chamarei de Elza, educadora e pedagoga da melhor qualidade e, papo vai papo vem, submergiu o tema “Abrigos Municipais da Cidade de São Paulo”. Co-mo leigo na terminologia e na ação municipal sobre este assunto, fui logo perguntando: - Elza, quais as principais causas que levam a criança ao abrigo? - Olha Filipe, infelizmente as principais causas são: 1 - Abandono Familiar, 2 - Maus tratos no seio da família, 3 - Violência sexual por parte dos pais, 4 - Crianças recolhidas das ruas. - Elza mas como o “CRECA” fica sabendo do aban-dono dessas crianças? - Geralmente são denúncias anônimas de vizinhos, de parentes ou até de simples cidadãos que observam o fato. - Elza o que é o CRECA? - O CRECA (Centro de Referência da Criança e do Adolescente) é uma casa aberta que tem por finalida-de recolher todas as crianças e adolescentes das ru-as.No CRECA a criança é acolhida, se alimenta, toma banho e depois tem toda a liberdade de sair e de vol-tar, caso seja essa sua vontade. Existe todo um traba-lho por parte dos Gerentes do CRECA e das Assis-tentes Sociais para que essas crianças sejam encami-nhadas para os abrigos. Mas além das crianças enviadas pelo CRECA, os a-brigos também recebem as crianças enviadas pelos Conselhos Tutelares, pelo Juizado de Menores e pelo SAS (Serviço de Assistência Social) da Prefeitura. - Elza, me fala uma coisa. Existem abrigos suficientes para abrigar todas essas crianças, na cidade de São Paulo? - Olha Amigo, pelo que eu vejo de crianças nos semá-foros da cidade, acredito que não. Esse é um trabalho a longo prazo e passa sem duvida nenhuma pela edu-cação moral e cívica do cidadão. Já estava ficando tarde e com essa nova Lei de trânsito, eu já estava louco para voltar para casa, para tomar o meu aperitivo, encerrei o papo. Mas, fiquei pensativo.

Filipe de Sousa

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AGOSTO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 14

Livre para anunciar

Mundo Aquático

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GOLFINHO

Os Golfinhos, também chamados de Del-phins, são dóceis mamíferos marinhos, que podem ser observados tanto em á-guas temperadas, tropicais e subtropi-cais, em todos os Oceanos, sendo que por vezes também podem ser vistos em águas doces, geralmente na foz dos rios que desembocam nos oceanos. Ao todo existem mais ou menos 50 espé-cies de Golfinhos. Sua alimentação consiste em peixes pe-quenos e lulas. São animais bastante ativos e inteligentes, conseguindo dar saltos bem altos e fazer piruetas, numa sinfonia que mistura dança e brincadeira. Costumam também acompanhar as em-barcações, em virtude de ondas magnéti-cas que as mesmas transmitem para a água. A sua média de vida se situa entre os 25 e 30 anos.

Vamos saber mais sobre sua anatomia

Os golfinhos não têm orelhas, apenas dois pequenos orifícios que se situam

junto aos olhos. No entanto sua sensibi-lidade auditiva é extraordinária. Eles des-cendem dos mamíferos terrestres. Seus membros dianteiros, em forma de nada-deiras, conserva a estrutura óssea dos mamíferos terrestres, inclusive portam em sua mão cinco dedos. Sua cabeça é pequena em relação ao corpo, e seus olhos nem grandes comparados ao ta-

manho de sua cabeça. Em cada maxilar exibe entre 60 a 100 dentes, os quais não usa, não se sabe se

por preguiça ou então porque seu estô-mago faz esse trabalho por eles. Sua reprodução: A fêmea golfinho passa 12 meses espe-rando o seu rebento. Ao nascer o peque-no golfinho, já bem grandinho, necessita da ajuda da mãe para algumas tarefas como, subir à superfície para respirar até que consiga usar a narina que tem no alto de sua cabeça e para se alimentar já que se alimenta do leite materno. Respiração: Exibicionistas e brincalhões, os golfi-nhos parecem até bandos de meninos

em recreio. Em parte, tais acrobacias são puras demonstrações de agilidade e for-ça; em parte, devem-se também, à neces-sidade que têm de respirar periodica-mente. Saindo d’água eles expelem o ar pela única narina que possuem, tomam folgo de novo e voltam a mergulhar.

O Boto Os golfinhos são animais que geralmen-te preferem viver em alto mar, em águas profundas. Mas o boto, outro animal bem conhecido e que pertence à família dos delfínideos vive na água doce, aqui no Brasil, em certas partes alagadas e rios da Amazônia. O Boto branco, vive no Amazonas e é venerado pelos índios sob

o nome de “Lara”. Agora vamos falar sobre outros parentes bem próximos do golfinho,

AS BALEIAS Anatomia: As nadadeiras de uma baleia são mem-bros locomotores atrofiados, remanes-centes do período em que seus antepas-sados eram quadrúpedes. A despeito de sua aparência externa, sua estrutura ós-sea é bem semelhante à dos membros anteriores dos mamíferos terrestres. As narinas de uma baleia localizam-se bem no alto de sua cabeça. Subindo à superfície após a submersão perlongada, expele através dela o ar quente e úmido dos pulmões, o qual se condensa em contato com a atmosfera, formando uma coluna de gotículas de água que por ve-zes se ergue à altura de mais de seis metros. Sua cauda é grande e constitui o princi-pal órgão propulsor de seu deslocamen-to. Seu corpo é recoberto por uma cama-da de gordura a qual ajuda a manter a temperatura de seu corpo bem como a sua flutuação. Esta gordura também fun-ciona como uma forma de armazenamen-to de energia. A audição é o sentido mais importante das baleias. Sabe-se que produzem dois tipos de sons; os que interferem em seu sistema de ecolocalização e as vocaliza-ções. Os sons de ecolocalização funcio-nam como uma espécie de sonar biológi-co, enquanto as vocalizações, são as conhecidas canções das baleias, que parecem ser um meio de comunicação entre os membros da mesma espécie. A baleia chega a viver 30 anos em média, porém uma baleia monitorizada chegou a viver até aos 60 anos. Na sua deslocação pode-se considerar rápida, chega a atingir até 20 km/hora. Alimentação: Apesar de sua boca se apresentar enor-me, todas as baleias têm o esôfago mui-

to estreito, por isso, sua alimentação consiste de pequenos peixes e organis-mos marinhos, que recolhem enchendo a boca e depois deixando-a escoar através de uma rede de 400 lâminas ósseas, as quais substituem os dentes, que as ba-leias não possuem. Respiração: A baleia é um mamífero de sangue quen-te, encontrado principalmente nas águas geladas da região antártica. Os pulmões da baleia são excelentes, mas ela é extremamente econômica em matéria de respiração; desde que inspira o ar até que o expira, esse tempo chega a levar até 29 minutos. Esta possibilida-de lhe permite mergulhar a grandes pro-fundidades e nelas permanecer submer-sa, enganando assim os baleeiros (pescadores predadores). Da pré-história à extinção: É indiscutível que os antepassados mais remotos das baleias foram grandes ma-míferos que viveram no período eoceno (50 milhões de anos atrás), os quais ado-taram o mar como residência, quando as condições de vida na terra firme lhe pa-receram perigosas. A baleia que representa o ramo mais no-vo dessa antiga família (a família Delfíni-deos - á qual também pertencem os golfi-nhos), até aos dias de hoje sente esse perigo, mesmo vivendo no mar. Dos milhões de baleias que existiam em nosso oceanos restam apenas algumas poucas, em virtude da caça de aproxima-damente 55.000 baleias ano, feita pelo homem até há bem pouco tempo atrás, que condenou toda a família à extinção. A Comissão Internacional da Baleia (que reúne 15 países) fixou o limite de caça, no ano de 1976, para 20.000 baleias/ano. No entanto, as medidas estabelecidas para a preservação desta espécie, geral-mente não têm sido respeitadas, sobre-tudo pelo Japão e pelos países da ex União Soviética, seus maiores predado-res. Ordem dos Cetáceos: Baleia, nome comum de qualquer um dos mamíferos marinhos que constituem a ordem dos cetáceos, diferenciam-se dos restantes mamíferos porque passam toda a sua vida na água, desde que nas-cem, até sua morte. O termo cetáceo é usado para denominar, de modo geral, as 78 espécies de baleias, delfins e toni-nhas que existem. Em geral as espécies com mais de 4 metros de comprimento são chamadas de baleias, enquanto que as espécies menores formam o grupo dos delfins e das toninhas. A maioria das baleias pequenas, dos delfins e das toni-nhas pertencem à subordem das baleias com dentes. Na atualidade, existem cer-ca de 40 espécies de baleias e metade delas é considerada rara ou em extinção. BALEIA AZUL Perto dela dinossauro é bichinho de esti-mação. Baleia Azul ou Rorqual-azul ou gigante, é a maior espécie de baleia que existe e também o maior animal existente na Terra. Embora muitos acreditem que o dinos-sauro tenha sido oi maior animal que já passou pela terra, na verdade, este título, pertence à Baleia azul. Ela já nasce com 7 metros de comprimento e 4 toneladas de peso. Quando atinge a idade adulta chega a medir 30 metros e atinge um peso supe-

rior a 150 toneladas, o que faz deste ma-mífero, o maior animal do Mundo. Para uma idéia comparativa, o maior di-nossauro catalogado até agora, teve seu peso calculado em apenas 80 toneladas. Seu corpo é cinza, com manchas pálidas, cuja composição é um caráter distintivo de cada indivíduo, coisa parecida com as digitais do ser humano. A tonalidade azul aparece quando está submersa e o dia ensolarado. Costuma caçar aos pares e sua alimenta-ção se resume de plâncton e peixes. De maneira semelhante aos resto das balei-as com barbatanas, ela abre a boca para que nela entre uma grande quantidade de água, força a água pelas barbatanas e o alimento fica preso. Os sons por elas emitidos podem viajar através dos oceanos por mais de 160 km,

o que lhes permite a comunicação entre si a longas distâncias. Também chamada de baleia-xibarte, é a baleia mais bem conhecida de todas as existentes. Realiza migrações entre as águas polares e as subtropicais; nas primeiras se alimenta no inverno e nas segundas é onde dá à luz a sua única cria, denominada baleote. Pode alcançar até 16 metros de comprimento e o seu dorso é arqueado ou corcunda (daí seu nome). Costuma dar saltos, onde deixa visível todo o seu corpo. Parentes da baleia: - O delfim ou golfinho, - O cachalote, que mora no mar, - O Narval, que é bem menor e não pas-sa de 6 metros de comprimento. - A Orca, que é uma espécie de ovelha negra entre os pacíficos cetáceos, fero-císsima, vive em bandos, que atacam as baleias e as dilaceram completamente ainda vivas, sem ligar a mínima impor-tância ao grau de parentesco. Derivados da baleia: Os derivados da baleia, são valiosíssi-mos, basta lembrar que a cidade de Bue-nos Aires chegou em tempos remotos a ser totalmente iluminada pelo óleo das baleias mas, não somente o óleo é valio-síssimo; - MARFIM extraído das barbatanas; - Rações animais; - Carne congelada comestível; - Extratos de carne e de fígado; - Extratos hormonais e fertilizantes, ex-traídos da sua carcaça.

Filipe de Sousa

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Filosofias e religiões “Império Inca - Uma Civilização”

Incas A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO “INCA”:

O Império INCA tinha uma organização econômica de caráter próximo ao modo de produção asiático, na qual todos os níveis da sociedade pagavam tributos ao Imperador, conhecido como o “Inca”. O Inca era divinizado, sendo carregado em liteiras, com grande pompa e estilo. Usa-va roupas, cocares e adornos especiais que demonstravam sua superioridade e poder. Ele reivindicava seu poder dizen-do-se descendente de deuses (origem divina do poder real). Abaixo do Inca havia quatro principais classes de cida-dãos. A primeira era a família real, nobres, líde-res militares e líderes religiosos. Estas pessoas controlavam o “Império Inca” e muitos viviam em Cusco. A seguir, estavam os governadores das quatro províncias em que o Império Inca era dividido. O nome dado aos territórios do Império Inca era “Tahuantinsuyo” que era dividido em 4 províncias: 1 - Chinchaysuyo 2 - Antisuyo 3 - Collasuyo 4 - Contisuyo

Os governadores eram homens de muito poder, pois organizavam e controlavam as tropas, coletavam os tributos, caben-do-lhes também as funções de impor a lei e estabelecer a ordem. Abaixo dos Governadores estavam os oficiais militares locais, responsáveis pelos julgamentos menos importantes e a resolução de pequenas disputas po-dendo inclusive atribuir castigos. Abaixo destes estavam os camponeses, aptos para o trabalho. Entre os camponeses, a estrutura básica de organização territorial era o AYLLU. O Ayllu era uma comunidade aldeã com-posta por diversas famílias cujos mem-bros consideravam possuir um antepas-sado comum (real ou fictício). A cada Ayllu correspondia um determinado terri-tório. O “Kuraca” era o chefe do Ayllu. Cabia-lhe a distribuição das terras pelos

membros da comunidade aptos para o trabalho. Havia três ordens de trabalhos agrícolas: · Trabalhos realizados em benefício

do INCA e da Família Real; · Trabalhos destinados à subsistên-

cia da família, realizados no peda-ço de terra que lhes cabia;

· Trabalhos realizados no seio da comunidade aldeã, para responder às necessidades dos mais desfa-vorecidos.

De fato, o sistema de ajuda entre as famí-lias estava muito desenvolvido. Para a-lém das terras coletivas, havia reservas destinadas a minorar as carências em tempos de fome ou a serem usadas sem-pre quer a aldeia era visitada por uma delegação do INCA. Outro dos deveres de cada membro da comunidade consistia em colaborar nos trabalhos coletivos, como por exemplo a manutenção dos canais de irrigação.

As origens do Império Inca

Os Incas, originários das montanhas do Peru, expandiram o seu controle a quase toda a região dos Andes, na Amé-rica do Sul. A civilização Inca alcançou o seu apogeu no século XV sob Pachacuti. Entre as suas realizações culturais está a arquitetura, a construção de estradas, pontes e engenhosos sistemas de irriga-ção. IMPÉRIO INCA O Imperador Inca foi “Manco Capac”, que reinou por volta do ano de 1200. Os detalhes de vários dos primeiros Im-peradores, foram perdidos durante a in-vasão espanhola, no entanto, abaixo ire-mos descrever algo que ainda é possível conhecer: - 1200 d.C - Manku Qhapaq ou (Manco Capac) (1100?); - Sinchi Ruka ou Sinchiroca (Século XII); - Liuqi Yupanki ou Lioque Yupanqui (Século XIII); - Mayta Qhapaq ou Maita Capac (Século XIII); - Qhapaq Yupanki ou Capac Yupanqui (Século XIII); - Inka Ruka ou Inca Roca (Século XIV); - Yawar Waqaq ou Yahuar Huacac (Século XIV); - Wiraqucha Inka ou Viracocha (Sécio XV); - ????????? - 1438—Inca Urcom; - 1438 - 1471 - Pachacuti, Pachakutiq Inka Yupanki ou Pachacutic Inca Yupanqui; - 1471 - 1493 - Tupaq Inka Yupanki ou Topa Inca Yupanqui; - 1493 - 1527 - Wayna Qhapaq ou Huayna Capac; - 1527 - 1532 - Waskhar ou Huáscar; - 1532 - 1533 - Ataw Walipa ou Atahuaipa; -1533 - 1535 - Topa Hualipa (Imperador fantoche instalado pelos espanhóis).

EXPANSÃO DO IMPÉRIO INCA

O Imperador Pachacuti foi o homem mais poderoso da antiga América já que enviou várias expedições com a finalida-de de conquistar e agregar terras ao seu império. Quando os oponentes se rendiam eram bem tratados mas quando resistiam havi-a pouca clemência. Com as conquistas Pachacuti acrescen-tava não apenas mais terras ao seu do-mínio como guerreiros sob seu coman-do. Sendo talentoso diplomata, antes das invasões, Pachacuti enviava mensagei-ros para expor as vantagens de os povos conquistados se unirem pacificamente ao Império Inca. O acordo proposto era de que, se os do-minados cedessem suas terras, manteri-am um controle local exercido pelos dig-natários locais que seriam tratados como nobres do Império e os seus filhos seri-am educados em troca da integração ao Império e plena obediência ao INCA. Os incas tinham um exército muito bem treinado e organizado. Quando os Incas conquistavam um lu-gar, o povo era submetido a tributação pela qual prestavam serviços designa-dos pelos conquistadores. Os Incas encorajavam as pessoas a se juntarem ao Império e quando isto ocor-ria eram sempre bem tratadas. Serviços postais eram então estabeleci-dos por mensageiros (Chasquis) que entregavam mensagens oficiais entre as maiores cidades. Notícias também eram veiculadas pelo sistema Chasqui na velocidade de 125 milhas por dia. Os Incas também promoviam a mudança de populações conquistadas como parte da criação da “Rodovia Inca”, que foi idealizada para ser usada nas guerras, para o transporte de bens e outros pro-pósitos. Esta troca de populações (manay) acabou promovendo a troca de informações e a propagação da cultura Inca. Todo o Império Inca foi unido por excelentes estradas e pontes. Sua exten-são máxima era de 4.500 km de compri-mento por 400 km de largura o que dava 1,800,000 km2 de extensão.

ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO Os nobres foram chamados pelos espanhóis de “orelhões”, impressão que tiveram de suas enormes orelhas, au-mentadas pelos grandes pendentes que usavam. Ps “orelhões” eram educados em esco-las especiais durante quatro anos. Eles cursavam a língua quechua, religião, quipus, história, geografia, geometria e

astronomia. Ao terminar os estudos eles se graduavam em uma cerimônia solene, onde demonstravam sua preparação passando em algumas provas. Eles se vestiam de branco e se reuniam ma Praça de Cuzco.

Todos os candidatos tinham o cabelo cortado e levavam na cabeça um llauto negro com plumas. Depois de rezarem ao “Sol”, “Lua” e ao “Trovão”, eles subi-am a colina de Huanacaui, onde ficavam em jejum, participavam de competições e dançavam. Mais tarde, o Inca lhes entregava umas calças justas, um diadema de plumas e um peitoral de metal. Finalmente ele per-furava a orelha de cada um pessoalmen-te com uma agulha de ouro, para que pudesse usar seus pendentes caracterís-ticos da sua categoria. Os “Orelhões” tinham vários privilégios, entre eles a posse de terras e a poligami-a. Eles recebiam presentes do monarca, tais como mulheres, Ihamas, objetos preciosos, permissão para usar liteiras ou trono. Eles constituíam a classe de funcioná-rios do Império. Em primeiro lugar estavam os quatro “apu”, ou administradores das quatro partes de Império que assessoravam diretamente o Imperador. Abaixo deles estavam os “tucricues”, ou governadores das províncias que residi-am em suas capitais, e eram periodica-mente inspecionados. Os Incas incumbiam os dominados, do trabalho que cada um deveria executar, o quanto e qual terra poderiam cultivar e quão longe poderiam viajar. Depois de se adaptar a tais regras, eram bem vistos pelos dominadores. Se um Inca era acusado de furto mas isto não era provado, o próprio oficial local incumbido de manter a ordem era punido por não fazer seu trabalho corretamente. Inválidos e incapazes eram auxiliados a prover sua subsistência com trabalho. Às mulheres casadas eram distribuídas meadas de lã para confecção de roupas. Todos os Incas eram obrigados a traba-lhar para o Império e para os seus deu-ses domésticos (mita). Os Incas não tinham liberdade de viajar e os filhos sempre tinham que seguir o oficio dos pais. O Império Inca foi dividido em quatro parte (províncias). Todas as atividades dos habitantes eram supervisionadas pelos funcionários do Império.

Os quipus

Informação, Cultura , Preservação

AGOSTO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 15

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AGOSTO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 16

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Energias Limpas (A forma mais limpa e ecológicamente correta de produção energética)

A força dos ventos promete ser a fonte de energia do

futuro.

A força dos ventos, velha conhecida dos países europeus, desde o século passa-do, criadores dos moinhos para moagem de grãos e bombeamento de água, pro-mete ser o boom energético do futuro. A geração de energia eólica vem cres-cendo a um ritmo acelerado nos últimos anos, registrando um aumento anual de 40%. - o maior índice de crescimento mundial de todas as fontes de energia - . Este tipo de energia foi a saída para su-prir a falta de energia elétrica convencio-nal, provocada pela primeira crise do petróleo na década de 1970. Hoje, a energia eólica possui tecnologia muito mais avançada e já compete com outras fontes de energia, em todo o mun-do. O Rio Grande do Sul deverá ser um dos grandes beneficiados com os investi-mentos da multinacional espanhola “Gamesa Energia”. Dos 860 MW que o braço brasileiro da empresa prevê gerar no Brasil nos próximos anos, 620 MW serão no Estado do Rio Grande do Sul.

Energia eólica no Brasil No Brasil, a geração de energia a partir dos ventos é uma alternativa para a di-versificação da matriz energética. Segundo o engenheiro Wilson Reguse, chefe da Decisão de Desenvolvimento Energético das Centrais Elétricas de Santa Catarina (CELESC), o fato é que estudos, já demonstraram que as fontes eólicas hídricas se complementam em diversas bacias brasileiras. “Em períodos do ano de baixa precipita-ção pluviométrica se registram os melho-res ventos, daí a complementaridade das fontes”, explica. A potencia instalada no Brasil hoje é de cerca de 21,5 MW, sendo que o potencial em geração eólica é estimado em 143,5 GW. A região nordeste é a que apresenta o melhor regime de ventos no país, sen-do, portanto, a com maior potencial. Cer-

ca de 17,4 MW estão no Ceará, 1 MW em Minas Gerais, 2,5 MW no Paraná e 5,4 MW em Santa Catarina. O Rio Grande do Norte também está de-senvolvendo projetos energéticos e de-verá se tornar o maior parque eólico do Brasil. PROINFA

Mesmo possuindo uma matriz com base em geração hidráulica (cerca de 90%) e um grande potencial não aproveitado, a fonte eólica ainda apresenta custo de geração alto no Brasil. “Por ainda não serem viáveis economicamente, há ne-cessidade de que a inserção destas fon-tes seja uma decisão estratégica de go-verno”, afirma Reguse. É isso que se propõe para o Brasil atra-vés da criação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (PROINFA). “Alguma forma de incentivo para as fon-tes não convencionais ocorreu em todos os países do mundo em que estas fontes são hoje significativas nas matrizes ener-géticas”, ressalta o engenheiro. Fonte: www.carbonobrasil.com

A energia que vem do sol compete com combustíveis

fósseis de uma forma ecologicamente

muito mais correta.

A luz solar, além de ser a fonte de energi-a vital para todos os ecossistemas ter-restres e para os seres vivos do planeta Terra, é uma grande fonte de energia renovável, que se bem utilizada é capaz de substituir os velhos derivados fós-seis. No Brasil, o sol proporciona a cada dois dias a mesma quantidade de energi-a que todas as reservas remanescentes

de combustíveis não renováveis. Em países como o Japão, Alemanha, Holanda, EUA, Espanha, Inglaterra e Itália, o uso de sistemas fotovoltai-cos - geração de energia elétrica a partir da solar - tem sido uma saída para diminuir a dependência das fon-tes energéticas tradicionais que já mostram sinais de esgotamento, co-mo é o caso do petróleo. O Japão é o país que mais investe nesta tecnologia, apesar da fraca intensidade que o sol desponta nes-te país. “É impressionante aterrissar em uma cidade como Osaka, por e-xemplo, onde podemos ver uma grande quantidade de telhados azuis (cobertos por painéis fotovoltai-cos)”, afirma o professor Richard Rüther, do Laboratório de Energia Solar da Universidade Federal de

Santa Catarina (UFSC). Tecnicamente , a geração de energia a partir do sol já é viável. No entanto, ela só será economicamente possí-vel quando atingir uma escala de produção considerável. “Ela hoje vive o ciclo vicioso; cara porque se produz pouco e se produz pouco porque não há demanda, isto por ser cara”, declara Rüther. De acordo com ele, existem estudos que mos-tram que se produzida em grande escala, a energia solar pode compe-tir de igual para igual com as fontes tradicionais.

Mercado Brasileiro

O mercado brasileiro neste tipo de tecnologia está ganhando força so-mente agora. Na área urbana, sistemas fotovoltaicos integrados a edificações e interligados na rede elétrica pública são ainda escassos. Rüther explica que isso acontece principalmente devido ao des-conhecimento desta alternativa por quem toma as decisões e pelo ainda alto custo desta tecnologia. Porém, o uso de energia solar está sendo utilizado por programas do governo para atender co-munidades que não possuem energia elétrica, principalmente no Norte e Nor-deste do país. Segundo ainda o professor Rü-ther o uso de painéis fotovoltaicos deve-rá ser a principal tecnologia para a cap-tura de energia solar, porém, por en-quanto, o uso para aquecimento ainda é

o mais utilizado. Isto porque ele possui um custo muito baixo e facilidade de fabricação, já que emprega uma tecnolo-gia mais simples.

No Brasil existem várias empresas atuando neste setor e podem ser en-contradas em grande parte de nos-sas cidade. “Você vai achar cada vez mais coletores de aquecimento solar espalhados pelos telhados das ca-sas”, diz Rüther. Ele explica que toda a vez que incidir luz sobre as placas, elas irão gerar energia elétrica. Quando o sistema é interligado na rede elétrica pública e for gerada mais energia do que a de-manda do prédio, o excesso é auto-maticamente injetado na rede públi-ca. Em compensação, toda a vez que o sistema produzir menos do que a demanda ela automaticamente busca na rede pública o complemento, afir-ma Rüther. Fonte: www.carbonobrasil.com

Da redação: Depois de lermos estas informações decerto , umas perguntas nos ficam e não poderão deixar de ser colocadas. -Porque então, no caso destas duas energias, que podem ser utilizadas para-lelamente com a energia pública, não se torna obrigatória de ser implantada em todos os edifícios novos a serem cons-truídos? - Caro?- mais cara... -O que é caro em eco economia? -O que é caro na depredação da nossa história e remoção de milhares de pesso-as de seus lares? - Esta no caso de inun-dação por lagos de hidroelétricas. Hoje o sistema de captação de energia eólica e solar é caro, porque não tem qualquer incentivo por parte do go-verno, esse mesmo governo, que com longos períodos de seca, recorre às cha-madas “termo elétricas”, movidas a óleo diesel. Porque o governo incentiva o biodiesel e o pro-alcool e não dá a mesma impor-tância a estes dois tipos de energia ab-solutamente limpas sob o ponto de vista ecológico? Difícil de entender, não é?

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