anÁlise de custos de sistemas fotovoltaicos...
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ANÁLISE DE CUSTOS DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS
CONECTADOS À REDE E ISOLADOS
Guilherme Nippes de Oliveira
Projeto de Graduação apresentado ao
Curso de Engenharia Elétrica da Escola
Politécnica da Universidade Federal do
Rio de Janeiro, como parte dos requisitos
necessários à obtenção do título de
Engenheiro Eletricista.
Orientador: Jorge Luiz do Nascimento
RIO DE JANEIRO
Agosto de 2019
ANÁLISE DE CUSTOS DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS CONECTADOS À REDE E
ISOLADOS
Guilherme Nippes de Oliveira
PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE
ENGENHARIA ELÉTRICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS
PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHAIRO ELETRICISTA.
Examinado por:
_____________________________________
Prof. Jorge Luiz do Nascimento, Dr.Eng.
_____________________________________
Prof. Sergio Sami Hazan, Ph.D.
_____________________________________
Rafael de Oliveira Rodrigues, M. Sc.
RIO DE JANEIRO
Agosto de 2019
iii
Guilherme Nippes de Oliveira.
ANÁLISE DE CUSTOS DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS
CONECTADOS À REDE E ISOLADOS. /Guilherme Nippes de Oliveira
- Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2019.
XIV, 77p.; il.: 29,7cm.
Orientador: Jorge Luiz do Nascimento
Projeto de Graduação – UFRJ/Escola Politécnica/Curso de
Engenharia Elétrica, 2019.
Referências Bibliográficas: p. 61-65
1. Geração Solar Fotovoltaica. 2. Estudo de custos de sistemas de
geração solar. 3. Economia de Energia. I. Luiz do Nascimento, Jorge. II.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de
Engenharia Elétrica. III. Cenários comparativos entre custos de
implantação de sistemas de geração solar fotovoltaica.
iv
"Never give up on something that you can’t go a day
without thinking about." Winston Churchill
v
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter guiado meu caminho e por ter iluminado meus passos até
aqui.
Agradeço também aos meus pais Wagner e Claudia, por serem parte essencial em
tudo o que tenho conquistado e por serem fonte de inspiração diária. A trajetória seria
impossível se eu não tivesse vocês em minha vida. Obrigado por me ajudarem em tudo,
essa conquista também é de vocês.
Ao meu irmão Fellipe e à minha irmã Patricia pelo amor incondicional e por toda
a ajuda em tudo o que fiz.
À toda a minha família e amigos que sempre estiveram ao meu lado e que fizeram
parte desta caminhada.
Ao corpo docente da UFRJ, UFES e UNSW e a todos que fizeram desses anos os
mais proveitosos da minha vida.
vi
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.
ANÁLISE DE CUSTOS DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS CONECTADOS À
REDE E ISOLADOS
Guilherme Nippes de Oliveira
Agosto 2019
Orientador: Jorge Luiz do Nascimento, Dr. Eng.
Curso: Engenharia Elétrica
O presente trabalho apresenta um comparativo entre os custos dos principais
sistemas de geração solar fotovoltaica. Em primeiro momento, o tema é introduzido
mostrando o funcionamento do sistema, bem como os principais dispositivos utilizados
na geração solar. A partir disso, apresentam-se os principais objetivos e motivações do
estudo, bem como mostra o crescimento do mercado no Brasil nos últimos anos. Em
seguida, mostra-se o panorama atual do setor de geração solar fotovoltaica no Brasil e no
mundo e algumas projeções para os próximos anos. Dessa forma, identifica-se dois
sistemas potenciais: a geração solar conectada à rede e a geração solar isolada. Com esses
sistemas devidamente caracterizados, busca-se comparar qual deles são é o mais viável
economicamente, utilizando-se dados obtidos em pesquisa no mercado de equipamentos
elétricos utilizados em sistemas de geração de energia solar. Por fim, são avaliados quais
projetos possuem o menor custo e são os mais adequados para os sistemas analisados.
Palavras-chave: Geração Solar Fotovoltaica, Projeto de Sistemas Fotovoltaicos, Análise
de Viabilidade Econômica.
vii
Abstract of the Undergraduate Project, presented to POLI/UFRJ as a partial
fulfillment of the necessary requirements to obtain the degree of Electrical Engineer.
COST ANALYSIS OF GRID CONNECTED AND OFF GRID PHOTOVOLTAIC
SYSTEM
Guilherme Nippes de Oliveira
August 2019
Tutor: Jorge Luiz do Nascimento, Dr. Eng.
Course: Electrical Engineering
The present work presents a comparison between the costs of the main
photovoltaic solar generation systems. At first, the theme is introduced showing the
functioning of the system as well as the main devices used in solar generation. From this,
it presents the main objectives and motivations of the study, as well as shows the growth
of the market in Brazil in recent years. Next, it shows the current panorama of the
photovoltaic solar generation sector in Brazil and in the World and some projections for
the next years. From this, two potential systems are identified: solar generation connected
to the grid and isolated solar generation. With these properly characterized systems, we
seek to compare which one is the most economically viable, using data obtained in
research in the market of electrical equipment used in solar energy generation systems.
Finally, we evaluate which projects have the lowest cost and are the most suitable for the
analyzed systems.
Keywords: Photovoltaic Solar Generation, Photovoltaic Systems Project, Economic
Viability Analysis.
viii
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................................. v
SUMÁRIO ......................................................................................................................................... viii
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................................... x
LISTA DE TABELAS .............................................................................................................................. xi
LISTA DE SIGLAS ................................................................................................................................ xii
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 1
1.1. OBJETIVO ................................................................................................................................... 7
1.2. JUSTIFICATIVAS .......................................................................................................................... 7
1.3. METODOLOGIA .......................................................................................................................... 9
1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO ....................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2. PANORAMA ATUAL DO SETOR DE GERAÇÃO SOLAR FOTOVOLTAICA ....................... 10
2.1.1. Brasil ................................................................................................................................... 14
CAPÍTULO 3. ASPECTOS ECONÔMICOS .......................................................................................... 18
3.1. GERAÇÃO DISTRIBUÍDA ........................................................................................................... 18
3.1.1. Sistema de Compensação de Energia (Net metering) ........................................................ 20
3.2. VARIÁVEIS FINANCEIRAS DO ESTUDO ...................................................................................... 22
3.2.1. Valor Presente Líquido (VPL) .............................................................................................. 22
3.2.2. Taxa Interna de Retorno (TIR) ............................................................................................ 23
3.2.3. Payback descontado ........................................................................................................... 24
3.2.4. Fluxo de Caixa Descontado ................................................................................................. 24
CAPÍTULO 4. ASPECTOS TECNOLÓGICOS ....................................................................................... 25
4.1. CÉLULAS FOTOVOLTAICAS ....................................................................................................... 26
4.2. DADOS SOLARIMÉTRICOS E INCLINAÇÃO DO PAINEL .............................................................. 27
4.3. SISTEMAS FOTOVOLTAICOS ..................................................................................................... 29
4.3.1. Sistemas isolados ................................................................................................................ 30
4.3.2. Sistemas conectados à rede ............................................................................................... 31
4.3.3. Sistemas híbridos ................................................................................................................ 32
4.3.4. Componentes dos sistemas fotovoltaicos .......................................................................... 33
CAPÍTULO 5. CARACTERÍSTICAS DO LOCAL E DOS EQUIPAMENTOS ............................................... 35
5.1. CARACTERÍSTICAS DO LOCAL ................................................................................................... 36
5.2. LEVANTAMENTO DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA .......................................................... 37
5.3. CUSTO DA ENERGIA ELÉTRICA NO ESPÍRITO SANTO ................................................................ 42
CAPÍTULO 6. CARACTERISTICAS DA GERACAO E CUSTO DOS EQUIPAMENTOS .............................. 44
ix
6.1. PREMISSAS ADOTADAS............................................................................................................ 44
6.2. PESQUISA DE MERCADO DOS EQUIPAMENTOS ....................................................................... 47
CAPÍTULO 7. CARACTERIZAÇÃO DAS CARGAS DO ESTUDO ............................................................ 52
7.1. DIMENSIONAMENTO DOS PAINÉIS SOLARES ........................................................................................ 52
7.2. DIMENSIONAMENTO DOS INVERSORES .............................................................................................. 53
7.3. DIMENSIONAMENTO DAS BATERIAS .................................................................................................. 54
7.4. DIMENSIONAMENTO DOS CONTROLADORES DE CARGA ......................................................................... 55
CAPÍTULO 8. RESULTADOS OBTIDOS ............................................................................................. 56
8.1. SISTEMA 1: 336 KWH/MÊS ........................................................................................................... 56
8.2. SISTEMA 2: 481 KWH/MÊS ........................................................................................................... 57
8.3. SISTEMA 3: 842 KWH/MÊS ........................................................................................................... 57
8.4. SISTEMA 4: 3.370 KWH/MÊS ........................................................................................................ 58
CAPÍTULO 9. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 60
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................ 62
x
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1.1 – EXPECTATIVA DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA E DO NÚMERO DE DOMICÍLIOS ATÉ 2026. FONTE:
EPE (2017) [2] ..................................................................................................................................... 1
FIGURA 1.2 – CRESCIMENTO DO PIB E DO COMÉRCIO MUNDIAL ATÉ 2026. FONTE: EPE (2017) [2]................................ 2
FIGURA 1.3 – MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA POR FONTE. FONTE: EPE, 2016. [4] ..................................................... 3
FIGURA 1.4 – PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO DAS FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA EM BILHÕES KILOWATT-HORA. FONTE: EIA,
2017. [7] .............................................................................................................................................. 4
FIGURA 1.5 – CRESCIMENTO MUNDIAL DA GERAÇÃO SOLAR FOTOVOLTAICA POR REGIÃO. FONTE: SOLARPOWER EUROPE,
2016. [9] .............................................................................................................................................. 5
FIGURA 1.6 – CUSTO MÉDIO DE ENERGIA NA AMÉRICA DO NORTE. FONTE: REVISTA BUSINESS INSIDER, 2018. [10] ........... 5
FIGURA 2.1 - EVOLUÇÃO ANUAL DA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA POR REGIÃO MUNDIAL. FONTE: IEA, 2018. [31] ........ 11
FIGURA 2.2 – CONTRIBUIÇÃO DA GERAÇÃO SOLAR NA MATRIZ ENERGÉTICA POR PAÍS. FONTE: IEA, 2018. [31] ................ 13
FIGURA 2.3 – EVOLUÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO DE FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA NA MATRIZ ELÉTRICA BRASILEIRA. FONTE:
ABSOLAR, 2018. [33] ......................................................................................................................... 14
FIGURA 2.4 – PERCENTUAL DE MINI E MICROGERAÇÃO DE ENERGIA POR ESTADO. FONTE: ABSOLAR, 2018. [32] ............ 15
FIGURA 2.5 – GERAÇÃO DE EMPREGOS POR FONTE DE ENERGIA. FONTE: ABSOLAR, 2018. [32] .................................. 16
FIGURA 3.1 – PROCEDIMENTOS DE ACESSO AO SISTEMA DE MICROGERAÇÃO. FONTE: ANEEL, 2016. [26] ...................... 18
FIGURA 3.2 – EXEMPLO DE SISTEMA DE COMPENSAÇÃO DE ENERGIA. ........................................................................ 20
FIGURA 4.1 – EVOLUÇÃO DE PREÇOS DE CÉLULAS FOTOVOLTAICAS EM DÓLARES POR WATT. FONTE: PORTAL SOLAR [20] .... 27
FIGURA 4.2 – DIAGRAMA DE SISTEMA FOTOVOLTAICO ISOLADO EM FUNÇÃO DA CARGA. FONTE: CRESESB, 2008. [25] .... 30
FIGURA 4.3 – DIAGRAMA DE SISTEMA FOTOVOLTAICO CONECTADO À REDE. FONTE: CRESESB, 2008. [25] .................... 31
FIGURA 4.4 – DIAGRAMA DE SISTEMA FOTOVOLTAICO HÍBRIDO. FONTE: CRESESB, 2008. [25] ................................... 32
FIGURA 5.1 – INCIDÊNCIA SOLAR DO LOCAL DE INSTALAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO. FONTE: ADAPTADO DE [35] ....... 36
FIGURA 6.1 – GERAÇÃO MÉDIA HORÁRIA – BOLETIM MENSAL DE GERAÇÃO SOLAR DEZ/18. FONTE: ONS [38] ............... 44
FIGURA 6.2 – EVOLUÇÃO E PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO DA TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA EM R$/MWH. FONTE: EMPRESA
ESPECIALIZADA. [FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA] ........................................................................................ 46
FIGURA 8.1 – COMPARAÇÃO ENTRE CUSTOS DOS SISTEMAS DE GERAÇÃO SOLAR. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. .............. 59
xi
LISTA DE TABELAS
TABELA 1.1 – COMPARATIVO DE CRESCIMENTO DE PARÂMETROS ATÉ 2026. FONTE: EPE (2017) [2]. ............................. 2
TABELA 2.1 – RANKING DOS 10 MAIORES MERCADOS DE ENERGIA SOLAR DE 2017. FONTE: IEA, 2018. [31] .................. 12
TABELA 2.2 DADOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA PARA O DIA 13 DE DEZEMBRO DE 2018. FONTE: BIG, 2018. [32] .............. 15
TABELA 4.1 – CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS QUANTO À INTERLIGAÇÃO COM O SISTEMA PÚBLICO DE
ENERGIA. FONTE: ABNT, 2008. [24] ....................................................................................................... 29
TABELA 5.1 – PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE SISTEMAS SOLARES. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA................................... 35
TABELA 5.2 – COORDENADAS GEOGRÁFICAS DA RESIDÊNCIA. FONTE: ADAPTADO DE [34]. ............................................ 36
TABELA 5.3 – POTÊNCIA DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS. FONTE: CEMIG [36] ........................................................... 37
TABELA 5.4 – SISTEMA 1. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ...................................................................................... 39
TABELA 5.5 - SISTEMA 2. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ....................................................................................... 40
TABELA 5.6 - SISTEMA 3. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ....................................................................................... 40
TABELA 5.7 - SISTEMA 4. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ....................................................................................... 41
TABELA 5.8- POTÊNCIA ELÉTRICA POR SISTEMA. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ......................................................... 41
TABELA 5.9 – TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA EM BAIXA TENSÃO. FONTE: EDP, 2018 [36] ............................................. 42
TABELA 5.10 – HISTÓRICO DE REAJUSTE DE TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA ANUAL (5 ANOS). FONTE: EDP, 2018 [36] ........ 42
TABELA 6.1 - MODELOS DE INVERSOR. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ..................................................................... 48
TABELA 6.2 - MODELOS DE PAINÉIS SOLARES. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ............................................................ 49
TABELA 6.3 - MODELOS DE STRINGBOX. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ................................................................... 49
TABELA 6.4 - MODELOS DE KITS SOLARES. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ................................................................. 50
TABELA 6.5 - MODELOS DE BATERIAS. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ...................................................................... 50
TABELA 6.6 - MODELOS DE CONTROLADORES DE CARGA. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ............................................. 51
TABELA 7.1 – PARÂMETROS DE CARGA. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. .................................................................... 52
TABELA 7.2 – NÚMERO DE PLACAS POR CARGA PARA SISTEMAS CONECTADOS. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ................. 53
TABELA 7.3 - NÚMERO DE PLACAS POR CARGA PARA SISTEMAS DESCONECTADOS. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ............. 53
TABELA 7.4 – INVERSORES PARA SISTEMAS CONECTADOS. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ............................................ 53
TABELA 7.5 - – INVERSORES PARA SISTEMAS DESCONECTADOS. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ..................................... 54
TABELA 7.6 – DIMENSIONAMENTO DAS BATERIAS. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ...................................................... 54
TABELA 7.7 – NÚMERO DE BATERIAS DOS SISTEMAS. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ................................................... 55
TABELA 7.8 – NÚMERO DE CONTROLADORES DE CARGA POR SISTEMA. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ........................... 55
TABELA 8.1 – PROJETO PARA SISTEMA 1 CONECTADO À REDE. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA........................................ 56
TABELA 8.2 - PROJETO PARA SISTEMA 1 DESCONECTADO À REDE. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. .................................. 56
TABELA 8.3 - PROJETO PARA SISTEMA 2 CONECTADO À REDE. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ....................................... 57
TABELA 8.4 - PROJETO PARA SISTEMA 2 DESCONECTADO DA REDE. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ................................ 57
TABELA 8.5 - PROJETO PARA SISTEMA 3 CONECTADO À REDE. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ....................................... 57
TABELA 8.6 - PROJETO PARA SISTEMA 3 DESCONECTADO DA REDE. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ................................ 57
TABELA 8.7 - PROJETO PARA SISTEMA 4 CONECTADO À REDE. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ....................................... 58
TABELA 8.8 - PROJETO PARA SISTEMA 4 DESCONECTADO DA REDE. FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA. ................................ 58
xii
LISTA DE SIGLAS
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
BEN Balanço Energético Nacional - documento com o relatório síntese
apresentando os dados acerca da contabilização da oferta,
transformação e consumo final de produtos energéticos no Brasil.
BEU Balanço de Energia Útil - o documento é um modelo para análise
do consumo energético de um país considerando os usos
específicos da Energia Final e os rendimentos típicos de cada uma
dessas utilizações.
COP Coeficiente de Performance
CEPEL Centro de Pesquisa de Energia Elétrica
COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Tributo
federal
Eletrobrás Centrais Elétricas Brasileiras S.A.
EPE Empresa de Pesquisa Energética
FCD Fluxo de Caixa Descontado - fluxos de caixa a serem agregados no
futuro e descontados por uma taxa de atratividade que reflete o
custo de oportunidade dos provedores de capital.
ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços
IEA International Energy Agency, AIE - Agência Internacional de
Energia, em português. Uma organização internacional que atua
como a orientadora política de assuntos energéticos para seus 29
países membros.
IGP-M Índice Geral de Preços do Mercado - registra a inflação de preços
de produtos, bens e serviços. O valor é variável, medido
mensalmente pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e divulgado ao
final de cada mês de referência.
xiii
JOULE Unidade de energia mecânica (trabalho) e energia térmica (calor).
No Sistema Internacional de Unidades (SI), todo trabalho ou
energia são medidos em joules.
kWh Quilowatt-hora - unidade de energia elétrica.
MDIC Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
MMA Ministério do Meio Ambiente
MME Ministério de Minas e Energia
MWh Megawatt-hora - unidade de energia elétrica.
PDE Plano Decenal de Expansão de Energia
PEE Programa de Eficiência Energética
Petrobras Petróleo Brasileiro S.A.
PIB Produto Interno Bruto
PIS Programa de Integração Social
PNE Plano Nacional de Energia
PNEf Plano Nacional de Eficiência Energética
PROCEL Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica
SELIC Sistema Especial de Liquidação e Custódia
SIN Sistema Interligado Nacional
TIR Taxa Interna de Retorno
VP Valor Presente
VPL Valor Presente Líquido
1
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
No cenário de crescimento da população junto ao desenvolvimento econômico
vivenciado por diversos países ocorre também o crescimento da demanda por energia
elétrica. Este crescimento está atrelado à utilização de equipamentos mais avançados do
ponto de vista tecnológico, sendo eles eletrônicos, eletrodomésticos e até mesmo a
utilização de máquinas que substituem o trabalho do homem. Com a introdução do
conceito de matriz energética sustentável, tem-se buscado ampliar a matriz energética,
que atualmente possui fontes de energia convencionais obtidas principalmente a partir de
combustíveis fósseis, com fontes de energia menos agressivas ao meio ambiente e mais
eficientes do ponto de vista energético [1].
De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia 2026 [2], a expectativa
de crescimento para a população do Brasil é em torno de 0,6% a.a. Com isso, o país
passaria a ter 220 milhões de habitantes, o que representa um número total de 78 milhões
de domicílios, frente à 207 milhões de pessoas e 69 milhões de domicílios em 2015,
conforme ilustrado na Figura 1.1.
Comparado ao crescimento da população, têm-se também dados relacionados ao
crescimento do PIB mundial, que está intimamente relacionado às incertezas das relações
comerciais entre os países que mais movimentam a economia, dentre eles os Estados
Unidos, China e os países da União Europeia. A expectativa, conforme demonstrado na
Figura 1.2 é que o crescimento econômico mundial cresça em torno de 3,8% ao ano em
média na próxima década, e o comércio mundial cresça em média 4% ao ano [2].
Figura 1.1 – Expectativa de crescimento da população brasileira e do número de
domicílios até 2026. Fonte: EPE (2017) [2]
2
Figura 1.2 – Crescimento do PIB e do comércio mundial até 2026. Fonte: EPE
(2017) [2].
Ambos os fatores acarretam em crescimento de demanda por energia elétrica.
Conforme dito anteriormente, este crescimento está relacionado ao aumento do número
de residências e também ao incremento do consumo médio residencial. Segundo o Plano
Decenal de Expansão de Energia para 2026 [2], espera-se para o ano de 2026 o consumo
médio residencial de 182kWh ao final do decênio, o que representa um crescimento
médio de 1,4% ao ano. A Tabela 1.1 apresenta o crescimento da população junto ao
crescimento no consumo de energia elétrica.
Tabela 1.1 – Comparativo de crescimento de parâmetros até 2026. Fonte: EPE
(2017) [2].
3
O consumo de energia elétrica no Brasil e em diversos lugares do mundo vêm
sofrendo mudanças causadas por uma série de tendências do setor elétrico. Dentre as
tendências podemos citar: a descentralização dos sistemas de potência, amplificado pelo
crescimento da geração distribuída de energia; o aumento da utilização de tecnologias de
comunicação inteligente, focadas no consumo eficiente de energia; o aumento no número
de tipos de sistemas renováveis de geração de energia; a descarbonização dos processos
de geração a fim de reduzir a emissão de gases poluentes para a atmosfera; além do
incremento na dependência dos setores de comunicação e de transporte por energia
elétrica, o que demonstra a importância do setor na economia moderna [3].
Atualmente, a matriz elétrica brasileira é predominantemente composta
por fontes de energia renovável, tendo a hidráulica o maior destaque, representando
68,1%, seguido de 9,1% de gás natural e 8,2% de biomassa, conforme ilustrado na Figura
1.3 [4]. Para uma matriz hidráulica, como a do Brasil, nos períodos de seca ocorre a
diminuição da capacidade de geração, o que se faz necessária utilização de outras fontes
energéticas, no qual a mais utilizada é a geração termelétrica. Isto acarreta num aumento
nas tarifas de energia para o consumidor final, além do aumento na poluição causada por
esta fonte de energia [5].
Figura 1.3 – Matriz energética brasileira por fonte. Fonte: EPE, 2016. [4]
4
Além disso, para a expansão da geração hidráulica de energia necessita-se da
construção de grandes barragens, que envolve o alagamento de grandes áreas próximas à
rios, acarretando na alteração do meio ambiente local, e em casos extremos, o
deslocamento da população da região [6]. Diante desses aspectos, a diversificação da
matriz energética torna-se solução viável a ser implementada.
Dentre as alternativas, a geração de energia solar ganha bastante espaço no cenário
nacional e internacional, principalmente por ser uma fonte incessante e inesgotável. De
acordo com dados da U.S. Energy Information Administration [7], a expectativa para a
geração de energia solar para o ano de 2040 é de 400 bilhões de kWh, ultrapassando as
hidrelétricas e ficando atrás apenas da geração eólica, conforme ilustrado na Figura 1.4.
No Brasil, estima-se que a participação solar na matriz energética passará de
0,02% em 2015 para mais de 10% em 2030 [8]. No restante do mundo este crescimento
também é uma realidade, visto que a capacidade instalada de energia solar fotovoltaica é
a que apresenta maior crescimento, sendo este de 4.300% ao ano, conforme ilustrado na
Figura 1.5, que mostra o crescimento mundial de energia solar por região [9].
Figura 1.4 – Projeção de crescimento das fontes renováveis de energia em
bilhões kilowatt-hora. Fonte: EIA, 2017. [7]
5
O aumento crescente na utilização dos sistemas de energia solar tem sido
impulsionado pela redução nos preços de energia solar e pelo aumento nas tarifas de
energia elétrica. Segundo dados da revista americana Business Insider [10], o custo médio
de energia solar no mercado norte-americano caiu 96% de 2009 para 2017, conforme
apresentado na Figura 1.6. O custo comparado toma como base a análise do custo
nivelado de energia (LCOE, do inglês levelized cost of energy), que calcula o custo total
de se construir e operar uma planta de energia solar.
Figura 1.5 – Crescimento mundial da geração solar fotovoltaica por região.
Fonte: SolarPower Europe, 2016. [9]
Figura 1.6 – Custo médio de energia na América do Norte. Fonte:
Revista Business Insider, 2018. [10]
6
Do ponto de vista regulatório, o Brasil tem evoluído consideravelmente, e segundo
dados da ANEEL [11], apresenta um dos ambientes mais favoráveis à geração distribuída
no mundo, por apresentar o modelo de compensação de energia, isenção de ICMS sobre
energia gerada, desconto do excedente gerado na fatura de energia e também oferta de
subsídios a investimentos iniciais.
Por outro lado, do ponto de vista do sistema de transmissão e distribuição de
energia, a presença de geradores próximos à carga melhora a eficiência do sistema. Isto
se deve ao fato de que num cenário com os consumidores próximos aos sistemas de
geração reduz as perdas nos sistemas de transmissão, permite postergação de
investimentos em expansão nos sistemas de distribuição e transmissão e melhora o nível
de tensão da rede, principalmente no período de carga pesada [11]. Vale também destacar
o valor agregado à economia trazido por este meio, aumentando a geração de empregos
e o recolhimento de impostos, dentre outros benefícios [12].
Mesmo diante de todos os benefícios dos sistemas de geração solar, muitas ainda
são as barreiras para que este sistema seja difundido. Segundo Viana [13], pode-se citar
a falta de conhecimento dos consumidores para pesquisar, avaliar processos, tecnologias
e oportunidades de investimentos, além de possuírem aversão ao risco a este tipo de
sistema, que ainda é pouco representativo na matriz energética atual.
No entanto, conforme visto em todas as projeções apresentadas, o mercado de
energia solar fotovoltaica ganhará bastante espaço no cenário energético global. Desta
forma, o presente trabalho tem o intuito de comparar os custos relacionados aos dois
sistemas potenciais de geração solar fotovoltaica, sendo o sistema conectado e o
desconectado, bem como identificar o perfil dos consumidores para cada um dos tipos.
7
1.1. OBJETIVO
O objetivo do trabalho é de analisar o mercado de energia solar fotovoltaica para
sistemas conectados à rede (on grid) e sistemas desconectados da rede (off grid) a fim de
avaliar qual sistema possui menor custo considerando-se diferentes cenários de carga.
Para a análise, foram estabelecidos parâmetros de carga e foram feitas análises de custo
dos principais componentes para cada um dos cenários estabelecidos.
1.2. JUSTIFICATIVAS
As principais motivações de se estudar os sistemas de geração solar fotovoltaica
estão relacionadas principalmente à rápida evolução do segmento nos últimos anos. Além
dos benefícios já citados anteriormente e das projeções para os próximos anos no setor,
existem aspectos intangíveis que devem ser levados em consideração, sendo eles:
- A sinergia com a carga;
- Baixos impactos ambientais;
- Confiabilidade;
- Geração de empregos;
- Alternativa de suporte à rede.
No aspecto de sinergia com a carga, pode-se citar a utilização de energia solar
fotovoltaica em períodos quentes, minimizando a carga gerada por ar condicionados, por
exemplo. No Rio de Janeiro, a carga máxima da Light ocorre por volta de 14h nos meses
de verão, devido principalmente à maior utilização de ar condicionado. O período de
carga máxima pode ser reduzido ao se utilizar sistema de geração solar fotovoltaica na
rede.
Com relação aos baixos impactos ambientais, o processo de geração solar não
produz nenhum material poluente. A emissão de poluentes no processo de fabricação de
8
células fotovoltaicas é bastante reduzida e controlada, principalmente devido à
preservação da imagem das empresas que fabricam as células. Além disso, têm-se
desenvolvido tecnologia de reutilização das células de silício, dentre elas se destacam a
reutilização de materiais perdidos no processo produtivo ou até mesmo na utilização do
material após o fim da vida útil.
A tecnologia também está num patamar de desenvolvimento bastante maduro, e
por isso confiável. Os fabricantes das células fotovoltaicas garantem a capacidade de
produção mínima das placas, com uma perda de 10% a cada 10 anos de utilização. Com
relação ao suprimento de energia, a geração solar vem como alternativa à falta de energia
suprida pela rede, garantindo também o aumento de confiabilidade no suprimento.
A geração de empregos provenientes do processo de produção de células
fotovoltaicas, bem como a relacionado ao processo de instalação também são bastante
atrativos. Dados da National Solar Job Census 2017 [14] mostram que no ano de 2017 a
indústria solar gerou mais de 250 mil empregos diretos nos Estados Unidos,
principalmente relacionado ao processo de fabricação das células. Trazendo a análise para
o território nacional, outro ponto de destaque mostra que as regiões brasileiras com maior
potencial de geração solar são regiões com baixo nível de desenvolvimento e elevada
carência de empregos. Isto torna a indústria ainda mais atrativa do ponto de vista do
desenvolvimento dessas regiões.
Por fim, a geração solar também é uma alternativa eficiente no suporte à rede. As
novas instalações provêm serviços e facilidades, sendo eles: controle da produção pelo
operador da rede, controle da potência ativa no caso de elevação de frequência, provisão
de potência reativa para controle da tensão na rede, dentre outras características.
9
1.3. METODOLOGIA
Inicia-se o estudo a partir de uma revisão bibliográfica e teórica a fim de
identificar as cargas a serem estudadas, mostrando as principais características técnicas.
Em seguida, introduz-se as principais variáveis financeiras que serão utilizadas na análise
de viabilidade econômica dos sistemas. Posteriormente, é apresentado um panorama do
setor de geração fotovoltaica no Brasil e no mundo, bem como as projeções para o
crescimento do setor nos próximos anos.
1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO
O presente trabalho está segmentado em 9 Capítulos, além do capítulo 1 visto
acima. O Capítulo 2 trata-se das características técnicas dos sistemas de geração solar e
traz uma revisão teórica dos princípios de funcionamento das células fotovoltaicas. Além
disso, mostra-se os principais tipos de sistemas de geração solar, bem como demonstra-
se o sistema de compensação de energia elétrica presente na geração distribuída.
O Capítulo 3 elenca as principais variáveis financeiras que serão utilizadas na
análise. Para isso introduz-se os conceitos de valor presente líquido, taxa interna de
retorno e tempo de payback.
O Capítulo 4 contém o panorama atual do setor de energia elétrica no Brasil e no
Mundo. Neste capítulo, inclui-se projeções de crescimento do setor, bem como as
principais tendências para os próximos anos no mercado de geração solar.
No Capítulo 5 caracteriza-se o sistema fotovoltaico de estudo, mostrando dados
históricos de consumo de energia, bem como características físicas da residência no qual
pretende-se instalar o sistema.
No Capítulo 6 avalia-se as premissas adotadas para a análise financeira.
No Capítulo 7 mostra-se os comparativos dos sistemas solares avaliados.
No Capítulo 8 procura-se avaliar qual sistema solar é o mais adequado para o
estudo, comparando-se as devidas variáveis financeiras.
Conclui-se o trabalho no Capítulo 9, no qual avalia-se a importância das análises
realizadas no estudo, bem como a relevância do projeto de geração solar para a matriz
energética brasileira.
10
CAPÍTULO 2. PANORAMA ATUAL DO SETOR DE GERAÇÃO
SOLAR FOTOVOLTAICA
O mercado mundial de energia solar fotovoltaica vem crescendo de forma
acelerada nos últimos anos. Após um crescimento global limitado em 2014 e um
crescimento reduzido de 25% em 2015, nos anos de 2016 e 2017 o mercado voltou a
crescer de forma mais rápida. A principal razão foi o crescimento do setor fotovoltaico
no mercado da China, que em 2017 representava 54% da capacidade instalada total
mundial [31].
Após um período de estabilização em 2014, o mercado chinês cresceu de 15,2 GW
em 2015 para 34,4 GW em 2016 e 53 GW em 2017. Além disso, o mercado norte-
americano desacelerou em 2017, instalando em torno de 10,6 GW. A terceira posição no
mercado de energia solar fotovoltaica ficou com a Índia, que instalou 9,1 GW, seguidos
de Japão e da União Europeia.
Além da China, Índia e Japão, o mercado asiático tem confirmado sua maturidade
no setor fotovoltaico, tendo a Austrália (1,25 GW), Coréia (1,2 GW), Paquistão (800
MW), dentre outros países, tornado este tipo de geração componente fundamental no setor
elétrico [31].
Para o mercado da América, apesar do declínio no mercado norte-americano, o
mercado brasileiro apresentou crescimento de 910 MW em 2017. O mercado do Chile
também cresceu 668 MW e o Canadá permaneceu estável comparado à 2016. O México
também possui progresso no setor e o mercado de energia solar tem se tornado promissor
[31].
Na Europa, a Alemanha permaneceu como líder no segmento no continente e
foram instalados 1,8 GW de geração solar no ano de 2017. O Reino Unido permanece em
segunda posição, com 950 MW, seguido da França, com 875 MW e Holanda, com 853
MW. Os demais mercados apresentaram crescimento pouco significativo quando
comparado aos quatro países europeus citados acima [31].
No continente africano, a África do Sul tornou-se o primeiro país africano a
instalar 1 GW de geração solar fotovoltaica em 1 ano, em 2014. Nos anos seguintes até o
ano de 2017, o crescimento desacelerou com apenas 13 MW de energia solar instalados
em 2017 [31].
11
Para o mercado global, segundo dados da IEA (2018), em 2017 a capacidade total
instalada de geração solar fotovoltaica foi de 98 GW no mundo. Esse número representa
um crescimento de 29% ao ano. A Figura 2.1 mostra a evolução anual de painéis
fotovoltaicos instalados em MW por região, de acordo com a IEA.
Além dos dados disponibilizados na Figura 2.1, a Tabela 2.1 mostra a lista dos 10
maiores mercados de energia solar de 2017. A tabela do lado esquerdo representa na
energia total instalada no ano de 2017, enquanto a tabela da direita mostra a capacidade
total de energia instalada no final de 2017. O que se percebe é que apesar do Brasil ainda
não estar no ranking dos 10 maiores países com capacidade instalada em 2017, estamos
crescendo a um ritmo acelerado, comparável aos maiores países com capacidade instalada
do mundo.
Figura 2.1 - Evolução anual da energia solar fotovoltaica por região
mundial. Fonte: IEA, 2018. [31]
12
Ainda no ano de 2017, muitos países passaram a ter contribuição da geração
fotovoltaica superior a 1% na matriz energética. Honduras aparece em primeiro lugar,
com 13,26%, seguido da Alemanha com 7,47% e Grécia com 7,34%. A China, que
atualmente é o maior produtor de energia elétrica a partir de fontes solares alcançou 3%
no último ano. A Figura 2.2 mostra os países e seus respectivos percentuais de geração
solar na matriz energética [31].
Tabela 2.1 – Ranking dos 10 maiores mercados de energia solar de 2017
por potência gerada e capacidade instalada. Fonte: IEA, 2018. [31]
13
Figura 2.2 – Contribuição da geração solar na matriz energética por
país. Fonte: IEA, 2018. [31]
14
2.1.1. Brasil
O mercado de geração solar fotovoltaica no Brasil tem crescido de forma bastante
acelerada e, conforme mostrado anteriormente, o país entrou para o ranking dos 10
maiores países com energia solar fotovoltaica instalada no ano de 2017 [31]. Segundo
dados da Associação Brasileira da Energia Solar Fotovoltaica [32] no segmento de
microgeração e minigeração distribuída, o mercado de energia solar possui maior
crescimento dentre as fontes renováveis. Conforme apresentado na Figura 2.3, 77% da
potência instalada até maio de 2018 foram de fontes solares.
Além disso, dados da ANEEL para o dia 13 de dezembro de 2018 indicam que
1,07% do total da capacidade instalada no Brasil é proveniente de usinas fotovoltaicas,
representando 1,74 GW de potência fiscalizada, ou seja, a energia considerada a partir da
operação comercial da primeira unidade geradora. Os dados da Tabela 2.2 foram retirados
do BIG – Banco de Informações de Geração existente no site da ANEEL e ilustram o que
foi descrito.
Figura 2.3 – Evolução da contribuição de fontes renováveis de energia na
matriz elétrica brasileira. Fonte: ABSOLAR, 2018. [33]
15
Segundo o BIG, existem 17 usinas fotovoltaicas em construção e 53 com
construção não iniciada, totalizando cerca de 1,9 GW de energia, o que representa uma
quantidade superior ao que já está em operação.
Os principais estados com geração distribuída de energia são Minas Gerais
com 62,3 MW de potência instalada, seguido de Rio Grande do Sul, com 41 MW e São
Paulo com 36,8 MW, segundo dados da ABSOLAR [32]. O que se percebe é que a fração
de microgeração e minigeração distribuída ainda representa uma parcela mínima quando
comparada à demanda total de energia elétrica. A Figura 2.4 mostra a potência instalada
em cada estado brasileiro, com seus respectivos percentuais totais em minigeração e
microgeração.
Figura 2.4 – Percentual de mini e microgeração de energia por estado. Fonte:
ABSOLAR, 2018. [32]
Tabela 2.2 Dados de geração de energia para o dia 13 de dezembro de 2018.
Fonte: BIG, 2018. [32]
16
Além do crescimento no setor de geração, pode-se avaliar o desenvolvimento do
mercado fotovoltaico no Brasil em três aspectos, são eles a esfera técnica,
socioeconômica e ambiental. Na sequência, têm-se a avaliação de cada um dos aspectos,
bem como a evolução em cada um dos segmentos nos últimos anos.
Na esfera técnica, vale citar a redução na demanda de energia elétrica de fontes
convencionais, redução nos custos de transmissão e adição de geração de energia próximo
à carga, atendimento aos picos de demanda nos horários de ponta, aumento na segurança
energética, aumento das reservas operacionais, dentre outros fatores [32].
Na esfera socioeconômica pode-se citar que a geração solar fotovoltaica é a maior
geradora de empregos diretos e indiretos dentre todas as outras fontes de energia elétrica
[32]. Em média, 25 a 30 empregos diretos são demandados para cada megawatt de energia
instalado por ano nos seguintes setores: instalação, fabricação, vendas e distribuição,
desenvolvimentos de projetos, dentre outros. O gráfico da Figura 2.5 ABSOLAR [32]
compara o número de empregos gerados por fonte de energia.
Figura 2.5 – Geração de empregos por fonte de energia. Fonte:
ABSOLAR, 2018. [32]
17
Na esfera ambiental, o compromisso brasileiro para o Acordo de Paris foi de
atingir meta de pelo menos 23% da geração de energia através de fontes renováveis além
da hidráulica até 2030, sendo elas energia solar, eólica e biomassa [32]. O principal
objetivo do acordo é manter o aumento de temperatura média global em menos de 2ºC.
Além disso, o Brasil assumiu o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito
estufa em 37% até 2025 e 43% até 2030. Em adição, a energia solar fotovoltaica também
tem sido eficiente na redução da utilização do solo e dos recursos hídricos na geração de
energia elétrica, na redução de emissões de material particulado e poluentes atmosféricos
e no consumo de combustíveis fósseis [32].
18
CAPÍTULO 3. ASPECTOS ECONÔMICOS
3.1. GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, a geração distribuída é dividida
em duas categorias, sendo elas: microgeração e minigeração distribuída. Ambas são
unidades geradoras de energia elétrica a partir de fontes renováveis ou por cogeração
qualificada, conectadas à rede de distribuição. A microgeração distribuída engloba
pequenas centrais geradoras com potência instalada menor ou igual a 75kW. Por outro
lado, a minigeração distribuída engloba as centrais geradoras com potência instalada
superior a 75kW e menor ou igual a 3MW para a fonte hídrica ou 5MW para as demais
fontes [26].
Para o acesso à micro ou minigeração distribuída conectados à rede de
distribuição, exige-se o cumprimento de algumas normas denominados no Módulo 3 do
PRODIST. Essas normas visam esclarecer os procedimentos do interessado em participar
do sistema de microgeração, desde a etapa da solicitação de acesso até a aprovação do
ponto, troca do sistema de medição e início do sistema de compensação. Todas os
procedimentos e etapas de acesso estão descritos na Figura 3.1 [26].
Figura 3.1 – Procedimentos de acesso ao sistema de
microgeração. Fonte: ANEEL, 2016. [26]
19
Além das etapas acima, exige-se também a instalação do sistema de medição
bidirecional, a fim de aferir a energia elétrica consumida e gerada no gerador fotovoltaico.
Cabe à distribuidora adquirir e instalar o sistema de medição, a custo zero, na localidade
da microgeração distribuída. Para o caso de minigeração, caso necessite adequação do
sistema de medição, o acessante é responsável por ressarcir a distribuidora [26].
Por fim, cabe à Receita Federal e às Secretarias da Fazenda Estaduais tratar da
cobrança de impostos e tributos, sendo mais comum a incidência do ICMS (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços) e o PIS/COFINS (Programa de Integração Social
e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
No caso do ICMS, segundo reportagem de maio de 2018 da Associação Brasileira
de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) [27], todos os estados da federação estão
autorizados a isentarem o imposto para microgeração e minigeração distribuída. Com
isso, para os estados que não aderiram ao Convênio ICMS 6, de 5 de abril de 2013, o
imposto toma como base de cálculo toda energia que chega à unidade consumidora
proveniente da distribuidora, sem considerar a compensação de energia. Para os estados
que aderiram, o ICMS incide somente sobre a diferença entre a energia consumida e a
injetada na rede no mês [26].
De acordo com a publicação da lei nº13.169/2015, de 06 de outubro de 2015, o
PIS/COFINS passou a ser cobrado sobre a diferença entra a energia consumida e a energia
injetada na rede. Como este imposto é federal, a regra vale igualmente para todos os
estados do país [26].
20
3.1.1. Sistema de Compensação de Energia (Net metering)
O sistema de compensação de energia permite que a energia excedente gerada pela
unidade consumidora possa ser injetada na rede de distribuição e ser compensada em até
60 dias (limite de tempo de utilização dos créditos de energia). Isto significa que quando
a energia gerada for maior que consumida, o consumidor receberá um crédito em energia
que pode ser utilizado para abater o consumo em outro posto tarifário (no caso de
consumidores com tarifa horária) ou na fatura dos meses seguintes. A Figura 3.2 mostra
o sistema de compensação de energia para grupos de alta tensão (grupo A) e grupos de
baixa tensão (grupo B) [26].
Além do consumidor ter o direito de utilizar os créditos gerados na própria
unidade geradora, este também pode utilizar os créditos em outras unidades dentro da
mesma área de concessão e caracterizadas como autoconsumo remoto, geração
compartilhada ou integrante de empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras
[26].
Caracteriza-se por geração compartilhada a reunião de consumidores numa
mesma área de concessão ou permissão pertencentes à um consórcio ou cooperativa. Por
outro lado, o autoconsumo remoto identifica unidades consumidoras de mesma
titularidade, seja pessoa física ou jurídica, em locais diferentes da unidade geradora. Já os
Figura 3.2 – Exemplo de sistema de compensação de energia.
21
empreendimentos com múltiplas unidades consumidoras são caracterizados por
utilizarem a energia de forma independente, no qual cada parcela de uso individualizado
constitua uma unidade consumidora e as instalações comuns constitua uma unidade
consumidora distinta [26].
22
3.2. VARIÁVEIS FINANCEIRAS DO ESTUDO
Como o presente estudo têm o intuito de avaliar a viabilidade econômica de
sistemas solares fotovoltaicos residenciais, foram selecionados algumas das principais
variáveis financeiras para a análise. Os três principais indicadores financeiros utilizados
são:
Valor Presente Líquido (VPL);
Taxa Interna de Retorno (TIR);
Prazo de payback.
Além disso, para a execução das análises procura-se modelar o problema a partir
do método de fluxo de caixa, o que permite, por fim, avaliar economicamente o projeto.
Nas seções seguintes são mostrados como é feito o cálculo de cada uma das
variáveis descritas acima, bem como mostra-se como foi feita a avaliação financeira.
3.2.1. Valor Presente Líquido (VPL)
O método VPL (em inglês NPV – Net Present Value), conforme apresentado por
Assaf Neto (1994) [28], é utilizado para avaliar se um investimento é viável ou não.
Este método utiliza todas as entradas e saídas de caixa num horizonte de tempo
futuro. Quando o valor presente de todas as entradas de caixa é subtraído de todas as
entradas de caixa e obtêm-se valor maior que zero, considera-se que o investimento será
rentável. No entanto, caso o VPL tenha valor zero, é indiferente investir no projeto, dado
que em valor presente nas saídas são igualadas às entradas de caixa. Por fim, caso o VPL
tenha valor negativo, entende-se que o investimento é inviável do ponto de vista
econômico [29].
Para o cálculo do valor presente das entradas e saídas de caixa é utilizada uma
taxa de desconto, representada por i na Equação 1 abaixo, que representa a perda de valor
do dinheiro ao longo do tempo e o risco do investimento. Esse valor usualmente é igual
a uma Taxa Mínima de Atratividade atribuída para que o investimento seja atrativo ao
investidor.
23
𝑉𝑃𝐿 = ∑𝐹𝑘
(1 + 𝑖)𝑘
𝑛
0
= 𝐹0 +𝐹1
(1 + 𝑖)1+
𝐹2(1 + 𝑖)2
+. . . +𝐹𝑛
(1 + 𝑖)𝑛
Equação 1: Cálculo do VPL.
𝐹0 – Representa o investimento inicial do projeto. Possui valor negativo dado que
representa saída de caixa.
i – Taxa de desconto.
𝐹𝑘- Representa o fluxo de caixa calculado trazido a valor presente.
3.2.2. Taxa Interna de Retorno (TIR)
A Taxa Interna de Retorno (TIR) representa a taxa de desconto que zera o valor
presente líquido do negócio, podendo ser interpretada como a remuneração do capital do
investidor, caso investido no projeto em questão [29]. Seu cálculo é feito a partir da
Equação 2:
0 =∑𝐹𝑘
(1 + 𝑖)𝑘
𝑛
0
= 𝐹0 +𝐹1
(1 + 𝑖)1+
𝐹2(1 + 𝑖)2
+. . . +𝐹𝑛
(1 + 𝑖)𝑛
Equação 2: Cálculo da TIR.
Essa taxa faz com que o VPL seja zero.
A TIR pode ser utilizada para avaliar a rentabilidade, sendo que quanto maior ela
for, mais rentável é o projeto.
24
3.2.3. Payback descontado
O payback, por sua vez, indica o tempo necessário para que o empreendimento
gere um resultado acumulado que se iguale ao investimento inicial. Seu valor pode ser
calculado utilizando-se a Equação 3 abaixo:
𝐼0 =∑𝐹𝑘
𝑛
0
Equação 3: Cálculo do payback.
O payback descontado é o período de tempo necessário para recuperar o
investimento, avaliando-se os fluxos de caixa descontados, ou seja, considerando-se o
valor do dinheiro trazido a valor presente [29].
3.2.4. Fluxo de Caixa Descontado
O Fluxo de Caixa Descontado - FCD é uma ferramenta financeira utilizada no
cálculo do valor de uma empresa, de um projeto específico ou de um ativo no presente,
considerando as entradas e saídas de caixa durante o período de estudo.
Por meio deste método, e utilizando-se uma taxa de desconto, é possível avaliar o
valor do investimento no presente através dos fluxos de caixa futuros. A taxa de desconto
utilizada é composta por dois principais componentes, dentre eles o custo do capital
utilizado no investimento e os riscos relacionados.
Em resumo, o FCD contempla a avaliação do investimento, utilizando-se o risco
que está associado à taxa de retorno, trazendo-se então a valor presente o preço do ativo
ou investimento apropriado a remunerar os proprietários do capital [30].
25
CAPÍTULO 4. ASPECTOS TECNOLÓGICOS
A fim de entender o processo de obtenção de energia solar, é necessário estudar
como este recurso está disponível para a utilização e posteriormente entender as
características técnicas dos dispositivos que compõem o projeto de geração solar.
Atualmente existem dois principais tipos de geração de energia através do sol,
sendo eles a geração solar fotovoltaica e a geração solar térmica. O processo de geração
solar fotovoltaica é baseado no efeito solar fotovoltaico, no qual a radiação solar é
convertida em energia elétrica a partir da excitação de elétrons dos materiais
semicondutores das células fotovoltaicas. Por outro lado, a geração solar térmica, também
conhecida por geração termossolar é realizada através de painéis solares térmicos no qual
a radiação solar é utilizada no aquecimento.
O presente estudo tem o principal foco de estudar a geração solar fotovoltaica e
para isso a seção seguinte tem o intuito de descrever as principais características técnicas
deste processo.
26
4.1. CÉLULAS FOTOVOLTAICAS
Atualmente o material mais utilizado nas células fotovoltaicas é o silício, segundo
elemento mais abundante do planeta, correspondendo a 27,7% da superfície terrestre.
Células que possuem este material em sua estrutura são mais eficientes do ponto de vista
energético quanto maior for o grau de pureza do silício [18]. Além disso, segundo o
Ministério de Minas e Energia [19], o silício é um derivado do quartzo, material no qual
o Brasil possui a maior reserva do mundo, o que representa excelente oportunidade para
a fabricação de células fotovoltaicas no país.
Conforme dito anteriormente, as células fotovoltaicas constituídas por silício são
as mais utilizadas mundialmente, representando mais de 85% do mercado. As células de
silício mais encontradas no mercado são as de cristais monocristalinos, policristalinos e
silício amorfo. Os materiais cristalinos são os mais utilizados devido à disponibilidade e
preço [20].
As células fotovoltaicas são dispostas em conjuntos, conhecidos por módulos
fotovoltaicos, garantindo maior geração de energia para suprir a demanda de
equipamentos elétricos.
Além disso, o preço das células fotovoltaicas tem reduzido consideravelmente
durante os anos, principalmente pelos incentivos governamentais ao desenvolvimento da
indústria solar e devido ao aumento da demanda. O Gráfico 4.1 compara a evolução do
preço das células nos últimos anos.
27
Figura 4.1 – Evolução de preços de células fotovoltaicas em dólares por watt.
Fonte: Portal Solar [20]
4.2. DADOS SOLARIMÉTRICOS E INCLINAÇÃO DO PAINEL
Os dados solarimétricos e meteorológicos da região de instalação dos módulos são
importantes na realização de projetos fotovoltaicos. Dado que não se pode ajustar a
temperatura e a irradiação incidentes no painel e esses são fatores que afetam o
rendimento do painel, deve-se instalar os sistemas de geração fotovoltaica a partir de 3
principais fatores:
- Locais sem sombreamento: o gerador fotovoltaico deve ser colocado distante de
objetos que possam reduzir a irradiação solar incidente para que este atue no seu maior
rendimento;
- Orientação: no hemisfério sul, os painéis devem estar orientados ao norte
geográfico, em direção à linha do equador. Isto ocorre pois nesta localização ocorre a
maior incidência de irradiação solar. Por outro lado, no hemisfério norte os painéis devem
ser orientados para o sul geográfico, pelo mesmo motivo exposto acima.
28
- Inclinação: a fim de gerar o máximo de energia, o ângulo de inclinação do
gerador fotovoltaico deve ser igual à latitude do local onde o sistema será instalado. Isto
ocorre pois nesta inclinação, a radiação solar possui maior componente direta na maior
parte do ano, sendo aproveitado de forma máxima.
29
4.3. SISTEMAS FOTOVOLTAICOS
Segundo a NBR 11704:2008 [24] os sistemas solares fotovoltaicos podem ser
classificados quanto à interligação com o sistema público de energia elétrica e quanto à
configuração, conforme Tabela 4.1.
Além disso, segundo a CRESESB [15], existem três categorias de geração solar
fotovoltaica, sendo elas: sistemas isolados, sistemas conectados à rede e sistemas
híbridos. Os três tipos de categorias se diferenciam nos principais componentes, porém
apresentam em comum uma unidade de controle. A escolha por uma das categorias
depende da aplicação e da disponibilidade dos recursos energéticos. A próxima seção é
destinada a caracterizar cada categoria.
Tabela 4.1 – Classificação dos sistemas fotovoltaicos quanto à interligação
com o sistema público de energia. Fonte: ABNT, 2008. [24]
30
4.3.1. Sistemas isolados
Os sistemas isolados (off grid), em geral, possuem sistema de armazenamento de
energia e são bastante utilizados em locais remotos. O dispositivo eletrônico mais
utilizado no armazenamento de energia são as baterias. A essas baterias são acoplados
dispositivos para controle de carga e descarga de energia, conhecido também por
controlador de carga, principalmente para cargas em corrente contínua. Esses
controladores de carga evitam também cargas e descargas excessivas das baterias no
acumulador, prolongando assim a vida útil da própria bateria. Além disso, para cargas em
corrente alternada, utiliza-se também inversores, no qual convertem a tensão gerada pelos
painéis em corrente contínua para tensão alternada. A Figura 4.2 demonstra de forma
simplificada um diagrama de sistemas fotovoltaicos em função da carga utilizada [15]
[20].
Figura 4.2 – Diagrama de sistema fotovoltaico isolado em função
da carga. Fonte: CRESESB, 2008. [25]
31
4.3.2. Sistemas conectados à rede
Os sistemas conectados à rede são aqueles em que a potência gerada pelos
geradores fotovoltaicos pode ser consumida diretamente pela carga ou injetada
diretamente na rede elétrica convencional. Desse modo, é indispensável que se utilize um
inversor que satisfaça às exigências de segurança e qualidade, para que não afete a
qualidade da energia disponibilizada no sistema de transmissão. A Figura 4.3 representa
um esquema com vários sistemas de geração fotovoltaica conectados à rede através do
inversor [20].
Figura 4.3 – Diagrama de sistema fotovoltaico conectado à
rede. Fonte: CRESESB, 2008. [25]
32
4.3.3. Sistemas híbridos
Os sistemas híbridos são aqueles que utilizam mais de uma forma de geração de
energia, por exemplo, grupo gerador a diesel, aerogeradores e geradores fotovoltaicos.
Este tipo de geração é mais complexo e necessita de controle capaz de otimizar a geração,
além de integrar os vários geradores. Existem vários tipos possíveis de sistemas híbridos
e a Figura 2.13 ilustra uma dessas possibilidades [20].
Figura 4.4 – Diagrama de sistema fotovoltaico
híbrido. Fonte: CRESESB, 2008. [25]
33
4.3.4. Componentes dos sistemas fotovoltaicos
Os sistemas fotovoltaicos descritos acima utilizam alguns componentes
eletrônicos auxiliares, dentre eles:
• Controlador de carga: também chamado de regulador de carga, normalmente
presente em sistemas isolados, que, portanto, necessitam da presença de baterias para o
armazenamento de energia. Tem a função de proteger as baterias de sobrecargas do
sistema e prevenir que se descarreguem completamente. Além disso, se regulados de
forma correta, asseguram que o sistema opere em sua máxima eficiência [20].
• Banco de baterias: mais utilizadas em sistemas isolados, são responsáveis por
armazenar a energia elétrica gerada pelos módulos, com a finalidade de suprir a demanda
elétrica na ausência da radiação solar, sendo, portanto, de extrema importância, para a
estabilidade do sistema [20].
• Inversor de frequência: dispositivos eletrônicos que fornecem energia elétrica em
corrente alternada (condição de trabalho da maioria dos equipamentos) a partir de uma
fonte de energia elétrica em corrente contínua (gerada pelo sistema fotovoltaico), de modo
a viabilizar a aplicação direta dos sistemas fotovoltaicos. Além disso, o inversor ajusta a
frequência e nível de tensão gerada, para que o sistema possa ser conectado à rede,
respeitando as normas vigentes estabelecidas pela Aneel [20].
Cabeamento: são utilizados cabos que seguem as normas técnicas UL2556 e
IEC60332-1. Esses cabos possuem revestimento diferenciado para suportar a incidência
solar e ao calor devido a esse tipo de exposição. Devem também suportar a tensão e a
corrente gerada pelo sistema de geração solar. Além disso, o sistema requer cabeamento
para corrente contínua e corrente alternada, visto que a corrente de saída das placas é em
corrente contínua e a dos equipamentos elétricos da casa podem ser em corrente alternada
[20].
• Relógio bidirecional: para o sistema solar on grid. Como parte da energia gerada
pode ser cedida à rede de distribuição de eletricidade, é preciso saber o quanto gerou de
excedente na geração, que no caso representa a energia injetada na rede e o quanto de
energia foi consumida na rede de distribuição. Para isso, faz-se o uso de relógios
bidirecionais de medição de energia elétrica consumida e injetada na rede [20].
34
• Estrutura de suporte: são as estruturas necessárias para suportar os módulos
fotovoltaicos [20].
35
CAPÍTULO 5. CARACTERÍSTICAS DO LOCAL E DOS
EQUIPAMENTOS
Para se analisar o custo de sistemas fotovoltaicos, é interessante se definir qual
cenário de estudo e quais tipos de sistema serão avaliados. Para isso, precisa-se avaliar
qual será a carga a ser atendida e qual carga deseja-se adquirir dos painéis fotovoltaicos.
O presente estudo tem o intuito de avaliar dois tipos de sistemas: sistemas de minigeração
conectados à rede (on grid ou grid-tie) e sistemas de minigeração isolados, com
armazenamento (off grid). O que diferencia os dois sistemas é que para os conectados à
rede, quando a produção é maior que o consumo, o saldo de energia é injetado na rede de
distribuição. Por outro lado, os sistemas isolados utilizam baterias para armazenar o
excesso de energia, o que torna a instalação menos burocrática quando comparada à de
modelos conectados à rede.
Conforme dito anteriormente, os sistemas fotovoltaicos conectados à rede e os
sistemas desconectados da rede se diferenciam em seus componentes. A Tabela 5.1
mostra os principais equipamentos de cada um desses sistemas.
Tabela 5.1 – Principais equipamentos de sistemas solares. Fonte: Elaboração
própria.
On grid Off grid
Painel Solar X X
Estrutura de suporte X X
Inversor X X
Controlador de Carga X
Bateria X
Relógio Bidirecional X
As próximas seções deste capítulo são destinadas a caracterizar as cargas que
serão estudadas bem como a característica do local onde foi realizado o estudo, mostrando
os dados de consumo para diferentes parâmetros de carga, o tipo de sistema a ser avaliado,
seja conectado ou desconectado da rede, e os projetos para cada um dos sistemas.
36
5.1. CARACTERÍSTICAS DO LOCAL
Os sistemas estudados serão avaliados para uma região tropical, instalados em
Jacaraípe, no município de Serra, no estado do Espirito Santo e atendidos em baixa tensão.
As coordenadas geográficas da residência são mostradas na Tabela 5.2. Vale lembrar que
esta localização será importante para avaliar o potencial de geração solar do sistema, bem
como para servir como referência para os cálculos.
Tabela 5.2 – Coordenadas geográficas da residência. Fonte: Adaptado de [34].
Coordenadas
Latitude 20º 07' 43" S
Longitude 40º 18' 28" W
A partir das coordenadas e utilizando-se o software SunData¹, é possível fazer o
cálculo do potencial energético solar da região. Os valores de irradiação solar diária média
mensal em kWh/m².dia pode ser vistos na Figura 5.1.
Figura 5.1 – Incidência solar do local de instalação do sistema fotovoltaico.
Fonte: Adaptado de [35]
A partir dos dados acima, têm-se a média diária de irradiação de 5,21 kWh/m².
5,77
6,37
5,68
5,15
4,76
4,514,59
5,14 5,25,04
4,85
5,51
0 2 4 6 8 10 12
Irradiação Solar [kWh/m².dia]
37
5.2. LEVANTAMENTO DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA
Para a avaliação do consumo de energia elétrica das cargas definidas para o
estudo, foi utilizada a Tabela 5.3, que mostra o consumo médio de equipamentos
encontrados em residências, disponibilizado pela CEMIG.
Tabela 5.3 – Potência de equipamentos elétricos. Fonte: CEMIG [36]
38
39
A partir dessas informações, foram selecionados os seguintes parâmetros de carga
para o estudo:
- Sistema 1: consumo médio mensal de 336 kWh.
Tabela 5.4 – Sistema 1. Fonte: Elaboração própria.
EQUIPAMENTO Pot (W) QTD Total Horas/mês kWh
LÂMPADA FLUOR. 23W 23 10 230 150 35
CHUVEIRO 3500 2 7000 20 140
TELEVISÃO 150 2 300 150 45
GELADEIRA 110 1 110 450 50
FERRO DE PASSAR ROUPA 1000 1 1000 3 3
LAVADORA DE ROUPA 500 1 500 12 6
VENTILADOR 100 2 200 240 48
AR CONDICIONADO 12000BTU 760 1 760 8 6
FOGAO 60 1 60 8 0
COMPUTADOR 100 1 100 30 3
TOTAL 336
40
- Sistema 2: consumo médio mensal de 481 kWh:
Tabela 5.5 - Sistema 2. Fonte: Elaboração própria.
EQUIPAMENTO Pot (W) QTD Total Horas/mês kWh
LÂMPADA FLUOR. 23W 23 15 345 150 52
CHUVEIRO 3500 2 7000 20 140
TELEVISÃO 150 3 450 150 68
GELADEIRA 110 1 110 450 50
FERRO DE PASSAR ROUPA 1000 2 2000 3 6
LAVADORA DE ROUPA 500 1 500 12 6
VENTILADOR 100 3 300 240 72
AR CONDICIONADO 12000BTU 760 2 1520 8 12
FOGAO 60 1 60 8 0
COMPUTADOR 100 2 200 30 6
ASPIRADOR DE PO 100 1 100 10 1
ROTEADOR 100 1 100 240 24
GRIL 900 1 900 5 5
OUTRAS TOMADAS 4000 1 4000 10 40
TOTAL 481
- Sistema 3: consumo médio mensal de 822 kWh:
Tabela 5.6 - Sistema 3. Fonte: Elaboração própria.
EQUIPAMENTO Pot (W) QTD Total Horas/mês kWh
LÂMPADA FLUOR. 23W 60 20 1200 150 180
CHUVEIRO 3500 3 10500 20 210
TELEVISÃO 150 3 450 150 68
GELADEIRA 110 2 220 450 99
FERRO DE PASSAR ROUPA 1000 2 2000 3 6
LAVADORA DE ROUPA 500 1 500 12 6
LIQUIDIFICADOR 300 1 300 240 72
SECADOR DE CABELOS 1400 3 4200 8 34
VENTILADOR 100 2 200 8 2
AR CONDICIONADO 12000BTU 760 3 2280 30 68
LAVADOURA DE LOUÇA 1500 1 1500 10 15
CAFETEIRA 600 1 600 30 18
FREEZER 130 2 260 5 1
MICROONDAS 1200 2 2400 10 24
FOGÃO DE INDUÇÃO 2000 1 2000 20 40
TOTAL 842
41
- Sistema 4: consumo médio mensal de 3.370 kWh:
Tabela 5.7 - Sistema 4. Fonte: Elaboração própria.
EQUIPAMENTO Pot (W) QTD Total Horas/mês kWh
LÂMPADA FLUOR. 23W 23 30 690 150 104
CHUVEIRO 3500 5 17500 20 350
TELEVISÃO 150 3 450 150 68
GELADEIRA 110 3 330 450 149
FERRO DE PASSAR ROUPA 1000 2 2000 3 6
LAVADORA DE ROUPA 500 2 1000 12 12
LIQUIDIFICADOR 300 5 1500 240 360
SECADOR DE CABELOS 1400 3 4200 8 34
VENTILADOR 100 2 200 8 2
AR CONDICIONADO 12000BTU 760 5 3800 30 114
LAVADOURA DE LOUÇA 1500 2 3000 10 30
CAFETEIRA 600 3 1800 30 54
FREEZER 130 2 260 5 1
MICROONDAS 1200 4 4800 10 48
FOGÃO DE INDUÇÃO 2000 2 4000 10 40
OUTRAS 10000 1 10000 200 2000
TOTAL 3370
Desse modo, para avaliar a potência consumida em cada um dos sistemas, decide-
se considerar o consumo pleno de energia de 6 horas, a fim de simplificar os cálculos.
Desse modo, têm-se:
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎 =𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎(𝑘𝑊ℎ)
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜𝑑𝑒𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜𝑝𝑙𝑒𝑛𝑜
Assim, obtém-se a Tabela 5.8:
Tabela 5.8- Potência elétrica por sistema. Fonte: Elaboração própria.
Sistema Energia (kWh) Pot (kW)
1 336 56.00
2 481 80.17
3 842 140.33
4 3370 561.67
Após a caracterização dos sistemas, vale entender o custo da energia elétrica no
estado do Espirito Santo e a segregação entre classes de tarifas para os diferentes níveis
42
de consumo de energia. Vale lembrar também que os cenários apresentados acima são
hipotéticos e serão utilizados como parâmetro de comparação dos sistemas de geração.
5.3. CUSTO DA ENERGIA ELÉTRICA NO ESPÍRITO SANTO
A tarifa de energia elétrica para o estado do Espírito Santo para consumidores em
baixa tensão (menor do que 2,3kV) e inseridos no grupo B é segmentada em Tarifa do
Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) e Tarifa de Energia (TE), conforme explicado
anteriormente. A Tabela 5.9 mostra os grupos de consumo e os valores das respectivas
tarifas.
Tabela 5.9 – Tarifa de energia elétrica em baixa tensão. Fonte: EDP, 2018 [36]
Além disso, para os cálculos de viabilidade econômica do projeto de geração solar,
é necessário conhecer o histórico de reajuste de tarifa elétrica para determinada região.
Este valor está disponível no site da distribuidora de energia, que para este caso foi a
EDP. Os dados de reajuste tarifário dos últimos 5 anos estão disponíveis na Tabela 5.10.
Tabela 5.10 – Histórico de reajuste de tarifa de energia elétrica anual (5 anos).
Fonte: EDP, 2018 [36]
43
44
CAPÍTULO 6. CARACTERISTICAS DA GERACAO E CUSTO
DOS EQUIPAMENTOS
6.1. PREMISSAS ADOTADAS
Para o cálculo de viabilidade econômica do projeto, foram estabelecidas algumas
premissas a fim de mostrar a atratividade do negócio. As premissas foram definidas
utilizando-se a Nota Técnica 0062/2018 da ANEEL para recebimento de contribuições
visando o aprimoramento das regras aplicáveis à micro e minigeração distribuídas [37].
Desse modo, as premissas abaixo foram adotadas no estudo.
1. Horizonte do projeto de 25 anos, levando-se em consideração a garantia dos
módulos fotovoltaicos de acordo com o que é garantido pelos fabricantes. Neste
período os fabricantes atestam que os painéis funcionarão de forma eficiente, com
potencial de produção de pelo menos 90% da potência até o décimo segundo ano
e 80% em 25 anos [37];
2. De acordo com o Boletim Mensal de Geração Solar Fotovoltaica fornecido pelo
ONS e mostrado na Figura 6.1, quase toda a potência dos painéis solares é gerada
entre 6h e 17h.
Figura 6.1 – Geração média horária – Boletim Mensal de Geração Solar
Dez/18. Fonte: ONS [38]
45
3. Custos de um sistema solar fotovoltaico típico de pequeno porte: como esses
sistemas não requerem praticamente nenhum tipo de manutenção, considera-se
apenas a troca do inversor e das baterias durante o período de vida útil dos painéis
(25 anos). Esta troca é realizada no décimo terceiro ano e equivale a
aproximadamente 20% do custo total do projeto [37];
4. Taxa de crescimento anual do mercado potencial: sugere-se a utilização dos dados
constantes no Plano Decenal de Expansão – PDE 2026, que indicam crescimento
no consumo de energia elétrica de 3,7% a.a. [37];
5. Redução da capacidade de geração do sistema por ano: utiliza-se taxa de
depreciação do painel de 0,89% ao ano como base para os cálculos considerando
o pior cenário em que em 25 anos têm-se redução de 20% da capacidade de
geração do painel solar [37];
6. O conceito de valor do dinheiro no tempo exige um ajuste por meio de taxa de
juros para as receitas no futuro. Desse modo, utiliza-se a taxa SELIC por ser uma
taxa utilizada como referência para outras taxas de juros. Essa taxa será utilizada
como correção monetária dos valores no fluxo de caixa. O valor da taxa para o
mês de Janeiro/2019 é de 6,50% ao ano [39];
7. Para fins de cálculo da tarifa a longo prazo, foi considerada a projeção da tarifa
de energia e tarifa de distribuição, utilizando-se como base dados obtidos de
empresa especializada em projeções da tarifa de energia [40]. Este valor considera
o incremento na TE e na TUSD. A Figura 6.2 abaixo mostra a evolução desses
valores e a projeção até o ano de 2024 em R$/MWh. Como a análise considera 25
anos, foi utilizada a média das tarifas entre novembro de 2012 e março de 2024
para os anos que sucedem o ano de 2024;
46
Figura 6.2 – Evolução e projeção de crescimento da tarifa de energia elétrica
em R$/MWh. Fonte: Empresa Especializada. [Fonte: Elaboração Própria]
8. Os percentuais para os impostos ICMS e PIS/COFINS estão apresentados na
conta de energia da residência e representam, respectivamente, 25% e 1,59%.
9. A contribuição para iluminação pública está apresentada na conta de energia da
residência e é de R$33,52.
346
283309
375
455
543
479526 527
575
635590 598 612 623 627
nov-12 nov-13 nov-14 nov-15 nov-16 nov-17 nov-18 nov-19 nov-20 nov-21 nov-22 nov-23
47
6.2. PESQUISA DE MERCADO DOS EQUIPAMENTOS
A partir das informações disponibilizadas acima e das premissas adotadas, pode-
se avaliar os principais equipamentos para os sistemas de geração solar on grid e off grid
para cada carga adotada. As tabelas em sequência mostram os dados coletados na
pesquisa de mercado feita com fornecedores de equipamentos de geração solar, dentre
elas as empresas Neosolar e Minha Casa Solar, líderes no segmento no mercado
brasileiro. A Tabela 6.1 apresenta os modelos de inversores encontrados no mercado.
48
Tabela 6.1 - Modelos de Inversor. Fonte: Elaboração própria.
Modelos de Inversor Pmax Preço (R$) Preço/Kwh Tipo
Inversor Grid-tie 1,0KW sem Wi-fi ECOSOLYS - ECOS1000 1000 1.837,63 1,84 Grid tie
Inversor Grid-tie 1,5KW com Wi-fi SOLARVIEW - 1500 S-220V 1500 3.669,00 2,45 Grid tie
Inversor Grid-tie 2,0KW com Wi-fi ECOSOLYS - ECOS2000 Plus 2000 2.865,00 1,43 Grid tie
Inversor Grid-tie Fronius Primo 3.0-1 (3.000W) 3000 8.690,00 2,90 Grid tie
Inversor Fronius Primo 4.0-1 (4.000W) 4000 9.590,00 2,40 Grid tie
Inversor Fronius Primo 5.0-1 (5.000W) 5000 10.590,00 2,12 Grid tie
Inversor Fronius Primo 8.2-1 (8.200W) 8200 13.790,00 1,68 Grid tie
Inversor Fronius Symo 12.5-3-M (12.500W) 12500 20.690,00 1,66 Grid tie
Inversor Fronius Symo 15.0-3-M (15.000W) 15000 22.790,00 1,52 Grid tie
Inversor Fronius Symo 17.5-3-M (17.500W) 17500 24.990,00 1,43 Grid tie
Inversor Senoidal Epever IPower IP350-11 - 350W / 12Vcc / 120Vca 350 599,00 1,71 Off grid
Inversor Senoidal Epever IPower IP350-12 - 350W / 12Vcc / 220Vca 350 599,00 1,71 Off grid
Inversor Senoidal Epever IPower IP500-11 - 500W / 12Vcc / 120Vca 500 749,00 1,50 Off grid
Inversor Senoidal Epever IPower IP500-12 - 500W / 12Vcc / 220Vca 500 749,00 1,50 Off grid
Inversor Xantrex PROwatt SW 600 (600W / 120Vac / 60Hz) 600 1.499,00 2,50 Off grid
Inversor de Tensão - Epsolar SHI 600VA / 220V 600 1.369,00 2,28 Off grid
Inversor Unitron iVolt - 700W / 12Vcc / 220Vac / 60Hz 700 839,00 1,20 Off grid
Inversor 800W 12V/220V Hayonik Hay800W 800 491,00 0,61 Off grid
Inversor 800W 12V/127V Hayonik Hay800W 800 524,00 0,66 Off grid
Inversor Senoidal Epsolar SHI1000-22 - 1000VA / 24Vcc / 220Vca 1000 1.749,00 1,75 Off grid
Inversor Senoidal Epsolar STI1000-24-220 - 1000VA / 24Vcc / 220Vca 1000 2.619,00 2,62 Off grid
Inversor Xantrex Xpower1000 (1000W / 120Vac / 60Hz) 1000 1.099,00 1,10 Off grid
Inversor Unitron iVolt - 1000W / 12Vcc / 115Vac / 60Hz 1000 1.199,00 1,20 Off grid
Inversor 1000W 12V/220V Hayonik Hay1000W 1000 1.145,00 1,15 Off grid
Inversor 1000W 12V/127V Hayonik Hay1000W 1000 1.149,00 1,15 Off grid
Inversor Senoidal Epever IPower IP1500-11 - 1500W / 12Vcc / 120Vca 1500 1.599,00 1,07 Off grid
Inversor Senoidal Epever IPower IP1500-12 - 1500W / 12Vcc / 220Vca 1500 1.599,00 1,07 Off grid
Inversor Unitron iVolt - 1500W / 12Vcc / 220Vac / 60Hz 1500 1.769,00 1,18 Off grid
Inversor Unitron iVolt - 1500W / 12Vcc / 115Vac / 60Hz 1500 1.699,00 1,13 Off grid
Inversor 1500W 12V/127V Hayonik Hay1500W 1500 768,00 0,51 Off grid
Inversor 1500W 12V/220V Hayonik Hay1500W 1500 876,00 0,58 Off grid
Inversor Senoidal Epever IPower IP2000-22 - 2000W / 24Vcc / 220Vca 2000 1.899,00 0,95 Off grid
Inversor 2000W 12V/220V Hayonik Hay2000W 2000 1.179,00 0,59 Off grid
Inversor 2000W 12V/127V Hayonik Hay2000W 2000 1.299,00 0,65 Off grid
Inversor Xantrex Xpower3000 (3000W / 120Vac / 60Hz / 12Vdc) 3000 3.599,00 1,20 Off grid
49
A partir da Tabela 6.2 percebe-se que o preço por kWh de energia para sistemas
off grid são ligeiramente mais baratos do que os de sistemas conectados à rede (grid tie).
A Tabela 6.2 mostra os modelos de painéis solares pesquisados, bem como seus
respectivos valores no mercado.
Tabela 6.2 - Modelos de painéis solares. Fonte: Elaboração própria.
Modelos de paineis solares Pmax Preço (R$) Preço/Kwh
Policristalino Globo Brasil - GBR-260P 260 799,00 3,07
Risen Solar - RSM60-6-275P 275 579,00 2,11
Canadian Solar - C 26K-275P 275 599,00 2,18
Sinosola SA275-60P 275 499,00 1,81
Yingli YL280P-29b 280 624,00 2,23
Monocristalino Canadian Solar - C26K-305M 305 689,00 2,26
GCL-P6/72 330 679,00 2,06
Sinosola SA330-72P 330 599,00 1,82
Monocristalino Risen Solar - RSM72-6-345M 345 739,00 2,14
Outro equipamento importante são as stringbox, equipamento bastante utilizado
em sistemas fotovoltaicos a fim de evitar acidentes elétricos, como o curto circuito e os
surtos elétricos. A Tabela 6.3 mostra os valores das stringbox disponíveis no mercado.
Tabela 6.3 - Modelos de stringbox. Fonte: Elaboração própria.
Modelos de Stringbox Preço (R$)
Stringbox Neosolar PRO 2x1 1000V 25A IP65 929,00
Stringbox Neosolar PRO 2x2 1000V 25A IP65 1.699,00
Stringbox Neosolar PRO 3x1 1000V 25A / 800V 32A IP65 c/ fusível 1.139,00
Stringbox Neosolar PRO 4x2 1000V 25A IP65 1.699,00
Stringbox Neosolar 2x1 800V 32A IP40 929,00
Stringbox Neosolar 2x2 1000V 50A IP65 2.049,00
Stringbox Neosolar 4x2 800V 15A IP65 c/ disjuntor 2.649,00
Stringbox Neosolar 6x2 1000V 15A IP65 c/ fusível 3.590,00
Stringbox 1 ou 2 strings, 01 saída/01 ou 02 entrada ECOSOLYS - ECOSTRING 752,00
Os equipamentos elétricos para sistemas fotovoltaicos também são
comercializados em kits, que contém desde os painéis fotovoltaicos até as stringbox.
Porém esses equipamentos são mais encontrados para sistemas conectados a rede. Os
preços dos kits solares são apresentados na Tabela 6.4.
50
Tabela 6.4 - Modelos de kits solares. Fonte: Elaboração própria.
Modelo Pmax Preço Preço/Kwh Tipo
Kit Solar Grid-Tie 134 4.153,63 1,03 Grid-tie
Kit Solar Grid-Tie 66 2.869,00 1,45 Grid-tie
Kit Solar Grid-Tie 220 6.564,00 0,99 Grid-tie
Kit Solar Grid-Tie 144 5.738,00 1,33 Grid-tie
Kit Solar Grid-Tie INGETEAM 396 12.095,38 1,02 Grid-tie
Kit Solar Grid-Tie ECOSOLYS 252 5.261,00 0,70 Grid-tie
Kit Solar Grid-Tie 396 11.413,10 0,96 Grid-tie
Kit Solar Grid-Tie 216 6.343,00 0,98 Grid-tie
Kit Solar Grid-Tie 950 22.371,00 0,78 Grid-tie
Kit Solar Grid-Tie 594 17.411,11 0,98 Grid-tie
Kit Solar Grid-Tie 412 14.345,00 1,16 Grid-tie
Kit Solar Grid-Tie 600 18.763,56 1,04 Grid-tie
Kit Solar Grid-Tie 990 30.099,00 1,01 Grid-tie
Kit Solar Grid-Tie 3000 22.032,26 0,24 Grid-tie
Para a geração off grid, o sistema de baterias é de extrema importância pois
garante o armazenamento do excedente de energia para a utilização em períodos noturnos,
ou para picos de demanda de energia. A Tabela 6.5 ilustra o preço dos dispositivos
descritos acima.
Tabela 6.5 - Modelos de baterias. Fonte: Elaboração própria.
Modelo Preço
Bateria Estacionária Heliar Freedom DF1500 (93Ah / 80Ah) 609,00
Bateria Estacionária Heliar Freedom DF1000 (70Ah / 60Ah) 459,00
Bateria Estacionária Heliar Freedom DF700 (50Ah / 45Ah) 399,00
Bateria Estacionária Heliar Freedom DF500 (40Ah / 36Ah) 359,00
Bateria Estacionária Heliar Freedom DF300 (30Ah / 26Ah) 279,00
Bateria Estacionária Moura Clean 12MF105 (105Ah) 719,00
Bateria Estacionária Heliar Freedom DF4100 (240Ah / 220Ah) 1.499,00
Bateria Estacionária Heliar Freedom DF3000 (185Ah / 170Ah) 1.309,00
Bateria Estacionária Heliar Freedom DF2500 (165Ah / 150Ah) 1.099,00
Bateria Estacionária Heliar Freedom DF2000 (115Ah / 105Ah) 719,00
Bateria Estacionária Moura Clean 12MF220 (220Ah) 1.449,00
Bateria Estacionária Moura Clean 12MF150 (150Ah) 1.049,00
Bateria Estacionária Moura Clean 12MF150 (150Ah) 629,00
51
Para sistemas desconectados da rede, tem-se também os controladores de carga,
que estão apresentados na Tabela 6.6.
Tabela 6.6 - Modelos de controladores de carga. Fonte: Elaboração própria.
Modelos de controladores de carga Preço (R$)
Controlador de Carga Epever Landstar LS1024B 10A 12/24V 149.90
Controlador de Carga Epever Landstar LS2024B 20A 12/24V 246.90
Controlador de Carga Epever Landstar LS3024B 30A 12/24V 354.90
Controlador de Carga MPPT Epever TRIRON 4210N 40A 12/24V 769.90
Controlador de Carga Schneider XW-MPPT60/150 (12-60V / 60A) 4,290.00
A próxima etapa após a pesquisa de mercado foi dimensionar os sistemas de
geração solar conectados à rede e os sistemas de geração solar desconectados da rede, que
estão apresentados nas próximas sessões.
52
CAPÍTULO 7. CARACTERIZAÇÃO DAS CARGAS DO ESTUDO
Após a pesquisa de mercado, a próxima etapa foi definir para cada nível de carga
o potencial de geração do sistema, para então quantificar as diferenças entre os modelos.
A Tabela 7.1 mostra os sistemas que serão avaliados.
Tabela 7.1 – Parâmetros de carga. Fonte: Elaboração própria.
Para o cálculo da geração para as diferentes cargas, considera-se os painéis
voltados para o norte geográfico e ângulo de inclinação em torno de 21 graus para a região
de Serra, no Espírito Santo.
7.1. Dimensionamento dos painéis solares
Para o projeto, foi escolhido o modelo de painel solar Canadian Solar - C 26K-
275P por ser encontrado facilmente em lojas e por possuir boa relação preço por kWh.
Para o cálculo do potencial de geração solar desconectado da rede, será
considerado um fator de rendimento que engloba a perda de potência nos cabos, no
regulador de tensão, nas baterias e no inversor. Este fator será utilizado pois o sistema
será altamente dependente da potência gerada nos painéis, já que não possui nenhum tipo
de ligação à rede, sendo necessário o abastecimento de energia feito através da geração
de energia das placas. A equação para o rendimento dos sistemas desconectados da rede
está apresentada abaixo.
𝜂𝑜𝑓𝑓𝑔𝑟𝑖𝑑 = 𝜂𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠 ∗ 𝜂𝑟𝑒𝑔 ∗ 𝜂𝑏𝑎𝑡 ∗ 𝜂𝑖𝑛𝑣
𝜂𝑜𝑓𝑓𝑔𝑟𝑖𝑑 = 0.99 ∗ 0.98 ∗ 0.9 ∗ 0.96 = 84%
Assim, para cada um dos 4 sistemas de geração solar fotovoltaica, têm-se o
seguinte número de módulos, separados entre geração solar conectada à rede (on grid) e
geração solar desconectada da rede (off grid):
Parâmetros de carga
Carga 1: 336 kWh/mês
Carga 2: 481 kWh/mês
Carga 3: 842 kWh/mês
Carga 4: 3370 kWh/mês
53
- Geração Solar Conectada à Rede:
Tabela 7.2 – Número de placas por carga para sistemas conectados. Fonte:
Elaboração própria.
Sistema Energia (kWh) Pot (kW) N de placas
1 336 2.24 8.15
2 481 3.21 11.66
3 842 5.61 20.41
4 3370 22.47 81.70
- Geração Solar Desconectada da Rede:
Tabela 7.3 - Número de placas por carga para sistemas desconectados. Fonte:
Elaboração própria.
Sistema Energia (kWh) Pot (kW) η N de placas
1 336 2.24 84% 9.70
2 481 3.21 84% 13.88
3 842 5.61 84% 24.30
4 3370 22.47 84% 97.26
7.2. Dimensionamento dos inversores
Como a tensão de saída dos painéis solares são em corrente contínua, os inversores
são os equipamentos necessários para transformar esta corrente em alternada, de forma
que seja possível ser utilizada por alguns equipamentos elétricos. Esses equipamentos
podem ser visualizados nas Tabela 7.4 e Tabela 7.5.
- Geração Solar Conectada à Rede:
Para os sistemas conectados à rede, têm-se os seguintes inversores:
Tabela 7.4 – Inversores para sistemas conectados. Fonte: Elaboração própria.
Sistema Pot (kW) Inversor
1 2.24 Inversor Grid-tie Fronius Primo 3.0-1 (3.000W)
2 3.21 Inversor Fronius Primo 4.0-1 (4.000W)
3 5.61 Inversor Fronius Primo 8.2-1 (8.200W)
4 22.47 Inversor Fronius Symo 17.5-3-M (17.500W) + Inversor Fronius Primo 5.0-1 (5.000W)
54
- Geração Solar Desconectada da Rede:
Para os sistemas desconectados da rede, têm-se os seguintes inversores:
Tabela 7.5 - – Inversores para sistemas desconectados. Fonte: Elaboração
própria.
Sistema Pot (kW) Inversor
1 2.24 Inversor Xantrex Xpower3000 (3000W)
2 3.21 Inversor Xantrex Xpower3000 (3000W)
3 5.61 2 x Inversor Xantrex Xpower3000 (3000W)
4 22.47 7 x Inversor Xantrex Xpower3000 (3000W)
7.3. Dimensionamento das baterias
Para os sistemas isolados também deve-se considerar a capacidade de
armazenamento das baterias. Como as baterias a serem dimensionadas serão de ciclo
profundo, será considerada uma descarga diária de 90%. Além disso, serão utilizadas
baterias de 24V, por serem facilmente encontradas no mercado. Desse modo, a energia
suficiente para suprir a demanda de energia nos sistemas isolados para os períodos diurnos
e noturnos pode ser dada por:
Tabela 7.6 – Dimensionamento das baterias. Fonte: Elaboração própria.
Sistema Energia (kWh) Pot (kW) Fator Descarga Baterias (kWh/dia) Capacidade (A.h)
1 336 2.24 90% 12.44 518.52
2 481 3.21 90% 17.81 742.28
3 842 5.61 90% 31.19 1299.38
4 3370 22.47 90% 124.81 5200.62
Aproximando-se a descarga diária (90%) da bateria em 210 horas, a partir de uma
regra de três simples temos que a taxa de descarga completa será de aproximadamente
233 horas. Assim, serão necessárias baterias do tipo 𝐶20 com 240 A.h de capacidade, que
serão do modelo Heliar DF4100, encontradas facilmente no mercado. Desse modo, têm-
se o seguinte número de baterias por sistema:
55
Tabela 7.7 – Número de baterias dos sistemas. Fonte: Elaboração própria.
Sistema Capacidade
(A.h) N de
baterias
1 518.52 2.16
2 742.28 3.09
3 1299.38 5.41
4 5200.62 21.67
7.4. Dimensionamento dos controladores de carga
A capacidade do controlador de carga deve ser suficiente para suportar a corrente
dos painéis e as de consumo. Desse modo, para um sistema em 24V, escolhendo-se um
controlador de 60 A modelo Schneider XW-MPPT60/150 (12-60V / 60A), têm-se a
seguinte potência para os controladores de carga:
Tabela 7.8 – Número de controladores de carga por sistema. Fonte: Elaboração
própria.
Sistema Energia (kWh) Pot (kW) Controlador (A) N de controladores
1 336 2.24 93.33 1.56
2 481 3.21 133.61 2.23
3 842 5.61 233.89 3.90
4 3370 22.47 936.11 15.60
56
CAPÍTULO 8. RESULTADOS OBTIDOS
Conforme descrito anteriormente, o trabalho foi desenvolvido a partir da busca de
preço de mercado dos dispositivos eletrônicos de projetos de geração solar fotovoltaico
para diferentes cenários de carga. Os resultados obtidos para cada parâmetro de carga
estão apresentados abaixo.
8.1. Sistema 1: 336 kWh/mês
Para o sistema 1, obteve-se as seguintes especificações:
Tabela 8.1 – Projeto para sistema 1 conectado à rede. Fonte: Elaboração
própria.
Tabela 8.2 - Projeto para sistema 1 desconectado à rede. Fonte: Elaboração
própria.
Comparando-se as duas tabelas, percebe-se que o custo dos sistemas
desconectados da rede é 1.57 vezes maior do que o custo dos sistemas conectados à rede.
A principal diferença se dá pelo alto custo das baterias e dos controladores de carga
presentes nos sistemas desconectados, o que torna o sistema bastante custoso. Porém,
percebe-se uma redução considerável no preço dos inversores, que para os sistemas
desconectados possui preço 2.41 vezes menor do que os inversores de sistemas
conectados.
Modelo Qtd Preco Total
Placas Canadian Solar - C 26K-275P 8 599.00 4,792.00
Inversores Inversor Grid-tie Fronius Primo 3.0-1 (3.000W) 1 8,690.00 8,690.00
TOTAL 13,482.00
Sistema conectado à rede
Modelo Qtd Preco Total
Placas Canadian Solar - C 26K-275P 10 599.00 5,990.00
Inversores Inversor Xantrex Xpower3000 (3000W) 1 3,599.00 3,599.00
Baterias Heliar DF4100 2 1,499.00 2,998.00
Controlador XW-MPPT60/150 2 4,290.00 8,580.00
TOTAL 21,167.00
Sistema desconectado da rede
57
8.2. Sistema 2: 481 kWh/mês
Tabela 8.3 - Projeto para sistema 2 conectado à rede. Fonte: Elaboração
própria.
Tabela 8.4 - Projeto para sistema 2 desconectado da rede. Fonte: Elaboração
própria.
Para o segundo sistema, percebe-se uma redução no custo dos sistemas
desconectados quando comparados aos sistemas conectados. Para este caso, o sistema
desconectado representa 149% o valor do sistema conectado. Percebe-se também a
grande diferença entre o custo do inversor, que para este caso se torna ainda maior,
representando 266% o valor do inversor para sistema desconectado da rede.
8.3. Sistema 3: 842 kWh/mês
Tabela 8.5 - Projeto para sistema 3 conectado à rede. Fonte: Elaboração
própria.
Tabela 8.6 - Projeto para sistema 3 desconectado da rede. Fonte: Elaboração
própria.
Modelo Qtd Preco Total
Placas Canadian Solar - C 26K-275P 12 599.00 7,188.00
Inversores Inversor Fronius Primo 4.0-1 (4.000W) 1 9,590.00 9,590.00
TOTAL 16,778.00
Sistema conectado à rede
Modelo Qtd Preco Total
Placas Canadian Solar - C 26K-275P 14 599.00 8,386.00
Inversores Inversor Xantrex Xpower3000 (3000W) 1 3,599.00 3,599.00
Baterias Heliar DF4100 3 1,499.00 4,497.00
Controlador XW-MPPT60/150 2 4,290.00 8,580.00
TOTAL 25,062.00
Sistema desconectado da rede
Modelo Qtd Preco Total
Placas Canadian Solar - C 26K-275P 20 599.00 11,980.00
Inversores Inversor Fronius Primo 8.2-1 (8.200W) 1 9,590.00 9,590.00
TOTAL 21,570.00
Sistema conectado à rede
58
Para o terceiro sistema, percebe-se um aumento no custo dos sistemas
desconectados quando comparados aos sistemas conectados. Para este caso, o sistema
desconectado representa 214% do valor do sistema conectado. Percebe-se agora redução
significativa no custo do inversor, tornando a diferença entre os preços de 75% do valor
do inversor para sistema desconectado da rede.
8.4. Sistema 4: 3.370 kWh/mês
Tabela 8.7 - Projeto para sistema 4 conectado à rede. Fonte: Elaboração
própria.
Tabela 8.8 - Projeto para sistema 4 desconectado da rede. Fonte: Elaboração
própria.
Para o quarto sistema, percebe-se uma nova redução no custo dos sistemas
desconectados quando comparados aos sistemas conectados. Para este caso, o sistema
desconectado representa 162% do valor do sistema conectado. Percebe-se agora uma
redução no custo do inversor, tornando a diferença entre os preços de 141% do valor do
inversor para sistema desconectado da rede.
Desse modo, com todos os sistemas dimensionados, obtém-se as seguintes curvas
comparativas entre os valores totais do sistema e entre os valores dos inversores.
Modelo Qtd Preco Total
Placas Canadian Solar - C 26K-275P 24 599.00 14,376.00
Inversores Inversor Xantrex Xpower3000 (3000W) 2 3,599.00 7,198.00
Baterias Heliar DF4100 5 1,499.00 7,495.00
Controlador XW-MPPT60/150 4 4,290.00 17,160.00
TOTAL 46,229.00
Sistema desconectado da rede
Modelo Qtd Preco Total
Placas Canadian Solar - C 26K-275P 82 599.00 49,118.00
Inversores Inversor Fronius Symo 17.5-3-M (17.500W) + Inversor Fronius Primo 5.0-1 (5.000W)1 35,580.00 35,580.00
TOTAL 84,698.00
Sistema conectado à rede
Modelo Qtd Preco Total
Placas Canadian Solar - C 26K-275P 24 599.00 14,376.00
Inversores Inversor Xantrex Xpower3000 (3000W) 7 3,599.00 25,193.00
Baterias Heliar DF4100 22 1,499.00 32,978.00
Controlador XW-MPPT60/150 15 4,290.00 64,350.00
TOTAL 136,897.00
Sistema desconectado da rede
59
Figura 8.1 – Comparação entre custos dos sistemas de geração solar. Fonte:
Elaboração própria.
Percebe-se que o Sistema 2 possui menor relação entre o custo total de sistemas
fotovoltaicos e a menor relação entre os preços dos inversores. Isso indica que os
orçamentos de projetos de sistemas conectados à rede e desconectados da rede possuem
valores próximos, mostrando potencial alternativa de aplicação de sistemas
desconectados.
1.57 1.49
2.14
1.62
2,41
0,75
2,66
1,41
Sistema 1 Sistema 2 Sistema 3 Sistema 4
Custo total Custo do inversor
60
CAPÍTULO 9. CONCLUSÃO
O principal objetivo do presente trabalho foi a elaboração de um comparativo
entre os orçamentos de projetos de sistema solar conectados à rede e desconectados da
rede. Para isso, foi necessário entender o panorama atual do mercado de energia solar
fotovoltaica tanto no Brasil quanto no mundo, interpretando-o do ponto de vista de
oportunidades e formas de atuação.
A partir dos dados apresentados no desenvolvimento do trabalho, percebe-se um
grande potencial no setor de energia elétrica para o Brasil por dois fatores, o primeiro é a
busca por processos de geração de energia sustentáveis, e o segundo devido à mudança
de paradigma do setor fotovoltaico no qual os consumidores serão também produtores de
energia. Consequentemente, os incentivos ao uso de energia solar e a redução no custo
dos dispositivos eletrônicos que compõem o sistema fazem com que o mercado fique
ainda mais interessante.
Ainda sobre a redução nos custos dos sistemas de geração fotovoltaica, a evolução
tecnológica tem tornado o investimento atrativo e viável economicamente quando
comparado à outros tipos de geração de energia, como a térmica. Projeções dos órgãos
competentes no setor, como o plano decenal de energia elétrica, apontam um crescimento
íngreme no mercado para os próximos anos. Com a redução nos custos dos sistemas, esse
crescimento deve ganhar ainda mais força.
Desse modo, é esperado um crescimento no número de sistemas instalados, o que
torna o mercado favorável à exploração da energia solar fotovoltaica, tornando a matriz
de geração de energia elétrica descentralizada, no qual a geração não dependerá apenas
de fontes convencionais de energia e os consumidores passarão a ser também geradores
de energia elétrica. Isso também modifica a estrutura organizacional dos órgãos
envolvidos no processo de geração, distribuição e transmissão, que devem se adequar à
nova matriz que se forma.
Além disso, a redução nos custos dos sistemas de geração solar fotovoltaica
aliados à incentivos fiscais são combustíveis essenciais no crescimento do mercado no
Brasil. Como as projeções indicam que ambos serão impulsionados nos próximos anos,
61
o mercado brasileiro espera um crescimento relevante, tornando nossa matriz energética
ainda mais limpa e segura.
Além do descrito acima, recomenda-se antes da execução do projeto de instalação
solar fotovoltaica a realização de uma pesquisa de campo, através de coleta de dados
primários, como o consumo mensal e a localização exata do empreendimento. Desse
modo, pode-se avaliar de forma mais precisa a redução no custo de energia elétrica e qual
o tipo de sistema mais adequado para o cliente final.
Com relação aos projetos estudados, verifica-se a diferenciação de preços dos
equipamentos eletrônicos para sistemas conectados à rede e desconectados da rede. Para
os sistemas conectados à rede, vale notar a diferenciação dos serviços oferecidos no
mercado, ressaltando os serviços de garantia de furto, planos de manutenção preventiva
e corretiva e sistemas de monitoramento de geração de energia. Somado a isso, novos
serviços atrelados aos projetos de geração solar estão sendo testados, como por exemplo,
a criação de uma central global de monitoramento de geração solar, utilizando-se os dados
obtidos nos aplicativos de monitoramento de geração; central de monitoramento de longa
distância no qual as empresas de projeto conseguem monitorar de forma preventiva danos
no sistema de geração solar dos seus clientes, dentre outros tipos de serviços.
Além do benefício econômico, há também o benefício ambiental caracterizado
pela redução na emissão de gás carbônico e a redução de poluentes provenientes das
fontes de energia convencionais. O benefício social também deve ser citado, dado que a
geração solar é uma das fontes de energia que gera mais empregos de forma direta ou
indireta.
Por fim, o presente trabalho propõe estudos futuros sobre a possibilidade de
comercialização do excedente de energia no mercado livre de energia para o mercado de
varejo com a finalidade de redução ainda maior no tempo de retorno no investimento.
Para o proposto, é necessária uma adequação tecnológica ampla, bem como o esforço
conjunto dos órgãos competentes associados à contratação de energia no mercado livre.
Vale ainda propor um estudo técnico, no sentido de entender como os órgãos competentes
e o sistema de distribuição de energia pode se adequar ao novo cenário potencial proposto.
62
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