anÁlise das condiÇÕes de seguranÇa e saÚde ocupacional em um terminal portuÁrio de apoio...
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ANLISE DAS CONDIES DE SEGURANA E SADE OCUPACIONAL
EM UM TERMINAL PORTURIO DE APOIO LOGSTICO OFFSHORE EM
PROJETOS DE E&P
Flavia Motta Coelho de Castro Zaln
MONOGRAFIA SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE PS-
GRADUAO EM ENGENHARIA DE SEGURANA DO TRABALHO DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS
REQUISITOS NECESSRIOS PARA OBTENO DO TTULO DE ESPECIALISTA
EM ENGENHARIA DE SEGURANA DO TRABALHO.
Orientadora
ProfaClaudia do Rosrio Vaz Morgado, D.Sc., Eng de Seg. do Trabalho
Coorientador
Prof.Vilmar Augusto Azevedo Miranda, D.Sc., Eng.de Seg. do Trabalho
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
ABRIL DE 2015.
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ZALN, FLAVIA MOTTA COELHO DE
CASTRO
Anlise das condies de segurana e sade
ocupacional em um terminal porturio de apoio
logstico offshore em projetos de E&P [Rio de
Janeiro] 2015.
XX, 215p., 29,7 cm (EP/ UFRJ,
Especialista, Engenharia de Segurana do
Trabalho, 2015).
MonografiaUniversidade Federal do Rio
de Janeiro, EP
1. Segurana do Trabalho e Sade
Ocupacional.
I. EP/ UFRJ II. Ttulo (Srie)
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DEDICATRIA
Em primeiro lugar, dedico esse projeto aomeu marido, Guilherme Zaln, afinal,voc a minha vida, alm de estar sempredisposto a me ajudar. n szeretlektgedet!!!
E sem pestanejar, minha me, Lcia,que a pessoa at hoje mais presente naminha vida, partilhando das minhastristezas e alegrias, me apoiando em tudo
e dando os melhores conselhos domundo. n szeretlek tgedet is!!!
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AGRADECIMENTOS
Aos professores e demais colaboradores do curso de Ps-graduao em
Engenharia de Segurana do Trabalho da UFRJ pela transferncia de conhecimento,
experincia profissional e de vida. Especialmente ao Professor Vilmar Miranda, pela sua
orientao, contribuio, disponibilidade e auxlio na elaborao dessa monografia, alm
da dedicao que demonstrou no decorrer das reunies.
Aos colegas da turma 29 (vinte e nove) pela unio, amizade, companheirismo e
troca de experincias e colaborao durante a realizao dessa Ps-graduao,
particularmente as amigas rica, Clara e Paula.
empresa Queiroz Galvo Explorao e Produo e seus colaboradores,
principalmente o Coordenador de Sade, Segurana e Meio Ambiente (SMS), Fernando
Bastos Stringhini e o Gerente de Blocos Exploratrios, Jos Milton Cronemberger
Mendes, os quais possibilitaram o desenvolvimento desse trabalho, alm do tempo
disponibilizado durante o expediente, da ateno, acolhimento, compartilhamento de
informaes, dados e documentos fornecidos, da vivncia profissional propiciada e
aquisio de experincia na rea de Segurana do Trabalho na indstria do petrleo. Sem
essa colaborao, a elaborao desse projeto no seria possvel!
minha famlia por todo o apoio fornecido ao longo dessa etapa que est sendo
vencida, pelo carinho, compreenso, suporte e amparo em todos os momentos, em
particular ao meu marido Guilherme, meus pais Lcia e Pedro, minha sogra Suzana, meus
irmos Fernnanda e Bernardo, meu tio Gustavo e meus avs.
Aos amigos Arne pelo incentivo e recomendao acerca da realizao dessa Ps-
graduao, alm do auxlio prestado ao longo da mesma, e Marina pela pacincia e
compreenso com relao ausncia e distanciamento impostos pela dedicao a esse
curso, alm do companheirismo e amizade sempre presentes!
E a todos os demais que, direta ou indiretamente colaboraram para a elaborao
desse trabalho.
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Resumo da Monografia apresentada Escola Politcnica da Universidade Federal do Rio
de Janeiro como parte dos requisitos necessrios para obteno do ttulo de Especialista
em Engenharia de Segurana do Trabalho.
ANLISE DAS CONDIES DE SEGURANA E SADE OCUPACIONAL
EM UM TERMINAL PORTURIO DE APOIO LOGSTICO OFFSHORE EM
PROJETOS DE E&P
Flvia Motta Coelho de Castro Zaln
Abril/2015
Orientadora: ProfaClaudia do Rosrio Vaz Morgado, D.Sc., Eng de Seg. do Trabalho
Coorientador: Prof.Vilmar Augusto Azevedo Miranda, D.Sc., Eng.de Seg. do Trabalho
O objetivo deste projeto foi a anlise das condies de segurana e sade ocupacional em
um terminal porturio de uso privativo, no qual a empresa Queiroz Galvo Explorao e
Produo realiza operaes de apoio logstico offshore. Essa anlise contemplou apenas
as operaes relacionadas s atividades da Empresa, e se embasou na legislao aplicvel.
Ela foi confeccionada a partir de uma ampla metodologia, a qual incluiu, dentre outras
verificaes, visitas empresa e ao porto, inspees de segurana, entrevistas com
colaboradores e anlise de dados e documentos. Assim, por meio de todo esse material
coletado e analisado, foram identificadas tanto boas condies no ambiente laboral,
quanto alguns desvios. A partir desses desvios, foi realizado o clculo das multas que
poderiam ser aplicadas por um agente do Ministrio de Trabalho, os perigos e riscos
foram analisados, bem como foram recomendadas medidas e aes visando a melhoria
das condies de sade e segurana dos trabalhadores envolvidos nas operaes. O
resultado obtido acerca dos perigos e riscos da atividade, foi realista e condizente com as
teorias, e ao final foi includo um plano de ao elaborado a partir da hierarquizao das
recomendaes.
Palavras-chave: Offshore. Porto. Perigos. Riscos. Sade. Segurana. Trabalho.
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Abstract of the paper presented to the Engineering School of Universidade Federal do Rio
de Janeiro as one of the essential requirements for obtaining the graduate title as a
Specialist in Occupational Safety Engineering.
ANALYSIS OF THE OCCUPATIONAL HEALTH AND SAFETY CONDITIONS
OF A PORT THAT PROVIDES LOGISTICAL OFFSHORE SUPPORT TO P&E
PROJECTS
Flavia Motta Coelho de Castro Zaln
April/2015
Advisor: Claudia do Rosrio Vaz Morgado, D.Sc., Occupational Safety Engineer
Joint Advisor: Vilmar Augusto Azevedo Miranda, D.Sc., Occupational Safety Engineer
This projectsgoal was the analysis of the occupational health and safety conditions of a
harbor, where the Company Queiroz Galvo Explorao e Produo executes offshore
logistical support operations. This analysis only covers the operations related to the
Companys activities, and was based in the applicable legislation. It was developed using
an extensive methodology, which includes, besides other verifications, visits to the
Company and to the harbor, safety inspections, and interviews with the employees,
documents and data analysis. Therefore, all these collected and analyzed data, not only
helped to identify good practices, as well as non-conformities in the working
environment. Using these non-conformities, a calculation of the fines that could be
imposed by an agent of the Ministrio do Trabalho was made, the hazards and risks
involved were analyzed, as well as recommendations of actions regarding what was
observed, intending to make improvements in the operational laborershealth and safety
conditions. The result regarding the hazards and risks was considered realistic and trustful
according to theoretical works; moreover, in the end, there is an action plan included,
developed from the recommendations ranking.
Keywords: Hazards. Health. Offshore. Occupational. Risks. Harbor. Safety.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1.1Localizao da empresa. ......................................................................... 13
Figura 2.2.1Localizao do Bloco BS-4. ................................................................... 14
Figura 2.2.2Localizao dos poos de Atlanta e Oliva. ............................................. 14
Figura 2.3.1Organograma com destaque ao setor de QSMS da QGEP. .................... 15
Figura 2.4.1Terminal de apoio porturio da Bizton. .................................................. 17
Figura 2.4.2Posio do TUP. ...................................................................................... 18
Figura 2.4.3Quadro de resumo das informaes da Bizton........................................ 19
Figura 2.4.4Quadro com a escala de trabalho dos setores e equipes no TUP. ........... 19
Figura 2.4.5Quadro com a recomendao de uma nova escala de trabalho. .............. 20
Figura 2.5.1Placar de segurana da Bizton. ............................................................... 21
Figura 2.5.2Mapa do porto com a numerao referente s suas reas principais. ..... 22
Figura 2.5.3Tanque de leo diesel. ............................................................................. 23
Figura 2.5.4Crculo referente s obras do cais. .......................................................... 23
Figura 2.6.1Infraestrutura da QGEP no porto ............................................................ 24
Figura 2.6.2Vista interna do armazm da QGEP. ...................................................... 24
Figura 2.6.3Vista do ptio de armazenamento da QGEP. .......................................... 25
Figura 2.6.4Continerese cestas da QGEP no Porto ................................................. 25
Figura 2.7.1Fluxograma das atividades da QGEP no Porto. ...................................... 26
Figura 3.2.1Parte do quadro de acidentes ocupacionais fatais dos Estados Unidos em2013. ................................................................................................................................ 34
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Figura 3.3.1.1Convs. ................................................................................................. 40
Figura 3.3.1.2Operador circulando na rea de movimentao de veculos. ............... 42
Figura 3.3.1.3Operadores em momento de descanso. ................................................ 44
Figura 3.3.1.4Tabela de incompatibilidade qumica. ................................................. 45
Figura 3.3.1.5Influncia da luz solar na armazenagem de inflamveis...................... 47
Figura 3.3.1.1.1Parte do quadro de produtos perigosos, com o diesel. ...................... 49
Figura 3.3.1.1.2Parte do quadro de produtos perigosos, com a tinta. ........................ 50
Figura 3.3.1.1.3Parte do quadro de produtos perigosos, com a tintaspray................ 50
Figura 3.3.1.1.4Parte do quadro de produtos perigosos, com as pilhas e baterias. .... 50
Figura 3.3.3.1Parte do Quadro I da NR-4. ................................................................. 55
Figura 3.3.3.2CNPJ da Bizton. ................................................................................... 55
Figura 3.3.3.3Dimensionamento do SESMT de acordo com o Quadro II da NR-4. . 56
Figura 3.3.3.4Carto de Desvio Positivo. ................................................................... 58
Figura 3.3.4.1Quadro de dimensionamento da CIPA de acordo com a NR-5. .......... 62
Figura 3.3.4.2Mapa de Riscos. ................................................................................... 63
Figura 3.3.5.1Zoneamento do porto. .......................................................................... 66
Figura 3.3.5.2Cliente circulando na rea de carga e descarga.................................... 68
Figura 3.3.5.3Funcionrios realizando backload. ...................................................... 68
Figura 3.3.6.1Lista de primeiros socorros apresentada no PCMSO........................... 74
Figura 3.3.7.1
Ptio de armazenamento prximo ao depsito de produtos qumicos. 77
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Figura 3.3.7.2Caminho ao cais, onde circulam cargas de todas as empresas............. 77
Figura 3.3.7.3Reforma do piso. .................................................................................. 78
Figura 3.3.7.4Escadas do prdio administrativo. ....................................................... 79
Figura 3.3.7.5Fotografia da umidade presente no piso do armazm ps-chuva. ....... 80
Figura 3.3.8.1Agrupamento dos funcionrios no PPRA, pelos GHE. ....................... 83
Figura 3.3.8.2Obra no cais. ........................................................................................ 85
Figura 3.3.9.1Guindastes. ........................................................................................... 89
Figura 3.3.9.2Empilhadeira em operao. .................................................................. 90
Figura 3.3.9.3Empilhadeira retirando uma carga de um caminho. ........................... 90
Figura 3.3.9.4Inspeo realizada nos ganchos. .......................................................... 91
Figura 3.3.9.5Cabos substitudos separados para destinao. .................................... 92
Figura 3.3.9.6Pau de Carga. Fonte: Relatrio de inspeo da QGEP ........................ 93
Figura 3.3.9.7Transportadores manuais de carga. ...................................................... 93
Figura 3.3.9.8Paleteira manual. .................................................................................. 94
Figura 3.3.9.9Armazm de produtos qumicos destacando a discrepncia dos pisos. 95
Figura 3.3.10.1Distncia segura da empilhadeira. ................................................... 101
Figura 3.3.10.2Operador circulando muito prximo da empilhadeira e sua carga. . 101
Figura 3.3.10.3Organizao das ferramentas no armazm da QGEP. ..................... 102
Figura 3.3.10.4Carga movimentada sobre trabalhadores duranteBackload. ........... 103
Figura 3.3.10.5
Sinalizao da empilhadeira. ........................................................... 104
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Figura 3.3.10.6Placa de advertncia quanto empilhadeiras. .................................. 104
Figura 3.3.10.7Sinalizao das mquinas e locais onde ficam instaladas. ............... 106
Figura 3.3.12.1Quadro 3-Anexo 2-NR-16 com atividades observadas. .................. 118
Figura 3.3.12.2Armazenagem de leo sujo da QGEP. ............................................. 119
Figura 3.3.12.3Armazenagem de latas de tinta. ....................................................... 120
Figura 3.3.12.4Armazenagem materiais inflamveis. .............................................. 120
Figura 3.3.12.5Armazenagem de materiais inflamveis da QGEP. ......................... 121
Figura 3.3.12.6reas de risco determinadas pelo item 3, do Anexo 2 da NR-16. ... 122
Figura 3.3.16.1Sinalizao dos alarmes de emergncia. .......................................... 136
Figura 3.3.16.2Extintores e mangueiras observados. ............................................... 137
Figura 3.3.16.3Extintores sem demarcao no piso observados no TUP. ............... 138
Figura 3.3.18.1.1Tambores contaminados por resduos qumicos. .......................... 149
Figura 3.3.18.1.2Armazenamento de Lmpada Fluorescente. ................................. 150
Figura 3.3.18.1.3Bigbagsem identificao. ............................................................. 152
Figura 3.3.18.1.4Cesta contendo resduos em bigbags sem identificao. .............. 152
Figura 3.3.18.1.5Resduos de madeira de pallet sem identificao. ........................ 152
Figura 3.3.18.1.6Resduos classe I e II armazenados no mesmo local. ................... 153
Figura 3.3.18.1.7Armazenamento de Madeira no ptio. .......................................... 154
Figura 3.3.18.1.8Portos, estaleiros e pescadores prximos ao TUP. ....................... 155
Figura 3.3.18.1.9
Coleta seletiva no TUP. ................................................................ 157
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Figura 3.3.19.1Sinalizao de proibio. ................................................................. 160
Figura 3.3.19.2Sinalizao de Segurana. ................................................................. 161
Figura 3.3.19.3Parte do Quadro do Anexo 1, relativa a aerossis inflamveis. ....... 162
Figura 3.3.19.4Parte do Quadro do Anexo 1, relativa a lquidos inflamveis. ........ 162
Figura 3.3.19.5FISPQ da tintasprayacrlica da QGEP. .......................................... 163
Figura 3.3.19.6FISPQ do Cloreto de Potssio acessvel e visvel. ........................... 164
Figura 3.3.19.7FISPQ ampliada referente Figura 4.3.17.6. ................................... 165
Figura 3.3.19.8FISPQ das bombonas de resduos da QGEP, acessvel e visvel. .... 165
Figura 3.3.20.1Gradao das multas de acordo com o Anexo 1 da NR-28. ............ 169
Figura 3.3.20.2Gradao das multas de acordo com o Anexo 1 da NR-28. ........... 169
Figura 4.3.1Incidente ocorrido em Dezembro de 2013. ........................................... 175
Figura 4.5.1Matriz de Riscos. .................................................................................. 183
Figura 5.2.1Quadro de gradao para aplicao nas Tabelas 5.2.3 e 5.2.4. ............. 198
Figura 5.2.3Calendrio de tratamento das recomendaes. ..................................... 201
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LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1Aplicabilidade das Normas Regulamentadoras do MTE. .......................... 32
Tabela 3.3.1.1Atendimento aos itens da NR-29. ........................................................ 36
Tabela 3.3.2.1Anlise da Conformidade da NR-1 ...................................................... 52
Tabela 3.3.3.1Anlise da Conformidade NR-4 .......................................................... 53
Tabela 3.3.3.2Atendimento ao SESMT. ..................................................................... 57
Tabela 3.3.4.1Anlise da Conformidade NR-5. ......................................................... 60
Tabela 3.3.4.2Atendimento da CIPA. ......................................................................... 62
Tabela 3.3.5.1Anlise da Conformidade NR-6 .......................................................... 65
Tabela 3.3.6.1Anlise da Conformidade NR-7. ......................................................... 70
Tabela 3.3.7.1Anlise da Conformidade NR-8. ......................................................... 75
Tabela 3.3.8.1Anlise da Conformidade NR-9. ......................................................... 81
Tabela 3.3.9.1Anlise da Conformidade NR-11. ....................................................... 88
Tabela 3.3.10.1Tpicos analisados da NR-12. ........................................................... 97
Tabela 3.3.11.1Atendimento aos itens da NR-15. .................................................... 111
Tabela 3.3.11.2Anexos da NR-15 aplicveis s atividades da Empresa. ................. 112
Tabela 3.3.12.1Atendimento aos itens da NR-16. .................................................... 116
Tabela 3.3.12.2Anexos da NR-16 aplicveis s atividades da Empresa. ................. 117
Tabela 3.3.13.1Atendimento aos itens da NR-17. .................................................... 125
Tabela 3.3.14.1Atendimento aos itens da NR-20. .................................................... 128
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Tabela 3.3.15.1Atendimento aos itens da NR-20. .................................................... 133
Tabela 3.3.16.1Atendimento aos itens da NR-23. .................................................... 135
Tabela 3.3.17.1Atendimento aos itens da NR-24. .................................................... 140
Tabela 3.3.18.1Atendimento aos itens da NR-25. .................................................... 142
Tabela 3.3.18.2Classificao e destinao dos resduos do bloco BS-4 em 2013.... 144
Tabela 3.3.18.3Volume e destino dos efluentes do ano de 2013, do bloco BS-4. ... 145
Tabela 3.3.18.1.1Demais Legislaes Complementares NR-25. .......................... 146
Tabela 3.3.19.1Atendimento aos itens da NR-26. .................................................... 159
Tabela 3.3.20.2Anlise da NR-28 (Infraes da NR-16 NR-29). .......................... 168
Tabela 3.3.20.3Valores mnimos e mximos calculados de cada infrao. ............. 169
Tabela 3.3.20.4Somatrio total, com os valores finais das multas ........................... 170
Tabela 4.3.1Acidentes e incidentes ocorridos nas operaes da QGEP. .................. 174
Tabela 4.5.1 Anlise dos perigos relativos aos agentes Ergonmicos e Biolgicos
identificados. ................................................................................................................. 179
Tabela 4.5.2 Anlise dos perigos quanto aos agentes Fsicos, Qumicos e
Mecnicos. ..................................................................................................................... 180
Tabela 4.5.3Anlise dos perigos quanto aos Qumicos ............................................ 181
Tabela 4.5.4Estabelecimento da severidade para anlise do risco. .......................... 182
Tabela 4.5.5Estabelecimento da probabilidade para anlise do risco. ..................... 182
Tabela 4.5.6Classificao dos riscos. ....................................................................... 183
Tabela 4.5.7Critrios de aceitao dos riscos. .......................................................... 184
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Tabela 5.1.1Recomendaes para os desvios observados no TUP. ......................... 188
Tabela 5.2.1Recomendaes que atendem a determinados fatores de risco. ........... 198
Tabela 5.2.2Relao de cada NR com a categoria determinada. .............................. 199
Tabela 5.2.3Recomendaes que atendem as NR de categorias I, II, III e IV ......... 199
Tabela 5.2.4Recomendaes em relao aos fatores de risco da Tabela 5.2.1......... 200
Tabela 5.2.5 Combinao entre as diferentes gradaes obtidas para
hierarquizao. ............................................................................................................... 201
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LISTA DE GRFICOS
Grfico 1.1.3.1Acidentes da atividade 52.31. ............................................................... 6
Grfico 1.1.3.2Acidentes da atividade 52.31 com CAT registrada. ............................. 6
Grfico 2.8.1Operaes deLoad em toneladas. ......................................................... 29
Grfico 2.8.2Movimentao de gua em litros. ........................................................... 29
Grfico 2.8.3Operaes deBackLoad em toneladas. ................................................. 30
Grfico 3.1Percentual de Aplicabilidade e anlise das NR. ....................................... 31
Grfico 3.3.1.1Atendimento aos itens da NR-29. ....................................................... 35
Grfico 3.3.3.1Atendimento aos itens da NR-4 .......................................................... 54
Grfico 3.3.4.1Atendimento aos itens da NR-5 .......................................................... 61
Grfico 3.3.5.1Atendimento aos itens da NR-6 .......................................................... 65
Grfico 3.3.6.1Atendimento aos itens da NR-7 .......................................................... 71
Grfico 3.3.7.1Atendimento aos itens da NR-8 .......................................................... 75
Grfico 3.3.8.1Atendimento aos itens da NR-9. ......................................................... 80
Grfico 3.3.9.1Atendimento aos itens da NR-11. ....................................................... 88
Grfico 3.3.10.1Percentual de anlise dos tpicos da NR-12. ................................... 97
Grfico 3.3.10.2Atendimento aos itens analisados da NR-12. ................................... 99
Grfico 3.3.11.1Atendimento aos itens da NR-15. ................................................... 111
Grfico 3.3.12.1Atendimento aos itens da NR-16. ................................................... 117
Grfico 3.3.13.1Atendimento aos itens da NR-17. ................................................... 125
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Grfico 3.3.14.1Atendimento aos itens da NR-20. ................................................... 129
Grfico 3.3.15.1Atendimento aos itens da NR-21. ................................................... 134
Grfico 3.3.16.1Atendimento aos itens da NR-23. ................................................... 135
Grfico 3.3.17.1Atendimento aos itens da NR-24. ................................................... 140
Grfico 3.3.18.1Atendimento aos itens da NR-25. ................................................... 142
Grfico 3.3.18.1.1Percentual dos resduos da QGEP. .............................................. 147
Grfico 3.3.18.1.2Resduos da QGEP classificados conforme a NBR 10004. ........ 148
Grfico 3.3.19.1Atendimento aos itens da NR-26. ................................................... 159
Grfico 4.1.1Anlise Global das Normas Regulamentadoras. ................................. 171
Grfico 4.1.2Anlise do valor das multas e quantidade de infraes de cada NR. .. 172
Grfico 4.2.1Anlise comparativa dos Stop Cards com as JSA por ms. ................ 173
Grfico 4.3.1Pirmide da ICNA versus as ocorrncias no TUP em 2013. ............... 176
Grfico 4.3.2Comparao da pirmide da ICNA e ocorrncias no TUP .................. 176
Grfico 4.4.1Perfil dos Trabalhadores Entrevistados. .............................................. 177
Grfico 4.5.1Percentual dos riscos, de acordo com a sua classificao. .................. 184
Grfico 4.5.2Contribuio dos agentes na composio total dos riscos. .................. 185
Grfico 4.5.3Percentual da classificao dos riscos, em cada agente analisado. ..... 185
Grfico 4.5.4Classificao dos perigos analisados, com relao ao seu risco. ........ 186
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SUMRIO
CAPTULO 1INTRODUO ...................................................................................... 1
1.1. Estrutura Porturia em Operaes de leo & Gs e suas Condies de Segurana .......... 1
1.1.1.Logstica Porturia.............................................................................................................. 1
1.1.2.Cadeia de leo e Gs Natural............................................................................................. 3
1.1.3.Segurana do Trabalho e Sade Ocupacional em Terminais Porturios............................ 4
1.2. Projeto ......................................................................................................................... 7
1.3. Justificativa do Projeto ................................................................................................. 8
1.4. Objetivos Gerais ........................................................................................................... 8
1.4.1.Objetivos Especficos .................................................................................................. 9
1.5. Metodologia ................................................................................................................ 9
1.6. Estrutura do Trabalho ................................................................................................. 10
CAPTULO 2DESCRIO DA QGEP E DA BIZTON ............................................ 12
2.1. Queiroz Galvo Explorao e Produo ....................................................................... 12
2.2. Negcios e Operaes ................................................................................................ 13
2.3. Gesto Interna da Empresa ......................................................................................... 15
2.4. Bizton ........................................................................................................................ 17
2.5. Descrio do porto ..................................................................................................... 21
2.6. Infraestrutura da QGEP no TUP ................................................................................... 24
2.7. Atividades da QGEP no TUP ........................................................................................ 26
2.8. Movimentaes de Produtos Realizadas pela QGEP................................................. 28
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xix
CAPTULO 3ANLISE DAS LEGISLAES APLICVEIS ................................ 31
3.1. Normas Regulamentadoras No Aplicveis ao Projeto ................................................. 32
3.2. Normas Regulamentadoras Aplicveis e No Analisadas .............................................. 33
3.3. Normas Regulamentadoras Analisadas ....................................................................... 35
3.3.1.NR-29 (Segurana e Sade no Trabalho Porturio).......................................................... 35
3.3.1.1. Demais Normas e Legislaes Complementares NR-29 .............................................. 48
3.3.2.NR-1 (Disposies Gerais)................................................................................................. 52
3.3.3.NR-4 (Servio Especializado em Segurana e Medicina do Trabalho).............................. 53
3.3.4.NR-5 (Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA)............................................. 59
3.3.5.NR-6 (Equipamentos de Proteo Individual - EPI)........................................................... 64
3.3.6.NR-7 (Programa de Controle Mdico e de Sade Ocupacional - PCMSO)........................ 70
3.3.7.NR-8 (Edificaes)............................................................................................................. 75
3.3.8.NR-9 (Programa de Preveno de Riscos Ambientais - PPRA).......................................... 80
3.3.9.NR-11 (Transporte, Movimentao e Manuseio de Materiais)........................................ 87
3.3.10. NR-12 (Mquinas e Equipamentos)................................................................................ 96
3.3.11. NR-15 (Atividades e Operaes Insalubres)................................................................. 110
3.3.12. NR-16 (Atividades e Operaes Perigosas).................................................................. 116
3.3.13. NR-17 (Ergonomia)....................................................................................................... 125
3.3.14. NR-20 (Segurana e Sade no Trabalho com Inflamveis e Combustveis)................. 128
3.3.15. NR-21 (Trabalhos a Cu Aberto)................................................................................... 133
3.3.16. NR-23 (Proteo Contra Incndios).............................................................................. 135
3.3.17. NR-24 (Condies Sanitrias e de Conforto nos Locais de Trabalho)........................... 140
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3.3.18. NR-25 (Resduos Industriais)......................................................................................... 142
3.3.18.1. Demais legislaes complementares NR-25 ...................................................... 146
3.3.19. NR-26 (Sinalizao de Segurana)................................................................................ 159
3.3.20. NR-28 (Fiscalizao e Penalidades).............................................................................. 166
CAPTULO 4ANLISE DOS PERIGOS E RISCOS .............................................. 171
4.1. Consolidao da Anlise das Normas Regulamentadoras ........................................... 171
4.2. Nmeros de Stop CardsNegativos e Anlises de Segurana ....................................... 172
4.3. Dados Obtidos nas Entrevistas e nos Relatrios de Acidentes .................................... 174
4.4. Entrevistas Com os Trabalhadores ............................................................................ 177
4.5. Anlise dos Perigos e Riscos Mais Relevantes QGEP ................................................ 178
CAPTULO 5RECOMENDAES E CONSIDERAES FINAIS ..................... 187
5.1. Recomendaes de Aes a Serem Tomadas ............................................................. 187
5.2. Mtodo de como Hierarquizar as Recomendaes .................................................... 196
5.3. Consideraes Finais................................................................................................. 202
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .......................................................................... 206
APNDICE IQUESTIONRIO DE VISITA INICIAL ........................................... 212
APNDICE IIQUESTIONRIO DE ENTREVISTAOPERADORES ................ 213
ANEXO IPOLTICA DO SGI DA QGEP ................................................................ 214
ANEXO IIATA DE INSTALAO E POSSE DA CIPA ....................................... 215
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CAPTULO 1INTRODUO
Esse captulo apresenta uma contextualizao do cenrio no qual o projeto
desenvolvido, alm de contemplar as informaes gerais acerca do mesmo, tais como os
assuntos que nele sero abordados, onde foi o realizado, a justificativa de seu
desenvolvimento, seu objetivo, sua estrutura e a metodologia utilizada.
1.1. Estrutura Porturia em Operaes de leo & Gs e suas Condies de
Segurana
O enfoque desse projeto nas condies de segurana em um terminal porturio,
onde realizada a atividade logstica para uma empresa de explorao e produo de
petrleo e gs natural. Assim, nesse item ser feita a contextualizao dos temas
envolvidos, visando o pleno entendimento desse cenrio, correlacionando ento a
logstica, a cadeia de leo & gs e a importncia da segurana ocupacional nessas
atividades.
1.1.1.
Logstica Porturia
Por definio, o porto uma rea, abrigada de ondas e correntes, localizada beira
de um oceano, mar, lago ou rio, destinado ao atracamento de barcos e navios,
carregamento e descarregamento de cargas, seu armazenamento e estoque temporrio
destas, distribuio de cargas, insumos e materiais, movimentao de pessoas e cargas ao
redor do setor porturio, e, em alguns casos, acomodao de passageiros (IPEA, 2009).
Ou seja, so pontos de integrao, elos de cadeias logsticas entre os modais
terrestre e martimo, com inmeras funes, sendo assim reconhecido por assegurar umaadequada continuidade na cadeia logstica. Trata-se ento de uma plataforma logstica
onde se integram infraestruturas, materiais, servios e sistemas de informao e de
comunicaes (SILVA et al.,2012).
As definies de cadeias logsticas so distintas, pois sofrem influncia dos tipos
de produtos, do ciclo de cada um deles, e dos diversos segmentos das empresas
(CAVANHA FILHO, 2001 apud PEREIRA, 2013). Entretanto de uma forma
generalizada, ela pode ser entendida como um conjunto de atividades interligadas que se
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articulam a partir da programao da elaborao de um produto at sua distribuio e
comercializao (MOURA, 2006 apudBILHALVA, 2008).
Com base na experincia militar, a logstica teve uma enorme contribuio no
dinamismo econmico no perodo ps-guerra. Como relatam historiadores militares, ospases vitoriosos da II Guerra Mundial apresentavam capacidades logsticas superiores,
reconhecendo-se depois que com adaptaes, a logstica poderia ser utilizada e se tornar
uma vantagem para outros tipos de organizaes (MOURA, 2006 apud PEREIRA,
2013).
Nesse contexto, pode-se notar que a atividade porturia tem significante
importncia no apenas para empresas ou pessoas, mas para um pas como um todo,
visando garantir uma eficiente logstica e alta relao qualidade-preo, destacando acompetitividade econmica e comercial que advm da mesma. Ainda trazendo ainda, a
vantagem adicional de amortecer o impacto do fluxo de cargas no sistema virio loca
(LIMA, 2011).
Nas ltimas dcadas, no Brasil, tem nota-se uma mudana nas estruturas
porturias em decorrncia de uma srie de fatores, dentre os quais o aumento do tamanho
das embarcaes e a crescente movimentao de cargas, demandando maiores
profundidades dos acessos aquavirios e expanso das reas porturias (ANTAQ PNCAP).
A eficincia dos portos e o desenvolvimento econmico do pas esto
intrinsecamente relacionados. O aumento da eficincia reduz os custos e melhora o nvel
dos servios porturios, gerando externalidades positivas para toda a economia(TOVAR
& FERREIRA, BNDES, 2006).
De acordo com a Agncia Nacional de Transportes Aquavirios (ANTAQ),
existem dois tipos de portos no pas, os Terminais de Uso Privado e os Portos
Organizados. O Porto Organizado construdo, concedido ou explorado pela Unio, cujo
trfego e operaes porturias estejam sob a jurisdio de autoridade porturia, enquanto
o TUP se trata de uma Instalao porturia explorada por pessoa jurdica de direito
pblico ou privado, podendo ser de uso exclusivo ou de uso misto (quando movimentar
cargas de terceiros), desde que fora da rea do porto organizado, ou quando o interessado
for titular do domnio til do terreno, mesmo que dentro da rea do porto organizado
(ANTAQGlossrio, 2011).
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1.1.2.
Cadeia de leo e Gs Natural
O Brasil apresentou-se em 2013, como o 13 maior produtor mundial de petrleo,
produzindo em mdia 2.114.000 barris de leo por dia (bopd) (BP, 2014). De acordo com
a Agncia Nacional do Petrleo, Gs natural e Biocombustveis (ANP), em julho de 2014,
os estados com a maior produo do pas so: o Rio de Janeiro com aproximadamente de
1.570.240 bopd, seguido pelo estado do Esprito Santo com aproximados 367.705 bopd
(ANP, 2014).
Com o fim do monoplio estatal sobre a explorao e produo de petrleo e gs
natural, determinado pela Lei do Petrleo (Lei N 9.478, de 6 de Agosto de 1997, as
pesquisas em explorao no setor petrolfero brasileiro comearam a aumentar. Tal fato
originou um grande aumento do volume de capital investido no setor, pois, alm da
Petrobras, empresas privadas e multinacionais passaram a ter participao neste mercado
(GASPARINI, 2005).
Nos ltimos anos, essas pesquisas foram intensificadas, assim como os
investimentos no setor, devido descoberta de petrleo na camada do pr-sal. Este
formado por carbonatos microbiais depositados sob uma camada de sal, com excelentes
parmetros para formao de reservatrio de leo e gs (QGEP, 2014).
Tal descoberta ocasionou o aumento da explorao das jazidas de petrleo e gs
natural no Brasil, destacando novamente a importncia da logstica porturia, pois a
explorao em guas profundas e ultraprofundas criou um grande desafio ao processo, e
somado a esse desafio, o crescimento pela demanda do servio, provocada pelo aumento
das atividades exploratrias e possvel produo. Apesar das novas fronteiras de
explorao, a eficcia da produo depende da sintonia com a rea logstica, a qual dever
atender nova demanda (ROVERI, 2011).
A logstica de apoio terrestre e offshore um tema extremamente abrangente, pois
alm de atividades, tais como o transporte de passageiros, tambm visa garantir o
deslocamento de cargas at as unidades martimas (sondas de perfurao e plataformas)
e em alguns casos a realizao de servios, como por exemplo, o combate a vazamentos.
Somado a isso, assim como em qualquer atividade industrial, a operao deve ser
realizada dentro de prazos pr-estabelecidos e sempre com o melhor custo para empresa.
Alm disso, responsvel por retirar das bases martimas, os materiais e resduos slidos,de forma a ser dada a correta destinao final, esse processo conhecido como backload.
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Na cadeia da indstria de leo & gs, existe uma preocupao frequente com a
chamada logstica reversa, que pode ser entendida como o retorno dos materiais at a sua
origem, nesse sentido, os aspectos e normas ambientais tm um profundo impacto nessa
preocupao, e consequentemente no trabalho logstico. O backload, tambm pode ser
visto como uma logstica reversa, sob o ponto de vista do setor de leo & gs, j que
consiste em retornar das unidades martimas, resduos ou rejeitos, alm de materiais,
como por exemplo, ferramentas, equipamentos e embalagens, propondo sua destinao
ou disposio final correta (ROVERI, 2011).
O aumento das atividades de explorao, perfurao e produo de petrleo levam
as petroleiras a contratarem, cada vez mais, novas bases de apoio s operaes de logstica
offshore (GASPARINI, 2005). E as empresas de explorao e produo, que contratamservios de logstica porturia, precisam estar atentas s polticas de segurana dessas
contratadas, pois so responsveis pelos servios realizados em seu nome. Devem ento
fiscaliz-las, orient-las, visando uma atuao conjunta com as mesmas.
1.1.3. Segurana do Trabalho e Sade Ocupacional em Terminais Porturios
A Segurana do Trabalho abrange o conjunto de cincias e tecnologias que tm
por objetivo proteger o trabalhador em seu ambiente laboral, atuando na preveno deacidentes e doenas ocupacionais, alm de zelar pela preservao ambiental.
Sua importncia imensurvel; alm de constituir uma obrigao legal e social
traz consigo inmeras vantagens, como a reduo de gastos, organizao do ambiente de
trabalho, melhoria e estabilidade da imagem da empresa, aumento da satisfao dos
funcionrios, aumento da produtividade, aumento da qualidade dos produtos e/ou
servios, dentre outros. Constantemente essas vantagens esto interligadas.
Um exemplo dessa interligao pode ser observado no caso do aumento da
produtividade e qualidade dos produtos e servios, que costumam estar diretamente
relacionados com a satisfao dos colaboradores e com um ambiente de trabalho mais
organizado. Ou seja, um ambiente mais seguro e agradvel aumenta a satisfao dos
colaboradores, que produziro mais e com melhor qualidade. Somado a isso, ocorre uma
melhora nas relaes entre patres e empregados, pois estes percebem melhorias no
ambiente de trabalho, passando a ter mais carinho a respeito com a direo da empresa.
O que pode novamente resultar em produtividade e qualidade.
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A reduo de gastos, que costuma ser o grande objetivo de muitas companhias,
pode ser analisada de acordo com a reduo do nmero de acidentes e doenas
ocupacionais, evitando-se, por exemplo, despesas com transporte do acidentado, com
afastamentos, prejuzos materiais, indenizaes e/ou aes judiciais e multas.
Os portos so alvo de vrias polticas integradas de qualidade, ambiente,
segurana e sade no trabalho, de forma a atender a legislao, assegurar a plena
satisfao dos seus clientes e atender as demandas da sociedade (ALMEIDA, 2011).
Essas polticas apresentam tpicos relevantes, que sero aqui destacados e esto
relacionados :
Melhoria contnua da qualidade e eficcia dos servios prestados;
Cumprimento de requisitos legais, regulamentares e normativos aplicveis, aspectos
ambientais e segurana e sade;
Preveno, controle e minimizao da poluio, designando os resduos gerados pelas
atividades de forma adequada, atentando-se logstica reversa;
Identificao e minimizao dos riscos existentes, procedendo implantao de aes
corretivas e preventivas, de modo a eliminar qualquer fator de risco nas suas
instalaes;
Preocupao com a sustentabilidade e responsabilidade social.
De acordo com a Classificao Nacional de Atividades Econmicas (CNAE), o
servio de logstica porturia se enquadra no cdigo 52.31, referente Gesto de Portos
e Terminais. Os anurios estatsticos do Ministrio da Previdncia Social (MPS),
apresentam a evoluo dos acidentes de trabalho e doenas dessa atividade. Tais
informaes serviram de base para o desenvolvimento dos Grficos 1.1.3.1 e 1.1.3.2,
elaborados a partir da consolidao dos dados do Anurio de 2012.
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Grfico 1.1.3.1Acidentes da atividade 52.31.
Fonte: Autor, 2014, elaborado com base no Anurio de estatsticas de acidentes do trabalho de
2012 do MPS.
Grfico 1.1.3.2Acidentes da atividade 52.31 com CAT registrada.
Fonte: Autor, 2014, elaborado com base no Anurio de estatsticas de acidentes do trabalho de
2012 do MPS.
A partir da anlise dos Grficos 1.1.3.1 e 1.1.3.2, se pode perceber que os
acidentes em portos vm aumentando ao longo dos anos, no mesmo passo em que os
acidentes com Comunicao de Acidente de Trabalho (CAT) registrada tm aumentado.
Alm disso, se pode observar que tanto os nmeros dos acidentes tpicos, quanto os de
trajeto cresceram.
0
100
200
300
400500
600
700
800
900
1000
2009 2009 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013
Total de Acidentes Total de Acidentes sem CAT Total de Acidentes com CAT
0
100
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500
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700
2009 2009 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013
Acidentes Tpicos Acidentes de Trajeto Doenas
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Diversos fatores podem ter contribudo para tal aumento, inclusive um maior
controle sobre os acidentes, com maior fiscalizao por parte do MTE, o que demonstra
o aumento da conscientizao com a segurana. Porm, no se pode descartar a
possibilidade de que ainda uma atividade deficiente em segurana e que esse aumento
tambm pode ter sido provocado por um crescimento da demanda e das atividades nos
portos.
De qualquer forma, nessa atividade, acidentes continuam ocorrendo e pelos dados
observados nos grficos, esses nmeros tendem a subir, sendo um setor que requer
ateno e investimentos em segurana.
1.2.
Projeto
O projeto em questo apresenta uma avaliao das condies de segurana do
trabalho e sade ocupacional na atividade porturia desenvolvida em um terminal de uso
privativo (TUP) por uma Companhia contratada pela empresa Queiroz Galvo
Explorao e Produo (QGEP). Visando garantir o sigilo da Companhia contratada, a
mesma ser referenciada com o nome fictcio Biztonnesse projeto.
A empresa Bizton a prpria dona do TUP e prestadora dos servios de apoio
logstico offshore em projetos de Explorao e Produo (E&P) da QGEP, sendo
responsvel por toda movimentao de materiais, equipamentos e suprimentos,
necessrios s atividades da plataforma semissubmersvel Ocean Star, a qual est a
servio da QGEP. Alm disso, todos os resduos gerados nestas atividades tambm so
movimentados atravs deste TUP.
AOcean Starencontra-se no bloco BS-4, localizado no campo de Atlanta, na
Bacia de Santos. A distncia entre o terminal porturio e o bloco de aproximadamente
190 km (10 11 horas de navegao). Na plataforma so realizadas a perfurao e
completao de dois poos horizontais de desenvolvimento da produo de leo e gs.
Esse projeto abrange somente as atividades e movimentaes da empresa QGEP
no terminal porturio, e quando relevantes, sero abordados outros aspectos ou demais
atividades realizadas pela Bizton, que de alguma forma possam influenciar a segurana
dos funcionrios ou das atividades da Queiroz Galvo.
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1.3. Justificativa do Projeto
A confeco de um projeto mandatria ao final do curso de ps-graduao em
Engenharia de Segurana do Trabalho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
para obteno do diploma, alm de ser extremamente importante para aplicao dos
conhecimentos adquiridos ao longo do curso de ps-graduao, visto que muitos
estudantes so oriundos de outros setores e nem todos possuem vivncia ou experincia
na rea de segurana do trabalho.
Adicionalmente, cabe ressaltar o aumento no nmero de acidentes em operaes
porturias, como apontado nos estudos estatsticos apresentados anteriormente no
subitem 1.1 desse projeto, indicando a necessidade de uma maior ateno rea de
segurana e de mais investimentos nesse setor.
A Queiroz Galvo Explorao e Produo possibilitou a realizao desse projeto,
aceitando que o mesmo fosse realizado na empresa, fornecendo acesso aos locais de
trabalho, dados e registros das atividades. Alm disso, proporcionou uma vivncia na
rea de sade e segurana do trabalho, aquisio e troca de experincia.
A Empresa poder utiliz-lo como forma de averiguar a conformidade da sua
Contratada, Bizton, com a legislao durante a realizao das suas atividades, alm deobservar se a mesma segue o documento, que integra as reas de Sade, Meio Ambiente
e Segurana do Trabalho (SMS) de ambas as Companhias.
1.4. Objetivos Gerais
Essa monografia tem como objetivo, analisar os aspectos relativos segurana do
trabalho, meio ambiente e sade ocupacional nas operaes existentes em um TUP
utilizado para o apoio logstico offshore de uma plataforma de leo e gs. Diagnosticandoassim, as condies laborais nas quais os trabalhadores engajados em algumas operaes
da empresa esto expostos.
Adicionalmente, apresentar as contribuies advindas com a elaborao desse
projeto, atravs da demonstrao e fornecimento de uma metodologia de anlise dessas
condies, que pode ser inclusive adaptada e aplicada em outras atividades e setores.
Alm de indicar como pode ser desenvolvido um plano de ao que vise a melhoria das
condies de sade e segurana dos trabalhadores envolvidos nas operaes.
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1.4.1.
Objetivos Especficos
Os objetivos especficos a seguir listados, relacionam as aes necessrias a serem
realizadas durante a confeco do projeto, para o atingimento dos objetivos gerais da
monografia.
Fazer um levantamento dos aspectos a serem analisados, assim como dos documentos
e quaisquer outros materiais ou dados necessrios para tal (esse objetivo est detalhado
mais adiante, no subitem 1.5, o qual aborda a metodologia utilizada).
Pesquisar sobre, estudar e entender tanto a atividade, quanto o cenrio onde as
operaes so realizadas, assim como as caractersticas desse ambiente e os
equipamentos utilizados nas operaes.
Verificar e acompanhar o comportamento de ambas as empresas com relao
segurana do trabalho, alm da estrutura fornecida, treinamentos e demais medidas
adotadas por elas para garantir as melhores condies laborais aos trabalhadores.
Coletar informaes nas empresas, identificar os perigos envolvidos na atividade,
operaes e no ambiente laboral, analisar os riscos e mostrar para a empresa como
tratar os desvios observados, propondo-se algumas medidas de adequao.
1.5.
Metodologia
O projeto foi desenvolvido com embasamento legal nas Normas
Regulamentadoras (NR) do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE). Alm disso, nessa
monografia foram utilizadas, as normas brasileiras da Associao Brasileira de Normas
Tcnicas (ABNT), o Anurio Estatstico do Ministrio da Previdncia Social (MPS), o
Cdigo de Segurana Contra Incndio e Pnico do Estado do Rio de Janeiro (COSCIP-
RJ), as disposies da American Conference of Governmental Industrial Hygienists(ACGIH), algumas normas da Fundao Jorge Duprat Figueiredo de Segurana e
Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO), determinaes da International Maritime
Organization (IMO) e seu cdigo, o International Maritime Dangerous Goods Code
(IMDG Code), o Globally Harmonized System of Classification and Labelling of
Chemicals (GHS), resolues e informaes da Agncia Nacional de Transportes
Aquavirios (ANTAQ), resolues do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA) e Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONEMA), do Instituto Estadual
de Ambiente (INEA), Lei da Poltica Nacional de Resduos Slidos (n12.305),
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legislaes do municpio de Niteri (Deliberao N 2.705 de 1970 e a lei N 2.233 de
2005), informaes do Instituto Nacional de Cncer (INCA), e outras informaes.
A metodologia incluiu os seguintes aspectos:
Pesquisa bibliogrfica;
Visitas de reconhecimento ao terminal porturio localizado em Niteri e sede da
QGEP;
Anlise crtica de diplomas legais de SMS, tais como PPRA, PCMSO e APR;
Anlise de relatrios de inspees e auditorias de SMS realizados pela QGEP;
Anlise de relatrios estatsticos de SMS fornecidos pela Bizton e pela QGEP.
Inspees de segurana nas instalaes e durante o acompanhamento de operaes;
Registro fotogrfico;
Entrevistas no amostrais direcionadas aos operadores porturios que realizavam no
momento servios para a contratante e outros trabalhadores do TUP;
Estimativa de multas com base nas Normas Regulamentadoras (NR) do MTE;
Anlise qualitativa de agentes ambientais;
Anlise de perigos e identificao de desvios;
Anlise qualitativa dos riscos por meio da elaborao de uma matriz de riscos;
Desenvolvimento de um plano de ao para sanar os desvios e as no conformidades,
que engloba as recomendaes e como elas devem ser priorizadas.
1.6. Estrutura do Trabalho
Esse Projeto possui seis captulos, cada um contento as seguintes informaes:
O captulo 1 introduz o cenrio de estudo do projeto, correlacionando os temas
logstica, cadeias de leo e gs esade e segurana ocupacional, alm de abordar
os dados gerais acerca do projeto desenvolvido, tais como, do que ele se trata, os fatores
que motivaram a sua elaborao, quais so os objetivos que pretende-se alcanar com a
sua confeco, sua estrutura e a metodologia utilizada.
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O Captulo 2 apresenta a Empresa (Queiroz Galvo Explorao e Produo) que
proporcionou o acesso s suas sedes e forneceu informaes relevantes elaborao desse
projeto, e apresenta a Bizton, que a Companhia foco do estudo.
O Captulo 3 contempla todas as anlises das normas regulamentadoras (NR) doMTE consideradas relevantes s atividades realizadas pela QGEP no Porto, e a anlise de
outras Normas aplicveis s suas operaes. Esse captulo verifica a conformidade da
QGEP e da Bizton perante a legislao, abordando possveis desvios, caso observados.
Alm disso, nesse captulo ainda apresentado o clculo das multas referentes aos desvios
identificados, que poderiam ser aplicadas na hiptese de uma fiscalizao do MTE.
O Captulo 4 traz uma anlise geral dos perigos e riscos identificados nas
operaes da Empresa dentro do TUP, utilizando como base o resultado das anlises dasNormas abordadas no captulo 3, as entrevistas no amostrais com alguns trabalhadores,
e os relatrios de acidentes e cartes de desvios da Queiroz Galvo Explorao e
Produo, a elaborao de uma matriz de riscos, dentre outras informaes.
O Captulo 5 apresenta as recomendaes de melhorias e aes a serem
implementadas no Porto, assim um mtodo de como prioriz-las, visando o atendimento
das legislaes pertinentes, a qualidade do ambiente laboral, a segurana dos
colaboradores e do meio ambiente. E ainda nesse Captulo, so feitas as consideraesfinais acerca do projeto.
Ao final do trabalho, pode-se verificar as referncias bibliogrficas e as fontes de
consulta utilizadas, assim como dois anexos e dois apndices.
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CAPTULO 2DESCRIO DA QGEP E DA BIZTON
Nesse captulo feita uma descrio da empresa QGEP, so apresentados seus
negcios e operaes, como a sua organizao interna, ou seja, sua estruturao. Alm
disso, o captulo contempla a introduo acerca da sua Contratada, Bizton, onde
realizada a atividade logstica porturia de que trata esse projeto. apresentada uma
explicao detalhada da infraestrutura do local, do fluxograma das atividades realizadas
pela QGEP no porto, e quais so os seus processos e o volume das suas movimentaes.
2.1.
Queiroz Galvo Explorao e Produo
O Grupo Queiroz Galvo um conglomerado industrial fundado em 1953, queatua nas reas de construo, rodovias, energia, empreendimentos imobilirios,
agroindstria, siderurgia, alm do setor de petrleo e gs natural.
Devido ao crescente desenvolvimento do potencial petrolfero e energtico do Pas
e ao sucesso das suas iniciativas no setor de petrleo e gs natural, em Setembro de 2010
o Grupo decidiu concentrar todas as suas atividades de explorao e produo na empresa
Queiroz Galvo Explorao e Produo.
A QGEP ocupa hoje a posio de 10 maior empresa produtora de hidrocarbonetos
do Brasil, tendo produzido 16.867 barris de leo equivalente por dia (boepd) em Julho de
2014 (ANP. Boletim da produo, jul. 2014). Sua principal produo a de Gs Natural,
cerca de 2.642 Mm/dia, oriundos do Campo de Manati no litoral do estado da Bahia. A
produo de petrleo da empresa foi de 248 bopd.
A Empresa tem sua sede estrategicamente localizada no bairro Centro da cidade
do Rio de Janeiro como indica a Figura 3.1.1, estando prxima de vrias outras empresas
importantes e relevantes da rea de leo e Gs, dos principais portos, aeroportos e
rodovias nacionais. Esses recursos somados a uma slida estrutura organizacional,
formada por profissionais competentes e qualificados, proporciona o melhor resultado,
no menor tempo.
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Figura 2.1.1Localizao da empresa.
Fonte: Google maps, 2014.
2.2. Negcios e Operaes
A QGEP foi a primeira empresa independente brasileira a conquistar a
qualificao pela ANP como Operador tipo A, estando assim desde 2000 autorizada a
operar em guas profundas e ultraprofundas. Seu objetivo crescer consistentemente para
at 2020 estar entre as trs maiores companhias brasileiras produtoras de leo e gs,
contando com um corpo tcnico altamente qualificado.
Possui um portflio diversificado de ativos, estando presente em nove das
principais bacias sedimentares da costa brasileira, com direitos em 16 concesses de
explorao que cobrem uma rea total de 10.855 km. Esse portflio inclui ativos nas
bacias de Santos, Campos, Jequitinhonha, Camamu, Foz do Amazonas, Esprito Santo,
Par-Maranho, Cear e Pernambuco-Paraba, incluindo reservatrios do pr-sal.
A Bacia de Santos considerada uma das reas de Explorao e Produo mais
promissoras do Brasil, devido s ltimas descobertas e estudos relacionados ao pr-sal,
que podero levar o local ao ranking das dez maiores reservas de petrleo do mundo,
segundo publicaes internacionais especializadas no setor (QGEP, 2014).
Em 2011, a QGEP adquiriu os direitos de concesso de 30% do remanescente
Bloco BS-4, em que atua como Operadora do consrcio, sendo atualmente a nica
empresa nacional independente a operar na sua zona de excluso do pr-sal na Bacia deSantos, no Campo de Atlanta.
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Nas Figuras 2.2.1 e 2.2.2 a seguir, se pode verificar a localizao do Bloco BS-4
e do campo de Atlanta respectivamente.
Figura 2.2.1Localizao do Bloco BS-4.
Fonte: QGEP, 2014.
Figura 2.2.2Localizao dos poos de Atlanta e Oliva.
Fonte: QGEP, 2014.
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2.3. Gesto Interna da Empresa
A Queiroz Galvo Explorao e Produo possui um sistema de gesto integrado
(SGI), o qual apresentado no Anexo 1, onde constam algumas diretrizes, que
simbolizam, por exemplo, o seu compromisso de trabalhar de forma segura e a
preservao do meio ambiente. Dentre elas podem ser destacadas:
Agir para a preveno, mitigao e controle dos impactos adversos de nossas
atividades ao meio ambiente, sade e segurana;
Atender aos requisitos legais e outros requisitos aplicveis;
Promover a conscientizao dos colaboradores para as questes de segurana, meio
ambiente, sade e responsabilidade social.
Seu SGI foi estruturado e documentado conforme diretrizes contidas nas normas
NBR ISO 9001 (Sistema de Gesto da Qualidade), 14001 (Sistema de Gesto Ambiental),
OHSAS 18001 (Sistema de Gesto de Sade e Segurana Ocupacional) e no Regulamento
Tcnico da Resoluo n 43/07 da ANP Sistema de Gerenciamento da Segurana
Operacional (SGSO). Atualmente, a empresa possui certificao nas normas ISO 9001,
ISO 14001 e OHSAS 18001.
A QGEP conta com organograma apresentado na Figura 3.3.1 a seguir, no qual sepode observar destacado, o setor de Qualidade, Sade, Meio Ambiente e Segurana
(QSMS).
Figura 2.3.1Organograma com destaque ao setor de QSMS da QGEP.
Fonte: Autor, 2014, com base nos organogramas fornecidos pela QGEP.
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Esse setor de QSMS o responsvel pela rea de Segurana do Trabalho e est
diretamente ligado ao Diretor Geral da empresa e essa configurao realmente a mais
aconselhada. Essa indicao de configurao pode ser justificada o pelo fato de que na
Alta Direo, esto as pessoas que de fato determinam o destino de uma organizao.
A alta direo, alm de possuir um papel fundamental no sistema de gesto, sendo
responsvel por definir as Polticas Corporativas, Misso e Viso da companhia,
tambm a responsvel pela tomada de decises. E frequentemente as decises envolvem
custo.
Dessa forma, o setor de segurana estando ligado ao diretor geral da empresa,
pode tanto auxiliar no desenvolvimento e manuteno de um sistema de gesto que
demonstre o compromisso da empresa com a sade e a segurana, quanto mostrar aimportncia de investimentos nessa rea e discutir prioridades.
Somado a esses fatores, essa arrumao vai ao encontro dos sistemas de gesto
adotados pela empresa (Normas NBR-ISO 9001 e 14001, e OHSAS 18001), podendo-se
observar isso, por exemplo, no item 5.1 da norma ISO 9001:2008, sobre o
comprometimento da direo.
Um exemplo dessa estreita conexo entre o setor de QSMS e a alta direo da
empresa, so as Reunies de Anlises Crticas (RAC) realizadas pelas duas partes
periodicamente. Nestas reunies so analisados aspectos importantes do SGI, tais como:
Resultados das auditorias internas e das avaliaes do atendimento aos requisitos
legais e outros requisitos;
Comunicaes provenientes de partes interessadas externas, incluindo reclamaes;
Desempenho ambiental, de sade e segurana e responsabilidade social/desempenho
de processos e conformidade do produto;
Situao das Investigaes de Incidentes, das Aes Preventivas e Aes Corretivas;
Mudanas que possam afetar o Sistema de Gesto Integrado;
Avaliao do atendimento e adequao da Poltica Integrada de Gesto, assim como
adequao dos Objetivos e Metas do SGI;
Aes de acompanhamento das Anlises Crticas do SGI anteriores;
Recomendaes para melhorias.
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2.4. Bizton
Durante as atividades de perfurao, visando atender da melhor forma possvel as
necessidades dos campos de Atlanta e Oliva, principalmente no que diz respeito ao apoio
logstico desse bloco, a QGEP contratou uma empresa detentora de um terminal de uso
privativo, certificada nas normas ISO 9001 e 14001 e OHSAS 18001.
Esses campos situam-se na Bacia de Santos, mais prximos do estado do Rio de
Janeiro (cerca de 190 km), como visto na Figura 2.2.1, e a Bizton possui sua base de apoio
logstico na Ilha da Conceio, bairro situado no municpio de Niteri, no estado do Rio
de Janeiro. O terminal de apoio porturio pode ser observado na Figura 2.4.1 a seguir.
Figura 2.4.1Terminal de apoio porturio da Bizton.
Fonte: Google maps, 2014.
Atravs desse TUP, realizado o abastecimento das plataformas situadas no bloco
BS-4 com peas, equipamentos, materiais, insumos, pessoal e retirada de resduos, pois a
partir do Terminal, os resduos so encaminhados para uma Central de Recolhimento de
Resduos, que os processa, separa e lhes d o destino correto.
O TUP tambm conta com uma posio privilegiada com relao logstica e
mobilidade urbana, pois Niteri possui conexes rodovirias com a BR-101, Ponte Rio-
Niteri e Rodovia Amaral Peixoto, que conduzem a todo o interior do estado; e possui
um ramal ferrovirio para transporte de passageiros, com 33 km de extenso, ligando
Niteri ao municpio deItabora,passando por So Gonalo. Encontra-se localizado na
http://pt.wikipedia.org/wiki/Itabora%C3%ADhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Itabora%C3%AD -
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margem leste daBaa de Guanabara,junto cidade do Rio de Janeiro, que possui suas
vantagens logsticas, e o segundo maior polo industrial do Brasil e o maior polo da
indstria naval do pas [3, 4]. A posio do TUP pode ser verificada na Figura 2.4.2 a
seguir.
Figura 2.4.2Posio do TUP.
Fonte: Googlemaps, 2014.
A Bizton uma companhia de apoio logstico onshoree offshore,que oferece
solues logsticas integradas para a indstria de leo & Gs. No porto, alm da Queiroz
Galvo, ela atende outras trs companhias de petrleo. No terminal porturio tambm se
encontra uma colnia de pescadores.
Ao se verificar o PPRA da Bizton, o prprio informa alguns dados indispensveis
para se entender e estudar o ambiente laboral. Nele consta por exemplo, que a Companhia
possui duzentos e sete trabalhadores prprios regidos pela Consolidao das Leis doTrabalho (CLT) e nenhum avulso.
O documento inclui tambm, a escala de trabalho desses trabalhadores, frisando
que o TUP funciona apenas seis dias na semana, e apresentando detalhadamente quais
so os horrios trabalho de cada setor e equipe. A Figura 2.4.3 apresenta um resumo das
informaes da empresa Bizton e a Figura 2.4.4 mostra a diviso das escalas de trabalho
de cada equipe. Atravs dessa escala, verifica-se que a Bizton divide-se em dois setores,
o setor Administrativo e o Operacional, este ltimo segmenta-se ainda em sete equipes.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ba%C3%ADa_de_Guanabarahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ba%C3%ADa_de_Guanabara -
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Itens Informativos DetalhamentoDescrio da Atividade Operaes de TerminaisCNAE 52.31-1
N de Funcionrios 207Grau de Risco 3Composio do SESMT 5 profissionaisComposio da CIPA 8 profissionaisFuncionamento da empresa 24hDe segunda-feira a sbado
Figura 2.4.3Quadro de resumo das informaes da Bizton.
Fonte:Autor, 2014.
Escala Atual (Hora: min)Considerando 1h de intervalo para refeio
SetoresEquipes
De segunda-feiraa sexta-feira
SbadoTotal
(Horas)
Administrativo 08:30 - 17:30 - 8
Operacional
Equipe 1 08:00 - 17:00 - 8Equipe 2 10:00 - 19:00 - 8Equipe 3 14:00 - 22:00 - 7Equipe 4 19:00 - 04:00 - 8Equipe 5 22:00 - 06:00 - 8Equipe 6 - 08:00 - 12:00 4Equipe 7 - 19:00 - 23:00 4
Figura 2.4.4Quadro com a escala de trabalho dos setores e equipes no TUP.
Fonte:Autor, 2014.
A partir da anlise dessa escala, logo de incio percebe-se que o horrio de trabalhoestabelecido para o setor operacional possui um gargalo de duas horas, o que foi
considerado extremamente estranho, alm de no condizer com a realidade do ambiente
de trabalho. Infelizmente no foi possvel verific-lo com o responsvel pelo seu
desenvolvimento ou com o atual administrador dessa escala. Entretanto foi possvel, em
algumas oportunidades, o questionamento a diversos operadores acerca de seus horrios
de trabalho e do horrio de funcionamento do porto.
O fato intrigante que todos esses trabalhadores, sem exceo afirmaram que
durante a semana, o TUP no possui intervalos, ou seja, funciona durante as 24 horas
seguidas do dia. Explicaram ainda, que alm da pausa de 1h do almoo, existem alguns
outros momentos de descanso, mas depende da equipe e da atividade sendo executada.
A grande inconsistncia observada, que se o porto tem o funcionamento de 24h
como afirmado pelos trabalhadores, ento a qualquer momento um navio pode atracar no
local, pode chegar um caminho carregado, dentre outras possibilidades. Assim, na
hiptese de uma falha de programao dessa logstica, ou por ventura da ocorrncia de
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alguma emergncia, o que aconteceria se tais situaes coincidissem com as duas horas
de gargalo observados nessa atual escala de trabalho (de 6h s 8h)?
Por esse motivo importante que o PPRA seja revisado, e caso o mesmo no
esteja redigido com uma informao errada, deve ser feita uma adequao da escala detrabalho da operao, a qual pode ser observada na Figura 2.4.5 a seguir. Essa figura
apresenta a escala atual indicada pelo PPRA esquerda, em comparao com a escala
recomendada, do lado direito.
Frisando que a escala a seguir s apresenta os dias da semana, pois trata-se de uma
recomendao, cujo intuito alertar a Bizton quanto incoerncia observada, de forma
que a mesma dever ser analisada e estudada, podendo ser utilizada como um exemplo
para elaborao de uma nova escala ou o prprio incio de uma, que se aplique realidadedo TUP, suas operaes, necessidades e englobe todos os seus dias de funcionamento.
Setor Escala atual da operao no TUP(Durante a semana)
Escala atual da operao no TUP(Durante a semana)Escala
00h-01hEquipe
4Equipe
5
Equipe
4
01h-02h
Equipe
5
01-10h
(8h)
02h-03h
03h-04h
04h-05h
05h-06h06h-07h
-----------------?------------------
Equipe
1
06-15h
(8h)
07h-08h
08h-09h
Equipe1
8h
09h-10h
10h-11h
Equipe2
8h
Equipe
2
(8h)
11h-12h
12h-13h
13h-14h
14h-15h
Equipe3
7h
15h-16h
Equipe
3
15-24h
(8h)
16h-17h
17h-18h
18h-19h
19h-20h
8h
20h-21h20-15h
(7h)
21h-22h
22h-23h8h
23h-24h
Figura 2.4.5Quadro com a recomendao de uma nova escala de trabalho.
Fonte:Autor, 2014.
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Para assegurar a convergncia da Bizton com a preocupao relativa Segurana,
Sade e Meio Ambiente da QGEP, a empresa elaborou um documento contendo questes
que a Bizton deve levar em considerao ao prestar servios QGEP. Esse documento
chama-se Documento Ponte de SMS e tem como objetivo principal convergir as questes
de SMS da QGEP sua Contratada.
2.5.
Descrio do porto
O Porto realmente de fcil localizao e bem movimentado. O porto de acesso
de veculos de carga, geralmente est sempre aberto, pois o fluxo de veculos bem alto.
Logo na entrada, na recepo de clientes e visitantes podem ser verificadas
algumas sinalizaes e formas de comunicao, como por exemplo, o mapa de riscos, o
posicionamento do extintor de incndio, uma placa informando a poltica de gesto da
Bizton e uma placa motivacional informando h quanto tempo esto sem acidentes com
afastamento, como pode ser observado a seguir na Figura 2.5.1.
Figura 2.5.1Placar de segurana da Bizton.
Fonte:Autor, 2014.
A seguir, de acordo com a Figura 2.5.2, o Porto ser descrito com o auxlio das
numeraes apresentadas.
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Figura 2.5.2Mapa do porto com a numerao referente s suas reas principais.
Fonte: Googlemaps, 2014.
As descries das reas numeradas na Figura 2.5.2 so:
1- Essa rea circulada o setor administrativo, que fica logo esquerda do porto de
entrada de veculos de carga.
2- Logo direita do porto de entrada de veculos de carga, encontra-se um tanque de
leo diesel de 8.000 L, que utilizado para o abastecimento de veculos e
maquinrios do porto, como as empilhadeiras, por exemplo. Ele pode ser observado
na Figura 2.5.3.
3-
Essa a rea do depsito de produtos qumicos e perigosos.4- Esse o espao onde os veculos de fornecedores ficam estacionados.
5- Ao redor da rea 4, est o ptio de armazenamento, que segmentado entre as
empresas que a Bizton atende.
6- Nesse retngulo encontram-se os armazns das empresas.
7- Essa a caixa dgua, a qual possui capacidade de 10.000 L e alm de abastecer
navios, utilizada no sistema de combate a incndios do porto. Ela possui conexo
direta com as mangueiras de incndio.8- Esse local onde se localizam os silos de lama.
9- Per. Onde os navios atracam e realizam quaisquer manobras necessrias.
10- Cais. Na poca das visitas e inspees de segurana realizadas, o cais encontrava-se
em obras. De acordo com operadores, o local j estava h alguns meses em obras, de
forma que apenas o per estava ativo. Na Figura 2.5.4, a seguir, pode-se notar a rea
circulada referente a essa obra.
11- Essa a rea da colnia de pescadores situada no porto, porm sua entrada
independente.
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Figura 2.5.3Tanque de leo diesel.
Fonte:Autor, 2014.
Figura 2.5.4Crculo referente s obras do cais.Fonte:Autor, 2014.
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2.6. Infraestrutura da QGEP no TUP
No Terminal da Bizton, a QGEP possui uma infraestrutura, que pode ser
observada na Figura 2.6.1 a seguir, composta por uma rea no setor administrativo (SA),
um armazm (A), seu espao no ptio de armazenagem (PA) e uma rea no depsito de
produtos qumicos e perigosos (DQ). No momento, essa infraestrutura suficiente para
as atividades realizadas pela empresa.
Figura 2.6.1Infraestrutura da QGEP no porto
Fonte: Googlemaps, 2014.
A seguir, possvel se visualizar a parte interna do armazm da Empresa na Figura
2.6.2 e o ptio de armazenagem na Figura 2.6.3.
Figura 2.6.2Vista interna do armazm da QGEP.
Fonte:Autor, 2014.
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Figura 2.6.3Vista do ptio de armazenamento da QGEP.
Fonte:Autor, 2014.
A Queiroz Galvo conta tambm com dez contineres ecinco cestas DNV (Det
Norske Veritas), que trata-se de uma norma de certificao para contineres martimos.
Alguns podem ser vistos nas Figuras 2.6.3 e 2.6.4. A Empresa tambm conta comskids e
pallets.
Figura 2.6.4Continerese cestas da QGEP no Porto
Fonte:Autor, 2014.
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2.7. Atividades da QGEP no TUP
Constatou-se no decorrer das visitas e de acordo com informaes dos
funcionrios, que as principais atividades realizadas pela QGEP so o armazenamento de
equipamentos, estocagem de produtos (inclusive os perigosos) e carga e descarga de
embarcaes de apoio plataformas.
Algumas outras, como por exemplo, o backload, armazenamento e destinao
final dos resduos oriundos da plataforma, so realizadas pela prpria Bizton, assim como
o abastecimento dos navios e da plataforma com gua, os servios de limpeza, o envio de
lama, dentre outras.
Dois fluxogramas das operaes da QGEP no TUP podem ser vistos na Figura2.7.1. Eles podem ser observados a partir do recebimento de cargas no porto (1) at o
carregamento das mesmas no navio (6), que as levar plataforma, esse primeiro fluxo
representa a atividade deLoad. Da mesma forma, verificado o fluxo que representa o
backload, que se inicia na recepo do navio que vem carregado da plataforma (7) at a
destinao final do material recepcionado (11).
Figura 2.7.1Fluxograma das atividades da QGEP no Porto.
Fonte: Autor, 2014. Fluxograma elaborado com a incluso das ilustraes disponveis em:
Pointblog.fr; howstuffworks; INKACE.
Na ordem de sua numerao, a partir da chegada de mercadorias no terminal, essas
operaes podem ser descritas da seguinte forma:
1- Recebimento de cargas e materiais Nessa etapa feita a verificao da
documentao do veculo (Requisio de Transporte - RT); a Concesso da
autorizao de ingresso ao terminal e pesagem do veculo, dependendo do material;
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e a Inspeo da carga e sua integridade ainda no veculo, onde so verificados vrios
pontos, tais como: avarias das cargas; lacres das embalagens e outros. Se houver
alguma no conformidade observada nesta inspeo, o material no ser
descarregado do caminho e o proprietrio do material acionado para que realize
as correes. Se no for possvel corrigir, o material retorna sua origem. No entanto,
se a carga estiver dentro dos padres pretendidos, ela descarregada.
2- Retirada da carga do veculo (com uso da empilhadeira) Nesse momento
realizada a classificao dos produtos; feita uma Inspeo mais detalhada da carga;
e uma nova pesagem caso necessria.
3- Unitizao(se for o caso)Nessa etapa, alguns produtos podem ser agrupados em
embalagens superiores (maiores), a fim de facilitar e agilizar a movimentao dascargas, de forma a movimentar vrios materiais de uma s vez. Alm de conservar e
proteger os materiais embalados.
4- Armazenamento (com uso da empilhadeira) No armazenamento, a mercadoria
fica acondicionada em local adequado, de acordo com suas necessidades especficas.
Este local pode ser o prprio armazm da QGEP, o depsito de produtos qumicos,
ou o ptio de armazenagem, sempre que no for efetuada transferncia direta para o
navio; As cargas podem ser armazenadas em pallets, contineres, cestas cobertas,bags cobertos,skidsetc.
5- Manejo/ Movimentao at o navio(com uso de empilhadeira ou veculo)Esse
o momento em que as cargas deixam o local onde esto alocadas ou o veculo e so
transportadas at o per ou o cais.
6- LoadCarregamento nos navios (com o uso de guindastes) desde a posio de
chegada ou de armazenagem, conforme o caso. Nesse momento, o peso aferido
novamente pela balana do prprio guindaste. feita a emisso da documentao de
embarque e anexos; segundo as normas legais.
7- Recepo do navio e Recebimento de cargas e materiais realizada a
verificao da documentao do navio, conferncia e inspeo da carga e sua
integridade, concesso da autorizao de ingresso ao terminal.
8- BackloadRetirada da carga do navio (com auxlio do guindaste) pesagem na
balana do prprio guindaste. Classificao para destinao do produto.
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9- Manejo/ Movimentao do cais at o armazm, ptio etc. (normalmente com
auxlio da empilhadeira ou veculo).
10- Armazenamento(com uso da empilhadeira)Esse armazenamento depender do
tipo de material. No caso dos resduos, por exemplo, ele nem sempre ocorrer, poisseu destino a Central de Resduos daBizton, que no fica localizada na rea do
porto. De forma que quando feito esse armazenamento, ele temporrio. O
armazm a ser usado tambm depender do tipo de material, podendo vir a ser o
depsito de produtos qumicos e perigosos ou o ptio de armazenagem, por exemplo;
As cargas podem ser armazenadas em pallets, contineres, cestas cobertas, bags
cobertos etc.
11-
Destinao final Venda, reciclagem, reaproveitamento, tratamento realizado naCentral de Resduos da Bizton, dentre outros.
No carregamento e descarregamento de cargas podem ser usados dois guindastes
pertencentes s instalaes porturias. Para movimentao das mesmas no percurso at o
per e o cais, normalmente so utilizadas empilhadeiras ou outros veculos. A rea de
circulao estreita, dificultando a manobra de veculos. O maquinrio utilizado
abastecido por um tanque de leo diesel, que se situa entre o porto de entrada e o depsito
de produtos qumicos.
2.8. Movimentaes de Produtos Realizadas pela QGEP
Desde o incio de suas operaes no TUP da Bizton, em Setembro de 2013, a
Queiroz Galvo realizou as seguintes operaes de movimentaes porto-plataforma e
vice-versa: envio e abastecimento de gua potvel, operaes deBackloadeLoad.
As operaes de loadso as de carregamento dos navios para envio de materiais,
suprimentos e equipamentos para plataforma. A QGEP realiza essa movimentao para
o bloco BS-4, enviando, por exemplo, equipamentos utilizados nas atividades rotineiras
da plataforma, fluido ou lama de perfurao, tintas, solventes, lmpadas fluorescentes,
materiais gerais de escritrio, dentre outros. O volume dessa movimentao em toneladas,
durante os meses em que a Empresa operou, pode ser observado no Grfico 2.8.1.
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Grfico 2.8.1Operaes deLoad em toneladas.
Fonte:Autor, 2014.
Em relao ao envio de gua, a Empresa compra da prpria Bizton a gua potvel
utilizada na plataforma, enviando-a para seu abastecimento peridico. O volume dessa
movimentao em litros, durante o perodo de operao da QGEP, pode ser observado no
Grfico 2.8.2.
Grfico 2.8.2Movimentao de gua em litros.
Fonte:Autor, 2014.
As operaes de backload so as de descarregamento dos navios no terminal
porturio, trazendo equipamentos, resduos e materiais oriundos da plataforma. Pode ser
visto como uma espcie de logstica reversa no setor de leo & gs.
A QGEP realiza essa movimentao descarregando equipamentos e ferramentas,
que no sero mais utilizadas na plataforma ou por algum motivo o seu uso no mais
possvel, trazendo fluido ou lama de perfurao para ser novamente processado, latas de
tintas, ou solventes com ou sem contedo, ou seja, materiais diversos, rejeitos e resduos
em geral, para que os mesmos sejam destinados e dispostos de forma correta. O volume
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
A GO /1 3 O U T/ 13 N OV /1 3 J AN /1 4 M AR /1 4 A B R/ 14 J UN /1 4 J UL /1 4 S ET /1 4
0
500000
1000000
15000002000000
2500000
3000000
3500000
A G O / 13 O U T /1 3 N O V / 13 J A N / 14 M A R / 1 4A B R / 1 4 J U N / 14 J U L / 14 S E T /1 4
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7/25/2019 ANLISE DAS CONDIES DE SEGURANA E SADE OCUPACIONAL EM UM TERMINAL PORTURIO DE APOIO LOGST
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CAPTULO 3ANLISE DAS LEGISLAES APLICVEIS
A NR-1 apresenta em seu item 1.1, as instituies, os casos e as situaes em que
as Normas Regulamentadoras (NR) do MTE so de observncia obrigatria e aplicveis.
Alm disso, em seu item 1.2, ela frisa que as empresas tambm devem cumprir outras
disposies quando cabveis, tais como normas, regulamentos, acordos coletivos e demais
legislaes pertinentes s suas atividades e/ou que so determinadas pelos Estados e
Municpios em que esto localizadas.
Assim, esse captulo no contempla somente as anlises crticas da conformidade
da Bizton em relao s NR consideradas relevantes s operae