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ANÁLISE COMPARATIVA DAS DISTRIBUIÇÕES DOS MUNICÍPIOS CEARENSES
SEGUNDO O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL (IDM) - 2014 E 2016
Nº 120 - Novembro 2017
IPECE | INFORME nº 120: Análise Comparativa das distribuições dos Municípios Cearenses
segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) - 2014 e 2016. 2
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
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SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E GESTÃO
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Antônio Sérgio Montenegro Cavalcante - Secretário
adjunto
Júlio Cavalcante Neto - Secretário executivo
INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA
ECONÔMICA DO CEARÁ (IPECE)
Flávio Ataliba F. D. Barreto - Diretor Geral
Claudio André Gondim Nogueira - Diretor de Estudos
de Gestão Pública
Adriano Sarquis B. de Menezes - Diretor de Estudos
Econômicos
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IPECE Informe - nº 120 - Novembro de 2017
Elaboração
Aprígio Botelho Lócio
Cláudio André Gondim Nogueira
Cleyber Nascimento de Medeiros
O Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do
Ceará (IPECE) é uma autarquia vinculada à Secretaria
do Planejamento e Gestão do Estado do Ceará.
Fundado em 14 de abril de 2003, o IPECE é o órgão do
Governo responsável pela geração de estudos, pesquisas
e informações socioeconômicas e geográficas que
permitem a avaliação de programas e a elaboração de
estratégias e políticas públicas para o desenvolvimento
do Estado do Ceará.
Missão: Propor políticas públicas para o
desenvolvimento sustentável do Ceará por meio da
geração de conhecimento, informações
geossocioeconômicas e da assessoria ao Governo do
Estado em suas decisões estratégicas.
Valores: Ética e transparência; Rigor científico;
Competência profissional; Cooperação interinstitucional
e Compromisso com a sociedade.
Visão: Ser uma Instituição de pesquisa capaz de
influenciar de modo mais efetivo, até 2025, a
formulação de políticas públicas estruturadoras do
desenvolvimento sustentável do estado do Ceará.
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Sobre o IPECE Informe
A Série IPECE Informe disponibilizada pelo Instituto
de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE),
visa divulgar análises técnicas sobre temas relevantes
de forma objetiva. Com esse documento, o Instituto
busca promover debates sobre assuntos de interesse da
sociedade, de um modo geral, abrindo espaço para
realização de futuros estudos.
Nesta Edição
O Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM)
consiste numa avaliação multidimensional dos
municípios cearenses a partir de 30 indicadores que, por
meio de técnicas estatísticas, são sintetizados em um
único indicador, o que permite averiguar, de forma
relativa, quais são aqueles mais ou menos
desenvolvidos. A cada dois anos uma nova versão do
IDM é calculada e são analisados os seus resultados
específicos, gerais e por dimensão. O presente Informe
procura, então, efetuar uma análise adicional,
comparando as distribuições do índice referentes aos
anos de 2014 e 2016. Os resultados do IDM de 2016
reforçam a necessidade de considerar a questão das
desigualdades regionais e municipais quando da
elaboração de políticas públicas, para tentar melhorar a
distribuição de recursos entre os municípios menos
favoráveis. A análise mostra que houve um equilíbrio na
mudança de ranking (87 melhoraram e 91 pioraram) e
que a probabilidade de se manter na própria classe é
sempre elevada (90,76%). As classes 3 e 4 concentram
96,74% dos municípios que podem ser considerados
relativamente menos desenvolvidos. Também foi
possível verificar que cada grupo de indicadores obteve
um posicionamento diferente, ou seja, devido à
estiagem de cinco anos consecutivos 89 municípios
pioraram no Grupo 1, 90 melhoraram e 5 mantiveram a
mesma posição. No Grupo 2, 16 municípios mantiveram
a mesma posição enquanto que 84 melhoraram e os
demais 84 pioraram. No Grupo 3, 90 municípios
melhoraram, 86 pioraram e 8 mantiveram a mesma
posição. Por fim, no Grupo 4, apenas 2 municípios não
mudaram de posição, enquanto que 92 melhoraram e
outros 90 pioraram.
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segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) - 2014 e 2016. 3
1. INTRODUÇÃO
O Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) consiste em uma avaliação multidimensional
dos municípios cearenses a partir de 30 indicadores agrupados em quatro grupos (aspectos
fisiográficos, fundiários e agrícolas; demográficos e econômicos; de infraestrutura; e sociais) que,
por meio de técnicas estatísticas, são sintetizados em um único indicador, o que permite averiguar,
de forma relativa, quais são aqueles mais ou menos desenvolvidos.
O IDM, portanto, não mensura os níveis de desenvolvimento per se, mas permite ordenar e
agrupar os municípios de forma a determinar quais são aqueles que, comparativamente, apresentam
as melhores e as piores situações. Assim, a sua utilidade fundamental é focada no estabelecimento
de prioridades de intervenção ou de aporte de recursos relativos a programas ou políticas públicas.
A cada dois anos uma nova versão do IDM é calculada e são analisados os seus resultados
específicos, gerais e por dimensão (IPECE, 2010, 2013, 2015 e 2017). O presente Informe procura,
então, efetuar uma análise estatística e espacial, comparando as distribuições do IDM referentes aos
anos de 2014 e 2016.
No caso, como os valores dos índices não são diretamente comparáveis (devido às técnicas
estatísticas utilizadas - análise fatorial e clusters) propõe-se, portanto, comparar os posicionamentos
dos municípios nos rankings e os seus agrupamentos conforme as classes do IDM de forma isolada
ou regionalizada. Os subíndices das dimensões também serão contemplados com análises similares.
Além desta breve introdução, o presente informe é composto por mais quatro seções. Na
seção 2 são analisados os posicionamentos do IDM. Na seção 3 efetua-se uma investigação de como
se comportaram as distribuições segundo as classes do índice. Já na seção 4 são comparadas as
distribuições regionais. Na seção 5 são observados os comportamentos dos municípios com base
nos Grupos de Indicadores. Finalmente, são apresentadas as considerações finais e as referências
utilizadas.
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2. ANÁLISE DOS POSICIONAMENTOS (RANKINGS) DO IDM
Como o IDM é um índice que relativiza os níveis de desenvolvimento dos municípios, as
análises dos posicionamentos e da classificação são essenciais. Nesta seção, consideram-se,
primeiramente, os rankings dos municípios cearenses para o IDM Geral.
O Quadro 1 apresenta a relação dos dez primeiros no ranking, ou seja, aqueles municípios que
obtiveram os melhores resultados no Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) no seu
respectivo ano. Em 2016, oito municípios se mantiveram dentre os dez melhores como em 2014,
apenas Paracuru e Paraipaba entraram no Grupo dos dez melhores e Caucaia e Ibiapina saíram.
Mais especificamente, Paracuru avançou da 39ª para a 7ª posição e Paraipaba passou da 29ª para a
10ª posição. São Gonçalo do Amarante e Sobral continuaram exatamente nas mesmas posições de
2014 (3ª e 8ª posições). Dentre os dez melhores, quatro municípios melhoraram de posição: Eusébio
(+1), Horizonte (+3), Paraipaba (+19) e Paracuru (+32), enquanto quatro pioraram no ranking:
Fortaleza, Aquiraz, Maracanaú pioraram em 1 posição e Barbalha em 3 lugares.
Quadro 1 - Os dez melhores no ranking do Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) -
2014 e 2016
Municípios - 2014 Municípios - 2016 Mudança de Posição
1. Fortaleza 1. Eusébio +1 ▲
2. Eusébio 2. Fortaleza -1 ▼
3. São Gonçalo do Amarante 3. São Gonçalo do Amarante 0 ▬
4. Aquiraz 4. Horizonte +3 ▲
5. Maracanaú 5. Aquiraz -1 ▼
6. Barbalha 6. Maracanaú -1 ▼
7. Horizonte 7. Paracuru +32 ▲
8. Sobral 8. Sobral 0 ▬
9. Caucaia 9. Barbalha -3 ▼
10. Ibiapina 10. Paraipaba +19 ▲
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
O Quadro 2 apresenta a relação dos dez últimos no ranking, ou seja, aqueles municípios que
obtiveram piores resultados relativos no IDM no seu respectivo ano. Em 2016, cinco municípios se
mantiveram neste grupo como em 2014, enquanto Potengi, Ererê, Saboeiro, Arneiroz e Baixio
passaram a integrá-lo. Cabe destacar que Catarina não mudou de posição e continua como o
município com pior resultado do IDM. Já Aiuaba (+2), Umari (+2) e Pires Ferreira (+7) melhoraram
de posição com relação a 2014. Por outro lado, os municípios de Potengi (-23), Ererê (-68),
Saboeiro (-7), Arneiroz (-9), Ibaretama (-1) e Baixio (-9) pioraram relativamente suas posições em
relação a 2014.
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Quadro 2 - Os dez piores no ranking do Índice de Desenvolvimento Municipal - 2014 e 2016
Municípios - 2014 Municípios - 2016 Mudança de Posição
184. Catarina 184. Catarina 0 ▬
183. Aiuaba 183. Potengi -23 ▼
182. Pires Ferreira 182. Ererê -68 ▼
181. Umari 181. Aiuaba +2 ▲
180. Miraíma 180. Saboeiro -7 ▼
179. Deputado Irapuan Pinheiro 179. Umari +2 ▲
178. Milhã 178. Arneiroz -9 ▼
177. Parambu 177. Ibaretama -1 ▼
176. Ibaretama 176. Baixio -9 ▼
175. Abaiara 175. Pires Ferreira +7 ▲
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
De uma forma geral, houve um equilíbrio entre os municípios que ganharam posição (87)
daqueles que perderam posição no ranking (91), onde apenas 6 dos 184 municípios continuaram nas
mesmas posições de 2014 para 2016.
Conforme o Quadro 3 apresenta, entre 2014 e 2016 o município que mais avançou foi
Milagres, ganhando 89 posições no ranking (passou da posição 168 em 2014 para a posição 79 em
2016). Já o que perdeu mais posições foi Itapiúna, passando da posição 70 em 2014 para a posição
147 em 2016 (isto é, perdendo 77 posições).
Quadro 3 - Municípios que mais ganharam e que mais perderam posições no IDM entre 2014
e 2016
Municípios que mais ganharam posições
▲
Nº de
posições
ganhas
Municípios que mais perderam posições
▼
Nº de
posições
perdidas
79. Milagres +89 147. Itapiúna -77
61. Granja +80 165. Pereiro -76
74. Graça +58 182. Ererê -68
64. Várzea Alegre +49 134. Altaneira -59
50. Cruz +47 94. Acarape -57
89. Palmácia +46
161. Ipaumirim -56
120. Independência 140. Ararendá -54
107. Cariré +44 130. Tamboril -51
86. Morrinhos +42
82. Farias Brito -44
95. Nova Russas 99. General Sampaio -41
135. Jati
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
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Vale salientar que é particularmente difícil explicar o porquê de variações tão extremas nos
posicionamentos, pois, tanto mudanças em vários indicadores como variações nas cargas fatoriais
(que ajudam a formar o índice) podem ter contribuído para isto. Outro fator que impossibilita
apontar o motivo da melhora ou piora de posição de um município é o fato de que esta mudança de
posição também depende da melhora ou piora dos outros municípios.
3. ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO POR CLASSES DO IDM
Conforme a metodologia do IDM, os municípios são agrupados em quatro classes distintas,
efetuando-se uma diferenciação entre eles de acordo com os seus níveis de desenvolvimento. É
importante salientar, entretanto, que essa separação é feita de forma relativa e não absoluta, isto é,
tenta-se colocar no mesmo grupo aqueles que possuem níveis semelhantes de desenvolvimento na
comparação com os demais, variando essas classes de ano para ano. Isto significa que, os
municípios do Grupo 1 são aqueles relativamente mais desenvolvidos que os demais, não atestando
que eles são desenvolvidos per se.
No que se trata da mudança de classes por parte dos municípios, em 2016, foi observado que:
A Classe 1 ficou com os mesmos dois municípios (Eusébio e Fortaleza) não
havendo alteração de 2014 para 2016, apenas no ranking;
A Classe 2 ficou com quatro municípios dos oito que pertenciam em 2014
(Aquiraz, Horizonte, Maracanaú e São Gonçalo do Amarante), onde outros
quatro migraram para a Classe 3, mudaram para pior, quais sejam: Barbalha,
Caucaia, Ibiapina e Sobral;
A Classe 3 ficou com 52 municípios. Dos 55 municípios que pertenciam a esta
Classe em 2014, 45 permaneceram, 10 migraram para a Classe 4, mudaram para
pior, 4 municípios vieram da Classe 2 (como já citado) e 3 municípios vieram da
Classe 4, mudaram para melhor (Cruz, Ipu e Jaguaruana);
A Classe 4 ficou com 126 municípios. Dos 119 que possuía em 2014, 116
municípios continuaram na Classe 4, 10 foram adicionadas da Classe 3
(mudaram para pior) e 3 saíram para a Classe 3 (mudaram para melhor);
Considerando os municípios, tem-se que apenas dois fazem parte da Classe 1, tanto em 2014
como em 2016. Menciona-se ainda, que 167 municípios permaneceram na mesma classe durante os
anos de 2014 e 2016, ou seja, houve pouca migração de municípios entre as classes. No período
estudado, apenas três municípios mudaram para melhor, da Classe 4 para a Classe 3 e 14 mudaram
para pior, sendo 4 da Classe 2 para a Classe 3 e 10 da Classe 3 para a Classe 4. No total, de 2014
para 2016, 7 municípios saíram das classes 2 e 3 (desenvolvimento intermediário) para a Classe 4,
ampliando assim a concentração de municípios que podem ser considerados, relativamente, com
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desenvolvimento mais baixo. Dos 184 municípios, 96,74% estão concentrados nas classes 3 e 4 (ver
o Quadro 4).
Quadro 4 - Distribuição de frequências dos municípios cearenses conforme as classes do IDM
- 2014 e 2016
Classes do IDM 2014 2016
Freq. % Freq. %
1 2 1,09 ▬ 2 1,09
2 8 4,35 ▼ 4 2,17
3 55 29,89 ▼ 52 28,26
4 119 64,67 ▲ 126 68,48
Soma 184 100,00 184 100,00
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
A Matriz de Transição de um ano para o outro foi construída para complementar a
comparação das distribuições conforme as classes do IDM. Essa matriz apresentada adiante, as
probabilidades de um município se manter ou mudar de classe de um ano para o outro (a
classificação do ano inicial está nas linhas e a do ano final nas colunas).
No caso, conforme o Quadro 5, a probabilidade de um município que estava na classe 1
permanecer na mesma classe em 2016 foi igual a 100,00%. De fato, Eusébio e Fortaleza foram os
únicos municípios nessa classe durante esses dois anos. Na Classe 2 a probabilidade dos municípios
permanecerem na mesma classe de 2014 para 2016 foi de 50,00% e a de mudar para pior, migrar
para a Classe 3 foi também de 50,00%. Já na Classe 3 a probabilidade de permanecer na mesma
classe foi de 81,82% e a de mudar para pior, migrar para a Classe 4 foi de 18,18% entre 2014 e
2016. Finalmente, os municípios pertencentes à Classe 4 no ano inicial (2014), apresentaram uma
probabilidade de 2,52% de mudar para a Classe 3 (melhorar) e de 97,48% de se manter na mesma
classe no ano final (2016).
Quadro 5 - Matriz de transição dos municípios cearenses entre as classes do IDM - 2014 e
2016
2 0 1 6
Classes 1 2 3 4
2 0
1 4
1 100,00% 0,00% 0,00% 0,00%
2 0,00% 50,00% 50,00% 0,00%
3 0,00% 0,00% 81,82% 18,18%
4 0,00% 0,00% 2,52% 97,48%
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
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De maneira geral, a análise da matriz de transição confirma que a probabilidade de se manter
na própria classe é sempre elevada. Em geral, houve pouca mobilidade entre os relativamente
melhores e os relativamente piores. Por outro lado, verificou-se elevada mobilidade nas classes
intermediárias, principalmente quando são considerados os movimentos em direção às classes em
pior situação relativa, o que confirma as análises anteriores de que as desigualdades dos municípios
cearenses em termos de desenvolvimento tenderam a aumentar entre 2014 e 2016.
4. ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DO IDM
Neste tópico, faz-se uma comparação entre as distribuições de frequências dos municípios
cearenses conforme as classes do IDM e as Regiões de Planejamento do Estado.
O Quadro 6 apresenta a mudança de classe realizada pelos municípios de 2014 para 2016, em
cada região. Por exemplo, em 2014, a Serra da Ibiapaba tinha 1 (um) município na Classe 2, 4
(quatro) municípios na Classe 3 e 4 (quatro) na Classe 4 e, em 2016, um município ascendeu da
Classe 4 para a Classe 3 (melhorou) e outro caiu da Classe 2 para a Classe 3 (piorou). Assim, em
2016 esta região ficou com 6 (seis) municípios na Classe 3 e 3 (três) municípios na Classe 4.
Nas regiões Centro Sul, Sertão Central, Sertão de Canindé, Sertão de Crateús e Sertão de
Inhamuns não houve mudanças. No Litoral Leste, como um município migrou da Classe 4 para a
Classe 3 e outro de forma inversa, da Classe 3 para a Classe 4, se comparado somente o total, dá a
impressão de não haver mudança de classe de 2014 para 2016. Os seguintes movimentos podem
então ser observados nas Regiões de Planejamento:
Regiões com mudanças para melhor da Classe 4 Classe 3: 3 municípios
o Litoral Leste: Jaguaruana
o Litoral Norte: Cruz
o Serra da Ibiapaba: Ipu
Regiões com mudanças para pior da Classe 2 Classe 3: 4 municípios
o Cariri: Barbalha
o Grande Fortaleza: Caucaia
o Serra da Ibiapaba: Ibiapina
o Sertão de Sobral: Sobral
Regiões com mudanças para pior da Classe 3 Classe 4: 10 municípios
o Cariri: Farias Brito e Nova Olinda
o Grande Fortaleza: Chorozinho
o Litoral Leste: Itaiçaba
o Litoral Oeste / Vale do Curu: General Sampaio e Pentecoste
o Maciço de Baturité: Acarape e Aratuba
o Sertão de Sobral: Forquilha
o Vale do Jaguaribe: Jaguaribe
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Quadro 6 - Mudança de Classe do IDM pelos municípios cearenses conforme as Regiões de
Planejamento do Estado - 2014 e 2016
Região de Planejamento Classe
2014
Classe 2016 Total
2014 1 2 3 4
1. Cariri
1 0
2 1 1
3 4 2 6
4 22 22
Total 2016 0 0 5 24 29
2. Centro Sul
1 0
2 0
3 1 1
4 12 12
Total 2016 0 0 1 12 13
3. Grande Fortaleza
1 2 2
2 4 1 5
3 10 1 11
4 1 1
Total 2016 2 4 11 2 19
4. Litoral Leste
1 0
2 0
3 3 1 4
4 1 1 2
Total 2016 0 0 4 2 6
5. Litoral Norte
1 0
2 0
3 4 4
4 1 8 9
Total 2016 0 0 5 8 13
6. Litoral Oeste / Vale do Curu
1 0
2 0
3 3 2 5
4 7 7
Total 2016 0 0 3 9 12
7. Maciço de Baturité
1 0
2 0
3 5 2 7
4 6 6
Total 2016 0 0 5 8 13
8. Serra da Ibiapaba
1 0
2 1 1
3 4 4
4 1 3 4
Total 2016 0 0 6 3 9
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Região de Planejamento Classe
2014
Classe 2016 Total
2014 1 2 3 4
9. Sertão Central
1 0
2 0
3 2 2
4 11 11
Total 2016 0 0 2 11 13
10. Sertão de Canindé
1 0
2 0
3 1 1
4 5 5
Total 2016 0 0 1 5 6
11. Sertão de Crateús
1 0
2 0
3 1 1
4 12 12
Total 2016 0 0 1 12 13
12. Sertão de Inhamuns
1 0
2 0
3 0
4 5 5
Total 2016 0 0 0 5 5
13. Sertão de Sobral
1 0
2 1 1
3 3 1 4
4 13 13
Total 2016 0 0 4 14 18
14. Vale do Jaguaribe
1 0
2 0
3 4 1 5
4 10 10
Total 2016 0 0 4 11 15
Estado do Ceará
1 2 2
2 4 4 8
3 45 10 55
4 3 116 119
Total 2016 2 4 52 126 184
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
Ainda conforme o Quadro 6 também é possível mostrar o resultado geral do número de
municípios por classe em cada Região de Planejamento e percebe-se que:
i. Somente a Região Grande Fortaleza apresentou municípios em todas as classes,
sendo dois municípios (Eusébio e Fortaleza) na Classe 1 e quatro (Aquiraz,
Horizonte, Maracanaú e São Gonçalo do Amarante) na Classe 2.
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ii. Apenas a região do Sertão de Inhamuns possui todos seus municípios em uma
única classe.
iii. Todas as regiões possuem municípios na Classe 4, onde está a maioria dos
municípios (68,48%).
O Quadro 7 resume para cada Região de Planejamento quantos municípios mudaram para
uma classe melhor (▲), permaneceram na mesma classe (▬) ou foram para uma classe pior (▼).
Quadro 7 - Número de Municípios por Mudança de Classe do IDM conforme as Regiões de
Planejamento do Estado - 2014 e 2016
Região de Planejamento ▲ ▬ ▼ Região de Planejamento ▲ ▬ ▼
Cariri 26 3 Serra da Ibiapaba 1 7 1
Centro Sul 13 Sertão Central 13
Grande Fortaleza 17 2 Sertão de Canindé 6
Litoral Leste 1 4 1 Sertão de Crateús 13
Litoral Norte 1 12 Sertão de Inhamuns 5
Litoral Oeste / Vale do Curu 10 2 Sertão de Sobral 16 2
Maciço de Baturité 11 2 Vale do Jaguaribe 14 1
Total Geral 3 167 14
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
O Mapa 1 exibe a análise comparativa das classes do IDM referente aos anos de 2016 e 2014,
revelando a distribuição geográfica dos municípios que melhoraram de classe (cor verde), que
permaneceram (cor branca) ou que pioraram de classe (cor laranja).
Em síntese, evidencia-se que a grande maioria, 167 municípios permaneceu na mesma classe
de desenvolvimento municipal no período de 2014 a 2016. Não obstante, 14 municípios pioraram
de situação, estando à maioria deles nas regiões do Cariri, Sertão de Sobral, Litoral Oeste/ Vale do
Curu e Maciço de Baturité. Enquanto isto, somente três municípios avançaram, destacados no mapa
na cor verde, localizados nas regiões Litoral Leste, Litoral Norte e Serra da Ibiapaba.
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Mapa 1: Comparativo de Municípios por Mudança de Classe do IDM de 2014 para 2016.
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
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5. ANÁLISE DO IDM COM BASE NOS GRUPOS DE INDICADORES
De uma forma mais breve será realizada uma análise para cada grupo de indicadores nos
mesmos moldes da análise do índice geral, ou seja, serão apresentados os dez melhores e os dez
piores, seguindo pelos municípios que mais ganharam e que mais perderam posições em cada grupo
do IDM entre 2014 e 2016 e serão apresentados os mapas com os comparativos das classes do IDM
para este período em cada grupo de indicadores.
Grupo 1. Indicadores Fisiográficos, Fundiários e Agrícolas
O Quadro 8 apresenta a relação dos dez primeiros colocados, conforme o ranking de 2014 e
2016 ou aqueles municípios que obtiveram melhores resultados no Grupo 1 do IDM no seu
respectivo ano. Em 2016, seis municípios se mantiveram dentre os dez melhores como em 2014.
Quatro municípios entraram no Grupo dos dez melhores: Paraipaba avançou relativamente da 16ª
posição para a 4ª (12 posições), Trairi da 33ª posição para a 7ª (26 posições), Paracuru da 49ª para a
9ª posição (40 posições) e São Gonçalo do Amarante da 15ª posição para a 10ª (5 posições). Além
destes, Aquiraz e Horizonte também mudaram para melhor, +1 e +3 posições respectivamente.
Somente dois mudaram para pior: São Benedito (-1 posição) e Eusébio (-3 posições), enquanto dois
continuaram exatamente na mesma colocação (Ibiapina e Guaraciaba do Norte).
Quadro 8 - Os dez melhores no ranking do Grupo 1 do Índice de Desenvolvimento Municipal
(IDM) - 2014 e 2016
Municípios – 2014 Municípios - 2016 Mudança de Posição
1. Ibiapina 1. Ibiapina ▬ 0
2. São Benedito 2. Aquiraz ▲ +1
3. Aquiraz 3. São Benedito ▼ -1
4. Tianguá 4. Paraipaba ▲ +12
5. Eusébio 5. Horizonte ▲ +3
6. Guaraciaba do Norte 6. Guaraciaba do Norte ▬ 0
7. Viçosa do Ceará 7. Trairi ▲ +26
8. Horizonte 8. Eusébio ▼ -3
9. Guaramiranga 9. Paracuru ▲ +40
10. Pacoti 10. São Gonçalo do Amarante ▲ +5
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
O Quadro 9 mostra a relação dos dez últimos no ranking, ou aqueles municípios que
obtiveram piores resultados no Grupo 1 do IDM no seu respectivo ano. Em 2016, quatro municípios
se mantiveram dentre os dez piores como em 2014, Catarina, Monsenhor Tabosa, Saboeiro e
Potiretama. Os outros seis municípios entraram no Grupo dos dez piores, ou seja, caíram
relativamente suas posições com relação a 2014. Cabe ressaltar que os dez colocados, conforme o
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segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) - 2014 e 2016. 14
ranking de 2016, mudaram para pior em posição relativa dentre os demais e destes três obtiveram as
maiores quedas: Ererê (-39), Deputado Irapuan Pinheiro (-29) e Irauçuba (-24).
Quadro 9 - Os dez piores no ranking do Grupo 1 do Índice de Desenvolvimento Municipal
(IDM) - 2014 e 2016
Municípios - 2014 Municípios - 2016 Mudança de Posição
184. Umari 184. Catarina ▼ -1
183. Catarina 183. Irauçuba ▼ -24
182. Quiterianópolis 182. Ererê ▼ -39
181. Solonópole 181. Monsenhor Tabosa ▼ -4
180. Tejuçuoca 180. Caridade ▼ -7
179. Massapê 179. Deputado Irapuan Pinheiro ▼ -29
178. Hidrolândia 178. Saboeiro ▼ -3
177. Monsenhor Tabosa 177. Potiretama ▼ -1
176. Potiretama 176. Independência ▼ -4
175. Saboeiro 175. Arneiroz ▼ -1
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
No Grupo 1 de Indicadores 90 municípios ganharam posição contra 89 que perderam posição
no ranking. Apenas 5 continuaram na mesma posição de 2014 para 2016. O Quadro 10 relaciona os
Municípios que mais ganharam e os que mais perderam posições no Grupo 1.
Quadro 10 - Municípios que mais ganharam e que mais perderam posições no Grupo 1 do
IDM entre 2014 e 2016
Municípios que mais ganharam posições
▲
Nº de
posições
ganhas
Municípios que mais perderam posições
▼
Nº de
posições
perdidas
58. Morrinhos +75 154. Acopiara -101
51. Marco +72 162. Pereiro -83
56. Amontada +70 93. Farias Brito -64
57. Santana do Acaraú +67 113. Ipaumirim -62
116. Massapê +63 102. Aurora -61
53. Chaval +58 140. Altaneira -58
68. Moraújo +53 143. Jucás -54
112. Nova Russas +51 123. Cedro -48
84. Santa Quitéria +44 149. Ibaretama -47
50. Martinópole +43 163. Santana do Cariri -46
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
O Quadro 11 resume para cada Região de Planejamento quantos municípios mudaram para
uma classe melhor (▲), permaneceram na mesma classe (▬) ou foram para uma classe pior (▼)
em 2016.
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segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) - 2014 e 2016. 15
Quadro 11 - Número de Municípios por Mudança de Classe no Grupo 1 do IDM conforme as
Regiões de Planejamento do Estado - 2014 e 2016
Região de Planejamento ▲ ▬ ▼ Região de Planejamento ▲ ▬ ▼
Cariri 2 22 5 Serra da Ibiapaba 3 6
Centro Sul 9 4 Sertão Central 12 1
Grande Fortaleza 11 8 Sertão de Canindé 1 5
Litoral Leste 2 4 Sertão de Crateús 4 9
Litoral Norte 10 3 Sertão de Inhamuns 5
Litoral Oeste / Vale do Curu 2 10 Sertão de Sobral 9 9
Maciço de Baturité 2 11 Vale do Jaguaribe 3 11 1
Total Geral 49 124 11
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
Apresenta-se no Mapa 2 o comparativo dos municípios cearenses em relação às classes do
IDM concernente a dimensão fisiográfica, fundiária e agrícola. Constata-se uma piora entre os anos
de 2014 e 2016 em somente 11 municípios, enquanto que 124 municípios permaneceram na mesma
classe e se registrou uma melhora em 49 municípios cearenses, destacando-se Trairi e Paracuru
(ambos migraram da Classe 3 para a Classe 1) que tiveram aumento em duas classes nesta
dimensão. Ressalta-se que o ano de 2016 anotou uma precipitação pluviométrica maior que o ano
de 2014, contribuindo, em certa medida, para o avanço de indicadores desta dimensão.
É possível observar que dos 49 municípios que mudaram de classe para melhor, 30 estão
concentrados nas regiões da Grande Fortaleza (11), Litoral Norte (10) e Sertão de Sobral (9), e dos
11 que mudaram de classe para pior, 9 estão concentrados nas regiões do Cariri (5) e Centro Sul (5).
É possível observar que apenas 49 municípios mudaram de classe para melhor, onde 30 estão
concentrados nas regiões da Grande Fortaleza (11), Litoral Norte (10) e Sertão de Sobral (9), e dos
11 que mudaram de classe para pior, 9 estão concentrados nas regiões do Cariri (5) e Centro Sul (5).
Constata-se também que a maioria dos municípios (73,37%) permaneceu na mesma classe ou
mudou para pior entre os anos de 2014 e 2016, podendo ser explicado devido alguns fatores, dentre
outros, o primeiro de que não há uma uniformidade na distribuição das chuvas no Ceará tanto em
relação aos municípios como o período no ano, segundo, o Estado possuir 75% de sua área em
rocha de embasamento cristalino, o que dificulta o armazenamento da água das chuvas, e também
pelos últimos cinco anos consecutivos (2012 a 2016) de estiagem que o Ceará atravessou,
considerado a seca mais grave desde 1977 com uma média de anual neste período de apenas 521
mm, comprometendo bastante a produção agrícola, como mostra o Gráfico 1, a seguir.
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segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) - 2014 e 2016. 16
Gráfico 1 - Precipitações registradas no Ceará e média anual - 1977 a 2016
Fonte: Funceme. Elaboração IPECE.
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Mapa 2: Comparativo de Municípios por Mudança de Classe no Grupo 1 do IDM de 2014 para
2016
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
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segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) - 2014 e 2016. 18
Grupo 2. Indicadores Demográficos e Econômicos
O Quadro 12 apresenta a relação dos dez primeiros colocados, conforme o ranking de 2014 e
2016 ou aqueles municípios que obtiveram melhores resultados no Grupo 2 do IDM no seu
respectivo ano. Em 2016, nove municípios se mantiveram dentre os dez melhores como em 2014 e
o mais interessante, nas mesmas posições. O município de Guaramiranga foi o único que entrou no
Grupo dos dez melhores, avançando relativamente da 11ª para a 10ª posição, enquanto que
Barbalha, que em 2014 estava na 10ª posição, caiu para a 13ª, em 2016.
Quadro 12 - Os dez melhores no ranking do Grupo 2 do Índice de Desenvolvimento Municipal
(IDM) - 2014 e 2016
Municípios - 2014 Municípios - 2016 Mudança de Posição
1. Eusébio 1. Eusébio ▬ 0
2. São Gonçalo do Amarante 2. São Gonçalo do Amarante ▬ 0
3. Maracanaú 3. Maracanaú ▬ 0
4. Fortaleza 4. Fortaleza ▬ 0
5. Horizonte 5. Horizonte ▬ 0
6. Aquiraz 6. Aquiraz ▬ 0
7. Sobral 7. Sobral ▬ 0
8. Caucaia 8. Caucaia ▬ 0
9. Pacajus 9. Pacajus ▬ 0
10. Barbalha 10. Guaramiranga ▲ + 1
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
O Quadro 13 apresenta a relação dos dez últimos no ranking, ou aqueles municípios que
obtiveram piores resultados no Grupo 2 do IDM no seu respectivo ano. Em 2016, cinco municípios
se mantiveram dentre os dez piores como em 2014, Aiuaba, Mombaça, Mulungu, Ocara e
Tejuçuoca. Os outros cinco municípios entraram no Grupo dos dez piores, ou seja, caíram
relativamente suas posições com relação a 2014. Cabe destacar Saboeiro, Palmácia e Jardim que
perderam mais posição no ranking, se posicionando dentre os dez municípios do Ceará que mais
perderam posição em 2016.
Quadro 13 - Os dez piores no ranking do Grupo 2 do Índice de Desenvolvimento Municipal
(IDM) - 2014 e 2016
Municípios - 2014 Municípios - 2016 Mudança de Posição
184. Aiuaba 184. Saboeiro ▼ -68
183. Mombaça 183. Aiuaba ▲ +1
182. Ocara 182. Mombaça ▲ +1
181. Parambu 181. Mulungu ▼ -5
180. Bela Cruz 180. Jardim ▼ -27
179. Granja 179. Viçosa do Ceará ▼ -10
178. Ibaretama 178. Ocara ▲ +4
177. Tejuçuoca 177. Miraíma ▼ -9
176. Mulungu 176. Tejuçuoca ▲ +1
175. Arneiroz 175. Palmácia ▼ -32
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
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segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) - 2014 e 2016. 19
No Grupo 2 de Indicadores 84 municípios ganharam posição e outros 84 perderam posição no
ranking. 16 continuaram na mesma posição de 2014 para 2016. O Quadro 14 relaciona os
Municípios que mais ganharam e os que mais perderam posições no Grupo 1.
Quadro 14 - Municípios que mais ganharam e que mais perderam posições no Grupo 2 do
IDM entre 2014 e 2016
Municípios que mais ganharam posições
▲
Nº de
posições
ganhas
Municípios que mais perderam posições
▼
Nº de
posições
perdidas
26. Monsenhor Tabosa +77 184. Saboeiro -68
30. Independência +50 117. Missão Velha -38
97. São Benedito +37
175. Palmácia -32
114. Icó 133. Santana do Cariri -31
124. Aurora +36 159. Itapiúna -27
94. Uruoca +30 180. Jardim
64. Jaguaribara +29 129. Baixio -24
83. Alto Santo
+25
84. Farias Brito -23
112. Croatá 142. Massapê -20
73. Irauçuba 157. Boa Viagem
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
O Quadro 15 resume para cada Região de Planejamento quantos municípios mudaram para
uma classe melhor (▲), permaneceram na mesma classe (▬) ou foram para uma classe pior (▼)
em 2016.
Quadro 15 - Número de Municípios por Mudança de Classe no Grupo 2 do IDM conforme as
Regiões de Planejamento do Estado - 2014 e 2016
Região de Planejamento ▲ ▬ ▼ Região de Planejamento ▲ ▬ ▼
Cariri 1 28 Serra da Ibiapaba 9
Centro Sul 13 Sertão Central 13
Grande Fortaleza 1 17 1 Sertão de Canindé 6
Litoral Leste 1 5 Sertão de Crateús 2 11
Litoral Norte 13 Sertão de Inhamuns 5
Litoral Oeste / Vale do Curu 12 Sertão de Sobral 1 17
Maciço de Baturité 1 12 Vale do Jaguaribe 1 14
Total Geral 8 175 1
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
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segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) - 2014 e 2016. 20
O Mapa 3 apresenta a evolução do IDM dos municípios cearenses entre os anos de 2016 e
2014 para a dimensão demográfica e econômica. De uma forma geral, os municípios permaneceram
na mesma classe no período averiguado (175 municípios), tendo-se a perda de classe em somente
um município (São Luís do Curu na Grande Fortaleza). Menciona-se, ainda, que oito municípios
(Granjeiro, Pindoretama, Fortim, Redenção, Independência, Monsenhor Tabosa, Varjota e Limoeiro
do Norte) obtiveram evolução nesta dimensão entre os anos citados.
No mencionado mapa, percebe-se, ainda, que os municípios que mudaram de classe para
melhor, de 2014 para 2016, no tocante ao IDM referente à dimensão econômica e demográfica
ficaram distribuídos em diversas regiões de planejamento.
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segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) - 2014 e 2016. 21
Mapa 3: Comparativo de Municípios por Mudança de Classe no Grupo 2 do IDM de 2014 para
2016
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
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segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) - 2014 e 2016. 22
Grupo 3. Indicadores de Infraestrutura de Apoio
O Quadro 16 relaciona os dez primeiros colocados, conforme o ranking de 2014 e 2016 ou
aqueles municípios que obtiveram melhores resultados no Grupo 3 do IDM no seu respectivo ano.
Em 2016, sete municípios se mantiveram dentre os dez melhores como em 2014. Os municípios de
Redenção, que avançou relativamente da 15ª para a 7ª posição, Pacatuba, que subiu da 11ª para a 9ª
posição e Maranguape, que foi da 13ª para a 10ª posição, entraram no Grupo dos dez melhores.
Destes dez municípios, conforme o ranking de 2016, cinco municípios mudaram para melhor
(Maracanaú, Aquiraz, Redenção, Pacatuba e Maranguape), três continuaram exatamente na mesma
posição (Fortaleza, Caucaia e Eusébio) e somente dois mudaram para pior (Sobral e Pacajus).
Quadro 16 - Os dez melhores no ranking do Grupo 3 do Índice de Desenvolvimento Municipal
(IDM) - 2014 e 2016
Municípios - 2014 Municípios - 2016 Mudança de Posição
1. Fortaleza 1. Fortaleza ▬ 0
2. Caucaia 2. Caucaia ▬ 0
3. Sobral 3. Maracanaú ▲ +1
4. Maracanaú 4. Sobral ▼ -1
5. Eusébio 5. Eusébio ▬ 0
6. Pacajus 6. Aquiraz ▲ +3
7. Baturité 7. Redenção ▲ +8
8. Horizonte 8. Pacajus ▼ -2
9. Aquiraz 9. Pacatuba ▲ +2
10. Cascavel 10. Maranguape ▲ +3
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
O Quadro 17 lista os dez últimos no ranking, ou aqueles municípios que obtiveram piores
resultados no Grupo 3 do IDM no seu respectivo ano. Em 2016, nove municípios se mantiveram
dentre os dez piores como em 2014, Granjeiro, Tarrafas, Abaiara, Baixio, Pires Ferreira, Jati,
Altaneira, Ererê e Umari. Somente Arneiroz entrou no Grupo dos dez piores, ou seja, caiu
relativamente cinco posições com relação a 2014 e Catarina saiu do bloco dos dez piores. Destes
dez municípios, cinco mudaram para melhor (Baixio, Jati, Altaneira, Ererê e Umari), dois
continuaram exatamente na mesma posição (Granjeiro e Tarrafas) e três mudaram para pior
(Abaiara, Pires Ferreira e Arneiroz).
IPECE | INFORME nº 120: Análise Comparativa das distribuições dos Municípios Cearenses
segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) - 2014 e 2016. 23
Quadro 17 - Os dez piores no ranking do Grupo 3 do Índice de Desenvolvimento Municipal
(IDM) - 2014 e 2016
Municípios - 2014 Municípios - 2016 Mudança de Posição
184. Granjeiro 184. Granjeiro ▬ 0
183. Tarrafas 183. Tarrafas ▬ 0
182. Baixio 182. Abaiara ▼ -2
181. Jati 181. Baixio ▲ +1
180. Abaiara 180. Pires Ferreira ▼ -4
179. Ererê 179. Arneiroz ▼ -5
178. Altaneira 178. Jati ▲ +3
177. Umari 177. Altaneira ▲ +1
176. Pires Ferreira 176. Ererê ▲ +3
175. Catarina 175. Umari ▲ +2
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
No Grupo 3 de Indicadores 90 municípios ganharam posição contra 86 que perderam posição
no ranking. Apenas 8 continuaram na mesma posição de 2014 para 2016. O Quadro 18 relaciona os
Municípios que mais ganharam e os que mais perderam posições no Grupo 3.
Quadro 18 - Municípios que mais ganharam e que mais perderam posições no Grupo 3 do
IDM entre 2014 e 2016
Municípios que mais ganharam
posições ▲
Nº de
posições
ganhas
Municípios que mais perderam posições
▼
Nº de
posições
perdidas
68. Barreira +31 146. General Sampaio -59
101. Acarape +30 144. Barroquinha -35
95. Ocara +21
117. Parambu -34
99. Jucás 123. Novo Oriente -32
109. Palhano +20 132. Alto Santo -31
62. Várzea Alegre +19 148. Quiterianópolis
33. Acaraú +18
75. Campos Sales -29
112. Santana do Cariri 124. Piquet Carneiro -26
37. Paraipaba
+17
149. Salitre -23
83. Tururu 104. Independência -19
93. Amontada
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
O Quadro 19 resume para cada Região de Planejamento quantos municípios mudaram para
uma classe melhor (▲), permaneceram na mesma classe (▬) ou foram para uma classe pior (▼)
em 2016. Três municípios mudaram de classe para melhor no Grupo 3, 17 mudaram para pior e os
demais 164 municípios permaneceram na mesma classe.
IPECE | INFORME nº 120: Análise Comparativa das distribuições dos Municípios Cearenses
segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) - 2014 e 2016. 24
Quadro 19 - Número de Municípios por Mudança de Classe no Grupo 3 do IDM conforme as
Regiões de Planejamento do Estado - 2014 e 2016
Região de Planejamento ▲ ▬ ▼ Região de Planejamento ▲ ▬ ▼
Cariri 24 5 Serra da Ibiapaba 9
Centro Sul 13 Sertão Central 13
Grande Fortaleza 1 18 Sertão de Canindé 5 1
Litoral Leste 1 4 1 Sertão de Crateús 11 2
Litoral Norte 10 3 Sertão de Inhamuns 3 2
Litoral Oeste / Vale do Curu 11 1 Sertão de Sobral 17 1
Maciço de Baturité 1 12 Vale do Jaguaribe 14 1
Total Geral 3 164 17
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
O Mapa 4, a seguir, ilustra a distribuição territorial dos municípios por mudança de classe do
IDM (dimensão infraestrutura de apoio) atinente aos anos de 2014 e 2016, observando-se que três
municípios melhoraram de classe nesta dimensão, sendo eles: Aracoiaba no Maciço de Baturité,
Guaiuba na Grande Fortaleza e Jaguaruana no Litoral Leste. Vale destacar que a maioria dos
municípios (164) permaneceu na mesma classe, indicando a manutenção dos serviços relacionados
a agências bancárias e dos correios, da frota de veículos, assim como dos investimentos realizados
pelo Governo do Estado em infraestrutura de logística, como, por exemplo, a ampliação da malha
rodoviária. Verifica-se ainda que 17 que mudaram de classe para pior, 12 estão concentrados nas
regiões do Cariri (5), Litoral Norte (3), Sertão de Crateús (2) e Sertão de Inhamuns (2).
IPECE | INFORME nº 120: Análise Comparativa das distribuições dos Municípios Cearenses
segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) - 2014 e 2016. 25
Mapa 4: Comparativo de Municípios por Mudança de Classe no Grupo 3 do IDM de 2014 para
2016
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
IPECE | INFORME nº 120: Análise Comparativa das distribuições dos Municípios Cearenses
segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) - 2014 e 2016. 26
Grupo 4. Indicadores Sociais
O Quadro 20 apresenta os dez primeiros colocados, conforme o ranking de 2014 e 2016 ou
aqueles municípios que obtiveram melhores resultados no Grupo 4 do IDM no seu respectivo ano.
Em 2016, três municípios se mantiveram dentre os dez melhores como em 2014, Barballha, Sobral
e Itaiçaba. Os municípios de Eusébio, Guaramiranga, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Horizonte,
Pacujá e Iguatu entraram no Grupo dos dez melhores. Destes dez municípios, conforme o ranking
de 2016, sete municípios mudaram para melhor (Eusébio, Guaramiranga, Limoeiro do Norte,
Maracanaú, Horizonte, Pacujá e Iguatu), com destaque para Guaramiranga que avançou 111
posições nesta dimensão. Dois municípios continuaram exatamente na mesma posição (Barballha e
Sobral) e somente um município mudou para pior, Itaiçaba (-2 posições).
Quadro 20 - Os dez melhores no ranking do Grupo 4 do Índice de Desenvolvimento Municipal
(IDM) - 2014 e 2016
Municípios - 2014 Municípios - 2016 Mudança de Posição
1. Barbalha 1. Barbalha ▬ 0
2. Sobral 2. Sobral ▬ 0
3. Itaiçaba 3. Eusébio ▲ +10
4. Fortaleza 4. Guaramiranga ▲ +111
5. Ararendá 5. Itaiçaba ▼ -2
6. Forquilha 6. Limoeiro do Norte ▲ +9
7. Ibiapina 7. Maracanaú ▲ +20
8. Aquiraz 8. Horizonte ▲ +51
9. Ererê 9. Pacujá ▲ +59
10. Itapiúna 10. Iguatu ▲ +32
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
O Quadro 21 apresenta a relação dos dez últimos no ranking, ou aqueles municípios que
obtiveram piores resultados no Grupo 4 do IDM no seu respectivo ano. Em 2016, apenas dois
municípios se mantiveram dentre os dez piores como em 2014: Aiuaba e Catarina, ambos subiram
+2 posições no ranking. Os outros oito municípios entraram no Grupo dos dez piores, ou seja,
caíram relativamente suas posições com relação a 2014. Cabe destacar o município de Ererê que
mais perdeu posição no ranking dentre todos os 184 municípios do Ceará, caiu 170 posições. Outro
ponto que chama a atenção é que estes mesmos oito municípios de pior posição no ranking do
Grupo 4, todos mudaram para pior de 2014 para 2016.
IPECE | INFORME nº 120: Análise Comparativa das distribuições dos Municípios Cearenses
segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) - 2014 e 2016. 27
Quadro 21 - Os dez piores no ranking do Grupo 4 do Índice de Desenvolvimento Municipal
(IDM) - 2014 e 2016
Municípios - 2014 Municípios - 2016 Mudança de Posição
184. Milagres 184. Potengi ▼ -43
183. Granja 183. Ipaumirim ▼ -28
182. Aiuaba 182. Ipueiras ▼ -11
181. Pires Ferreira 181. Alcântaras ▼ -29
180. Abaiara 180. Aiuaba ▲ +2
179. Catarina 179. Ererê ▼ -170
178. Independência 178. Paramoti ▼ -34
177. Mombaça 177. Catarina ▲ +2
176. Miraíma 176. Acarape ▼ -136
175. Milhã 175. Icó ▼ -97
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
No Grupo 4 de Indicadores, 92 municípios ganharam posição contra 90 que perderam posição
no ranking. Apenas 2 continuaram na mesma posição de 2014 para 2016. O Quadro 22 relaciona os
Municípios que mais ganharam e os que mais perderam posições no Grupo 4.
Quadro 22 - Municípios que mais ganharam e que mais perderam posições no Grupo 4 do
IDM entre 2014 e 2016
Municípios que mais ganharam
posições ▲
Nº de
posições
ganhas
Municípios que mais perderam posições
▼
Nº de
posições
perdidas
45. Milagres +139 179. Ererê -170
16. Paracuru +121 161. Itapiúna -151
4. Guaramiranga +111
176. Acarape -136
37. Várzea Alegre 125. Ibiapina -118
56. Deputado Irapuan Pinheiro +107 136. Tamboril -114
18. Jucás +93 131. Pereiro -101
69. Itapajé +92 155. Barroquinha -98
53. Cariré +79 175. Icó -97
51. Ipu +74 160. Quiterianópolis -95
103. Milhã +72 148. Missão Velha -93
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
O Quadro 23 resume para cada Região de Planejamento quantos municípios mudaram para
uma classe melhor (▲), permaneceram na mesma classe (▬) ou foram para uma classe pior (▼)
em 2016.
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Quadro 23 - Número de Municípios por Mudança de Classe no Grupo 4 do IDM conforme as
Regiões de Planejamento do Estado - 2014 e 2016
Região de Planejamento ▲ ▬ ▼ Região de Planejamento ▲ ▬ ▼
Cariri 9 20 Serra da Ibiapaba 4 4 1
Centro Sul 5 6 2 Sertão Central 7 6
Grande Fortaleza 6 12 1 Sertão de Canindé 2 3 1
Litoral Leste 3 2 1 Sertão de Crateús 5 5 3
Litoral Norte 4 9 Sertão de Inhamuns 2 1 2
Litoral Oeste / Vale do Curu 3 9 Sertão de Sobral 9 9
Maciço de Baturité 5 6 2 Vale do Jaguaribe 6 7 2
Total Geral 70 99 15
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
O Mapa 5 exibe a comparação dos municípios por mudança de classe na dimensão social do
IDM para os anos de 2014 e 2016. Percebe-se que 99 municípios permaneceram na mesma classe e
que houve um maior quantitativo, 70 municípios que evoluíram em relação aos que regrediram no
período estudado, concentrados nas regiões do Cariri (9), Sertão de Sobral (9), Sertão Central (7),
Grande Fortaleza (6) e Vale do Jaguaribe (6). É bom destacar que sete municípios evoluíram duas
classes no período: Guaramiranga (da Classe 3 para Classe 1); e Milagres, Paracuru, Várzea Alegre,
Deputado Irapuan Pinheiro, Itapajé e Cariré (todos da Classe 4 para Classe 2).
Não obstante, nas regiões do Sertão de Crateús (3), Centro Sul (2), Maciço de Baturité (2),
Sertão de Inhamuns (2) e Vale do Jaguaribe (2) situa-se a maioria dos 15 municípios que pioraram
de classe, sendo que estas regiões também possuem elevado índice de pobreza, e consequentemente,
necessitam do fortalecimento de políticas públicas na área social. Os municípios de Acarape,
Itapiúna e Ererê (todos da Classe 2 para Classe 4) diminuíam duas classes nesta dimensão do IDM.
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Mapa 5: Comparativo de Municípios por Mudança de Classe no Grupo 4 do IDM de 2014 para
2016
Fonte: IPECE. Elaboração própria.
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COMENTÁRIOS FINAIS
A partir de cada análise é possível destacar alguns pontos que mais chamam a atenção:
[1] Em 2016, oito municípios se mantiveram dentre os dez melhores como em 2014.
Paracuru e Paraipaba entraram no Grupo dos dez melhores e Caucaia e Ibiapina saíram.
São Gonçalo do Amarante e Sobral não mudaram de posição. Eusébio, Horizonte,
Paracuru e Paraipaba melhoraram de posição, enquanto que Fortaleza, Aquiraz,
Maracanaú e Barbalha pioraram no ranking. Com relação aos dez piores, cinco
municípios se mantiveram em 2016: Aiuaba, Pires Ferreira, Umari, Ibaretama e Catarina
que não mudou de posição e continua como o município com pior resultado de IDM.
Potengi, Ererê, Saboeiro, Arneiroz e Baixio entraram no Grupo dos dez piores em 2016 e
Miraíma, Deputado Irapuan Pinheiro, Milhã, Parambu e Abaiara saíram.
[2] Com relação ao posicionamento dos municípios houve um equilíbrio na mudança de
Ranking entre os municípios, uma vez que apenas 6 dos 184 municípios continuaram na
mesma posição de 2014 para 2016, 87 ganharam posição e 91 perderam posição no
ranking. De 2014 para 2016 o município que mais avançou foi Milagres, ganhando 89
posições no ranking e o que perdeu mais foi Itapiúna (77 posições).
[3] Na análise da distribuição por classes do IDM, houve pouca migração de municípios
entre as classes de 2014 para 2016. A Classe 1 ficou com os mesmos dois municípios
(Eusébio e Fortaleza), confirmando o resultado da Matriz de Transição quando aponta
que a probabilidade de se manter na própria classe é sempre elevada, particularmente nas
classes 1 e 2;. As classes 2 e 3 (desenvolvimento intermediário) diminuíram: na Classe 2
houve uma redução de 50% e ficou com 4 municípios: Aquiraz, Horizonte, Maracanaú e
São Gonçalo do Amarante e na Classe 3 houve uma redução de 3 municípios, ficando
com 52 municípios, onde 45 permaneceram, 10 migraram para a Classe 4, 4 municípios
vieram da Classe 2 e 3 municípios vieram da Classe 4. A Classe 4 (desenvolvimento mais
baixo) ficou mais concentrada na distribuição de municípios, pois ganhou mais 7
municípios e ampliou para 126 municípios: 10 vieram da Classe 3 e 3 migraram para a
Classe 3. Em 2016, 167 municípios continuaram na mesma classe, 3 mudaram para
melhor e 14 para pior, o que confirma o equilíbrio na mudança de ranking.
[4] Em relação à distribuição regional do IDM, em 2016, a Classe 1 é composta por apenas 2
municípios e a Classe 2 por 4 municípios, ambas em uma única região - Grande
Fortaleza. A Classe 3 possui 52 municípios em todo o estado, menos na região do Sertão
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de Inhamuns; Na Classe 4 estão 126 municípios distribuídos em todas as regiões de
planejamento.
[5] A análise do IDM com base nos Grupos de Indicadores mostra que na Dimensão
Fisiográfica, Fundiária e Agrícola, 135 municípios permaneceram na mesma classe ou
mudaram para pior entre os anos de 2014 e 2016, podendo ser explicado pelo fato de
2016 ter sido o quinto ano consecutivo de estiagem no Ceará, comprometendo, em certa
medida, a produção agrícola. No Grupo 2 - Indicadores Demográficos e Econômicos
percebe-se uma concentração de municípios localizados na região do Sertão de Sobral e
que neste grupo somente 8 municípios conseguiram evoluir contra 1 que diminuir de
classe. No Grupo 3 - Infraestrutura de Apoio verifica-se que 17 municípios tiveram piora
e somente 3 avançaram de classe. E no Grupo 4 - Dimensão Social, houve um maior
quantitativo de municípios que evoluíram (70) em relação aos que regrediram (15) no
período 2014 - 2016, concentrando-se os municípios que melhoraram de classe nas
regiões do Cariri, Sertão de Sobral, Sertão Central, Grande Fortaleza e Vale do Jaguaribe
e os que pioraram de classe ficaram concentrados nas regiões do Sertão de Crateús,
Centro Sul, Maciço de Baturité, Sertão de Inhamuns e Vale do Jaguaribe, estas com
elevado índice de pobreza, e consequentemente, necessitam do fortalecimento de
políticas públicas na área social.
Assim, mais uma vez os resultados do IDM de 2016 reforçam a necessidade de considerar a
questão das desigualdades regionais e municipais quando da elaboração de políticas públicas, no
sentindo de melhor distribuir ações e recursos entre os municípios que apresentaram posições
relativamente menos favoráveis. Uma alternativa para a redução destas desigualdades é a
necessidade de identificar a concentração de municípios em cada região, pelos indicadores que
compõe os grupos e traçar políticas públicas específicas para esses blocos de municípios com
resultados mais debilitados.
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REFERÊNCIAS
IPECE. Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM): Ceará - 2014. Fortaleza, 2017.
______. Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM): Ceará - 2016. Fortaleza, 2017.