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ANALGESIA AULA 6 Professora e Enfermeira : Drª Carla Gomes

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ANALGESIA AULA 6

Professora e Enfermeira : Drª Carla Gomes

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Conceito

Compreende num estado inconsciente reversível caracterizado por amnésia (sono, hipnose), analgesia (ausência de dor) e bloqueio dos reflexos autônomos, obtidos pela inalação, ou via endovenosa.

Os anestésicos líquidos produzem anestesia quando seus vapores são inalados, juntamente com oxigênio e, usualmente, com o óxido nitroso.

Já os anestésicos gasosos são administrados através da inalação e sempre associados ao oxigênio (SMELTZER;

BARE, 2002, p.362).

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AVALIAÇÃO PRÉ- OPERATÓRIA

Visita pré operatória; Determinação dos diagnósticos efetivos, riscos e probabilidades; Entrevista, exame físico, exames diagnósticos, dados laboratoriais, etc.;

O QUE SE AVALIA Avaliação do estado atual, processos patológicos,

estado nutricional, função física, cognitiva, emocional; Identificação dos fatores de risco cirúrgico, fatores que

aumentem os riscos de complicações intra e pós-operatórias;

Plano de cuidados que diminua os riscos e aumente as possibilidades de complicações

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FORMAS DE AVALIAÇÃO

ASA é um sistema de avaliação médico do risco anestésico-cirúrgico; É classificação quanto as condições físicas, desenvolvida pela ASA – American Society of Anesthesiologists para avaliação da gravidade das disfunções fisiológicas e anormalidades anatômicas é dada por:

ASA I – Nenhuma evidencia de distúrbio fisiológico, bioquímico ou psiquiátrico; o processo patológico que necessita de cirurgia não é sistêmico. Braz e Castiglia (2000, p16) = paciente sadio

ASA 2 – presença de distúrbio sistêmico de grau leve ou moderado, resultante ou do problema que requer a cirurgia ou de outros processos

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ASA 3 - presença de doença sistêmica graves.

ASA 4 – Presença de doenças sistêmicas graves com padrões já instalados de insuficiência e que constituem ameaça a vida, não sendo, necessariamente, corrigidas com cirurgia.

ASA 5 – classificação para pacientes moribundos com probabilidade mínima de sobrevivência. Braz e Castiglia (2000, p16)

ASA 6 - paciente com morte cerebral declarada cujos órgãos estão sendo removidos para doação.

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Aspectos da avaliação

Idade; Estado geral de consciência,

nutricional e emocional;

Deformidades ou limitações físicas;

Histórico de doenças ou complicações anteriores;

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Obesidade: Obesidade IMC entre 26 e 29 estaria com excesso de peso; maior que 30 seriam obeso; acima obesidade mórbida.

No caso deste últimos tem-se alteração fisiológicas severas: pulmonares, cardíacas, doenças associadas, acúmulo de tecido adiposo em determinadas regiões dificulta a entubação, punções, etc..

Sistema cardiovascular Angina instavel; Pacientes com Infarto do Miocárdio; não devem ser

submetidos a cirurgia eletiva nos 6 meses; No caso de hipertensão não controlada, aumenta a

flutuações da PA e de FC, com risco de isquemia miocárdica ou acidente vascular cerebral;

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Sistema respiratório Acúmulo de secreções (atelectesias, pneumonias)

e por espasmo brônquico e bronquite podem levar a insuficiência respiratória;

A anestesia e a cirurgia vão diminuir os mecanismos de defesa orgânica e alterar a dinâmica pulmonar;

As cirurgias superiores e abdominais induzem mais as alterações;

A posição supina e anestesia geral reduzem a capacidade residual funcional e contribuem para o fechamento das VA;

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Sistema digestivo

Alterações gastrintestinais predispõem a alterações como desidratação, distúrbios eletrolíticos, nutricionais e o equilíbrio ácido-base.

Alcoolismo é uma doença crônica que compromete a recuperação anestésica; entre 6 a 8 hs inicia a síndrome de abstinência que de 2 a 5 dias

evolui para o delirium tremens. Mais predispostos idosos, cirurgias com duração

superior 180min; Asma, doença obstrutiva crônica; Infecção do trato respiratório alto.

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Sistema urinário Identificar pacientes de alto risco, com função

real diminuída; Implica e dificuldades para excreção de drogas; Susceptíveis a insuficiência renal no intra operatório.

Sistema nervoso Investigar desmaios, convulsões, paralisias, tremores, cefaléias, alterações de motricidades, uso de medicações

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Medicação Pré – Operatório

O objetivo da medicação é sedar o paciente para diminuir ansiedade.

Pode ser: Sedativos: Pentotal® e Comital® Ansioliticos: alprazolam,olcadil, clonazepan,

diazepam Tranquilizantes: flurazepam, flunitrazepam,

lorazepam, nitrazepam Analgésicos ou narcóticos: Morfina dimorf

tramaldol,propofol Antieméticos: Dramim . Bromoprida, plasil

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Funções exercidas pelo anestesiologista:

• Aliviar a dor, • Bloquear a consciência, • Monitorizar o organismo, • Manter as funções vitais principalmente a

respiração, • Manter a estabilidade cardíaca e vascular, • Prover reposição de líquidos (soroterapia) e de

sangue (transfusão), • Manter a temperatura corporal, • Diagnosticar problemas que podem acontecer

durante a realização do procedimento e tratar sempre que necessário, essas são as

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ANESTESTESIA LOCAL

Esta anestesia é empregada para procedimentos menores nos quais o local cirúrgico é infiltrado com um anestésico local como lidocaína ou bupivacaína.

Este tipo de anestesia não envolve perda da consciência e depressão das funções vitais, produzindo perda da sensibilidade temporária, causada pela inibição da condução nervosa.

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BLOQUEIOS DE NERVOS PERIFÉRICOS

Através da administração de medicamentos obtemos anestesia de apenas algumas áreas do corpo.

O anestesiologista administra o anestésico apenas ao redor dos nervos que irão para o local da cirurgia a ser realizada. Por exemplo, cirurgias sobre a mão podem ser realizadas com bloqueios dos nervos que inervam a mão, através da administração de anestésicos próximos a estes, na altura da axila ou do pescoço.

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Meninges: Membranas de tecido conjuntivo com função de proteger o encéfalo e a medula espinha.

Divididas em: Dura-máter, Aracnóide, Pia-máter

Liquido Cefálo Raquidiano: Esse líquido flui continuamente pelo espaço subaracnóide (entre a aracnóide e a pia-mater), em torno do encéfalo e medula espinhal.

Sendo um meio de proteção, troca de nutrientes e de escórias entre o sangue e o tecido.

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ANESTESIA EPIDURAL / RAQUIANESTESIA Na epidural o anestésico é administrado no

espaço peridural. Neste caso não há perfuração da duramater e nem perda liquórica.

O bloqueio segmentar é produzido nas fibras sensoriais, espinhais e também nas

fibras nervosas,podendo ser

parcialmente bloqueadas.

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Na raquianestesia é geralmente administrada ao nível da coluna lombar, obtida pelo bloqueio dos nervos espinhais do espaço subaracnóide.

O anestésico é depositado junto ao líquor, ocorrendo perfuração da duramater.

As diferenças entre raqui e peridural, são as quantidades totais de anestésicos, o local onde cada anestésico é administrado e o tipo de agulha utilizada.

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CATETER EPIDURAL A analgesia epidural é administração de

fármacos, analgésicos / anestésicos, e que tem por fim o tratamento da dor.

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ANESTESIA GERAL

Esse tipo de anestesia é administrado em cirurgias de grande porte.

Cabeça, Pescoço Abdome superior, entre elas: Gastroplastia, Gastrectomia, Enterectomia, Abdominoplastia, Mamoplastia,

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A anestesia geral é obtida pela combinação de quatro elementos: hipnose, analgesia, relaxamento muscular e bloqueio das respostas reflexas do organismo ao estresse e ao trauma cirúrgico.

Um dos objetivos fundamentais da anestesia geral é conferir ao paciente um estado de inconsciência de instalação suave e rápida, de maneira adequada, durante o tempo necessário e, a seguir, permitir uma recuperação rápida da consciência.

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TIPOS DE ANESTESIA GERAL 1 – Venosa: Anestesia obtida pela injeção de

anestésicos numa veia do paciente. Atinge diretamente a corrente sangüínea e em seguida alcança o cérebro, onde o anestésico realiza sua ação principal.

2 – Inalatória: Anestesia feita pela inalação de gases e vapores anestésicos através das vias aéreas. Nos pulmões, o anestésico é absorvido pela corrente sangüínea e daí atinge o cérebro.

3 – Balanceada: Anestesia que combina o uso de medicamentos pelas vias inalatória e venosa. A associação permite reduzir as doses e obter melhores resultados com menos efeitos colaterais.

Antes mesmo de o paciente entrar na sala de cirurgia, o anestesiologista é

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Antes mesmo de o paciente entrar na sala de cirurgia, o anestesiologista é responsável pelo preparo de todos os equipamentos e materiais que serão utilizados na anestesia.

Esse preparo exige tempo. Os equipamentos hoje utilizados para a

realização da anestesia são complexos e sofisticados.

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Durante a cirurgia vários monitores e aparelhos eletrônicos são utilizados:

O aparelho de anestesia, máquina de uso específico pelo anestesiologista; monitores como o aparelho de pressão (mede a pressão arterial); o estetoscópio (serve para auscultar as batidas do coração e os sons dos pulmões); eletrocardiógrafo (faz letrocardiograma de forma contínua); oxímetro de pulso (mede a oxigenação do sangue); capnógrafo (mede a eliminação de gás carbônico pelos pulmões), termômetros (para verificar a temperatura corporal); analisadores de gases (para medir a concentração de anestésicos inalados).

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Profundidade da anestesia: A profundidade da anestesia é determinada

por sinais físicos, sendo classificado em quatro estágios, cada um dos quais com grupo definido de sinais e sintomas.

Estágio I: estágio inicial da anestesia até a perda da consciência.

No primeiro: no início da anestesia onde o paciente respira a mistura anestésica no qual pode

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experimentar sensação, calor, tontura, formigamento e movimentar-se. O pulso e a respiração são irregulares

Estágio II: No segundo estágio, são caracterizados por agitação psicomotora, gritos, falas, risos, ou mesmo choro, o pulso torna-se rápido e respiração irregular, pode ser freqüentemente evitado através da administração do anestésico EV.

Estágio de delírio e desaparecimento do reflexo palpebral,pupilas dilatadas e responde ao reflexo da luz.

Estágio III: anestesia cirúrgica, obtida através da administração contínua de vapor ou gás, onde o cliente encontra-se inconsciente.

Estágio IV: é atingido quando for administrada uma quantidade excessiva de anestésico.

Com necessidade de intubação.

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Manejo de via aéreas: Intubação traqueal é a passagem de um tubo na traquéia pelo nariz ou boca.

Vantagens da intubação Vias aéreas livres e desobstruídas; Redução do espaço morto; Diminuição do esforço respiratório; Não aspiração de corpos estranhos; Possibilidade de aspiração; Instalação de respiração artificial; Controle da pressão intrapulmonar; Prevenção de espasmos laríngeos; Maior êxito no caso de ressuscitação cardiopulmonar.

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EXTUBAÇÃO Avaliar a respiração espontânea do paciente; Realizar uma boa oxigenação do paciente; Antes da extubação aspirar secreções; Retira-se a fixação do tubo; Desinsufla o balonete; Paciente deve respirar profundo; Tracionar a cânula ao final da inspiração –

(favorecer a abertura das cordas vocais evitando seu trauma)

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PROBLEMAS COMUNS RELACIONADOS A ANESTESIA: Dor Laringite, Náuseas Vômitos, Retenção urinária, Flebite

COMPLICAÇÕES Comumente são decorrentes do traumas e pressão: Manobras da intubação (traumatismos de dentes, língua ,

gengiva e lábios); faringite, laringites, bronquites, etc... Pressão do balonete sobre a traquéia (isquemia, necrose,

estenose traqueal)

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Orientações Gerais Não beba ou coma coisa alguma pelo menos oito

horas antes da operação. = Jejum Diga ao Anestesiologista os nomes de todos os

remédios que você toma ou tomou regularmente; em especial enumere aqueles a que você tem ALERGIA.

Você deve remover de sua boca quaisquer trabalhos dentários como dentaduras, pivôs, pontes, piercing.

Não use cosméticos ou produtos de beleza no dia da operação, deixe-os em sua casa.

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Não leve para o hospital e muito menos para a Sala de Operações, jóias pessoais como anéis, pulseiras, relógios de pulso, brincos, como também piercing, grampos de cabelo, perucas, cílios postiços e outros objetos desnecessários.

Não mastigue chicletes ou goma de mascar antes da cirurgia, porque isto provoca aumento de ar e de sucos no estômago, possibilitando maior incidência de vômitos durante e após a anestesia.

Não deixe de tomar os medicamentos que faz uso regularmente, a não ser por orientação expressa do seu médico assistente ou do médico anestesiologista.

Leve todos os exames, bem como a ficha de seu convênio autorizada.