anais enaproc-2009 uniuv - fundaÇÃo araucÁria · cultural da cidade de uniÃo da vitÓria pr...
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TRABALHOS SELECIONADOS
Inscr.
Titulo Modalidade
14
EXCELNCIA NO ATENDIMENTO AO CLIENTE resumo
19
LEITURA EM LNGUA INGLESA artigo
23
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE BRIQUETES DE CARVO VEGETAL PRODUZIDOS POR EMPRESAS REGIO DE UNIO DA VITRIA - PARAN painel
28
IMIGRAO DOS POLONESES AO BRASIL artigo
29
PORTAIS DE NOTCIAS: AS GERAES DO JORNALISMO NA WEB E A CONVERGNCIA DE MDIAS artigo
33
LOGSTICA APLICADA NO COMRCIO VAREJISTA: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA PERNAMBUCANAS S/A DO MUNICPIO DE UNIO DA VITRIA
PR artigo
35
DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - DESENVOLVIMENTO ECONMICO ALIADO AO USO CONSCIENTE DOS RECURSOS NATURAIS artigo
37
OS DESAFIOS DO MARKETING EM UMA COOPERATIVA DE CRDITO resumo
38
OBJETOS DECORATIVOS DE MADEIRA
UTILIZAO DE RESDUOS DA RESTAURAO DE LMINAS painel
43
DISPOSIO DE RESDUOS EM ATERROS SANITRIOS painel
49
MOLDURA COM LMINA FAQUEADA DE MADEIRA painel
53
COMPARATIVO DE DURABILIDADE ENTRE TINTAS SINTTICAS E POLIURETNICAS APLICADAS EM MADEIRA DE EUCALIPTO E MDF painel
64
ORAMENTO PBLICO resumo
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78
ROTINAS SECRETARIAIS DO SECRETARIO EXECUTIVO resumo
80
ANLISE DA ESTRUTURA DOS BALANOS PBLICOS SEGUNDO AS NBCASP resumo
85
IDH - INDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E SUA DIFERENA POR REGIES BRASILEIRAS painel
92
JORNAL O COMRCIO: HISTRIA E EVOLUO TECNOLGICA resumo
93
AJUSTE DE EQUAO PARA MONITORAMENTO DA VAZO DO RIO IGUAU A PARTIR DE LEITURA DO NVEL DA GUA painel
95
A REPRESENTAO VISUAL DA CRIANA NAS ELEIOES 2006: UMA ANLISE DOS JORNAIS FOLHA DE S. PAULO E O ESTADO DE S. PAULO resumo
96
ARQUITETURA INCLUSIVA resumo
99
O SIGNIFICADO DA ARQUITETURA resumo
100
DON VICENTE E BLAU NUNES: UMA PROSA ALM DOS TEMPOS artigo
104
OS DISTANCIAMENTOS E AS PROXIMIDADES ENTRE AS REPRESENTAES DO GACHO PARA JOO SIMES LOPES NETO E JORGE LUIS BORGES artigo
107
PRESERVANTES DA MADEIRA EXTRADOS DAS PRPRIAS PLANTAS painel
109
ROTINAS SECRETARIAIS resumo
114
O DESENVOLVIMENTO DAS EMPRESAS POR MEIO DO CAPITAL HUMANO artigo
115
RECOMEO: O FIM DA VIOLNCIA
A PRODUO DE UM LIVRO-REPORTAGEM SOBRE HISTRIAS DE VIOLNCIA CONTRA A MULHER resumo
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116
MARKETING NA SADE resumo
117
ESTUDO DA ESPCIE TITYUS SERRULATUS, QUE VEM SENDO ENCONTRADA FREQUENTEMENTE NAS CIDADES DE PORTO UNIO-SC E UNIO DA VITRIA-PR painel
119
PROJETO MAMAE E BEBE resumo
129
A BASE SEXAGESIMAL - CRIAO E JUSTIFICATIVA resumo
132
GESTO POR COMPETNCIA resumo
136
ESCASSEZ DE INVESTIMENTOS EM INOVAES TECNOLGICAS DAS INDSTRIAS BRASILEIRAS artigo
140
O PIB EVIDENCIANDO RECESSES E PROSPERIDADES ECONMICAS painel
142
CRIAAO DE UMA GALERIA DE ARTESANATO CULTURAL resumo
144
ROTEIRO TURSTICO RELIGIOSO: RESGATE DA CULTURA NOS MUNICPIOS DE UNIO DA VITRIA-PR E PORTO UNIO-SC resumo
148
A TV E A RESPONSABILIDADE SOCIAL: PROGRAMA RETRATO resumo
149
PLANEJAMENTO PARA IMPLANTAO DE UM SISTEMA DE GESTO ESTRATGICA DE CUSTOS BASEADO NO CUSTEIO ABC artigo
150
CAMPANHA PARA O COLGIO SANTOS ANJOS resumo
151
POLTICA HABITACIONAL E O DESAFIO DA INCLUSO SOCIAL resumo
153
PROPRIEDADE DA FAMLIA AMAZONAS PATRIMNIO CULTURAL DA CIDADE DE UNIO DA VITRIA
PR painel
154
ALTERAES DA COBERTURA VEGETAL DO RIO IGUAU DESTINADAS A REA DE PRESERVAO PERMANENTE painel
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155
ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DE INFLUENZA A (H1N1) PELO MUNICPIO DE UNIO DA VITORIA resumo
161
O IMPACTO DA CRISE ECONMICA NO AGRONEGCIO BRASILEIRO artigo
164
ESCRITURAO CONTBIL: DA MANUSCRITA DIGITAL artigo
171
ESTAO FERROVIRIA E IMEDIAES NO MUNICPIO DE PORTO UNIO -SC, REGISTRO DA HISTRIA E CULTURA DE PORTO UNIO DA VITRIA. painel
175
LEVANTAMENTO E AVALIAO DOS CUSTOS DO TRANSPORTE RODOVIRIO DE MADEIRA COM A UTILIZAO DE SOFTWARE resumo
183
VIRTUALIZAO COM XEN resumo
191
DO POPULA AO ERUDITO: AS FONTES QUE INSPIRARAM A LITERATURA DE WILLIAM SHAKESPEARE artigo
194
A IMPORTNCIA DO FLUXO DE CAIXA DIARIO PARA O INVESTIDOR artigo
199
TICA PROFISSIONAL CONTBIL artigo
200
O SISTEMA DE GESTO DA QUALIDADE artigo
214
SAAS: O SOFTWARE COMO SERVIO artigo
221
A IMPORTANCIA DA INFORMATICA NA CONTABILIDADE artigo
230
CULTURA ORGANIZACIONAL NA GESTO PBLICA artigo
239
VARIAES DO PH DA GUA DO RIO IGUAU ENTRE 2005 E 2008 painel
243
COMPETITIVIDADE NO MERCADO VAREJISTA artigo
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252
ALVENARIA ESTRUTURAL DE BLOCOS DE CONCRETO
UM
SISTEMA CONSTRUTIVO QUE ALIA PRODUTIVIDADE E ECONOMIA artigo
254
O NVEL DE SATISFAO DO USURIO DO TRANSPORTE COLETIVO URBANO DE UNIO DA VITRIA-PR artigo
256
DOOR TO DOOR A ESTRATGIA COMPETITIVA UTILIZADA PELA EMPRESA ACIFER LTDA. PARA A EXPORTAO DE PORTAS DE MADEIRAS PROJETADAS POR artigo
260
CONTABILIDADE GERENCIAL artigo
284
RESDUOS RECICLVEIS: UMA ALTERNATIVA DE RENDA COMUNIDADE artigo
288
O SOFTWARE LIVRE NA REDUO DE GASTOS COM INFORMTICA artigo
289
ANLISE DE DEMONSTRAES CONTBEIS COMO FERRAMENTA PARA A GERNCIA artigo
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EXCELNCIA NO ATENDIMENTO AO CLIENTE
AUTORA: KARINE BRAUN
ORIENTADORA: CLAUDIA MORGANE DOS SANTOS CUZMA
O trabalho tem como objetivo principal exemplificar, de uma forma geral, os principais erros que as empresas tm cometido em relao ao atendimento aos clientes. Durante o trabalho sero aplicadas pesquisas expondo a opinio dos acadmicos e da comunidade, visando ao grau de satisfao no atendimento, que o cliente tem em relao s empresas de as nossas cidades. Nas ltimas trs dcadas, as empresas brasileiras preocuparam-se em crescer fisicamente, isto , aumentar o nmero de funcionrios, criar gerncias e departamentos, construir prdios, abrir filiais e etc. Porm hoje a situao mudou radicalmente. Com a evoluo mercadolgica, surgiram produtos e servios que maximizaram o padro de competitividade. A importncia atualmente valorizar o cliente. No entanto algumas empresas ainda esto nos velhos hbitos empresariais, por isso esto desaparecendo, da noite para o dia, por no conseguirem adaptar-se s exigncias dos consumidores. O cliente normalmente tratado como parte do processo de negociao e no como fator principal da negociao, ou seja, muitas empresas ainda tratam seus clientes como nmeros, negativos ou positivos ao final de cada ms, pensam em vender e lucrar, e no investem em treinamentos para seus colaboradores; fazem regras dentro da empresa sem nenhum sentido; no do ateno aos detalhes e at o orgulho pessoal est envolvido. Contudo algumas empresas esto atentas a essa mudana e colocam como quesito principal a conquista de novos clientes. Esforos para conquistar clientes sempre foram feitos, o que falta a manuteno dos j existentes, que poucas vezes so o foco da ateno por sua fidelizao. Agora percebemos como importante o cliente ter opes, pois o servio s melhora quando algum (concorrncia) faz alguma coisa para se destacar e a as empresas so obrigadas a acompanh-las. Enfim, atrair e manter o cliente atualmente a maior preocupao nas organizaes, e fideliz-lo ainda est longe de ser uma conquista. No fcil mudar uma postura consolidada durante dcadas, principalmente quando a valorizao do cliente no faz parte do dia a dia. E esse o fator diferencial de competitividade entre as empresas. A receita para o bom atendimento tem muitos ingredientes, mas passa invariavelmente pelo hbito de pensar como cliente . Somente assim, a empresa se coloca no lugar do consumidor, entende as necessidades dele e, consequentemente cria autntica empatia, buscando servi-lo bem. Agora as empresas devem fazer a seguinte pergunta: Seria bom estar no lugar do meu cliente? Se a resposta for no, a importncia destinada a eles deve ser repensada. No s a importncia, mas tambm a razo de ser da organizao.
Palavras-chaves: Atendimento. Cliente. Concorrncia. Competitividade.
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LEITURA EM LNGUA INGLESA
AUTORA: ALESSANDRA BERNARDES
RESUMO Em virtude de muitos textos, tanto cientficos quanto literrios ou jornalsticos, utilizarem a Lngua Inglesa em nossa atualidade, a habilidade da leitura requerida em vrios mbitos. Entretanto, o entendimento do que significa ler tem sofrido mudanas atravs dos tempos e atualmente se destacam as pesquisas que abordam os fatores que influenciam a atividade de leitura e as estratgias que auxiliam nesse processo. O arcabouo terico que fundamenta o presente artigo o Sociointeracionismo, representado aqui, principalmente, por Aebersold e Field (1997) e Souza e outros (2005). O resultado almejado a partir do conhecimento terico sobre as questes que o ato de ler envolve uma maior autonomia por parte do aprendiz de uma Lngua Estrangeira, visto ser essa uma tendncia geral no ensino de lnguas.
Palavras-chave: Lngua Inglesa. Leitura. Socio-interacionismo.
1 INTRODUO
A fim de abordarmos a questo da leitura em Lngua Inglesa, faz-se mister
que, primeiramente, investiguemos o que significa ler. Como nos explica Rojo (2004,
p.2),
[...] no incio da segunda metade do sculo passado, ler era visto
de maneira simplista
apenas como um processo perceptual e associativo de decodificao de grafemas (escrita) em fonemas (fala), para se acessar o significado da linguagem do texto.
Entretanto, [...] atravs destes 50 anos, muitas outras capacidades nele
envolvidas [no ato de ler] foram sendo apontadas e desveladas. (ROJO, 2004, p.3).
Dentre essas capacidades, focou-se, a princpio, nos processos cognitivos e
metacognitivos utilizados pelo leitor. Mikulecky (1990) define habilidades cognitivas
como estratgias que o leitor emprega para compreender uma passagem de um
texto e metacognio como a capacidade de no apenas utilizar estratgias
especficas, mas tambm de estar consciente da importncia delas e de como
avali-las. Posteriormente, focalizou-se o aspecto interativo do texto, ou seja, como
o sentido era construdo pelo leitor atravs das pistas que o autor deixava.
Atualmente, a leitura entendida como um ato de se colocar um texto em relao
com outros textos anteriores a ele, gerando possibilidades infinitas de rplica, isto ,
o leitor possui um papel ativo no processo de construo dos possveis significados
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de um discurso. Em virtude dessa interao entre leitor e texto, essa viso
conhecida como Sociointeracionismo.
importante perceber, no entanto, que nenhuma destas teorias invalida os
resultados das anteriores. O que acontece que fomos conhecendo cada vez mais
a respeito dos procedimentos e capacidades envolvidos no ato de ler. (ROJO, 2004,
p.3). E justamente essa concepo abrangente de leitura a adotada no presente
artigo, que busca compreender as especificidades desse processo quando este se
d no contato com uma Lngua Estrangeira
no nosso caso, a Inglesa.
2 FATORES QUE INFLUENCIAM A LEITURA EM LNGUA INGLESA
Ter sucesso na atividade de ler um texto escrito em uma lngua que no a
nossa requer uma habilidade que envolve diversos fatores. De acordo com
Aebersold e Field (1997), os fatores que influenciam a leitura em Lngua Estrangeira
so:
a) desenvolvimento cognitivo e orientao de estilo: a idade do aprendiz possui
estreita relao com os tipos de estratgia de leitura que ele usar, assim
como o seu estilo de aprendizagem. Uma criana em contato com uma
Lngua Estrangeira, por exemplo, est em uma etapa de desenvolvimento
cognitivo muito diferenciada da de um adolescente ou de um adulto, bem
como um aluno reflexivo lida com o vocabulrio desconhecido de forma
oposta maneira de um aluno que atenta para o sentido geral do texto;
b) competncia e desempenho em leitura na lngua materna: quanto mais um
aluno aprende a ser flexvel, adaptvel e questionador na Lngua Materna,
mais provvel que tambm assim se comporte na Lngua Estrangeira. O
inverso, entretanto, igualmente verdadeiro: o aprendiz de uma lngua pode
melhorar suas habilidades de leitura na Lngua Materna atravs do
treinamento de estratgias na Lngua Estrangeira;
c) conhecimento metacognitivo: a facilidade que o aluno possui em discutir,
descrever e deduzir regras geralmente transferida para a lngua que
pretende aprender (doravante lngua-alvo). Seu conhecimento gramatical da
Lngua Materna serve de subsdio de comparao para estruturas da Lngua
Estrangeira;
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d) proficincia na lngua-alvo: o conhecimento do vocabulrio e da gramtica da
lngua um fator decisivo para o sucesso na atividade de leitura. O aprendiz
deve, portanto, buscar textos que se coadunem com o seu nvel de
proficincia;
e) grau de diferena entre a Lngua Materna e a Lngua Estrangeira: diferenas
quanto ao sistema de escrita podem ser um srio fator de complicao do
processo de leitura. A caligrafia chinesa, por exemplo, alm de uma
ferramenta de comunicao, tambm uma das mais respeitadas
manifestaes artsticas dessa cultura. Um aprendiz de uma lngua que utiliza
o mesmo alfabeto e o mesmo sistema de escrita que o da sua prpria ter,
obviamente, uma dificuldade a menos no ato de ler;
f) orientao cultural: as pesquisa atuais do grande valor ao papel que a
cultura desempenha no aprendizado de uma Lngua Estrangeira (ver
Kramsch, 1993; Hinkel, 1999; Paran e Almeida,2005). Em se tratando
especificamente da questo da leitura, as influncias se concentram em seis
grupos:
- atitude em relao ao texto: os alunos que aprendem a ler no contato
com escrituras sagradas, como a Bblia, internalizam a noo de que
um texto carrega a verdade. J aqueles que tm seu primeiro contato
por meio de estrias que lhe so contadas, possuem mais facilidade
para interpretar e questionar o que lem;
- tipos de habilidades e estratgias de leitura na Lngua Materna: um
aprendiz que passou por uma escola tcnica, por exemplo, tem mais
experincia em localizar informaes objetivas. J um estudante de
Literatura, por sua vez, se concentra mais em interpretaes
subjetivas;
- tipos de habilidades e estratgias de leitura na lngua-alvo: esse fator
diz respeito ao comportamento do aluno em relao ao que no
compreendeu na atividade de leitura. Geralmente, aqueles que
entendem o texto como detentor da verdade tendem a indagar o
professor sobre o significado de vocabulrio desconhecido. J os que
tiveram o primeiro contato por meio da literatura, acabam por tentar
inferir o significado atravs do contexto;
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- crenas sobre o processo de leitura: em algumas culturas,
compreenso significa explicar a gramtica e a estrutura de uma
pgina de um texto; em outras, refere-se habilidade de resumir a
idia principal de um livro inteiro em poucas linhas;
- conhecimento de gneros textuais na Lngua Materna: as
caractersticas prprias de um bom texto variam de cultura para
cultura. Os autores franceses, por exemplo, primam por um estilo mais
abstrato ao redigir seus escritos, j os americanos preferem textos
mais objetivos;
- conhecimento prvio: de acordo com Aebersold e Field (1997, p.32,
traduo minha), o impacto da orientao cultural sobre o
conhecimento prvio talvez a mais bvia das seis influncias aqui
examinadas [...] i. A compreenso de um texto extremamente
facilitada se o assunto tratado de conhecimento do leitor.
A conscincia de todas essas influncias que se fazem presente no ato de
compreender um texto em Lngua Estrangeira de grande importncia no processo
de leitura. Para o professor, categorizar esses fatores facilita a sua memorizao e
seu reconhecimento no comportamento dos alunos. ii (AEBERSOLD; FIELD, 1997,
p.23, traduo minha). O aluno, por sua vez, comea a perceber o modo como l,
mudando o que no est gerando o efeito desejado e mantendo o comportamento
que tem garantido sucesso.
3 ESTRATGIAS DE LEITURA
Segundo Souza e outros (2005, p.7), [...] o conhecimento estratgico envolve
a utilizao de estratgias de leitura para facilitar a construo de sentido do texto.
Aps estar consciente de todas as influncias presentes no ato de ler, discutidas no
item 2 do presente artigo, o aluno deve buscar ferramentas que o auxiliem no
contato com textos em Lngua Estrangeira. Dentre essas ferramentas, destacam-se
as seguintes:
a) objetivo da leitura: importante que o leitor tenha em mente o propsito que
necessita atingir no contato com um texto. Tal propsito guiar a forma de se
realizar a leitura: listas de telefone convidam o leitor a localizar uma
informao especfica, no uma leitura cuidadosa. Material tcnico requer
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uma sntese cuidadosa [...] iii (SILBERSTEIN, 1993, p.102, traduo minha).
Devido aos diferentes objetivos que o ato de ler pode ter, existem nveis de
compreenso variados (SOUZA et al., 2005):
- compreenso geral (skimming): consiste em uma leitura superficial,
normalmente com o intuito de verificar a utilidade do texto para o fim
pretendido. Souza e outros (2005, p.24) exemplificam seu uso:
Skimming muito utilizado em nosso dia-a-dia, quando folheamos um jornal ou revista para obter uma idia geral das principais matrias / reportagens. No contexto acadmico bastante empregada na seleo de material bibliogrfico para trabalhos de pesquisa.
- compreenso das idias principais: trata-se de uma leitura em que se
busca uma informao especfica, no importando o sentido do texto
como um todo. Como exemplos caractersticos dessa tcnica temos o
uso do dicionrio e da lista telefnica;
- compreenso detalhada: o objetivo analisar os detalhes do texto. No
se trata de uma leitura superficial (como o skimming) nem de uma
leitura especfica (como o scanning). Por exemplo, ao selecionarmos
uma matria de interesse no jornal, prestamos ateno aos detalhes e
estabelecemos comparaes com o que j sabemos a respeito do
assunto. (SOUZA et al., 2005, p.16).
b) gnero textual: cada tipo de texto possui uma organizao, estruturas
gramaticais e gama de vocabulrio que lhe caracterstico. Bulas de remdio,
por exemplo, possuem linguagem tcnica e se organizam em itens como
posologia, indicaes, contraindicaes etc. Receitas culinrias, por sua vez,
usam verbos no imperativo e apresentam sees de ingredientes e modo de
fazer. A familiaridade com o gnero textual possibilita ao leitor efetuar leituras
mais eficientes e direcionadas, pois permite localizar informaes mais
rapidamente. (SOUZA et al., 2005, p.11);
c) conhecimento prvio: todo o conhecimento acumulado do leitor interage com
o novo texto que ele est em contato. Essa interao benfica porque
permite que hipteses sejam confirmadas ou descartadas durante a leitura.
Mikulecky (1990, p.37, traduo minha) afirma que [...] o conhecimento
prvio ativado dos alunos permite que eles leiam visando o significado,
mesmo se muitas palavras do texto no lhes so familiares. iv Tal
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comportamento evita a traduo de palavra por palavra, pois os alunos
percebem que esse processo no necessrio para uma compreenso
eficaz;
d) inferncia segundo McCarthy (1990, p.125, traduo minha):
Inferir envolve criar um esquema mental para a(s) palavra(s) desconhecida(s), baseado no conhecimento de mundo e experincia prvia [...]; isto significa concluir o significado por meio de passos racionais em face das evidncias disponveis. v
Ao se deparar com uma palavra nova, o bom aluno de Lngua
Estrangeira tenta deduzir seu significado pelo contexto em que ela se
apresenta. Imaginemos que um aluno no conhea a palavra reliable, mas
que ela aparea na seguinte frase: I know I can trust Tom, he has always
been a reliable friend. O esquema mental produzido seria: Eu sei que posso
confiar em Tom, ele sempre foi um amigo ________ . O aluno deduziria,
assim, que reliable uma caracterstica de um amigo em que se pode confiar,
ou seja, significa confivel ;
e) dicionrio: caso uma palavra no seja dedutvel a partir de seu contexto, o
dicionrio aparece como a soluo mais adequada: Itens de vocabulrio que
so utilizados de uma maneira no-familiar so bons candidatos para a
prtica do dicionrio. vi (SILBERSTEIN, 1993, p.111, traduo minha).
Entretanto, o contexto auxilia na escolha da melhor definio (no caso de um
dicionrio monolngue) ou da melhor traduo (no caso de um dicionrio
bilngue). De acordo com Lewis (1993, p.181, traduo minha), [...] todo
curso equilibrado deve fornecer aos alunos com um treinamento real de como
explorar um dicionrio monolngue para um maior proveito vii, visto que,
diferentemente do bilnge, os bons exemplares monolngues contm uma
parfrase clara do significado, exemplos de uso, pronncia e, em alguns
casos, expresses idiomticas com o verbete.
f) palavras-chave: para que o leitor consiga identificar o assunto principal de um
texto, necessrio a identificao de palavras que se repetem ao longo do
discurso
conhecidas como palavras-chave. Essa estratgia bastante til
em Lngua Inglesa, visto que, diferentemente do que ocorre na Lngua
Portuguesa, a substituio por sinnimos no to presente. Souza e outros
-
(2005, p.46) afirmam que o reconhecimento das palavras-chave nos auxilia a
identificar o assunto e construir o significado do texto ;
g) marcadores discursivos: so termos que ligam as partes de um texto. Atravs
dessas palavras de ligao, os autores mostram com maior clareza a
organizao de suas idias. (SOUZA et al., 2005, p.59). Alguns exemplos
tpicos so but ( mas ), que conecta afirmaes opostas; and ( e ), que d a
idia de adio; e so ( ento ), que expressa consequncia. Por serem
elementos presentes na maioria dos textos, o conhecimento de tais
marcadores de grande utilidade para o leitor;
h) afixos: se fazem presente quando uma letra ou grupo de letras
acrescentado ao incio (prefixo) ou fim de uma palavra (sufixo) com o intuito
de formar um outro termo. Por exemplo, se acrescentarmos o prefixo un
palavra happy ( feliz ), formamos unhappy ( infeliz ). Saber os afixos mais
comuns auxilia na compreenso de palavras desconhecidas, entretanto, [...]
o conhecimento das razes e afixos raramente suficiente sem o contexto
para decifrar um termo no-familiar. viii (SILBERSTEIN, 1993, p.109, traduo
minha);
i) verbos: de acordo com Souza e outros (2005, p.81):
No processo de leitura, os verbos tm grande importncia para a compreenso. Na orao so eles que exprimem ao (pular, correr, fazer etc.) ou estado (ser, estar, morar etc.). [...] Os verbos tambm so essenciais para estabelecer o tempo em que se d a ao (presente, pretrito ou futuro).
Conhecer, portanto, os verbos mais usados e as marcas de tempo
verbal
tais como o acrscimo do sufixo -ed aos verbos regulares no
passado e o uso de will para indicar futuro
uma estratgia extremamente
valiosa em grande parte dos textos;
j) informao no-verbal: aquela fornecida por meio de tabelas, figuras,
mapas, grficos, enfim, aparatos que no somente fazem uso de palavras.
No entanto, sabe-se que, no raro, a informao no-verbal ignorada ou
considerada suprflua pelo leitor. (SOUZA et al., 2005. p.35). Nada poderia
estar mais longe da verdade, visto que o objetivo desse tipo de dado ,
muitas vezes, confirmar o contedo de um texto. Tirar proveito de tais
informaes o comportamento ideal de um bom leitor, tanto em Lngua
Estrangeira quanto em Lngua Materna.
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4 CONCLUSO
O sucesso da leitura de um texto escrito em uma lngua que no a materna
est em consonncia com os resultados de pesquisas que envolvem o aprendizado
de uma Lngua Estrangeira como um todo: Recentemente, a ateno se voltou para
as maneiras que os aprendizes podem ser treinados para terem mais
responsabilidade pelo modo e pelo que aprendem [...]. ix (McCARTHY, 1990, p.129,
traduo minha). A autonomia dos alunos pode ser gradualmente atingida medida
que eles tomam conscincia dos fatores que influenciam seu desempenho como
leitores e das estratgias que podem utilizar para sanar ou amenizar suas
dificuldades. claro que, como explica Mikulecky (1990, p.28, traduo minha), [...]
a habilidade de ler e entender um texto por meio da aplicao automtica de
estratgias o objetivo. Mas o ensino de estratgias enfatiza os processo de
pensamento analticos a serem usados ao entender um texto em ingls. x Essa
automaticidade pretendida s poder ser adquirida se o aluno tiver conscincia, em
um primeiro momento, das tcnicas e mtodos que precisa lanar mo ao realizar
uma atividade de leitura em uma Lngua Estrangeira.
5 REFERNCIAS
AEBERSOLD, J. A., FIELD, M. L. From reader to reading teacher. Cambridge: Cambridge University Press, 2005.
LEWIS, M. The lexical approach: the state of ELT and a way forward. London: Language Teaching Publications, 1993.
McMARTHY, M. Vocabulary. Oxford: Oxford University Press, 1990.
MIKULECKY, B. A short course in teaching reading skills. Massachusetts: Addison-Wesley Publishing Company, 1990.
ROJO, R. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. So Paulo:SEE: CENP, 2004.
SILBERSTEIN, S. Techniques and resources in teaching reading. Oxford-USA: Oxford University Press, 1993.
SOUZA, A. G. F. et al. Leitura em lngua inglesa: uma abordagem instrumental. So Paulo: Disal, 2005.
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ESTUDO COMPARATIVO ENTRE BRIQUETES DE CARVO VEGETAL
PRODUZIDOS POR EMPRESAS DISTINTAS NA REGIO DE UNIO DA VITRIA
PARAN
AUTORES: ANA FLVIA PISKOR DA SILVA E MARCOS PAULO VLADIKA
ORIENTADOR: ROBERTO PEDRO BOM
O Brasil o maior produtor e consumidor de carvo vegetal do mundo, este insumo em grande parte utilizado pelo setor industrial brasileiro. Apesar de o carvo ser um excelente combustvel e ter uma larga aplicao, algumas de suas caractersticas so desfavorveis, como a baixa densidade e a desuniformidade granulomtrica, o que restringe em alguns casos a sua utilizao. Durante o processo de fabricao, o carvo gera grande quantidade de finos, podendo chegar a 25% do total produzido. Atravs do processo de briquetagem do carvo vegetal, com o uso de aglutinantes, ou seja, a tcnica que envolve o balanceamento granulomtrico, a mistura proporcional de aglutinantes, compactao e secagem, consegue-se aproveitar os finos de carvo na forma de um produto combustvel de melhor densidade, mais homogneo e com caractersticas energticas maiores que o carvo comum, facilitando ainda seu armazenamento e transporte as longas distncias. Este trabalho objetiva realizar um estudo comparativo entre as propriedades energticas dos briquetes de carvo vegetal produzidos em duas empresas da regio de Unio da Vitria
Paran. Para se obter os resultados de carbono fixo, volteis, teor de cinzas e umidade, foram realizados testes de acordo com a NBR 8112 (Carvo Vegetal
Anlise Imediata), a aparelhagem e os materiais utilizados foram: amostras de briquetes de carvo vegetal das duas empresas, dois fornos tipo mufla com temperatura controlada, balana analtica de preciso, desumidificador, balana determinadora de umidade, doze cadinhos, sendo trs grandes e trs pequenos para as amostras de cada empresa. Os resultados dos testes foram obtidos atravs dos clculos observados pela NBR 8112 (Carvo Vegetal
Anlise Imediata) e lanados em planilhas do Excel. Pode-se concluir com este trabalho que o briquete de carvo vegetal da empresa A possui maior poder calorfico que o briquete de carvo vegetal produzido pela empresa B. Alm de oferecer uma destinao nobre a um material considerado por muitos como resduos
finos.
Palavras-chave: Briquetes. Carvo vegetal. Poder calorfico. Carbono. Volteis
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IMIGRAO DOS POLONESES AO BRASIL
AUTORA: MARLENE CORRA PLODOVISKI
ORIENTADOR: CASSIO ROBIN PORTES
RESUMO
Neste estudo relata-se o sofrimento dos poloneses, principalmente da classe menos privilegiada, devido falta de terra, de alimentao e elevado nvel de misria em fuga desesperadora das guerras e perseguies socais e econmicas. Incentivados pela propaganda de que no Brasil havia uma proposta tentadora obriga-os a tomar uma deciso que a imigrao era a nica soluo de seus problemas. Atravs de diversos livros histricos e um estudo aprimorado conseguimos voltar ao passado e relatar como foi a deciso da sada, a viagem, a chegada, as dificuldades encontradas em uma regio desabitada e a importncia para a povoao e o desenvolvimento do Brasil, principalmente da regio Sul, dando exclusividade ao estado do Paran. Percebe-se um povo simples, guerreiro, e disposto a lutar por seus ideais, no deixando de lado sua preocupao com a educao, cultura, religiosidade e histria de seu povo.
PALAVRAS-CHAVE: Imigrantes. Poloneses. Pases. Paran. Colonos.
1 INTRODUO
No sculo XVIII a revoluo industrial transformava todos os sistemas
econmicos da Europa, causando profundas transformaes nos meios produtivos
das naes daquele continente. Pases como a Polnia, que securlamente se
caracterizaram por adotar um regime econmico senhorial arcaico dependente da
economia agrria, com excesso de mo-de-obra proletriada nas aldeias e vilas,
com elevado ndice de crescimento demogrfico, falta de terras para as novas
geraes, foram os mais penalizados com o desenvolvimento tecnolgico.
Alm de perseguies polticas e religiosas estes pases sofreram as
conseqncias scias do xodo rural para os centros industriais, pois j comeavam
a sentir os efeitos da mecanizao e a conseqente dispensa de mo-de-obra. Os
poloneses, a exemplo de outros povos europeus no enxergavam mais um futuro
promissor em sua ptria, tendo nas migraes uma espcie de tbua de salvao
para as geraes futuras, e tiveram como destino o Brasil, que na poca contava
com vastas reas de terras quase que totalmente despovoadas.
1.1 OBJETIVOS
-
1.1.1 Objetivo Geral
Pesquisar a vida dos poloneses que imigraram ao Brasil, especialmente para
a Regio Sul do Paran e a importncia dessa etnia na formao econmica do Sul
do estado.
1.1.2 Objetivos Especficos
a) Avaliar a contribuio scio econmica proporcionada pelos imigrantes poloneses
para a agricultura, educao e cultura paranaense;
b) Entender os motivos que incentivaram o processo migratrio;
c) Mostrar o atual estgio scio econmico dos poloneses da regio de Mallet;
1.2 METODOLOGIA DA PESQUISA
O presente trabalho ser desenvolvido por meio de pesquisa bibliogrfica, em
livros, revistas, jornais, internet, e outros documentos que falem sobre o assunto.
Esta pesquisa tem por finalidade obter dados que embasaro a pesquisa de campo
visando obter um referencial terico que de suporte ao estudo, e atravs dessa
pesquisa ser possvel atingir os objetivos bastante complexos por estarem
englobados num contexto terico de um passado, presente e futuro real da nossa
sociedade.
Somente atravs da pesquisa bibliogrfica ser possvel entender o porqu
da vinda dos poloneses para o Brasil, a importncia deles para a economia do sul, e
as transformaes sociais, polticas e culturais causadas por eles.
A pesquisa de campo ser com pessoas da comunidade descentes dos
poloneses ou ainda depoimentos de imigrantes, que contriburam com teoria
representada na vida dessas pessoas abrindo novos horizontes para o pesquisador.
-
1.3 EMBASAMENTO TERICO
O presente trabalho foi desenvolvido e embasado em livros de Histria,
revistas, jornais, meios eletrnicos e outros documentos que contam a trajetria do
povo Polons e os resultados obtidos por eles no Brasil.
2 HISTRICO DA COLONIZAO BRASILEIRA NO SCULO XVIII E XIX
A Europa do sculo XVIII era um continente muito diferente daquele que
conhecemos hoje. O velho continente estava passando por mudanas profundas,
em que alguns pases estavam se sobressaindo economicamente em relao a
outros, porm, as diferenas tnicas e velhas contendas passadas ainda no haviam
sido esquecidas.
De acordo com Wachowicz (1970), no sculo XVIII a populao europia
experimentava um crescimento demogrfico exorbitante, contando com 180.000.000
de habitantes naquele sculo. A sociedade europia passava por profundas
mudanas, principalmente na classe proletariada que se sentia cada vez mais
marginalizada, o que deu origem ao maior deslocamento populacional que a histria
presenciou
as migraes para o Novo Mundo.
At aquele sculo, a Europa mantinha uma populao camponesa isolada,
conservadora ao extremo, resistente s mudanas. As terras eram escassas, e a
maioria dos camponeses eram arrendatrios ou empregados temporrios em terras
alheias, trabalhando em condies de extrema misria.
Embora a Europa estivesse iniciando um perodo de modernidade, velhas
rixas ainda pairavam naquele continente, tanto que ao final do sculo XVIII a Polnia
foi invadida pela ustria, Rssia e Prssia que tinham interesses polticos e
econmicos na regio, custando Polnia a perda de grande parte de seu territrio.
A submisso polonesa marcou para seu povo uma poca de muita dificuldade e
humilhao, embora o rei Stanislaw Pniatowski tenha procurado manter a unidade
da nao, nos territrios restantes, estimulando a resistncia atravs das
manifestaes artsticas e culturais. Para isso chegou a criar uma comisso de
educao nacional que deu origem ao primeiro Ministrio de Instruo Pblica do
mundo (PARAN..., 1986).
-
Faltavam terras na velha Polnia, e a preocupao dos poloneses com as
futuras geraes que poderiam no ter como sobreviver em pequenas reas de solo,
to pequenas que no apresentavam sinais de prosperidade. Entretanto, em pases
como o Brasil, alm de liberdade, sobravam espaos desocupados, o que
representava um sinal de vida nova para aqueles povos no Brasil do sculo XIX
(PARAN..., 1986).
Esses vazios demogrficos no Brasil ameaavam o domnio portugus,
exigindo das autoridades aes imediatas para implantar e desenvolver um projeto
de colonizao com alto grau de atratividade. Promoveu-se ento intensa
publicidade destinada a atrair a ateno de considervel parcela de europeus que
estavam enfrentando um perodo de acentuada misria naqueles tempos. Diante de
elevado grau de penria que vivia, normalmente ficavam obcecados pela proposta
de oportunidades oferecidas pelo governo brasileiro, e imigrantes potenciais eram
convidados a considerar o Brasil como uma das principais naes agrcolas do
mundo, dizia um folheto da propaganda (PARAN..., 1986).
Em fins de 1880, o estmulo as imigraes somava-se ao movimento do
liberalismo econmico e poltico para produzir uma imagem nacional mais definida.
Outro motivo conjunturalmente mais forte de colonizao foi a substituio da mo-
de-obra escrava, onde o Decreto de 28 de junho de 1890 dispunha: inteiramente
livre a entrada nos portos da Repblica dos indivduos vlidos e aptos para o
trabalho que no se acharem sujeitos a ao criminal do seu pas (PARAN...,
1986).
Durante a febre brasileira , como foi chamado o perodo das maiores
imigraes para o Brasil, chegou a ocorrer na Polnia uma lenda, espalhada pelos
agentes de recrutamento nas aldeias polonesas dizendo que havia uma terra, que
era coberta por nvoas e desconhecida de todos. Era uma terra onde corria leite e
mel. A virgem de Czestochowa
Padroeira da Polnia, ouvindo compadecida aos
apelos que lhe dirigiam os sofridos camponeses, dispersou o nevoeiro e destinou os
imigrantes poloneses nova terra; esta terra prometida era o Paran (PARAN...,
1986).
A propaganda de estmulo s imigraes era convincente: o Brasil era
apresentado como um verdadeiro paraso, e outras lendas vagavam entre os
camponeses poloneses, principalmente para aqueles temiam a viagem trans-
ocenica, pois no conheciam o mar, e para acalm-los, os agentes recrutadores
-
espalhavam ento nas provncias, a notcia de que estava sendo construda uma
ponte sobre o oceano e que em breve a travessia poderia ser feita a p ou de
carroa (PARAN..., 1986).
Segundo Wachowicz (1970), a chamada febre brasileira teve dois perodos
bem definidos, entre 1890 e 1897 e outro aps 1906 que durou mais ou menos 16
anos, no intervalo desses dois perodos a imigrao quase no aconteceu, pois no
tinha incentivo do governo e os imigrantes que chegavam eram aqueles que vinham
pela propaganda dos parentes que j estavam implantados no Brasil.
No primeiro perodo a imigrao foi macia tendo como intermdio o incentivo
do governo brasileiro, a maioria dos imigrantes dirigiam-se ao Paran e em seguida
para o Rio Grande do Sul. Naquele perodo os estados de So Paulo, Minas Gerais
e Esprito Santo tambm receberam imigrantes. No segundo perodo a partir de
1906 o Brasil estava destinando esforos para promover a integrao nacional via
construo de estradas de ferro, necessitando para tanto, mo de obra barata e
numerosa dos imigrantes. Novas levas de imigrantes (desta vez a maioria foi de
ucranianos) chegaram novamente terra prometida, porm, logo o afluxo de
imigrantes foi interrompido em funo do incio da Primeira Grande Guerra
(WACHOWICZ, 1970).
De acordo com Malczewski (2007), no sculo XIX, o Brasil tornava-se um pas
independente, enquanto a Polnia deixava justamente de s-lo. Os imigrantes
poloneses eram numerosos, oferecendo ao Brasil no s trabalho, mas tambm
memrias sobre o passado e suas experincias nacionais.
Segundo Turbanski (1978), no Paran as primeiras colnias formadas ou
pioneiras prximas a Curitiba foram: Pilarzinho em 1871; Abranches em 1873 e
Santa Cndida em 1875, bem como o conjunto da Nova Polnia do ano de 1876, ou
seja, Lamenha, Santo Igncio, D. Pedro II, D. Augusta e finalmente Riviere (hoje
Ferraria), em 1877.
Segundo Iarochinski (2009), a maioria dos poloneses chegou ao Brasil no
perodo compreendido entre 1847 e 1914, e pelo menos em suas primeiras dcadas
permaneceram bastante afastadas da convivncia com os brasileiros e demais
etnias colonizadoras. Estima-se que naqueles 76 anos chegaram ao Brasil
3.379.991 imigrantes europeus.
O governo Imperial do Brasil, em 32 anos de imigrao, gastou 10 milhes de
libras esterlinas para o transporte e colonizao de imigrantes europeus. A corrente
-
imigratria para o Brasil trouxe at 1947, cerca de 4,930 milhes de europeus e
orientais, sendo 592.915 poloneses representando 11,86% dos imigrantes que
estavam assim distribudos: camponeses 80%; operrios e artfices 14%;
comerciantes 2% e outros 4% (IAROCHINSKI 2009).
Para Wachowicz (1970), poucos imigrantes tinham estudo, sedo a grande
maioria deles constituda por analfabetos. Normalmente a pessoa culta no meio
deles eram os padres que os acompanhavam na nova jornada.
Diante do alto grau de simplicidade e ao mesmo tempo da vontade de imigrar,
muitos imigrantes foram explorados pelas Companhias de Navegao que
proporcionavam uma viagem humilhante nos pores dos navios, formando uma
classe humana compacta, com o teto ficando a apenas um palmo acima da cabea.
As pessoas dormiam no cho, e por no haver ventilao, o ambiente era
extremamente insalubre. Todo imigrante colono maior de dez anos ao desembarcar
nos portos brasileiros, recebia um determinado valor do governo como subsdio para
enfrentar os primeiros dias na nova ptria (WACHOWICZ, 1970).
2.1 CULTURA E TRADIES
A preocupao dos poloneses em manter viva as tradies aconteceu desde o
incio da chegada no Brasil, uma das formas encontradas foi inicialmente a
construo das escolas, das quais a pioneira no Brasil foi construda em Orleans e
teve com professor o Sr Jernimo Durski que tambm era msico (TEMPSKI,
1980?).
Segundo Wachowicz (1970), a grande conservadora da cultura foi a Escola
Mdia de Marechal Mallet/PR, fundada em 16 de maio de 1909 e dirigida pela
Sociedade Escolar Nicolau Coprnico. Era uma escola profissional de comrcio e
agricultura que possua gabinete fsico-qumico, de histria natural e geografia,
campos experimentais de milho, vinha, rvores frutferas, e horticultura. O amor pela
terra era demonstrado pela dedicao ao seu cultivo e da maneira com que ela era
tratada, imensas reas foram colonizadas e quando habitadas pelos poloneses
tinham sua paisagem transformada e identificadas pela caracterstica polono eslava
como a religiosidade, os detalhes nas construes das casas, o uso da carroa e as
boas tcnicas de trabalho na agricultura, mas principalmente pela implantaes de
escolas de primeiro e segundo grau e de escolas tcnicas..
-
Segundo Hampel (1973), os poloneses representaram importante fonte de mo
de obra para o pas aps a abolio da escravatura. Trabalharam nas construes
das estradas de ferro, desenvolveram a agricultura, o comrcio, trabalharam
profundamente na explorao das florestas, na explorao da erva-mate. Tambm
fundaram comunidades que foram organizadas em colnias e nestas novas cidades,
trabalharam a cultura, mantendo professores que proporcionaram ensino de
qualidade e mantiveram a continuidade da devoo religiosa.
Sem deixar de lado as tradies, cultivam at hoje muitos hbitos na culinria,
religiosidade e cultura. Procuram manter-se informados sobre o que acontece em
sua terra natal atravs de jornais, e por meio de programas de rdio divulgam
receitas de pratos tpicos poloneses, msicas e tambm tratam das relaes
comerciais entre o Brasil e a Polnia. Ainda cultiva nas famlias dos descendentes
poloneses o hbito de celebrar a ceia do Natal com doze pratos principais e a
diviso do po Celeste (Oplatk) e no Sbado de Aleluia a Beno da Pscoa, onde
so abenoados os alimentos a serem consumidos no dia da Pscoa. Tambm
mantm organizados grupos folclricos com danas e trajes tpicos da Polnia,
mantendo viva esta tradio polonesa e periodicamente, alguns desses grupos so
selecionados para irem at a terra natal promoverem apresentaes e intercmbios
culturais (STANISZEWSKI 2006).
Ainda hoje a maioria dos filhos dos imigrantes poloneses continua suas
principais atividades na agricultura, onde introduziram tecnologias e inovaes por
meio dos conhecimentos adquiridos dos primeiros imigrantes. Alguns descendentes
tornaram-se prsperos agricultores, comerciantes, polticos e empresrios de
destaque, atuando em diversas reas seja ela pblica ou privada.
3 CONCLUSO
As economias europias eram abaladas pelas guerras seqentes por disputas
de reas de terra que cada vez mais se tornavam escassas, as invases e
perseguies eram freqentes e expulsavam as classes menos favorecidas de seus
habitats originais que perdiam o direito a cultura religio e muitas vezes o idioma. O
medo do desconhecido os tornou frgeis e sensveis, o medo da guerra, da fome, da
misria, fez com que os homens pudessem superar obstculos complexos que
muitas vezes pareceram intransponveis; entendendo pelo menos um pouco da
-
histria dos poloneses, se pode sentir as dificuldades que nossos antepassados
tiveram quando deixaram a ptria embarcaram em um navio e adentraram neste
pas. As dificuldades foram vencidas, obstculos tenebrosos foram superados,
atravs de esforos organizados fundaram colnias, vilas, municpios, ajudaram no
desenvolvimento do Brasil destacando ainda mais os trs estados do sul. Fugiram
das dificuldades, encontraram dificuldades e nelas encontraram o que buscavam; a
terra prometida como dizia a lenda (terra onde corria leite e mel), mais precisamente
no Paran. O amor a terra, religiosidade, a cultura, as tradies, e o trabalho rduo
so marcas fundamentais dos poloneses, povo abenoado que continua
transformando economicamente nosso pas principalmente nas classes primarias da
economia.
4 REFERNCIAS
HAMPEL, A. Os poloneses no Brasil. In: Anais da comunidade Brasileiro Polonesa. Curitiba: Vitria, 1973, v. 7.
IAROCHINSKI, U. Disponvel em: . Acesso em: 16 jun. 2009.
MALCZEWSKI, Z. Polnia e polono-brasileiros: Histrias e identidades. Vicentina, Curitiba, 2007.
PARAN. Secretaria da Cultura e do Esporte. Coordenadoria do Patrimnio Cultural. Cadernos do patrimnio: a represa e os colonos. Curitiba: Governo do Estado do Paran, 1986.
STANISZEWSKI, A. M. K. Estudo sobre a cultura da comunidade polonesa no municpio de So Mateus do Sul. So Mateus do Sul, 2006.
TEMPSKI, E. Os poloneses e o Paran. Os Poloneses no Paran, de 17 de junho a 17 de julho de 1980, Curitiba, p. 05-09, 1980?].
TURBANSKI, S. Murici: terra nossa. Curitiba, 1978.
WACHOWICZ, R. C. Conjuntura Emigratria polonesa no sculo XIX. In: Anais da comunidade Brasileira Polonesa. Curitiba, 1970, v. 1
http://iarochinski.blogspot.com/2008/08/polacos-no-brasil-estatstica-polmica.html> -
PORTAIS DE NOTCIAS: AS GERAES DO JORNALISMO NA WEB E A
CONVERGNCIA DE MDIAS
AUTOR: RODRIGO SECCON
ORIENTADORA: ANA CRISTINA ARAJO BOSTELMAM
RESUMO
O presente artigo reflete sobre as trs primeiras geraes do jornalismo na World Wide Web (WWW) e suas principais caractersticas. Estuda-se ainda o processo evolutivo do jornalismo por cinco etapas: 1) o jornalismo eletrnico; 2) o jornalismo digital; 3) o ciberjornalismo; 4) o jornalismo on-line; e 5) o webjornalismo. Por conseguinte, analisa-se o jornalismo de portal junto s seis qualidades prprias do webjornalismo: multimidialidade ou convergncia, interatividade, hipertextualidade, personalizao, memria e atualizao contnua. Os tpicos auxiliaram na argumentao do portal de notcias como uma recente e potencial plataforma jornalstica. Foram referncias os autores: Bardoel & Deuze (2001), Ferrari (2003), Hamilton (2002), Kucinski (2005), Lemos (2002), Levy (1999), Machado, Borges & Miranda (2003), Mielniczuk (2003, 2004), Palacios (2003), Pinho (2003), Ribas (2004) e Seixas (2003).
Palavras-chave: Jornalismo digital. Webjornalismo. Convergncia de mdias. Portal de notcias. Perfil do leitor na web.
1 INTRODUO
Os portais nasceram na dcada de 1990. A princpio, a definio de portal foi
designada para as pginas da web que tinham ferramentas de busca. Normalmente,
os resultados eram obtidos em formato de lista, para facilitar a navegao do
usurio.
Posteriormente, os meios de comunicao viram nos portais uma plataforma
para convergir mdias, que acabou sendo explorado durante as primeiras geraes
do jornalismo na web. Esse formato estimulou as empresas a investirem no
segmento com esperana de grande retorno financeiro.
Aps o surgimento dos portais gratuitos, o crescimento do nmero de
usurios foi intensificado. Desse modo, os portais de comunicao aderiram
-
prtica do webjornalismo, que valorizava a quantidade e a qualidade das notcias na
rede.
Pode-se dizer que o jornalismo provocou uma ruptura na internet ao apostar
nos portais como veculo de comunicao de rede. Mas, com relao s novas
tecnologias, o que muda para os jornalistas da nova gerao? Quais so as novas
situaes sujeitas ao profissional que quer seguir carreira no jornalismo de portal?
2 A CEBOLA DE CINCO CAMADAS
Pode-se dizer que o jornalismo praticado nas redes telemticas passou por
um processo evolutivo e que atualmente se encontra distribudo em cinco
superfcies, segundo afirma Mielniczuk (2003, p.44).
Essa atribuio poderia ser representada por uma cebola de cinco camadas.
Na primeira, a mais externa, estaria o jornalismo eletrnico. a situao em que o
jornalismo desfruta de equipamentos eletrnicos para realizar sua produo, como
na utilizao das cmeras de TV, vdeo-cassete etc. O jornalismo digital ou
jornalismo multimdia est na segunda superfcie, quando ocorre a converso dos
dados de qualquer meio de comunicao para o meio digital. O lugar onde ocorre a
utilizao do suporte digital pelo jornalismo chamado de ciberespao, por meio do
qual se pode armazenar um vasto acervo de informaes digitalizadas.
Eu defino o ciberespao como o espao de comunicao aberto pela interconexo mundial de computadores e das memrias dos computadores. Essa definio inclui o conjunto dos sistemas de comunicao eletrnicos (a includos os conjuntos de redes hertzianas e telefnicas clssicas), na medida que transmitem informaes provenientes de fontes digitais ou destinadas digitalizao [...] (LEVY, 1999, p.92).
Desse modo, o jornalismo praticado nesse espao se chama ciberjornalismo,
a terceira camada, fase em que o jornalista utiliza o computador para realizar a
pesquisa jornalstica e tambm para a produo de notcias.
A quarta camada, o jornalismo on-line, faz referncia conexo em tempo
real, ou seja, fluxo de informao contnuo e quase instantneo (MIELNICZUK,
2003, p.43). O contedo do jornalismo on-line pode ser reproduzido dos meios
impressos e outros meios, desde que haja uma corrente de comunicao constante.
Entretanto, os primeiros jornais on-line brasileiros estavam normalmente apoiados
-
por agncias de notcias. [...] O primeiro jornal totalmente em tempo real do pas e
da Amrica Latina foi o Brasil Online, com informaes de agncias de notcias
(Folha, Reuters, Associated Press), e material produzido em sua redao [...]
(HAMILTON, 2002, p.5).
Diferentemente do webjornalismo, quinta e ltima camada, que se refere
especificamente ao contedo produzido para a rede.
Essas divises so fruto do perodo em que o jornalismo se desenvolveu
depois da criao da web. O processo evolutivo do jornalismo nas redes telemticas,
entretanto, destacado pela diviso de trs geraes: 1) a digitalizao do contedo
impresso para a internet; 2) o descobrimento das caractersticas exclusivas da rede;
3) a prtica do webjornalismo.
3 PRIMEIRA, SEGUNDA E TERCEIRA GERAO DO JORNALISMO NA WEB
A primeira gerao do webjornalismo no percebia a possibilidade de
explorao da internet como veculo de comunicao. As empresas de jornalismo se
davam por satisfeitas ao preencher os stios com contedo copiado dos meios
impressos de comunicao, sem haver preocupaes com relao a uma possvel
forma inovadora de apresentao das narrativas jornalsticas (MIELNICZUK, 2003,
p.49).
Na segunda fase, ainda apoiado sobre o modelo de jornalismo impresso, o
jornalismo on-line inicia a explorao de alguns recursos interativos, como os links e
e-mails. Alm da interao entre o homem e a mquina, o e-mail oferecia a
possibilidade de conversa entre os usurios, entre o jornalista e o leitor em fruns e
tambm em salas de bate-papo. Fator determinante que impulsionou as grandes
redes de comunicao a entrarem no ramo, disputando espao com as empresas
que copiavam as verses dos jornais impressos para a internet. Os links funcionam
como portas virtuais que abrem caminhos para outras informaes. O hipertexto
uma obra com vrias entradas, onde o leitor/navegador escolhe seu percurso pelos
links
(LEMOS, 2002, p.130).
J o jornalismo de terceira gerao deve produzir contedos originais em
formato multimdia, constituindo sistemas descentralizados prprios, capazes de
incorporar as contribuies dos usurios, para apurao, produo e circulao de
contedos (MACHADO; BORGES; MIRANDA, 2003, p.131). Essa modalidade veio
-
a surgir quando os grandes empresrios investiram nos stios com contedos
exclusivos para os leitores da web, nas potencialidades da rede.
As redes telemticas proporcionaram ao jornalismo um desenvolvimento progressivo, influenciando nos processos produtivos de notcias, disseminao de informaes, e alterando as relaes dos meios de comunicao com seu pblico [...]. O ambiente miditico digital transforma as caractersticas da notcia, quais sejam, hipertextualidade, interatividade, multimidialidade, personalizao, memria e atualizao contnua, potencializando a construo de modelos narrativos para o webjornalismo (RIBAS, 2004, p.3).
Muito embora todas as caractersticas no sejam exploradas
simultaneamente pelos sites jornalsticos, so experimentos frequentemente
utilizados no ciberespao que auxiliam na construo da linguagem webjornalstica e
contribuem para que haja o equilbrio do poder da informao entre os meios e o
pblico.
O jornalismo on-line poderia muito bem mudar a relao entre os jornalistas e o seu pblico de uma maneira fundamental, que afetaria a profisso como um todo; suas principais caractersticas, citadas anteriormente, refletem claramente um equilbrio de poder entre os fornecedores de informao e os usurios. [...] (BARDOEL; DEUZE; 2001, p.91-103) 1.
O jornalista da terceira gerao da web se comunica, portanto, por meio das
cinco camadas anteriormente referidas e consolida uma mudana nas maneiras de
transmisso e receptao da informao. O webjornalismo, por sua vez, potencializa
o relacionamento com o pblico por meio das novas tecnologias e fortalece o
desenvolvimento da cibercultura.
Atualmente, j se estuda a prtica do webjornalismo de quarta gerao nos
portais de comunicao. As caractersticas de hipertextualidade, interatividade,
contedo personificado e a utilizao do banco de dados, gradativamente se tornam
elementos expressivos da rede.
1 Network journalism might well change the relation between the journalists and their public in a fundamental way that affects the profession as a whole; its major characteristics as we have pointed out before seem to reflect clearly a shifting balance of power between information suppliers and users. [...] (BARDOEL; DEUZE; 2001, p.91-103. Traduo feita pelo autor do artigo).
-
5 PORTAL DE NOTCIAS: POTENCIALIDADES DO WEBJORNALISMO
CONTEMPORNEO
As Novas Tecnologias de Comunicao (NTC) possibilitaram a afirmao de
seis caractersticas prprias do webjornalismo, que segundo Palacios (2003, p.17),
so: Multimidialidade ou Convergncia, Interatividade, Hipertextualidade,
Personalizao, Memria e Atualizao Contnua. Muito embora esses elementos
no sirvam como regra na produo do jornalismo on-line, so fatores com
potenciais que so utilizados, em maior ou menor escala, e de forma diferente, nos
stios jornalsticos da web .
Nesse contexto, diversos portais utilizam diferentes ferramentas
experimentais na tentativa de moldar o formato mais adequado para o
webjornalismo. Alguns deles apostam na convergncia de mdia devido praticidade
de formas com que o fato noticioso pode ser apresentado, em imagem, texto e som
(PALACIOS, 2003, p.18). A experimentao da convergncia de mdias bem
aceita com o uso da hipertextualidade, que conecta, por meio de links, a informao
principal a contedos complementares. Segundo Kucinski (2005, p.77-78), na
internet [...] Surgiram narrativas novas, chamadas hipertextos, nas quais
predominam os ncleos de enunciados (clares), que se vinculam a outros ncleos,
localizados em textos outros, que podem ser acessados por meio de links .
As diferentes rotas que o usurio realiza durante a leitura comum nesse tipo
de jornalismo, nas quais os hiperlinks podem complementar uma informao com
vdeos, fotos, udios ou textos, no mesmo ou em outro endereo eletrnico. Cria-se
ento o conceito da no-linearidade no webjornalismo. Afinal, o usurio pode
conduzir sua leitura a partir das partes que mais chamam sua ateno. Nem sempre
a leitura precisa comear pelo primeiro pargrafo.
As diferenas entre o material que impresso em papel e o que visualizado na tela do monitor de um computador so grandes, afetando profundamente o modo como as pessoas absorvem e reagem s mensagens que se tenta transmitir. O papel linear: um memorando, por exemplo, lido a partir do canto superior esquerdo, palavra por palavra. Mesmo se o memorando tiver diversas pginas, o leitor comea pela primeira, pois no faz sentido nenhuma outra ordem de leitura (PINHO, 2003, p.50).
-
A hipertextualidade, portanto, permite a existncia da interatividade em
decorrncia da web admitir o usurio como um receptor ativo de informaes,
situao em que ele vai busca de novos conhecimentos (PINHO, 2003, p.55).
Embora o recurso da interatividade j tenha sido explorado pelo
radiojornalismo, envolvendo o pblico nas cabines dos estdios ou mesmo durante
uma conversa por telefone, preciso reconhecer que a interao foi ampliada pelo
formato on-line. A relao comunicativa entre o usurio e o jornalista agora pode
ocorrer, sem mediadores, pela troca de e-mail, comentrios nos portais de notcias,
troca de mensagens em salas de bate-papo e fruns de discusses organizados por
tpicos.
Por conseguinte, a participao opinativa dos internautas ofereceu aos stios
a oportunidade de experimentar a personalizao do contedo aos leitores. Essa
caracterstica do webjornalismo deixa a possibilidade do usurio customizar suas
preferncias editoriais, por exemplo. Assim, toda vez em que o usurio abre as
pginas virtuais, encontra o que procura com praticidade. De acordo com Seixas
(2003, p.91), O jornalismo digital [...] personalizado. A personalizao consiste em
oferecer ao usurio a opo de configurar os produtos jornalsticos de acordo com
seus interesses individuais (a caracterstica de Bardoel e Deuze, revista por
Palacios) .
Os portais de notcias costumam se preocupar com as conformidades do
leitor digital. Diante disso, pode-se dizer que a contnua atualizao do noticirio on-
line, tambm chamada de instantaneidade, refora essa afirmao. Palacios (2003,
p.20) afirma que a atualizao possibilita o acompanhamento contnuo em torno do
desenvolvimento dos assuntos jornalsticos de maior interesse .
Alm de ser um mecanismo que possibilita a atualizao contnua, a
memria, ainda de acordo com Palacios (2003, p.20), uma qualidade inovadora
que torna-se coletiva, atravs do processo de hiperligao entre os diversos ns
que a compem . O que certamente interessante pelo fato de que a web j liga
computadores entre o mundo todo.
A memria apontada como um elemento realmente novo, que provoca uma ruptura com os suportes anteriores ao oferecer uma situao at ento inusitada. Conforme explica o autor, a partir da conjuno com outras caractersticas, o jornalismo, pela primeira vez, possui uma memria mltipla, instantnea e cumulativa (MIELNICZUK, 2004, p.2).
-
A memria virtual, apoiada nas caractersticas da multimidialidade,
interatividade, hipertextualidade, personalizao, e atualizao contnua, e aplicada
em uma sociedade que adere cibercultura, valoriza e potencializa a prtica do
webjornalismo de portal.
5.1 O PERFIL DO LEITOR
Os portais de notcias brasileiros ganharam a aprovao dos internautas e se
difundiram. Embora haja poucos manuais de redao para a web, o webjornalismo
de terceira gerao compensado pela converso de mdias na rede: impresso,
rdio e TV. H casos de sites que realizam produes radiofnicas para serem
veiculadas somente na internet
a exemplo da Ritmo Brasil
e vdeos-transmisso
exclusivas para os internautas, como a fpftv.com.br, que transmitia jogos da primeira
diviso do campeonato paranaense de futebol, alm das demais re-exibies na
rede de reportagens dos canais televisivos.
Os recursos multimdia so valorizados na rede on-line devido ao espao
cumulativo na rede, tanto em megabytes quanto para a quantidade dos utilitrios
mass media. por meio da memria virtual que a web transmite a idia da
integrao mundial de comunidades, tornando o pensamento individual coletivo,
idia que vem sendo debatida durante anos nos meios de comunicao (MILLER,
1973, p.113). Observa-se que o custo para o usurio manter a interao na rede no
extravagante e permite o crescimento do nmero de usurios.
Para se descrever o funcionamento desse pensamento individual coletivo,
entretanto, no se pode descartar a pessoalidade durante o dilogo na internet.
Normalmente, a pessoa est em frente ao computador interagindo sozinha com o
acervo de dados virtual, com uma infinidade de informaes de todos os tipos. O
pensamento coletivo ocorre quando os vrios formatos de conhecimento so
discutidos entre os usurios. Conforme acentua Kucinski (2005, p.74), pela internet
podem ser transmitidos todos os tipos de informaes, no apenas grficas, mas
tambm algbricas, numricas, sonoras, imagticas, tudo num mesmo suporte
operacional .
Essas facilidades acabam deixando o internauta cmodo. Dessa maneira, ele
costuma fazer leituras rpidas, percorrendo por uma maior quantidade de assuntos
que o interessem no momento. Justificativa vlida para a internet, que aposta muito
-
nos recursos interativos e de entretenimento. Como grandes shoppings centers, os
sites oferecem diverso, lazer e uma infinidade de servios. [...] O consumidor vai ao
cinema, faz um lanche e durante um passeio pelos corredores acaba consumindo
algo mais
(FERRARI, 2003, p.19).
A faixa etria do pblico que acessa a internet, de acordo com Ferrari (2003,
p.53), varia dos 18 aos 25 anos. Eles cresceram utilizando computadores evoludos
das verses do Computador Pessoal (PC) e Apple Macintosh, com interfaces
grficas coloridas, dinmicas e com jogos. Por isso, eles so os potencias
consumidores da informao na rede, e por essa razo que os portais investem
tambm nesses setores.
Com a insero dos novos utilitrios, sobretudo com os hiperlinks, a liberdade
de navegao dos internautas maximizada. A ordem das leituras escolhida pelos
usurios. Assim, configura-se a princpio um modelo de leitor da web que aprecia as
caractersticas da narrativa multimiditica e no-linear, ou multilateral.
6 CONCLUSO
Ainda que se definam a hipertextualidade, interatividade multimidialidade,
atualizao, personalizao e memria como experimentos do webjornalismo, estas
j podem ser consideradas caractersticas fundamentais. Aps trs geraes do
jornalismo na web
atualmente se estuda o webjornalismo de quarta gerao
os
portais se firmaram como veculos de comunicao por meio dessas qualidades. O
jornalismo de portal toma a direo para um ambiente de comunicao democrtico
evidenciado pela interao entre o meio e o pblico e a cumulao de informaes.
Quanto s novas possibilidades miditicas nos portais de comunicao,
avalia-se uma responsabilidade muito maior em manter a qualidade da informao.
Por outro lado, podem surgir novas oportunidades profissionais, uma vez que o
webjornalismo engloba telejornalismo, radiojornalismo, jornalismo impresso e
fotojornalismo. Salienta-se ainda que este tipo de mercado pode exigir, de um s
profissional, diversas capacidades, o que significa que o jornalista deve estar
habilitado em diversas funes.
Os produtores de informao devem se adaptar s novas tecnologias de
comunicao, sempre que houver oportunidade. Pois, os jovens so aos potenciais
consumidores de informao da rede. Caso no haja essa adaptao, as notcias
-
no sero veiculadas para os potenciais leitores. No entanto, h pessoas de todas
as faixas etrias com a necessidade de serem informadas diariamente e at mesmo
horalmente.
7 REFERNCIAS
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LOGSTICA APLICADA NO COMRCIO VAREJISTA: UM ESTUDO DE CASO NA
EMPRESA PERNAMBUCANAS S/A DO MUNICPIO DE UNIO DA VITRIA
PR
AUTOR: IDALCIR JORGE HINDERSMANN
ORIENTADORA: ANA PAULA DA SILVA
RESUMO
O propsito deste trabalho descrever as atividades logsticas, estoque, armazenagem, transporte e sua importncia no setor varejista, mais especificamente na rede de lojas Pernambucanas. Uma empresa que sempre buscou estar um passo a frente da concorrncia por meio de uma poltica empresarial empreendedora, que proporcionou grandes inovaes em varias fases de sua trajetria. Idias que hoje parecem corriqueiras foram consideradas ousadas em suas respectivas pocas. Apesar do marco inicial da logstica ser muito antigo, desde que o homem abandonou a economia extrativista e deu incio as atividades produtivas organizadas um dos conceitos gerenciais mais modernos e complexos, exigido das empresas grandes investimentos em equipamentos, sistemas de informatizao e treinamento de pessoas para ter a capacidade de se adaptar e responder rapidamente as mudanas de mercado. As principais mudanas que afetam a Logstica so: a Globalizao, o aumento das incertezas econmicas, Proliferao de produtos, Menores ciclos de vida de produtos e Maiores exigncias de servios.
Palavras-chave: Atividades logsticas. Custos. Sistemas de informatizao.
1 INTRODUO
O marco inicial da logstica muito antigo, e um dos conceitos gerenciais mais
modernos. Desde que o homem abandonou a economia extrativista, e deu incio s
atividades produtivas organizadas, com produo especializada e troca dos
excedentes com outros produtores, surgiram trs das mais importantes funes
logsticas, ou seja, estoque, armazenagem e transporte. A produo em excesso,
ainda no consumida, vira estoque. Para garantir sua integridade, o estoque
necessita de armazenagem. E para que a troca possa ser efetivada, necessrio
transport-lo do local de produo ao local de consumo. Portanto, a funo logstica
muito antiga, e seu surgimento se confunde com a origem da atividade econmica
organizada (FLEURY, WANK, FIGUEIREDO, 2000).
A logstica surgiu no momento em que o homem primitivo produziu no prprio
local mais do que poderia consumir. Isto provocou a necessidade de transportar os
frutos de seu trabalho, atingindo-se, assim as primeiras solues que chegaram a seu
-
pice com a descoberta da roda. A fora animal passou a ser usada mais
intensamente. Os sculos se passaram e apareceram novas invenes tecnolgicas,
barco a vapor, trem a vapor, automvel, caminho e outros (UELZE, 1974).
1.1 CONTEXTUALIZAO
O que vem fazendo da logstica um dos conceitos gerenciais mais modernos
so dois conjuntos de mudanas, o primeiro de ordem econmica, e o segundo de
ordem tecnolgica. As mudanas econmicas criam novas exigncias competitivas,
enquanto as mudanas tecnolgicas tornam possvel o gerenciamento eficiente e
eficaz de operaes logsticas cada dia mais complexo e demandante (FLEURY,
WANK, FIGUEIREDO, 2000).
Dentro da empresa Pernambucanas sero analisadas as seguintes funes da
logstica: armazenagem, estoque e transporte de mercadorias do armazm at
pontos de venda.
Atualmente a empresa possui trs centrais de distribuio na cidade de So
Paulo, localizados no Barueri, Tambor e Cadiriri, com grande espao fsico, e
tecnologia de ponta, e automatizado. E um localizado na cidade de Araucria para
melhor atender a demanda das lojas da regio Sul, e dois esto desativados por
estarem fora da principal rota da empresa, (local inadequado). No armazm de
Barueri fica armazenado mercadorias de cama, mesa e banho, tapetes, cortinas,
confeces, separados de departamentos e linhas. Logo aps definio do destino
so alocados em esteiras que auto programadas separam por ondas e deixam
alocadas nas rotas de embarque. No Cadiriri, por ser localizado numa rea de grande
movimento, e de acesso complexo, est localizado o depsito de equipamentos de
uso em lojas como bancas, displays e equipamentos para reforma ou descontinuados.
No armazm Tambor e Araucria ficam as mercadorias de eletro, tambm
separadas por linha, ex: refrigeradores, foges, mquinas de lavar, som e imagem.
Os produtos so armazenados e carregados com uso de empilhadeiras. Tambm a
um espao reservado onde dezenas de fornecedores mantm oficinas autorizadas
para atender os clientes pernambucanas, que no tem oficinas autorizados nas
cidades onde os produtos so adquiridos. Todos os produtos aps separados so
colocados cdigos de barras nos volumes e coletados no momento da carga. Sendo
-
que neste momento gerada a nota de transferncia para a loja, tudo interligado com
a filial que no momento de recebimento dos produtos, usa um coletor e confronta no
ato as quantidades faturadas e recebidas. Se houver diferena que difcil acontecer
o acerto deve ser feito em 24 horas.
O transporte das mercadorias feito por empresas terceirizadas, que usam
caminhes ba e recebem conforme metros cbicos e a distncia percorrida. A
freqncia do carregamento depende da demanda da loja variando de 2 a 4 vezes por
semana.
A maioria das lojas da empresa possui um depsito separando onde pode ser
descarregado as mercadorias em horrio noturno, ganhando tempo, e menos
despesas em dirias de caminhes. O custo logstico igual ao custo de transporte,
mais custo de armazenagem, mais manuseio, mais custo de obsolescncia, mais
custo de dinheiro. O problema achar aquela combinao de nmeros, que reduza
os custos logsticos a um mnimo (UELZE, 1974).
1.2 METODOLOGIA
Para atingir os objetivos propostos neste trabalho, realizou-se inicialmente uma
pesquisa bibliogrfica em livros, com a finalidade de auxiliar no tema logstica
aplicada no comrcio varejista, e construo do referencial terico que serviu como
embasamento para o estudo de caso na empresa Pernambucanas S.A. filial de Unio
da Vitria.
1.3 EMBASAMENTO TERICO
Durante a dcada de 90, a logstica, no Brasil, passou por extraordinrias
mudanas. Pode-se mesmo afirmar que passamos por um processo revolucionrio,
tanto em termos das prticas empresariais, quanto da eficincia, qualidade e
disponibilidade da infra-estrutura de transportes e comunicaes, elementos
fundamentais para a existncia de uma logstica moderna (FLEURY, WANK,
FIGUEIREDO, 2000).
O conceito de logstica empresarial bastante recente no Brasil. O processo de
difuso teve incio, de forma ainda tmida, nos primeiros anos da dcada de 90, com o
-
processo de abertura comercial, mas se acelerou a partir de 1994, com a
estabilizao econmica propiciada pelo Plano Real.
O ambiente altamente inflacionrio que caracterizou o pas por cerca de duas
dcadas, combinado com uma economia fechada e com baixo nvel de competio,
levou as empresas a negligenciarem o processo logstico dentro das cadeias de
suprimento, gerando um atraso de pelo menos 10 anos em relao s melhores
prticas internacionais.
2 DISTRIBUIO FSICA
Segundo Severo Filho (2002, p. 290), a agilidade em colocar produtos no
mercado um fator vital para o aumento das vendas, a principal diferena de tempo
entre a sua entrada no mercado e a de seu concorrente, se puder entrar primeiro,
provvel que consiga mais pedidos e maior participao no mercado. Colocar
produtos mais rapidamente no mercado pode oferecer vantagens de custo para sua
organizao. Isto porque alcanar uma disponibilidade mais rpida para o cliente, se
as empresas reduzirem o nmero de vezes que o produto manuseado e geralmente
resulta em uma significativa reduo no inventrio. Isto no apenas reduz o tempo do
ciclo, mas tambm os custos.
2.1 NATUREZA DA DISTRIBUIO FSICA
A distribuio fsica preocupa-se principalmente com bens acabados ou semi-
acabados, ou seja, com mercadorias que a companhia oferece para vender e que no
planeja executar processamentos posteriores. Desde o instante em que a produo
finalizada at o momento no qual o comprador toma posse dela, as mercadorias so
responsabilidade da logstica, que deve mant-las no depsito da fbrica e transporta-
las at depsitos locais ou diretamente ao cliente. O profissional de logstica deve
preocupar-se em garantir a disponibilidade dos produtos requeridos pelos clientes
medida que eles desejam e se isto pode ser feito a um custo razovel.
-
2.2 RAZES BSICAS PARA ESPAO FSICO
Segundo Rodrigues (2000, p. 35), no Brasil, a distribuio fsica feita
preferencialmente durante o dia, congestionando as principais artrias das cidades,
aumentando os ndices de poluio, produzindo um desempenho medocre e
acelerando o desgaste das frotas. Ao contrrio, nas grandes metrpoles dos pases
mais desenvolvidos, a distribuio fsica feita durante a noite, melhorando o
desempenho das frotas de caminhes, reduzindo o custo com manuteno e
desafogando o fluxo virio no perodo do dia.
A logstica consiste em fazer chegar a quantidade certa das mercadorias certas ao ponto certo, no tempo certo, nas condies e ao mnimo custo; a logstica constitui-se num sistema global, formado pelo inter-relacionamento dos diversos segmentos ou setores que a compem. Compreende a embalagem e a armazenagem, o manuseio, a movimentao e o transporte de um modo geral, a estocagem em trnsito e todo o transporte necessrio, a recepo, o acondicionamento e a manipulao final, isto , at o local de utilizao do produto pelo cliente (MOURA, 1998: 51).
2.3 FUNES DE ARMAZENAGEM
Mercadorias geralmente no so produzidas no local onde so consumidas.
Para vencer a distncia entre produtores e consumidores, os produtos devem ser
transportados e estocados em depsitos. Para manter sua eficincia, este processo
de movimentao e armazenagem depende de manusear o produto diversas vezes
ao longo do fluxo fsico. O manuseio tambm incrementa o risco de dano ou perda do
produto. Apesar de manuseio e acondicionamento significarem apenas itens de custo
para a maior parte das firmas, podem ser despesas que, no final das contas,
contribuem para diminuir o custo total da movimentao das mercadorias.
O correto gerenciamento do manuseio e armazenagem essencial. Produtos
entregues com danos ou em volumes de difcil manuseio contribuem negativamente
par a satisfao do cliente e, portanto, para que ele volte a comprar. Alm disso, o
custo destas atividades elevado. Apenas o acondicionamento sozinho pode
absorver aproximadamente 12% das despesas em logstica (BALLOU, 1993).
2.4 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS
-
Uma das principais caractersticas da Logstica moderna sua crescente
complexidade operacional. Aumento da variedade de produtos, entregas mais
freqentes, menores tempos de atendimento, menor tolerncia a erros de separao
de pedidos e presses para reduo dos nveis de estoque so alguns dos principais
drivers da complexidade. Uma das conseqncias desse fenmeno que alguns
componentes do custo logstico, at ento pouco significativos, como por exemplo o
de armazenagem, passam a ter uma participao importante. Tudo isso tem
empurrado as empresas na direo de um contnuo processo de modernizao, tanto
tecnolgico, quanto gerencial (FERNANDO, WANK, FIGUEIREDO, 2000).
Armazenagem e manuseio de mercadorias so componentes essenciais do conjunto
de atividades logsticas. Os seus custos podem absorver de 12% a 40% das
despesas logsticas da firma.
De acordo com Faria (2003), armazenagem pode ser definida como sendo o
conjunto de atividades para manter fisicamente estoques de forma adequada. Requer
que sejam solucionadas questes referentes localizao, dimensionamento da rea,
arranjo fsico, alocao dos estoques, projetos de docas e configurao dos
armazns, tecnologia de movimentao interna, estocagem e sistemas (CHING,
2006).
No Brasil, torna-se cada vez maior o nmero de projetos de automao na
armazenagem, desde os mais simples, envolvendo apenas sistemas de separao de
pedidos, passando por transelevadores, at os mais sofisticados, em que toda a
operao feita sem nenhuma interveno humana. Alm disso, dezenas de
fornecedores de softwares de gerenciamento de armazns j se encontram no pas,
tendo instalado seus produtos em mais de 400 empresas. Seguimos, portanto, uma
tendncia natural de sofisticao das operaes de armazenagem, tendncia esta j
observada em pases onde o reconhecimento da importncia da logstica para a
competitividade das empresas uma realidade.
3 PERNAMBUCANAS
3.1 INOVAO E PIONEIRISMO QUE CONQUISTARAM O BRASIL
-
A empresa Pernambucanas sempre buscou estar um passo frente da
concorrncia por meio de um poltica Empresarial empreendedora, que proporcionou
grandes inovaes em vrias fases de sua trajetria. Idias que hoje parecem
corriqueiras foram consideradas ousadas em suas respectivas pocas por todo o
pioneirismo. Pode-se citar a versatilidade dos vrios segmentos de produtos (Lar
Txtil, Vesturio e Eletro), a criao do carn de pagamento (credirio) e do carto de
financiamento prprio, a implementao da automao comercial (cdigo de barras),
a aceitao dos mais diversos cartes de crdito do mercado, alm da incluso da
rea de servios financeiros dentro de seu espao de atuao (garantias estendidas e
seguros).
Participao no mercado: lder no setor de Lar Txtil
Cama, Mesa e Banho;
entre os trs maiores vendedores do pas do setor de Vesturio; entre os oito maiores
vendedores do setor de Eletro.
3.2 PANORAMA ATUAL
Com um modelo de negcio diferenciado no Brasil, ancorado em quatro
categorias diferentes
Lar Txtil (cama, mesa, banho, tapetes e cortinas), Vesturio
(feminino, masculino, infanto-juvenil, lingerie, calados e acessrios), Eletro
(eletroeletrnico, eletroporttil, eletrodomstico, telefonia e informtica) e Produtos e
Servios Financeiros (emprstimos, seguros, garantias estendidas, consrcio e plano
de sade e odontolgico) - a Pernambucanas apresenta um conceito de loja completa
para a famlia brasileira.
A empresa formada por mais de 280 lojas, presentes em sete estados
brasileiros. O nmero de funcionrios j ultrapassa a faixa dos 15 mil.
4 CONCLUSO
A Pernambucanas filial de Unio da Vitria, considerada porte de tamanho
mdio pela empresa, possui depsito prprio com estrutura para receber e armazenar
mercadorias conforme sua demanda, a freqncia de recebimento de mercadorias 2
a 4 vezes por semana, aumentando consideravelmente em datas de maior venda, ex:
maio ms das mes, dezembro e perodos de saldo de eletro.
-
A rea de apoio (depsito) est identificada para receber e armazenar as
mercadorias separadas por departamento, seo, linha e sublinha (esse espao pode
ser alterado em perodo sazonais quando a empresa ajusta seus estoques de acordo
com a necessidade).
O descarregamento geralmente noturno e no assistido. Pois a
transportadora (terceirizada) tem acesso a um depsito podendo descarregar a
qualquer hora da noite, ganhando tempo e evitando dirias com o caminho.
As mercadorias de vesturio vem acondicionadas em volumes packs (caixa de
plsticos) na grande maioria j etiquetadas e encabidadas, facilitando seu manuseio
ganhando tempo e diminuindo custos. As mercadorias de eletro vem identificadas o
que estoque e produto de cliente j faturado, facilitando sua separao.
A conferncia do recebimento feito com scanner pois todo volume possui um
cdigo de barras, no momento em que coletado o produto j faz parte do estoque
da filial, pois o sistema est interligado, (central, armazm de distribuio e filial).
Se houver diferena na quantidade de volumes ou quantidade de peas dentro
do volume o acerto dever ser feito em 24 horas aps o recebimento, pois quanto
antes identificado a divergncia mais fcil ser a sua soluo. (Os volumes devem ser
conferidos 100%, as quantidades de peas dentro dos volumes dos departamentos lar
e vesturio, so conferidos por amostragem, ou seja, 10%. E produtos de eletro,
vidros e produtos par (produtos de alto risco) so conferidos 100%). Produtos de alto
risco significa aquele mais visado para furto ex: celulares, cmeras digitais, DVDs,
entre outros.
A empresa tem como seu sistema de giro de estoques o mtodo PEPS
(primeiro que entra, primeiro que sai). Evitando assim que produtos ficam muito tempo
no depsito gerando custo de estoque e depreciao do produto. Cada linha de
mercadoria tem uma mdia ideal de dias em estoque, mas no geral as mercadorias
devem ser vendidas em at 60 dias, que o prazo mdio para pagar o fornecedor,
lembrando que se conta a partir da data em que foi efetuada a compra. Isso exige
uma sinergia muito grande entre departamentos de compras, centro de distribuio e
loja, para fazer com que o produto chegue com qualidade e o mais rpido possvel no
salo de vendas.
O inventrio geral de estoque feito em mdia uma vez por ano, em algumas
sees, principalmente no eletro, a cada dois ou trs meses, assim o departamento
-
de compras tem o estoque fsico mais prximo ao contbil, facilitando na hora da
distribuio ou compra de novos produtos.
A falta de produtos no inventrio ocorre por diversos fatores, furto de clientes
internos e externos, erro operacional no caixa, falha na conferncia do recebimento
dos produtos.
REFERNCIAS
FLEURY, P. F.; WANKE , P.; FIGUEIREDO, K. F.; Logstica Empresarial: Atlas
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UELZE R., Logstica Empresarial, Uma Introduo Administrao dos Transportes:
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BALLOU, R. H., Logstica Empresarial: Atlas
So Paulo
1993.
-
DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL: DESENVOLVIMENTO ECONMICO
ALIADO AO USO CONSCIENTE DOS RECURSOS NATURAIS
AUTORA: MARCILI VEZARO
ORIENTADORA: SUELY TEREZINHA MARTINI
RESUMO
A insero do meio ambiente no escopo da economia deu-se mais intensamente h duas ou trs dcadas passadas. Com o crescimento econmico e o crescimento populacional houve uma grande degradao do meio ambiente. O presente trabalho foi desenvolvimento por meio de pesquisas bibliogrficas e estudos descritivos, com objetivo de evidenciar os impactos causados pelo crescimento econmico no meio ambiente. Nas indstrias os recursos naturais so transformados em matria-prima e energia, crescendo com isso, a degradao ambiental e no final do processo alm do produto, tm-se os rejeitos industriais. As empresas esto buscando inovaes tecnolgicas com o intuito de que os insumos sejam utilizados de maneira mais produtiva, reduzindo os custos e compensando os gastos com investimento ambientais. Alm das inovaes tecnolgicas, os empresrios esto implantando em suas empresas programas de reciclagem e outras medidas para poupar energia. O desenvolvimento sustentvel surge como condio de sobrevivncia para as prximas geraes, conciliando o crescimento com desenvolvimento econmico, pois no importa somente a quantidade de produtos e servios, mas a qualidade neles embutidos. Diante desse contexto, este estudo visa analisar quais as prticas e aes que algumas empresas, vm desenvolvendo para melhorar a qualidade dos produtos e servios, minimizando os impactos sobre o meio ambiente e conquistando o reconhecimento de seus clientes como uma empresa sustentvel ou ambientalmente responsvel.
Palavras-chave: Meio ambiente. Crescimento. Desenvolvimento. Sustentabilidade.
1 INTRODUO
A economia de mercad