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RELATÓRIO FINAL
Projeto “Rastreios em Saúde”
Setembro
2018
2
3
Índice
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 5
TRABALHO DE CAMPO .................................................................................................................. 6
RESULTADOS ............................................................................................................................... 11
Rastreios Auditivos .................................................................................................................. 11
Rastreios Visuais ...................................................................................................................... 15
Taxas ....................................................................................................................................... 20
CONCLUSÕES ............................................................................................................................... 22
4
5
INTRODUÇÃO
O projeto “Rastreios em Saúde” proposto pela Misericórdia da Mealhada e
protocolado com a Câmara Municipal e Juntas de Freguesia da Mealhada em 25 de
maio de 2017, no âmbito dos rastreios auditivos e visuais às crianças do concelho da
Mealhada, em idade pré-escolar e escolar (1º ciclo), teve o seu início efetivo em julho
de 2017 e término em junho de 2018.
Inicialmente, decorreu todo o trabalho inerente a aspetos organizativos, de
planificação e consolidação da estratégia de implementação do Projeto.
Relativamente à área pública, que representa maior expressão em número de
escolas e obviamente crianças, o trabalho decorreu em conjunto com a equipa
responsável pelo sector de educação da Câmara Municipal da Mealhada, o Sr. Vice-
Presidente Prof. Guilherme Duarte e a Dra. Susana Oliveira. Na área não pública todo o
trabalho se processou junto das Direções das respetivas instituições.
Foram balizados os períodos do dia durante os quais poderiam ocorrer os
rastreios e apresentada a calendarização para as visitas aos jardins-de-infância e
escolas básicas, assim como encontros com os respectivos coordenadores.
Referenciou-se também a equipa de técnicos das áreas da visão e audição a
afectar aos rastreios e reafirmaram-se os modos de procedimento:
- Elaboração imediata de relatório com a informação do rastreio para ser
entregue aos pais ou ao encarregado de educação;
- Aconselhamento do encaminhamento para consulta no médico de família em
situação de patologia suspeita ou encontrada;
- Apresentados os modelos de consentimento informado;
- Apresentados os meios a utilizar no trabalho, nomeadamente a Unidade
Móvel de Saúde e os equipamentos para os rastreios auditivos e visuais, bem
como os parâmetros que poderiam identificar.
6
Seguidamente e numa primeira fase realizaram-se reuniões de início de ano
letivo com professores coordenadores e encarregados de educação para apresentação
do Projeto e entrega dos consentimentos informados.
Numa segunda fase realizaram-se as visitas às escolas e jardins de infância para
seleção do espaço físico para a realização dos exames e programação da data de
realização dos mesmos, conforme as disponibilidades das instituições, de modo a
causar o impacto mínimo nos tempos letivos das crianças.
Entre janeiro e maio decorreu o trabalho de campo.
Os rastreios auditivos tinham como principal objetivo identificar potenciais
problemas numa fase precoce, como a obstrução do canal auditivo, alterações do
ouvido médio ou perda auditiva, perspetivando uma intervenção terapêutica
atempada e a redução de eventuais consequências nefastas.
Os rastreios visuais permitiam o despiste de alterações no órgão da visão,
nomeadamente ambliopias nas crianças antes dos 6 anos de idade e de erros de
refração nas crianças com idade superior a 6 anos.
TRABALHO DE CAMPO
A Unidade Móvel de Saúde do Hospital Misericórdia da Mealhada transportou
os técnicos e os equipamentos necessários à realização dos rastreios, aos respetivos
locais agendados. Contudo e dada a disponibilidade e cedência das escolas e jardins-
de-infância, de salas para a realização dos exames, não houve necessidade de deslocar
as crianças para o exterior das instalações escolares.
Em termos de organização, os rastreios auditivos decorreram no período da
manhã e os rastreios visuais, no período da tarde, com a imprescindível colaboração
dos professores e educadores.
7
A média de crianças avaliada por dia, nos rastreios visuais e auditivos nos
respetivos meses, foi a seguinte:
Em: Visual Auditivo
janeiro 34 34
fevereiro 29 28
março 34 34
abril 27 34
maio 9 6
Gráfico 1 – Média do número de crianças avaliadas por dia
Através da leitura do gráfico nº 1, é possível observar que quer os rastreios auditivos,
quer os visuais apresentaram uma média comum no mês de janeiro, apresentando um
ligeiro declínio no mês de fevereiro, considerando que se trata de um mês mais curto.
No entanto, nos dois meses seguintes ocorreu um ligeiro aumento nos rastreios visuais
e um acentuado declínio no mês de maio, correspondendo este último, à fase final do
projeto. Por sua vez, os rastreios auditivos, apesar do seu aumento no mês de março,
apresentam um declínio significativo quer no mês de abril, quer no mês de maio,
sendo de considerar que neste âmbito apenas estão abrangidas crianças com idade
34,3
27,5
34,2
26,8
6,0
34,3 29,3 33,6
34,1
9,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
jan fev mar abr mai
Média do número de crianças avaliadas/dia
Auditivos
Visuais
8
superior a 3 anos. Assim, é possível afirmar-se que a incidência do número de crianças
observadas por dia foi mais acentuada nos rastreios visuais.
Gráfico 2 – Número de crianças avaliadas por instituição
De acordo com o gráfico nº 2 é possível determinar o número de crianças
avaliadas nas diversas instituições, e segundo o seu nível de escolaridade. Assim:
a. EB Antes: 9 crianças do 1º ano; 9 crianças do 2º ano; 3 crianças do 3º ano; 14 crianças do 4º ano;
0
50
100
150
200
250
9 10 921
40 409
209
19
5938
3
18
10
17
47
38
14
17
10
22
61
47
14 7 9
155
25 15
88
40 37 34 3111
81
Número de crianças avaliadas/instituição
Pré-escolar
4º
3º
2º
1º
9
b. EB Barcouço: 10 crianças do 1º ano; 18 crianças do 2º ano; 20 crianças do 3º ano; 17 crianças do 4º ano;
c. EB Casal Comba: 9 crianças do 1º ano; 10 crianças do 2º ano; 9 crianças do 3º ano; 10 crianças do 4º ano;
d. EB Luso: 21 crianças do 1º ano; 17 crianças do 2º ano; 19 crianças do 3º ano; 22 crianças do 4º ano;
e. EB Mealhada: 40 crianças do 1º ano; 47 crianças do 2º ano; 59 crianças do 3º ano; 61 crianças do 4º ano;
f. EB Pampilhosa: 40 crianças do 1º ano; 38 crianças do 2º ano; 38 crianças do 3º ano; 47 crianças do 4º ano;
g. JI Antes: 14 crianças no pré-escolar; h. JI Canedo: 7 crianças no pré-escolar; i. JI Carqueijo: 9 crianças no pré-escolar; j. JI Casa da Criança da Mealhada: 155 crianças no pré-escolar; k. JI Casa da Criança do Luso: 25 crianças no pré-escolar; l. JI Casal Comba: 15 crianças no pré-escolar; m. JI Centro de Assistência Paroquial: 88 crianças no pré-escolar; n. JI Dra. Odete Isabel: 40 crianças no pré-escolar; o. JI Luso: 37 crianças no pré-escolar; p. JI Mealhada: 34 crianças no pré-escolar; q. JI Pampilhosa: 31 crianças no pré-escolar; r. JI Quinta do Valongo: 11 crianças no pré-escolar; s. JI Santana: 81 crianças no pré-escolar;
129; 11%
154; 14%
133; 12%
171; 15%
547; 48%
Número de crianças avaliadas/ano escolar
1º
2º
3º
4º
Pré-escolar
Gráfico 3 – Número de crianças avaliadas por ano escolar
10
Para além das crianças avaliadas por instituição, considerou-se pertinente
analisar ainda o número de crianças avaliadas por ano escolar. Desse modo, e através
do gráfico nº 3 verifica-se que do 1º ano foram avaliadas 129 crianças (11% da
população), do 2º ano foram avaliadas 154 crianças (14% da população), do 3º ano
foram avaliadas 133 crianças (12% da população) e do 4º ano foram avaliadas 171
crianças (15% da população). Por fim, pode-se constatar que a maior incidência de
crianças avaliadas foram as do pré-escolar: 547 crianças (48% da população).
Durante o decorrer do projeto, existiram crianças que foram avaliadas e outras
que não tiveram oportunidade de o serem, uma vez que ou não se encontravam
presentes na instituição, por motivos de doença ou outros, ou porque os encarregados
de educação não assinaram o consentimento, tendo sido referenciado que algumas
crianças com problemas diagnosticados já se encontravam a ser clinicamente
acompanhadas e como tal, sem necessidade de realizarem o rastreio. Assim, dos
rastreios auditivos, atesta-se que foram avaliadas 952 crianças e ficaram por avaliar 26
crianças, perfazendo um total de 978 crianças propostas para a avaliação nos rastreios
auditivos, tendo sido avaliadas 97,3% das crianças propostas.
Nos rastreios visuais, constata-se que foram avaliadas 1110 crianças, tendo
ficado por avaliar 24 crianças, perfazendo assim um total de 1134 crianças propostas
0
500
1000
1500
952
1110
26
24
Número de crianças avaliadas versus não avaliadas
Auditivosavaliados
Visuaisavaliados
Auditivos nãoavaliados
Visuais nãoavaliados
Gráfico 4 – Número de crianças avaliadas versus não avaliadas
11
para a avaliação nos rastreios visuais, ou seja, foram avaliadas 97,9% das crianças
propostas.
RESULTADOS
Rastreios Auditivos
Na legenda do gráfico acima, importa referir que a designação “falha” significa
a existência efetiva de problemas auditivos e a designação “duvidoso” significa que os
resultados obtidos da avaliação efetuada são duvidosos e neste sentido, decidiu
enquadrar-se as crianças com este resultado, nas crianças com potenciais problemas.
O gráfico nº5 apresenta os dados estatísticos relativos aos problemas auditivos
identificados por dia, durante o período correspondente ao projeto. Em janeiro, o
número total de crianças avaliadas com problemas foi 10. Conforme o gráfico, verifica-
se que foi identificada neste mês, uma criança com resultado duvidoso, no dia 30. No
mês de fevereiro, foram identificadas 15 crianças com problemas auditivos.
Relativamente ao mês de março foram identificadas 16 crianças. No mês de abril
foram identificadas 5 crianças com problemas auditivos.
0
1
2
3
4
5
6
23/j
an
25/j
an
29/j
an
30/j
an
01/f
ev
05/f
ev
06/f
ev
08/f
ev
15/f
ev
19/f
ev
20/f
ev
22/f
ev
27/f
ev
01/m
ar
05/m
ar
06/m
ar
12/m
ar
13/m
ar
15/m
ar
19/m
ar
20/m
ar
09/a
br
16/a
br
17/a
br
23/a
br
jan fev mar abr
Crianças com problemas auditivos identificados/dia
Duvidoso
Falha
Gráfico 5 – Crianças com problemas auditivos identificados por dia
12
Em termos globais foram identificadas 45 crianças com problemas auditivos, e
1 criança com resultado duvidoso. Com efeito, em média identificaram-se duas
crianças por dia, com problemas auditivos.
Em relação à população, conforme se verifica na tabela, das 370 crianças
avaliadas no Pré-Escolar, 355 não apresentavam alterações ao nível auditivo, e 15
tinham problemas auditivos. No 1º ano, das 127 crianças, 121 não foram identificadas
com problemas e apenas 6 sofriam de alterações auditivas. No 2º ano, das 153
crianças, 140 não tinham problemas auditivos e 13 sofriam de alterações. No 3º ano,
das 132 crianças avaliadas, 126 não apresentam alterações auditivas e 6 foram
identificadas com problemas. Por último, no 4º ano das 170 crianças, 164 não sofriam
de alterações auditivas e 6 foram identificadas com problemas auditivos.
Do total de crianças com problemas auditivos, 32,6% são do pré-escolar, 28,3%
frequentam o 2º ano e os restantes anos, têm uma expressão de 13%, respetivamente.
Em termos globais, das 952 crianças que fizeram rastreio auditivo, 906 não
apresentavam alterações auditivas e 46 foram identificadas com problemas auditivos.
Tabela 1 – Caracterização da amostra em relação aos problemas auditivos
Caracterização da amostra, em relação aos problemas auditivos, calculado a partir do teste Qui-Quadrado
13
Das crianças identificadas com problemas auditivos, obteve-se os seguintes
resultados por instituição:
a) Alterações do ouvido médio: 1 criança na EB Mealhada;
As alterações do ouvido médio correspondem em 100%, à EB da Mealhada.
b) Cerúmen Obliterante: 9 crianças na EB Mealhada; 2 crianças na EB Barcouço; 2
crianças na EB Luso; 2 crianças na EB Pampilhosa; 2 crianças no JI Casa da
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Alterações do ouvidomédio
Cerúmen Obliterante Perda auditiva
Número de crianças com problemas auditivos/InstituiçãoEB Antes
EB Barcouço
EB Casal Comba
EB Luso
EB Mealhada
EB Pampilhosa
JI Antes
JI Casa da Criança daMealhada
JI Casa da Criança doLuso
JI Centro de AssistênciaParoquial daPampilhosaJI Dra Odete Isabel
JI Luso
JI Mealhada
JI Pampilhosa
Gráfico 6 – Número de crianças com problemas auditivos por Instituição
14
Criança do Luso; 1 criança na EB Casal Comba; 1 criança no JI Luso, 1 criança no
JI Mealhada, 1 criança no JI Pampilhosa e 1 criança no JI Santana.
Relativamente ao cerúmen obliterante, na EB Mealhada corresponde a 40%; na
EB Barcouço, EB Pampilhosa, JI Casa da Criança do Luso e EB Luso corresponde
a 9,1%; na EB Casal Comba, JI Luso, JI Mealhada, JI Pampilhosa e JI Santana
corresponde a 4,54%.
c) Perda Auditiva: 4 crianças na EB Pampilhosa; 3 crianças na EB Barcouço; 3
crianças na EB Mealhada; 2 crianças na EB Antes; 2 crianças no JI Centro de
Assistência Paroquial da Pampilhosa; 2 crianças no JI Dra. Odete Isabel e 2
crianças no JI Mealhada; 2 crianças na EB Luso; 1 criança no JI Antes e 1 criança
no JI Casa da Criança da Mealhada.
A perda auditiva corresponde a 18,2% na EB Pampilhosa; 13,6% na EB Barcouço
e EB Mealhada; 9,1% na EB Antes, JI Centro de Assistência Paroquial, JI Dra.
Odete Isabel, JI Mealhada e EB Luso, e finalmente 4,54% na JI Antes e JI Casa da
Criança da Mealhada.
Das crianças com problemas auditivos, identificaram-se três tipos de
problemas: alterações do ouvido médio, cerúmen obliterante e perda auditiva.
Das 45 crianças avaliadas com problemas auditivos (excluiu-se a criança que
entra no grupo dos duvidosos e não tem o problema identificado), constata-se que
existem crianças com problemas simultâneos: 6 crianças que têm cerúmen obliterante
e perda auditiva; 1 criança que sofre de perda auditiva e tem alterações do ouvido
Tabela 2 – Problemas auditivos
15
0
2
4
6
8
10
12
14
16
23/j
an
25/j
an
29/j
an
30/j
an
01/f
ev
05/f
ev
06/f
ev
08/f
ev
15/f
ev
19/f
ev
20/f
ev
22/f
ev
27/f
ev
01/m
ar
05/m
ar
06/m
ar
08/m
ar
12/m
ar
15/m
ar
19/m
ar
20/m
ar
09/a
br
12/a
br
16/a
br
17/a
br
19/a
br
23/a
br
24/a
br
26/a
br
03/m
ai
08/m
ai
17/m
ai
Crianças com problemas visuais identificados/dia
Duvidoso
Falha
médio. Foram ainda identificadas 17 crianças com cerúmen obliterante e 21 crianças
que sofrem de perda auditiva.
Rastreios Visuais
Gráfico 7 – Crianças com problemas visuais identificados por dia
16
O gráfico nº7 evidencia as crianças identificadas por dia, com problemas
visuais. Importa referir que a designação “falha” significa a existência efetiva de
problemas visuais e a designação “duvidoso” significa que os resultados obtidos da
avaliação efetuada são duvidosos e neste sentido, decidiu enquadrar-se as crianças
com este resultado, nas crianças com potenciais problemas. No mês de janeiro
foram identificadas 35 crianças com problemas visuais, tendo 14 apresentado
resultado duvidoso. No mês de fevereiro, foram identificadas 61 crianças com
problemas visuais, em que 40 foram avaliados como sendo casos duvidosos. No mês
de março, foram avaliadas 56 crianças com problemas visuais, sendo que 34 crianças
apresentavam resultado duvidoso. No mês de abril, foram identificadas 66 crianças
com problemas visuais, sendo que 21 crianças apresentavam resultado duvidoso. No
mês de maio, foram identificadas 6 crianças com problemas visuais, sendo que 3
crianças apresentavam resultado duvidoso.
No âmbito dos rastreios visuais totalizam-se 224 crianças com problemas
visuais, e por dia, em média identificaram-se 7 crianças.
Através da análise da tabela, verifica-se que das 531 crianças do Pré-Escolar,
422 crianças não apresentavam alterações e 109 sofriam de alterações visuais. No 1º
ano, das 128 crianças, 99 não sofriam alterações visuais e 29 apresentavam problemas.
No 2º ano, das 153 crianças, 124 não foram identificadas com problemas e 29 foram
avaliadas com problemas visuais. No 3º ano, das 131 crianças, 102 não apresentavam
Tabela 3 – Caracterização da amostra em relação aos problemas visuais
Caracterização da amostra, em relação aos problemas visuais, calculado a partir do teste Qui-Quadrado
17
alterações e 29 foram identificadas com alterações visuais. No 4º ano, das 167
crianças, 139 não apresentavam alterações ao nível visual e 28 foram identificadas
com problemas visuais.
Das 1110 crianças que realizaram o rastreio visual, 886 não sofriam de
alterações visuais e 224 foram identificadas com problemas visuais.
Das crianças identificadas com problemas visuais, obteve-se os seguintes resultados
por instituição:
2
4
1
4
12
3
11
33
22
4
14
23
20
11
211 1
2
9
1
11
1
4
1 12
1
10
21
6
21
10
1
6
12
1 12 2
3
13
1
6
1
0
5
10
15
20
25
Anisometropia Astigmatismo Estrabismo Hipermetropia Miopia
Número de crianças com problemas visuais/instituição
EB Antes EB Barcouço
EB Casal Comba EB Luso
EB Mealhada EB Pampilhosa
JI Canedo JI Carqueijo
JI Casa da Criança da Mealhada JI Casa da Criança do Luso
JI Casal Comba JI Centro de Assistência Paroquial da Pampilhosa
JI Dra Odete Isabel JI Luso
JI Mealhada JI Pampilhosa
JI Quinta do Valongo JI Santana
Gráfico 8 – Número de crianças com problemas visuais por instituição
18
a) Anisometropia: 3 crianças na EB Mealhada, EB Pampilhosa e JI Santana; 2
crianças na EB Antes e JI Casa da Criança da Mealhada; 1 criança na EB
Barcouço e JI Casa da Criança do Luso.
A anisometropia corresponde a 20% na EB Mealhada, EB Pampilhosa e JI
Santana; 13,3% na EB Antes, JI Casa da Criança da Mealhada e 6,7% na EB
Barcouço, JI Casa da Criança do Luso.
b) Astigmatismo: 22 crianças na EB Pampilhosa; 13 crianças no JI Santana; 11
crianças na EB Luso; 10 crianças no JI Centro de Assistência Paroquial da
Pampilhosa e JI Luso; 9 crianças no JI Casa da Criança Mealhada; 6 crianças no JI
Dra. Odete Isabel e JI Mealhada; 4 crianças na EB Barcouço e JI Casa da Criança
do Luso; 2 crianças na EB Casal Comba, JI Casal Comba, JI Pampilhosa e JI
Quinta do Valongo; 1 criança no JI Canedo e JI Carqueijo.
O astigmatismo corresponde a 20,9% na EB Pampilhosa; 12,4% no JI Santana;
10,5% na EB Luso; 9,5% no JI Centro de Assistência Paroquial da Pampilhosa e JI
Luso; 8,6% no JI Casa da Criança da Mealhada; 5,7% no JI Dra. Odete Isabel e JI
Mealhada; 3,8% na EB Barcouço e JI Casa da Criança do Luso; 1,9% na EB Casal
Comba, JI Casal Comba, no JI Pampilhosa e JI Quinta do Valongo e 0,9% no JI
Canedo e JI Carqueijo.
c) Estrabismo: 4 crianças na EB Mealhada, na EB Antes; 2 crianças no JI Quinta do
Valongo; 1 criança na EB Barcouço, JI Casa da Criança da Mealhada, JI Casa da
Criança do Luso, JI Pampilhosa, JI Santana.
O estrabismo corresponde a 26,7% na EB Mealhada e EB Antes; 13,3% no JI
Quinta do Valongo e 6,7% na EB Barcouço, JI Casal da Criança da Mealhada, JI
Casa da Criança do Luso, JI Pampilhosa e JI Santana.
d) Hipermetropia: 14 crianças na EB Mealhada; 11 crianças na EB Pampilhosa, no
JI Casa da Criança da Mealhada; 6 crianças no JI Santana; 4 crianças na EB
Antes; 3 crianças na EB Casal Comba; 2 crianças no JI Centro de Assistência
19
Paroquial da Pampilhosa, no JI Dra. Odete Isabel; 1 criança no JI Carqueijo, no JI
Casa da Criança do Luso, no JI Casal Comba, no JI Luso, no JI Pampilhosa.
A hipermetropia corresponde a 24,13% na EB Mealhada; 18,9% na EB
Pampilhosa e JI Casa da Criança da Mealhada; 10,34% no JI Santana; 6,89% na
EB Antes; 5,17% na EB Casal Comba; 3,4% JI Centro de Assistência Paroquial da
Pampilhosa e JI Dra. Odete Isabel e 1,72% no JI Carqueijo, JI Casa da Criança do
Luso, JI Casal Comba, JI Luso e JI Pampilhosa.
e) Miopia: 3 crianças na EB Luso; 2 crianças na EB Mealhada, na EB Pampilhosa; 1
criança no JI Centro de Assistência Paroquial da Pampilhosa, no JI Dra. Odete
Isabel, no JI Mealhada, no JI Santana.
A miopia corresponde a 25% na EB Luso; 16,7% na EB Mealhada e EB
Pampilhosa e 8,3% no JI Centro de Assistência Paroquial da Pampilhoa, JI Dra.
Odete Isabel, JI Mealhada e JI Santana.
Das crianças com problemas visuais, identificaram-se cinco tipos de problemas,
a saber: anisometropia, astigmatismo, estrabismo, hipermetropia e miopia.
A partir dos dados obtidos, constata-se que das 220 crianças identificadas com
problemas visuais, observam-se crianças com problemas simultâneos:
7 crianças sofrem de anisometropia e astigmatismo;
1 criança apresenta anisometropia e estrabismo;
Tabela 4 – Problemas visuais
20
7 crianças com anisometropia e hipermetropia;
18 crianças sofrem de astigmatismo e hipermetropia;
4 crianças têm astigmatismo e miopia;
2 crianças sofrem de estrabismo e hipermetropia;
Com problemas singulares, verificam-se os seguintes dados:
9 crianças sofrem apenas de anisometropia;
104 crianças apresentam astigmatismo;
9 crianças têm estrabismo;
49 crianças sofrem de hipermetropia;
10 crianças apresentam miopia.
Taxas
Relativamente à prevalência de crianças com problemas, das 952 crianças
avaliadas no rastreio auditivo, 46 crianças foram identificadas com problemas
auditivos, apresentando assim uma taxa de prevalência de 4,8%.
Das 1110 crianças avaliadas no rastreio visual, 224 crianças foram identificadas
com problemas de foro visual, apresentando uma taxa de prevalência de 20,2%.
Taxa de prevalência de problemas
Tabela 5 – Taxa de prevalência de problemas
21
No que concerne à taxa de adesão, conforme se verifica no gráfica acima
referenciado, a taxa de adesão aos rastreios auditivos foi de 97,3% e a taxa de adesão
aos rastreios visuais foi de 97,9%. Constata-se assim que os rastreios visuais tiveram
uma taxa de adesão superior pouco significativa comparativamente com os rastreios
auditivos.
Taxa de adesão às consultas
No início do próximo ano procuraremos obter informações de retorno junto
dos pais das crianças com alterações auditivas e /ou visuais, nomeadamente as
orientações do médico de família e eventuais resultados consequentes das consultas
de especialidade efetuadas.
97,3
97,9
97,0
97,1
97,2
97,3
97,4
97,5
97,6
97,7
97,8
97,9
98,0
Total Geral
22
CONCLUSÕES
O Hospital Misericórdia da Mealhada atingiu globalmente os objetivos a que se
propôs, quando apresentou o Projeto dos Rastreios em Saúde à edilidade.
A principal meta do Projeto, que se prendia com a sensibilização da população
para os problemas auditivos e visuais das crianças em idade pré-escolar e escolar
(1ºciclo), foi bem-sucedida, aspeto que se reflete nas elevadas taxas de adesão aos
rastreios: 97.3% para os rastreios auditivos e 97.9% para os rastreios visuais.
No âmbito dos rastreios auditivos foram avaliadas 952 crianças, tendo sido
identificados, em 46 crianças, problemas auditivos. Apesar de ser no período pré-
escolar que se encontra um maior número de crianças com problemas auditivos,
institucionalmente, na Escola Básica da Mealhada a sua expressividade numérica é
superior, contando com 13 crianças identificadas com problemas auditivos de diversas
ordens.
No que se refere aos rastreios visuais, das 1110 crianças avaliadas, 224 foram
identificadas com problemas do foro oftalmológico. No período pré-escolar constata-
se existir o maior número de crianças com problemas visuais. Em termos institucionais
é na Escola Básica da Pampilhosa que se encontram mais crianças com problemas
visuais: 38.
De acordo com os resultados obtidos, no concelho da Mealhada, na população
em fase de pré-escolar e primeiro ciclo, os problemas auditivos têm uma prevalência
de 4,8% e os problemas visuais apresentam uma prevalência de 20,2%. Considerando a
prevalência dos problemas referidos e a necessidade de acompanhamento médico, a
taxa de adesão a consulta (no HMM) é baixa (8,5% das crianças com problemas
visuais).
A promoção e preservação da saúde, bem como a prevenção da doença
utilizando como recurso os rastreios, constitui uma estratégia por norma bem-
sucedida, ao permitir o controlo de fatores de risco, o diagnóstico e intervenção
precoce e consequentemente a melhoria dos resultados em saúde da população.
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A aposta nos rastreios desta índole, detém em si, um potencial de redução do
insucesso escolar das crianças, pela viabilização de uma intervenção atempada, num
estadio inicial da doença.
Um concelho que investe na saúde da sua população, investe na manutenção
e/ou aumento da produtividade dos seus ativos, na redução do absentismo, na
qualidade de vida e bem-estar dos munícipes.
Considerando as premissas referidas anteriormente, a continuidade deste
investimento e o seu alargamento, quer de âmbito populacional, quer de âmbito de
áreas de saúde a rastrear (doenças respiratórias, doenças venosas, saúde mental) é o
repto que o Hospital Misericórdia da Mealhada lança à Câmara Municipal da
Mealhada, enquanto entidade parceira do protocolo celebrado, na certeza de que as
sinergias criadas beneficiam a população do concelho.
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