wolton - internet e depois?

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Breve resenha e apresentação dos conceitos do livros Internet e Depois?

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TEORIA SOCIAL E DA COMUNICAÇÃOTEORIA SOCIAL E DA COMUNICAÇÃO

Profa. Dra. Kelly PrudêncioProfa. Dra. Kelly Prudêncio

Aline Gonçalves

Miguel S. Pachioni

BREVE HISTÓRICOBREVE HISTÓRICO

- Dominique Wolton adora a televisão e lamenta ter pouco tempo para assisti-la.

- Embora seja poliglota, expressa-se em françês para “preservar a diversidade cultural”.

- Diz que o Facebook “só disfarça a falta de relações humanas”.

- E que a internet não serve para a constituição de democracia: “só funciona para formar

comunidades e não sociedades”.

Wolton desconstrói a comunicação!

WOLTON QUEM?WOLTON QUEM?

Doutor em sociologia, é considerado um dos grandes

especialistas europeus da atualidade em política e comunicação.

É diretor do Laboratório de Comunicação e Política do CNRS

(Centre National de Recherches Scientifiques) de Paris e da

revista Hermes, especializada em comunicação;

Publicou mais de uma dezena de livros, inclusive analisando a

Rede Globo em um de seus livros mais conhecidos (Elogio do

Grande Público, 1990);

Escreve regularmente, entre outros, para os jornais Le Monde e

Libération.

LINHA DE PENSAMENTOLINHA DE PENSAMENTO

Para Wolton, não existe comunicação em si, pois ela está sempre ligada a um modelo

sociocultural, a uma representação do outro que interage com uma dada coletividade.

A comunicação nunca é um objeto neutro de conhecimento e por meio dela pode existir

domínio, mas não alienação.

Os estudos de comunicação devem considerar, além dos objetos do estudo, os

meios/processos com que tais objetos se relacionam com a sociedade.

A comunicação remete, simultaneamente, a sua dimensão normativa (a partilha como

valor e ideal) e sua dimensão funcional (a difusão e a interação enquanto fatos).

LINHA DE PENSAMENTOLINHA DE PENSAMENTO

Para Wolton, não existe uma teoria da comunicação sem uma teoria da sociedade:

Sociedade

individualista

de massa

Modernidade

Tecnologia

Economia SociedadeComunicação

Indivíduo Massa

LINHA DE PENSAMENTOLINHA DE PENSAMENTO

Embora acredite que cada nova tecnologia comunicativa seja um avanço em relação às

anteriores, Wolton diz que a performance técnica não substitui a reflexão, ela a requer.

Ser a favor ou contra

as tecnologias? Essa

questão retórica deve

ser esclarecida: a

eficiência e o sentido

de um sistema de

comunicação não se

reduzem a sua

performance técnica.

SER OU NÃO SER?

DOMINIQUE WOLTONDOMINIQUE WOLTON

O analista de uma teoria da comunicação:

O CORAÇÃO DA SOCIEDADEO CORAÇÃO DA SOCIEDADE

Para se compreender o papel da comunicação na sociedade, deve-se analisar as

relações (conflituosas) entre suas três características:

- o sistema/dimensão técnica;

- o modelo cultural dominante;

- o projeto que sustenta a organização das relações.

“A dimensão técnica da comunicação suplantou a

dimensão humana e a social”

Eis o motivo para tamanho encanto pela internet!

HISTORICIDADEHISTORICIDADE

Wolton diz que algumas teorias analisam a história da comunicação traçando um

paralelo com as grandes etapas dos avanços tecnológicos e conclui que a mera

revolução das técnicas não provoca uma revolução na estrutura global da sociedade - o

avanço técnico não condiz por si com o progresso da comunicação.

No contexto geral, Wolton situa a comunicação como um dos elementos mais influentes

(e necessários) para a conquista da emancipação individual, das lutas pelas liberdades e

do vivenciar a democracia de massa.

SOCIEDADE DEMOCRÁTICASOCIEDADE DEMOCRÁTICA

Para a consolidação de uma sociedade democrática, Wolton desloca o problema não

para a aproximação dos indivíduos e das coletividades, mas para a administração de

suas diferenças para suportar as dessemelhanças e conseguir coabitar.

Entretanto, com a instrumentalização (perfil técnico) da comunicação, sua performance

sociocultural foi se reduzindo diante ao capital/lucro associado à comunicação - dentre

as três características, a tecnologia é aquela sentida de forma mais rápida, palpável e

com maior potencial de comercialização.

QUESTÕESQUESTÕES

- Existe uma real ruptura entre as mídias

de massa e a internet?

- A inovação das tecnologias está

relacionada com uma mudança cultural

nos modelos individuais e coletivos?

- Existe, por conta desta nova geração

técnica, um projeto de organização da

comunicação e uma outra visão sobre o

seu papel em uma sociedade aberta?

A QUESTÃO DA INTERNETA QUESTÃO DA INTERNET

A questão da internet não é tanto saber como

todo o mundo a utilizará nem o que ela permite

fazer, mas principalmente se existe uma ligação

entre este sistema técnico e uma ruptura de

modelo cultural e social da comunicação.

- Do século XVI ao XVII, a imprensa favoreceu a emergência do modelo individual e a

construção de um espaço público para a expressão e circulação de opiniões;

- Do século XIX ou XX, o telefone, o rádio e a televisão estiveram relacionados com o

triunfo do individualismo e da democracia de massa.

A comunicação no coração da modernidadeA comunicação no coração da modernidade

Uma nova era na comunicação

Wolton afirma que “o grande público das mídias de massa é o equivalente, na ordem da

cultura, ao sufrágio universal na ordem da política” (p.29)

Dois desafios teóricos:

1- restabelecer a ligação entre a teoria da comunicação e a teoria da sociedade (estatuto

do receptor);

2- reavaliar as problemáticas das massas e da maioria.

O grande apelo feito pelo autor é a para que as reflexões estejam mais focadas no

receptor e na problemática da maioria (democracia) do que nas dimensões técnicas.

ANTIGA DESCONFIANÇAANTIGA DESCONFIANÇA

Há uma antiga desconfiança em relação à comunicação, como área de

conhecimento.

Que pode ser analisada a partir de quatro questões:

1- Em escala individual há a percepção que a comunicação não tem sucesso

praticamente nunca.

2- A comunicação em grande escala é sempre identificada como tentativa de

manipulação, provoca medo.

3- As mídias de massa condensam um duplo medo: da manipulação e da maioria.

4- A inversão da problemática com as novas tecnologias (social x técnica).

O autor pontua ainda dez razões para “não querer saber mais” sobre comunicação, entre

elas o mito da onipotência e da manipulação e a dificuldade de análise (complexidade do

tema).

IMAGEM | VIRTUAL X REAL | EUROPAIMAGEM | VIRTUAL X REAL | EUROPA

Tópicos complementares

- O papel da imagem na comunicação de massa, uma vez que ela deve ser analisada

inserida no seu contexto, incluindo a dimensão crítica do receptor (a imagem não deveria

ser investida de onipotência).

-É eminente o perigo da não distinção entre o real e o virtual e a mescla dos dois,

muitas vezes utilizada nos novos meios de comunicação.

-Wolton ainda ressalta que seria necessário acionar o alarme para a Europa,

continente que, segundo ele, estaria apto a convocar e provocar o debate sobre essa

questão.

“Os homens, frente às tecnologias de comunicação, estão, como o coelho branco de Alice no País das Maravilhas, sempre atrasados, sempre com pressa, sempre obrigados a ir mais rápido”(p.31)

EM TEMPO REALEM TEMPO REAL

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