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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - UEFS
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA - DTEC
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
CLEBERSON QUEIROZ DO VALE
ANÁLISE NÃO LINEAR DE SEÇÃO DE CONCRETO ARMADO SUBMETIDA À FLEXÃO OBLÍQUA COMPOSTA
Feira de Santana – BA
2011
CLEBERSON QUEIROZ DO VALE
ANÁLISE NÃO LINEAR DE SEÇÃO DE CONCRETO ARMADO SUBMETIDA À FLEXÃO OBLÍQUA COMPOSTA
Monografia apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso ao Colegiado de Engenharia Civil, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), como uma das etapas para obtenção da graduação de Bacharel em Engenharia Civil.
Orientador: Prof. Dr. José Mário Feitosa Lima
Coorientador - Prof. Dr. Paulo Roberto Lopes Lima
Feira de Santana
2011
FOLHA DE APROVAÇÃO
O presente trabalho de conclusão de curso foi julgado e aprovado como requisito
final para obtenção do título de graduado em Engenharia Civil pela Universidade
Estadual de Feira de Santana, em seção pública realizada em 05/09/2011.
COMISSÃO EXAMINADORA __________________________________________________________________
Prof. Dr José Mário Feitosa Lima (Orientador)
__________________________________________________________________ Prof. Dr. Paulo Roberto Lopes Lima (Coorientador)
__________________________________________________________________ Prof. M.Sc. Hélio Guimarães Aragão
__________________________________________________________________
M.Sc. Jodilson Amorim Carneiro
À Ângela Maria
e Kléber Rogério
AGRADECIMENTOS
A Deus pelas oportunidades que me foram dadas na vida e por ter vivido fases difíceis que serviram de matéria-prima de aprendizado
À minha vó, dona Maricles, que certamente sem ela não estaria aqui hoje redigindo um texto universitário, tornando-a infinitamente de longe a pessoa que mais contribuiu para este feito.
Ao meu tio Sérgio pelos conselhos e por ser a pessoa responsável diretamente pela escolha do meu curso.
Aos meus irmãos Anderson e Cinthia que com muito carinho não mediram esforços para que eu chegasse até essa etapa da minha vida.
Ao meu orientador José Mário Feitosa Lima pela inteligência, dedicação e paciência na orientação, ferramentas valiosas que tornaram possível a conclusão desse trabalho.
À Amanda, carinhosamente apelidada de Amandinha, ao me presentear com tanta doçura a alegria de estar diante de alguém tão especial.
A todos os meus amigos do curso de engenharia civil da UEFS em especial a Danillo, Diego B., Marcelo, Rafael, Luan, Ítalo, Saulo e Beth pelo incentivo e apoio constante.
Aos incontáveis amigos que conquistei na obra, em especial Sandro, Israel, Uillen, Danilo e aos mestres Jason e Tadeu.
Aos amigos do vôlei de João em especial o trio Brito, Junior e Ronaldo e ao meu grande amigo Riccell.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização do trabalho aqui apresentado.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1
1.1 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................................... 4
1.2 OBJETIVO GERAL ..................................................................................................................... 5
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................................... 5
1.4 QUESTÕES DE PESQUISA ....................................................................................................... 5
1.5 METODOLOGIA DE PESQUISA ................................................................................................ 6
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................................... 6
2 EQUAÇÕES GERAIS DA FLEXÃO OBLÍQUA COMPOSTA NO CONCRETO ARMADO ................................................................................................................... 8
2.1 GENERALIDADES ...................................................................................................................... 8
2.2 OCORRÊNCIA ............................................................................................................................ 8
2.3 CLASSIFICAÇÕES DOS PILARES EM EDIFÍCIOS .................................................................. 9 2.3.1 Quanto à posição ................................................................................................................. 9
2.3.1.1 PILARES INTERMEDIÁRIOS .......................................................................................... 9 2.3.1.2 PILARES DE EXTREMIDADE ....................................................................................... 10 2.3.1.3 PILARES DE CANTO .................................................................................................... 10
2.3.2 Momento nos pilares de edifícios ...................................................................................... 10
2.4 HIPÓTESES FUNDAMENTAIS DE CÁLCULO ........................................................................ 11 2.4.1 Solidariedade dos materiais concreto e aço ...................................................................... 11 2.4.2 Manutenção da forma plana da seção transversal (Hipótese de Navier) ......................... 12 2.4.3 Desconsideração da resistência à tração do concreto ...................................................... 12 2.4.4 Hipótese de pequenos deslocamentos ............................................................................. 12
2.5 CONVENÇÕES DE SINAIS ...................................................................................................... 12
2.6 EQUAÇÕES GERAIS DE EQUILÍBRIO ................................................................................... 13
3 FUNDAMENTOS PARA O CÁLCULO NO ESTADO LIMITE ÚLTIMO ............ 15
3.1 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA SEÇÃO TRANSVERSAL ............................................... 15
3.2 HIPÓTESES PARA CÁLCULO NO ESTADO LIMITE ÚLTIMO .............................................. 19 3.2.2 DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO DO CONCRETO OBTIDO EXPERIMENTALMENTE .................................................................................................................. 21 3.2.3 Diagrama tensão-deformação de cálculo do aço .............................................................. 23
3.2.3.1 AÇO CLASSE A ............................................................................................................. 23
3.3 MÉTODO SECANTE DE ITERAÇÃO ....................................................................................... 25 3.3.1 Algoritmo para a flexão composta oblíqua ........................................................................ 30 3.3.2 Discretização da seção (flexão composta plana) .............................................................. 33 3.3.3 Discretização da seção (flexão oblíqua composta) ........................................................... 33
4 ESTUDO DE CASO ........................................................................................... 35
4.1 DIMENSIONAMENTO ............................................................................................................... 35 4.1.1 Esforços Solicitantes ......................................................................................................... 40 4.1.2 Dimensionamento do pilar P5 ............................................................................................ 41 4.1.3 Dimensionamento do pilar P2 ............................................................................................ 45 4.1.4 Dimensionamento do pilar P1 ............................................................................................ 50
5 ANÁLISE NUMÉRICA ....................................................................................... 56
5.1 ANÁLISE DO PILAR P5 – COMPRESSÃO CENTRADA SIMPLES ....................................... 58
5.2 ANÁLISE DO PILAR P2 – FLEXÃO COMPOSTA RETA ........................................................ 64
5.3 ANÁLISE DO PILAR P1 – FLEXÃO OBLÍQUA COMPOSTA ................................................. 72
6 CONCLUSÃO .................................................................................................... 79
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 81
ANEXO A ................................................................................................................. 84
ANEXO B ................................................................................................................. 85
ANEXO C ................................................................................................................ 86
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Posição dos pilares nos edifícios.............................................................................. 9
Figura 2 Deformações num pórtico plano sob ação de cargas verticais ............................... 10
Figura 3 Diagrama de esforços solicitantes em uma barra aporticada ................................. 11
Figura 4 Convenção de sinais .............................................................................................. 13
Figura 5 Caso Geral para Flexão Oblíqua Composta ........................................................... 14
Figura 6 Domínios de deformação ....................................................................................... 15
Figura 7 - Deformação linear de uma peça de concreto armado sub armada (domínio 3) .... 17
Figura 8 - Deformação linear de uma peça de concreto armado super armada (domínio 4) 17
Figura 9 Domínios de deformações divididos em regiões .................................................... 18
Figura 10 Diagrama tensão x deformação de cálculo do concreto ....................................... 20
Figura 11 Tensões de compressão de cálculo no concreto. Diagrama simplificado ............. 21
Figura 12 Curva tensão x deformação do concreto baseada na Equação 3.6 ...................... 22
Figura 13 Diagrama tensão x deformação de cálculo do aço Classe A ................................ 23
Figura 14 Diagrama tensão x deformação do aço Classe A utilizado no programa .............. 24
Figura 15 Seção longitudinal do pilar segundo a direção Z .................................................. 26
Figura 16 Seção longitudinal do pilar segundo a direção Y .................................................. 27
Figura 17 - Módulo de elasticidade secante do concreto (Ec) .............................................. 30
Figura 18 - Módulo de elasticidade secante do aço (Es) ...................................................... 31
Figura 19 - Modelo gráfico de representação do método secante de iteração ...................... 32
Figura 20 - Representação esquemática de uma seção discretizada (flexão composta plana) ............................................................................................................................................. 33
Figura 21 Representação esquemática de uma seção discretizada, .................................... 34
Figura 22 Planta estrutural da edificação com a disposição dos elementos (viga, laje e pilar) ............................................................................................................................................. 35
Figura 23 Perspectiva da edificação..................................................................................... 36
Figura 24 Método das charneiras plásticas .......................................................................... 38
Figura 25 Representação esquemática do modelo de viga contínua (viga V1 e pilares P1-P2-P3) ....................................................................................................................................... 40
Figura 26 Representação esquemática do modelo de viga contínua (viga V5 e pilares P2-P5-P8) ....................................................................................................................................... 40
Figura 27 - Seção transversal do pilar P5 ............................................................................ 42
Figura 28 Parâmetros para calcular o valor de αs de acordo com o arranjo de armadura .... 43
Figura 29 - Detalhamento final do pilar P5 ........................................................................... 44
Figura 30 - Seção transversal do pilar P2 ............................................................................ 45
Figura 31 Situações de projeto e de cálculo para flexão reta composta ............................... 48
Figura 32 - Detalhamento final do pilar P2 ........................................................................... 49
Figura 33 - Seção transversal do pilar P1 ............................................................................ 50
Figura 34 Situações de projeto e de cálculo para flexão oblíqua .......................................... 53
Figura 35 - Detalhamento final do pilar P1 ........................................................................... 55
Figura 36 - Configuração de um pilar excêntrico .................................................................. 56
Figura 37 Modelo adotado para o pilar P5 – Concreto Armado ............................................ 58
Figura 38 - Gráfico Tensão X Deformação – comparação entre os casos 5A e 5B para o elemento 1 de concreto. Fonte: Próprio autor ..................................................................... 60
Figura 39 Análise do Pilar P5 considerando a seção somente de concreto ......................... 60
Figura 40 Número de iteração X Carga aplicada (compressão simples) .............................. 62
Figura 41 Gráfico Tensão X Deformação da Barra 1 ............................................................ 63
Figura 42 Análise do Pilar P2 - 12 camadas de concreto - Caso 5C .................................... 64
Figura 43 - Análise do Pilar P2 - 48 camadas de concreto - Caso 5D .................................. 65
Figura 44 - Análise do Pilar P2 - 808 camadas de concreto - Caso 5E ................................ 66
Figura 45 Gráfico Tensão X Deformação máxima na compressão entre os diferentes níveis de discretização da camada 1. Fonte: Próprio autor ............................................................ 69
Figura 46 Gráfico Tensão X Deformação da barra de aço 1 ................................................ 70
Figura 47 Comparação entre os valores máximos de deformação da NBR 6118:2003 e os encontrados neste trabalho. Fonte: Próprio autor................................................................. 71
Figura 48 - Número de iteração X Carga aplicada (flexão composta plana) ......................... 71
Figura 49 - Análise do Pilar P1 - 25 elementos discretizados - Caso 5F .............................. 72
Figura 50 - Análise do Pilar P1 - 100 elementos discretizados - Caso 5G ............................ 73
Figura 51 Análise do Pilar P1 - 400 elementos discretizados - Caso 5H .............................. 74
Figura 52 - Configuração dos elementos de concreto monitorados pelo programa – caso 5H ............................................................................................................................................. 76
Figura 53 Número de iteração X Carga aplicada (flexão oblíqua composta) ........................ 77
Figura 54 - CargaXTensão de tração da armadura 3 ........................................................... 78
Figura 55 - CargaXTensão de compressão da armadura 2 .................................................. 78
Figura 56 - Ábaco para flexão composta oblíqua ................................................................. 80
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Valores de A e B ................................................................................................... 22
Tabela 2 Resumo das cargas permanente na edificação ..................................................... 39
Tabela 3 Resumo dos esforços solicitantes normais característicos para 02 pavimentos .... 41
Tabela 4 - Valores do coeficiente adicional γn ..................................................................... 41
Tabela 5 Resumo dos esforços solicitantes de serviço para análise .................................... 57
Tabela 7 Análise do pilar P5 - Compressão Simples – Caso 5A .......................................... 59
Tabela 8 Análise do elemento 1 (hachurado) – Caso 5B ...................................................... 61
Tabela 9 Valores de tensão e deformação máximos para o concreto e aço - 12 camadas de concreto – Caso 5C ............................................................................................................. 65
Tabela 10 Valores de tensão e deformação máximos para o concreto e aço p/ 48 camadas de concreto – Caso 5D ........................................................................................................ 66
Tabela 11 Valores de tensão e deformação máximos para o concreto e aço p/ 808 camadas de concreto – Caso 5E ......................................................................................................... 67
Tabela 12 Área e coordenada centroidal Yc do elemento de concreto de máxima tração como função da discretização da seção ............................................................................... 68
Tabela 13 Valores de tensão e deformação para o concreto e aço - 25 elementos discretizados ........................................................................................................................ 73
Tabela 14 Valores de tensão e deformação para o concreto e aço - 100 elementos discretizados ........................................................................................................................ 74
Tabela 15 Valores de tensão e deformação para o concreto e aço - 400 elementos discretizados ........................................................................................................................ 75
Tabela 16 Comparação entre os elementos mais tracionados ............................................. 77
LISTA DE SÍMBOLOS
Ac - área da seção transversal de concreto;
Acc - área comprimida de concreto;
As(i) - área da seção transversal da barra de aço i (igual Asi);
As,máx - taxa de armadura longitudinal máxima;
As,mín - taxa de armadura longitudinal mínima;
As,tot - área total de aço da armadura longitudinal;
Asi - área da seção transversal da barra de aço i;
Asw - área da seção transversal dos estribos;
bw - menor largura da seção, compreendida ao longo da altura útil d, na direção
considerada;
d - altura útil da seção, igual à distância da borda mais comprimida ao centro de
gravidade da armadura mais tracionada ou menos comprimida, na direção
considerada;
d’ - distância do eixo da barra mais distante da borda mais comprimida (superior) da
seção até aborda menos comprimida ou mais tracionada (inferior);
dA- área elementar de concreto comprimido;
e1 - excentricidade total de 1ª ordem (igual a ei + ea);
e2 - excentricidade de 2ª ordem;
ei - excentricidade inicial;
etot - excentricidade total;
Es - módulo de elasticidade do aço;
fcd - resistência de cálculo do concreto igual a fck/ γc;
fck - resistência característica do concreto à compressão;
fyd- resistência de cálculo do aço igual a fyk/ γs;
fyk - resistência característica do aço;
fywd - tensão na armadura transversal passiva;
fywk - resistência ao escoamento do aço da armadura transversal;
Fd - valor de cálculo das ações para combinação última;
hz - dimensões das faces da seção transversal paralelas ao eixo z;
hy - dimensões das faces da seção transversal paralelas ao eixo y;
le- comprimento do pilar;
M - momento fletor;
n - número (quantidade)
ntot - número total de barras de aço longitudinais;
N - esforço normal;
x - profundidade da linha neutra;
zc’ - coordenada zda área elementar de concreto comprimido, em relação ao C.G.
da seção;
zsi - coordenada zda barra de aço i, em relação ao C.G. da seção;
y’- profundidade da fibra ou barra de aço, que se deseja conhecer a deformação ε’;
yc’ - coordenada y da área elementar de concreto comprimido, em relação ao C.G.
da seção;
ysi - coordenada y da barra de aço i, em relação ao C.G. da seção;
Símbolos base
bw - base;
c - do concreto;
d - de cálculo;
i - contador: ação, combinação de carregamento, barra de aço, processo de
verificação ou vérticeda seção transversal;
k - característico;
máx - máximo;
mín - mínimo;
s - do aço;
S - solicitante;
z - direção principal z, paralela à direção de bw;
y - direção principal y, paralela à direção de h;
Letras gregas
α - ângulo de inclinação da L.N. em relação ao eixo x, variando no sentido horário;
βx - profundidade relativa da linha neutra, igual a x/h;
γc - coeficiente de minoração da resistência do concreto;
γs - coeficiente de minoração da resistência do aço;
λ - índice de esbeltez;
ν - força normal adimensional;
ε’ - deformação específica de uma fibra do concreto ou barra de aço;
εc - deformação específica do concreto;
εsd - deformação específica do aço;
σc - tensão do concreto;
σc’ - tensão da área elementar de concreto comprimido;
σcd - resistência de cálculo do concreto usada no E.L.U.;
σsd - valor de cálculo da tensão do aço;
σsd(i) - tensão de cálculo na barra de aço i;
σsi - tensão na barra de aço i;
ω - taxa mecânica;
ψz – rotação na direção de z;
ψy – rotação na direção de y.
RESUMO
Neste trabalho foi desenvolvido um programa que analisa, com ênfase na não
linearidade física do concreto, seções retangulares de concreto armado submetida
aos esforços solicitantes normais, os quais englobam os momentos fletores
(direções Z e Y, no plano transversal da peça) e a força normal (direção X,
longitudinal ao eixo da peça). Nesse ínterim, foram utilizados cálculos que envolvem
quantidades enormes de operações matriciais. O método empregado para a
resolução dessas operações é denominado de método secante de iteração.
Baseado em teorias fundamentais, o método resgata conceitos como tensão normal,
deformação específica, rotação, entre outros. As etapas de dimensionamento dos
pilares quanto à sua posição na edificação será analisada pelo programa
desenvolvido em linguagem Fortran. A análise permite identificar algumas questões
quanto ao rompimento dos elementos submetidos aos diferentes esforços
solicitantes, uma vez que o processo analítico abrange a obtenção das deformações
especificas e consequentemente as tensões normais ao longo da seção transversal
do elemento estrutural. A análise leva em consideração também o estado limite
último de ruptura do concreto e/ou deformação plástica excessiva do aço, com a
determinação da resistência da seção, levando-se em conta a não linearidade física
do concreto e o comportamento elasto-plástico perfeito do aço classe A.
Palavras-chave: concreto armado, pilares, análise secional não linear,
dimensionamento.
ABSTRACT
The purpose of this work is to develop a program that allows to analyze, emphasizing
the physical nonlinearity of concrete, rectangular sections of reinforced concrete
subjected to normal strains which include the bending moments (direction Z and Y,
on the transversal plane of the piece) and the axial force (direction X, longitudinal to
the axis of the piece). In this procedure, we will use calculations which involve
enormous quantities of matrix operations. The method used for solving these
operations is called “secant method”. Based on fundamental theories, the method
rescues concepts such as, normal stress, specific deformation, and rotation, among
others.The stages of dimensioning the pillars according to its position on the
structure will be analyzed by the program developed in Fortran programming
language. The analysis lets us identify some aspects involving the breaking of the
elements subjected to specific strains, once the analytic process comprises the
obtaining of the specific deformations and consequently the normal stresses along
the transversal section of the structural element. The analysis also considers the
breaking stress limit of concrete and/or excessive plastic deformation of steel, with
the determination of the resistance of the section, considering the physical
nonlinearity of concrete and the perfect plastic-elastic behavior of class A steel.
Key words: reinforced concrete, pillars, analysis, nonlinear, dimensioning.
1
1 INTRODUÇÃO
Pode-se afirmar que a análise estrutural é uma das principais etapas do
projeto estrutural de um edifício, pois compreende a escolha de modelos
idealizados com o intuito de representar adequadamente a estrutura real, além de
levar em conta o tipo de análise, que depende principalmente do comportamento
dos materiais.
A etapa que precede a montagem do modelo estrutural de um edifício
consiste na determinação de um arranjo adequado dos vários elementos
estruturais que o compõe, de modo a atender os requisitos do projeto arquitetônico.
Portanto, esses elementos estruturais devem formar um conjunto que resista aos
esforços solicitantes, satisfazendo os critérios de segurança, economia,
durabilidade, estética e funcionalidade.
Soriano (2006) acrescenta que
a idealização de uma estrutura conduz a um modelo de análise regido por equações matemáticas, cujos resultados devem expressar comportamento próximo ao da estrutura.Nesse contexto, cabe ao engenheiro a responsabilidade de conceber esse modelo, sob o efeito das ações externas estabelecidas a partir de critérios de projeto, julgando-os com as aproximações cabíveis.
Dessa forma, o projeto de estruturas de concreto armado tem se apoiado
na utilização de modelos aproximados que simulam o comportamento dos
materiais envolvidos. É sabido que os materiais constituintes dos elementos
estruturais de concreto armado não possuem comportamento elástico linear, ou
seja, as tensões não variam de maneira linear com as deformações (BEER, 2006),
caracterizando a não linearidade física.
Fontes (2003, p.38) reforça que uma análise estrutural essencialmente não
linear exige uma grande quantidade de cálculos, em virtude dos processos
iterativos utilizados para resolver as equações não lineares associadas ao modelo.
Apesar disso, abordagens não lineares deverão ser cada vez mais rotineiras no
cálculo estrutural de peças de concreto armado.
Fusco (1981) desenvolveu uma linha de pesquisa voltada para o estado
limite último de ruptura do concreto ou deformação plástica excessiva da armadura,
sob o enfoque da flexão simples ou composta, normal ou oblíqua, empregando-se
ábacos e tabelas organizadas exclusivamente para o dimensionamento de
estruturas submetidas a esses esforços.
2
Na mesma época, Forni (1980), em um estudo mais aprofundado,
desenvolveu o FOCCA (Flexão Oblíqua Composta em Concreto Armado), um
programa em linguagem FORTRAN, que permite a determinação automática da
resistência de seções quaisquer de concreto armado à solicitação normal,
desprezando os efeitos de instabilidade, e aplicável a elementos estruturais
esbeltos comprimidos, problema que o próprio autor justifica ser também de grande
importância. Seu trabalho baseia-se na obtenção do terno de esforços solicitantes
(N,Mx,My) que equilibra a seção pela fixação da linha neutra e da deformação de
uma fibra particular fora dela (α,βx,εo), aplicando-se para qualquer seção, como por
exemplo, seções retangulares, circulares, L, T, hexagonais, etc.
Cabe esclarecer que por solicitações normais entende-se os esforços
solicitantes que produzem tensões normais no plano das seções transversais das
peças da estrutura (FORNI,1980). Em outras palavras, as solicitações normais
estão associadas aos momentos fletores e a força normal.
Modesto (1983) através da sua obra “Cálculo de Concreto Armado”
apresenta diversas tabelas para auxiliar no dimensionamento de seções
retangulares de concreto armado, submetidas à flexão normal simples,
considerando todos os aços brasileiros e uma gama extensa de resistência
característica do concreto (fck).
Mais recentemente França apud Patrícia (2000, p. 06) tratou do estudo das
relações momento-curvatura e força normal-deformação longitudinal em barras de
seção transversal qualquer, submetidas à flexão oblíqua composta. Dessa maneira,
considera-se a não linearidade para os materiais, sendo a estrutura analisada
através do estado limite último de ruptura (concreto) ou de deformação plástica
excessiva (aço).
Pereira (2006)
desenvolveu um modelo matemático capaz de simular, rigorosamente, o comportamento de pilares esbeltos de concreto armado de seção geométrica qualquer e submetidos à flexão normal composta no ELS (estado limite de serviço). Propõem-se também, fazendo-se uso deste modelo, o desenvolvimento e implementação de um sistema PAC – Projeto Assistido por Computador, aplicável às estruturas de pilares esbeltos. O modelo deverá possibilitar a determinação do estado de solicitação, tensão e deformação no pilar em qualquer idade.
3
Wang & Hsu apud Borges (1999, p. 07) apresentam um estudo completo
sobre o comportamento carga-deformação de pilares de concreto armado sujeitos
à flexo-compressão.
Borges (1999) tem como proposta estudar o comportamento de pilares
esbeltos de concreto armado, de seção qualquer, solicitados à flexo-compressão
oblíqua, que constitui o caso mais completo de solicitações normais, observando as
não-linearidades física e geométrica, a fim de investigar a validade dos processos
aproximados.
Kim & Yang (1995) apud Patricia (2000, p. 07)
também propõem um método numérico baseado nos elementos finitos, para prever o comportamento dos pilares de concreto armado, investigando os efeitos da resistência do concreto e do aço na relação força normal x momento fletor. Compararam os resultados experimentais e demonstraram a eficácia da solução proposta.
De uma maneira geral, o estudo do presente trabalho consiste na análise
não linear de seções retangulares de concreto armado em elementos estruturais
submetidos a solicitações normais. Assim, os esforços solicitantes, que são objeto
de análise quanto à capacidade portante da peça, referem-se ao momento fletor e
a força normal. Essas solicitações podem caracterizar a compressão axial, a flexão
composta plana e a flexão oblíqua composta.
O estudo abrange a obtenção do estado de deformação e
consequentemente de tensão compatíveis com os limites de resistência dos
materiais constituintes, assumindo-se, por iteração, diversos valores para
(εcg,ψz ,ψy� através da fixação do terno de esforços solicitantes (Nx,Mz,My) e da
geometria da peça. Faz-se isso até que o terno (Nx,Mz,My) obtido em
correspondência a um determinado estado de deformação assumido, coincida, a
menos de uma tolerância, com o terno (Nx,Mz,My) para o qual se está procurando o
estado de deformação. Neste caso as variáveis (εcg,ψz,ψy� da última iteração é a
resposta procurada.
4
1.1 JUSTIFICATIVA
É consenso na atual conjuntura da indústria da construção civil, que o
advento de programas computacionais para atender às exigências técnicas e,
encurtar os prazos com o objetivo de racionalizar os custos, estão cada vez mais
presentes no dia-a-dia dos engenheiros. Por conseguinte, a ausência de
procedimentos automatizados gera trabalhos mais dispendiosos, produzindo
resultados relativamente mais desfavoráveis em termos econômicos, consequência
da utilização de métodos simplificados encontrados na literatura normativa.
Desse modo, com o uso correto e consciente dos computadores e de
alguns programas comerciais tais como o TQS e o Eberick (AltoQI), pode-se
reduzir muito o tempo de cálculo e eliminar erros decorrentes do cálculo manual.
Além disso, há a possibilidade de se utilizar teorias aprofundadas para elaborar
procedimentos de cálculos que geralmente são inviáveis de serem feitos
manualmente.
Consequentemente, com a utilização de modelos que melhor representam
o comportamento das estruturas, é possível chegar-se a resultados mais verídicos,
o que torna os programas computacionais ferramentas imprescindíveis,
proporcionando economia de tempo e custo.
Portanto, tem-se como justificativa para este trabalho a necessidade de
estudos com o intuito de tornar acessíveis procedimentos de cálculo eficazes que
contribuam para um melhor aproveitamento da capacidade do material concreto
armado. A análise seccional permite, por exemplo, nas verificações de fissuração
em condições de utilização, conhecer os níveis de tensões da armadura tracionada
e do concreto comprimido, através dos correspondentes ternos de esforços
solicitantes (Nx,Mz,My)e das características dimensionais da estrutura.
5
1.2 OBJETIVO GERAL
Estudar seções retangulares de concreto armado submetidas à flexão composta
oblíqua, através de um tratamento computacional capaz de simular o
comportamento não linear físico do concreto armado.
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Desenvolver um programa que permita calcular o estado de deformações de uma
seção de concreto armado, baseado em uma análise não linear, através do método
secante de iteração;
Analisar o comportamento de pilares de concreto armado, de seção retangular,
submetidos a flexão oblíqua composta e seus casos particulares;
Comparar os resultados decorrentes da aplicação da NBR 6118:2003, no caso de
pilares submetidos à flexo-compressão com os obtidos através do programa
desenvolvido no presente trabalho.
1.4 QUESTÕES DE PESQUISA
Dada uma seção retangular de concreto armado, através de sua geometria e das
características mecânicas dos materiais constituintes, submetida a um terno de
esforços solicitantes, força normal Nx, e momentos fletores Mz e My, dentro dos
limites de resistência da seção, como se obter os estados de deformações
e,consequentemente, de tensões normais da seção?
Do ponto de vista comportamental, no que se refere à resistência e a capacidade
de deformação dos materiais envolvidos (concreto e aço), de que maneira a
utilização de modelos físicos mais aproximados do real, podem influenciar a
previsão do comportamento da estrutura?
6
1.5 METODOLOGIA DE PESQUISA
Tendo em vista o atendimento dos objetivos do trabalho, foi estabelecida
uma sequência de estudos e atividades.
Em primeiro lugar foi realizada uma revisão bibliográfica versando sobre
modelos mecânicos para representar os materiais componentes do concreto
armado. Uma revisão das prescrições normativas da NBR 6118, para o
dimensionamento de pilares, foi também executada. Em seguida, buscou-se
estudar a análise secional de peças de concreto, concentrando-se na incorporação
da não linearidade física dos materiais e nas limitações deste tipo de análise
estrutural.
Após essa fase de aprofundamento teórico, passou-se à parte aplicada
sendo iniciada com a geração de uma formulação com base no equilíbrio da seção,
para o caso de pilares submetidos à flexão composta plana. Um programa em
Fortran foi desenvolvido e validado.
Passada essa etapa, foi então desenvolvida uma segunda formulação,
desta vez aplicada ao caso de pilares submetidos à flexão oblíqua composta,
formulação esta que engloba a anterior por lhe ser caso particular. Um segundo
programa foi então construído, a partir do anterior como era de se esperar, o qual
foi igualmente testado.
Visando propiciar a comparação de resultados oriundos da análise secional
com os da NBR 6118 foi concebida uma pequena edificação com os elementos
estruturais de concreto armado, os quais foram dimensionados segundo essa
norma. Três pilares dessa edificação foram escolhidos e estudados pelos dois
caminhos mencionados.
Por fim, todo esse estudo foi registrado na forma da presente monografia,
na sequência apresentada no próximo subitem.
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO
No primeiro capítulo é apresentado o problema estudado e, de forma
sucinta, a estratégia para resolvê-lo.
7
O segundo capítulo traz uma breve descrição dos tipos de esforços nos
pilares quanto a sua posição na edificação. Em seguida trata das hipóteses
necessárias às considerações de cálculo sob o ponto de vista das deformações no
concreto armado. Finalmente, apresenta o desenvolvimento da formulação
baseada nas equações de equilíbrio da seção submetida à flexão oblíqua
composta.
O terceiro capítulo aborda os tipos de estados limites, seja este por ruptura
do concreto ou deformação plástica excessiva. Nesse âmbito, os diversos casos
possíveis de distribuição das deformações do concreto e do aço na seção
transversal são relatados através dos domínios de deformação. Assim, a ênfase
em termos de análise não linear é detalhada através do método secante de
iteração, descrevendo todas as equações inerentes ao método.
O quarto capítulo é dedicado ao estudo de caso que engloba a análise de
uma edificação fictícia, descrevendo didaticamente todo o processo de cálculo
estrutural. Nele, será priorizado o dimensionamento dos pilares envolvidos na
análise através dos métodos normativos presentes na literatura, contribuindo para
o enriquecimento do trabalho.
O quinto capítulo traz a análise e discussão dos resultados obtidos para as
seções de concreto armado estudadas, com base no programa aqui construído
para realizar análise secional da flexão oblíqua, e na NBR 6118:2003.
Finalmente, o sexto capítulo relata as conclusões do presente trabalho.
8
2 EQUAÇÕES GERAIS DA FLEXÃO OBLÍQUA COMPOSTA NO
CONCRETO ARMADO
2.1 GENERALIDADES
Partindo do conhecimento das relações entre tensões e deformações do
concreto armado, a solução de qualquer problema envolvendo flexão oblíqua
composta em seções de concreto armado, deve satisfazer às equações de
equilíbrio e de compatibilidade.Vale ressaltar que em elementos estruturais como
pilares, a flexão é chamada oblíqua quando o plano de ação do momento fletor
corta a seção transversal segundo uma reta que não coincide com nenhum de seus
eixos centroidais e principais de inércia.
2.2 OCORRÊNCIA
A flexão oblíqua composta no concreto armado ocorre nos seguintes
casos:
Em pilares localizados nos cantos das edificações (seção 2.3.1.3).
Em seções que, por sua forma, não apresentam plano de simetria, como as seções
em L de lados desiguais;
Em seções que, sendo simétricas quanto à forma, são armadas assimetricamente
em relação ao plano de simetria;
Em seções que, sendo simétricas quanto à forma e disposição de armadura, estão
submetidas a solicitações fora do plano de simetria;
De acordo com Forni (1980, p. 01), esse último caso é o mais frequente
pois consideram-se as excentricidades acidentais previstas em norma, levando-se
em conta a incerteza de localização da força normal e o possível desvio do eixo da
peça durante a construção em relação à posição prevista no projeto, e também às
decorrentes de uma consideração rigorosa da flambagem, assimilada a uma
compressão excêntrica.
9
2.3 CLASSIFICAÇÕES DOS PILARES EM EDIFÍCIOS
2.3.1 Quanto à posição
Segundo Alva et al. (2008) “os pilares podem ser classificados de acordo
com a sua posição na planta deforma de um pavimento tipo de edifício em: pilares
intermediários, pilares de extremidade e pilares de canto,” conforme a Figura 1.
Essa classificação permite considerar as diferentes situações de projeto e de
cálculo, em relação aos esforços solicitantes, em que cada um desses pilares se
enquadra.
Figura 1 Posição dos pilares nos edifícios Fonte: Fusco, 1981.
2.3.1.1 PILARES INTERMEDIÁRIOS
Alva et al. (2008) define os pilares intermediários como
os pilares submetidos preponderantemente às forças axiais de compressão, pois os módulos dos momentos fletores são de pequena intensidade, em relação às ações verticais apenas (as permanentes e as variáveis normais). Na situação de projeto, admite-se o pilar intermediário submetido a uma compressão centrada, isto é a excentricidade inicial é considerada igual a zero para o dimensionamento das áreas das armaduras longitudinal e transversal.
10
2.3.1.2 PILARES DE EXTREMIDADE
Em relação aos pilares de extremidade, Alva et al. (2008) sustenta que
além de estarem submetidos às forças normais de compressão, também estão sujeitos à ação de momentos transmitidos pelas vigas. Na situação de projeto, admite-se o pilar de extremidade submetido à flexão normal composta.
2.3.1.3 PILARES DE CANTO
Alva et al. (2008) também considera que
além da força normal de compressão atuante consideram-se os momentos transmitidos pelas vigas, cujos planos médios são perpendiculares às faces dos pilares, e são interrompidas nas bordas do pilar. Na situação de projeto, portanto, considera-se o pilar de canto submetido à flexão oblíqua composta.
2.3.2 Momento nos pilares de edifícios
Para melhor compreensão dos esforços que atuam em barras reticuladas de
eixo reto (pilares), em função da sua posição na edificação, a Figura 2 mostra o
estado de deformações num pórtico plano submetido a cargas essencialmente
verticais.
Figura 2 Deformações num pórtico plano sob ação de cargas verticais Fonte: Schaffer, 2006
11
Observa-se ainda na Figura 2 que os pórticos P1 e P4, definidos na seção
2.3.2.1 como pilares de extremidades, apresentam rotações nodais em decorrência
da interação com as vigas ficando sujeitos a momentos e os esforços
normais,acarretando a flexão composta normal ou reta nessas seções (Figura 3).
Figura 3 Diagrama de esforços solicitantes em uma barra aporticada Fonte: Schaffer, 2006
Por outro lado, para os pilares P2 e P3, definidos na literatura como pilares
intermediários, as rotações das seções são desprezadas, e consequentemente não
se considera a transmissão de momentos, podendo neste caso, anular o efeito de
flexão composta e dimensioná-los através da teoria da compressão centrada.
2.4 HIPÓTESES FUNDAMENTAIS DE CÁLCULO
O dimensionamento de pilares de concreto armado é realizado admitindo-
se algumas hipóteses básicas clássicas do dimensionamento de estruturas de
concreto armado, que inclusive são aceitas pela NBR 6118:2003.
2.4.1 Solidariedade dos materiais concreto e aço
A deformação em cada barra é a mesma do concreto adjacente (perfeita
aderência entre o aço e o concreto não fissurado), sendo essa condição essencial
para a existência do concreto armado.
12
2.4.2 Manutenção da forma plana da seção transversal (Hipótese de Navier)
Admite-se, até o estado limite último, a hipótese de Navier de manutenção
da forma plana, ao longo do processo de deformação, de seções transversais de
concreto armado submetido a solicitações normais.
Através dessa hipótese, consideram-se as deformações das distintas fibras
da seção, seja do concreto ou aço, proporcionais às distâncias de tais fibras à reta
de deformação nula ou linha neutra.
2.4.3 Desconsideração da resistência à tração do concreto
A NBR 6118, 2003 recomenda que o cálculo das tensões decorrentes de
flexão composta pode ser feito no estádio II, desde que seja desprezada a
resistência à tração do concreto, uma vez que a mesma corresponde a 10% da
resistência à compressão do concreto.
2.4.4 Hipótese de pequenos deslocamentos
A hipótese de pequenos deslocamentos permite considerar que as seções
permaneçam planas após ruptura, validando a hipótese de manutenção da forma
plana da seção transversal (2.4.2).
2.5 CONVENÇÕES DE SINAIS
Adota-se neste trabalho o sistema cartesiano de coordenadas representado
na Figura 4, com o eixo X longitudinal à peça e os eixos Y e Z pertencentes ao
plano da seção transversal.
Convencionam-se nesse trabalho como positivas as forças normais Nx de
compressão e negativas às de tração, de acordo com a Figura 4. Analogamente, as
deformações específicas longitudinais εx serão positivas no caso de provocarem
encurtamentos do comprimento da peça, ou negativas no caso contrário.
13
Figura 4 Convenção de sinais Fonte: Próprio autor
Os vetores momentos fletores da seção, representados pelas componentes
ortogonais Mz e My são positivos quando causam deformações positivas nos pontos
da seção que tem as coordenadas Z e Y positivas, respectivamente (ver Figura 4).
Observar que esses vetores passam pelo centro de gravidade da seção
geométrica.
A rotação da seção devido à Mz é positiva quando a seção gira de X para
Y. Por sua vez, a rotação devido à My é positiva quando a seção gira de X para Z.
2.6 EQUAÇÕES GERAIS DE EQUILÍBRIO
Considere-se uma seção qualquer de concreto armado, cheia ou vazada,
submetida à flexão oblíqua composta, através dos esforços Nx, Mz e My, resultantes
das tensões normais segundo o eixo longitudinal da peça (Figura 5). Estas tensões
equilibram os esforços solicitantes, de modo a garantir o equilíbrio da seção.
Assim, podem-se escrever as equações gerais de equilíbrio como a seguir:
14
Figura 5 Caso Geral para Flexão Oblíqua Composta Fonte: Adaptado de Fusco, 1981
Nx=�σc.dz.dy + �Asi.σsi���������������������������������������������������������������������������������������������������n
i=1Ac
(2.1.a)�Mz= ��Yc.σc.dz.dy + �Asi.σsi.Ysi��������������������������������������������������������������������������������������n
i=1Ac
� (2.1.b)
My= ��Zc.σc.dz.dy + �Asi.σsi.Zsi
n
i=1Ac
� ��������������������������������������������������������������������������������������(2.1.c)
Onde:
Ac – área de concreto da seção transversal, admitida igual à área da seção
transversal geométrica da peça;
σc – tensão normal numa fibra de concreto, de coordenadas X e Y;
Asi – área de aço;
σsi – tensão normal na barra i;
n – número de barras de aço da armadura.
15
3 FUNDAMENTOS PARA O CÁLCULO NO ESTADO LIMITE ÚLTIMO
3.1 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA SEÇÃO TRANSVERSAL
De acordo com Carvalho (2007), a ruína da seção transversal (peça sob
ações majoradas e materiais com resistências minoradas fcd e fyd), para qualquer
tipo de flexão no estado-limite último, fica caracterizada por deformações
específicas de cálculo do concreto (εc), na fibra menos tracionada, e do aço (εs),
próximas à borda mais tracionada, em que uma delas ou ambas atingem os valores
últimos (máximos) das deformações específicas desses materiais. Os diversos
casos possíveis de distribuição das deformações do concreto e do aço na seção
transversal definem os domínios de deformação que está ilustrado na Figura 6.
Figura 6 Domínios de deformação Fonte: NBR 6118, 2003
É válido ressaltar que para determinar a resistência de cálculo de uma
dada seção transversal, é preciso saber a priori em qual domínio está situado o
diagrama de deformações específicas de cálculo dos materiais (aço e concreto).
Na flexão, como a tração é resistida pela armadura, a posição da linha
neutra deve estar entre zero e d (domínios 2, 3 e 4), já que para x < 0 (domínio 1) a
seção está toda tracionada, e para x > d (domínio 4a e 5) a seção útil está
totalmente comprimida.
16
Domínio 1 – tração não uniforme, sem compressão.
• início: εs=10‰ e εc=10‰ ; reta a – tração uniforme;
• término: εs=10‰ e εc=0;
• o estado-limite último é caracterizado pela deformação do aço
εs=10‰;
• a seção resistente é composta por aço, não havendo participação do
concreto, que se encontra totalmente tracionado e, portanto,
fissurado.
Domínio 2 – flexão simples ou composta
A ruína se dá por deformação plástica excessiva do aço, com a
deformação máxima de 10‰, portanto, σsd = fyd. A deformação no concreto varia de
0 até 3,5‰. Logo, o concreto não trabalha com sua capacidade máxima e,
portanto, é mal aproveitado. A profundidade da linha neutra varia de 0 até 0,259.d
(0< βx< 0,259).
Por semelhança de triângulos temos:
βx23= εc
εc+ εs=
3,5
(3,5+10)=0,259 ( 3.1.a) �
Domínio 3 – flexão simples (seção subarmada) ou composta
A ruína se dá por ruptura do concreto com deformação máxima εc = 3,5‰
e, na armadura tracionada, a deformação varia de εyd até 10‰, ou seja, o aço está
em escoamento, com tensão σs = fyd. É a situação ideal de projeto, pois há o
aproveitamento pleno dos dois materiais. A ruína é dúctil, pois ela ocorre com
aviso, havendo fissuração aparente e flechas significativas. Nesse caso diz-se que
a seção é subarmada. A posição da linha neutra varia de 0,259.d até βX34 (0,259 <
βX< βX34).
17
βx34= εc
εc+εs=
3,5�3,5+ εyd� (3.1.b)
εyd= fyd
Es������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������(3.2)
Figura 7 - Deformação linear de uma peça de concreto armado sub armada (domínio 3) Fonte: Pinheiro et al.(2003)
Domínio 4 – flexão simples (seção superarmada) ou composta
Assim como no domínio 3 o concreto encontra-se na ruptura, com εc =
3,5‰. Porém, o aço apresenta deformação abaixo de εyd e, portanto, ele está mal
aproveitado. Quando as peças de concreto são dimensionadas nesse domínio, diz-
se que elas são superarmadas, devendo ser evitadas, pois o dimensionamento
nesse domínio é uma solução antieconômica, além de perigosa, pois a ruína se dá
por ruptura do concreto e sem escoamento do aço. É uma ruptura brusca, ou seja,
ocorre sem aviso.
Figura 8 - Deformação linear de uma peça de concreto armado super armada (domínio 4) Fonte: Pinheiro et al.(2003)
18
b) Domínio 5 – compressão não uniforme, sem tração.
O estado limite último fica caracterizado pela deformação εc = 2‰ da fibra
afastada 3/7 h da extremidade mais encurtada, estando εcu entre 2‰ e 3,5‰.A
linha neutra não corta a seção transversal, inteiramente comprimida.
Smaniotto (2005, p. 40) explica que para determinar a distribuição de
deformações em todos os pontos da seção transversal, isto é, para estabelecer as
equações de compatibilidade, não é necessário considerar os 5domínios
mostrados na Figura 6. Eles podem ser agrupados em domínios maiores,
chamados de regiões. Nesse sentido, há três regiões, correspondentes aos três
pólos de ruína conforme mostra a Figura 9.
Figura 9 Domínios de deformações divididos em regiões
Fonte: Smaniotto, 2005
Região I – correspondente ao pólo de ruína B (encurtamento limite do concreto).
Região II – correspondente ao pólo de ruína A (encurtamento limite do concreto).
Região III – correspondente ao pólo de ruína C (alongamento excessivo da
armadura).
19
3.2 HIPÓTESES PARA CÁLCULO NO ESTADO LIMITE ÚLTIMO
A NBR 8681:2004 define os estados limites últimos (ELU) como o estado
que pela sua simples ocorrência determinam a paralisação, no todo ou em parte,
do uso da construção, ou seja, se refere à perda da capacidade resistente (ou de
outra forma de ruína) que impossibilite o uso da estrutura, enquanto que o estado
limite de serviço (ELS) é caracterizado quanto a condição de a estrutura oferecer
condições satisfatórias de durabilidade, aparência, conforto e boa utilização
funcional.
No caso do presente trabalho, a análise das seções transversais
considerará apenas o estado limite último de ruptura do concreto e/ou a
deformação plástica excessiva do aço, culminando assim com a determinação da
resistência mecânica da seção.
A seguir serão explicitados os procedimentos para a análise de uma seção
de concreto armado levando em conta a não linearidade física do concreto, através
do método secante de iteração. Todavia, antes, será feita uma breve exposição dos
diagramas tensão-deformação do concreto e do aço, levando-se em conta as
simplificações prescritas pela NBR 6118:2003 e as utilizadas neste trabalho.
3.2.1 DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO DE CÁLCULO DO CONCRETO
Observando a Figura 10, que retrata o comportamento tensão-deformação
do concreto comprimido, verifica-se que até 2‰ de deformação, a relação é
parabólica. Essa curva exibe um trecho “quase” linear no início fazendo uma curva
no final. Embora não considere o decréscimo de tensões após as deformações de
2‰, o modelo limita a deformação de compressão do concreto a 3,5‰.
20
Figura 10 Diagrama tensão x deformação de cálculo do concreto Fonte: NBR 6118, 2003
No trecho parabólico 0 ≤ εc ≤ 0,002
σc=0,85.fcd. �1- 1-c
0,002�2� (3.3.a)
No trecho linear 0,002 ≤ εc ≤ 0,0035
σc=0,85.fcd (3.3.b)
Portanto, qualquer que seja a resistência característica do concreto (fck),
tem-se:
εc≤0 → σcd
fcd=0 ������������������������������������������������������������������ 3.4.a)
0≤ εc≤ 0,002 →σcd
fcd= 0,85. �1- 1-
c
0,002�2� �����������������������������������������������������������������(3.4.b)
0,002 ≤ εc≤ 0,0035 →σcd
fcd=0,85 �������(3.4.c)
21
A relação σcd
fcd é função apenas de εc, independendo da resistência do
concreto.
A NBR 6118:2003 permite a substituição do diagrama da Figura 10 pelo
retângulo de profundidade y = 0,8. x (Figura 11), com a seguinte tensão:
σc=0,85.fcd= fck
γc
(3.5)�
Figura 11 Tensões de compressão de cálculo no concreto. Diagrama simplificado Fonte: Süssekind, 1981
3.2.2 DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO DO CONCRETO OBTIDO
EXPERIMENTALMENTE
Ahmad (1979) sugere a seguinte relação tensão-deformação graficamente
representada pela Figura 12 e pela equação 3.6. Este diagrama reproduz mais
fielmente o comportamento do concreto e tem a vantagem de ser válido para
concretos de alta resistência.
σc
fc=
A . εc
εo+ B-1�.( εc
εo)2
1+ A-2�. �εc
εo�+B.(
εc
εo)2 ����������������������������������������������������������������������������������������������������������(3.6)
22
O ponto (fc,εo) depende de vários fatores: gradiente de deformações,
velocidade de carregamento, tipo de agregado, confinamento, etc.
Ahmad (1979) sugeriu valores para os parâmetros A e B diferentes para os
ramos ascendente e descendente. Para A são indicados, no ramo ascendente,
valores variando de 1,6 a 1,3 e, no ramo descendente, de 1,5 a 0,1. Para B são
dados valores variando de 0,6 a 0,2 para o ramo ascendente e entre 0,9 e 1,0 para
o ramo descendente (ver Tabela 1).
A deformação de pico do concreto é dada por:
εo=1,65+0,0165. fc
1000 (3.7)
Tabela 1 Valores de A e B
Ramo ascendente Ramo descendente �� A B A B 27,6 1,6 0,66 1,5 0,88 34,5 1,51 0,47 0,79 0,95 48,3 1,41 0,3 0,37 0,98 62 1,36 0,23 0,22 0,99
75,8 1,33 0,2 0,14 0,99 89,6 1,32 0,19 0,09 1
Fonte: Ahmad,1979
Figura 12 Curva tensão x deformação do concreto baseada na Equação 3.6 Fonte: Bastos, 2004
23
3.2.3 Diagrama tensão-deformação de cálculo do aço
As barras podem ser fabricadas por laminação a quente, denominadas Aço
Classe A e laminadas a quente e encruamento a frio, Aço Classe B. Essa
classificação dos aços está também associada ao tipo de diagrama tensão-
deformação que se observa. Os aços laminados a quente (classe A) apresentam
um diagrama que possui um patamar de escoamento bem definido, o que não se
verifica com os aços Classe B.
3.2.3.1 AÇO CLASSE A
Para efeito de dimensionamento, tem-se um diagrama simplificado (Figura
13) típico de material elasto-plástico perfeito. As limitações são originadas perante
o concreto que, para o alongamento acima de 10‰ causa fissuração excessiva e
encurtamento maior que 3,5‰ causa esmagamento do material.
Para o caso de tração:
Figura 13 Diagrama tensão x deformação de cálculo do aço Classe A Fonte: NBR 6118, 2003
24
Representando matematicamente os intervalos da Figura 13:
No trecho elástico0 ≤ εsd ≤εyd
σs= Es . εs → Es=2,1.105 N
mm2 (3.8.a)
No trecho plástico εsd ≥εyd (regime de compressão)
σs= fy → Esecante=fyεsd
(3.8.b)
No trecho plástico εsd ≤εyd (regime de tração)
σs= fy → Esecante=fyεsd
(3.8.b)
Porém, como um dos objetivos desse trabalho é analisar o comportamento
do aço em sua totalidade, ou seja, nos limites -0,01 ≤εsd ≤0,01, o diagrama utilizado
para tal análise está representado na Figura abaixo:
Figura 14 Diagrama tensão x deformação do aço Classe A utilizado no programa Fonte: Adaptado da NBR 6118, 2003
25
3.3 MÉTODO SECANTE DE ITERAÇÃO
Nas integrações a seguir, conforme a seção (2.4.3) será desprezada a
resistência do concreto à tração uma vez que ela contribui muito pouco para a
resistência do conjunto concreto-aço. Em tese, segundo (FORNI, 1980), essa
hipótese é evidentemente uma simplificação útil ao cálculo, pois na realidade a
tensão depende, entre outros parâmetros:
- da posição da linha neutra;
- da velocidade de aplicação das cargas;
- da duração das cargas;
- da forma geométrica da seção comprimida;
As equações (2.1.a), (2.1.b) e (2.1.c) podem ser colocadas na forma de
somatório para fins de integração numérica. Assim:
Nx= � (σci.∆Aci) + i
� (σsj.∆Asj) (3.9.a) j
Mz= � (σci.∆Aci.yci) + i
� (σsj.∆Asj.ysj) (3.9.b) j
My= � (σci.∆Aci.Zci) + i
� (σsj.∆Asj.Zsj) (3.9.c) j
onde,
i= 1,2,............n elementos de concreto em compressão
j= 1,2,............k barras de aço.
Admitindo a hipótese de que a seção se mantém plana durante a flexão
oblíqua, conforme seção 2.4.2, a deformação εx num ponto genérico P(z, y) da
seção pode ser determinada pela seguinte relação:
26
εx= εcg- ψy.Z- ψz.Y (3.10)
Com εcg representando a deformação do centróide da seção de concreto, e
os parâmetros ψy eψz associados às rotações da seção em torno dos eixos y e z,
respectivamente (ver Figuras 15 e 16).
Figura 15 Seção longitudinal do pilar segundo a direção Z Fonte: Próprio autor
Dada a hipótese de deformações relativamente pequenas, na Figura 14
pode-se assumir que:
tan ψy ~ ψy=X'
Z → ψy. Z=X' ����������������(3.11)
Como, εx= X' + εcg tem-se:
εx= εcg- ψy.Z (3.12)
27
Figura 16 Seção longitudinal do pilar segundo a direção Y Fonte: Próprio Autor
Utilizando o mesmo raciocínio anterior para a Figura 16, faz-se:
tan ψz ~ ψz=X'
Y → ψy. Y=X' ����������������(3.13)
Assim,
εx= εcg- ψzY (3.14)
Combinando as equações (3.12) e (3.14) a deformação específica total fica
expressa por:
εx= εcg- ψy.Z�-ψz.Y (3.15)
Combinando a equação (3.15) com as relações constitutivas dos materiais,
têm-se as tensões do concreto e do aço respectivamente:
σci= Ecis .εci= Eci
s .(εcg- ψy.Zci-ψz.Yci) (3.16.a)
28
σsj= Esjs .εsj= Esj
s .(εcg- ψy.Zsi-ψz.Ysi) (3.16.b)
Substituindo (3.16.a) e (3.16.b) em (3.9.a), (3.9.b) e (3.9.c) resulta:
Nx= � (Ecis . �εcg- ψy.Zci – ψz.Yci� .∆Aci)+
i
� (Esjs . �εcg- ψy.Zsi- ψz.Ysi� .∆Asj)
j
���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������(3.17.a)
Mz= � (Ecis . �εcg�-ψy.Zci�-ψz.Yci� .∆Aci.Yci)+
i
� (Esjs . �εcg-ψy.Zsi-ψz.Ysi� .∆Asj.Ysj)�
j
�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������(3.17.b)
My= ��Ecis . �εcg- ψy.Zci- ψz.Yci� .∆Aci.Zci�+
i
��Esjs . �εcg- ψy.Zsi- ψz.Ysi� .∆Asj.Zsj�
j
(3.17.c)
As equações (3.17.a) a (3.17.c) podem ser reorganizadas assumindo as
seguintes formas:
Nx= k11.εcg- k12. ψz-k13. ψy (3.18.a)
-Mz= k21.εcg+ k22. ψz+k23. ψy (3.18.b)
-My= k31.εcg+ k32. ψz+k33. ψy (3.18.c)
Definindo as rigidezes:
k11= � (Ecis .∆Aci) +
i
� (Esjs .∆Asj)
j
(3.19.a)
k12= -(� (Ecis .Yci.∆Aci) +
i
� (Esjs .Ysj.∆Asj) ) � (3.19.b)
j
k13= -(� (Ecis .Zci.∆Aci) +
i
� (Esjs .Zsj.∆Asj) ) (3.19.c)
j
29
k22= � (Ecis .Yci
2.∆Aci) + i
� (Esjs .Ysj
2.∆Asj) j
(3.19.d)
k23= � (Ecis .Yci.Zci. ∆Aci) +
i
� (Esjs .Ysj.Zsj.∆A
sj) �������������������������������������������������������
j
(3.19.e)
k33= � (Ecis .Zci
2.∆Aci) + i
� (Esjs .Zsj
2.∆Asj) (3.19.f) j
Observando-se a ocorrência da simetria:
k12= k21
k13= k31
k23= k32
Podem-se reescrever as equações (3.18) na forma matricial a seguir:
�� Nx
-Mz
-My
�� = �Kij� . ��εcg
ψzψy
�� (3.20)
Onde�kij�é a matriz de rigidez da seção, dado por:
�Kij�= �k11 k12 k13
k21 k22 k23
k31 k32 k33
� (3.21)
A solução do sistema de equações (3.20), para determinar as incógnitas
εcg,ψz e ψy, é obtida de:
��εcg
ψzψy
�� = �Fij� . �� Nx
-Mz
-My
�� (3.22)
Sendo�Fij�= �kij�-1definida como a matriz de flexibilidade da seção, cujos elementos
são:
�Fij�= �F11 F12 F13
F21 F22 F23
F31 F32 F33
� (3.23)
30
3.3.1 Algoritmo para a flexão composta oblíqua
O método secante de iteração será utilizado como processo iterativo para
obter o estado de deformação da seção sob uma combinação de ações externas M
(momento fletor) e N (esforço normal).
As etapas de montagem do algoritmo utilizado no programa para a
obtenção do cálculo do estado de deformação de uma seção de concreto armado é
o seguinte:
1) Cálculo da matriz de rigidez inicial �ko� da seção considerando
queεcg=0,ψz=0 e ψy=0.
2) Cálculo da matriz de flexibilidade inicial �Fo�
3) Determinação da primeira solução εcg,1=0, ψz,1=0 e ψy,1=0
�εcg,1 ψ1,z������ψ1,y�=��Fo� .� �� Nx
-Mz
-My
�� 4) Atualizar o módulo de elasticidade secante dos materiais concreto e aço. Os
gráficos para obter o módulo de elasticidade secante do concreto e do aço
estão representados respectivamente nas Figuras 17 e 18.
Figura 17 - Módulo de elasticidade secante do concreto (Ec) Fonte: Notas de aula
31
De acordo com a NBR 6118:2003 para tensões de compressão menores
que 0,5.fc pode-se admitir uma relação linear entre tensões e deformações,
adotando-se para o módulo de elasticidade secante o valor de Ec,s = 0,85.Eci sendo
Eci= tan�Ec,secante�=fcεc
=5600.�fck�
Figura 18 - Módulo de elasticidade secante do aço (Es) Fonte: Notas de aula
O módulo de elasticidade secante do aço, segundo a NBR 6118:2003, pode ser admitido igual a 210GPa.
5) Com a solução anterior, a matriz de rigidez é atualizada, passando a ser [k1],
e as ações externas associadas com este estado de deformação são
calculadas fazendo:
� Nx
-Mz
-My
�= �k1� . �εcg1
ψz1ψy1
� 6) A condição que define se a solução anterior é verdadeira ou não é:
�|Nx|
|Mz||My|
� - �|Nx1|
|Mz1|
|My1|�= � !
32
O que gera um resíduo RES= �∆Nx
∆Mz
∆My
�
Sendo�∆Nx = |Nx| - |Nx1|, ∆Mz = |Mz| - |Mz1| e ∆My = |My| - |My1|.
7) O critério de convergência calculado pelo programa depende de uma
constante inteira alimentada pelo usuário, indicando a tolerância necessária
para a condição anterior, ou seja:
"RES"= #∆Nx2+∆Mz
2+ ∆My
2
|RES| ≤ tolerância
Onde: 0 < tolerância ≤ 0,0001
8) Se o passo 7 não for atendido, isto é, se |RES|≤ tolerância volta-se ao passo
2, atualizando a matriz de flexibilidade e prosseguindo com os passos
ulteriores até atingir o critério de convergência. O procedimento gráfico da
solução pode ser visualizado na Figura 19.
Figura 19 - Modelo gráfico de representação do método secante de iteração Fonte: Notas de aula
33
3.3.2 Discretização da seção (flexão composta plana)
Para calcular o estado de deformação da seção usando o método de
solução iterativo deve-se a princípio arbitrar a quantidade de camadas de concreto
e aço que será distribuída igualmente ao longo da seção transversal,
caracterizando o que a literatura designa de discretização da seção. Por
conseguinte, se apropriando das integrações numéricas (Eq. 3.1 e 3.2),
determinam-se as deformações de cada camada, tanto para o concreto quanto
para o aço.
A Figura 20 mostra a disposição das camadas e o gráfico linear de
deformações na flexão composta plana.
Figura 20 - Representação esquemática de uma seção discretizada (flexão composta plana) Fonte: Notas de aula
3.3.3 Discretização da seção (flexão oblíqua composta)
Com base no procedimento anterior é realizada uma discretização da
seção transversal com elementos retangulares, mas dispostos em ambas as
direções (Y e Z), formando uma malha (Figura 21a), tendo em vista o
posicionamento (em geral) inclinado da linha neutra, no âmbito da flexão composta
oblíqua.
34
Figura 21 Representação esquemática de uma seção discretizada, sendo A) Modelo Real e B) Modelo Adotado Fonte: Próprio autor
No programa será adotado um modelo aproximado para a discretização da
seção, representado pela Figura 21B, em que as barras de aço de seção circular
serão tratadas como área quadradas de lado igual ao seu diâmetro original,
possibilitando assim reproduzir toda a seção (real) somente com elementos
quadrangulares (observa-se que há um incremento da área de aço, mas que não
alteram em termos práticos os resultados do programa).
35
4 ESTUDO DE CASO
4.1 DIMENSIONAMENTO
Neste capítulo apresenta-se o dimensionamento de três pilares, dando
ênfase à determinação das armaduras longitudinais presentes nas respectivas
seções de concreto armado, segundo as recomendações da NBR 6118:2003.
Para o estudo de caso foi idealizada uma edificação com geometria
simples e arranjo simétrico dos elementos estruturais (Figuras 22 e 23).
Figura 22 Planta estrutural da edificação com a disposição dos elementos (viga, laje e pilar) Fonte: Próprio autor
36
Figura 23 Perspectiva da edificação Fonte: Próprio autor
A análise, por sua vez, deverá agrupar os três tipos de pilares quanto à sua
posição na edificação, conforme mencionado na seção (2.3). Essas Figuras
mostram a disposição simétrica dos pilares.
A edificação possui um pavimento com laje de cobertura. O pé direito é da
ordem de 2,80 metros e laje com formato quadrangular de dimensões 11 x 11
metros.
Elementos estruturais como vigas e lajes serão pré-dimensionados de
acordo com as recomendações da literatura técnica. Cabe informar que será
desprezado o efeito do vento na edificação. Considera-se que as seções das vigas
de canto possuem dimensões 15 x 50 e as centrais seções de 20x50, medidas em
centímetros, conforme especificado na Figura 22. As lajes têm espessura de 12
cm.
Passando-se ao dimensionamento dos pilares, Alva et al. (2008)
recomenda os seguintes métodos de dimensionamento: para o pilar P5,
considerado por definição um pilar intermediário, será dimensionado através do
método de compressão centrada simples. Para o pilar P4, considerado como pilar
37
de extremidade, empregar-se-á o método do pilar padrão com curvatura
aproximada, utilizando o ábaco de Venturini para flexão normal composta. Para o
pilar P1 submetido à flexão oblíqua composta pode-se considerar o método do pilar
padrão com curvatura aproximada, com aplicação de ábacos adimensionais para a
obtenção das taxas mecânicas. Será desprezada, para efeito de cálculo, a
excentricidade acidental em todos os pilares.
Segundo a NBR 6118, 2003 o método do pilar-padrão com curvatura
aproximada pode ser empregado apenas no cálculo de pilares com λ≤90, seção
constante e armadura simétrica e constante ao longo de seu eixo. A não-
linearidade geométrica é considerada através de uma expressão aproximada,
supondo-se que a deformação da barra seja senoidal. A não-linearidade física é
considerada através de uma expressão aproximada da curvatura na seção crítica.
Consideram-se as estruturas como sendo de nós fixos, para efeito de
cálculo, quando os deslocamentos horizontais dos nós são pequenos e, por
decorrência, os efeitos globais de 2ª ordem são desprezíveis, aplicando-se apenas
os efeitos locais e localizados de 2ª ordem (NBR 6118, 2003). Além disso, as
excentricidades acidentais serão desprezadas neste trabalho.
Para a composição das cargas nas vigas utilizou-se do método empírico
das charneiras plásticas (Figura 24), com valores de cargas definidos a partir da
NBR 6120:1980 (Cargas para cálculo de estruturas de edificações), considerando a
edificação para uso comercial com previsão de carga para escritório de 2 KN/m²
(sobrecarga). Através da equação (4.1) calcula a contribuição das lajes para que se
obtenha carregamento distribuído nas vigas (unidade de força por unidade de
comprimento).
�Pplaje+ Revestimento+Sobrecarga�×Área plástica
Vão da viga a ser descarregada=carga
KN
m (4.1)
38
Figura 24 Método das charneiras plásticas Fonte: Próprio autor
Para a definição dos carregamentos críticos, deverá ser feito um estudo de
todas as combinações possíveis. No presente trabalho, as ações serão
combinadas a partir do Estado Limite Último, caracterizado pela ruptura ou
deformação excessiva dos materiais (domínio 3), considerando a combinação mais
desfavorável para a estrutura.
A NBR 8681:2004 (Ações e segurança nas estruturas – procedimentos)
prescreve que as combinações últimas normais são dadas pela seguinte
expressão:
Fd= � γgi.FGi,k+ γq.[FQ1,k+ � ψ0j.n
j=2
m
i=1FQj,k] ��������(4.2)
Onde:FGi,ké o valor característico das ações permanentes;
FQ1,k�é o valor característico da ação variável considerada como ação
principal para a combinação;
39
ψ0j. FQj,ké o valor reduzido de combinação de cada uma das demais
variáveis.
Será previsto alvenaria em tijolo furado com espessura de 10 cm sob todas
as vigas, cujo valor do seu peso específico é de 13KN/m³ e fixada carga
permanente de revestimento de 1KN/m² e peso específico do concreto armado de
25KN/m³.
A Tabela 2 resume os tipos e valores das cargas permanentes utilizadas no
cálculo do dimensionamento.
Tabela 2 Resumo das cargas permanente na edificação
Local Carga
Peso próprio da laje 0,12 x 25 = 3 KN/m²
Peso próprio da alvenaria 13 x 0,1 x 2,80 = 3,64 KN/m
Peso próprio das vigas centrais 25x 0,20 x 0,50 = 2,5 KN/m
Peso próprio das vigas de canto 25 x 0,15 x 0,50 = 1,88 KN/m
Revestimento (piso+revestimento) 1 KN/m²
Fonte: Próprio autor
De acordo com a equação (4.1) e a Tabela 2 o carregamento de cada viga
no pavimento resulta em:
• Vigas V5=V2
q1= ( 3+1+2�.9,60
5,5).2=(20,94+Pp,viga+Pp,alvenaria)=27 KN/m
• Vigas V1=V3=V4=V6
q2= 3+1+2�.5,54
5,5= (6,04+ Pp,viga+Pp,alvenaria)=11,60 KN/m
40
4.1.1 Esforços Solicitantes
Após a distribuição das cargas nas vigas parte-se para a etapa da análise
estrutural. Nessa etapa, será calculado os esforços solicitantes por intermédio de
um modelo estrutural adotado. No presente trabalho, adotar-se-á o modelo de viga
contínua, que de acordo com Soriano (2007),
são elementos que possui barras dispostas sequencialmente em uma mesma linha reta horizontal, sob carregamento que a solicita no plano vertical, de maneira que desenvolva apenas o momento fletor de vetor normal a esse plano, o esforço cortante vertical e o esforço normal.
Nas Figuras abaixo pode ser visualizado as reações nos pilares obtidas
através do modelo de viga contínua, realizado por meio do programa Ftool,
desenvolvido por Martha (2001).
a) Pilares P1-P2-P3 e Viga V1
Figura 25 Representação esquemática do modelo de viga contínua (viga V1 e pilares P1-P2-P3) Fonte: Próprio autor
b) Pilares P2-P5-P8 e Viga V5
Figura 26 Representação esquemática do modelo de viga contínua (viga V5 e pilares P2-P5-P8) Fonte: Próprio autor
41
Tabela 3 Resumo dos esforços solicitantes normais característicos para 02 pavimentos
PILAR POSIÇÃO NORMAL
P1 CANTO 23,9x2x2 pav = 95,6 KN + $%&'()
P2 EXTREMIDADE (79,8+55,7)x2 pav = 271 KN + $%&'()
P5 INTERMEDIÁRIO 185,6x2x2 pav = 743 KN + $%&'()
Fonte: Próprio autor
A NBR 6118:2003 estabelece que a menor dimensão da seção transversal
do pilar não deve ser inferior a 19cm. Esta recomendação visa evitar um
comportamento inaceitável para os elementos estruturais e propiciar condições
adequadas de construção.
De acordo com ALVA et al. (2008) apud NBR 6118:2003 em casos
especiais, permite-se que a menor dimensão do pilar esteja compreendida entre
19cm e 12cm. Nestes casos, é preciso multiplicar os esforços finais de cálculo
empregados no dimensionamento dos pilares por um coeficiente adicional γn, de
acordo com a Tabela 4:
Tabela 4 - Valores do coeficiente adicional γn
Menor dimensão
≥ 19 18 17 16 15 14 13 12
Valor de γn 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 Fonte: NBR 6118, 2003
4.1.2 Dimensionamento do pilar P5
Dados considerados:
fck=25 MPa
Aço CA50
Grau de agressividade II
Método de dimensionamento: Compressão Centrada Simples
O roteiro de cálculo será empregado de acordo com a sequência adotada
pela NBR 6118:2003.
a) Peso próprio do pilar: Ppilar= 0,20. 0,40.2,8.25.2=11,20 KN
42
Com base na equação (4.2) a combinação para que o esforço normal de
cálculo atenda ao estado limite último é igual a:
Nxd= 743+11,20�.1,40=1055 KN
Figura 27 - Seção transversal do pilar P5 Fonte: Próprio autor
b) Índice de esbeltez
λy=3,46 . lehy
=3,46 . 280
40= 24,22
λz=3,46 . lehz
=3,46 . 280
20=48,44
O cálculo será efetuado na direção mais desfavorável, ou seja, na direção Z.
c) Excentricidade de 1ª ordem
e1zmin=1,5+0,03.hz=1,5+0,03.20=2,1cm
d) Excentricidade de 2ª ordem
Força normal reduzida:
43
νd=Nd
Ac . fcd=
1055
20.40.2,5
1,4
=0,74>0,7 (ok)
Critérios para dispensa dos efeitos de 2ª ordem:
λz ≤ λ1=25+12,5 . e1y
min
h, com 35≤λ1≤90
λ1=25+12,5 . 2,1
20=26,31
λz>λ1 → e2z= le2
10 .
0,0055 νd+0,5�.h =2802
10.
0.0055 0,92+0,5�.20=1,52cm
Portanto, a excentricidade total na direção z é o somatório dos efeitos de 1ª e 2ª ordem:
ez,total= e1z+ e2z=2,1+1,52=3,62cm
e) Valores do parâmetro αs
De acordo com a Figura abaixo o valor de αs depende da distribuição e da
quantidade de armaduras nas duas direções.O arranjo de armadura pré-
selecionado envolve a distribuição de 6 barras (3 x 2) conforme a equação abaixo:
αs=(nh-1)
(nv-1)=
2-1
3-1=0,5→ α = -
1
αs=-2 (para seções retangulares, αs<1)
Figura 28 Parâmetros para calcular o valor de αs de acordo com o arranjo de armadura Fonte: NBR 6118, 2003
44
f) Força normal solicitante de cálculo equivalente
β= 1 0,39+0,01. α�-0,8.
d'
h
=1 0,39+0,01.(-2)�-0,8.
4
20
=4,76
NSd,eq=NSd . �1+ β. ez,total
h�= 1055. 1+4,76.
3,62
20�= 1964 KN
g) Área da armadura longitudinal comprimida
A's=(NSd,eq- f'cd . A'
c)
f'yd=
1964-(0,85.2,5
1,4.20.40)
50
1,15
=17,24 cm²
h) Valores limites para armaduras longitudinais
A's,min≥ 0,004.A'c=0,004.20.40=3,2 cm²�
A's,max= 0,08.A'c=0,08.20.40=64cm²
Logo, 3,2<17,24<64 (ok)
i) Armadura longitudinal
Φ20.0↔ π.2,0²
4=3,14.6=18,84cm²
Areaefetiva=18,84 cm²
Arranjo↔*N1 = 6Φ20.0 � j) Detalhamento
Figura 29 - Detalhamento final do pilar P5 Fonte: Próprio Autor
45
4.1.3 Dimensionamento do pilar P2
Dados considerados:
fck=25 MPa
Aço CA50
Grau de agressividade II
Método de dimensionamento: Curvatura aproximada ou Pilar Padrão Simplificado
O mesmo procedimento visto anterior pode ser aplicado nesse tipo de pilar.
As reações obtidas através do modelo de viga contínua gera um esforço normal no
pilar P2 por meio das vigas V1 e V5. O momento fletor que atua no pilar tem origem
na ligação com a viga V5, visto que a viga V1 se limita na contribuição do esforço
normal, situação esta que denominamos de flexão normal ou reta composta.
Figura 30 - Seção transversal do pilar P2 Fonte: Próprio autor
a) Peso próprio do pilar: Ppilar= 0,20. 0,40.2,8.25.2=11,20 KN
Com base na equação (4.2) a combinação para que o esforço normal de cálculo
atenda ao estado limite último é igual a:
46
Nxd= 271+11,20�.1,40.1,0=396,00 KN
b) Índice de esbeltez
λy=3,46 . lehy
=3,46 . 280
40= 24,22
λz=3,46 . lehz
=3,46 . 280
20= 48,44
c) Momentos na ligação viga-pilar
A rigidez do pilar no tramo superior e inferior é igual a:
• na direção z
rinf=rsup=6.E.I
le=
6.E.40.203
12.280=571.E�
• na direção y
rinf=rsup=6.E.I
le=
6.E.40³.20
12.280=2286.E�
A rigidez da viga é igual a:
rviga=4.E.I
lviga=
4.E.50³.20
12.550=1515.E
O momento de engastamento perfeito para a viga V5 é igual a:
Meng=q.l²
12=
27.5,5²
12 =68 kN.m=6800kN.cm
Logo, os momentos fletores solicitantes no tramo superior e inferior é igual a:
• na direção z
Msup= Minf=Meng. + rsup
rviga+ rsup+ rinf,=6800. 571.E
1515.E+571.E+571.E �=1462 kN.cm
• na direção y
Msup= Minf=Meng. + rsup
rviga+ rsup+ rinf,=6800. 2286.E
1515.E+2286.E+2286.E �=2554 kN.cm
47
d) Excentricidade inicial
• na direção z
eiz=Msup= Minf,d
Nd=
1462.1,4
396=5,17cm
• na direção y
eiy=Msup= Minf,d
Nd=
2554.1,4
396=9,02 cm
�e) Excentricidade mínima
• na direção z
ez,min=1,5+0,03.hz=1,5+0,03.20=2,10 cm
• na direção y
ey,min=1,5+0,03.hy=1,5+0,03.40=2,70 cm
f) Excentricidade devido ao desvio do eixo da viga V1 com o eixo do pilar P1
(Figura 30):
M1y,V1=NV1 . 12,5= 23,9+11,2�.1,4.12,5=615 KN.cm
eiy,1=615
396=1,55 cm → ey,min = 2,70cm
eiy,1=9,02+2,70=11,72cm
g) Verificação dos efeitos de 2ª ordem
A força normal reduzida é igual a:
νd=Nd
Ac . fcd=
396
20.40.2,5
1,4
=0,28
• na direção z
λ1z=25+12,5 . e1z
hz=25+12,5.
5,17
20=28,3 →λ1z=35<48,44, com 35≤λ1≤90
λz>λ1z-e2z≠0
48
λz>λ1 → e2z= le2
10 .
0,0055 νd+0,5�.hz=
2802
10.
0.0055 0,18+0,5�.20=3,17cm
ez,total= e1z+ e2z=5,17+3,17 = 8,34 cm
• na direção y
λ1y=25+12,5 . e1y
hy=25+12,5.
11,72
40=28,66=35 →λ1y=35, com 35≤λ1≤90
λy<λ1y-e2y=0
ey,total= e1y+ ey,min =e1y = 11,72cm
Figura 31 Situações de projeto e de cálculo para flexão reta composta Fonte: Adaptado de Bastos, 2005
h) Determinação da área da armadura
d'zhz
=4,0
20=0,2→Ábaco A - 4 (ANEXO C)
d'yhy
=4,0
40=0,1 → Ábaco A - 2 (ANEXO B)
νd=0,28
µz= νd.ez,total
hz=
0,35.8,34
20=0,14
ω = 0,19�µy=
νd.ey,total
hy=
0,35.11,72
40=0,10
ω�.� �
49
i) Determinação da área da armadura
As=ω.Ac.fcd
fyd=
0,18.20.40.2,5
1,450
1,15
=5,91 cm²�j) Valores limites para armaduras longitudinais de pilares
A's,min≥ 0,004.A'c=0,004.20.40=3,2 cm²�
A's,max= 0,08.A'c=0,08.15.40=48cm²�
Logo:3,2<5,91<48 (ok)
l) Armadura longitudinal
Nº de barras= A's
Areacomercial
Φ16.0↔ π.1,60²
4=2,01.4=8,04cm²
Areaefetiva=8,04cm²
Arranjo ↔*N1 = 4Φ16.0 � m) Detalhamento
Figura 32 - Detalhamento final do pilar P2
50
4.1.4 Dimensionamento do pilar P1
Dados:
fck=25 MPa
Aço CA50
Grau de agressividade II
Método de dimensionamento: Curvatura aproximada ou Pilar Padrão Simplificado
Por meio das reações obtidas através do modelo de viga contínua pode-se
determinar o esforço normal utilizando-se do somatório das reações das vigas V1 e
V4. O momento fletor que atua no pilar tem origem nas ligações com as viga V1 e
V4, gerando flexão no pilar nas duas direções, situação esta que denominamos de
flexão oblíqua composta.
Figura 33 - Seção transversal do pilar P1 Fonte: Próprio autor
a) Peso próprio do pilar: Ppilar= 0,20. 0,40.2,8.25.2=11,20 KN
b) O esforço normal de cálculo é:
Nd= γn.γf.Nk-hz=20 cm ↔ γn=1,00 (Tabela 4).
51
Nxd=1,00.1,4. 95,6+11,20�=150 KN�
c) Índice de esbeltez
λy=3,46 . lehy
=3,46 . 280
40= 24,22
λz=3,46 . lehz
=3,46 . 280
20= 48,44
d) Momentos na ligação viga-pilar
A rigidez do pilar no tramo superior e inferior é igual a:
• na direção z
rinf=rsup=6.E.I
le=
6.E.40.203
12.280=571.E
�• na direção y
rinf=rsup=6.E.I
le=
6.E.40³.20
12.280=2286.E�
A rigidez da viga é igual a:
rviga=4.E.I
lviga=
4.E.50³.15
12.550=1137.E�
O momento de engastamento perfeito para a viga V1 é igual a:
Meng=q.l²
12=
11,6.5,5²
12 =29,3kN.m=2930kN.cm�
O momento de engastamento perfeito para a viga V4 é igual a:
Meng=q.l²
12=
11,6.5,5²
12 =29,3kN.m=2930kN.cm�
Logo, os momentos fletores solicitantes no tramo superior e inferior é igual a:
52
• na direção z
Msup=Minf=Meng.+ rsup
rviga+rsup+rinf,=2930. 571.E
1137.E+571.E+571.E�=734 kN.cm�
• na direção y
Msup=Minf=Meng.+ rsup
rviga+rsup+rinf,=2930. 2286.E
1137.E+2286.E+2286.E�=1174 kN.cm�
e) Excentricidade inicial
• na direção z
eiz=Msup=Minf,d
Nd=
734.1,4
150=6,85cm �
• na direção y
eiy=Msup=Minf,d
Nd=
1174.1,4
150=10,96 cm �
�f) Excentricidade devido ao desvio do eixo da viga V1 com o eixo do pilar P1
(Figura 29):
M1y,V1=NV1 . 12,5= 23,9+11,2�.1,4.12,5=615 KN.cm
eiy,1=615
150=4,1 cm
eiy,total=4,1+10,96=15,06 cm
g) Excentricidade devido ao desvio do eixo da viga V4 com o pilar P1 (Figura
29):
M1y,V1=NV1 . 2,5= 23,9+11,2�.1,4.2,5=123 KN.cm
eiz,1=123
150=0,82 cm
eiz,total=0,82+6,85=7,67 cm
h) Excentricidade mínima
• na direção z
53
ez,min=1,5+0,03.hz=1,5+0,03.20=2,10 cm
• na direção y
ey,min=1,5+0,03.hy=1,5+0,03.40=2,70 cm
i) Verificação dos efeitos de 2ª ordem
νd=Nd
Ac . fcd=
150
20.40.2/01,4
=0,11
• na direção z
λ1z=25+12,5 . e1z
hz=25+12,5.
7,67
20=29,80 →λ1z=35<48,44, com 35≤λ1≤90
λz>λ1z-e2z≠0
λz>λ1 → e2z= le2
10 .
0,0055 νd+0,5�.hz=
2802
10.
0.0055 0,11+0,5�.20=3,37cm�
ez,total= e1z+ e2z=7,67+ 3,37 =11,05 cm
• na direção y
λ1y=25+12,5 . e1y
hy=25+12,5.
15,06
40= 29,70 = 35 → λ1y= 35 < 24,22, com 35 ≤ λ1 ≤90
λy<λ1y-e2y= 0
ey,total= e1y,total =15,06 cm
Figura 34 Situações de projeto e de cálculo para flexão oblíqua Fonte: Adaptado de Bastos, 2005
54
j) Determinação da área da armadura (ANEXO A)
d'zhz
=4,0
20= 0,2
d'yhy
=4,0
40=0,1
νd=0,11
µz= νd.ez,total
hz=
0,11.11,05
20=0,06�
µy= νd.e1,total
hy=
0,11.15,06
40=0,04
Por interpolação:
P/ νd=0→ ω=0,17
P/ νd=0,11→ x
P/ νd=0,2→ ω=0,11
0,17-0,05
0-0,2=
x-0,05
0,11-0,2→ x=0,104
i) Determinação da área da armadura
As= ω.Ac.fcd
fyd=
0,104.20.40.2,5
1,450
1,15
=3,42 cm²
j) Valores limites para armaduras longitudinais de pilares
A's,min≥ 0,004.A'c=0,004.20.40=3,2 cm²�
A's,max= 0,08.A'c=0,08.20.40=64cm²�
Logo:3,2<3,42<64 (ok)
l) Armadura longitudinal
Φ12.5↔ π.1,25²
4=1,227.4=4,91cm²
Areaefetiva=4,91 cm²
Arranjo ↔*N1 = 4Φ12.5 �
55
m) Detalhamento
Figura 35 - Detalhamento final do pilar P1
56
5 ANÁLISE NUMÉRICA
Neste capítulo serão apresentadas as análises dos três tipos de pilares
apresentados na etapa anterior, focalizando a avaliação dos resultados obtidos a
partir do programa de análise secional aqui proposto.
A análise baseia-se na obtenção dos parâmetros de deformação da seção, a
partir dos quais são calculadas as tensões normais nos elementos de concreto e
aço, individualmente, levando-se em consideração a discretização utilizada. De
fato, fixando-se o terno de valores de serviço (Nx,Mz,My), definidos no processo de
dimensionamento e mostrados resumidamente na Tabela 5, obtém-se
iterativamente o terno (εcg,ψz ,ψy� que equilibra a seção e as correspondentes
deformações e tensões dos materiais envolvidos.
Figura 36 - Configuração de um pilar excêntrico ‘ Fonte: Notas de aula
De acordo com a Figura acima, os momentos fletores de serviço para
análise dos pilares P1 e P2 são respectivamente:
57
a) Esforços solicitantes de serviço do pilar P1
eP1,y,total=4,1+10,96=15,06 cm→15,06
1,4=10,76 cm
eP1,z,total= e1z+ e2z=6,67+ 3,37 =11,04 cm→11,04
1,4=7,89 cm
• NP1,x= 95,6+11,20�=107 KN�• MP1,y=NP1,x.eP1,y,total=107. 10,76= 1151KN.cm
• MP1,z=NP1,x.eP1,z,total=107 . 7,89= 844 KN.cm
b) Esforços solicitantes de serviço do pilar P2
eP2,z,total= e1z+ e2z=5,17+2,54 =7,71 cm
• NP2,x= 271+11,20�= 283 KN
• MP2,z=NP1,x.eP2,z,total=283 . 7,71=2182 KN.cm
Tabela 5 Resumo dos esforços solicitantes de serviço para análise
Pilar Esforço Normal Nx
(KN)
Momento Fletor Mz
(KN.cm)
Momento Fletor MY
(KN.cm)
P1 107 -844 1151
P2 283 2182 0
P5 754 0 0
58
5.1 ANÁLISE DO PILAR P5 – COMPRESSÃO CENTRADA SIMPLES
A seção do pilar P5 foi discretizada em elementos retangulares conforme
mostra a Figura 37.
Figura 37 Modelo adotado para o pilar P5 – Concreto Armado Fonte: Próprio autor
Na Tabela 7 foram apresentados os resultados obtidos com o programa,
para diversos valores de esforço normal de compressão atuando no pilar.
Como era de se esperar, tendo em vista a simetria da seção, para todos os
níveis de carga o programa determinou compressão uniforme para a seção, com os
dois parâmetros de rotação resultando nulos, estando todos os elementos
retangulares da seção sujeitos à mesma deformação linear específica. Nesse
sentido, foram então destacados dois elementos da seção, um associado à região
de concreto e outro a uma das armaduras de aço, para os quais são mostradas as
respectivas deformações e tensões, estas avaliadas sempre no centróide dos
elementos.
Na Tabela, focalizando-se o elemento de concreto constata-se o aspecto
não linear da resposta com o crescimento da carga, o que é confirmado na Figura
38, onde foram plotadas as tensões e deformações calculadas pelo programa para
o elemento de concreto.
59
Nas seções inteiramente comprimidas, como é o caso do pilar P5, a NBR
6118:2003 admite que o encurtamento da borda mais comprimida, na ocasião da
ruptura varia de 3,5 a 2‰. No entanto, percebe-se claramente na Tabela que a
armadura absorve parte do esforço solicitante, auxiliando o concreto a resistir ao
esforço normal. O intervalo de deformações variou de 0 a 0,874‰, contido na
região do domínio 5 que corresponde a reta b (reta uniforme).
Tabela 6 Análise do pilar P5 - Compressão Simples – Caso 5A
ANÁLISE DO PILAR P5 - COMPRESSÃO SIMPLES – Seção Concreto-Aço
Tolerância admitida no ciclo de iteração = 0,001
ELEMENTO 1 DE CONCRETO BARRA 1
NÍVEL DE CARGA Nx (KN) DEF. (‰) TENSÃO (KN.cm²) DEF.(‰) TENSÃO (KN.cm²) Nº ITERAÇÃO
0,1 75,4 0,036 0,076 0,036 0,756 2
0,2 150,8 0,073 0,152 0,073 1,533 2
0,3 226,2 0,110 0,228 0,110 2,310 2
0,4 301,6 0,148 0,303 0,148 3,108 2
0,5 377 0,187 0,379 0,187 3,927 2
0,6 452,4 0,226 0,453 0,226 4,746 3
0,7 527,8 0,266 0,528 0,266 5,586 3
0,8 603,2 0,307 0,600 0,307 6,447 3
0,9 678,6 0,348 0,675 0,348 7,308 4
1 754 0,391 0,749 0,391 8,211 4
1,1 829,4 0,433 0,822 0,433 9,093 4
1,2 904,8 0,478 0,894 0,478 10,038 4
1,3 980,2 0,523 0,966 0,523 10,983 5
1,4 1055,6 0,569 1,037 0,569 11,949 5
1,5 1131 0,617 1,108 0,617 12,957 5
1,6 1206,4 0,665 1,178 0,665 13,965 6
1,7 1281,8 0,715 1,248 0,715 15,015 6
1,8 1357,2 0,767 1,317 0,767 16,107 6
1,9 1432,6 0,819 1,385 0,819 17,199 7
2 1508 0,874 1,452 0,874 18,354 7
Fonte: Próprio autor
60
Figura 38 - Gráfico Tensão X Deformação – comparação entre os casos 5A e 5B para o elemento 1 de concreto. Fonte: Próprio autor
Visando testar a formulação foi apresentada uma situação hipotética (e
particular) onde a seção foi simulada sem a presença de armaduras de aço,
conforme representado na Figura 39.
Figura 39 Análise do Pilar P5 considerando a seção somente de concreto Fonte: Próprio autor
61
Os resultados obtidos com o programa foram registrados na Tabela 8 e
representados graficamente na Figura 39, para um elemento de concreto situado
na mesma região da seção de concreto armado anteriormente estudada:
Tabela 7 Análise do elemento 1 (hachurado) – Caso 5B
ANÁLISE DO ELEMENTO 1 DE CONCRETO (hachurado)
NÍVEL DE CARGA
ESFORÇO NORMAL
(KN) DEF. (‰) TENSÃO (KN.cm²) ITERAÇÃO
0,1 75,4 0,045 0,094 2
0,2 150,8 0,091 0,188 2
0,3 226,2 0,138 0,283 3
0,4 301,6 0,186 0,377 3
0,5 377 0,235 0,471 4
0,6 452,4 0,287 0,565 4
0,7 527,8 0,339 0,660 4
0,8 603,2 0,393 0,754 5
0,9 678,6 0,449 0,848 5
1 754 0,508 0,942 6
1,1 829,4 0,569 1,040 6
1,2 904,8 0,632 1,131 7
1,3 980,2 0,698 1,225 8
1,4 1055,6 0,769 1,320 9
1,5 1131 0,843 1,414 10
1,6 1206,4 0,922 1,508 11
1,7 1281,8 1,00 1,600 12
1,8 1357,2 1,10 1,690 13
1,9 1432,6 1,21 1,790 15
2 1508 1,33 1,890 18
Fonte: Próprio autor
Retirando o aço da seção pura de concreto (caso 5B), nota-se que nos
últimos níveis de carga o número de iteração tende a aumentar com o incremento
do carregamento (Tabela 8). Fica evidente que esse fato está relacionado a menor
resistência à compressão do concreto, frente ao aço. Porém, em se tratando do
carregamento de serviço (754kN) a deformação é de 0,508‰ e a tensão 0,942
KN/cm², valores bem abaixo dos limites propostos pela norma.
Outra observação, com base nas duas Tabelas anteriores, é que a
contribuição do aço é preponderante nos resultados, visto que no nível de carga 2 -
caso 5A a tensão atinge o valor de 1,452
concreto puro (caso 5B) nesse mesmo nível de carregame
de 1,89 KN/cm².
Vale ressaltar que para os casos acima, a quantidade de elementos de
concreto utilizada para d
encontrados, por se tratar o problema de compressão uniforme.
Para seções inteiramente comprimidas, mas sob compressão uniforme, o
encurtamento de ruptura do concreto cai para 2‰ (reta b,Figura 6 p.15).
seções inteiramente comprimidas, mas sob compressão uniforme, o encurtamento
de ruptura do concreto cai para 2‰ (reta b,Figura 6 p.15). Assim, analisando o
gráfico abaixo, observa-se que a quantidade de iteração está diretamente
associada a capacidade resist
valores (Nx, My, Mz), ou seja, quanto menor essa capacidade maior o esforço
computacional para encontrar a solução do sistema, uma vez que para o caso 5B
as deformações se aproximam do valor máximo admitido
explica os picos de iterações(Figura 40).
Figura 40 Número de iteração X Carga aplicada (compressão simples) Fonte: Próprio autor
Analisando agora os resultados apresentados para uma das barras
da seção de concreto armado (Tabela
Figura 41 mostra que o aço não alcançou seu patamar de escoamento, não sendo,
0
2
4
6
8
10
12
14
16
75,4
150
,8
226
,2
301
,6
377
452
,4
Nº
de
Iter
ação
a tensão atinge o valor de 1,452KN/cm², enquanto para a seção de
concreto puro (caso 5B) nesse mesmo nível de carregamento a tensão é da ordem
Vale ressaltar que para os casos acima, a quantidade de elementos de
concreto utilizada para discretização da seção não afeta os resultados
encontrados, por se tratar o problema de compressão uniforme.
Para seções inteiramente comprimidas, mas sob compressão uniforme, o
encurtamento de ruptura do concreto cai para 2‰ (reta b,Figura 6 p.15).
ções inteiramente comprimidas, mas sob compressão uniforme, o encurtamento
de ruptura do concreto cai para 2‰ (reta b,Figura 6 p.15). Assim, analisando o
se que a quantidade de iteração está diretamente
associada a capacidade resistente da seção transversal em relação ao terno de
valores (Nx, My, Mz), ou seja, quanto menor essa capacidade maior o esforço
computacional para encontrar a solução do sistema, uma vez que para o caso 5B
as deformações se aproximam do valor máximo admitido pela norma (2‰), o que
explica os picos de iterações(Figura 40).
Número de iteração X Carga aplicada (compressão simples)Fonte: Próprio autor
Analisando agora os resultados apresentados para uma das barras
ção de concreto armado (Tabela 6), a linearidade bem definida no gráfico da
Figura 41 mostra que o aço não alcançou seu patamar de escoamento, não sendo,
452
,4
527
,8
603
,2
678
,6
754
829
,4
904
,8
980
,2
105
5,6
113
1
120
6,4
128
1,8
135
7,2
143
2,6
150
8
Carga (KN)
62
KN/cm², enquanto para a seção de
nto a tensão é da ordem
Vale ressaltar que para os casos acima, a quantidade de elementos de
iscretização da seção não afeta os resultados
Para seções inteiramente comprimidas, mas sob compressão uniforme, o
encurtamento de ruptura do concreto cai para 2‰ (reta b,Figura 6 p.15). Para
ções inteiramente comprimidas, mas sob compressão uniforme, o encurtamento
de ruptura do concreto cai para 2‰ (reta b,Figura 6 p.15). Assim, analisando o
se que a quantidade de iteração está diretamente
ente da seção transversal em relação ao terno de
valores (Nx, My, Mz), ou seja, quanto menor essa capacidade maior o esforço
computacional para encontrar a solução do sistema, uma vez que para o caso 5B
pela norma (2‰), o que
Número de iteração X Carga aplicada (compressão simples)
Analisando agora os resultados apresentados para uma das barras de aço
), a linearidade bem definida no gráfico da
Figura 41 mostra que o aço não alcançou seu patamar de escoamento, não sendo,
CASO 5A
CASO 5B
63
portanto, aproveitado na sua totalidade. A máxima tensão obtida nesse caso foi de
18,354 KN/cm², bem abaixo da sua correspondente (minorada) de cálculo
50KN/cm²/1,15 = 43,48KN/cm². Todavia pode, entre outros casos, ser utilizado
para proteção contra a flambagem e juntamente com o concreto atuar no sentido
de resistir aos esforços de compressão, porém sem escoamento na região
comprimida.
Figura 41 Gráfico Tensão X Deformação da Barra 1 Fonte: Próprio autor
64
5.2 ANÁLISE DO PILAR P2 – FLEXÃO COMPOSTA RETA
Seguindo a metodologia empregada na análise do pilar anterior,
apresenta-se na Figura 42 a discretização escolhida para representar a seção de
concreto armado do pilar P2, sujeito à flexão composta plana. Como se vê, trata-se
de uma discretização bastante pobre de elementos de concreto. Na Tabela 8 estão
listados os resultados obtidos com o programa para dois dos elementos de
concreto e para dois elementos associados às armaduras superior e inferior da
seção, para diversos patamares do carregamento combinado (força e momento).
Além disso, visando fazer um estudo do efeito do refinamento da malha de
elementos retangulares, sobre a resposta do pilar em estudo, foram apresentadas
mais duas simulações para o problema ampliando-se o número de elementos de
concreto, conforme Figuras 43 e 44 e as respectivas Tabelas 9 e 10.
Figura 42 Análise do Pilar P2 - 12 camadas de concreto - Caso 5C Fonte: Próprio autor
65
Tabela 8 Valores de tensão e deformação máximos para o concreto e aço - 12 camadas de concreto – Caso 5C
ANÁLISE DO PILAR P2 - FLEXÃO COMPOSTA RETA – CASO 5C
ESFORÇOS ELEMENTO DE CONCRETO BARRA 1 Ø 10.0 BARRA 4 Ø 16.0
1 12 Compressão Tração
NÍVEL DE CARGA Nx (KN)
Mz (KN.cm) DEF. (‰)
TENSÃO (KN/cm²) DEF. (‰) DEF. (‰)
TENSÃO(KN/cm²)
TENSÃO(KN/cm²) DEF. (‰)
Nº DE ITER.
0,1 28,3 218,2 0,031 0,066 0,015 0,029 0,61 0,015 0,001 2
0,2 56,6 436,4 0,063 0,130 0,030 0,058 1,23 0,028 0,001 2
0,3 84,9 654,6 0,095 0,197 0,045 0,088 1,856 0,041 0,002 3
0,4 113,2 872,8 0,127 0,260 0,060 0,118 2,488 0,052 0,003 3
0,5 141,5 1091 0,160 0,326 0,076 0,149 3,128 0,063 0,003 3
0,6 169,8 1309,2 0,193 0,390 0,092 0,180 3,775 0,073 0,004 4
0,7 198,1 1527,4 0,226 0,454 0,107 0,211 4,43 0,081 0,004 4
0,8 226,4 1745,6 0,260 0,517 0,123 0,241 5,09 0,088 0,004 4
0,9 254,7 1963,8 0,295 0,580 0,139 0,275 5,77 0,094 0,005 4
1 283 2182 0,330 0,640 0,156 0,307 6,447 0,099 0,005 5
1,1 311,3 2400,2 0,365 0,705 0,172 0,340 7,137 0,100 0,005 5
1,2 339,6 2618,4 0,400 0,766 0,189 0,373 7,837 0,104 0,005 5
1,3 367,9 2836,6 0,437 0,827 0,206 0,407 8,547 0,104 0,005 5
1,4 396,2 3054,8 0,474 0,927 0,220 0,441 9,267 0,103 0,005 6
1,5 424,5 3273 0,511 0,948 0,240 0,476 9,998 0,099 0,005 6
1,6 452,8 3491,2 0,549 1,000 0,258 0,511 10,74 0,095 0,004 6
1,7 481,1 3709,4 0,588 1,065 0,276 0,547 11,49 0,088 0,004 6
1,8 509,4 3927,6 0,627 1,124 0,294 0,584 12,26 0,080 0,004 7
1,9 537,7 4145,8 0,667 1,181 0,312 0,621 13,04 0,068 0,003 7
2 566 4364 0,708 1,238 0,330 0,658 13,83 0,056 0,002 7 Fonte: Próprio autor
Figura 43 - Análise do Pilar P2 - 48 camadas de concreto - Caso 5D Fonte: Próprio Autor
66
Tabela 9 Valores de tensão e deformação máximos para o concreto e aço p/ 48 camadas de concreto – Caso 5D
ANÁLISE DO PILAR P2 - FLEXÃO COMPOSTA RETA – CASO 5D
ESFORÇOS ELEMENTO DE CONCRETO BARRA 1 Ø 10.0 BARRA 4 Ø 16.0
1 48 Compressão Compressão
NÍVEL DE
CARGA Nx (KN) Mz
(KN.cm) DEF. (‰) TENSÃO (KN/cm²)
DEF. (‰) DEF. (‰)
TENSÃO (KN/cm²)
TENSÃO (KN/cm²) DEF. (‰)
Nº DE ITER.
0,1 28,3 218,2 0,031 0,058 0,000 0,028 0,580 0,047 0,002 2
0,2 56,6 436,4 0,061 0,120 0,000 0,055 1,170 0,094 0,004 2
0,3 84,9 654,6 0,090 0,194 -0,002 0,084 1,770 0,140 0,007 3
0,4 113,2 872,8 0,120 0,258 -0,004 0,110 2,370 0,180 0,009 3
0,5 141,5 1091 0,160 0,322 -0,005 0,140 2,980 0,230 0,010 3
0,6 169,8 1309,2 0,190 0,380 -0,006 0,170 3,590 0,275 0,013 4
0,7 198,1 1527,4 0,223 0,450 -0,007 0,200 4,220 0,319 0,015 4
0,8 226,4 1745,6 0,256 0,510 -0,008 0,230 4,850 0,360 0,017 4
0,9 254,7 1963,8 0,290 0,570 -0,009 0,261 5,490 0,400 0,019 4
1 283 2182 0,321 0,634 -0,011 0,290 6,140 0,447 0,021 5
1,1 311,3 2400,2 0,359 0,695 -0,012 0,323 6,790 0,490 0,023 5
1,2 339,6 2618,4 0,395 0,756 -0,014 0,355 7,460 0,530 0,025 5
1,3 367,9 2836,6 0,430 0,816 -0,016 0,387 8,130 0,570 0,027 5
1,4 396,2 3054,8 0,470 0,870 -0,018 0,420 8,820 0,607 0,029 6
1,5 424,5 3273 0,503 0,930 -0,020 0,450 9,510 0,644 0,030 6
1,6 452,8 3491,2 0,531 1,003 -0,020 0,476 10,021 0,699 0,033 6
1,7 481,1 3709,4 0,565 1,065 -0,021 0,506 10,658 0,742 0,035 6
1,8 509,4 3927,6 0,599 1,128 -0,023 0,537 11,295 0,785 0,036 7
1,9 537,7 4145,8 0,657 1,170 -0,029 0,590 12,400 0,780 0,037 7
2 566 4364 0,697 1,220 -0,032 0,626 13,150 0,810 0,039 7 Fonte: Próprio autor
Figura 44 - Análise do Pilar P2 - 808 camadas de concreto - Caso 5E Fonte: Próprio autor
67
Tabela 10 Valores de tensão e deformação máximos para o concreto e aço p/ 808 camadas de concreto – Caso 5E
ANÁLISE DO PILAR P2 - FLEXÃO COMPOSTA RETA – CASO 5E
ESFORÇOS ELEMENTO DE CONCRETO BARRA 1 Ø 10.0 BARRA 4 Ø 16.0
1 808 Compressão Compressão
NÍVELDE CARGA Nx (KN) Mz (KN.cm) DEF. (‰)
TENSÃO (KN/cm²) DEF. (‰) DEF. (‰)
TENSÃO (KN/cm²)
TENSÃO (KN/cm²) DEF. (‰)
Nº DE ITER.
0,1 28,3 218,2 0,031 0,065 -0,001 0,028 0,583 0,047 0,002 2
0,2 56,6 436,4 0,062 0,130 -0,002 0,056 1,170 0,094 0,005 2
0,3 84,9 654,6 0,095 0,194 -0,003 0,084 1,767 0,141 0,007 3
0,4 113,2 872,8 0,125 0,259 -0,004 0,113 2,369 0,187 0,009 3
0,5 141,5 1091 0,158 0,322 -0,005 0,142 2,978 0,232 0,011 3
0,6 169,8 1309,2 0,191 0,386 -0,007 0,171 3,594 0,277 0,013 4
0,7 198,1 1527,4 0,224 0,449 -0,008 0,200 4,218 0,321 0,015 4
0,8 226,4 1745,6 0,231 0,512 -0,009 0,231 4,849 0,365 0,017 4
0,9 254,7 1963,8 0,292 0,574 -0,010 0,261 5,488 0,408 0,019 4
1 283 2182 0,326 0,636 -0,012 0,292 6,130 0,450 0,021 5
1,1 311,3 2400,2 0,361 0,697 -0,014 0,323 6,792 0,490 0,023 5
1,2 339,6 2618,4 0,396 0,758 -0,016 0,355 7,457 0,530 0,025 5
1,3 367,9 2836,6 0,432 0,819 -0,018 0,387 8,130 0,570 0,027 5
1,4 396,2 3054,8 0,459 0,879 -0,020 0,420 8,815 0,611 0,029 6
1,5 424,5 3273 0,505 0,938 -0,022 0,452 9,508 0,649 0,031 6
1,6 452,8 3491,2 0,543 0,997 -0,024 0,486 10,210 0,685 0,033 6
1,7 481,1 3709,4 0,581 1,055 -0,026 0,520 10,928 0,720 0,034 6
1,8 509,4 3927,6 0,619 1,113 -0,029 0,555 11,656 0,755 0,036 7
1,9 537,7 4145,8 0,659 1,169 -0,031 0,590 12,395 0,788 0,038 7
2 566 4364 0,699 1,226 -0,034 0,626 13,147 0,820 0,039 7 Fonte: Próprio autor
A comparação entre os resultados fornecidos pelas Tabelas 8 a 10 revela
que, diferentemente dos casos 5D e 5E, o caso 5C (de discretização pobre) foi o
único que determinou compressão na última camada de concreto (situada na fibra
inferior). Em relação à região tracionada (fibra inferior), de acordo com a
formulação, quanto mais próxima for o centróide da camada de concreto (Tabela
11) em relação ao centro de gravidade menor será a capacidade da camada
rotacionar e gerar a tração necessária para equilibrar a seção. Assim, como o
esforço de compressão é preponderante na seção, a camada tende a se comportar
de forma comprimida, ficando evidente que com a melhoria da discretização da
seção, o comportamento da camada passa a ser tracionado (casos 5D e 5E).
68
Para que o aço atinja seu alongamento máximo, é necessário que a seção
seja solicitada por tensões de tração capazes de produzir na armadura uma
deformação específica da ordem de 1%. Observa-se em todos os casos que o aço
em estudo (barra4) não absorve a tração gerada nas camadas de concreto
imediatamente abaixo, o que de acordo com a hipótese da solidariedade dos
materiais concreto e aço, garante que a deformação em cada barra da armadura
seja igual à do concreto que lhe é adjacente. Todavia, o programa atém-se as
análises de maneira individual, efetuando as leituras de cada material de acordo
com suas propriedades, tais como módulo de elasticidade secante e resistência à
compressão e tração (aço).
Para o caso 5C, conforme a Tabela 8, na medida em que há acréscimos de
carga, a barra 4, juntamente com o concreto, absorvem os esforços de compressão
até 1,5 da carga de serviço, resistindo-os com folga. A partir deste passo, começa-
se um decréscimo nos valores de deformação, indicando que para certo nível de
carregamento passa-se a ter um comportamento de natureza tracionada, ou seja,
com a evolução do carregamento as fissuras caminham no sentido do elemento
mais tracionado ao centro de gravidade da seção, onde o aço atua com o objetivo
de conter esse avanço de fissuras, proporcionando um aumento na tensão da
armadura com ou sem escoamento (regime de tração).
Tabela 11 Área e coordenada centroidal Yc do elemento de concreto de máxima tração como função da discretização da seção
Camada de concreto Área Centróide (Yc)
12 69 cm² -12,70 cm
808 0,32 cm² -19,99 cm
48 6,4 cm² -19,84 cm
Fonte: Próprio autor
Ainda analisando o elemento retangular de concreto na seção, foram
plotadas as curvas tensão X deformação (Figura 45) obtidas para os três níveis de
discretização estudados. Da observação dessas curvas conclui-se que os valores
69
para deformações e tensões foram muito próximos entre si, com um desvio
superior mínimo de 2% para a seção com discretização mais pobre.
Figura 45 Gráfico Tensão X Deformação máxima na compressão entre os diferentes níveis de discretização da camada 1. Fonte: Próprio autor
Destaca-se ainda, na Figura 45, que a deformação específica máxima para
o concreto está bem abaixo (0,708E-03 cm/cm ou 0,708‰, Caso 5C) do máximo
permitido pela norma (3,5‰), resistindo com folga as solicitações externas e,
consequentemente, garantindo a segurança da estrutura.
70
Figura 46 Gráfico Tensão X Deformação da barra de aço 1 Fonte: Próprio autor
Voltando-se para o comportamento previsto pelo programa para o aço, vê-
se que não escoa, conforme ilustra graficamente a Figura 46. Comparando os
resultados com a norma, em todos eles a deformação da barra 4 situa-se na região
do domínio 4a, flexão composta com armadura comprimida, contrariando os
cálculos de dimensionamento que foram desenvolvidos no domínio 3. Já o concreto
está situada na região do domínio 2 sem ruptura à compressão, conforme
elucidado na Figura 47.
Figura 47 Comparação entre os valores máximos de deformação da NBR 6118:encontrados neste trabalho. Fonte: Próprio autor
Por fim, a quantidade de iterações nas análises do presente pila
apresentou um crescimento suave com o acréscimo de carga, observando
que a discretização não afetou esse número de iterações (ver Figura 4
Figura 48 - Número de iteração X Carga aplicada (flexão composta plana) Fonte: Próprio autor
0
1
2
3
4
5
6
7
28,3 84,9 141,5 198,1
Nº
de
Iter
ação
Comparação entre os valores máximos de deformação da NBR 6118:encontrados neste trabalho. Fonte: Próprio autor
Por fim, a quantidade de iterações nas análises do presente pila
apresentou um crescimento suave com o acréscimo de carga, observando
não afetou esse número de iterações (ver Figura 4
Número de iteração X Carga aplicada (flexão composta plana)Fonte: Próprio autor
198,1 254,7 311,3 367,9 424,5 481,1 537,7
Carga (KN)
12 elementos
48 elementos
808 elementos
71
Comparação entre os valores máximos de deformação da NBR 6118:2003 e os
Por fim, a quantidade de iterações nas análises do presente pilar,
apresentou um crescimento suave com o acréscimo de carga, observando-se ainda
não afetou esse número de iterações (ver Figura 48).
Número de iteração X Carga aplicada (flexão composta plana)
12 elementos
48 elementos
808 elementos
72
5.3 ANÁLISE DO PILAR P1 – FLEXÃO OBLÍQUA COMPOSTA
Para o pilar P1, submetido a flexão oblíqua composta, foram concebidas três
discretizações da seção, em função da quantidade de elementos retangulares de
concreto, conforme representado nas Figuras 49 a 51. Nas Tabelas 12 a 14 foram
registradas as respostas computacionais para elementos de concreto e de aço,
para diversos níveis de carregamento combinado (força e os dois momentos). A
escolha das armaduras 3 e 2, sob solicitações distintas (tração e compressão), foi
proposital visando um enriquecimento das análises efetuadas.
Figura 49 - Análise do Pilar P1 - 25 elementos discretizados - Caso 5F Fonte: Próprio autor
73
Tabela 12 Valores de tensão e deformação para o concreto e aço - 25 elementos discretizados
ANÁLISE DO PILAR P2 - FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA – CASO 5F
ESFORÇOS ELEMENTO DE CONCRETO BARRA 2 BARRA 3
5 21 Compressão Tração
NÍVELDE CARGA
Nx (KN)
Mz (KN.cm)
My (KN.cm) DEF. ( ‰)
TENSÃO (KN/cm²) DEF. ( ‰) DEF. (‰)
TENSÃO (KN/cm²) DEF. (‰)
TENSÃO (KN/cm²)
Nº DE ITER
0,1 10,7 -84,4 115,1 0,036 0,060 -0,067 0,026 0,539 -0,057 -1,195 729
0,2 21,4 -168,8 230,2 0,072 0,119 -0,134 0,052 1,086 -0,114 -2,397 439
0,3 32,1 -253,2 345,3 0,108 0,179 -0,202 0,078 1,641 -0,172 -3,606 319
0,4 42,8 -337,6 460,4 0,145 0,238 -0,270 0,105 2,205 -0,230 -4,822 251
0,5 53,5 -422 575,5 0,183 0,296 -0,338 0,132 2,777 -0,288 -6,040 208
0,6 64,2 -506,4 690,6 0,221 0,357 -0,407 0,160 3,359 -0,346 -7,276 177
0,7 74,9 -590,8 805,7 0,259 0,412 -0,477 0,188 3,95 -0,405 -8,515 154
0,8 85,6 -675,2 920,8 0,299 0,469 -0,547 0,217 4,550 -0,465 -9,761 136
0,9 96,3 -759,6 1036 0,338 0,527 -0,617 0,246 5,163 -0,525 -11,017 121
1 107 -844 1151 0,379 0,583 -0,688 0,276 5,786 -0,585 -12,280 109
1,1 117,7 -928,4 1266 0,420 0,639 -0,760 0,306 6,420 -0,645 -13,555 99
1,2 128,4 -1013 1381 0,462 0.694 -0,832 0,337 7,067 -0,797 -14,839 91
1,3 139,1 -1097 1496 0,504 0,749 -0,905 0,368 7,727 -0,768 -16,130 83
1,4 149,8 -1182 1611 0,548 0,804 -0,978 0,400 8,400 -0,830 -17,437 76
1,5 160,5 -1266 1727 0,592 0,858 -1,050 0,433 9,089 -0,893 -18,750 71
1,6 171,2 -1350 1842 0,637 0,911 -1,113 0,466 9,790 -0,956 -20,080 65
1,7 181,9 -1435 1957 0,683 0,963 -1,202 0,500 10,510 -1,020 -21,420 61
1,8 192,6 -1519 2072 0,730 1,020 -1,279 0,536 11,250 -1,084 -22,414 56
1,9 203,3 -1604 2187 0,778 1,060 -1,356 0,572 12 -1,150 -22,770 52
2 214 -1688 2302 0,828 1,116 -1,435 0,609 12,785 -1,215 -25,527 49 Fonte: Próprio autor
Figura 50 - Análise do Pilar P1 - 100 elementos discretizados - Caso 5G Fonte: Próprio autor
74
Tabela 13 Valores de tensão e deformação para o concreto e aço - 100 elementos discretizados
ANÁLISE DO PILAR P2 - FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA – CASO 5G
ESFORÇOS ELEMENTO DE CONCRETO BARRA 2 BARRA 3
10 91 Compressão Tração
NÍVELDE CARGA
Nx (KN)
Mz (KN.cm)
My (KN.cm) DEF. ( ‰)
TENSÃO (KN/cm²) DEF. ( ‰) DEF. (‰)
TENSÃO (KN/cm²) DEF. ( ‰)
TENSÃO (KN/cm²)
Nº DE ITERAÇÃO
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0,1 10,7 -84,4 115,1 - - - - - - - -
0,2 21,4 -168,8 230,2 - - - - - - - -
0,3 32,1 -253,2 345,3 - - - - - - - -
0,4 42,8 -337,6 460,4 - - - - - - - -
0,5 53,5 -422 575,5 - - - - - - - -
0,6 64,2 -506,4 690,6 - - - - - - - -
0,7 74,9 -590,8 805,7 1,11 1,367 -1,178 0,011 0,236 -0,074 -1,565 53
0,8 85,6 -675,2 920,8 - - - - - - - -
0,9 96,3 -759,6 1035,9 0,799 1,087 -0,896 0,077 1,624 -0,174 -3,654 136
1 107 -844 1151 0,825 1,11 -0,908 0,100 2,153 -0,185 -3,890 154
1,1 117,7 -928,4 1266,1 1,050 1,310 -1,230 0,081 1,700 -0,262 -5,500 103
1,2 128,4 -1012,8 1381,2 1,070 1,335 -1,240 0,107 2,250 -0,273 -5,737 109
1,3 139,1 -1097,2 1496,3 1,100 1,358 -1,255 0,135 2,830 -0,287 -6,030 115
1,4 149,8 -1181,6 1611,4 0,911 1,190 -1,120 0,205 4,300 -0,422 -8,860 104
1,5 160,5 -1266 1726,5 0,953 1,230 -1,170 0,235 4,494 -0,458 -9,613 106
1,6 171,2 -1350,4 1841,6 - - - - - - - -
1,7 181,9 -1434,8 1956,7 1,080 1,340 -1,370 0,274 5,765 -0,564 -11,858 99
1,8 192,6 -1519,2 2071,8 0,835 1,120 -1,320 0,529 11,110 -1,020 -21,430 63
1,9 203,3 -1603,6 2186,9 0,891 1,177 -1,408 0,565 11,860 -1,080 -22,736 55
2 214 -1688 2302 0,947 1,229 -1,491 0,602 12,640 -1,145 -24,060 55 Fonte: Próprio autor
Figura 51 Análise do Pilar P1 - 400 elementos discretizados - Caso 5H Fonte: Próprio autor
75
Tabela 14 Valores de tensão e deformação para o concreto e aço - 400 elementos discretizados
ANÁLISE DO PILAR P2 - FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA – CASO 5H
ESFORÇOS ELEMENTO DE CONCRETO BARRA 2 BARRA 3
20 381 Compressão Tração
NÍVELDE CARGA
Nx (KN)
Mz (KN.cm)
My (KN.cm) DEF. ( ‰)
TENSÃO(KN/cm²) DEF. ( ‰) DEF.(‰)
TENSÃO(KN/cm²) DEF. ( ‰)
TENSÃO(KN/cm²)
Nº DE ITER.
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0,1 10,7 -84,4 115,1 - - - - - - - -
0,2 21,4 -168,8 230,2 - - - - - - - -
0,3 32,1 -253,2 345,3 - - - - - - - -
0,4 42,8 -337,6 460,4 0,849 1,137 -0,916 0,018 -0,374 0,049 -1,020 92
0,5 53,5 -422 575,5 1,081 1,340 -1,190 0,027 -0,566 -0,082 -1,712 52
0,6 64,2 -506,4 690,6 0,850 1,138 -0,916 0,016 -0,334 -0,082 -1,720 82
0,7 74,9 -590,8 805,7 - - - - - - - -
0,8 85,6 -675,2 920,8 1,068 1,330 -1,190 0,025 0,524 -0,149 -3,125 110
0,9 96,3 -759,6 1035,9 - - - - - - - -
1 107 -844 1151 - - - - - - - -
1,1 117,7 -928,4 1266,1 0,951 1,230 -1,052 0,115 2,408 -0,216 -4,530 156
1,2 128,4 -1012,8 1381,2 1,110 1,367 -1,280 0,108 2,270 -0,274 -5,747 112
1,3 139,1 -1097,2 1496,3 - - - - - - - -
1,4 149,8 -1181,6 1611,4 1,086 1,344 -1,266 0,176 3,689 -0,357 -7,492 101
1,5 160,5 -1266 1726,5 - - - - - - - -
1,6 171,2 -1350,4 1841,6 1,200 1,428 -1,439 0,218 4,468 -0,455 -9,572 123
1,7 181,9 -1434,8 1956,7 1,159 1,399 -1,438 0,269 5,640 -0,548 -11,509 112
1,8 192,6 -1519,2 2071,8 1,206 1,430 -1,492 0,300 6,350 -0,589 -12,370 105
1,9 203,3 -1603,6 2186,9 1,140 1,385 -1,518 0,382 8,020 -0,760 -15,970 77
2 214 -1688 2302 1,197 1,425 -1,593 0,418 8,782 -0,815 -17,110 77 Fonte: Próprio autor
Em relação ao caso 5H, a quantidade de elementos de concreto
comprimidos e tracionados alterava a cada passo, de modo que quanto maior o
carregamento aplicado maior era a quantidade de elementos tracionados e mais
inclinada era a linha neutra (Figura 52).
76
Figura 52 - Configuração dos elementos de concreto monitorados pelo programa – caso 5H Fonte: Próprio autor
Outro fenômeno que ocorreu durante as análises refere-se à divergência
no ciclo de iteração durante o processamento do programa. As Tabelas 13 e 14
permitem visualizar a carência de resultados para certos níveis de tensão, sejam
estes baixos ou altos. Durante o ciclo é comum que a matriz de rigidez tenha uma
tendência decrescente, já que à medida que a seção é solicitada há elementos de
concreto comprimidos e tracionados. Assim, como é desprezada a contribuição do
concreto na tração (σci= Ecis .εci . �, retira-se da integração numérica o módulo de
elasticidade desse elemento, reduzindo a rigidez e buscando o equilíbrio da seção.
Para os casos 5G e 5H, durante o monitoramento do ciclo iterativo percebeu-se
que para estes carregamentos a quantidade de elementos de concreto tracionados
não foi suficiente para a solução do problema. Destarte, faz-se necessário que o
usuário teste várias discretizações, de maneira que se possa atender ao critério de
convergência da solução.
Uma análise intrínseca aos problemas de flexão oblíqua baseia-se no
comportamento concomitante dos momentos fletores. No quadrante mais solicitado
na tração (inferior esquerdo) My e Mz vão atuar de tal forma que nessa região as
solicitações de tração podem fazer com que a seção não encontre equilíbrio. Isso
explica os valores não preenchidos nos casos 5H e 5G, posto que como o nível de
discretização é maior, as coordenadas centroidais dos elementos ficam mais
próximas da borda mais tracionada da seção, gerando esforços de tração maiores
em relação à seção com pequena discretização (ver Tabela 15) e, portanto não
encontrando uma solução de equilíbrio.
Tabela 15 Comparação entre os elementos mais tracionados
Casos
5F – 25 elementos5G – 100 elementos5H – 400 elementos
Fonte: Próprio Autor
Ao contrário das análises dos casos anteriores
se revelou mais rica em detalhes e dificuldades
para o número de iterações, ocorrendo picos já nos primeiros passos de carga,
quando se utiliza carregam
discretização.Observou-se ainda que a
sofreu uma espécie de alternância nos valores
espécie de sensibilidade nos r
combinação de ações simultâneas entre os ternos de
53).
Figura 53 Número de iteração X Carga aplicada (flexão oblíqua composta) Fonte: Próprio autor
As Figuras 54 e 55
estado de tensões da seção em relação aos diferentes níveis de discretização. Os
valores maiores de tensões para os casos 5F e 5G em relação ao caso 5H foi
0
100
200
300
400
500
600
700
800
10,7 32,1 53,5
Nº
de
Iter
ação
Comparação entre os elementos mais tracionados
Deformação do elemento mais tracionado (Passo 2)
25 elementos -1,435E-03 100 elementos -1,491E-03 400 elementos -1,593E-03
óprio Autor
Ao contrário das análises dos casos anteriores, a flexão oblíqua
se revelou mais rica em detalhes e dificuldades, como constatado
para o número de iterações, ocorrendo picos já nos primeiros passos de carga,
quando se utiliza carregamentos inferiores ao de serviço, e com níveis baixos de
se ainda que a seção com mais elementos discretizados
de alternância nos valores de iteração, demonstrando uma
sensibilidade nos resultados para a flexão oblíqua, em face da
combinação de ações simultâneas entre os ternos de esforços solicitantes(Figura
úmero de iteração X Carga aplicada (flexão oblíqua composta)Fonte: Próprio autor
permitem solucionar algumas questões relacionadas ao
estado de tensões da seção em relação aos diferentes níveis de discretização. Os
valores maiores de tensões para os casos 5F e 5G em relação ao caso 5H foi
74,9 96,3 117,7 139,1 160,5 181,9 203,3
Carga (KN)
400 elementos
25 elementos
100 elementos
77
, a flexão oblíqua composta
como constatado por exemplo
para o número de iterações, ocorrendo picos já nos primeiros passos de carga,
entos inferiores ao de serviço, e com níveis baixos de
seção com mais elementos discretizados
demonstrando uma
esultados para a flexão oblíqua, em face da
esforços solicitantes(Figura
úmero de iteração X Carga aplicada (flexão oblíqua composta)
permitem solucionar algumas questões relacionadas ao
estado de tensões da seção em relação aos diferentes níveis de discretização. Os
valores maiores de tensões para os casos 5F e 5G em relação ao caso 5H foi
400 elementos
25 elementos
100 elementos
interpretado da seguinte forma: como os elementos de concreto são maiores e,
portanto, envolvem um espaço maior na seção transversal, com a “retirada” dos
elementos tracionados na
absorver uma maior área tracionada, passando
resistência à tração, o que explica também o porquê do maior valor de compressão
na barra 2. De acordo com as equações de equilíbrio
aumento na tração da barra 3 é necessário que a resistência à compressão da
barra 2 acompanhe o aumento daquela, forçando o equilíbrio.
Figura 54 Fonte: Próprio autor
Figura 55 - Fonte: Próprio autor
-30,000
-25,000
-20,000
-15,000
-10,000
-5,000
0,000
107
117,
7
Ten
são
KN
/cm
²
0,000
2,000
4,000
6,000
8,000
10,000
12,000
14,000
107
117
,7
Ten
são
KN
/cm
²
interpretado da seguinte forma: como os elementos de concreto são maiores e,
portanto, envolvem um espaço maior na seção transversal, com a “retirada” dos
elementos tracionados na formulação, a armadura estudada (barra 3) tende a
absorver uma maior área tracionada, passando-a a exigir mais em termos de
resistência à tração, o que explica também o porquê do maior valor de compressão
na barra 2. De acordo com as equações de equilíbrio da seção, para compensar o
aumento na tração da barra 3 é necessário que a resistência à compressão da
barra 2 acompanhe o aumento daquela, forçando o equilíbrio.
54 - CargaXTensão de tração da armadura 3 Fonte: Próprio autor
CargaXTensão de compressão da armadura 2 Fonte: Próprio autor
117,
7
128,
4
139,
1
149,
8
160,
5
171,
2
181,
9
192,
6
203,
3
214
Carga (KN)
400 elementos
25 elementos
100 elementos
128
,4
139
,1
149
,8
160
,5
171
,2
181
,9
192
,6
203
,3
214
Carga (KN)
400 elementos
25 elementos
100 elementos
78
interpretado da seguinte forma: como os elementos de concreto são maiores e,
portanto, envolvem um espaço maior na seção transversal, com a “retirada” dos
formulação, a armadura estudada (barra 3) tende a
a a exigir mais em termos de
resistência à tração, o que explica também o porquê do maior valor de compressão
da seção, para compensar o
aumento na tração da barra 3 é necessário que a resistência à compressão da
400 elementos
25 elementos
100 elementos
400 elementos
25 elementos
100 elementos
79
6 CONCLUSÃO
De acordo com os capítulos precedentes, foi possível fazer uma previsão do
comportamento de pilares de concreto armado, através de uma análise secional,
considerando relações constitutivas mais realísticas para os materiais da seção,
que aquelas previstas pela Lei de Hooke Generalizada. Além disso, foi possível
comparar essa previsão do comportamento com o estabelecido nos critérios de
dimensionamento estabelecidos na NBR 6118:2003. Cabe ressaltar aqui que isso
foi possível mediante a utilização de uma ferramenta computacional desenvolvida
para possibilitar a resolução do sistema de equações não lineares de equilíbrio,
resultante do modelo físico-matemático escolhido para efetuar a análise secional
de pilares sob flexão composta oblíqua. Entretanto, as conclusões obtidas neste
trabalho foram:
Os coeficientes de segurança revelam um certo conservadorismo frente a
análise não linear.
Diferenças nos níveis de discretização para cada caso específico, implica
no ganho comportamental dos materiais (mais realístico);
Resultados coerentes encontrados com atendimento do equilíbrio da
seção.
Dificuldade na previsão do comportamento do pilar sob flexão oblíqua
composta, provavelmente pela proximidade dos elementos de concreto em relação
a borda mais tracionada da seção.
Por fim, apresentam-se a seguir algumas sugestões para trabalhos futuros:
• Efetuar o dimensionamento da seção com relação às três posições
indicadas no ábaco abaixo, listadas como posição 1 (seção dimensionada
com segurança, porém com excesso de material (concreto ou aço)), posição
2 (correspondente à condição limite de segurança) e a posição 3 (seção
fora dos limites de segurança) e em seguida analisar o seu comportamento
através do método secante de iteração.
80
Figura 56 - Ábaco para flexão composta oblíqua Fonte: Vanderlei, 2008
• Montar um banco de entrada de dados das demais seções, tais como
seções circulares, trapezoidais, L, T, etc., e analisá-las utilizando este
método;
• Testar a eficiência do método tangente de iteração;
• Incluir na formulação numérica o comportamento real do concreto através
do estudo experimental proposto por AHMAD (1999) e comparar com as
análises encontradas no presente trabalho;
• Reproduzir as análises para os aços Classe B.
81
REFERÊNCIAS
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Educacional 2.09. Pontífica Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio.
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VENTURINI, W. S.; RODRIGUES, R. O. (1987) Dimensionamento de peças
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Carlos.
84
ANEXO A – Ábaco para flexão oblíqua composta (PINHEIRO,1994)
85
ANEXO B – Ábaco A-2 para flexão reta composta(VENTURINI, 1987)
86
ANEXO C – Ábaco A-4 para flexão reta composta (VENTURINI, 1987)
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