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Transcrição da Teleconferência
Resultados do 3T08
Grupo Pão de Açúcar
05 de Novembro de 2008
Operadora – Bom dia, e obrigada por aguardarem. Sejam bem-vindos à
teleconferência do Grupo Pão de Açúcar para discussão dos resultados da
Companhia no terceiro trimestre de 2008.
Esse evento também está sendo transmitido simultaneamente pela Internet via
webcast, podendo ser acessado no endereço www.gpari.com.br, onde se
encontra a respectiva apresentação. A seleção dos slides será controlada pelos
senhores. O replay desse evento estará disponível logo após seu
encerramento.
Informamos que o press release sobre os resultados também está disponível
no site de Relações com Investidores, www.gpari.com.br. Esse evento está
sendo gravado e todos os participantes estarão apenas ouvindo a
teleconferência durante a apresentação da Companhia, e, em seguida,
iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando mais instruções serão
fornecidas. Caso algum dos senhores necessite de alguma assistência durante
a conferência, queiram, por favor, solicitar a ajuda de um operador, digitando
*0.
Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que
possam ser feitas durante essa teleconferência, relativas às perspectivas de
negócios do Grupo Pão de Açúcar, projeções e metas operacionais e
financeiras constituem-se em crenças e premissas da diretoria da Companhia,
bem como em informações atualmente disponíveis. Considerações futuras não
são garantias de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas,
pois se referem a eventos futuros, e, portanto, dependem de circunstâncias que
podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições
econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais podem
afetar o desempenho futuro do Grupo Pão de Açúcar, e podem conduzir a
resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais
considerações futuras.
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Grupo Pão de Açúcar
05 de Novembro de 2008
Agora, gostaríamos de passar a palavra à senhora Daniela Sabbag, Diretora de
Relações com Investidores do Grupo Pão de Açúcar, que fará a abertura da
apresentação sobre o desempenho da Companhia no período. Por favor,
senhora Daniela, pode prosseguir.
Daniela – Bom dia a todos. Bem vindos à nossa teleconferência do 3º
trimestre. Está conosco Abilio Diniz, presidente do Conselho, Claudio Galeazzi,
nosso diretor-presidente, os diretores executivos do Grupo: Enéas Pestana,
José Roberto Tambasco, Caio Mattar, Silvia Leão, Jorge Herzog e Claudia
Eliza. Como temos feito nas nossas teleconferências, vamos iniciar com os
comentários da diretoria na primeira parte e, em seguida, a gente passa para
as questões que os senhores tiverem. Vou passar a palavra ao Abilio Diniz
para os comentários iniciais.
Abilio – Muito bom dia a todos. Na virada do ano passado para este, houve
uma determinação do Conselho de que nós tínhamos que reverter os
resultados dos anos anteriores. A Diretoria Executiva se colocou nessa direção
procurando reforçar os fundamentos da Companhia, promover realmente um
fortalecimento da nossa gente, avançar firmemente em TI e Logística,
reestruturar o nosso Capital, ter uma estrutura mais sólida de Capital. Enfim,
fazer de todos os detalhes, que, no conjunto, fizessem com que os resultados
da Companhia fossem melhores, tanto em vendas como em lucratividade e
performance.
Nós chegamos agora apresentando os resultados do terceiro trimestre com
muita satisfação, estamos realmente cumprindo nossos objetivos, cumprindo a
nossa tarefa, a qual nós nos determinamos.
Eu queria falar um pouco para vocês desse momento da crise global, como nós
estamos vendo essa situação, como isso nos atingiu ou nos atinge. Na
realidade, nós já vínhamos nos preparando desde o inicio do ano para
momentos como esse. É evidente que nenhum de nós é adivinho, nenhum de
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nós teria competência para poder prever o que estava por vir. Ninguém no
mundo imaginava a dimensão dessa situação global, nós também não. Mas,
com certeza, os 140 anos de experiência – meus e do Claudio somados – mais
a juventude dos nossos executivos, representaram alguma coisa. Nos
primeiros momentos da crise, o chamado “black monday”, em 15 de setembro,
nos pegou com uma caixa de R$1,3 bilhão, e nós procuramos dali para frente
até aumentar um pouco mais.
Com o caixa feito, tranqüilos, não fizemos grandes movimentos, esperamos um
pouco o que estava por vir, o que estava acontecendo. Uma Companhia
enxuta, uma Companhia preparada, com uma performance operacional muito
boa, agressiva em vendas, agressiva em resultados. Nossas vendas não
sofreram nada, nossa situação de caixa é muito tranqüila. Atacamos mais a
questão de estoques, uma determinação do Claudio Galeazzi, para que
realmente pudéssemos aumentar o nosso turnover. É evidente que neste
momento, a inteligência manda que nós possamos aproveitar todas as
oportunidades em termos de compras, nos preparamos mais firmemente para
termos um fim de ano com grande performance. É o que estamos fazendo.
Nesse momento, estamos com uma situação de Capital muito tranqüila, uma
situação de caixa mais tranqüila ainda, temos uma divida líquida de menos de
1x o nosso EBITDA, e isso nos dá muita tranqüilidade.
Não temos nada em derivativos, a política da tesouraria da Companhia é de
não termos nenhuma exposição cambial, todas as nossas dívidas são
expressas em R$ (reais), o que nos dá uma enorme tranqüilidade.
Não entramos em nenhum jogo de derivativos, conseguimos sempre nos
manter fora das atrações para aumentar resultados através de qualquer
processo de derivativos. Temos uma situação muito tranqüila na Companhia.
Dito isso, é hora de olharmos para o futuro. O que nós esperamos para o
futuro? Eu acho que o mundo vai ficar melhor, o mundo vai ficar mais realista.
Existia muita venda de vento, existia muita gente vendendo vento e muita gente
comprando na outra ponta. Na minha vida, particularmente – e tenho
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conversado com o Claudio e parece que na dele também – nós nunca fomos
muito bons em vender vento. Então eu acho que nós vamos nos ver melhor
nessa situação de vender coisas reais.
Acreditamos que o mundo vai ficar seletivo, os investidores vão ficar mais
seletivos, e, portanto, nossa Companhia será olhada com mais atenção e mais
carinho. Eu tenho total confiança nessa Companhia. E, da mesma forma, eu
tenho a maior confiança neste país. Até agora não tenho nenhum motivo para
queixas. Acho que o Governo tem agido com muita sabedoria, com muita
tranqüilidade em todas as suas ações. Estou constantemente fora do Brasil,
vejo o que está se passando em outros países, e considero a nossa situação
muito mais tranqüila e, até certo ponto, privilegiada. Não tenho duvida
nenhuma de que os investidores estarão olhando assim para o Brasil no
momento em que realmente decidirem investir com firmeza.
Tenho certeza de que neste país não vai faltar crédito para as atividades
principais. Não vai faltar crédito para a agricultura, não vai faltar crédito para a
exportação, não vai faltar crédito sequer para a construção civil, porque os
brasileiros precisam muito de moradia e precisam muito do emprego gerado
pela construção civil.
Tenho certeza de que o país continuará sendo bem administrado e que vai
continuar crescendo. Pode ser que não venhamos a crescer em um primeiro
momento no ritmo em que estávamos crescendo, mas vamos continuar
crescendo, não tenho a menor dúvida sobre isso. Nós do Pão de Açúcar
estamos preparados para acompanhar esse crescimento.
Temos também, é claro, alguns cenários pessimistas projetados por aqui, mas
que poderão ser enfrentados. Nós estamos preparados para enfrentar qualquer
situação mais adversa, porém não acredito que isso venha a acontecer.
Estamos extremamente preparados, inclusive do ponto de vista de crédito,
temos a FIC que carregamos durante quatro anos arcando com prejuízos
operacionais gerados na sua constituição, e que hoje está sólida, saudável,
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com toda a capacidade de atender toda a demanda de crédito dos nossos
consumidores.
Temos uma Companhia extremamente estruturada, agressiva, preparada para
vender e, principalmente, preparada para crescer. É claro que vamos crescer
com o maior cuidado, olhando sempre o nosso CAPEX e o crescimento do
EBITDA. Só faremos investimentos tendo a certeza de que haverá um aumento
correspondente no EBITDA.
Essa é a Companhia que nós temos hoje e que eu espero que continue assim,
tendo a certeza de que os executivos que estão à frente dela são da maior
capacidade e que vão continuar levando a Companhia nesse rumo.
Muito obrigado. Eu quero passar agora a palavra para o Enéas, nosso diretor
financeiro-administrativo que vai nos dar mais detalhes da Companhia.
Enéas – Bom dia a todos, obrigado por participarem da nossa teleconferência.
Eu vou tratar um pouco mais dos números, das questões um pouco mais
técnicas e o que a gente não abordar, estaremos prontos para perguntas. O
que resume o que vamos falar é um crescimento de EBITDA de 50% e um
crescimento de lucro líquido nesse trimestre de 138%.
Para construção desse resultado, começando pelas vendas, a Companhia
apresenta nesse trimestre, um crescimento de vendas brutas de 22,4% e de
vendas líquidas de 26%. Essa diferença é decorrente de redução da
substituição da carga tributária. No conceito ‘mesmas lojas’, o crescimento foi
de 10,3% (em vendas brutas) e 13,6% na venda líquida. Se a gente abrir isso
em categorias, nós alcançamos na categoria de não-alimentos crescimento de
16,1% e na categoria de alimentos de 8,5%. Isso supera a inflação, inclusive,
verificada neste período, para essas categorias.
O mais importante disso é a gente destacar aqui que este crescimento de
vendas está sustentado pelo aumento de tráfego de clientes e também por um
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aumento do ticket médio. Ou seja, não é por aumento de preço. É uma
eficiência de pricing que consegue ter um aumento de tráfego de clientes,
também aumentando ticket médio por uma questão de mix de maior valor
agregado, de produtos de maior valor agregado, que estão fazendo parte desta
cesta e que estão provocando esse aumento expressivo de nossas vendas.
Ainda no acumulado, a gente chega num aumento de 19,4% na venda bruta e
21,9% na venda líquida. No acumulado, no conceito ‘mesmas lojas’, a gente
tem um crescimento de 7,7% que, descontada a inflação, resulta num
crescimento real de 2,1%. Eu chamo atenção que o nosso guidance, que foi
divulgado em abril, era de 2% de crescimento real, ou seja, a gente está
levemente acima do guidance do ano e firme para entregá-lo no final do ano.
Ainda em vendas, na questão de bandeiras, vale destacar o crescimento das
bandeiras Extra, Extra Eletro e, em supermercados, a bandeira CompreBem
E,evidentemente, o “Pontocom”, que vem com um crescimento de três dígitos e
que, nesse trimestre, apresentou um crescimento de 185%, já com uma
participação de 2,2% nas vendas do Grupo.
Agora sim, em margem. A margem bruta nesse trimestre foi de 27%
consolidada, o que significa 1,7 ponto percentual abaixo do 3° trimestre do ano
passado. Portanto, de longe, não existe aumento de preço, pelo contrário, a
gente mantém a forte política de competitividade desde 2006 e que vem sendo
intensificada com base na estratégia de clusterização e pricing, mercado a
mercado, região a região, que foi uma experiência de sucesso, consolidada na
virada nos resultados do Rio de Janeiro. Então, considerando a margem desse
trimestre, ela foi de 27% e foi impactada ou beneficiada por um melhor
resultado de margem nas bandeiras Sendas e no Assai. A Sendas Distribuidora
atingiu 28,6% de margem nesse trimestre e Assai 16,4%. A gente vai falar de
Sendas e Assai um pouco mais à frente.
Se a gente pudesse explicar esse 1,7 ponto percentual em três grandes
pontos, a gente diria que o 1° é a competitividade, que impactou em 0,4 ponto
percentual na margem desse trimestre. Além disso, a própria consolidação do
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Assai com a margem de 16,4% puxa para baixo e o efeito é de 0,8 ponto
percentual. E por fim, a questão da substituição tributária que, como expliquei
já no trimestre passado, tem um efeito de aumentar a venda líquida e aumentar
o CMV, por uma alocação do imposto como custo de mercadoria, e isso
provoca um efeito da margem de 0,5 ponto percentual. Se somar esses três
itens, a gente tem o efeito na margem do trimestre, que está em linha com o
efeito da margem se olhar o acumulado, que nos primeiros meses de 2007 era
de 28,2% e agora nos primeiros nove meses de 2008, a gente atinge 26,4%.
As despesas foram uma das melhores notícias. Podemos verificar em
despesas a consistência na redução de despesas ao longo deste ano. A gente
foi claro na divulgação da questão de adequação de processos e de estrutura
organizacional, no início desse ano. Com a chegada do Claudio Galeazzi,foi o
primeiro grande trabalho realizado por esse management desse ano, que
trabalhou fortemente o ganho de eficiência. A gente consegue alcançar agora
nesse 3° trimestre, com isso mais maduro, 3 pontos percentuais de redução. 3
pontos percentuais, em qualquer companhia de varejo, é extremamente
significativo. Portanto, as despesas do 3° trimestr e do ano passado, que
atingiram 21,9% da venda líquida, agora atingem 18,9%, portanto, 3 pontos
percentuais abaixo. Mesmo no acumulado eram de 21,6% e nesses 9 meses
atingiram 19%, portanto, 2,6 pontos percentuais abaixo do mesmo período do
ano passado.
Com essa redução de margem e com esse rebate feito na linha de despesas,
isso provoca uma margem EBITDA bastante alta, se considerado o cenário de
consolidação de Assai e Sendas, atingindo 8,1% de margem, e em cash R$
357 milhões. É o maior EBITDA alcançado por essa Companhia no 3°
trimestre, que representa um crescimento em relação ao ano passado de 50%.
Em termos de guidance, eu tinha dito a vocês, a venda atingiria 2% real, e é o
que está sinalizando para o ano. Na questão da margem, nós tínhamos
divulgado entre 26,5% e 27% da venda líquida. Na questão da despesa, o
guidance era de 19%. Nós estamos aqui com 19% no acumulado desses 9
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meses, portanto, dentro do guidance e para o EBITDA, nós tínhamos divulgado
um EBITDA entre 7,5% e 8%. A gente está no acumulado desses 9 meses no
pro-forma com 7,5% e, nesse trimestre, a gente chegou a 8,1%, portanto, nós
estamos dentro do guidance. Mesmo no acumulado a progressão do EBITDA
foi de 37%. Se a gente considerar a exclusão do efeito não-recorrente da
reestruturação do início do ano, esse crescimento sobe para 45%.
Efetivamente é um excelente resultado que se consolida no 3º trimestre
Resultado financeiro vale um destaque especial nesse trimestre, em função
inclusive do que dizia o Abilio a respeito da estrutura de capital. O resultado foi
negativo em R$ 81,5 milhões, um pouco acima do que a gente já esperava,
algo em torno de R$ 75 ou R$ 76 milhões. A gente deve trazer para esse
patamar no 4º trimestre, descontando a questão sazonal de dezembro. Nós
vamos tomar ação, em termos do parcelado sem juros. A idéia é trabalhar um
pouco melhor o mix entre parcelado sem juros e com juros, de maneira a
conseguir uma diminuição no custo financeiro, sem trazer qualquer impacto nas
vendas ou para os nossos clientes, muito pelo contrário. Como o Abilio
destacou, a FIC está muito bem preparada e nós temos absoluta certeza de
que ela está, em termos de posição relativa, muito melhor que a média geral de
mercado e pronta para responder com agressividade, a qualquer necessidade
de reação para oferta de crédito e manutenção desse crescimento de vendas
que a gente vem obtendo.
Ainda em resultado financeiro, esse efeito, se comparado com o ano passado,
o maior efeito é em função do aumento da taxa de juros, que sobre a nossa
dívida líquida, que hoje é de R$ 1,3 bilhão, tem um impacto importante e
também sobre nossas contingências. Com um patamar razoável, deve ficar
entre R$ 75 e R$ 80 milhões e a gente vai trabalhar gerencialmente isso tudo
sob a questão do parcelado sem juros, que é um gerenciamento que a gente
faz junto com pricing da Companhia.
Na página 8 da apresentação, nós estamos com endividamento total no final do
3° trimestre de R$ 2,7 bilhões. É importante destac ar o perfil dessa dívida, 86%
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está no longo prazo, com uma idade média de 800 dias, muito diferente do 3°
trimestre do ano passado, quando a gente tinha 31% no longo prazo e agora
temos 86%. Temos uma situação de endividamento bastante tranqüila e isso
dá um índice de cobertura acima de 4x. Isso dá um endividamento líquido
sobre EBITDA abaixo de 1x, como o Abilio havia destacado, a gente fecha
setembro com caixa de R$ 1,4 bilhão. Não temos nenhuma dívida exposta ao
câmbio, todas as nossas dívidas já estão em reais, atreladas ao CDI. Como o
Abilio falou, nossa política é extremamente rigorosa e nós temos uma área de
controle interno, até por causa da Sox, que olha cuidadosamente essa questão.
Essa política é extremamente rigorosa em termos de tesouraria, não só a
respeito da contratação de hedges perfeitos, mas também a não-permissão de
qualquer contratação de operação de derivativo que vise algum tipo de lucro ou
de aumento de resultado, como o Abilio já colocou, de maneira que a
Companhia não tem nenhum risco de perda em relação a operações de
derivativos.
Em relação à preparação que o Abilio falou, com a chegada do Claudio e a
determinação do Conselho de trabalhar os fundamentos da Companhia e um
deles ser a estrutura de capital, a gente procurou fazer uma elevação do caixa
mínimo da Companhia, um alongamento do perfil dessa dívida. Hoje, a próxima
capitação só acontece, de forma relevante, em meados de 2010, quando a
gente fizer a renovação do FIDIC. Trabalhamos muito a diminuição de
necessidade de working capital, e ainda temos metas muito agressivas para
este ano em termos de nível de estoque. Nós tínhamos divulgado a vocês a
redução do nível de CAPEX no início desse ano. Tudo isso nos permitiu estar
numa posição muito forte para enfrentar qualquer cenário menos favorável que
possa vir em função da crise global. A gente tem trabalhado em simular
diversos cenários, e para cada um, nós temos planos de ação prontos para
serem implementados, se necessário. Mas, de qualquer maneira, a Companhia
está muito forte e muito confiante e a gente tem tranqüilidade em poder afirmar
que os guidances desse ano serão entregues.
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Na equivalência patrimonial a gente tem a FIC. Nesse trimestre a gente decidiu
investir na venda de cartões private label e co-branded, e quando você faz isso,
você antecipa um pouco as despesas, e o resultado praticamente ficou no
break even nesse trimestre. Porém, a venda de cartões foi 85% maior do que
no mesmo período do ano anterior, fazendo com que a nossa carteira de
clientes atingisse 5,9 milhões de clientes e uma carteira de recebíveis de R$
1,4 bilhão. A participação da FIC nas vendas da Companhia atingiu 14,2%.
Nesse trimestre, a Sendas conseguiu atingir uma margem bruta mais alta,
como eu já tinha dito pra vocês, atingindo 28,6%, que é 1,9 ponto percentual
acima do mesmo trimestre do ano passado, e isso representou um lucro bruto
de R$ 200 milhões. As despesas continuam sob controle, a gente consegue
perceber a consistência do trabalho de redução de despesas feito no Rio de
Janeiro – que também foi baseado em revisão de processos – e com isso, a
Sendas Distribuidora, mesmo apresentando um leve prejuízo, que vem por
conta do resultado financeiro negativo e do endividamento, apresentou um
EBITDA muito alto, com margem de 8%, contra uma margem EBITDA de 2007
de 3,5%. E se a gente lembrar do 3° trimestre de 20 06, a margem foi de 0,9%.
A questão da margem mais alta nesse trimestre, eu volto a dizer o que temos
dito nas últimas teleconferências, o Rio de Janeiro é um mercado
extremamente nervoso e agressivo, do ponto de vista de competição, muito
verticalizado. Isso realmente acontece e deve continuar acontecendo. Nós
tivemos no 1° trimestre uma margem que atingiu 27,6 %, no segundo trimestre
25,5%, e agora 28,6%, ou seja, dependendo da campanha, dependendo do
momento que a gente faz o corte em relação às campanhas, ofertas e
trabalhos, no sentindo de competitividade que esteja sendo realizado no Rio, a
gente pode obter margens maiores ou menores. Do ponto de vista do futuro, a
gente recomenda que os senhores trabalhem no acumulado com uma margem
de 27% e 27,5%, que é o que deve acontecer no encerramento do ano. Nós
estamos nos nove meses com 27,2%.
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O Assai, diferente do 1° e do 2° trimestres, conseg uiu puxar uma margem bruta
de 16,4%, que é maior do que as verificadas no 1° e 2° trimestres, que ficaram
na média de 13,5%. Também aqui, no primeiro e segundo trimestres nós
investimos muito em imagem de preço enquanto fazíamos a readequação de
processos e adequação da companhia aos processos e padrões de CBD,
inclusive em relação à Sox. Já no 3º trimestre foi possível rever esse mix de
margem, aproveitar oportunidades de negociação de bonificações, adequar os
contratos de Assai aos mesmos níveis de rentabilidade do Grupo Pão de
Açúcar, de maneira que foi possível atingir uma margem de 16,4%. As
despesas se mantiveram num patamar de 11,5%, o que fez com que a margem
EBITDA atingisse 4,9%,trazendo a margem dos 9 meses a 3,1% agora no final
de setembro. A margem bruta de Assai, pensando também em futuro, não deve
ficar nesse patamar de 16,4%, ela deve ser menor do que isso, ao redor de
15,5% a 16%.
Com isso, a gente chega no lucro antes do imposto. Eu quero dar destaque ao
lucro antes do imposto de renda porque no ano passado, no 3°trimestre, a
Companhia se beneficiou de um crédito de imposto de renda diferido na
Sendas Distribuidora, no valor de R$ 34 milhões, que tornou a linha do imposto
de renda credora, no valor aproximado de R$ 17 milhões, que evidentemente
esse ano, a gente não teve o benefício deste crédito. Portanto, uma análise
melhor fica na linha de lucro antes do IR, em que no 3° trimestre do ano
passado, nós tivemos um lucro de R$ 27 milhões e neste ano, nesse 3° tri, de
R$ 124 milhões, com crescimento de 353%, o que é bastante significativo. A
despeito do crédito de IR que eu mencionei, mesmo no lucro líquido, a
Companhia atinge uma margem líquida de 1,9%, que representa um lucro
líquido de R$ 82,5 milhões e no ano passado, ainda com o crédito de IR, o
lucro foi de R$ 34 milhões, com uma margem líquida de 1%. A gente faz uma
análise do lucro líquido ajustado, em que a gente atinge R$ 107 milhões no 3º
tri e de R$ 270 milhões nos nove meses.
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Para finalizar, vou falar um pouco dos nossos investimentos. O CAPEX no 3° tri
foi de R$107 milhões, atingindo com isso nos 9 meses R$ 331 milhões. Foram
inauguradas nesse último tri sete novas lojas, sendo três de conveniência da
bandeira Extra Fácil, duas lojas do Extra, sendo um hiper e outro compacto, e
mais duas lojas do Assai. No 4° tri, nós vamos abri r outras 12 lojas e faremos
mais 5 conversões de Assai. O investimento total do ano deve ficar ao redor de
R$ 500 milhões, portanto, ainda abaixo do que divulgamos no início do ano,
que atingia R$ 730 milhões. Explico que isso não tem nada a ver com nenhuma
mudança de estratégia. Esse plano inicial continha verbas para aquisição de
terrenos, para uma aceleração mais forte de Extra Fácil e de Assai. No caso de
Assai, como nós dissemos aos senhores, nós tomamos a decisão de investir
mais forte na adequação de processos, e com isso a gente atrasou um pouco a
inauguração ou conversão de lojas. Agora, a gente volta a acelerar. O Extra
Fácil, a gente deve voltar a acelerar no ano que vem, não tem nenhuma
mudança estratégica em relação a essas lojas. E também na questão de
terrenos, também não houve nenhuma mudança de estratégia, a não ser que
hoje nós estamos muito mais rigorosos, do ponto de vista de processo de
decisão e análise de viabilidade de nossos investimentos, com foco muito forte
em resultado e retorno, de maneira que, de fato, além de conseguir um terreno
muito bem localizado, tem que haver muita consistência no sentido da
viabilidade do empreendimento que a gente vá fazer.
Isso provoca um processo mais seletivo e provoca um certo atraso, mas nada
impede que a gente volte a acelerar nos próximos meses e recuperar esses
investimentos. Eu vou passar a palavra para o Claudio, antes que a gente vá
para as perguntas e respostas. Muito obrigado.
Claudio – Bom dia, é um prazer estar aqui com vocês e vou procurar ser o
mais objetivo e breve também. É óbvio que a política do “back to basics” e
aquilo que a Juliana, hoje do Itaú Unibanco mencionou – o nosso mantra
constante de atacarmos os pilares de vendas, buscando vendas e resultados
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como uma conseqüência de todo o trabalho implementado – está dando um
resultado bastante significativo.
É importante saber que nos preparamos durante este último ano para
podermos nos expandir, antes, obviamente, dessa crise. Um programa de
expansão bastante agressivo, porém o bom senso há de prevalecer e, como
disse o Enéas, temos vários gatilhos pelos quais podemos acelerar ou
desacelerar na medida em que for conveniente e que o bom senso indique.
O importante é que nós somos os senhores do acelerador e do breque. Hoje,
pela situação de caixa e endividamento, pela nossa posição como um todo –
inclusive posição negocial com nossos fornecedores, podendo oferecer as
melhores condições – nos dá uma vantagem realmente competitiva.
Eu não gostaria de me estender mais, porque falamos muito durante este ano
sobre aquilo que foi o projeto de toda a nossa equipe, aprovado pelo Conselho
e pelo Abilio, que era o “back to basics”: o retorno ao básico, não ter muita
criatividade, olhar também para os aspectos áridos do varejo. Normalmente o
varejista se atém à coreografia, é muito mais interessante, muito mais
dinâmico, e tem muito mais adrenalina. Mas o cuidado com o lado árido, com a
parte financeira, com o capital de giro, tendo aumentado no início do ano o
nosso perfil de endividamento – dentro de limites absolutamente coerentes – e
redução de CAPEX – motivado por uma cautela e também para que
pudéssemos rever todos os modelos – no final das contas nos deixaram, neste
final de ano, muito preparados para qualquer um dos cenários que já
simulamos e aos quais estamos aptos a nos adaptarmos com muita agilidade.
Eu gostaria então de abrir para as perguntas que os senhores tiverem.
Operadora – Obrigada. Senhoras e senhores, iniciaremos a parte de
perguntas e respostas. Para fazer uma pergunta, por favor, digitem *1. Para
retirar a pergunta da lista, digitem *2.
Nossa primeira pergunta vem da senhora Cristina Sarian, da Neo
Investimentos.
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Cristina Sarian, Neo – Bom dia a todos, parabéns pelos ótimos resultados, eu
tenho 3 perguntas rápidas. A 1ª em relação a guidance de margem. Vendo a
margem de Sendas de 8% num mercado tão competitivo, e a margem do
Grupo já acumulado em nove meses em 7,5%, sendo que o 4° tri é mais forte,
tem mais diluição de custo fixo, etc., me parece que o guidance ficou um pouco
baixo. Queria saber se vocês vão revisar o guidance de margem pra cima. A 2°
pergunta é em relação ao plano de expansão para 2009, não sei se vocês já
podem divulgar alguma coisa? E a última é em relação à negociação com a
família Sendas. Muito obrigada.
Enéas – Cristina, obrigado por tua pergunta. Em termos de guidance e do que
a gente apresenta de margem, primeiro Sendas, de fato apresentou nesse
trimestre uma margem bruta de 28,6%, ou margem EBITDA de 8%, mas
vamos lembrar no acumulado que a gente está com 27,2% de margem bruta e
6,4% de margem EBITDA. O 4° trimestre é de muita co mpetição e no Rio de
Janeiro, sempre maior do que no Brasil. Não, o guidance não ficou baixo, e a
gente está mantendo esse número de 26,5% a 27%, a despeito do efeito da
substituição tributária. Se ela tem um efeito de 0,5 ponto percentual na
margem, e a gente mantém o guidance de 26,5% a 27%, já nos leva à
necessidade de esforço de meio ponto de margem, para entregar o mesmo
guidance que a gente tinha divulgado. A gente já tinha no nosso orçamento
Sendas ao redor de 6% a 6,5% de margem EBITDA, para compor o guidance
total.De forma muito assertiva eu posso te dizer: o guidance não está baixo.
Em relação à família Sendas, a gente teve um episódio extremamente triste,
com o falecimento do nosso sócio Artur Sendas, que também era presidente do
Conselho de Administração da nossa joint venture, da Sendas Distribuidora no
Rio de Janeiro. Isso não tem um impacto direto ou impede que as negociações
continuem andando, mas é evidente que isso provoca um certo atraso. Não
tem nenhuma novidade, depois da câmara de arbitragem, a gente voltou a
Transcrição da Teleconferência
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discutir com os nossos sócios a respeito da saída – porque a saída está dada –
eles fizeram a notificação em janeiro de 2007. Essa notificação do put é
irrevogável e irretratável, de maneira que o que resta fazer é negociar preço e
forma de saída, a despeito de que isso tem prescrição em contrato que a gente
imagina que possa retomar muito em breve e que podemos ter um desfecho
disso nos próximos meses, essa é a saída que a gente espera. Evidentemente
que, em uma dissidência, o contrato prevê novamente a instalação de uma
câmara de arbitragem, nós vamos fazer de tudo para que isso não aconteça,
tem tudo para que a gente possa ter um acordo amigável para essa saída.
Para 2009, seja em planos de investimento, expansão ou até falar de
resultados, infelizmente, a gente está em processo de conclusão do nosso
orçamento e plano de investimento para 2009, isso está sob aprovação do
nosso conselho de administração até o final do mês de novembro e início de
dezembro, de maneira que a gente não pode falar nada a respeito de 2009,
mas a gente está prevendo para final de fevereiro e início de março realizar um
GPA Day, onde a gente vai de forma estruturada e oficial, fazer a divulgação
dos guidances para 2009.
Cristina Sarian, Neo – Está ótimo. Muito obrigada.
Operadora – Nossa próxima pergunta vem do senhor Marcel Moraes, do
Credit Suisse.
Marcel Moraes, CS – Bom dia a todos e parabéns pelos resultados. Enéas, a
minha pergunta diz respeito a vendas, performance de vendas para o fim de
ano, e talvez, um pouco de feeling e não de guidance para 2009, na parte de
produtos não-alimentícios. A gente viu a evolução das taxas de juros, do preço
de produtos importados ou que tenham componentes importados subir. Como
isso se comporta, qual é o feeling do management da Companhia em relação a
essas vendas?
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Enéas – Vou introduzir e depois passo para o Tambasco que vai falar um
pouco sobre o feeling. Ele é o diretor responsável por toda a área comercial e
operacional e certamente ele tem o feeling melhor de todos nós. Respondendo
sobre 2009, infelizmente a gente não pode falar nada, nem feeling nem planos
para 2009. Em relação à questão de não-alimentos, uma coisa que eu posso te
dizer, do ponto de vista financeiro, em relação à crise, primeiro, a gente não
sabe como exatamente isso vai ficar. A gente até brinca aqui que quem diz que
sabe é porque está mal informado, a gente precisa de um pouco mais de
tempo para saber como as coisas vão ficar. Supondo cenários mais difíceis,
para não-alimentos em função do não crédito, isso a gente tem, dentro dos
nossos cenários, discutido bastante. O que eu posso dizer é que a FIC tem
hoje uma situação muito saudável, do ponto de vista de inadimplência, a gente
tem os menores índices do mercado, por uma questão simples de muito rigor
na concessão de crédito, de um score credit bem apertado que é decorrente de
políticas do próprio Itaú. De maneira que a gente tem espaço e fôlego para ser
bastante agressivo num cenário de crédito restritivo, e em termos de posição
relativa, ficar melhor que a nossa concorrência e não perder vendas mais que
qualquer outro que vai perder em um cenário que a gente não sabe o quanto
vai ser difícil em função dessa crise que se apresenta.
Tambasco – O Enéas já falou um pouco disso, de fato, a gente não pode
adivinhar o que vem por aí, mas até agora, a gente tem tido uma expectativa
de manter essa performance que a gente vem apresentando até agora. E por
tudo que já foi dito até agora, pelo Abilio, Claudio e Enéas. Do ponto de vista
interno, a Companhia hoje, está muito mais preparada para brigar nesse
mercado competitivo. Esses dados indicam um grande ganho de share,
inclusive nessa área de não-alimentos. No ano passado e início desse ano, a
gente tinha uma performance baixa, e a gente já recupera share e a nossa
expectativa é que a gente continue avançando no mercado para esse final de
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ano. Do ponto de vista externo, é claro que uma crise dessas pode ter algum
efeito, mas a economia também, de modo geral, está com os fundamentos
muito mais estáveis. Ao longo desses últimos meses, a gente teve um ganho
do poder aquisitivo especialmente da classe C, portanto, a gente acredita que o
impacto foi menor na questão do consumo de bens de produtos alimentícios e
semiduráveis, incluindo toda a área de não-alimentos, e o fato da gente poder
oferecer crédito. Essa base de cartões que o Enéas colocou para você coloca
para a gente uma disponibilidade de crédito para os nossos clientes muito
grande, o que nos permite, com a agressividade que a gente tem apresentado
em termos dos planos de pagamentos, das taxas de juros em relação ao
mercado, apostar na manutenção dessa performance até o final do ano.
Marcel Moraes, CS – Perfeito. Houve algum ajuste na política comercial da
Companhia, a partir de setembro em razão da restrição de crédito, qualquer
tipo de ajuste que tenha mexido com prazos em determinadas categorias, ou
preços? E como se dá a negociação com a indústria, imagino um cenário de
aumento de preço de produtos importados, possa ter algum tipo de negociação
com a indústria, em busca de mais prazos?
Tambasco – Do ponto de vista do consumidor, não houve nenhuma alteração
de tudo que a gente oferece nos planos de pagamento, especialmente nas
vendas de não-alimentos. A gente tem mantido a mesma política agressiva. Se
você olhar o que o Extra está fazendo, a gente até aumentou a exposição dos
planos que são mais agressivos em termos de juros e de parcelados. Não tem
nenhuma alteração. O que está dando é uma condição de a gente se
apresentar no mercado mais agressivo. Quando a gente olha do lado da
negociação com nossos fornecedores, é evidente que em umprimeiro momento
há uma certa paralisação, até todo mundo entender melhor o que deve fazer
com seus produtos, então a negociação se torna um pouco mais difícil. Em
nenhum momento a gente aceitou que essa alteração do mercado como um
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todo pudesse impactar os preços de aquisição dos nossos produtos. A gente
tem sido muito duro na negociação e a gente tem tido um sucesso, quase que
total.
A gente não paralisou as compras, a não ser por um pequeno período até que
os nossos fornecedores se entendessem um pouco melhor, e estamos
cumprindo nossos planos de compra regularmente, para dar atendimento ao
próprio aniversário do Extra, que a gente está realizando esse mês. A gente
não teve nenhum problema de desabastecimento, as negociações estão
andando quase que normalmente. Você pode até achar estranho isso, mas é
evidente que quando se tem uma crise, a negociação dificulta-se no início, mas
ela tende a trazer um maior equilíbrio para todo mundo, seja em termos de
custos, do posicionamento de preços dos fornecedores em relação ao
mercado, porque é evidente, ninguém quer subir o preço sem ter a segurança
de que esse preço vai ser comprado pelo consumidor. E o mercado não está
pagando, o mercado está muito competitivo, o que ajuda a gente a estabelecer
com a indústria níveis de preço muito próximos do que a gente vinha
praticando. Adivinhar o que pode vir para a frente não é uma tarefa fácil, mas a
gente tem tido um sucesso muito grande e você pode ver pelos jornais que,
mesmo os mais pessimistas, já começam a falar em um equilíbrio, um ajuste
de negociações com a indústria para que se viabilize não só a negociação, mas
também a venda para o consumidor. Não adianta nada aceitar um preço de
venda agora e depois não conseguir repassar. Em relação a prazos de
pagamento com nossos fornecedores, não há nenhuma alteração, a gente tem
mantido uma política de trabalhar com níveis de estoque o mais ajustado às
demandas mais próximas de vendas, e a gente busca manter a abertura entre
prazo de pagamento e estoque, para que isso não comprometa ou possa até
melhorar a nossa situação de caixa.
Marcel Moraes, CS – Perfeito. Obrigado, Tambasco e Enéas.
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Operadora – Com licença. A nossa próxima pergunta vem da senhora Daniela
Bretthauer, da Goldman Sachs
Daniela Bretthauer, GS – Bom dia a todos. Parabéns pelos resultados. Parece
que 2008, usando uma expressão, já está no “papo”, e a pergunta é: e agora?
O que a gente pode esperar da Companhia para 2009? Será que a gente vai
ter mais surpresas positivas com margens e redução de custos? O que o
Claudio pode falar de 4° tri e 2009?
Claudio – Daniela, aquilo que o Enéas mencionou, nós estamos ainda no
processo, eu não digo de elaborar o nosso orçamento que já está pronto, mas
estamos analisando as diferentes alternativas, conforme cada um dos cenários.
Mas não estamos ainda divulgando nenhuma informação, porque inclusive
ainda não foram aprovados por nosso conselho, o que acontecerá no inicio de
novembro e os guidances nós daremos no início do ano que vem. O que posso
lhe assegurar é que estamos preparando uma seqüencia de novos mantras
que deverão nortear 2009. E, dentro do possível, será agressivo, obviamente
que o bom senso prevalecendo, mas nós estamos muito bem preparados, tanto
em termos de caixa, de capital de giro, estoque, planejamento. Enfim, estamos
preparados não somente para este final de ano, e ele está monopolizando a
nossa atenção imediata, mas 2009 vamos voltar a falar no início do ano.
Daniela Bretthauer, GS – Deixa eu fazer a pergunta de outra forma. Você vê
ainda oportunidade para redução de custos e ganho de margem na
Companhia?
Claudio – Por princípio, toda empresa nunca deve desistir de buscar melhores
margens e melhores reduções de custos. No momento que ela deixa de buscar
– obviamente você nunca tem na mesma proporção, torna-se cada vez mais
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difícil reduzir custos e buscar as margens, mas é uma coisa permanente. Não
esqueça também do meu apelido.
Daniela Bretthauer, GS – Claudio ‘mãos de tesoura’. Está certo. Uma última
pergunta, em relação ao ambiente competitivo, vocês viram alguma
modificação em setembro, mais especificamente em outubro, o mercado dando
uma parada ou não. Seguiu normalmente, as vendas seguiram boas?
Tambasco – Daniela, o que a gente observa no mercado é que a nossa
performance está acima do mercado. Quando você olha dados divulgados pela
própria associação dos supermercados, a gente vinha, as vezes, até um pouco
abaixo do mercado de um modo geral e hoje a gente apresenta uma diferença
bastante significativa com relação às projeções que a própria ABRAS
apresenta. Do ponto de vista da competição, o que a gente sente é que é difícil
a gente dizer o que está trazendo esse impacto. Se é a mudança nos sistema
de substituição tributária, da nota fiscal que os supermercados passam a emitir,
por conta de incentivos que os governos têm dado. Isso tudo pode ter um
impacto no mercado e a gente observa uma ligeira mudança da nossa
competitividade, principalmente quando você olha a bandeira CompreBem, que
opera em uma concorrência que a gente pode dizer mais informal, a gente
percebe um ganho de competitividade que está ao redor de 1,5 a 2 pontos,
sem que a gente tivesse mudado a nossa estratégia. A nossa estratégia no
CompreBem vem sendo de manter uma política estável de preços, muito
competitivo. Mas esse movimento de ganho de competitividade tem um pouco
do impacto de ajustes de preços da concorrência. Nesse ambiente competitivo,
o Pão de Açúcar tem, por tudo que fez até agora, uma capacidade de alcançar
e manter essa performance, no sentido de estar buscando ganhos de mercado,
em todas as bandeiras.
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Claudio - Só complementando. Imagine que neste momento, nós estamos
numa posição privilegiada negocial. A pergunta é: se aumentam o preço e nós
não compramos, o que é que nós vamos fazer com os estoques? Pode ser que
tenhamos um ganho de margem, pode ser que transferiremos essa vantagem
que estamos tendo nesse momento para o mercado. Aí é uma questão de
política de momento, de circunstância. Eu estou falando para este final de ano.
Daniela Bretthauer, GS – Está bem. Muito obrigada, parabéns e boa sorte.
Operadora – Nossa próxima pergunta vem do senhor Ricardo Fernandez, do
Banco Itaú.
Ricardo Fernandez, Itaú – Bom dia a todos. Queria explorar um pouco mais
essas mudanças nas bandeiras que vocês mostram no press release do 3º tri.
Como funciona essa ... que fala que o Extra Perto tem 10 lojas a menos que
foram para Extra, aqui tem Sendas que ganhou 14 lojas do CompreBem no
ABC. Queria entender como funciona isso, efetivamente mudou de bandeira ou
está debaixo do... qual o raciocínio dessa mudança?
Tambasco – Ricardo. Não tem nenhuma mudança. No caso da Sendas, o ABC
CompreBem é uma bandeira que se mantém ainda no Rio, na região dos
Lagos e da Serra com a marca ABC CompreBem, não houve nenhuma
mudança, nenhuma dessas lojas foi migrada para a bandeira Sendas. Mas
todas elas fazem parte da Sendas Distribuidora. Aqui no Extra Perto, houve sim
uma mudança do conceito de loja. A gente tinha apartado essas lojas, o Extra
perto, seriam lojas de 1.500 metros, até 4 mil metros. O movimento que a gente
fez agora foi: todas as lojas que tinham uma área acima de 2.700 metros de
área de vendas, a gente simplesmente passou a chamá-las de Extra, sem o
sobrenome Perto. Porque ela é um hipermercado com toda linha de um
hipermercado completo, claro, com ligeiras mudanças no sortimento, sem que
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você elimine uma categoria, uma sessão da loja, que possa não classificá-la
como hipermercado. É por isso que você vai ouvir muito mais a gente falar de
Extra e Extra compacto, mas todos eles sob a mesma política, a mesma
estratégia. Para o cliente, sem nenhuma alteração. Se ele entrar numa loja do
Extra compacto ou Extra hipermercado, é como se ele estivesse na mesma
loja.
Ricardo Fernandes, Itaú – Isso significa que o formato Extra Perto está sendo
extinto?
Tambasco – Não. A gente mantém as lojas Extra Perto, que são aquelas lojas
com áreas menores do que 2.700 metros que eu te falei, e elas tem mais uma
característica de supermercado, mas com um sortimento, naquilo que
complementa uma compra de supermercado – como bazar e o eletro-portátil –
maior do que um supermercado convencional. Não é um hipermercado, mas é
um supermercado mais robusto. Mas ela não tem têxtil, o pesado do
eletroeletrônico, então essa bandeira Extra Perto permanece com este
conceito.
Ricardo Fernandez, Itaú – Se você olha a receita por bandeira, no 3º tri você
vê Sendas com um aumento de 36% em receita. Parte disso são as lojas que
estavam debaixo de CompreBem e você colocou dentro de Sendas, e
CompreBem teve um crescimento de apenas 1,8% porque vocês tiraram
algumas lojas para colocar debaixo de Sendas, é isso?
Tambasco – É isso. Eu não tenho os números agora, mas não teve nenhuma
alteração, ela simplesmente compõe a Sendas Distribuidora. E quando a gente
está falando Sendas com o mercado, a gente está olhando sempre a região
Rio de Janeiro como um todo.
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Ricardo Fernandez, Itaú – Está bem, mas as lojas CompreBem no Rio, já
eram partes de Sendas Distribuidora, certo?
Tambasco – Sim.
Ricardo Fernandez, Itaú – A segunda pergunta é voltada para a questão
tributária, nota fiscal, substituição tributária, etc.. Vocês têm idéia da magnitude
de substituição tributária, quantos produtos por ano ou que porcentagem dos
produtos vendidos começam a entrar nesse esquema, para ter uma idéia de se
em 1, 2, 5 ou 10 anos efetivamente o ICMS vai sumir?
Enéas – Essa questão da migração de produtos para a cesta de substituição
tributária é um processo um tanto quanto antigo, o próprio estado de São Paulo
estava atrasado. Os outros estados da federação – Rio, por exemplo, já têm
uma cesta de produtos no regime de substituição tributária bastante maior do
que São Paulo. O próprio ex-governador Geraldo Alckmin, trabalhou muito forte
no sentido de fortalecer esse regime. E nesse ano está acontecendo, como a
gente tem verificado, uma migração muito forte. É evidente que o governo ou o
fisco está fazendo isso, dado que no regime de substituição tributária se tem
um nível de eficiência fiscal muito mais elevado. E, portanto, do ponto de vista
de arrecadação e custo de fiscalização é muito mais eficiente esse regime.
Para nós, não temos nenhuma discordância em relação ao conceito. Para
empresas formais como a nossa, isso é muito bom, porque a tendência é que
isso provoque uma redução da informalidade, trazendo para o mercado, uma
competição muito mais justa, de empresas que estão sob a mesma regra e que
pagam seus impostos.
Muitas vezes a gente acaba discutindo o tamanho da pauta fiscal, a margem
que é atribuída para efeito do cálculo e tributação do ICMS nesse regime. Isso
é bom para as empresas formais, para o Estado e para o país, especialmente
quando vêm com outras medidas, como nota fiscal eletrônica e agora o SPED.
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A gente está parceiro do fisco e do Estado e pioneiros na implantação, fazendo
piloto, para nota fiscal eletrônica e também agora para o SPED. Eu não tenho
aqui a informação de quantidade de produtos que já estão nesse regime, até
porque eu teria que te dar por estado, porque são diferentes as cestas para
cada estado. Mas eu posso garantir que São Paulo e também os outros
estados vem caminhando forte nessa direção e a gente espera para o fim do
ano um movimento maior em produtos líquidos que vão entrar nessa cesta.
Está bem?
Ricardo Fernandez, Itaú – Líquido como detergente e cerveja?
Enéas – Detergente não. Bebidas em geral.
Ricardo Fernandez, Itaú – A sua leitura é que os governos estaduais estão
focando em eventualmente, na grande maioria, se não em todos os produtos
que estão sendo vendidos no varejo, seja com essa substituição tributária no
setor manufatureiro e não no varejo?
Enéas – Exatamente. É evidente que há outros regimes, por exemplo, cesta
básica, enfim, outros regimes de tributação, na nossa visão, tudo que seja
possível de migrar para um regime de ST ou substituição tributária, os
governos devem fazer e é fácil e evidente notar que é o que tem sido feito ao
longo dos últimos meses ou anos.
Ricardo Fernandez, Itaú – Abaixo desse cenário, vocês acham que olhariam
mais para ganhar mercado dentro das mesmas lojas – vendas mesmas lojas,
como parece que está acontecendo – ou estão mais propostos para comprar
redes menores, cuja rentabilidade cai a cada dia pois têm que pagar mais
impostos? Ou os dois?
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Tambasco – Com relação a venda, a nossa expectativa é de continuar
ganhando mercado, os dados como o Enéas falou, existe hoje, esse ganho
está muito distribuído em ganho de ticket médio e ganho do número de
clientes. Antes todo o crescimento vinha pelo aumento do ticket médio, e agora
a gente vê claramente um ganho no número de clientes. Isso é conseqüência
dessa competitividade que a gente tem colocado em todas as nossas
bandeiras. Do ponto de vista de expansão, eu vou passar para o Caio pode
falar um pouco mais para você.
Caio – Bom dia. Nós temos ainda para expansão, até o final do ano a
inauguração de mais 12 lojas. Quanto às redes menores que você citou, a
gente está atento a todas as oportunidades e estudando tudo que possa ser
bom para nós, com muito critério. Vêm acontecendo alguns estudos, porém,
ainda não temos nada concreto. A gente está estudando, mas não quer dizer
que tenhamos nada de imediato.
Ricardo Fernandez, Itaú – Está bem.
Operadora – Senhores e senhoras, lembrando que para fazer pergunta basta
aperta *1. Nossa próxima pergunta vem da senhora Juliana Rosenbaum, do
Unibanco.
Juliana Rosenbaum, Unibanco – Olá, bom dia. Gostaria de parabenizar tudo
o que o Grupo conseguiu até agora. Primeiro queria entender um pouco melhor
a volatilidade de margem dentro da Sendas.
Operadora – Com licença. A linha da senhora Juliana se desconectou. Nossa
próxima pergunta vem do senhor Marco di Tulio, do UBS Pactual.
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Marco di Tulio, UBS – Boa tarde. Parabéns pelos resultados. Gostaria que
vocês passassem uma idéia de comparação de margem entre produtos
alimentícios e não alimentícios.
Tambasco – Isso varia de bandeira para bandeira, e categoria para categoria.
Você tem têxtil, que opera com margens um pouco acima da média da
Companhia, eletroeletrônico um pouco abaixo. A gente não divulga esse
número claramente, mas o que tem acontecido o seguinte: a gente tem tido
essa performance de margem que eu posso te dizer que é uniforme. Não existe
uma área puxando essa eventual melhoria de competitividade impactando a
margem de uma forma diferente do que outras categorias. É uma situação
bastante estável Mesmo os nossos planos, todo o guidance que a gente
apresentou de crescimento de vendas de alimentos e não alimentos, eles têm
se mantido bastante equilibrados. Não há nenhum dado que possa trazer para
gente um fato novo que valesse a pena a gente conversar.
O que existe é uma expectativa, o guidance nosso e de todo o planejamento
estratégico nos indica isso, é sobre a necessidade da busca que essa
Companhia tem de elevar a participação de não-alimentos. E, a despeito da
crise, a gente ainda tem uma expectativa de que esse ganho venha por ganhos
de mercado, coisa que já está acontecendo.
Marco – Só para concluir. Esse ganho de margem tem acontecido em todas as
categorias, não teve uma categoria que performou melhor que as outras, é
isso?
Tambasco – A gente tem buscado uma competitividade em todas essas
categorias. O impacto da margem não é maior ou menor em nenhuma
categoria que pudesse trazer uma diferenciação significativa.
Marco – Obrigado.
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Operadora – Nossa última pergunta vem do senhor Marcel Moraes, do Credit
Suisse.
Marcel Moraes, CS – Durante a apresentação Enéas, você comentou que as
margens, tanto de Assai quanto de Sendas, no 3° tri , teriam sido um pouco
acima daquilo que a gente podia esperar como recorrente. Eu gostaria só de
ter mais clareza sobre quais seriam essas margens para essas duas empresas.
E se o fato de elas terem sido superiores ao que a gente pode esperar, é
decorrência do fato de que a gente pode ter tido menos despesas com
campanhas promocionais no 3° tri.
Enéas – A nossa expectativa é para Sendas que a margem bruta volte a um
patamar para o ano de 27% a 27,5%. Para o Assai, nós estamos falando de
15,5% a 16%. Esses seriam os patamares adequados, tirando esses efeitos de
busca de resultado e margem por oportunidade em mix e competição, pricing,
que aconteceu no 3º tri. Vou passar ao Tambasco, para ele dar um pouco do
feeling comercial desse assunto.
Tambasco – O guidance está mantido. A gente não deve ter alteração. A gente
deve olhar muito mais essa margem no acumulado em 9 meses do que o
último tri (3T08). No caso de Sendas, o que você observa é um mercado muito
competitivo no Rio, mas é um trimestre em que se tem até uma concentração
menor do que o varejo faz normalmente, que são as campanhas de
aniversário. Essas campanhas são muito agressivas e faz com que você tenha
que baixar um pouco as margens pra se manter brigando no mercado. E nesse
último tri, você teve muitas poucas ações nesse sentido. Já não é a mesma
coisa para o último trimestre. Você tem mais ações de aniversário, inclusive o
próprio aniversário de Sendas, que foi no mês passado. Esse é um ganho que
é muito mais em conseqüência de uma sazonalidade, do que de mudança de
estratégia. Se você for olhar com relação ao ano passado, há de fato, uma
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redução de margem, em razão dessa busca de maior competitividade em todas
as bandeiras.
Marcel – Está ótimo.
Operadora – Encerramos neste momento neste momento a parte de perguntas
e respostas. Gostaria de passar a palavra para a Companhia para as
considerações finais.
Daniela Sabbag – Obrigada pela participação de todos. Qualquer dúvida que
tiverem, entrem em contato com o departamento de Relação com Investidores.
Muito obrigada e uma boa tarde.
Operadora – A teleconferência de resultados do Grupo Pão de Açúcar está
encerrada. O departamento de relações com investidores do Grupo está a
disposição para responder as demais dúvidas e questões. Agradecemos a
participação de todos e tenham um bom dia. Obrigada.
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