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8/19/2019 Tese GERALDI
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LUZIA DE FÁTIMA PAULA
IDEIAS LINGUÍSTICAS CONSTITUTIVAS DO PENSAMENTODE JOÃO WANDERLEY GERALDI
SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Univeri!"!e E#"!$"% P"$%i#"F"&$%!"!e !e Fi%''(i" e Ci)n&i"
Campus !e M"r*%i"
Pr'+r"," !e P-.Gr"!$"/0' e, E!$&"/0'M"r*%i" . SP
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LUZIA DE FÁTIMA PAULA
IDEIAS LINGUÍSTICAS CONSTITUTIVAS DO PENSAMENTODE JOÃO WANDERLEY GERALDI
SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Tese apresentada à Banca Examinadora da UniversidadeEstadual Paulista (Unesp), Campus de Marília, comorequisito parcial para obtenço do título de !outor emEducaço"Orien#"!'r"# Pro$ a" !r a" Maria do %os&rio 'onoMortatti"
Univeri!"!e E#"!$"% P"$%i#"F"&$%!"!e !e Fi%''(i" e Ci)n&i"
Campus !e M"r*%i"
Pr'+r"," !e P-.Gr"!$"/0' e, E!$&"/0'Áre" !e &'n&en#r"/0'4 P'%*#i&" P56%i&" e A!,ini#r"/0' !" E!$&"/0' Br"i%eir"
Lin7" !e 8e9$i"4 Fi%''(i" e :i#-ri" !" E!$&"/0' n' Br"i%
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M"r*%i" . SP12 !e ,"r/' !e 2313
LUZIA DE FÁTIMA PAULA
IDEIAS LINGUÍSTICAS CONSTITUTIVAS DO PENSAMENTODE JOÃO WANDERLEY GERALDI
SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
B"n&" E;",in"!'r"
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meus eternos compan4eiros# +ida,
5air e %ob"
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AGRADECIMENTOS
1radeço a todos aqueles que, direta e indiretamente, participaram de mais um importantemomento de min4a $ormaço#
a !eus, $onte inesot&vel de sabedoria e $orça:
à min4a orientadora de mestrado e doutorado, Pro$ a" !r a" Maria do %os&rio 'ono Mortatti, pela orientaço riorosa, embora eu no ten4a conseuido, ao seu ver, contemplar o que meensinou:
a 5oo ;anderle< 0eraldi, pelas contribuiç=es para o ensino de línua portuuesa, e, principalmente, por ensinar a import>ncia de nossa incompletude e do excedente de viso, e,em especial, pela cesso de importantes documentos e de entrevista:
aos meus pais, >ncoras de min4a vida:
ao meu marido, %ob, pela bondade in$inita com que me acompan4a:
aos meus av?s, pelo amor que compartil4amos:
aos meus $amiliares, pela $orça:
aos meus amios# 1dalberto, 1delino, 1driana, 1maral, 1na, 1ndr7, 1ndr7a, 1n7lica,@urea, Bernard, +elso, +íntia, +laudete, +ristiane, Elisanela, Eronides, *ernanda, *l&via,0abriela, 0ermana, 0iovana, 0iAa, 0laís, 0ustavo, 5oo, 5oaquim, arina, &tia, 'eusenice,'ucimara, 'ucin7ia, 'uAinete, Mararida, Maria Emília, Monalisa, Pedro, %aul, %osa,%osane, 3irli, 3olane, 3ulamita, T4ierr< e /aldemir, pelo apoio e pela oportunidade deaprendiAaens in$initas:
aos interantes do 0rupo de Pesquisa CDist?ria do ensino de línua e literatura no Brasil(0p4ellb), pelas alerias e aprendiAaens compartil4adas:
às pro$essoras Maria do %os&rio /alencise 0reolin e Estela 2atalina Mantovani Bertoletti, pelas valiosas contribuiç=es em meu Exame 0eral de Fuali$icaço, embora min4a orientadoraavalie que eu no as ten4a conseuido contemplar:
a Maria 'uAinete Euclides, bibliotec&ria da Biblioteca da *aculdade de *iloso$ia e +incias,Unesp-Campus de Marília, pela atenço e orientaço t7cnica quanto aos aspectos denormaliAaço biblior&$ica desta tese:
ao +onsel4o 2acional de !esenvolvimento +ientí$ico e Tecnol?ico (+2Pq), pela concessoda bolsa de doutorado durante a maior parte do desenvolvimento da pesquisa de que resultouesta tese:
a Telma Maria Murari, respons&vel pelo arquivo permanente do 1rquivo +entral do 3istemade 1rquivos (361%F), da Universidade Estadual de +ampinas (U26+1MP), de +ampinas-
3P"
G
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ABSTRACT
6n t4is doctorate t4esis, t4e results o$ a researc4 associated it4 CPortuuese lanuae
teac4in lines are presented" 6tQs part o$ t4e researc4 roup and t4e interated researc4
proHect entitled CDistor< o$ lanuae and literature teac4in in BraAil, bot4 coordinated b<
Pro$essor Maria do %os&rio 'ono Mortatti" 6n order to contribute to t4e understandin o$ an
important moment o$ t4e Portuuese lanuae teac4in 4istor< in BraAil, 5oo ;anderle<
0eraldiRs linuistic ideas about Portuuese lanuae teac4in ere taNen $rom 4is articles,
publis4ed in t4e collection O texto na sala de aula# leitura L produço (IJ9) and in t4e booNs Portos de Passagem (IJJI) and Linguagem e ensino# exercícios de milit>ncia e
divulaço (IJJK) to be anal
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LISTA DE SIGLAS
1B!EPP 1ssociaço Brasileira para !ivulaço, Estudos e Pesquisas da Pedaoia *reinet1BE%5E 1ssociaço Brasileira de +omunicaço Empresarial1B%1'62 1ssociaço Brasileira de 'inuística1B%1P1 1ssociaço Brasileira de Pro$essores de 1lemo
1!U26+1MP 1ssociaço de !ocentes da U26+1MP1E+ 1ssociaço de Educaço +at?lica do Brasil1'B 1ssociaço de 'eitura do Brasil
1M1E 1ssociaço Mineira de 1dministraço Escolar 12!E 1ssociaço 2acional de Educaço12PEd 1ssociaço 2acional de P?s-0raduaço e Pesquisa em Educaço
1PEE3P 3indicato dos Pro$essores do Ensino $icial do Estado de 3o Paulo
1P'' 1ssociaço de Pro$essores de 'ínua e 'iteratura1PP 1ssociaço dos Pro$essores do Paran&1PP 1ssociaço de Pro$essores de Portuus
1ssoeste 1ssociaço Educacional do este do Paran&+1PE3 +oordenaço de 1per$eiçoamento de Pessoal de 2ível 3uperior
+B1 +iclo B&sico de 1l$abetiAaço+BE +on$erncia Brasileira de Educaço
+E!1E +entro de !ocumentaço +ultural C1lexandre Eul&lio+E!E3 +entro de Estudos Educaço L 3ociedade
+E2!TE+ +entro *ranco-Brasileiro de !ocumentaço T7cnica e +ientí$ica+E2P +oordenadoria de Estudos e 2ormas Peda?icas
+E2PE+ +entro de Estudos e Pesquisas em Educaço, +ultura e 1ço +omunit&ria+EPE'' +entro de Estudos e Pesquisas 'inuísticas e 'iter&rias+6*P +entro 6nterado de *ormaço de Pro$essores+2Pq +onsel4o 2acional de !esenvolvimento +ientí$ico e Tecnol?ico
+"2"%"3" +entre 2ational de 'a %ec4erc4e 3cienti$ique+'E +onresso de 'eitura do Brasil
+MPE! +omit dos Produtores da 6n$ormaço Educacional+21+%E +omit 2acional de +redenciamentos de 'aborat?rios
+TEP +oordenadoria T7cnico-Peda?ica+U3+ +entro Universit&rio 3o +amilo+UT +entral Wnica dos Trabal4adores
!"E"'"T"1 !ocumentaço de Estudos em 'inuística Te?rica e 1plicada
E+1 Escola de +omunicaç=es e 1rtesE!6PU+%3 Editora da Ponti$ícia Universidade +at?lica do %io 0rande do 3ul
E!U+ Editora da Ponti$ícia Universidade +at?lica de 3o PauloE!U*1' Editora da Universidade *ederal de 1laoasE!U*% Editora da Universidade *ederal de %ondXniaE!U*U Editora da Universidade *ederal de Uberl>ndiaEDE33 Ycole des Dautes Ytudes en 3ciences 3ociales
E3T Escola 3uperior de Teoloia*1*6U/ *aculdade Estadual de *iloso$ia, +incias e 'etras de Unio da /it?riaVP%*1'E *aculdade de 'etras
*1PEM1T *undaço de 1mparo à Pesquisa do Estado do Mato 0rosso
*1PEM60 *undaço de 1mparo à Pesquisa do Estado de Minas 0erais*1PE%03 *undaço de 1mparo à Pesquisa do Estado do %io 0rande do 3ul*1PE%5 *undaço de 1mparo à Pesquisa do Estado do %io de 5aneiro
J
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*1PE3P *undaço de 1mparo à Pesquisa do Estado de 3o Paulo*+M *aculdade de +incias M7dicas*!E *undaço para o !esenvolvimento da Educaço*E *aculdade de Educaço
**+ *aculdade de *iloso$ia e +incias*E+6'+1M *aculdade de +incias e 'etras de +ampos Mouro**'+D *aculdade de *iloso$ia, 'etras e +incias Dumanas*6!E2E *undaço de 6nteraço, !esenvolvimento e Educaço do 2oroeste do Estado do
%io 0rande do 3ul*6E3P *ederaço das 6ndstrias do Estado de 3o Paulo*62EP *inanciadora de Estudos e ProHetos*2'65 *undaço 2acional do 'ivro 6n$antil e 5uvenil*P+E *aculdade de Psicoloia e de +incias da Educaço
*P+EUP *aculdade de Psicoloia e de +incias da Educaço da Universidade do Porto*U2!1ME3 *undaço Missioneira de Ensino 3uperior
0E0E 0rupo de Estudos de 0neros do !iscurso0E' 0rupo de Estudos 'inuísticos
0p4ellb 0rupo de Pesquisa CDist?ria do ensino de línua e literatura no Brasil6B6'+E 6nstituto de Biocincias, 'etras e +incias Exatas
6E' 6nstituto de Estudos da 'inuaem6*+D 6nstituto de *iloso$ia e +incias Dumanas
62E!! 6nternational Education !octorade Proram62EP 6nstituto 2acional de Estudos e Pesquisas Educacionais62E3 6nstituto 2acional de Educaço de 3urdos
'1B5% 'aborat?rio de Estudos 1vançados em 5ornalismo'E61 'aborat?rio de Educaço e 6n$orm&tica 1plicadaME+ Minist7rio da Educaço
26ME+ 2cleo 6nterdisciplinar para a Mel4oria do Ensino de +incias 2UPE62 2cleo de Estudos e Pesquisas da Educaço na Pequena 6n$>ncia
P+2 Parâmetros Curriculares NacionaisP+3T Public +ommunication o$ 3cience and Tec4nolo<
P6PDE''B ProHeto 6nterado de Pesquisa CDist?ria do ensino de línua e literatura no BrasilPU+VM0 Ponti$ícia Universidade +at?lica de Minas 0erais
PU++1MP Ponti$ícia Universidade +at?lica de +ampinas%1E %evista de 1dministraço de Empresas313 3erviço de 1poio ao 3ervidor
3BP+ 3ociedade Brasileira para o Proresso da +incia3EE 3ecretaria de Estado da Educaço
3E216 3erviço 2acional de 1prendiAaem 6ndustrial3ME 3ecretaria Municipal de Educaço361%F 1rquivo +entral do 3istema de 1rquivos
3TU 3indicato dos Trabal4adores da U26+1MPUE' Universidade Estadual de 'ondrina
UEM Universidade Estadual de Marin&UEM3 Universidade Estadual de Mato 0rosso do 3ulUE31 Unio dos Estudantes de 3anto ZneloUE3B Universidade Estadual do 3udoeste da Ba4iaU*E3 Universidade *ederal do Espírito 3antoU*0 Universidade *ederal de 0oi&s
U*0%3 Universidade *ederal do %io 0rande do 3ulU*5* Universidade *ederal de 5uiA de *oraU*M0 Universidade *ederal de Minas 0eraisU*M3 Universidade *ederal do Mato 0rosso do 3ul
IO
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U*MT Universidade *ederal de Mato 0rossoU*%5 Universidade *ederal do %io de 5aneiroU*3 Universidade *ederal de 3eripe
U*3+ Universidade *ederal de 3anta +atarina
U*3M Universidade *ederal de 3anta MariaU*TM Universidade *ederal do Tri>nulo MineiroUnB Universidade de Brasília
U2EB Universidade do Estado da Ba4iaU2EM1T Universidade Estadual de Mato 0rossoU2E3+ raniAaço das 2aç=es Unidas para a educaço, a cincia e a cultura
Unesp Universidade Estadual PaulistaU26+1MP Universidade Estadual de +ampinasU26EMP 6nstituto do *?rum Permanente das %elaç=es Universidade-Empresa
U26*%12 Universidade de *rancaU265U[ Universidade %eional do 2oroeste do Estado do %io 0rande do 3ul
U262/E Universidade 2ove de 5ul4oU26% Universidade *ederal de %ondXnia
U263+ Universidade de 3anta +ruA do 3ulU263 Universidade de 3orocaba
U263U' Universidade do 3ul de 3anta +atarinaUP* Universidade de Passo *undoU3P Universidade de 3o Paulo
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SUMÁRIO
INTRODUÃO I81> PESUISAS :ISTKRICAS SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA ESOBRE A CONTRIBUIÃO DAS IDEIAS LINGUÍSTICAS
K
2> APRESENTAÃO DE J> W> GERALDI 8J"I 1spectos bior&$icos de 5" ;" 0eraldi""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" 9O" *ormaço acadmica"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" 99""I Em instituiç=es do estado do %io 0rande do 3ul"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" 99"" 2o 6E'VU26+1MP (+ampinas-3P)"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" GI"8 s orientadores de 0eraldi""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" GS"8"I +arlos /ot e a perspectiva linuística estruturalista """"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" GS
"8" +arlos *ranc4i e a perspectiva linuística erativa """""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" G
?> APRESENTAÃO DA BIBLIOGRAFIA DE GERALDI KO8"I Bibliora$ia de 5" ;" 0eraldi"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" KI8"I"I Bibliora$ia de 5" ;" 0eraldi sobre o ensino de línua portuuesa""""""""""""""""""""""""""""""""""" S8"I"I"I 1 interlocuço """""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" JO8"I"I" texto como obHeto de ensino """"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" JI8"I"I""I 1s pr&ticas para o ensino de línua portuuesa """""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" JI8"I"I"8 1 ram&tica """""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" J88"I"I"9 livro did&tico de línua portuuesa """""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" J88" 1s parcerias""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" J9
Ger"%!i>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> IOK9"I Bibliora$ia sobre 5" ;" 0eraldi""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" IOS9" Textos sobre a proposta de 0eraldi para o ensino de línua portuuesa """"""""""""""""""""""""""""" IIO
> CONCEPES TEKRICAS DO PENSAMENTO DE GERALDI IKG"I Textos citados por 0eraldi"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" ISG" +oncepç=es linuísticas""""""" """""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" I9O
> CONCEITOS.C:AVE DO PENSAMENTO DE GERALDI SOBRE O ENSINO DELÍNGUA PORTUGUESA
IGI
> CONTETO :ISTKRICO DE PRODUÃO DA PROPOSTA DE GERALDIPARA O ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA
IKI
CONSIDERAES FINAIS ISI
REFERNCIAS IS9
APNDICE A Bi6%i'+r"(i" de e sobre J> W> Ger"%!i4 um instrumento de pesquisa""""""""""" IK
APNDICE B Re(er)n&i" !e #e;#' ,"i &i#"!' 8'r J> W> Ger"%!i e, #e;#' 9$e#e,"#i", ' enin' !e %*n+$" 8'r#$+$e"4 um instrumento de pesquisa""""""""""""""""""""""""""""""" I9
I
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APNDICE C F'r,"/0' "&"!),i&" !e J> W> Ger"%!i4 um instrumento de pesquisa """"""" 8
I8
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INTRODUÃO
I9
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1p?s a 0raduaço em 'etras, cursada no 6nstituto de Biocincias, 'etras e +incias
Exatas de 3o 5os7 do %io Preto (6B6'+E), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) \
campus de 3o 5os7 do %io Preto, prestei o mestrado em Educaço I, cursado entre os anos de
OO e OO9 Hunto ao Prorama de P?s-0raduaço em Educaço, da *aculdade de *iloso$ia e
+incias (**+), Unesp \ campus de Marília, sob orientaço da pro$essora !r a" Maria do
%os&rio 'ono Mortatti"
Essa pesquisa esteve vinculada à lin4a CEnsino de línua portuuesa do 0p4ellb,
criado em IJJ9, e do ProHeto 6nterado de Pesquisa CDist?ria do ensino de línua e literatura
no Brasil (Pip4ellb), em desenvolvimento, em etapas trienais, desde IJJG, ambos
coordenados pela pro$essora mencionada"
0p4ellb e o Pip4ellb se oraniAam em torno de tema eral, m7todo de investiaçoe obHetivo eral que so comuns a todas as pesquisas de seus interantes" tema eral se
subdivide em cinco lin4as de pesquisa# C*ormaço de pro$essores de línua e literatura,
C1l$abetiAaço, CEnsino de línua portuuesa, CEnsino de literatura e C'iteratura in$antil e
Huvenil: e o m7todo de investiaço est& centrado em abordaem de $undo 4ist?rico, com
an&lise da Ccon$iuraço textual8 de $ontes documentais"
!essa pesquisa de mestrado resultou a dissertaço intitulada O ensino de língua
portuguesa no Brasil, segundo João Wanderle !eraldi (P1U'1, OO9a), na qual apresentoos resultados da an&lise da con$iuraço textual da colet>nea O texto na sala de aula (IJ9),
oraniAada por 5oo ;anderle< 0eraldi, com n$ase nos cinco artios por ele assinados" s
resultados dessa pesquisa permitiram compreender que a proposta de 0eraldi para o ensino de
línua portuuesa, baseada no interacionismo lin]ístico e contida nessa colet>nea,
representou uma Crevoluço conceitual na 4ist?ria desse ensino em nosso país e, at7 4oHe,
in$luencia sini$icativamente a proposiço de políticas pblicas e pr&ticas peda?icas" E em
apndice a essa dissertaço, apresentei o instrumento de pesquisa Bibliogra"ia de e sobre João Wanderle !eraldi# um instrumento de pesquisa (P1U'1, OO9b), que contin4a I9I
re$erncias de textos de 0eraldi, produAidos entre IJS e OO, e IS re$erncias de textos
sobre sua obra e atuaço pro$issional, produAidos entre IJI e OO"
I Para o desenvolvimento da pesquisa em nível de mestrado, $oi-me concedida bolsa +2Pq, de Hul4o de OO aaosto de OO9" +adastrado no !iret?rio dos 0rupos de Pesquisa no Brasil \ +2Pq e certi$icado pela Unesp" 6n$ormaç=esdisponíveis em 4ttp#VV"marilia"unesp"brVp4ellb"81 expresso Crevoluço conceitual $oi empreada por Mortatti (IJJJb), em relaço ao pensamentointeracionista sobre o ensino de leitura e escrita, representado por 0eraldi e pela pesquisadora da *aculdade deEducaço (*E) da Universidade Estadual de +ampinas (U26+1MP), 1na 'uiAa Bustamante 3molNa, o qual ser&tematiAado adiante, nesta 6ntroduço"
IG
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!evido aos obHetivos e praAos estabelecidos para o mestrado, por7m, no $oi possível
explorar outros aspectos importantes observados durante o desenvolvimento da pesquisa
documental e biblior&$ica"
Por essas raA=es, considerei pertinente e relevante dar continuidade a essa pesquisa, e,
para tanto, em março de OOK, inressei, como doutoranda9, no mesmo prorama de p?s-
raduaço em Educaço e sob a orientaço da mesma pro$essora, a $im de desenvolver proHeto
de pesquisa tamb7m vinculado ao 0p4ellb e ao Pip4ellb, com o obHetivo de compreender as
ideias linuísticas constitutivas do pensamento de 0eraldi sobre o ensino de línua
portuuesa"
Para o desenvolvimento desta tese, especi$icamente para situ&-la no >mbito dos
estudos e pesquisas 4ist?ricas sobre ensino de línua portuuesa no Brasil, realiAei leituras detextos b&sicos, dentre os quais, destaco os de# 3oares (IJJK): %aAAini (IJJ, OOO):
0uimares (IJJJ): !aniel (OOI): !i %enAo (OO) e 1t4a
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língua portuguesa# um instrumento de pesquisa (1pndice B) e um terceiro instrumento de
pesquisa, intitulado (orma)ão acad%mica de J# W# !eraldi# um instrumento de pesquisa
(1pndice +)" s dois primeiros documentos resultaram de procedimentos de localiAaço,
recuperaço, reunio, seleço e ordenaço dos textos de e sobre 0eraldi, produAidos entre
IJS, ano do primeiro texto publicado pelo autor, e OO, ano determinado para o
encerramento da recuperaço de documentos para a pesquisa de que resultou esta tese" E o
terceiro documento resultou de procedimentos de localiAaço, recuperaço, reunio, seleço e
ordenaço de documentos re$erentes à $ormaço acadmica de 5" ;" 0eraldi"
1 ordenaço das re$erncias biblior&$icas de textos de e sobre 0eraldi se mostrou um
importante instrumento para a compreenso de seu pensamento e sua traHet?ria pro$issional,
desde a d7cada de IJO at7 os dias atuais" 1 ordenaço das re$erncias de textos citados por0eraldi em seus textos que tematiAam o ensino de línua portuuesa, propiciou constatar, em
especial, tanto a acentuada citaço por 0eraldi de textos de seu orientador de doutorado,
+arlos *ranc4i, da acentuada citaço de textos de MiN4ail BaN4tin, autor de oriem russa que
$ocaliAa a linuaem e a literatura em seus textos, assim como a citaço de textos de autores
das ideias linuísticas de oriem $rancesa, que representam a maior incidncia de re$erncias
de textos em línua estraneira citadas por 0eraldi"
E a ordenaço de documentos re$erentes à $ormaço acadmica de 0eraldi, por suaveA, permitiu constatar as concepç=es linuísticas que estavam em voa no momento de sua
$ormaço acadmica e que constituíram o seu pensamento sobre o ensino de línua
portuuesa"
1 an&lise preliminar das re$erncias contidas nos textos e no documento propiciou
con$irmar a relev>ncia e a pertinncia do estudo das ideias linuísticas constitutivas do
pensamento de 0eraldi sobre o ensino de línua portuuesa, somando-se aos meus interesses
e preocupaç=es decorrentes de re$lex=es acerca do ensino de línua portuuesa iniciadas nomestrado" Essa an&lise preliminar propiciou tamb7m estabelecer como corpus para an&lise na
pesquisa de doutorado os trs livros nos quais considero estarem sintetiAadas e CtematiAadasK
as ideias linuísticas constitutivas do pensamento de 0eraldi# O texto na sala de aula# leitura
K UtiliAo o termo CtematiAado a partir de consideraç=es de Mortatti (OOO) quanto a classi$icaç=es dedocumentos re$erentes a Ccontedo, $inalidade e $orma de veiculaço, a saber# Ca) tematiAaç=es contidasespecialmente em artios, con$erncias, relatos de experincias, mem?rias, livros te?ricos e de divulaço, teses
acadmicas, pre$&cios e instruç=es de cartil4as e livros de leitura: b) normatiAaç=es# contidas em leislaço deensino (leis, decretos, reulamentos, portarias, proramas e similares): e c) concretiAaç=es# contidas em cartil4ase livros de leitura, uias do pro$essorR, mem?rias, relatos de experincias e material produAido por pro$essores ealunos no decorrer das atividades did&tico-peda?icas" (M%T1TT6, OOO, p" J)
IS
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L produço (IJ9), com n$ase nos cinco artios de sua autoria, Portos de Passagem (IJJI)
e Linguagem e ensino# exercícios de milit>ncia e divulaço (IJJK)"
+om o obHetivo de contribuir para a produço de uma 4ist?ria do ensino de línua
portuuesa no Brasil, $ormulei, ento, os seuintes problemas# quais as ideias linuísticas
constitutivas do pensamento de 0eraldi sobre o ensino de línua portuuesa no Brasil e quais
so os CdeslocamentosS dessas ideias linuísticas propostos por 0eraldi para o ensino de
línua portuuesa
Para conduAir a pesquisa, $ormulei a seuinte 4ip?tese# a proposta de 0eraldi para o
ensino de línua portuuesa, baseada no interacionismo linuístico, so$reu sini$icativa
in$luncia principalmente das ideias $ranc4ianas sobre o ensino de línua portuuesa, das
ideias baN4tinianas sobre linuaem e das ideias linuísticas de oriem $rancesa, veiculadasno Brasil a partir da d7cada de IJO"
s obHetivos de$inidos para a pesquisa $oram, ento, os seuintes#
• contribuir para a produço de uma 4ist?ria do ensino de línua e literatura no Brasil,
que auxilie na busca de soluç=es para os problemas desse ensino, no presente:
• localiAar, recuperar, reunir, selecionar e ordenar a bibliora$ia de 0eraldi e sobre sua
obra e atuaço pro$issional, a $im de contribuir para o desenvolvimento de pesquisas
correlatas"• compreender as ideias linuísticas constitutivas do pensamento de 5oo ;anderle<
0eraldi sobre ensino de línua portuuesa, por meio da an&lise da con$iuraço
textual dos livros escol4idos como corpus:
• compreender os Cdeslocamentos propostos por 0eraldi das ideias linuísticas para o
ensino de línua portuuesa: e
• contribuir para o desenvolvimento de pesquisas correlatas"
1 $im de $undamentar a an&lise dos trs livros do autor escol4idos como corpus para
an&lise na pesquisa de doutorado, e dada a acentuada ocorrncia nos textos de 0eraldi, $oram
por mim utiliAados determinados conceitos, que podem ser sintetiAados por meio dos
S UtiliAo o termo Cdeslocamento inspirada nas re$lex=es de 0reolin (OO8)" 1bordando quest=es relativas à
1n&lise do !iscurso, a autora a$irma que# C1 an&lise do discurso desloca*se da primaAia sobre o discurso político, sobre a materialidade escrita, para encontrar outras $ormas materiais, outros reimes de materialidade"(0%E0'62, OO8, p" J, ri$o meu)"
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seuintes termos e express=es# Cinteracionismo lin]ístico, Cdiscurso, Clinuaem,
C4ist?ria das disciplinas escolares, Cpesquisa 4ist?rica e Can&lise da con$iuraço textual"
+om relaço ao conceito de Cinteracionismo lin]ístico, pode ser sintetiAado na
seuinte $ormulaço de BaN4tin (OO) a respeito do car&ter dial?ico da enunciaço# C_"""` a
enunciaço 7 o produto da interaço de dois indivíduos socialmente oraniAados e, mesmo
que no 4aHa um interlocutor real, este pode ser substituído pelo representante m7dio do rupo
social ao qual pertence o locutor" (B1DT62, OO, p" II)" Para BaN4tin (OO), todo
discurso 7 construído na interaço com outros, 4aHa vista que o pensamento se d& em uma
relaço dial?ica com os discursos de outros suHeitos" 3ob essa perspectiva,
Essa orientaço da palavra em $unço do interlocutor tem uma import>nciamuito rande" Ela 7 determinada tanto pelo $ato de que procede de alu7m,como pelo $ato de que se dirie para alu7m" Ela constitui Hustamente o produto da interaço do locutor e do ouvinte" Toda palavra serve deexpresso de um em relaço ao outro" 1trav7s da palavra, de$ino-me emrelaço ao outro, isto 7, em ltima an&lise, em relaço à coletividade" 1 palavra 7 uma esp7cie de ponte lançada entre mim e os outros" 3e ela seap?ia sobre mim numa extremidade, na outra ap?ia-se sobre o meuinterlocutor" 1 palavra 7 o territ?rio comum do locutor e do interlocutor"(B1DT62, OO, p" II8)
2esse sentido, C1 situaço social mais imediata e o meio social mais amplo
determinam completamente e, por assim diAer, a partir do seu pr?prio interior, a estrutura daenunciaço" (B1DT62, OO, p" II8)
3obre o Cdiscurso, para *oucault (OO), 4& Cpropriedades sinulares e Cpap7is
preestabelecidos que determinam o $alar do $alante" E ainda, seundo *oucault (OO),
CTodo sistema de educaço 7 uma maneira política de manter ou de modi$icar a apropriaço
dos discursos, com os saberes e os poderes que eles traAem consio (*U+1U'T, OO, p"
99)" Para o autor, a partir dessa concepço, o discurso 7 internaliAado pelo suHeito quando
representa para ele uma verdade" 1ssim,_"""` supon4o que em toda sociedade a produço do discurso 7 ao mesmotempo controlada, selecionada, oraniAada e redistribuída por certo nmerode procedimentos que tm por $unço conHurar seus poderes e perios,dominar seu acontecimento aleat?rio, esquivar sua pesada e temívelmaterialidade" (*U+1U'T, OO, p" J)
!essa $orma, para *oucault (OO), no discurso no est& somente C_"""` aquilo que
traduA as lutas ou os sistemas de dominaço, mas aquilo por que, pelo que se luta, o poder do
qual nos queremos apoderar"(p" IO)
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Para rlandi (IJJJa), por sua veA, o conceito de Cdiscurso C_"""` tem em si a id7ia de
curso, de percurso, de correr por, de movimento" discurso 7, assim, palavra em movimento,
pr&tica de linuaem# com o estudo do discurso observa-se o 4omem $alando" (%'12!6,
IJJJa, p" IG), e, a partir dessa concepço, o discurso 7 um obHeto s?cio-4ist?rico, tendo por
pressuposto seu aspecto linuístico"
1 1n&lise do !iscurso concebe a linuaem como mediaço necess&riaentre o 4omem e a realidade natural e social" Essa mediaço, que 7 odiscurso, torna possível tanto a permanncia e a continuidade quanto odeslocamento e a trans$ormaço do 4omem e da realidade em que ele vive" trabal4o simb?lico do discurso est& na base da produço da existncia4umana" (%'12!6, IJJJa, p" IG, ri$o meu)
2esse sentido, a partir da concepço de discurso, C_"""` procura-se compreender alínua $aAendo sentido, enquanto trabal4o simb?lico, parte do trabal4o social eral,
constitutivo do 4omem e da sua 4ist?ria" (%'12!6, IJJJa, p" IG)
3eundo Mainueneau (IJJS, p" 8), um suHeito, quando enuncia, partil4a com seus
interlocutores um Critual social da linuaem, pois C1o enunciar, eu me concedo um certo
luar e atribuo um luar complementar ao outroR"" E, a partir dessa concepço de
Cdiscurso, para Mainueneau (IJJS),
Esta inst>ncia de subHetividade enunciativa possui duas $aces# por um lado,ela constitui o suHeito em suHeito de seu discurso, por outro, ela o assuHeita"3e ela submete o enunciador a suas reras, ela iualmente o leitima,atribuindo-l4e a autoridade vinculada institucionalmente a este luar" Umatal concepço op=e-se a qualquer concepço Cret?rica# aquela que colocadois indivíduos $ace a $ace e l4es prop=e um repert?rio de Catitudes, deCestrat7ias destinadas a atinir esta ou aquela $inalidade consciente" 2arealidade, para a 1!, no 7 possível de$inir nen4uma exterioridade entre ossuHeitos e seus discursos" (M1620UE2E1U, IJJS, p" 88)
E ainda, de acordo com Mainueneau (IJJS, p" 9G), C2o basta $alar de luaresR ou
de deixisR: a descriço dos aparel4os no deve levar a esquecer que o discurso 7 insepar&veldaquilo que poderíamos desinar muito rosseiramente de uma voAR"
Fuanto à Clinuaem, para Benveniste (IJJG, p" G-K), por meio dela de$ine-se o
4omem, pois CPara que a palavra asseure a comunicaçoR, 7 preciso que esteHa 4abilitada a
isso pela linuaem, da qual 7 apenas a atualiAaço" (BE2/E263TE, IJJG, p" G-K)" 1inda,
para o autor, 7 a partir da linuaem que o 4omem se torna suHeito, por meio de um contato de
um Ceu com um Ctu, numa relaço recíproca" Em outras palavras, a linuaem CY to
pro$undamente marcada pela expresso da subHetividade que n?s nos peruntamos se,
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construída de outro modo, poderia ainda $uncionar e c4amar-se linuaem" (BE2/E263TE,
IJJG, p" S)" 2as palavras de Benveniste (IJJG),
2o atinimos nunca o 4omem separado da linuaem e no o vemos nunca
inventando-a" 2o atinimos Hamais o 4omem reduAido a si mesmo e procurando conceber a existncia do outro" Y um 4omem $alando queencontramos no mundo, um 4omem $alando com outro 4omem, e alinuaem ensina a pr?pria de$iniço do 4omem" (BE2/E263TE, IJJG,
p" G)
!essa $orma, para Benveniste (IJJG), C1 linuaem est& de tal $orma oraniAada que
permite a cada locutor apropriar-se da línua toda desinando-se como eu" (p" )
3eundo *ranc4i, por sua veA, 7 positiva uma Ccincia da linuaem, e neativa, uma
Ccincia descritiva das línuas" 3ob essa perspectiva, para uma cincia da linuaem, o autorconsidera essenciais noç=es correlacionadas com a $unço da comunicaço, a qual C_"""` se
situa em relaço a seu uso social, aberta aos $atores que a condicionam e determinam na
interaço dos interlocutores, em suas relaç=es com o mundo e a cultura" (IJSS, p" IO)" Ele
acrescenta,
2o 4& nada imanente na linuaem, salvo sua $orça criadora e constitutiva,embora certos Ccortes metodol?icos e restriç=es possam mostrar umquadro est&vel e constituído" 2o 4& nada universal, salvo o processo \ a$orma, a estrutura dessa atividade" 1 linuaem, pois, no 7 um dado ouresultado: mas um trabal4o que Cd& $orma ao contedo vari&vel de nossasexperincias, trabal4o de construço, de reti$icaço do vividoR, que aomesmo tempo constitui o sistema simb?lico mediante o qual se opera sobre arealidade e constitui a realidade como um sistema de re$erncias em queaquele se torna sini$icativo" (*%12+D6, IJSS, p" )
1ssim, a linuaem, para *ranc4i, no 7 somente C_"""` um processo de representaço,
_"""` mas ainda uma pr&tica imainativa que no se d& em um universo $ec4ado _"""`, mas
permite passar, _"""` a di$erentes universos mais amplos, atuais, possíveis, imain&rios"
(*%12+D6, IJSS, p" 8)Fuanto às opç=es de ordem metodol?ica para o desenvolvimento da pesquisa,
considerando a proposta em abordar 4istoricamente o ensino de línua portuuesa, so
necess&rias as consideraç=es de +4ervel (IJJO), 3antos (IJJO), *orquin (IJJ) e D7brard
(OO), a respeito da C4ist?ria das disciplinas escolares, e as de Mortatti (IJJJa) e Boto
(IJJ9), a respeito da Cpesquisa 4ist?rica em educaço"
Para +4ervel (IJJO), Cdisciplina escolar 7 C_"""` aquilo que se ensina e ponto $inal"
(p" ISS)" 3eundo o autor, cabe à sociedade e à cultura a transmisso para os indivíduos dos
contedos de ensino, e os pedaoos, por sua veA, devem C_"""` arranHar os m7todos de modo
que eles permitam que os alunos assimilem o mais r&pido e o mel4or possível a maior porço
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possível da cincia de re$erncia" (+DE%/E', IJJO, p" II)" 1l7m disso, considera que C3e
o papel da escola 7 o de ensinar e, de um modo eral, o de educarR, como no ver que a
4ist?ria da $unço educacional e docente deve constituir o pivX ou o ncleo da 4ist?ria do
ensino (+DE%/E', IJJO, p" I9)
Porque so criaç=es espont>neas e oriinais do sistema escolar 7 que asdisciplinas merecem um interesse todo particular" E porque o sistema escolar7 detentor de um poder criativo insu$icientemente valoriAado at7 aqui 7 queele desempen4a na sociedade um papel o qual no se percebeu que eraduplo# de $ato ele $orma no somente os indivíduos, mas tamb7m umacultura que vem por sua veA penetrar, moldar, modi$icar a cultura dasociedade lobal" (+DE%/E', IJJO, p" I9)
+om relaço à C4ist?ria das disciplinas escolares, para D7brard (OO), desde que a
$ormaço dos pro$essores dos Ensinos *undamental e M7dio passou a ser incumbncia dasuniversidades, C_"""` numerosos pro$essores dos 6nstitutos Universit&rios de *ormaço dos
Pro$essores deslocaram seu interesse pela disciplina na qual $oram $ormados _"""` para os
problemas colocados 4oHe pelo ensino da disciplina" (p" 88)" Para ele,
_"""` o principal debate nesse domínio re$ere-se às relaç=es entre sabereseruditos e saberes escolares" Para certos autores (modelo da transposiçodid&tica), os sistemas escolares so percebidos como dispositivos queselecionam e trans$ormam os saberes produAidos pelos Cintelectuais com a$inalidade de torn&-los assimil&veis por Hovens alunos" Para outros (modelo
da 4ist?ria das disciplinas escolares), a escola constr?i seus pr?prios tipos desaberes ou 4abilidades con$orme os modos de elaboraço, cuHa l?ica podeser encontrada dentro dos pr?prios sistemas escolares" Y o caso, porexemplo, das ram&ticas escolares, que durante muito tempo no se bene$iciaram dos avanços da $iloloia ou das cincias da linuaem edi$icilmente aceitaram esse enxerto quando a ocasio se apresentou"(DYB%1%!, OO, p" 8G-8K)
3eundo D7brard (OO), 7 $unço da escola $ormar C_"""` em seu espaço pr?prio,
suHeitos que lem, escrevem, mas tamb7m ordenam o mundo con$orme as cateorias que o
corpus dos textos e a palavra do pro$essor tornam quase naturais" (p" SS)" E, ainda, a escolaC_"""` 7 obriada a produAir uma recepço compartil4ada dos textos, pelo nico $ato de que,
sem a certeAa do sentido, no 4averia nem ensino possível, nem aprendiAaem" (DYB%1%!,
OO, p" SS)
3antos (IJJO), por sua veA, $ocaliAa C_"""` as trans$ormaç=es ocorridas em uma
disciplina ao lono do tempo (p" I), considerando a identi$icaço dos C_"""` $atores mais
diretamente relacionados às mudanças de contedo e m7todos de ensino, o que possibilita a
articulaço de propostas mais consistentes de alteraço ou implementaço de mudançascurriculares" (312T3, IJJO, p" I)" 3eundo 3antos (IJJO), as mudanças em uma
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disciplina ou contedo escolar C_"""` so condicionadas por $atores internos e externos, que
devem ser analisados dentro de uma perspectiva s?cio-4ist?rica" (p" S)"
s primeiros diAem respeito às pr?prias condiç=es de trabal4o na &rea, e os
ltimos esto diretamente relacionados à política educacional e ao contextoeconXmico, social e político que a determinam" 1 import>ncia, ou o pesoatribuído a estes $atores depender& do nível de desenvolvimento em que seencontra a pr?pria &rea de estudos, bem como do pr?prio contextoeducacional e do reime político e tradiço cultural que o circunscrevem"(312T3, IJJO, p" I)
1inda, para a autora, C_"""` o desenvolvimento de uma disciplina deve articular o
educacional ao social e lidar com complexas relaç=es existentes entre esses dois níveis" (p"
S)
3eundo *orquin (IJJ), 7 na escola que C_"""` circulam $luxos 4umanos, onde se
investem e se erem riqueAas materiais, onde se travam interaç=es sociais e relaç=es de poder:
ela 7 tamb7m um local _"""` de esto e de transmisso de saberes e de símbolos" (p" )"
1ssim, *orquin (IJJ) considera que as escolas optam pelos contedos que querem ensinar"
!essa $orma, Cs docentes podem ter 4ierarquias de prioridades diverentes, mas todos os
docentes e todas as escolas $aAem seleç=es de um tipo ou de outro no interior da cultura"
(*%FU62, IJJ, p" 8I)" Para ele,
_"""` a exposiço did&tica, à di$erença da exposiço te?rica, deve levar emconta no apenas o estado do con4ecimento mas tamb7m o estado docon4ecente, os estados do ensinado e do ensinante, sua posiço respectivacom relaço ao saber e a $orma institucionaliAada da relaço que existe entreum e outro, em tal ou qual contexto social" (*%FU62, IJJ, p" 88)
autor a$irma ainda que a re$lexo sobre os saberes escolares tem por $unço
contribuir C_"""` para dissolver esta percepço natural das coisas, ao mostrar como os
contedos e os modos de proramaço did&tica dos saberes escolares se inscrevem _"""` na
con$iuraço de um campo escolar e _"""` de um campo social _"""`" (*%FU62, IJJ, p" 98-99)
3obre Cpesquisa 4ist?rica em educaço, Mortatti (IJJJa) a de$ine como um tipo de
C_"""` pesquisa cientí$ica, cuHa especi$icidade consiste, do ponto de vista te?rico-metodol?ico,
na abordaem 4ist?rica \ no tempo \ do $enXmeno educativo em suas di$erentes $acetas"
(M%T1TT6, IJJJa, p" S8)" Esse tipo de pesquisa, seundo a autora, C_"""` demanda a
recuperaço, reunio, seleço e an&lise de $ontes documentais, como mediadoras na produço
do obHeto de investiaço" (M%T1TT6, IJJJa, p" S8)" 1 an&lise dessas $ontes documentais permite ao pesquisador a interpretaço de uma determinada 7poca, que resulta na elaboraço
de um texto escrito pelo pesquisador" E, para Mortatti (IJJJa), portanto,
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_"""` abordar 4istoricamente a educaço no sini$ica apresentar umasucesso de acontecimentos passados, de acordo seHa com umatemporalidade linear e ascensional, em direço à culmin>ncia do processo4ist?rico no presente, enquanto $im da evoluço, seHa com a lei do Ceterno
retorno ou com a da sucesso de ciclos de apoeu e decadncia, aço ereaço" 1bordar 4istoricamente a educaço sini$ica, pelo contr&rio, buscarapreender e problematiAar, por meio de con$iuraç=es textuais \ as lidas eas produAidas pelo pesquisador \, a simultaneidade entre continuidade edescontinuidade de sentidos a respeito do $enXmeno educativo em suasdi$erentes $acetas, simultaneidade essa que caracteriAa o movimento4ist?rico e as Ctemporalidades mltiplas que nele coexistem"(M%T1TT6, IJJJa, p" SG)"
1ssim, ao investiador cabe C_"""` buscar, mediante a compreenso do passado remoto
e recente, o en$rentamento dos problemas do presente $uidio e a construço do $uturo
deseHado" (M%T1TT6, IJJJa, p" SG)"
Boto (IJJ9), por sua veA, considera o pesquisador da &rea de 4ist?ria como aquele que
C_"""` interae com quest=es intelectuais a serem resolvidas no decurso da pesquisa, 4ip?teses
a prop?sito do enima que pretende deci$rar" (BT, IJJ9, p" 9)" trabal4o
4istorior&$ico, por sua veA, situa-se C_"""` invariavelmente na con$luncia entre o tempo do
obHeto investiado e o tempo do suHeito investiador" (BT, IJJ9, p" 9)" 3ob essa
perspectiva, C_"""` compreender o que uma 7poca peruntou a respeito da outra conduA à
possibilidade de maior $amiliaridade com ambas" (BT, IJJ9, p" 9)" E ainda,
_"""` a investiaço em 4ist?ria ocorre por deslocamentos perante peruntas pelas quais a con$raria 4istorior&$ica ven4a a inquirir o passado" 2essamedida, pressup=e-se a existncia de paradimas norteadores da pesquisa em4ist?ria" discurso produAido dialoa, assim, com um conHunto de textos,estruturando, no conHunto, um universo interpretativo capaA de colidir comoutros" 2a interlocuço entre recortes de realidade nem sempre compatíveis, pode-se mesmo c4ear a um impasse# sendo distintos os modelosinterpretativos, corre-se o risco de e$etuar um di&loo de surdos, onde o
oponente de$ine-se por aquilo que no 7" (BT, IJJ9, p" 8O)
!essa $orma, na concepço de Boto (IJJ9), 4& o C_"""` abandono da crença na
superioridade do presente e da cultura atual sobre a 7poca e a cultura do obHeto investiado"
(p" 8I)
Fuanto à expresso Ccon$iuraço textual, trata-se de proposta de Manani
(IJJ8)VMortatti (OOO), para nomear o conHunto de aspectos que, inter-relacionados,
constituem o sentido de um texto, a saber#
_"""` as opç=es tem&tico-conteudísticas (o qu) e estruturais $ormais(como), proHetadas por um determinado suHeito (quem), que se apresentacomo autor de um discurso produAido de determinado ponto de vista e luar
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social (de onde) e momento 4ist?rico (quando), movido por certasnecessidades (por qu) e prop?sitos (para qu), visando a determinado tipode leitor (para quem) e lorando determinado tipo de circulaço, utiliAaçoe repercusso" (M%T1TT6, OOO, p" 8I)"
!essa $orma, a partir dessa an&lise, ao investiador 7 possível# C_"""` recon4ecer e
interroar determinado texto como con$iuraço Csaturada de aoras e CobHeto sinular e
vioroso: e dele produAir uma leitura possível e autoriAada _"""`" (M%T1TT6, OOO, p" 8I)"
1 pesquisa 4ist?rica de que resultou esta tese $oi, portanto, desenvolvida a partir de
procedimento metodol?ico centrado em pesquisa documental e biblior&$ica, mediante
procedimentos de# localiAaço, recuperaço, reunio, seleço, ordenaço e an&lise de $ontes
documentais: e de leitura de bibliora$ia especialiAada sobre o tema da pesquisa"
+onsiderei como $ontes documentais privileiadas para an&lise os artios de 0eraldi
contidos na colet>nea O texto na sala de aula (IJ9) e os livros Portos de Passagem (IJJIa)
e Linguagem e ensino# exercícios de milit>ncia e divulaço (IJJKa)" +omo auxiliares para a
an&lise, utiliAei tamb7m outros textos de 0eraldi e textos produAidos por outros autores que
tratam de sua produço escrita e atuaço pro$issional" Essa an&lise incidiu sobre os aspectos
que constituíram o seu sentido, visando à compreenso das ideias linuísticas constitutivas do
pensamento de 0eraldi sobre ensino de línua portuuesa neles presentes"
Em vista do exposto, optei por oraniAar esta tese de doutorado da $orma apresentada
a seuir, a qual est& suHeita a alteraç=es, con$orme suest=es dos membros dessa Banca
Examinadora"
2esta 6ntroduço, apresento a pesquisa, a partir da exposiço de seus antecedentes, o
tema, o corpus para an&lise, os obHetivos, a 4ip?tese, as quest=es que nortearam a
investiaço, os procedimentos metodol?icos e os pressupostos te?rico-metodol?icos"
2o capítulo I, apresento síntese da bibliora$ia sobre pesquisas 4ist?ricas que
abordam o ensino de línua portuuesa no Brasil e tamb7m síntese da bibliora$ia sobre
pesquisas 4ist?ricas que abordam a contribuiço das ideias linuísticas para o ensino de línua
portuuesa, que dialoam diretamente com min4a tese"
s aspectos da biora$ia de 0eraldi, ressaltando sua atuaço pro$issional e $ormaço
acadmica so por mim apresentados no capítulo "
G
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s capítulo 8 e 9 tratam, respectivamente, dos aspectos re$erentes à bibliora$ia de e
sobre 0eraldi"
2o capítulo G, apresento os autores cuHos textos so mais recorrentes em textos de
0eraldi que abordam o ensino de línua portuuesa, assim como as ideias linuísticas que
constituíram seu pensamento sobre esse ensino"
2o capítulo K, por sua veA, apresento conceitos-c4ave do pensamento de 0eraldi sobre
o ensino de línua portuuesa, com destaque para as concepç=es de Clinuaem, CsuHeito e
CdiscursoVtexto apresentadas por ele nos trs livros em que considero estar CtematiAado o
seu pensamento sobre o ensino de línua portuuesa"
Fuanto aos aspectos re$erentes ao momento 4ist?rico educacional de produço do
corpus analisado, os trs livros de 0eraldi, em especial o C9" momento da 4ist?ria do ensinode leitura e escrita no Brasil, quando ocorreu a Crevoluço conceitual no ensino de leitura e
escrita em nosso país, so por mim destacados no capítulo S"
'oo ap?s, apresento as consideraç=es $inais sobre a pesquisa que desenvolvi e que
resultou em min4a tese, seuidas de C%e$erncias e Cbras de re$erncia citadas"
3euem-se tamb7m trs apndices# o 1pndice 1, intitulado Bibliogra"ia de e sobre J#
W# !eraldi# um instrumento de pesquisa (J $"): o 1pndice B, intitulado +extos mais
citados por J# W# !eraldi em textos &ue temati'am o ensino de língua portuguesa# uminstrumento de pesquisa (IK $") e o 1pndice +, intitulado (orma)ão acad%mica de J# W#
!eraldi# um instrumento de pesquisa (I9 $)"
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CAPÍTULO 1PESUISAS :ISTKRICAS SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E
SOBRE A CONTRIBUIÃO DAS IDEIAS LINGUÍSTICAS
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3omente a partir do $inal do s7culo ff e no s7culo ff6, as pesquisas 4ist?ricas sobre
o ensino de leitura e escrita começaram a se intensi$icar, de acordo com estudos de Mortatti
(OO8)"
+on$orme consulta ao documento resultante das atividades do ProHeto 6nterado de
Pesquisa CEnsino de 'ínua e 'iteratura no Brasil# repert?rio documental republicano
(M%T1TT6, OO8), anteriormente apresentado na 6ntroduço desta tese, de um total de OG
re$erncias de textos produAidos por brasileiros at7 o ano de OO, G8J re$erncias se re$erem
ao ensino de línua portuuesa" Mortatti (OO8) conclui, a partir da pesquisa realiAada, que as
pesquisas sobre esse ensino esto aumentando, mas so ainda escassas as com abordaem
4ist?rica sobre o ensino de línua portuuesa"
2o entanto, apesar de se apresentarem em nmero reduAido, aluns textos contribuem para a mel4or compreenso da 4ist?ria do ensino de línua portuuesa, a saber, os de# 3oares
(IJJK): %aAAini (IJJ, OOO): 0uimares (IJJJ): !aniel (OOI): !i %enAo (OO): e 1t4a
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_"""` começa a ocorrer uma real modi$icaço no contedo da disciplina portuus" E isso se d& porque uma proressiva trans$ormaço dascondiç=es sociais e culturais e, sobretudo, das possibilidades de acesso àescola vai exiindo a re$ormulaço das $unç=es e dos obHetivos dessa
instituiço, o que acarreta, entre outras alteraç=es, mudanças nas disciplinascurriculares" _"""` 7 a partir desse momento que começa a modi$icar-se pro$undamente o alunado# como consequncia da crescente reivindicaço, pelas camadas populares, do direito à escolariAaço, democratiAa-se aescola, e H& no so apenas os C$il4os-$amília, os $il4os da buruesia, que povoam as salas de aula, so tamb7m os $il4os dos trabal4adores \ nosanos KO, o nmero de alunos no ensino m7dio quase triplicou, e duplicou noensino prim&rio" _"""` como consequncia da multiplicaço de alunos,ocorreu um recrutamento mais amplo e, portanto, menos seletivo de pro$essores, embora estes $ossem H&, em rande parte, oriundos das rec7m-criadas *aculdades de *iloso$ia, $ormados no s? em contedos de línua ede literatura, mas tamb7m de pedaoia e did&tica" ( p" IK-IS)
!essa $orma, tendo em vista essas mudanças sociais e culturais ocorridas em toda a
sociedade e, consequentemente, nas escolas, naquele momento (d7cada de IJGO), C_"""`
ram&tica e texto, estudo sobre a línua e estudo da línua, começam a constituir realmente
uma disciplina como um contedo articulado (31%E3, IJJK, p" IS)" 2o entanto, nesse
período (d7cada de IJGO), nos livros did&ticos, C_"""` esto ra$icamente separados, a
ram&tica apresentada numa metade do livro, os textos na outra metade (31%E3, IJJK, p"
IS)" 2o capítulo CPortuus na escola# 4ist?ria de uma disciplina curricular, publicado em
OO, no livro Ling/ística da norma, oraniAado por Marcos Bano, 3oares tamb7m aborda
as disciplinas ret?rica, po7tica e ram&tica e a tradiço delas na disciplina línua portuuesa,
destacando o uso das colet>neas de textos como manuais de ensino"
2o entanto, seundo 3oares (IJJK), a partir dos estudos sobre a Cteoria da
comunicaçoJ, nos anos IJSO, a línua passou a ser compreendida como instrumento de
comunicaço e a ter desenvolvido o seu ensino no mais em um estudo Csobre a línua ouum estudo Cda línua, mas sim, a partir de um desenvolvimento do Cuso dessa línua" E, a
partir dessa concepço, no ensino da ram&tica passou-se a propor uma re$lexo sobre a
línua"
capítulo de livro de 3oares, CPortuus na escola# 4ist?ria de uma disciplina curricular, publicado em OOno livro Ling/ística da norma, oraniAado por Marcos Bano, $oi publicado oriinalmente, em IJJK, na $eistade .duca)ão -.C , sob o mesmo título" +om relaço às alteraç=es entre os textos, 4& somente o acr7scimo decontedo re$erente às disciplinas"J 3obre essa teoria, seundo 3oares (IJJK, p" O), ela C_"""` sure nos anos IJSO, como quadro re$erencial para a
an&lise da línua, transposta da &rea dos meios eletrXnicos de comunicaço _"""`" 1 partir daí, C1 concepço delínua como sistema, prevalente at7 ento no ensino da ram&tica, e a concepço da línua como expressoest7tica, prevalente inicialmente no ensino da ret?rica e da po7tica e, posteriormente, no estudo de textos, sosubstituídas pela concepço de línua como comunicaço" (31%E3, IJJK, O)"
J
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2os anos IJO, as di$erentes vertentes das cincias linuísticas tiveram uma rande
contribuiço para o ensino de portuus e,
TalveA essa contribuiço das cincias lin]ísticas ao ensino de portuus
seHa a característica $undamental que a disciplina Portugu%s assume a partirdos anos O" 6ntroduAidas nos currículos de $ormaço de pro$essores a partirdos anos KO \ inicialmente, a Ling/ística, mais tarde, a 0ocioling/ística,ainda mais recentemente, a Psicoling/ística, a Ling/ística +extual , a
Pragm1tica, a -n1lise do 2iscurso \ s? nos anos O essas cincias c4eamà escola, Caplicadas ao ensino da línua materna" (31%E3, IJJK, p" O)
2a dissertaço de mestrado intitulada -ntologia nacional 34567*45859# museu liter&rio
ou doutrina, de$endida no 6E'VU26+1MP, sob a orientaço de Marisa P4ilbert 'aHolo,
%aAAini (IJJ) contribui para a 4ist?ria do ensino de línua portuuesa, analisando a -ntologia nacional , de *austo Barreto e +arlos de 'aet" Para ela, essa -ntologia $oi
_"""` sucesso por mais de SO anos ao lono de 98 ediç=es, $oi uma dascompilaç=es liter&rias mais lidas pela mocidade brasileira que passou pelaescola secund&ria, por v&rias eraç=es# adotada o$icialmente nos principaiscol7ios do país, teve carreira excepcional, sucesso de pblico sem precedentes, enquanto as minuadas ediç=es brasileiras, no-did&ticas,demoravam anos e anos para vender" (%1gg626, IJJ, p" S)
3eundo %aAAini (IJJ), com relaço às cinco primeiras d7cadas do s7culo ff,
conviveram nas escolas, como Cmanuais de ensino da disciplina línua portuuesa, as
ram&ticas e as colet>neas de textos" 3obre a colet>nea -ntologia Nacional , %aAAini (IJJ)
comenta# C_"""` apesar de ser um livro did&tico de orientaço imperial e cat?lica, conseuiu
sobreviver mais de setenta anos no ensino de orientaço republicana (p" IS) e C_"""` o
conservadorismo do ensino da línua materna, sempre preso à po7tica, orat?ria e ret?rica
cl&ssicas, sobreviveu at7 recentemente (a ltima ediço da -ntologia 7 de IJKJ) (p" 8I)"
Tendo analisado as mudanças ocorridas nas diversas ediç=es de -ntologia nacional ,
%aAAini (IJJ) constata a sua import>ncia na Cconsolidaço da nacionalidade brasileira,
_"""` pela a$irmaço da literatura brasileira, quer atrav7s do proressivoaumento de autores brasileiros, quer atrav7s da seq]ncia escol4ida(inverso cronol?ica) para apresentaço dos autores e textos, quer aindaatrav7s do tema privileiado nos trec4os compilados, que davam pre$ernciaaos excertos que tematiAassem o Brasil, repetindo trec4os que se tornarammitos da nossa nacionalidade" (%1gg626, IJJ, p" II)
!ando continuidade às re$lex=es do mestrado, em sua tese de doutorado, O espelo da
na)ão# a 1ntoloia nacional e o ensino de portuus e de literatura (I8-IJSI), tamb7m
de$endida no 6E'VU26+1MP, sob a orientaço da mesma pro$essora, %aAAini (OOO)
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procurou compreender -ntologia nacional , de *austo Barreto e +arlos de 'aet, tendo por
re$erncia os proramas de ensino do +ol7io Pedro 66 e a leislaço ento viente,
destacando a 4ist?ria do ensino de Portuus e de 'iteratura na escola secund&ria do Brasil,
que teve C_"""` movimento de ascenso _"""` acompan4ado do declínio do ensino cl&ssico, o
qual, no entanto, resistiu at7 meados do s7culo ff (%1gg626, OOO, p" 8S)"
_"""` at7 IKJ, o ensino de Portuus era insini$icante no currículo da escolasecund&ria, onde predominavam as disciplinas cl&ssicas, sobretudo o 'atim"!epois de IKJ, quando o exame de Portuus $oi incluído entre osPreparat?rios de muitos cursos superiores ($aculdades de !ireito, $aculdadesde Medicina, Escola Polit7cnica, Escola de Minas, etc), no +ol7io Pedro 664ouve a ascenso desta disciplina, cuHo desenvolvimento, ainda que suHeito avariaç=es, $oi sempre crescente" (%1gg626, OOO, p" 8S)
3eundo %aAAini (OOO), $oi a leislaço de IJSI que propiciou que os textos liter&rios
$ossem substituídos por diversos textos de di$erentes oriens, os quais tin4am por obHetivo
transmitir a C_"""` e$ic&cia da comunicaço e a compreenso da +ultura BrasileiraR,
sucateando a -ntologia Nacional , at7 ento di$usora e reprodutora da vernaculidadeR brasi-
lusa (p" I8)" !essa $orma,
2a escola secund&ria brasileira dos anos de IJSO, o abandono do latim e oen$raquecimento da leitura liter&ria cl&ssica, de orientaço lusitana,
condenou a adoço de compndios como a -ntologia Nacional , H& ento,detentora de modelos desastados, que no mais correspondiam à imaemdeseHada de naço" Por outro lado, a promoço da leitura de textoscontempor>neos bene$iciou no s? a literatura brasileira moderna, como aentrada dos autores vivos na escola, mas $orçou tamb7m a reviso de todosos períodos da literatura brasileira, cuHa carreira solo entrava, daí em diante,em $ranco desenvolvimento no curso secund&rio" (%1gg626, OOO, p"9G)
0uimares (IJJJ), por sua veA, no texto C ensino de línua portuuesa na mem?ria
da escola brasileira# aspectos da 4ist?ria de uma disciplina, publicado no livro .studos sobreo ensino da língua portuguesa, oraniAado por Eber4ard 0hrtner, +4ristine Dundt e
3c4nberer, apresenta a CproHeço da línua materna no campo did&tico, a qual, seundo
essa pesquisadora, C_"""` 4armoniAa-se com a traHet?ria do ensino da línua materna na escola
brasileira" 0uimares (IJJJ) $ocaliAa as ideias interliadas no Cenunciado
línuaVmem?riaVescola, entendendo o ensino da línua materna como C_"""` trabal4o coletivo,
4ist?rico, que constr?i" Para tanto, analisa os Cacervos leislativos# %e$orma +apanema IO,
IO 1 %e$orma +apanema corresponde às trans$ormaç=es proHetadas no sistema educacional brasileiro, em IJ9,durante a Era /aras, pelo ministro da Educaço e 3ade, da 7poca, 0ustavo +apanema, principalmente noensino secund&rio e universit&rio" ministro tin4a por lema Ca educaço a serviço da naço (1%12D1, IJJK)"
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'ei *ederal n" 9O9VKIII, 'ei *ederal n" GKJVSII, 0uias +urriculares de 3o Paulo
C Propostas para as mat;rias do Nncias e autoridades de quem se espera apoio e estímulo" 1 verdadeiramudança, por7m, vir& antes daqueles que vivem a realidade do ensino: nodaqueles que especulam sobre ela" (p" G)
!aniel (OOI), na tese de doutorado intitulada O ensino de portugu%s na .scola
Normal e >odelo -nexa, de Campo !rande# IJ8O-IJ9O, de$endida na U3P, sob a orientaço
de 5os7 'uiA *iorin, para a an&lise da 4ist?ria da disciplina 'ínua Portuuesa na primeira
$ase de $uncionamento da Escola 2ormal e Escola Modelo 1nexa, de +ampo 0rande-M3, na
d7cada de IJ8O, considera decretos, discursos e di&rios o$iciais, Hornais da 7poca, artios,
II 1 'ei de !iretriAes e Bases da Educaço 2acional, promulada em IJKI, quebra a riideA do sistema, permitindo a mobilidade entre os cursos, com um secund&rio menos enciclop7dico, possibilitando a reduço donmero de disciplinas" utras mudanças diAem respeito à pluralidade de currículos em territ?rio $ederal, assimcomo a arantia de iualdade de tratamento do Poder Pblico aos estabelecimentos o$iciais e particulares(1%12D1, IJJK)"I Essa lei da educaço brasileira reestruturou o ensino, ampliando a obriatoriedade de quatro para oito anos,
pois o prim&rio, con$orme nomenclatura da 7poca, une-se ao inasial, para tanto, $indando o exame de admisso,que selecionava os alunos para o in&sio, deixando à marem os alunos das classes menos $avorecidas" utras
mudanças provenientes tamb7m dessa lei so a criaço da escola nica pro$issionaliAante e a reestruturaço dosupletivo (1%12D1, IJJK)"I8 !ecreto *ederal n" JI8S, de K de Hun4o de IJG, propXs diretriAes para o reexame dos processos deensino-aprendiAaem da línua portuuesa (1%12D1, IJJK)"
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cadernos antios, dissertaç=es, teses, enciclop7dias, dicion&rios e livros de reistros
pertencentes ao acervo documental da .scola Normal e >odelo -nexa, assim como as
mat7rias lecionadas, atas, diplomas, expedientes e tamb7m cinco livros did&ticos de
PortuusI9 utiliAados na 7poca" !aniel (OOI) se prop=e a compreender os obHetivos do
ensino dessa disciplina e as relaç=es entre os contedos dos livros analisados e a mat7ria
lecionada nas aulas dessas escolas#
_"""` 4& no portuus escolar um aspecto educacional, interado ao conHuntodos obHetivos, e um aspecto instrucional, que abrane uma parte deles"Portanto, um contedo de instruço 7 posto a serviço de uma $inalidadeeducativa" (!126E', OOI, p" 9S)
!essa $orma, $oi possível para !aniel (OOI) constatar que C_"""` a sistematiAaço dos
contedos dos cinco livros did&ticos de Portuus constantes do corpus era $eita de acordo
com os ob?etios legais do ensino da disciplina (p" JG, ri$os da autora), e que o ensino
_"""` tamb7m era orientado, tal como nos compndios destinados a esseensino e a esse nível, no sentido de promover o domínio das rerasramaticais da norma culta, na modalidade escrita, e o con4ecimento da4ist?ria da línua, a partir de textos concebidos como modelos tanto delínua quanto de comportamento" (p" III)
!i %enAo (OO), no capítulo de livro C'iceu +uiabano# línua nacional, reliio e
estado, publicado no livro @nstitucionali'a)ão dos estudos da linguagem# a disciplinariAaço
das id7ias lin]ísticas, oraniAado por rlandi e 0uimares, analisa a Cinstituiço da línua
nacional e o surimento dos randes col7ios no Brasil, tendo por obHetivo C_"""` (re)construir
a 4ist?ria da constituiço do saber metalin]ístico sobre a línua portuuesa, a partir de uma
posiço 4ist?rica que considera os processos de produço de con4ecimentos sobre ela (p"
IO)"
1 línua nacional 7 elemento $undamental da construço da id7ia de 2aço"
E, Hustamente, pela id7ia de 2aço, tem-se a construço da cidadania que, por sua veA, se d& por processos de identi$icaço" 'oo, pode-se diAer que aquesto da línua a$eta necessariamente as relaç=es com o Estado e vice-versa, produAindo suHeitos e políticas que procuram, cada veA mais, leitim&-lo, visando a construço da unidade em um determinado modelo desociedade" (!6 %E2g, OO, p" IOI)
I9 Trata-se dos seuintes livros# I" PE%E6%1, +arlos Eduardo" !ram1tica expositia# curso superior" 9K" ed" 3oPaulo# Ed" 2acional, IJK" 8JO p" : " MT1, toniel" Li)Aes de portugu%s" J" ed" 3o Paulo# +ia" Ed" 2acional,
IJ9I" 8GJ p": 8" MT1, toniel" O meu idioma" G" ed" 3o Paulo# +ia" Ed" 2acional, IJJ" 9 p": 9" 20UE6%1, 5lio" O exame de portugu%s" 9" ed" %io de 5aneiro# 'ivraria Editora *reitas Bastos, IJ8O, 8KG p"G" : B1%%ET, *austo: '1ET, +arlos de" -ntologia nacional# 8" ed" %io de 5aneiro# 'ivraria *rancisco 1lves,IJGG" GJ p"
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1 partir de an&lise das políticas e proramas elaborados para o ensino da línua,
reimentos escolares, ram&ticas, dicion&rios, materiais did&ticos, $ormas de avaliaço e
currículos, com o intuito de compreender como a pr&tica da línua ocorria, desde ISJ,
quando $oi criado o 'iceu +uiabano, a autora conclui que o ensino da línua nacional
envolvia Cleitura, escrita e elementos de ram&tica da línua nacional"
1ssim, o portuus do Brasil, mesmo dentro de uma universalidade, possuivariedades que tornam opacos os limites e $ronteiras da línua# entre ouniversalVnacional e aspectos reionais" 6ndistinço que tem a ver com ocar&ter Hurídico do Estado brasileiro, isto 7, um Estado de !ireito, id7ia deuniversalidade (inerente ao Estado) que $aA $uncionar, Hustamente, esseimain&rio da línua nacional" (!6 %E2g, OO, p" IIJ-IO)
artio de 1t4a
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Caquele a que 4& que se opor, mas sem que isso sini$ique apa&-lo da4ist?ria, $aA-lo no existir" (1TD1j!E 5W26%, OOS, p" K)
1ssim como os textos que abordam 4istoricamente o ensino de línua portuuesa no
Brasil, so escassos tamb7m os textos que abordam 4istoricamente a contribuiço das ideias
linuísticas para o ensino de línua portuuesa em nosso país, a saber os de# 0eraldi, 3ilva e
*iad (IJJK): rlandi e 0uimares (OOI): 3ouAa (OOI): 'aaAAi-%odriues (OO): e 0eraldi
(OO9a) abordam essa tem&tica"
2o $inal da d7cada de IJSO e início da d7cada de IJO, dentre outras &reas de estudo e
pesquisas, as cincias linuísticas, de acordo com 0eraldi, 3ilva e *iad (IJJK), em
C'in]ística, ensino de línua materna e $ormaço de pro$essores, texto publicado no
peri?dico 2#.#L#+#-, representaram uma rande contribuiço para o ensino de línua
portuuesa, o$erecendo, entre outras, uma nova concepço de línua" Esse texto resultou da
an&lise de I9 documentos o$iciaisIG, produAidos em di$erentes estados brasileiros \ 3o
Paulo, Paran&, 3anta +atarina, %io 0rande do 3ul, %io de 5aneiro, Minas 0erais, Mato 0rosso
do 3ul \ e !istrito *ederal, entre meados da d7cada de IJO at7 o início da d7cada de IJJO,
no momento em que ocorria o processo de redemocratiAaço política, o qual exiia uma nova
concepço de ensino nas escolas brasileiras"
_"""` a 'in]ística somente 7 incorporada à rade curricular dos cursos de'etras na seunda metade da d7cada de GO" es$orço inicial, obviamente $oia pr?pria Cimplantaço da disciplina, que no se $eA, sem aluns traumas#no 4avia lin]istas em nmero su$iciente para constituir o corpo docente: os4oriAontes que norteavam os estudos da linuaem eram outros, de modoespecial a id7ia de uma correço lin]ística de pre$erncia nos moldes dosescritores bem sucedidos: as variedades lin]ísticas eram vistas ora comodesvio, ora como curiosidade# 4avia uma tradiço estabelecida de estudos$ilol?icos, liter&rios e estilísticos, no sem inmeras polmicas a prop?sitoda Cboa e correta expresso" (0E%1'!6: 36'/1 E *61!, IJJK, p"8OS)
IG 3o os seuintes os documentos analisados por 0eraldi, 3ilva e *iad (IJJK)# Proposta curricular para oensino de língua portuguesa I" rau (3o PauloVIJK), Programa de 4=# grau# 'ínua Portuuesa (3o Paulo,IJG), Programa de primeiro grau ensino reular (3o PauloVIJK), Currículo b1sico (Paran&VIJJI), Língua: articuladora de vis=es de mundo (Paran&VIJS), Currículo b1sico para a escola p
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2o estado de 3o Paulo, a +oordenadoria de Estudos e 2ormas Peda?icas (+E2P)
da 3ecretaria de Estado da Educaço (3EE) solicitou C_"""` a pro$essores universit&rios a
oraniAaço de uma coleço ($oram oito volumes) como subsídios para a implantaço de novo
plano curricular no ensino de seundo rau (0E%1'!6: 36'/1: *61!, IJJK, p" 8OJ)"
2esses documentos, so analisadas pelos autores as concepç=es de linuaem e de texto que
se apresentavam, assim como a import>ncia do papel social da linuaem e da proposta de
uma nova oraniAaço para o ensino de línua portuuesa#
s documentos analisados eralmente encerram-se com uma proposta deoraniAaço das aulas de portuus que re$lita a prioriAaço atribuída aotexto, e o entendimento da linuaem como $orma de interaço" 2arealidade, este encamin4amento metodol?ico, que, na maioria dos textos 7delineado de $orma a possibilitar ao pro$essor uma oraniAaço pessoal,
aponta em uma direço que tenta substituir a oraniAaço tradicionalmenteexistente e que est& presente nos livros did&ticos de portuus leitura,ram&tica e redaço" s documentos en$atiAam que o ensino se oraniAar&em pr&ticas, e no em uma lista de contedos" (0E%1'!6: 36'/1:*61!, IJJK, p" 8)
Tamb7m sobre a contribuiço das ideias linuísticas para o ensino de línua
portuuesa no Brasil, 7 representativo o estudo de rlandi e 0uimares (OOI), publicado no
texto C*ormaço de um espaço de produço lin]ística# a ram&tica no Brasil, no livro
FistDria das id;ias ling/ísticas# construço do saber metalin]ístico e constituiço da línua
nacional, oraniAado por rlandi" Para os autores, a línua nacional
_"""` est& liada aqui ao processo de ramatiAaço brasileira do portuus que7 posto em curso a partir da seunda metade do s7culo f6f" !esde ento oBrasil tem seus pr?prios instrumentos lin]ísticos de ramatiAaço,di$erentes dos de Portual" (%'12!6: 0U6M1%E3, OOI, p" 9)
!essa $orma, o processo de ramatiAaço, tal como abordado por rlandi e 0uimares
(OOI), contempla, nos títulos das ram&ticas e no desenvolvimento de estudos ramaticais,
tanto o processo de ramatiAaço por que passava, quanto a distinço das línuas dos dois
países"
2o Brasil, no $inal do s7culo f6f, o proHeto de uma ram&tica brasileira do portuus 7 no somente pelos ram&ticos $i7is à tradiço da ram&tica$ilos?$ica mas sobretudo pelos $il?loos vindos da $iliaço à ram&tica4ist?rico-comparativa" Estes ram&ticos produAem, a partir deste momento,um con4ecimento da línua que ser& substituído pouco a pouco pelo estudoda lin]ística" Esta mudança se acentua a partir dos anos IJGO quando oestruturalismo de Mattoso +>mara abre o camin4o para a ram&ticadescritiva (c$" seu .strutura da Língua Portuguesa, IJSO)" E 7 ento que a
20B 7 instituída, acontecimento que marca uma mudança $undamental nanormaliAaço da línua no Brasil" 1 4omoeneiAaço da terminoloia atinetamb7m as discuss=es dos ram&ticos" 1 questo da línua no 7 mais s? da
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competncia do ram&tico, ela torna-se uma questo dos lin]istas" !esdeento, a 'in]ística interv7m na produço das ram&ticas do portuus noBrasil _"""`" (%'12!6: 0U6M1%E3, OOI, p" 8K-8S)
3eundo 3ouAa (OOI), em Cs marens da ram&tica, a emerncia da sem>ntica no
Brasil, tamb7m publicado no livro FistDria das id;ias ling/ísticas# construço do saber
metalin]ístico e constituiço da línua nacional, oraniAado por rlandi, re$erindo-se à
sem>ntica, $oi C_"""` no interior de ram&ticas escolares do $inal do s7culo f6f (0uimares,
OOO) que esse novo ramo das cincias lin]ísticas an4ou destaque (3Ug1, OOI, p" IG)"
!essa $orma, quem examina as ram&ticas de autores como MaximinoMaciel, Pac4eco da 3ilva 5unior, Ernesto +arneiro %ibeiro observa que asem>ntica que entra na composiço dessas ram&ticas inscreve-se em um
movimento localiAado sobretudo na *rança, aquele que insiste sobre aconsideraço do sentido como obHeto das cincias da linuaem" Trata-se das proposiç=es em torno das leis de mudança sem>ntica, no >mbito das quais asini$icaço adquire um estatuto de leitimaço cientí$ica, at7 ento s?admitido para a dimenso $on7tica da linuaem (1uroux, IJSJ)" (3Ug1,OOI, p" IG)
1s ram&ticas, para 3ouAa (OOI), participaram da 4ist?ria do ensino de línua
portuuesa em nosso país, con$irmando a proposta de 1uroux (IJJ9 apud 3Ug1, OOI) de
que C_"""` o processo de ramatiAaço das línuas possibilitou espaço para a constituiço das
cincias lin]ísticas " autor ainda avalia que_"""` os quadros institucionais que suportam as condiç=es de enunciaço podem delinear, em torno do obHeto urdido no espaço da ram&tica, um ponto de 4eteroeneidade em que as posiç=es de suHeito do ram&ticodeslocam-se entre dois p?los enunciativos# que derivam a ram&ticasimultaneamente como um conHunto de exemplos e reras do bem $alar e umtrabal4o cientí$ico sobre a línua" (3Ug1, OOI, p" I8K)
Tamb7m sobre a contribuiço das ideias linuísticas para o ensino de línua
portuuesa, 'aaAAi-%odriues (OO), no capítulo C1 línua portuuesa no processo de
institucionaliAaço da lin]ística, publicado no livro @nstitucionali'a)ão dos estudos da
linguagem# a disciplinariAaço das id7ias lin]ísticas, oraniAado por rlandi e 0uimares,
analisa os livros Princípios de Ling/ística !eral e FistDria e .strutura da Língua
Portuguesa, de 5oaquim Mattoso +>mara 5r" E, sob essa perspectiva, para a autora, C*alar da
'in]ística 7 $alar de um saber sobre a línua, cientí$ico, institucionaliAado e leitimado
('101gg6-%!%60UE3, OO, p" I8)" 1l7m disso,
_"""` o luar da descriço cientí$ica vai constituir a posiço de lin]ista, em
oposiço à de ram&tico normativo" 3obre isso, rlandi (OOO) a$irma que na passaem da autoria do luar do ram&tico para o luar de lin]ista Caquesto posta pela línua mira de uma posiço diretamente política e
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intelectual para tornar-se cada veA mais uma questo explicitamentecientí$ica" 1pesar do apaamento do luar da autoria na ram&tica, estacontinua, mostra rlandi, aora como Cimposiço escolar de uma normalin]ística ramatical, Ca produAir e$eitos sobre o con4ecimento da línua
ao lado do saber lin]ístico e de sua metalinuaem" (p" I8-I9)
!essa $orma, seundo a autora, as quest=es relacionadas à linuaem so respons&veis
pela consolidaço da ram&tica normativa e da linuística brasileira, e C_"""` con$iuram uma
materialidade lin]ístico-4ist?rica importante para, na 4ist?ria das id7ias lin]ísticas no
Brasil, compreendermos a institucionaliAaço da 'in]ística ('101gg6-%!%60UE3,
OO, p" IG)"
sentido de línua portuuesa como eid%ncia de um espa)o estrutural de
descri)ão da an1lise, consolidado pelo trabal4o de Mattoso +>mara, $oi$undamental para a leitimaço cientí$ico-institucional da 'in]ística noBrasil e para o recon4ecimento dos estudos lin]ísticos" Eu diria, ampliandoessa compreenso, que a línua portuuesa $ica sini$icada como a pr?priainstituiço cientí$ica que possibilita a 'in]ística e os estudos lin]ísticos noBrasil" Uma leitimaço no campo da cincia que se $aA necessariamente pela institucionaliAaço da línua portuuesa nesse mesmo campo"('101gg6-%!%60UE3, OO, p" I, ri$os da autora)
Para 0eraldi (OO9a), em entrevista a mim concedidaIK, particularmente se re$erindo à
d7cada de IJSO, o ensino da disciplina Portuus estava centrado no con4ecimento da
ram&tica"
ensino estava lastreado, $undamentalmente, no ensino de normas de uso dalínua misturadas a descriç=es, com base na teoria ramatical tradicional,sobre aluns $enXmenos do sistema lin]ístico que eram apresentados comose $ossem o todo, produAindo dois e$eitos entre si complementares# primeiroo da existncia de uma e somente uma $orma adequada e correta de se usar alínua e, em seundo luar, de uma completude da teoria ramatical, comose 4ip?teses de an&lises possíveis $ossem a verdade sobre a línua"_"""` ensino seuia o livro did&tico típico da 7poca, um livro composto por um
conHunto de unidades, sem qualquer unidade como um todo, pois cadaunidade 7 independente da que l4e antecede e da que l4e seue" E vocesperaria, diamos assim, que o aluno sistematiAasse os con4ecimentos na$orma de uma ram&tica como um todo, depois do passeio por alumasdescriç=es e pelas in$ormaç=es a prop?sito do bom uso da línua, incluídosneste bom uso $enXmenos de di$erentes ordens _"""`" (p" 9)
3eundo 0eraldi (OO9a), 4avia um Crepensar o ensino de línua portuuesa que se
instaurava no momento" E nesse Crepensar estavam contempladas as concepç=es linuísticas
de base interacionista"
IK Essa entrevista, que se encontra em anexo na min4a dissertaço de mestrado (P1U'1, OO9a), $oi realiAadacom 0eraldi em novembro de OO e revisada pelo autor em Hun4o de OO9"
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_"""` repensar o ensino de línua portuuesa era repensar este ensino paralastre&-lo num conHunto de pr&ticas de linuaem em que uma aula puxasseoutra aula, que puxa outra aula, que puxaria outra aula, evitando recortesestanques e mostrando que a aprendiAaem da linuaem se d& por pr&ticasde linuaem e no por descriç=es e normatiAaç=es sobre a línua"(0E%1'!6, OO9a, p" 9)
2a d7cada de IJO, preocupado, sobretudo, com o ensino de línua portuuesa e
apoiando-se nas concepç=es linuísticas em voa naquele momento, destaca-se o pensamento
de 0eraldi sobre esse ensino"
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CAPÍTULO 2APRESENTAÃO DE J> W> GERALDI
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2>1 A8e' 6i'+rQ(i&' !e J> W> Ger"%!iIS
5oo ;anderle< 0eraldiI, ac4o nascido no dia K de deAembro de IJ9K, em 3o
'uiA 0onAaa-%3, $icou con4ecido tanto em >mbito nacional quanto internacional, da d7cada
de IJO at7 os dias atuais, pela sua atuaço no ensino de línua portuuesa em nosso país,
especialmente pelos pro$essores de línua portuuesa"
Unindo ideias advindas de outras &reas, como da +incia, da 1rte, da Educaço e da
*iloso$ia, a seu pensamento sobre linuaem, o linuista 0eraldi participou ativamente da
discusso dos problemas do ensino de línua portuuesa no Brasil, com $ormulaço de uma
proposta que quali$ico, sobretudo, como apaixonada" 1ssim como a Cserpente seduA e
abocan4a o batr&quio, no texto C cururu, do poeta alaoano 5ore de 'ima (IJJ9),tamb7m 0eraldi 7 exímio autor, capaA de seduAir o leitor numa linuaem mais que tudo
envolvente"
3eus textos revelam um Col4ar para o outro e o deseHo de camin4ar Hunto, como se
re$ere o poeta +arlos !rummond de 1ndrade (OOI), no poema CMos dadas"
*il4o de imirantes italianos aricultores pouco al$abetiAados, 'audelino e Maria
0eraldi, 0eraldi teve por $ormaço inicial, na cidade de 3anto Znelo-%3# o prim&rio,
cursado no 0rupo Escolar 6ndustrial: trs anos do in&sio, cursados no 3emin&rio 1post?lico3arada *amília, um ano, no +ol7io 3anto Znelo: e o T7cnico em +ontabilidade, na Escola
T7cnica de +om7rcio C3ep7 TiaraHu"
Pro$issionalmente, de IJK a IJKG, 0eraldi $oi o""ice*bo e, de IJKK a IJS, banc&rio"
+oncomitantemente à pro$isso de banc&rio, no ano de IJKK, $oi convidado a assumir a
$unço de pro$essor" 6nicialmente ministrou aulas nas disciplinas 0eora$ia 0eral e 0eora$ia
do Brasil, e, no ano seuinte, IJKS, em 'ínua Portuuesa, numa traHet?ria iniciada enquanto
trabal4ava no Banco do Brasil" 6sso ocorreu a partir de um convite para ministrar aulas de0eora$ia no 0in&sio +omercial C3o 'uiA 0onAaa, mantido pela atual +ampan4a
2acional de Educand&rios da +omunidade, em sua cidade natal"
IS +om atualiAaç=es, destaco, neste capítulo, aspectos bior&$icos de 5" ;" 0eraldi apresentados em min4adissertaço de mestrado (P1U'1, OO9a)"I 1s in$ormaç=es aqui abordadas $oram extraídas de# 0E%1'!6 (IJJG, IJJJa, OO, OO9a, OOKa): dosdocumentos# Processo no# 587GH %econ4ecimento dos cursos de bac4arelado em +incias 3ociais, deEconomia e de 'in]ística ministrados pelo 6*+D, volumes 6 e 66: Processo n# H586GH8 +onstituiço do
6nstituto de Estudos da 'inuaem, e do documento @.L, notas sobre a U26+1MP e o 6E', IJ, todoslocaliAados no 1rquivo +entral do 3istema de 1rquivos (361%F), na U26+1MP: e em Cadernos de estudosling/ísticos, n" I, publicado em IJS, sob a responsabilidade do !epartamento de 'inuística do6E'VU26+1MP"
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Em nível de 0raduaço, 0eraldi concluiuIJ os cursos de# bac4arelado em +incias
5urídicas e 3ociais, cursado na *aculdade de !ireito de 3anto Znelo, em 3anto Znelo-%3: e
'icenciatura em 'etras, primeiramente 'icenciatura +urtaO, na *aculdade de *iloso$ia,
+incias e 'etras de 3anto Znelo, mantida pela *undaço Missioneira de Ensino 3uperior
(*U2!1ME3)I, em 3anto Znelo-3P, no ano de IJSO, e depois, a 'icenciatura Plena em
'etras, que $oi cursada em 6HuíV%3, quando era pro$essor do !epartamento de 'etras, na
*aculdade de *iloso$ia, +incias e 'etras de 6Huí-%3, mantida pela *undaço de 6nteraço,
!esenvolvimento e Educaço do 2oroeste do Estado do %io 0rande do 3ul (*6!E2E), em
6Huí-%3"
Em IJS, inicia sua dedicaço exclusiva à carreira de pro$essor"
passo seuinte, no ano de IJS8, $oi a EspecialiAaço em 'inuística, ministrada por pro$essores do 6nstituto de Estudos da 'inuaem (6E') da U26+1MP, no estado do %io
0rande do 3ul"
1p?s esse curso, os seus 4oriAontes se alararam e ele deu início à sua traHet?ria
acadmica no estado de 3o Paulo# em IJSK, iniciou o curso de mestrado em 'inuística no
6E'VU26+1MP: em IJO, o doutorado, $ixando, a partir desse ano, residncia em +ampinas-
3P, at7 o momento, entre suas idas e vindas atuais ao exterior, principalmente à 1leman4a e a
Portual" 2esses países, 0eraldi realiAou parcerias com pro$essores de alumas universidades,
muitas das quais resultaram em sua participaço em eventos e na publicaço de textos, os
quais apresento no +apítulo 8" 2a Universidade de 1veiro, 0eraldi ministrou um curso com a
duraço de seis meses no ano letivo de OOVOO8, con$orme calend&rio letivo de Portual"
1 traHet?ria do interior do estado do %io 0rande do 3ul ao interior do estado de 3o
Paulo rendeu a 0eraldi um aprimoramento em sua $ormaço, o que l4e proporcionou
inmeras atuaç=es e consequente comprometimento com o ensino de línua portuuesa"0eraldi $oi c4e$e do !epartamento de Ensino da *U2!1ME3, de IJS a IJS9:
diretor da +oordenadoria de Pesquisa, PlaneHamento e !ocumentaço do Museu
IJ 0eraldi iniciou o curso de Economia na *aculdade de +incias EconXmicas e 1dministrativas, em +ruA1ltaV%3, sem, no entanto, concluí-lo"O Em decorrncia da 'ei n" SO99, de I de utubro de IJ, C'icenciatura +urta era a denominaço do rauuniversit&rio que dava o direito de exercer o maist7rio no Ensino de I" 0rau de Gk" a k" s7rie: e C'icenciaturaPlena, o rau universit&rio que dava o direito de exercer o maist7rio no Ensino de " 0rau, al7m do Ensino deI" 0rau"I *U2!1ME3 7 a entidade mantenedora das $aculdades existentes em 3anto ZneloV%3"
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1ntropol?ico C!iretor Pestana, em 6HuíV%3, enquanto era pro$essor universit&rio da
*6!E2E, no período entre setembro de IJS e março de IJO"
Ele $oi presidente da 1ssociaço de 'eitura do Brasil (1'B), entidade respons&vel
pela publicaço do peri?dico Leitura# teoria L pr&tica e pela oraniAaço dos +'E3, com
sede em +ampinas-3P, no período de IJS a IJJ" +omo presidente da 1'B, $oi o
respons&vel eral pela oraniAaço do S" +'E, realiAado em IJJ, na U26+1MP, em
+ampinas"
0eraldi assessorou secretarias estaduais e municipais de educaço do país e participou
da elaboraço de propostas curriculares e diretriAes para o ensino de línua portuuesa" 5unto
à +omisso 2acional para Elaboraço de !iretriAes para o Ensino e 1prendiAaem da 'ínua
Portuuesa, no Minist7rio da Educaço, ele substituiu Mada 3oares e, posteriormente,1ur7lio Buarque de Dolanda *erreira8"
1l7m dessas atividades, ministrou inmeras palestras, cursos e semin&rios, e
participou tamb7m de inmeras con$erncias e conressos"
*oi pro$essor no !epartamento de 'etras da *6!E2E, como H& in$ormado, e no 6E'"
2esse ltimo instituto, $oi orientador de dissertaç=es de mestrado e de teses de doutorado: do
6E', $oi tamb7m diretor"
!e IJO, ano de seu inresso na U26+1MP, at7 IJJG, quando escreveu o memorial para concurso de livre docncia na raduaço em 'inuística, 0eraldi ministrou disciplinas
di$erentes no 6E'" 1s disciplinas contemplaram os estudos sem>nticos, a an&lise do discurso,
a variaço linuística e as descriç=es ramaticais do portuus"
!urante quase um ano, de SVO9VJ a OGVO9VJJ, 0eraldi atuou como pr?-reitor de
extenso e assuntos comunit&rios da U26+1MP"
Ele $oi representante dos docentes do 6E' Hunto ao +onsel4o de %epresentantes da
1ssociaço de !ocentes da U26+1MP (1!U26+1MP) e tamb7m seundo vice-presidentedessa associaço, no período de novembro de IJJ8 a outubro de IJJ9"
0eraldi $oi o primeiro coordenador do 3etor de Publicaç=es do 6E', tendo atuado
nessa $unço por II anos, na publicaço dos peri?dicos Cadernos de estudos ling/ísticos e
+rabalos em ling/ística aplicada" 1 ediço nmero 9 de Cadernos de estudos ling/ísticos,
Mada BecNer 3oares 7 pro$essora em7rita da Universidade *ederal de Minas 0erais (U*M0)" 3eundoin$ormaç=es que constam em seu currículo, no 3istema de +urrículos Lattes, consultado em OJ de deAembro deOOJ, ela possui raduaço em 'etras 2eolatinas e doutorado em !id&tica pela U*M0" 1tualmente 7 membroda 1ssociaço 2acional de P?s-0raduaço e Pesquisa em Educaço e do +omit 1ssessor do +2Pq" 1tua na
&rea de Educaço, com n$ase em ensino-aprendiAaem"8 1ur7lio Buarque de Dolanda *erreira (IJIO-IJJ) nasceu em Passo de +amaraibeV1' e morreu no %io de5aneiroV%5" 1tuou como crítico liter&rio, ensaísta, tradutor, $il?loo, lexic?ra$o e pro$essor"
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em comemoraço aos IG anos de publicaço da revista, rendeu 4omenaens ao seu primeiro
coordenador"
autor desenvolveu, na U26+1MP, em IJK, Huntamente com outros pesquisadores,
proHeto a respeito do estado da arte sobre o livro did&tico, o qual $oi $inanciado pelo 62EP"
!essa atividade resultou a seuinte publicaço Iue sabemos sobre liro did1tico# cat&loo
analítico, cuHa re$erncia completa consta no 1pndice 1"
3ua atuaço aconteceu tamb7m Hunto a consel4os editoriais de inmeros peri?dicos,
em aluns dos quais ainda atua# Cadernos de estudos ling/ísticos, editado pelo !epartamento
de 'inuística do 6E'VU26+1MP (+ampinas-3P): Leitura: teoria pr1tica, editada pela
1'B e pela Editora Mercado 1berto (Porto 1lere-%3): $eista da (-..B-, editada pela
*aculdade de Educaço da Universidade do Estado da Ba4ia: e .duca)ão e $ealidade,editada pela *aculdade de Educaço da Universidade *ederal do %io 0rande do 3ul (Porto
1lere-%3): (ilologia e ling/ística portuguesa, da Universidade de 3o Paulo (U3P) (3o
PauloV3P): .duca)ão contemporaneidade, da Universidade do Estado da Ba4ia (U2EB)
(3alvador-B1): 0igno, da Universidade de 3anta +ruA do 3ul (U263+) (3anta +ruA do 3ul-
%3): Letras, da Ponti$ícia Universidade +at?lica de +ampinas (PU+-+ampinas)
(+ampinasV3P): .spa)o pedagDgico, da Universidade de Passo *undo (UP*) (Passo *undo-
%3): Cadernos Camilliani, do +entro Universit&rio 3o +amilo (+U3+) (+ac4oeiro de6tapemirimVE3): e um peri?dico portuus, Palaras, da 1ssociaço de Pro$essores de
Portuus (1PP) (Portual)"
Em novembro de OO, 0eraldi $oi promovido a pro$essor titular do 6E'VU26+1MP,
e, quase um ano depois, em outubro de OO8, aposentou-se"
Por ocasio das comemoraç=es dos O anos da *U2!1ME3, em K-II-8, 0eraldi
recebeu o título de C+olaborador Benem7rito dessa instituiço, pelos serviços prestados
quando da trans$ormaço dessa instituiço em universidade" Por ocasio do IG" +'E,realiAado na U26+1MP, em Hul4o de OOG, 0eraldi recebeu a 4omenaem de amios,
pro$essores de todo o país e pro$essores estraneiros, assim como de seus coleas, pro$essores
da U26+1MP e ex-orientandos pelos O anos de publicaço da colet>nea O texto na sala de
aula, momento em que $oi ressaltado o sucesso de suas v&rias ediç=es, de IJ9 at7 aquela
data" 2a realiAaço do IK" +'E, na U26+1MPV+ampinas, em Hul4o de OOS, 0eraldi $oi
araciado com o título de CPresidente de Donra da 1'B"
1tualmente, atua no 6E'VU26+1MP, como pro$essor colaborador volunt&rio: 7
membro do corpo editorial de v&rios peri?dicos: como pro$essor visitante, participa de
proramas de p?s-raduaço em Educaço na Universidade do Porto e na Universidade de
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1veiro, em Portual: como pro$essor
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