teoria marxista
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Teoria de Karl Marx (1818-1883)
Professora: Cristiane Vilela
Disciplina: Sociologia
Bibliografia: Manual de Sociologia. Delson Ferreira
Introdução à Sociologia. Sebastião Vila
Sociologia - Introdução à ciência da sociedade. Cristina Costa
Fase do capitalismo industrial (séculos XVIII a XX):
Com a revolução industrial, o capital passa a ser
investido basicamente nas indústrias, que se tornam à
atividade econômica mais importante.
Ocorreu assim, um crescimento expressivo do número
de trabalhadores industriais urbanos.
As consequências desse aumento foram os inchaços
nos centros urbanos e a precariedade da vida dos
operários.
Contexto histórico
Essa situação gerou a organização dos
trabalhadores em associações, sindicatos e
movimentos que visavam à transformação
das condições de vida.
Dentro desse contexto, Marx foi reponsável
pela construção de uma obra voltada para a
análise, a crítica e a luta para a
transformação radical da sociedade
capitalista.
Contexto histórico
Teoria de Marx O Materialismo histórico
Materialismo
histórico
A sociedade se constitui a partir de condições
materiais de produção e da divisão social do
trabalho.
Segundo essa concepção, as relações
materiais que os homens estabelecem
(produção dos próprios meios de vida) formam a
base de todas as suas relações.
As mudanças históricas são determinadas
pelas modificações das condições materiais e da
divisão de trabalho.
Assim, o estudo do modo de produção é
fundamental para compreender como se organiza
e funciona uma sociedade.
Dividir por 3,6
Multiplica por 3,6
Teoria de Marx Organização da estrutura social
Infraestrutura
É o conjunto das relações de
trabalho, é o modo de produção
vigente em determinado tempo
e lugar.
Base material da
sociedade.
Superestrutura
Abrange as normas jurídicas, os
comportamentos políticos e sociais,
as manifestações religiosas, a base
ética, filosófica e moral.
É um reflexo da base
material da sociedade.
Duas faces de uma mesma moeda
São interdependentes
Em suma, para Marx a estrutura da sociedade reflete a forma como os
homens se organizam para a produção social de bens, que engloba dois
fatores fundamentais: as forças produtivas e as relações de produção.
Teoria de Marx - Organização da estrutura social:
Classes sociais
Na composição da infraestrutura da sociedade, Marx dá destaque às
relações de produção, que são consideradas as mais importantes relações
sociais.
Cada modo de produção representa diferentes formas de organização da
propriedade privada e da exploração do homem pelo homem.
Assim, para Marx, as classes sociais tiveram origem nas desigualdades
sociais produzidas pelas relações de produção, que divide os homens em
proprietários e não proprietários dos meios de produção.
No modo de produção capitalista, as classes sociais são divididas em:
os proletariados: trabalhadores despossuídos dos “meios de produção”,
que vendem sua força de trabalho em troca de salário, tornando-se
mercadoria, cujo preço é o salário;
os capitalistas, que possuindo os meios de produção sob a forma legal
da propriedade privada, “apropriam-se” do produto do trabalho de seus
operários em troca do salário do qual eles dependem para sobreviver.
Marx afirmava que as relações entre as classes sociais são relações de oposição,
antagonismo e exploração.
Por outro lado, apesar dessas relações, as classes sociais são também
complementares e interdependentes, pois uma só existe em função da outra.
Assim, na visão marxista a totalidade social é contraditória, conflitiva, composta de
partes que aparentemente são integradas, mas no fundo guardam incompatibilidade
entre si, o que impulsiona a realidade social a transformar-se continuamente,
seguindo em movimento perpétuo. De modo que nada é eterno, absoluto.
Por essa razão, para Marx a história humana é a historia da luta de classes, da
disputa constante por interesses que se opõem, embora essa oposição nem sempre
se manifeste socialmente sob a forma de conflito ou guerra declarada. As
divergências e antagonismos das classes estão subjacentes a toda relação social,
nos mais diversos níveis da sociedade, em todos os tempos, desde o surgimento da
sociedade.
Teoria de Marx - Organização da estrutura social:
Classes sociais
Teoria de Marx - Organização da estrutura social:
Alienação
Para Marx, a classe operária encontra-se alienada por força da lógica da
sociedade capitalista, o que impede de imediato, a reversão de sua posição de
explorada.
A palavra “alienação” tem um conteúdo jurídico que designa a transferência ou
venda de um bem ou direito. Desde a publicação da obra de Rosseau (1712-1778)
passa a predominar para o termo a ideia de privação, falta ou exclusão.
Marx absorverá ambos os sentidos; a alienação ocorre em três dimensões: a
política, a econômica e a filosófica:
– A alienação econômica ocorre porque a maior parte da população se
encontra impedida de ter acesso aos meios de produção estando assim
relegada a vender sua força de trabalho. Além disso, os trabalhadores
estão impedidos de ter o domínio sobre o fruto de seu trabalho, isto é, a
mercadoria que produzem.
Teoria de Marx - Organização da estrutura social:
Alienação
– A alienação política se caracteriza pelo impedimento, que a maior parte da
população sofre, de participar das decisões políticas do país. Segundo
Marx, o Estado não supera as contradições da sociedade civil, mas é o
reflexo delas, e esta aí para perpetuá-las. Por isso só aparentemente visa
ao bem comum, estando de fato a serviço da classe dominante.
– A alienação ontológica (ou filosófica) é expressão das duas outras
dimensões do processo de alienação. Os seres humanos, sem acesso à
riqueza e às decisões políticas fundamentais do país, não podem construir
um novo tipo de sociedade e de “ homem” pautado nos princípios da
solidariedade, fraternidade e justiça. Segundo Marx, a “divisão social do
trabalho” fez com que o pensamento filosófico, cientifico e político se
tornasse atividade exclusiva de um determinado grupo.
Teoria de Marx - Organização da estrutura social:
Alienação
– A alienação política se caracteriza pelo impedimento, que a maior parte da
população sofre, de participar das decisões políticas do país. Segundo
Marx, o Estado não supera as contradições da sociedade civil, mas é o
reflexo delas, e esta aí para perpetuá-las. Por isso só aparentemente visa
ao bem comum, estando de fato a serviço da classe dominante.
– A alienação ontológica (ou filosófica) é expressão das duas outras
dimensões do processo de alienação. Os seres humanos, sem acesso à
riqueza e às decisões políticas fundamentais do país, não podem construir
um novo tipo de sociedade e de “ homem” pautado nos princípios da
solidariedade, fraternidade e justiça. Segundo Marx, a “divisão social do
trabalho” fez com que o pensamento filosófico, cientifico e político se
tornasse atividade exclusiva de um determinado grupo.
Teoria de Marx - Organização da estrutura social:
Alienação e Ideologia.
Assim, o homem se tornou alienado em todas as esferas da sociedade
(econômica, política, cientifica, filosófica, cultural), uma vez que a consciência
coletiva, ou seja, o conjunto de ideias dominantes em determinada sociedade, é o
sistema de ideias de uma classe dominante, ao qual Marx denominou de ideologia.
Fi
Marilena Chauí define ideologia como um conjunto
lógico, sistemático e coerente de representações
(ideias e valores) e de normas ou regras (conduta)
que indicam e prescrevem aos membros de uma
sociedade o que devem pensar e como devem pensar,
o que devem valorizar e como devem valorizar,
o que devem sentir e como devem sentir,
o que devem fazer e como devem fazer.
Teoria de Marx - Organização da estrutura social:
Mais-valia
O capitalismo vê a força de trabalho como mercadoria
O capitalismo vê a força de trabalho como uma mercadoria capaz de criar
valor, uma vez que, o valor das mercadorias depende do tempo de trabalho
gasto na sua produção.
De acordo com a análise de Marx, não é no âmbito da compra e da
venda de mercadorias que se encontram as bases estáveis para o lucro dos
capitalistas, nem para a manutenção do sistema capitalista. Ao contrario, a
valorização da mercadoria se dá no âmbito de sua produção.
Para entender o conceito de mais-valia, imagine a seguinte situação:
“Imagine um capitalista interessado em produzir sapatos, utilizando para
calcular os custos de produção e lucro, uma unidade de moeda qualquer.
Pois bem, suponhamos que a produção de um par lhe custe 100 unidades
de moeda de matéria-prima, mais 20 com o desgaste dos equipamentos,
mais 30 de salário diário pago a cada trabalhador: total de 150 unidades de
moeda representa sua despesa com investimentos.
Suponhamos que o operário tenha uma jornada diária de nove horas e
confeccione um par de sapatos a cada três horas. Nessas três horas ele
cria uma quantidade de valor correspondente ao seu salário, que é
suficiente para obter o necessário à sua subsistência. Como o capitalista
lhe paga o valor de um dia de força de trabalho, no restante do tempo,
seis horas, o operário produz mais mercadorias, que geram um valor
maior do que lhe foi pago na forma de salário.
Visualiza-se, portanto, que uma coisa é o valor da força de trabalho,
isto é, o salário, e outra é o quanto esse trabalho rende ao capitalista.
Esse valor excedente produzido pelo operário é o que Marx chama de
mais-valia.
Numa indústria mecanizada, as mesmas horas de trabalho produzem
um número maior de mercadorias: aqui a força de trabalho vale cada
vez menos graças à maquinaria desenvolvida, por isso para o
capitalista é imprescindível o desenvolvimento de tecnologias de
produção”.
Teoria de Marx - Organização da estrutura social:
Mais-valia
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