sbpc alexandro souza[1]
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EXPERIMENTO PEDAGÓGICO SOBRE O CRESCIMENTO DO FEIJÃO CAUPI (Vigna unguculata L. Walp.) SOB DIFERENTES FONTES DE
NITROGÊNIOSOUZA JR., Alexandro da Luz; alexandro_dsouza@hotmail.com; SOUSA, Eliane Brabo; COSTA, Célio José Pereira; LOPES, João Luis
Lab. de Biologia, Fundação Escola Bosque-FUNBOSQUE ; SILVA ,Fábio Roberto Fonseca
Ciências Biológicas/Ecologia/Ecologia Aplicada
.
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
CONCLUSÕES
À Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental “Profº. Eidorfe Moreira”AGRADECIMENTOS
TRABALHO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
O feijão caupi (Vigna unguiculata L. Walp) é uma planta Dicotyledonea que pertence ao filo Magnoliophyta, classe Magnoliopsida, ordem Fabales, família Fabaceae, gênero Vigna e espécie V. unguiculata. Este vegetal desempenha um importante papel econômico-social na agricultura brasileira, principalmente nas regiões norte e nordeste do país. Esses grãos se adaptam a solos de baixa fertilidade, possuem uma relação simbiótica com as bactérias fixadoras do nitrogênio; um crescimento mais rápido e serve de cultura de rotação para ajudar na recuperação do solo degradado aumentando a sua fertilidade, sendo economicamente benéfico para o agricultor e ambientalmente correto, uma vez que reduz a contaminação de rios e solos causada pela introdução de adubos químicos usados para diminuir a carência de nitrogênio nas plantações. Desta forma, este trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento do feijão caupi em ambientes fechados sob diferentes concentrações de nitrogênio provenientes de diversas fontes. Foi relacionado o crescimento da planta em relação ao número e ao peso dos nódulos formados nas raízes desta leguminosa. O experimento foi realizado na horta da Escola Bosque- FUNBOSQUE, localizada na ilha de Caratateua (Belém-Pará).
Nos meses de dezembro/2010, janeiro e fevereiro/2011 foram realizados experimentos com o feijão caupi na horta da Escola Bosque localizada na ilha de Caratateua (Belém-Pará). O experimento foi conduzido em quatro caixotes de madeira medindo 2 m de comprimento por 0,60 m de altura (fundo) cada (Figura 2).
Figura 1. Feijão Caupi (V. ungulata) e a Horta da Escola Bosque
Em um primeiro caixote foram cultivados 48 pés de feijão caupi, dos quais se avaliou o seu crescimento até a formação de nódulos de rizóbios o que ocorreu na terceira semana após o plantio. Cada pé de feijão foi medido e, retirados, contados e pesados (peso úmido e peso seco) os nódulos de suas raízes (Figura 3).
Figura 3. Procedimentos metodológico: A- medições do feijão caupi; B- retirada dos nódulos do feijão; C- retirada, contagem e pesagem dos nódulos; D- separação dos nódulos de cada pé feijão e E- pesagem, dos nódulos, .
A B C
D E
Logo após a retirada dos nódulos os pés foram replantados em quatro tipos de adubações: 12 pés de feijão em caixote contendo adubo orgânico (esterco de galinha e cobertura verde); 12 pés replantados em caixote sem adubação química (sob influência do nitrogênio fixado por bactérias simbióticas); 12 pés replantados em caixote contendo composto químico (uréia) na concentração recomendada pelo fabricante (100g/m2) e 12 pés replantados em adubação química contendo o dobro da concentração recomendada pelo fabricante (200g/m2). Para identificar a melhor adubação para o crescimento do feijão caupi foram realizadas, após 4 semanas, as medições de cada pé e a contagem e pesagem dos nódulos.
Figura 2. Caixotes de madeira com diferentes substratos. Detalhes dos rizóbios em raízes de leguminosas.
Figura 4. 48 pés de feijão plantados em 4 tipos de substratos.
RESULTADOS E DISCUSSÃOA influência dos diferentes tipos de adubações com nitrogênio sobre o crescimento, em comprimento, do feijão caupi:
Segundo Freire Filho et al (2005): adubação orgânica funcionar de forma fracionada, onde se decompõe no solo aos poucos fazendo com que os nutrientes sejam disponibilizados para os macros e microrganismos. Além desta adubação não ter um custo muito elevado, também não prejudica o meio ambiente. Para FELINTO et al (2007) a adubação química com ureia funciona de forma imediata sobre os macros e microrganismos do solo, e sendo a ureia volátil perde-se em poucos dias para a atmosfera. Essa adubação terá um custo mais elevado para o agricultor, pois ele terá que fertilizar o solo mais de uma vez com a adubação química (ureia) para que os resultados desejados sejam satisfatórios;
A B
35
36
37
38
39
40
41
42
Orgânico Químico1 Químico2 Controle
Com
prim
ento
(cm
)
Tratamentos
Média do Comprimento
0
20
40
60
80
100
120
140
Orgânico Químico1 Químico2 Controle
Com
prim
ento
(cm
)
Tratamentos
Média do Comprimento
Antes do tratamento Após o tratamento
75,2 cm
42,8 cm
5,5 cm
2 cm
Gráfico 1. Crescimento em comprimento do feijão caupi.
A influência dos diferentes tipos de adubações com nitrogênio sobre a formação de nódulo nas raízes do feijão caupi:
A influência dos diferentes tipos de adubações com nitrogênio sobre o peso (seco e úmido) dos nódulos nas raízes do feijão caupi:
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Orgânico Químico1 Químico2 Controle
Núm
ero
de N
ódul
os
Tratamentos
Média do Número de Nódulos
Antes do tratamento
05
101520253035404550
Orgânico Químico1 Químico2 Controle
Núm
ero
de N
ódul
os
Tratamentos
Média do Número de Nódulos
Após o tratamento
30 nódulos
6 nódulos
2 nódulos
1 nódulo
Gráfico 2. Número de nódulos do feijão caupi.
Na ilha de Caratateua é comum o cultivo de feijão caupi como meio subsistência de muitas famílias. Entretanto, alguns agricultores associam as nodulações em leguminosas a uma doença da planta. Este fato favorece a adição de nutrientes químicos para fertilizar o solo. O uso indiscriminado deste produto vem contribuindo, possivelmente, para o aumento da poluição do solo e dos rios, praias e córregos da região. Este trabalho demonstrou que o crescimento do feijão caupi tem uma relação direta com o número de nodulações presentes nas raízes do feijão confirmando a importância das bactérias simbióticas como fornecedora de nitrogênio para a planta.
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