projeto arquidiocesano de evangelizaÇÃo conselhos pastorais e pastoral orgÂnica

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PROJETO ARQUIDIOCESANO DE EVANGELIZAÇÃO

CONSELHOS PASTORAIS E

PASTORAL ORGÂNICA

INTRODUÇÃOO Projeto Arquidiocesano de Evangelização

(PAE) nos recorda que somos chamados a ser uma “Igreja viva, verdadeiramente ministerial, descentralizada, comunitária e participativa, em estado permanente de missão”.

Entre as muitas ferramentas que nos ajudam na construção permanente dessa Igreja está:

A formação e o bom funcionamento dos Conselhos, em todas as instâncias da Arquidiocese.

1.1 - O QUE NOS DIZ A IGREJA SOBRE OS CONSELHOS PASTORAIS E

ADMINISTRATIVOA Constituição Dogmática “Lumen

Gentium”, do Concílio Vaticano II: No número 37, assim ela se expressa: “Segundo sua

ciência, competência e habilidade (os leigos/as) têm o direito e, por vezes, até o dever de exprimir sua opinião sobre as coisas que se relacionam com o bem da Igreja.

Os pastores do Povo de Deus reconheçam e promovam a dignidade e a responsabilidade dos leigos na Igreja... De boa vontade, utilizem-se de seu prudente conselho”.

O Documento 62 da CNBB “Missão e Ministérios dos Cristãos Leigos e Leigas”:

“...Todos os fiéis, diretamente ou através de

representantes eleitos, devem participar, quanto

possível, não só da execução, mas também do

planejamento e das decisões relativas à vida

eclesial e à ação pastoral (n. 122).

“...As dioceses promovam estes conselhos como

eficiente instrumento de participação do povo de

Deus e cuidem que eles sejam realmente

representativos da comunidade” (n. 162).

• ImportanteOs conselhos nos educam para o trabalho em

equipe e para assumir a corresponsabilidade na vida da Igreja.

Esta prática de buscar, de forma colegiada, um senso comum nas decisões tem marcado a trajetória da Igreja, desde o início, como se pode atestar nos Atos dos Apóstolos na: eleição de Matias em substituição a Judas (Atos 1,15ss); Pentecostes (Atos 2); escolha dos diáconos (Atos 6); questões internas na Igreja, como da obrigatoriedade ou não de práticas da lei mosaica (Atos 15); diversidade de dons e funções (Efésios 4,7-16).

1.2 - CONSELHO PAROQUIAL DE PASTORAL (CPP)

Diz o cânon 536 “Seja constituído em cada paróquia o conselho pastoral, presidido pelo pároco no qual os fiéis ajudem a promover a ação pastoral, juntamente com os que participam do cuidado pastoral em virtude do próprio ofício”.O Conselho Pastoral é um grupo legitimamente

constituído, representativo do povo de Deus, que procura “pôr-se de acordo, em questões pastorais, para agir juntos”.

Não é uma equipe executiva, mas espaço de diálogo e confronto, na busca de consensos que vão iluminar a ação pastoral e evangelizadora.

Finalidade e tarefasPromover e favorecer a ação pastoral e

evangelizadora da paróquia;Cuidar que as orientações da Igreja sejam

aplicadas;Promover a conformidade da vida e da ação

do povo de Deus com o evangelho.

Composição do CPPMembros de direito: São aqueles que fazem

parte do Conselho em virtude do próprio ofício. Ex: pároco, vigário paroquial, diácono.

Outros membros: um número indeterminado de fiéis, para guardar a representatividade das comunidades e serviços.

Critérios iluminadores para esta escolha:

Estejam em comunhão com a Igreja e sejam distinguidos por uma fé sólida, bons costumes e necessária prudência;

Sejam representativos das diversas comunidades, condições sociais e profissões, bem como dos grupos e associações de apostolado paroquial.

Importante:Na composição do Conselho Paroquial de

Pastoral (CPP) é importante que haja algum representante de cada comunidade ou pelo menos de cada setor.

Que também as pastorais dimensões, ministérios e movimentos que estejam organizados em âmbito paroquial se sintam ali representados.

Presidência e voto consultivoCompete sempre ao pároco, por força

de sua missão, delegada pela Igreja, de coordenar e animar, por excelência, a comunidade paroquial.

Ele preside o conselho para que, com a participação de todos, seja edificada a Igreja de Cristo.

No exercício dessa função, o pároco deve fixar a pauta de trabalhos, convocar assembleia, presidir eleições e zelar pela execução das decisões.

O “voto” nos conselhos é sempre consultivo

As deliberações se fazem com a participação de todos, mas a decisão final compete ao pároco.

O pároco deve levar muito a sério as propostas e sugestões do conselho e dar muita importância a um parecer unânime, ficando, contudo, salvaguardadas a sua liberdade e autoridade em casos que, para o bem da comunidade, por razões que não se pode colocar em público, houvesse necessidade de não respaldar a decisão firmada pelo conselho.

Orientações geraisA presidência do CPP compete ao pároco, mas

ele pode designar (ou fazer eleger) um animador ou coordenador das reuniões. Pode inclusive constituir uma equipe de coordenação, a partir do conselho, para preparar as reuniões, convocar e propor a pauta e velar sobre a continuidade do trabalho e a aplicação das decisões.

É preciso que o conselho se reúna, quanto possível, mensalmente e que haja, previamente, um calendário anual estabelecendo as reuniões do CPP.

É muito importante reservar tempo para a oração nas reuniões e cuidar com discrição das questões que envolvem pessoas.

Em caso da paróquia estar, momentaneamente, sem pároco, a função administrativa/pastoral é confiada, até a chegada do novo pároco, ao vigário episcopal ou a outro sacerdote, delegado pela arquidiocese.

O conselho, com a transferência do pároco ou com o seu falecimento, não é desfeito. De modo que o novo pároco deve acolhê-lo, respeitando a duração de seu mandato.

1.3 - CONSELHO COMUNITÁRIO DE PASTORAL (CCP)

É um grupo de pessoas que coordena, orienta, anima e auxilia os trabalhos pastorais e administrativos da comunidade, tendo em vista a evangelização.

Ele trabalha o entrosamento entre pessoas e grupos da comunidade e desta com a paróquia;

Assessora promoções;Convoca e coordena assembléias comunitárias;Aprova a prestação de contas.

É bom que façam parte do Conselho Comunitário de Pastoral as pessoas que coordenam os grupos organizados na comunidade, como catequese, liturgia, pastorais, dízimo e movimentos.

Entre os seus membros deve ser eleito um coordenador(a) que garantirá a ligação com o Conselho Paroquial de Pastoral.

Por menor e mais simples que seja, toda comunidade deve ter o seu Conselho Comunitário de Pastoral.

Este conselho deve se reunir, quanto possível, mensalmente para avaliar a vida e o trabalho da comunidade, aprofundar algum tema de estudo e propor ações para o dia-a-dia da Igreja naquele lugar.

1.4 - CONSELHO PARA ASSUNTOS ECONÔMICOS DA PARÓQUIA (CAEP)

O Cânon 537 do Código de Direito Canônico diz que “em cada paróquia, haja o Conselho Econômico... nele os fiéis ajudem o pároco na administração dos bens da Paróquia.

Seu principal objetivo e finalidade é assessorar o pároco na administração dos bens da Paróquia. Concretamente:

Legalizar e cuidar do patrimônio; Manter os livros de contabilidade; Garantir o registro financeiro de cada comunidade; Supervisionar e orientar o movimento financeiro das

comunidades da Paróquia; Analisar e publicar os relatórios financeiros a cada mês; Encaminhar o relatório financeiro mensal às comunidades e à

região; Fazer um inventário dos bens móveis e imóveis da paróquia,

renovando-o a cada ano; Atualizar e informatizar, quanto possível, o movimento financeiro.

ImportanteHaja verdadeira preocupação em administrar com

eficiência os recursos das comunidades, para assegurar, da melhor forma possível: A construção de Igrejas, capelas e centros comunitários; A sustentação dos ministros,; A dignidade do culto e assistência aos pobres.

Para isto haja empenho no investimento na pastoral do dízimo.

No CAEP deve ter, dentro das possibilidades, técnicos, profissionais que prestam serviços de assessoria administrativa e jurídica e agentes de pastoral para garantir não só a eficiência, mas também uma visão mais pastoral da administração.

Nele deve haver membros escolhidos pelo pároco e outros eleitos pela comunidade.

Receita Paroquial

Da receita total bruta da Paróquia sejam destinadas as contribuições do seguinte modo:Do subtotal obtido do dízimo, ofertas, festas (15%

do total bruto) e outras doações, sejam enviadas mensalmente: 5% para a Região Episcopal; 5% para o Seminário São José e 5% para a Cúria;

Quando houver bens imóveis alugados, sejam repassados à Cúria, por meio da Região, 25% do valor deste aluguel

No caso de alienação de bem imóvel ou de notável valor cultural, compete ao CAE estabelecer a parte que caberá à Paróquia. Nenhuma alienação é válida e permitida sem autorização escrita da Cúria, tendo sido consultado o CAE e o Colégio dos Consultores;

No caso de sepultura perpétua, cada paróquia obtenha aprovação da Cúria que estabelecerá a contribuição justa para cada local.

Na distribuição dos recursos obtidos procure cada paróquia aplicar pelo menos 10% na dimensão social, lembrando-se da opção evangélica pelos pobres.

2 - ASSEMBLEIAS PASTORAISOutra exigência para se constituir uma Igreja

ministerial e participativa é a realização de assembleias, em todos os níveis.

A assembleia é uma rica experiência de comunhão e de corresponsabilidade: Expressa o desejo de assumir juntos, de ouvir o outro, de

buscar caminhos seguros, de somar forças. Ela nos ajuda a conhecer melhor a realidade (VER); a avaliar

sua prática à luz da Palavra de Deus, do ensinamento da Igreja e das necessidades locais (JULGAR); a propor caminhos, atitudes e gestos concretos de transformação (AGIR). É também um espaço privilegiado para CELEBRAR conquistas e sonhos, partilhar experiências e dons e REVER a caminhada empreendida, abrindo-se a novos passos.

Ela nos ajuda a perceber o foco, o alvo, a meta, bem como os meios e a melhor forma de atingi-lo, evitando-se a fragmentação, o desperdício de energias, o enfraquecimento. Ela fortalece os vínculos e alimenta o ardor, a esperança.

3 - PLANEJAMENTO PASTORALÉ outro elemento fundamental para construirmos

uma Igreja ministerial e participativa.Toda ação deve ser planejada. Quem não sabe

onde quer chegar, o que deseja alcançar, dificilmente chegará a algum lugar.

Os conselhos e assembleias são fundamentais para se planejar, acompanhar e avaliar nossa ação evangelizadora.

Se vamos arranjar uma bagagem para viajar, é preciso olhar primeiro para onde vamos e que tipo de viagem vamos fazer.

Além disso, é preciso envolver o máximo de pessoas. Quem não ajuda a planejar e decidir também não se sente responsável pela execução.

4 - PASTORAL ORGÂNICAO que é e seu objetivo

Não se trata de mais uma pastoral específica a ser implantada na Igreja, mas de um jeito de trabalhar na Igreja, uma mentalidade, um espírito que norteia a ação evangelizadora e a missão.É um esforço de aglutinação e articulação de

metas e princípios, reunindo os diversos dons numa mesma unidade, para expressar melhor a Igreja como Corpo de Cristo e conseguir melhores resultados na ação evangelizadora e no serviço prestado à comunidade.

Não é padronizar as pastorais e nem desfigurar as variedades de dons, carismas e serviços presentes na comunidade e sim buscar a unidade na Igreja.Quando a assumimos, as pastorais, ministérios,

movimentos e grupos não trabalham isoladamente, cada um na sua, como gavetas de uma cômoda, mas formam um grande bolo, onde os ingredientes se misturam e se completam num único sabor. Ela envolve a todos, ninguém fica de fora do processo.

ExigênciasBuscar a integração entre as pastorais, conselhos,

movimentos e demais forças da Igreja. É preciso que cada um procure conhecer o outro,

entendendo e respeitando as suas diferenças e modo de agir, seus objetivos e suas atividades específicas.

Mostrar um real interesse pelo trabalho de parceria por parte das pessoas envolvidas.

Realizar encontros periódicos entre os membros das pastorais e outras iniciativas da Igreja, para melhor estreitar os laços de amizade, fraternidade e conhecimento recíproco.

Ter uma agenda mínima de trabalho em comum, prevendo atividades em que as pessoas envolvidas estarão trabalhando juntas, onde cada pessoa ou grupo contribui com o seu dom.

Fazer tudo por amor e em espírito de serviço.Envolver toda a comunidade, buscando ampliar

sempre mais as parcerias com outras pastorais, movimentos, serviços, etc.

Promover a integração e parceria entre os membros. Esta comunhão é mais que necessária, é urgente para

o bem da Igreja. Onde já acontece, precisa ser intensificada e incentivada e, onde ainda não acontece, devemos fazê-la acontecer.

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