n.magazine nº 4 :: preview
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nmagazine.com.brVERÃO 2010/2011 R$12
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ISSN 2176-6371
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V I AG E MBuenos Aires,
Nova York eMarrocos
em família
ENTREVISTADidi Wagner fala de viagens e NY EXCLUSIVOBate-papo comStella McCartney FÉRIASTudo o que levar na bagagem PSICOLOGIAPor que seu filho não quer dormir sozinho MODARoupas para brincare curtir a praia
ESPECIAL
Na nossa seção Colaboradores, sempre pedimos aos profissionais que contribuíram para a n.magazine que elejam um símbolo que representa a sua infância. Pode ser um sabor, uma imagem, um sentimento ou uma lembrança marcante dos tempos de criança. Entre tantas respostas, a maioria está relacionada a viagens e férias. Nesta edição, por exemplo, o fotógrafo Edu Monteiro, que clicou o belo ensaio de moda no Rio de Janeiro, lembrou das férias na praia e das congas que a tia Cira usava no mar para se proteger dos siris. A produtora de moda Helena Luko resgatou os tempos tranquilos no interior. E a fotógrafa Cecilia Duarte falou do clima de despreocupação total das férias na praia e na piscina – espírito que incorporou com maestria no ensaio de moda que, não por acaso, é intitulado summer times. Por que, entre tantas lembranças de infância, as que chegam mais fortes são as de férias? Cecília deu a pista. Talvez tenham sido os momentos nos quais nos sentimos mais livres na vida. Sem hora, sem compromissos. Só brincar e ser feliz. Voltar a essas memórias é reconfortante e cria um link imediato com boas sensações. Creio ainda que as lembranças de férias também são tão marcantes porque resgatam o período no qual passamos mais tempo junto a pais e irmãos, que visualizamos nossa família por completo. Nesse clima, preparamos com carinho para esta edição o Especial Viagem, um caderno que engloba roteiros de destinos tão distintos quanto Nova York e Marrocos, produtos úteis para os passeios, dicas relacionadas ao tema e a inspiradora história de uma família que decidiu transformar um ônibus em sua casa e, de certa forma, viver o espírito de férias todos os dias. Esse encarte especial é nossa pequena contribuição para ajudar pais e filhos a criarem juntos boas lembranças para toda a vida.
Eduardo Burckhardt
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ENT REVISTADidi WagnerA apresentadora – e globetrotter – fala sobre a vida com a família nos Estados Unidos e dá dicas de viagem e de passeios para fazer com as crianças em Nova York
CIT Y GUIDEBuenos AiresAs melhores lojas infantis, os restaurantes child friendly e os lugares mais bacanas para curtir com os pequenos na capital da Argentina, indicados por uma mãe fera no assunto
EST ILO DE VIDANossa casa sobre rodasA incrível história do casal que decidiu transformar um ônibus em seu lar e viaja com as filhas por todos os cantos do Brasil e da América do Sul
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MODAÉ dia de praiaAs tendências de estilo para o verão são apresentadas por duas mães e um pai que levam seus filhos para aproveitar um dia de sol nas areias cariocas
MODASummer timesRoupas despojadas para aproveitar o período de férias, em um lindo ensaio com direito a cabaninhas feitas de lençol e divertidos banhos de mangueira
EXCLUSIVOStella McCartneyA renomada estilista inglesa – e, sim, filha do Paul – conta para a n.magazine por que decidiu enveredar para a moda infantil e revela detalhes da sua nova grife
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FOTOGRAFIA EDU MONTEIROÉ artista visual e um dos fotógrafos do coletivo carioca Fotonauta. Quando pensa na infância, lembra das férias na praia, da carroça rosa do vô Rangel e das congas azuis que a tia Cira usava no mar para se proteger dos siris.
STYLING HELENA LUKOEditora de moda da revista Vizoo, também colabora para diversos veículos de moda, além de produzir desfiles, capas de discos, campanhas e videoclipes. Da infância, lembra dos tempos tranquilos no interior, de brincar na rua e de jogar amarelinha.
PUBLISHER/DIRETOR EDITORIALEDUARDO BURCKHARDTeduardo@nmagazine.com.br
DIRETORA DE ARTE/ PROJETO GRÁFICOSILVANA CATAZINEsilvana.catazine@naifmagazine.com
DIRETOR CRIATIVOJOSEAN VILARjosean@naifmagazine.com
PRODUTORA EXECUTIVAJANAINA PEREIRAjanaina@nmagazine.com.br
GERENTE ADMINISTRATIVAPAULA LUIZE BURCKHARDTpaulaluize@nmagazine.com.br
EDITORAROCÍO MACHOrocio@naifmagazine.com
TEXTO FERNANDA PARAGUASSUMãe do Gabriel e da Manuela, é jornalista e desde 2009 mora em Buenos Aires, de onde faz reportagens para a Globonews e escreve o blog Buenos Aires para Niños, que vai virar um livro pela editora Pulp. Seu símbolo de infância: brigadeiro.
FOTOGRAFIA CECILIA DUARTE Fotógrafa de mão cheia, adotou Barcelona e São Paulo como suas bases e colabora com revistas e clientes nas duas cidades. Para Cecilia, o melhor da infância era brincar nas férias, na praia e na piscina sem preocupação alguma. E melhor ainda se tivesse bolo de chocolate por perto!
ILUSTRAÇÃO BWOKAAFormado em programação visual, é multiartista e tem como principais influências a street art e a arte espontânea. Diz que não lhe interessa um estilo e, sim, uma evolução. Quando pequeno, ficou várias noites acordado tentando ver o cometa Harlley, e aprendeu a admirar o infinito.
TEXTO MARINA MOROSJornalista e fotógrafa de extrema sensi-bilidade, é doutora em Literatura e mãe do pequeno Dimitri, de 5 anos. Para Marina, têm o espírito naïf aqueles que mantêm os olhos livres e o olhar, espontâneo. Resume esse conceito nessa singela imagem do barquinho.
sCOLABORADORES
COLABORARAM NESTE NÚMEROTexto: Erika Kobayashi (edição). Ana Canosa, Carolina Tarrío e Murielle Bressan (colunistas). Beatriz Zandonadi, Fernanda Paraguassu, Flávia Padilha, Maria Dolores Palop, Marina Moros, Rafael Teixeira, Renata Gallo. Revisão: Ingo Burckhardt Fotografia: Andrea Marques/Fotonauta, Cecilia Duarte, Edu Monteiro/Fotonauta, Erika Vergi-nelli, Javier Ferrer Vidal, Marlos Bakker e Rafael Define. Styling: Bárbara Chiré, Flávia Padilha, Helena Luko, Juliana Costa. Ilustração: Allan Sieber, Arnaldo Branco, Benett, Bwokaa, Charity, Juliana Vidigal, Lailson, Lastecchina e Ricar.
EDITORA FLÂNEURREDAÇÃORua Fradique Coutinho, 137São Paulo – SP – 05416-010tel.: (11) 3813-4357ASSINATURASassinaturas@nmagazine.com.brATENDIMENTO AO LEITORcontato@n.magazine.com.brPARA ANUNCIARtel.: (11) 3813-4357publicidade@nmagazine.com.brOPERAÇÃO EM BANCAS
AssessoriaEDICASEwww.edicase.com.br Distribuição Exclusiva em BancasFERNANDO CHINAGLIA COMER-CIAL E DISTRIBUIDORA S/A ManuseioFG PRESS www.fgpress.com.br
CAPAFotógrafo: Javier Ferrer VidalStyling: Analía LafrancoModelo: Diego Esteso Solera
IMPRESSÃO: IBEP Gráfica
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m a g a z i n emagazine
Em parceria commagazine
BORDADO A MÃO EM UM PAÍS TROPICAL
Nove meses para voltar ao Normal. Ou quase. Não que eu fosse completamente sã antes de ter o Pequeno Theo, mas fiquei bem alterada. A começar pela memória. Perdi metade durante a gravidez; para a desmemoriação total foi só parir! Eu não lembrava o nome de coisas simples, como balde ou caneta, e criei uma brincadeira com minha funcionária, a de “completar”. Eu dizia cadê o... e ela arriscava: Hipoglós? Casaco? Muitas vezes desistiu: Hoje não tô completando nada! O problema da memória pegou mesmo quando eu voltei, três meses depois do parto, a dar aulas. Foi uma catástrofe. Eu estava ali me ouvindo e pensando: O que você está dizendo mesmo? Parecia filme em câmera lenta. Sem contar que, como sexóloga, eu tinha que falar sobre um assunto que naquele momento da minha vida não fazia o menor sentido! O ápice da minha versão esquizo-frênica foi quando precisei escrever um artigo que tinha o incrível título Como chegar nas gatas em uma Micareta. Entre uma mamadeira e outra. Aliás, eu tinha a impressão que estava vivendo um tipo de transtorno bipolar: maníaca sexual du-rante a gestação (meu marido chegou a se esquivar de minhas investidas, coitado), totalmente assexuada depois. Algum “pai fresco” e desolado me disse uma vez que a quarentena é um mito. Verdade. Devia ser semestrena, noventena. Nove meses para voltar quase ao normal nesse quesito também. Desde que o Theo não acorde. Ou que a empregada não falte. Ou que eu não esteja morta no final do dia. Tive muitas esquisitices nos primeiros meses. Tipo fazer a unha toda semana como se isso fosse a coisa mais importante da minha vida. Comer sorvete dentro do carro, como se fosse uma foragida. Tem coisa mais besta? Tentei voltar a correr e quase morri. Só consegui retomar um ritmo bom depois dos tais nove meses. Meu corpo quase voltou ao normal nesse tempo também – embora aos 42 anos é importante frisar que nada mais volta porque já não estava indo, estava caindo. Enfim... Nove meses. Não sei se é um ciclo da natureza. Nove meses para gestar, nove meses para regressar. O fato é que comigo as coisas acontecem assim. Nove meses e eu renasci. Viajamos para Paris por alguns dias sem o Theo. Todos sobrevivemos. Foi ótimo beber sem me preocupar com o dia seguinte, perambular pela cidade, passear. Resgatar a feminilidade. Entrar na galeria Lafayette e adquirir um lindo casaquinho Kenzo que estava em liquidação. Para o Theo, lógico!!! A loucura mais doce e divertida da minha vida!
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Ana Canosa, 42 anos, é psicóloga, sexóloga e mãe do Pequeno Theo, de um ano.
pNove meses pPor ANA CANOSA Ilustração BWOKAA
Boi da cara preta, pintinho amarelinho e outros elemen-tos da cultura infantil nacional são parte da inspiração para as roupinhas da Bicho Brasil. A marca-registrada da grife são as estampas pra lá de diverti-das feitas a mão. Para meninas e meninos despojados. bichobrasil.blogspot.com
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Adesivos de parede são uma beleza. Decoram cantos, ocupam paredes inteiras, criam detalhes charmosos. Porém, não são como quadros, tão fáceis de tirar da frente quando enjoamos deles. Ou melhor, não eram. A Lots of Me oferece o adesivo recortado de tecido. Os modelos são facilmente removíveis e reaplicáveis em outras superfícies – que tal dar uma graça à sua geladeira? Além disso, diferentemente do adesivo de vinil, de uma só cor, eles podem ter estampas coloridas – bem coloridas, como mostram as simpáticas matrioscas aí acima.lotsof.me
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As crianças que estão aprendendo a ir sozinhas ao banheiro podem contar com a ajuda destes robozinhos que protegem o papel-higiênico. As peças são feitas em madeira e foram criadas pelo designer Felipe Reis para a loja Amoreira. amoreira.com.br
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Sabe quando a criança não usa mais o cadeirão e precisa de um up para alcançar a mesa? A marca Fred tem uma solução criativa: a Boost, uma espuma macia no formato de páginas amarelas para colocar no acento da cadeira. Para pequenos a partir dos 3 anos. viamanzoni.com.br
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Dá para passar horas vendo o extenso catálogo da dinamarquesa GreenGate. São toalhas, almofadas, roupas, utensílios de cozinha... Todos os itens com um estilo meio retrô, com cara de produto dos anos 40 ou 50. Por aqui, estão à venda na Casa da Besica. casadabesica.blogspot.com
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ENT REVISTADidi Wagner:
alma de viajante
NOVA YORKBig Apple para pequenos
BUENOS AIRESComer, comprar e brincar
BAZARES Roupas e objetos
para levar na bagagem
LIFEST YLEUm ônibus, nossa casa
MARROCOSO país pelas lentes
de três crianças
RIO DE JANEIROA moda verão
nas praias cariocas
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Com malas, filhas e programa de T V a tiracolo, a apresentadora Didi Wagner elegeu Nova York como sua cidade-base, onde mora com a família há quatro anos Por ERIKA KOBAYASHI Ilustração do mapa JULIANA VIDIGAL
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TA“A gente parece a Granero no aeroporto”, brinca Didi Wagner, 35 anos, apresentadora do programa Lugar Incomum no canal pago Multishow, numa alusão à icônica empresa de mudanças. Desde que se mudou
com a família para Nova York, em 2006 – na época, sua filha Laura tinha 2 anos e 8 meses, Luisa era um bebê de colo e Julia, a caçula que hoje tem 1 ano e meio, ainda não tinha nascido –, Didi ficou descolada em viajar com crianças. A apresentadora organiza tudo: planeja como vai entreter as filhas no avião, que roupa e bolsa vão usar e desconfia de quem acha essa operação fácil. “É aquele circo todo, mas também vai imprimindo nas crianças uma alma viajante”, diz. De passagem pelo Brasil, Didi falou com a n.magazine sobre como é educar as filhas em outro país, viajar (com e sem a trupe) e programas para fazer com a família em Nova York.
Como foi a decisão de ir morar em Nova York com o marido e as duas filhas pequenas? A história partiu do Fred [seu marido, o empresário Fred Wagner, com quem está casada há 13 anos], que tinha que ir para lá pelo trabalho. Quando o Multishow me contratou, já propus de o programa continuar em Nova York e eles gostaram da ideia. Você ficava preocupada com o fato de educar as filhas em outro país?Muito! Durante três semanas, a Laura foi chorando para a escola todos os dias. Ela não falava inglês e se apavorou um pouco. Foi um processo para ela e para mim por tabela. Ela chegou em Nova York como uma menina despojada, bacana, muito dona do universo, e veio esse baque. Daí ganhou uma força maravilhosa, saiu da situação com uma maturidade, uma garra, uma coisa incrível.Hoje as meninas estão mais acostumadas?Minhas filhas estão muito adaptadas às duas realidades. A gente foi morar em Nova York, mas continuou com um pé muito forte no Brasil. Eu mantive a minha casa em São Paulo, passamos as férias aqui e, em 2009, moramos aqui por um tempo [Julia, a terceira filha, nasceu durante essa temporada no Brasil]. Elas também entendem a dinâmica lá, pois bem ou mal foi onde a rotina delas se estabeleceu. E transitam muito bem. Aquela coisa que todo mundo fala, que criança se adapta fácil.Como você coordena sua vida profissional, cheia de via-gens, com a vida de mãe? Cada situação vai se manejando de uma maneira. Na minha primeira ida para Londres, consegui organizar a viagem com um break escolar e carreguei as meninas comigo. Não dava M
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A capital argentina é uma festa para pais e filhos! A autora do ótimo blog Buenos Aires para Niños seleciona os melhores lugares da cidade para você ir com os pequenosPor FERNANDA PARAGUASSU Ilustraçao SILVANA CATAZINE
CHEEKY Essa marca de roupa casual para crianças de até 12 anos tem lojas espalhadas por toda a cidade. Também oferece calçados, acessórios e uma linha de roupas fofas para bebês. Calle Aguirre, 827, Palermo, e principais shoppings; cheeky.com.ar
GRISINO Roupas para brincar é o conceito dessa loja. Mais informal, com estam-pas coloridas e divertidas. Bichos e monstros bem ao gosto dos meninos e bonecas estilizadas para meninas. Calle Malabia, 1784, Palermo, e principais shoppings; grisino.com.ar
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PÂTISSERIE Tem uma proposta mais formal para crianças de até 8 anos. Com inspiração francesa até na decoração, oferece roupas para ocasiões em que os pequenos devem estar arrumadinhos. Patio Bullrich, Calle Posadas, 1269, Recoleta, e mais três endereços; maisonpatisserie.com.ar
SOPA DE PRÍNCIPE Os bonecos de pano feitos a mão ficam em caixas como uma quitanda de frutas. Dá vontade de levar vários! Mas legal mesmo é escolher aquele que será o amigão: que vai andar debaixo do braço e ser arrastado por toda a casa. Calle Thames, 1749, Palermo; sopadeprincipe.com.ar
GIRO DIDACTICO Loja com boa variedade de brinquedos pedagógicos para bebês, livros, CDs e jogos para crianças um pouco maiores. É o lugar certo para encontrar lem-brancinhas de viagem para crianças. Avenida Callao, 1160, Barrio Norte, e mais seis endereços; girodidactico.com
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O Marrocos é daqueles cenários que, mesmo quem nunca co-locou os pés lá, tem lembranças. Imagens de tapetes coloridos, de narguilés esfumaçantes, dos encantadores de serpentes, de milhares de vendedores de todas as estirpes dando vida aos zouks, os tradicionais mercados de rua do mundo árabe. Conhe-cer in loco esse outro mundo no extremo norte da África pa-rece uma possibilidade ainda mais distante quando se envolve os filhos na aventura. Sim, dá medo a suposta falta de segu-rança, a alimentação fora do convencional e a possibilidade de trajetos por estradas ruins. É verdade que visitar o Marrocos com a família não é tão fácil quanto o conforto de um resort ou a brincadeira planejada da Disney, mas, sim, é possível apresen-tar aos pequenos a versão real dos cenários de Aladim. A editora de livros Mônica Carulla comprovou isso em 2009, quando decidiu embarcar com seus gêmeos Linus e Alma, de 8 anos, rumo ao Marrocos. Para não ter surpresas pelo caminho, optou por uma excursão planejada. O viagem incluía Fez, Marrakesh e pequenos povoados na região do Atlas (veja o roteiro na pág. 52). Mas o que realmente encantou as crianças foi andar de dromedário e dormir em barracas no meio do deserto. “É interessante como eles percebem rapidamente não apenas as diferenças culturais, mas sociais”, diz Mônica. Já a publicitária Imma Padilla preferiu uma viagem menos plane-jada. Ela, o marido e a pequena Salma, de 4 anos, chegaram de avião em Casablanca e dali circularam de trem e carro alugado por Rabat, as praias de Assilah, Fez, Tanger e pelo povoado de Chefchaouen. Dormiam em guest houses e nas riads, as casas tradicionais construídas em torno de uma jardim interno adap-tadas para hospedagem. “Para Salma, umas das experiências mais marcantes foi tatuar os pés com henna”, diz Imma. As preocupações prévias com relação ao Marrocos logo se dissiparam durante a viagem. “As crianças se adaptam melhor do que imaginamos à alimentação e estão abertas a provar coi-sas novas”, diz Mônica. Alguns cuidados são necessários, como beber apenas água engarrafada e evitar as comidas de rua. Também é bom que os pais experimentem os pratos servidos antes de dar aos filhos. Com estradas em condições ruins no país, é recomendável planejar trajetos de menos de três horas por dia. “Nós também fazíamos muitas paradas para descansar, catar pedrinhas e tomar chá”, diz Imma. Ambas também não tiveram problemas com segurança, pelo contrário, ressaltam a amabilidade dos marroquinos. “As pessoas têm um grande respeito e tratam as crianças com muito carinho”, diz Mônica. Apesar de seguirem roteiros distintos, as férias de Imma e Mônica com seus filhos no Marrocos têm algo em comum: a fotografia. As duas deram a eles uma câmera para que imor-talizassem o que mais lhes chamasse a atenção (veja nesta página e nas seguintes). As crianças captaram imagens de detalhes inesquecíveis para eles, como o estacionamento de jegues na medina de Fez, as compridas praias de Larache, as dunas do deserto e os zouks. Cenas muitas vezes invisíveis aos olhos adultos. Suas versões do fantástico mundo de Aladim.
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Fotografia ANDREA MARQUES e EDU MONTEIRO/FOTONAUTA Styling HELENA LUKO
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GIULIAPijama branco BONPOINTNINASaia BÉBÉ SUCRÉBata bege MERCATOREJOAQUINPijama azul MERCATOREHELENAVestido tule BONPOINTCENARIOToalhas e bandeirolas PARANGOLÉPinduricalhos PETIT RETROAlmofada de ovelha IMAGINARIUMAlmofadas estampadas SANTA PACIENCIA Almofada amarela NINA FESTA ROUPINHA DE MESA
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Assistente de fotografia DAVI LIMA Assistente de produção JULIANA EVANGELIDIS
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Florence Rolando, uma das principais especialistas no mundo em tendências no mercado infantil, abre as portas de seu apartamento em Londres e revela como o transformou em um ambiente divertido e inspirador
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Brincar de casinha
POR EDUARDO BURCKHARDT
Brinquedos vintage e bonecos de todos os tipos têm lugar de destaque neste apartamento de 240 metros quadrados localizado no charmoso bairro de Marylebone, em Londres. O curioso é que boa parte desses objetos não pertence às pequenas Iris, de 5 anos, e Jasmine, de 6, nem ao primogênito Paul, de 18. É a mãe deles, Florence Rolando, a responsável por distribuí-los por janelas, estantes e balcões como parte da decoração. Não por acaso: o universo infantil faz parte de sua profissão. Florence é co-criadora da Bubble, badalada feira de moda para crianças que acontece em Londres, colabora com a revista francesa Milk, presta consultoria a empresas do setor, e desde o ano passado comanda o blog Pirouette (pirouetteblog.com), sucesso absoluto entre pais e mães interessados em moda e design. Some-se a esse background sua mania de colecionar
brinquedos antigos, e o resultado é um apartamento repleto de elementos que remetem à infância e muito inspirador, do qual Florence conta detalhes para a n.magazine.
O que você levou em consideração ao decorar seu apartamento?Eu queria um lugar que fosse child friendly, acolhedor e diver-tido. Coleciono móveis infantis, brinquedos vintage e também fotografias contemporâneas, então há um mix desses estilos na minha casa – e, felizmente, eles funcionam bem juntos. Gosto ainda de adicionar aqui e ali toques de vermelho, minha cor favorita, que traz um pouco de descontração e alegria. Suas filhas pequenas fizeram algum pedido especial?Elas pediram beliches, mas prefiro as camas normais porque
POR EDUARDO BURCKHARDT
Em homenagem aos 60 anos de Peanuts, a tirinha que apresentou ao mundo Charlie Brown, Snoopy e sua turma, n.magazine convida
quatro ilustradores a emprestarem seu traço aos personagens criados
pelo americano Charles Schulz
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Primeiro quadrinho: sentados no meio-fio, um menino e uma menina observam alguém se aproxi-mando. “Olha! Lá vem o velho Charlie Brown”, diz o garoto. Segundo quadrinho: Charlie Brown passa
em frente aos dois, e o menino comenta: “O bom e velho Charlie Brown... Sim, senhor!” Terceiro: a ladainha continua: “Bom e velho Charlie Brown...” No quarto e último quadrinho, o garoto finalmente esbraveja: “Como eu o odeio!” Assim, já revelando a faceta deslocada de seu protagonista, foi a tirinha inaugural de Peanuts, publicada há 60 anos, em 2 de outubro de 1950. As crianças no meio-fio eram Shermy e Patty (não confundir com Patty Peppermint, outra perso–nagem – ou Patty Pimentinha, como foi batizada no Brasil). Ambos sumiram. Charlie Brown permaneceu – sem mu-danças, exceto pela famosa listra ziguezagueante que ele ganharia na camisa. Pelo visto, apenas Shermy o odiava. Este ano foi de efemérides a serem lembradas pelos fãs de
AO MESTRE, COM CARINHO
Por RAFAEL TEIXEIRA
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AO MESTRE, COM CARINHOPeanuts, a começar pelas seis décadas da estreia. Charles Schulz, o criador da tirinha, morreu há dez anos, em 12 de fevereiro de 2000 – um dia antes que sua derradeira tira es-tivesse nos jornais. Tinha 77 anos. Meses antes, ele já anun-ciara sua aposentadoria por problemas de saúde, decorren-tes do câncer que o mataria. Trabalhou por 50 anos quase ininterruptamente. Consta que, durante a existência de Peanuts, só tirou férias uma vez: cinco semanas em 1997. Jamais cedeu a tirinha ao traço de outro artista – dedica-ção largamente recompensada. Na época de sua morte, as histórias de Snoopy e Minduim (apelido de Charlie Brown criado por Ziraldo para a versão nacional) eram publicadas em 2 600 jornais de 75 países. Mesmo hoje, passados 60 anos da primeira tirinha, ainda é difícil mensurar o tamanho do impacto de Peanuts sobre o universo das tiras. Entre os profissionais do meio, é raro encontrar quem simplesmente ignore o trabalho de Schulz. Convidados pela n.magazine, quatro de seus admiradores
– o gaúcho Allan Sieber, o carioca Arnaldo Branco, o pernambucano Lailson e o paranaense Benett – ilustraram as próximas páginas, emprestando seus traços a Snoopy e companhia, e falando sobre a obra do desenhista americano. Schulz foi um caso único na história dos quadrinhos. “Talvez se possa dizer que foi o Picasso das HQs: fez sucesso cedo, viveu muito, portanto teve oportunidade de ver a própria obra evoluir no tempo”, avalia Caroline Chang, editora da L&PM, que, desde 2009, publica todas as tirinhas de Peanuts em volumes cronológicos. Na avaliação de Caroline, porém, Schulz não teve várias fases, diferente-mente de Picasso – ainda que as tiras tenham passado por algumas transformações, tanto de traço quanto de tom, de interesse por parte do autor e até mudanças históricas. “Mas será que realmente conseguimos compreender a dimensão do comprometimento artístico, de um autor que continua a criar tiras com os mesmos personagens por 50 anos?”, diz Caroline. “É algo assombroso.”.
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OBVIEDADE CÁUSTICALivro: É um LivroAutor: Lane SmithEditora: Companhia das LetrinhasUm burro com um computador. Um macaco com um livro. O burro, que nunca viu aquilo, fica curioso e começa a perguntar: “Como é que você rola a página? Faz som? É tipo um blog?”. Com ilustrações divertidíssimas e uma ironia acachapante, a história desse macaco exasperado com o burro tecnológico consegue arrancar risadas de crianças e adultos. É um Livro consegue expor as diferenças entre dois mundos que, embora tenham similaridades, guardam suas boas diferenças. E, sobretudo, presta a devida homenagem a essas maravilhas que não entram no Twitter nem precisam de senha para nos brindar com incríveis histórias: os livros.
Por CAROLINA TARRÍO
pAs melhores leituras para as fériasp94s
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SÓ SEI QUE NADA SEILivro: Raul TaburinAutor: SempéEditora: Cosacnaify Raul Taburin conserta bicicle–tas como ninguém. A questão é que esse dom se originou de um bloqueio: ele não consegue andar de bicicleta! É por isso que as monta e desmonta, tentando encontrar-lhes a charada. Com muita doçura, o cartunista francês Jean-Jacques Sempé conta a his–tória desse segredo que Raul guarda a sete chaves – e de uma grande amizade. Para crianças a partir dos 8 anos.
ARQUEOLOGIALivro: Endrigo, o Escavador de UmbigoAutor: Vanessa BarbaraEditora: 34 Endrigo, um menino de 11 anos, vai apresentar o seu trabalho de final de ano na escola. Que está mais para experiência ar–queológica: ele vai limpar pela primeira vez o seu umbigo! E pretende analisar o material que sair dele... Com bonitas gravuras de Andrés Sandoval, a retirada da nhaca apresenta uma viagem pela história de vida do garoto. Divertido, deve agradar meninas e meninos a partir dos 7 anos.
CONTA DE NOVO, VAI?Livro: Coleção Ruth Rocha RecontaAutor: Ruth RochaEditora: Salamandra O Rato do Campo e o Rato da Cidade, João e o Pé de Feijão, O Patinho Feio, João e Maria. Nesta coleção, a escritora Ruth Rocha reconta alguns dos mais populares contos de fadas. Com sabedoria e vo–cabulário simples, acompa–nhado de belas ilustrações, ela dá sentido a clássicos tantas vezes maltratados por edições mal cuidadas. Para crianças de todas as idades.
QUANDO RUGIR NÃO BASTALivro: A História do Leão que não Sabia EscreverAutor: Martin BaltscheitEditora: Martins Fontes O leão encontra uma leoa e quer beijá-la. Mas se intimida – ela está lendo um livro! Então, ele pensa em mandar-lhe uma carta. Só há um probleminha: o leão não sabe escrever. Afinal de contas, tudo o que preci-sou até agora foi de seu rugido para conseguir o que queria. Como resolver? Uma instrutiva história que trata sobre raiva, impotência e conhecimentos que ainda temos de aprender.
POSSO VER? Livro: O que tem dentro da sua Fralda?Autor: Guido Van GenechtenEditora: Brinque-Book Ilustrações alegres e frases simples contam a história de um ratinho que resolve olhar a fralda de seus amigos. Abrindo as abas, a criança vai descobrindo seus conteúdos junto com o personagem, para somente no final verificar a fralda do próprio ratinho. Eis o gran finale: ela está vazia porque ele aprendeu a usar o penico! Adequadíssimo para crianças entre 2 e 4 anos.
TEM BICHO ATÉ COM XLivro: BichonárioAutor: Nílson José MachadoEditora: Escritinha Pequenos textos acompanham as ilustrações bem coloridas de Dulce Osinki neste “Bichonário”. A ideia é apresentar diferentes animais em ordem alfabética. O que dá lugar a muitas brincadei-ras: que outros bichos existem com a letra A? Quem adivinha o bicho que vai aparecer na letra P? Uma leitura que funciona per-feitamente para crianças em idade de alfabetização.
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VIBES © 2009, 2010 http://vibescomics.wordpress.com mail: ricargon@gmail.com
Vibes é uma tirinha sobre as aventuras de Vibe e Bocão, uma mamadeira e uma chupeta que vivem no berço de Valentina, um bebê que veem como um monstro. Eles estão condenados a serem babados, mordidos, humilhados e lançados pelos ares a todo momento. Apesar disso, encontram tempo para fazer o que gostam e desfrutar de bons momentos.
vibesvibesPega essa, baixinho!
Táachando
que é melzinho
na chuPeTa, é?
oi, VibeVou Viajar com a ValenTina Para a Praia.
esTaremos de VolTa na segunda-feira.Ps: aProVeiTe Para Treinar aqueles seus Passos ridículos
agora que esTá sozinho.
sabe, Vibe, eu Também gosTo de
canTar!
sei, oh!, como seimeu fedor é de
maTar
PerTo de mim, Todosquerem VomiTar
mas isso ninguémVai lembrar
quando minha doce Voz escuTar
a canTaaaaaaaar
e aí, Vibe, curTiu?
é... bem... feder é o de menos PerTo
disso...
como Passa o TemPo...
ValenTina esTá quase começando a andar
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