moda pelo mundoedição 4 • ano 2 • março 2018 persona a artista plástica bia doria fala sobre...
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Edição 4 • Ano 2 • março 2018
PERSONAA artista plástica Bia Doria fala sobre sua
inspiração na natureza e porque defende a
liberdade de criação
MODA
PELO MUNDO
O high fashion nacional revela as tendências do
streetstyle deste inverno
Repleta de tradição e mistérios, a Rússia volta a despertar o interesse
dos viajantes
Capa com realidade
aumentada
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A revista Zumm Select é uma publicação bimestral. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e publicações, por qualquer meio, sem autorização do diretor comercial ou da editora.
52 EXPRESSÃO •Gui Calil
48 PELO MUNDO •Rússia
SUPERAÇÃO •Leandro Hassum46PODIUM •Leandro Barbosa42
40 BEAUTY •Protetor solar
HIT •Ultra violet38
36 WISH LIST •Peças-desejo!
MODA •Winter mood30HYPE •Reginaldo Fonseca28PERSONA •Bia Doria22A BORDO •Rio Boat Show 201818
16 BOA MESA •Gelatos
ADEGA •Champanhe Piper-Heidsieck14
08 PROJETE •Cecilie Manz
CAPA • Persona: Bia Doria
Foto : Samuel Melim
3022
pag. 4 • ed. 4 • março 2018
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Melhor navegabilidade do mercadoMaior quantidade de itens de série da categoriaHomologado para 8 pessoas
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Por Adilson HaddadCEO da Zumm Select
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STAFF Select
Força feminina
Da infância a adolescência, dividindo o mesmo teto com elas,
acompanhei a garra da minha mãe e cinco irmãs, o que sempre me
encantou e, acima de tudo, motivou. Me casei há 29 anos e, dessa união,
nasceram minhas filhas: Isabella, Isadora e Laura. Conviver com mulheres
faz parte da minha vida, de mim. Sou um grande admirador do sexo feminino, que consegue ser tão plural,
forte e único. Por isso, para a matéria de capa da Select que reinará no mês da mulher, nada mais justo que
convidar uma personalidade que mostre tudo que elas podem ser: profissionais de sucesso, defensoras de
causas importantes, belas e com inúmeras experiências de vida para compartilhar. O convite aceito pela artista
plástica Bia Doria nos deixou muito felizes e o Persona dessa edição resultou em uma entrevista que, tenho
certeza, agradará a todos.
Aproveitando o espaço, também gostaria de destacar a multiplataforma Zumm, que vem para inovar a
comunicação das cidades em que atuamos, como Ribeirão Preto, Franca, São Carlos e Araraquara. A marca,
sempre preocupada em ser uma eficiente ferramenta de mídia, constrói uma plataforma 360o, envolvendo Zumm
Select, Zumm Ribeirão, Canal no YouTube e ZumMusic (zummusic.radio.br), além de publicidade e conteúdo
nas TVs de informações de voos em seis aeroportos do interior de São Paulo (Marília, Bauru, Ribeirão Preto,
Presidente Prudente e Araçatuba). Em breve, relançaremos nosso site com novo layout!
A Zumm está em toda a parte e cada vez mais completa.
Que tal participar dessa história de sucesso?
pag. 6 • ed. 4 • março 2018
EDITORIAL Select
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Novas experiências fazem a vida ter mais sentido.A cada passo, a cada batida de coração, a cada respirar. O novo BMW X3 está chegando para alcançar tudo o que você espera. Venha conhecer na Eurobike.
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DOS RABISCOS E IDEIAS INOVADORAS DE CECILIE MANZ NASCEU A CARREIRA DE UMA PROFISSIONAL COMPLETA, QUE PENSA NA FUNCIONALIDADE E BELEZA DAS PEÇAS SEM MEDO DE DESAFIOS
Designer do ano
1 • 2 •
Por Joana Mortari | Fotos Divulgação
pag. 8 • ed. 4 • março 2018
PROJETE Select
U ma escada – que
também funciona
como cadeira – foi
o cartão de visitas de Cecilie
Manz no mercado do design de
móveis mundial, juntamente com a
luminária Caravaggio, desenvolvida
em 2005 (considerada um best-
-seller no segmento). Filha de
pais ceramistas, a designer
dinamarquesa se inspira na
civilização e na natureza durante
seu processo criativo, que,
segundo ela, parte de ideias
variadas e, depois, segue para os
esboços em papel, protótipos... “e
tudo de novo e de novo, cada vez
mais refinados. Às vezes, volto aos
rabiscos”, revela Cecilie.
1 • Pufe de linho e couro da Coleção Objects, da Fritz Hansen
2 • Origami Bag inspirada na tradicional arte japonesa de dobraduras e reproduzida pela Fritz Hansen
3 • The Ladder – primeira peça da designer
4 • Caixa de som A1 para B&O Play
3 •
4 •
março 2018 • ed. 4 • pag. 9
Formada em Design de
Objetos e Móveis pela Royal
Danish Academy of Fine Arts, ela
também frequentou, em 1997, a
University of Art and Design, na
Finlândia, e, no ano seguinte,
fundou seu próprio estúdio no
coração de Copenhague, um local
onde superar a si mesma, a cada
criação, é uma das regras. “Acredito
que um processo desafiador nos
mantém alertas e nos faz pensar
em soluções ainda melhores”.
Aos 40 anos, a designer
admite que a cerimônia para o
Crown Prince Couple’s Culture
Award, que ganhou em 2014,
apresentado pelo Príncipe e pela
Princesa da Dinamarca, certamente
foi um dos pontos altos de sua
carreira, a qual abrange 20 anos
aprimorando pacientemente as
suas habilidades para emergir,
hoje, como uma das principais
figuras do design escandinavo.
5 •
6 •
pag. 10 • ed. 4 • março 2018
PROJETE Select
5 • Cadeira Moku
6 • Pendente Mingus de alumínio, da Lightyear
7 • Linha de cerâmicas para Fritz Hansen7 •
Cecilie Manz
A CAMPEÃ E A MOSTRANa primeira MAISON&OBJET de 2018 (mostra que apresenta,
duas vezes por ano, as últimas fontes de inspiração de designers
e decoradores, evidenciando tendências atuais e futuras),
Cecilie expôs peças de suas coleções antigas e novas, em uma
atmosfera acolhedora e caseira – tema subjacente que define
cada uma de suas criações. E foi nessa mesma edição que ela
foi eleita como a Designer do Ano!
Desde 1995, a MAISON&OBJET tem sido o evento mais
expressivo para profissionais de design e indústrias. Cada
edição reúne cerca de 3 mil marcas e mais de 85 mil visitantes
– dos quais 50% não são da França.
Lançada em setembro de 2016, a plataforma digital MOM
(MAISON&OBJET AND MORE) oferece uma visão abrangente
das últimas novidades e produtos, exibindo selos, fabricantes,
artesãos e designers. Uma fonte interminável de inspiração,
que também fornece uma ferramenta para os visitantes
estabelecerem uma conversa direta com milhares de marcas
durante todo o ano.
março 2018 • ed. 4 • pag. 11
R. Couto Magalhães, 310 • Ribeirão Preto / SP • (16) 3234.6066
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COM UMA GARRAFA ESPECIALMENTE ELABORADA PARA “REGAR” A NOITE MAIS ESPERADA DA SÉTIMA ARTE, O CHAMPANHE PIPER-HEIDSIECK, RÓTULO QUE PERTENCE A UMA TRADICIONAL E ANTIGA MAISON DA BEBIDA NA FRANÇA, FEZ A ALEGRIA DOS CONVIDADOS FAMOSOS
Digno deOSCAR
A o analisar as passagens históricas que
envolvem momentos de conquista e
felicidade, é comum encontrarmos
alguns dos champanhes mais renomados, seja no
registro de brindes em taças flute ou até no impacto de
suas garrafas nos cascos de navios recém-inaugurados
– uma tradição que nasceu na França, onde a bebida
era considerada “água benta” e chegava a substituir
a benção dos padres antes da primeira viagem dessas
embarcações.
Com essa pitada de história, deu para perceber que
o champanhe é o rei das celebrações e, por isso, não
poderia deixar de marcar presença em uma das noites
mais esperadas do cinema: o Oscar.
Na 90ª cerimônia do prêmio – realizada em
Hollywood, no início de março, pela Academy of Motion
Picture Arts and Sciences –, quem fez jus à fama da
bebida foi a Piper-Heidsieck, uma das mais tradicionais
e antigas maisons de champanhe francesa, a qual
desenvolveu para o evento, com exclusividade, a Garrafa
Magnum. Com 1,5l, o frasco possui arcos dourados no
rótulo, que representam a arquitetura Art Déco dos
lendários prédios de Los Angeles, e homenageia a
Sétima Arte e seu grande poder de cativar o público.
Por Joana Mortari | Foto Divulgação
pag. 14 • ed. 4 • março 2018
ADEGA Select
PIPER-HEIDSIECK: ENTRE OS 10 CHAMPANHES MAIS VENDIDOS NO MUNDO
Fundada por Florens-Louis Heidsieck a partir do desejo de criar
um vinho digno da realeza, a Piper existe desde 1785. Hoje, é um
dos 10 champanhes mais vendidos em todo o mundo, símbolo de
excelência e audácia. A maison é estritamente ligada ao mundo das
Artes, do Cinema e da Moda: desde 1993, é o champanhe oficial do
Festival de Cannes. Além disso, estilistas mundialmente conceituados,
como Jean-Paul Gaultier, Christian Louboutin e Viktor & Rolf, tiveram
participação na produção de artigos de luxo ligados à marca.
No Brasil, os rótulos Piper são importados pela BEV GROUP,
nova importadora de bebidas, fazendo com que tipos como Piper-
Heidsieck Cuvée Brut, Piper-Heidsieck Rosé Sauvage e Piper-
Heidsieck Cuvée Sublime Demi-Sec possam ser encontrados nas
principais lojas especializadas do país. Além desses, Cuvée de
Prestige Piper-Heidsieck Rare Millésime 2002 Brut, considerado o
champanhe da década, chegou por aqui em quantidade limitada:
somente 300 unidades.
H www.piper-heidsieck.com
março 2018 • ed. 4 • pag. 15
I tália e França são rivais, gastronomicamente
falando, há séculos. A criação do sorvete, por
exemplo, é uma dessas disputas, que, segundo
alguns historiadores, tem como vencedor o italiano Bernardo
Buontalenti, cenógrafo, arquiteto, paisagista, pintor, escultor,
engenheiro militar e um apaixonado por cozinha, que, no
ano de 1600, em Firenze, tirou da sua imaginação uma
mistura feita com gemada e frutas, a qual ficou conhecida
como “crema Fiorentina”. Diferente e superior a todas as
iguarias que existiam nesse perfil no século XVI, a receita
congelada conquistou admiradores (inclusive a realeza!)
tanto pelo sabor inovador quanto pela textura cremosa.
Por estarmos acostumados ao clima tropical de
nosso país, é comum relacionarmos o sorvete a uma
forma de amenizar as elevadas temperaturas. Agora,
pasmem: alemães, irlandeses e italianos consomem
mais desse doce que os brasileiros, mesmo vivendo,
por muitos períodos do ano, abaixo de 0oC!
No entanto, na Europa, ele é conhecido como gelato
artesanal e conta com uma produção diferente do sorvete
tipicamente comercializado aqui, levando como matéria-
-prima a gordura a base de leite e de creme de leite
tipo A, assim como frutas frescas e sementes de alto
padrão. Em sua composição não são acrescentados
conservantes, corantes, aromatizantes e emulsificantes,
como no sorvete que conhecemos, e, por isso, precisa ser
feito diariamente para estar sempre fresco, garantindo
qualidade e sabor. Há distinção também na temperatura
em que sorvete e gelato são servidos, sendo o primeiro
congelado e o segundo a, no máximo, -14oC.
Se você é um bom observador, assim como fã
dessa opção de dar água na boca, deve ter percebido
o aumento no mercado de gelaterias. Segundo
Eduardo Borelli, mestre gelataio desde 2013, isso
vem acontecendo devido a uma mudança cultural no
pensamento dos brasileiros. “Eles estão reconhecendo
que o valor mais elevado do gelato, comparado ao
sorvete, é apenas uma consequência de sua alta
qualidade. Além disso, é um produto totalmente
natural”, afirma Borelli.
Gelato é sorvete?
SE TRADUZIRMOS “GELATO” PARA O PORTUGUÊS, AÍ SIM ELE SERÁ “SORVETE”. NO ENTANTO, A SEMELHANÇA ACABA AÍ (ATÉ A TEMPERATURA EM QUE SÃO SERVIDOS É DIFERENTE!) DESCUBRA A
FORMA DE PRODUÇÃO DESSAS DELÍCIAS E O PORQUÊ AS GELATERIAS ESTÃO GANHANDO TANTO ESPAÇO NO MERCADO NACIONAL, CONQUISTANDO O PALADAR – OU SERIA O CORAÇÃO? – DOS BRASILEIROS
Por Joana Mortari | Fotos Divulgação
pag. 16 • ed. 4 • março 2018
BOA MESA Select
ESCULTURA GOURMETEm algumas gelaterias italianas é possível degustar diferentes
sabores, que ganham uma forma floral – e, por que não,
romântica? – sobre a tradicional casquinha-cone. Geralmente,
esses estabelecimentos se encontram cheios de clientes/turistas,
loucos para garantir a “sobremesa de rosa”, assim como as fotos
que ela rende como deliciosas lembranças, perfeitas para as redes
sociais e deixando qualquer amante da gastronomia com vontade
de pegar um voo rumo ao “País de Bota”.
Assim que você chega ao caixa (finalmente!) e desembolsa
um trocado de euros para pagar a gostosura, é hora de
escolher os sabores que edificarão essa verdadeira
escultura gourmet. Assim, “pétala por pétala”, ela vai
sendo construída pelas mãos caprichosas dos mestres
gelataios, que, muitas vezes, são os próprios donos. O
resultado agrada olhos e paladar! Dica: optar por dois
tipos de gelato deixará sua rosa ainda mais bela, pois
com um será feito o miolo e, com o outro, as pétalas).
Dá dó de comer de tão bonito que fica? Sim! Mas
o mais gostoso de tudo isso é a experiência em si!
Acompanhar o processo, conferir seu resultado e degustar um
tradicional gelato de maneira tão diferente ficará eternizado
em sua memória! Pode acreditar!
março 2018 • ed. 4 • pag. 17
UM SHOW na águaEM ABRIL COMEÇA OFICIALMENTE A TEMPORADA DE FEIRAS NÁUTICAS NO BRASIL PARA APRESENTAR OS PRINCIPAIS LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES DESSE UNIVERSO QUE SE TORNOU UM ESTILO DE VIDA
Por Amanda Pioli | Fotos Divulgação
Lancha V300
pag. 18 • ed. 4 • março 2018
A BORDO Select
O s apaixonados por barcos
e navegação já estão na
contagem regressiva para
o primeiro grande evento do segmento no
ano: o Rio Boat Show 2018, que acontece entre
os dias 14 e 22 de abril, na Marina da Glória,
na capital fluminense. Celebrando, nessa
edição, os 60 anos da Bossa Nova, esse que
é o maior evento náutico outdoor da América
Latina apresentará os diversos lançamentos e
novidades em barcos, motores e equipamentos
dos mercados nacional e internacional. “Vamos
lançar uma lancha 38 pés, a V380, que promete
ser inovadora no mercado igual a nossa 30 pés.
Ela tem dois quartos fechados, com design
italiano. É uma ideia nova, que seguramos
um tempo para lançar para realmente vir
com o máximo de luxo possível e um custo-
benefício muito bom”, revela Carlos Renato
Motta, diretor da Ventura Marine, estaleiro
brasileiro com 35 anos de mercado, líder no
segmento de embarcações de 16 a 26 pés e um
dos principais expoentes do Rio Boat Show.
Preservando os detalhes da V380
ainda em segredo, a V300 mencionada
também será um dos destaques da
empresa durante o salão, em sua versão
Crossover. Com 9,25m de comprimento,
nos quais apresenta espaço de circulação
e passagem lateral para a proa, ela pode
acomodar até 16 pessoas e duas para
pernoite em uma cama de casal, além de
sua cabine possuir banheiro com ducha.
Esse é o segundo upgrade da Ventura
de 30 pés, que em sua versão inicial já foi
uma inovação por ser a primeira lancha
de proa aberta com cabine da marca e,
em 2014, ganhar a versão Open Deck,
com mais espaço na área social. “Nós
estamos sempre com novidades para
mostrar. Inclusive, reinventamos a forma
de fazer barco. Fomos o primeiro estaleiro
brasileiro a fazer barco de proa aberta
no país, no fim dos anos 1980. Agora em
2016, fomos o primeiro estaleiro a fazer
um barco de proa aberta com banheiro.
E continuamos os únicos”, ressalta Motta,
confidenciando que a Ventura prepara
outro grande lançamento, que todo mundo
vai adorar, “mas ainda é um segredo de
Estado dentro da fábrica”.
O mesmo estale i ro também é
responsável pela lancha V195, a mais
vendida da América Latina. Ideal para
navegar com a família em águas calmas,
como represas ou enseadas, ela mostra
agilidade e estabilidade nas manobras
e vem equipada com paiol para guardar
esquis ou prancha de wakeboard, bem
como lugar para instalar quatro alto-
falantes e mesa de centro.
A busca da marca pela inovação
influencia suas linhas de produção em
Manaus (AM), com foco exportador, e em
Capitólio (MG), voltada para o mercado
nacional. Atualmente, já existem modelos
de 35, 38, 41 e 45 pés, além de 50 e 60, que
são projetos prontos, já na fábrica, mas
feitos sob encomenda. “Agora temos uma
área nova com capacidade de fazer até 100
pés, que desenvolvemos em parceria com
a Yamaha, cujo know-how ajudou muito no
nosso desenvolvimento”, afirma o diretor.
A colaboração com a montadora japonesa
já acontece há alguns anos, sendo ela a
responsável pelo projeto Ventura (nome
dado para o modelo que é distribuído na
América Latina).
março 2018 • ed. 4 • pag. 19
FOTO
ZORO
SEIX
ASFO
TO ZO
RO SE
IXAS
NAVEGAÇÃO SOB MEDIDAQuase que imitando a arquitetura – e seu potencial
para a especificações de um projeto –, os modelos
de lancha oferecem muitas opções de detalhes, que
permitem ao comprador ter um produto personalizado.
Para muitos, é possível escolher as cores de quase
todas as partes – banco, faixa lateral, piso, capota –
e os acessórios, como mesas, suportes, sistema de
som e instrumentos para esportes aquáticos. Alguns
modelos, inclusive, possuem um design esportivo, de
forma que aceleram um pouco mais ou apresentam
mais estabilidade ao puxar um esqui, por exemplo.
“Além do gosto pessoal, as características dependem da
região em que a lancha é usada. Na região de represas,
como de Rifaina (SP) e Delfinópolis (MG), vemos lanchas
com características únicas, totalmente diferente das
de quem usa no mar”.
As opções variam de acordo com o tipo, mas
costumam incluir possibilidades de motor (diferentes
marcas, potência e combustível), kits (eletrônico,
churrasqueira, salvatagem, entre outros) e inúmeros
itens, como bússola, buzina, porta-varas, suporte
de defensas e tapete emborrachado.
Estaleiro Ventura
pag. 20 • ed. 4 • março 2018
A BORDO Select
MAIS LANÇAMENTOSParte da antecipação para a Rio Boat Show
está no segredo que os estaleiros tentam
manter a respeito de seus lançamentos –
como exemplificado pela Ventura. Mesmo
assim, alguns spoilers são inevitáveis, seja
por escolha da marca ou pela dificuldade de
“esconder” um barco.
Dessa forma, já sabemos que a Royal
Mariner lançará a RM 400. Assinado por
Alexandre Cianciulli, o modelo possui dois
camarotes e acomoda quatro pessoas em
pernoite. O convés principal apresenta um
espaço gourmet na popa, área para refeições,
cozinha, e solário para dois na proa da
embarcação. O estaleiro carioca Coral, por
sua vez, mostrará a versão cabinada da Coral
27 – que também ganhou maior largura no
casco, melhorando o aproveitamento da área
externa, e uma escada embutida na proa.
O evento também será palco para a estreia
da nova lancha de 60 pés do Cimitarra Yachts.
Ela possui duas suítes, um camarote à meia-
nau, uma sala multifuncional e um salão
personalizável. No total, essa embarcação
acomoda 16 convidados de dia e 11 em
pernoite.
Entre tantos modelos e possibilidades,
será que existe aquele considerado o principal
desejo da temporada?
“A gente sempre brinca
que o melhor barco é
sempre três pés a mais
que o seu (risos). Lógico
que os barcos maiores
despertam mais a
vontade das pessoas,
porque são praticamente
casas navegando na
água. Mas não diria que
existe um único barco
que todo mundo quer. Não é igual a Ferrari,
por exemplo, que é um carro-desejo. Barco
você almeja por tamanho e pelas suas
preferências”, afirma Motta.
“É muita gente nova descobrindo e querendo usufruir desse universo
[náutico]. Sentimos que os brasileiros
estão desenvolvendo essa vontade de ter um fim de semana
diferente, navegando”
V195
março 2018 • ed. 4 • pag. 21
Bia Doria durante a produção de uma de suas peças, em seu estúdio em São Paulo.
pag. 22 • ed. 4 • março 2018
PERSONA Select
naturezaLIBERDADE DE CRIAÇÃO. ESSE É UM DOS VALORES PRIMORDIAIS DE BIA DORIA, ARTISTA PLÁSTICA RECONHECIDA MUNDIALMENTE, QUE TEM COMO BASE NA ELABORAÇÃO DE SUAS PEÇAS CONTEMPORÂNEAS AS FORMAS INVOLUNTÁRIAS DA NATUREZA, REPRESENTADAS POR MATÉRIAS-PRIMAS COMO RESÍDUOS DE FLORESTA DE MANEJO, PRODUTOS SUSTENTÁVEIS E ÁRVORES NATIVAS RESGATADAS EM QUEIMADAS, DESMATAMENTOS, FUNDO DE RIOS E BARRAGENS
Que seja feita a vontade da
Por Joana Mortari | Fotos Samuel Melim
março 2018 • ed. 4 • pag. 23
ZUMM SELECT: FILHA DE
ITALIANOS, CRIADA NO INTERIOR,
BIA DORIA NASCEU ARTISTA?
Bia Doria: Cresci em uma
fazenda, no interior de Santa
Catarina, onde aprendi a respeitar
a natureza. Lembro-me de um dia,
quando criança, resolvi pintar as
videiras da fazenda, que estavam
secas por causa do inverno, para
deixá-las mais bonitas. Meu pai não
gostou, mas foi assim que descobri
minha vocação. Desde então, passei
a observar a natureza e a visualizar
obras de arte em árvores, galhos e
outros elementos naturais.
Z.S.: A MODA FEZ PARTE DA SUA FORMAÇÃO. QUAIS RESQUÍCIOS ESSA
PASSAGEM DE 12 ANOS DEIXOU NA SUA CARREIRA ATUAL?
B.D.: Percebi que existem semelhanças em se fazer um belo vestido e
esculpir uma obra. São artes que precisam de dedicação e criatividade.
Z.S.: VOCÊ COSTUMA CRIAR SUAS OBRAS A PARTIR DE GALHOS E
RAÍZES ENCONTRADAS EM FUNDOS DE RIOS OU SOBRAS DE DESCARTES.
PODEMOS DIZER QUE A MADEIRA É SUA MATÉRIA-PRIMA DE CRIAÇÃO
PREFERIDA?
B.D.: Madeira é a origem de tudo. A partir de formas existentes na natureza,
busco a harmonia e trabalho nessa matéria-prima. Todas as minhas obras
feitas em mármore, bronze, ferro, resina, antes foram esculpidas em madeira
para serem reproduzidas em diferentes materiais.
C om mais de 10 anos no universo fashion – ela trabalhou com
o grande Gregório Faganello –, Bia Doria se formou como
estilista, mas foi a Arte que ocupou sua vida profissional.
Dessa forma, transferiu as inspirações projetadas nos tecidos e joias para
obras que a “engolem” em seu ateliê (já que muitas delas ultrapassam os
4m de altura e chegam a pesar toneladas). Defensora do meio ambiente,
a também esposa de João Doria, atual prefeito da cidade de São Paulo,
acredita que existe um aumento na conscientização do homem em relação à
Mãe Natureza e assina algumas obras como forma de alerta para o assunto.
“O processo de olhar e cuidar do
meio ambiente é essencial.
Algumas de minhas esculturas
foram criadas como alertas em
relação aos danos que o homem
causa à natureza, como a Usina
de Balbina, na Amazônia, um
grande desastre ambiental.”
Florações
pag. 24 • ed. 4 • março 2018
PERSONA Select
Z.S.: VOCÊ É CONTRA PADRÕES ARTÍSTICOS. POR QUÊ?
B.D.: Porque acredito que cada trabalho é único, expressa sentimentos, que
são diversos e não padronizados. Valorizo a liberdade e a criatividade na arte.
Z.S.: AS CURVAS ESTÃO MUITO PRESENTES EM SUAS CRIAÇÕES. SERIA
UMA INSPIRAÇÃO NAS MULHERES BRASILEIRAS?
B.D.: Já desenvolvi uma série de esculturas inspiradas na silhueta da
mulher brasileira, mas, em geral, busco referência nos movimentos naturais.
Tenho uma série de esculturas com o título “Bailarinas da Natureza”, a
qual a minha observação é o movimento humano nos galhos das árvores.
“Além dos veios da madeira realçados, tenho preferência
por algumas cores que são bem marcantes, como o azul Yves
Klein, o branco, o preto e o dourado. O vermelho Carmin, por
exemplo, uso como protesto em relação às agressões sofridas pela natureza, mas também me remete
à força, a felicidade e o amor.”
Em algumas de suas obras, Bia manifesta as agressões contra a natureza.
março 2018 • ed. 4 • pag. 25
Z.S.: QUAIS SÃO AS CORES QUE REPRESENTAM SUA ASSINATURA?
B.D.: Além dos veios da madeira realçados, tenho preferência por
algumas cores que são bem marcantes, como o azul Yves Klein, o branco,
o preto e o dourado. O vermelho Carmin, por exemplo, uso como protesto
em relação às agressões sofridas pela natureza, mas também me remete
à força, a felicidade e o amor.
Z.S.: QUAL FOI A OBRA QUE CONSUMIU MAIS TEMPO?
B.D.: Uma escultura em mármore, um dorso feminino
de 4m de altura encomendada por um colecionador
português, a qual passei mais de um ano para esculpir.
Foi um desafio!
Z.S.: QUAL É O TAMANHO DO SEU ATELIÊ? AFINAL,
SUAS PEÇAS SÃO ENORMES, PESADAS E PRECISAM
TER UMA ESTRUTURA PRÓPRIA PARA ISSO...
B.D.: Tenho um espaço com mais de 1000m²,
onde posso fazer minhas obras e armazená-las com
segurança.
Z.S.: SUAS CRIAÇÕES A REPRESENTAM EM VÁRIAS
PARTES DO MUNDO. EM QUAIS FUTURAS EXPOSIÇÕES
PODEMOS ESPERAR MAIS DE BIA DORIA?
B.D.: Brevemente, estarei no circuito italiano, mas as cidades ainda
estão sendo definidas.
Z.S.: SUSTENTABILIDADE É SUA BANDEIRA. COMO ENXERGA ESSE
CENÁRIO EM NOSSO PAÍS? AS PESSOAS ESTÃO COM MAIS CONSCIÊNCIA
SOBRE A NECESSIDADE DE CUIDAR DO MEIO AMBIENTE?
B.D.: O processo de olhar e cuidar do meio ambiente é essencial.
Algumas de minhas esculturas foram criadas como alertas em relação
aos danos que o homem causa à natureza, como a Usina de Balbina, na
Amazônia, um grande desastre ambiental. Acredito que há movimentos
válidos de conscientização em relação ao meio ambiente, mas ainda é
preciso melhorar e muito.
Z.S.: PARA AS MULHERES, INDEPENDENTEMENTE DO RAMO EM QUE
TRABALHAM, QUAL SERIA SUA DICA PARA QUE POSSAM CRESCER?
B.D.: Trabalhar com muita dedicação e paixão no que gosto é a forma
que encontro para me desenvolver profissionalmente. E é meu conselho
para quem quiser crescer nesse sentido.
“Percebi que existem semelhanças em se fazer um belo vestido e esculpir uma obra. São artes que precisam de dedicação e criatividade.”
Escultura abstrata em
madeira
Escultura de parede
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PERSONA Select
Untitled-3 1 1/22/18 11:16
COM UM OLHAR GLOBAL E CRIATIVO VOLTADO AOS NEGÓCIOS, O EMPRESÁRIO REGINALDO FONSECA É O CÉREBRO BRILHANTE POR TRÁS DA CIA PAULISTA DE MODA, UMA DAS EMPRESAS MAIS CONECTADAS ÀS TENDÊNCIAS INTERNACIONAIS E À DIVERSIDADE ESTÉTICA QUE ESSE UNIVERSO REVELAM ATUALMENTE
Ditando MOD A
Por Mariana Campos | Fotos Divulgação
Em 2017, a equipe de Reginaldo Fonseca foi responsável pelo Fashion For You, evento de moda com diversas ações que movimentaram o RibeirãoShopping, possibilitando a troca de informação com o público e gerando negócios.
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HYPE Select
C om sede em São José dos Campos (SP), a Cia Paulista de
Moda já desenvolveu projetos exclusivos para clientes no
Brasil, Portugal, Peru, Chile, Espanha, França, Dubai, Panamá,
Colômbia e continente africano, onde, em 2014, foi a responsável pela
direção-executiva do Angola Fashion Week. “Esse foi um evento incrível
e conseguimos trazê-lo para esse momento transformador da moda
mundial. Exigiu muito de nós! Precisou ser feito com responsabilidade,
cautela e uma logística louca e precisa. Se mesmo dentro do Brasil, nas
cidades do Norte, por exemplo, enfrentamos diferenças culturais, imagine
na África!”, ressalta o consultor Reginaldo Fonseca.
A empresa é responsável por ações, consultorias e eventos do setor
fashion para shopping centers, tecelagens, grupos e marcas e, segundo
Reginaldo, esses são os melhores meios para aproximar a moda do
consumidor final. “Acredito na comunicação, informação e interatividade
quando o assunto é moda. Afinal, já faz tempo que ela deixou de ser moda
no mundo. E nada fica parado, sem vida. Um manequim na vitrine, sem
nenhuma informação, jamais conseguirá atrair venda. Por esse motivo que
as ações com estratégias passaram a ter muita força na última década.
Além disso, vivemos na era do consumo consciente, por mais inconsciente
que ele seja”, afirma.
Com seu jeito visionário e criativo, o empresário acredita muito no
potencial brasileiro perante a indústria mundial. Para ele, o Brasil é um
país incrível, com uma beleza humana incomparável, com uma moda
criativa e com a nossa cara. “Sei que ainda falta muito, mas tenho certeza
que um dia chegaremos lá. Gostamos de nos vestir bem, de cores vivas
e vibrantes. Temos espírito globalizado e o que aparece nas principais
passarelas internacionais nos atrai. Adoraria que a moda brasileira estivesse
presente no mundo inteiro... mas tudo tem o seu tempo”.
“Analisamos o potencial da cidade ou do
empreendimento onde estamos trabalhando,
e introduzimos a moda de uma forma
natural, prazerosa e informativa. Não foi
fácil fazer da Cia a empresa número um do
Brasil em relação às ações de moda voltadas
para o consumidor final. É um trabalho
gigante, porém, muito gratificante”
Angola Fashion Week
Reginaldo Fonseca
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MODA Select
Winter MOOD AS TENDÊNCIAS DO INVERNO 2018 DAS PRINCIPAIS MARCAS DO HIGH FASHION NACIONAL JÁ FORAM REVELADAS E PROMETEM GANHAR ESPAÇO NO CLOSET E NO STREETSTYLE DOS DIAS DE TEMPERATURA MAIS AMENA EM TERRAS TROPICAIS
Por Mariana Campos | Fotos Divulgação
Trama brilhanteO colorido vibrante dos anos 1980 chega sem timidez por meio do lurex, como proposto pela PatBo. Com seu brilho na medida, o tecido foi presença constante nas últimas semanas de moda internacionais e caiu no gosto das brasileiras.
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Mix & matchTudo misturado e, ao mesmo tempo, conversando em plena harmonia. Uma alquimia de cores e estampas que juntas resultam em um look interessante e repleto de personalidade.
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MODA Select
Unindo clássicos O xadrez que leva o nome de Príncipe de Gales faz uma parceria certeira com o estilo do momento, o “power dressing”, que traz blazers, calças de alfaiataria e conjuntinhos de corte reto e imponente. [Ambas as imagens são da coleção de inverno da Shoulder]
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Vinho quenteA versão mais escura e sóbria do vermelho é a aposta da Mixed e, independentemente dos rumos das passarelas, funciona como novo neutro no armário para esquentar as produções.
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MODA Select
It-peçaA salopete chega para dividir espaço com o macacão e a jardineira. Com camisas arrumadinhas ou com t-shirts divertidas, esse modelo da A. Niemeyer pode transitar em qualquer ocasião do dia.
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FOTO
DIV
ULGA
ÇÃO
FOTOS ZORO SEIXAS
FOTO
ZORO
SEIX
AS
DEI DUEO midi da estilista Renata Campos é peça-chave para ter no
armário nesse inverno. Ele traz o DNA inovador da marca
que tem um modelo especial de elaborar a malharia, as
tramas e as texturas do tricô.
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STELLA MCCARTNEY Produzida de maneira sustentável, como todos os produtos da grife
britânica, a bolsa tiracolo traz à tona a onda “estrela mania” que vem
estampando de forma divertida a moda atual.
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ANTONIO CARLOS JOALHEIROS Delicadeza em forma de diamantes define
essas joias que têm passe livre para brilhar em
produções casuais ou festivas.
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WISH LIST Select
TOM MÍSTICO
ALÉM DE REPRESENTAR O SÉTIMO CHACRA, CHAMADO DE CORONÁRIO, O VIOLETA
SIMBOLIZA O EQUILÍBRIO, JÁ QUE SEU TOM É A MISTURA IGUALITÁRIA ENTRE O VERMELHO
E O AZUL. ELEITA A COR DO ANO, O ULTRA VIOLET, SEGUNDO LEATRICE EISEMAN,
DIRETORA EXECUTIVA DO PANTONE COLOR INSTITUTE, TRANSMITE ORIGINALIDADE,
ENGENHOSIDADE E PENSAMENTO VISIONÁRIO
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Por Mariana Campos | Fotos Divulgação
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HIT Select
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Saia Framed para Gallerist
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Colar Swarovski
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Casaco Emilio Pucci
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Brincos Talento
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Sandálias Zattini R$119,90
Vestido Alphorria R$779,90
PROTETOR SOLAR:essencial ou dispensável?ADEPTA AOS PRODUTOS NATURAIS ALIADOS À BIOTECNOLOGIA, ROSELI SIQUEIRA, UMA DAS ESTETICISTAS E COSMETÓLOGAS MAIS CONCEITUADAS DO PAÍS, EXPLICA COMO A OBSESSÃO PELO FILTRO SOLAR PODE SER INIMIGA NÚMERO 1 DA PELE
Por Mariana Campos | Fotos Divulgação
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BEAUTY Select
O ritual diário de aplicação do protetor solar
recomendado pelos dermatologistas cai
por terra de acordo com a cosmetóloga
Roseli Siqueira, que há 30 anos desenvolve tratamentos
e cosméticos naturais para suas clientes, muitas
delas, celebridades que não abrem mão de visitas
frequentes a sua clínica em São Paulo. “Os filtros solares
industrializados possuem fórmulas químicas tóxicas
que tiram a resistência da pele e podem trazer danos
à saúde, como o câncer. Devemos tomar sol todos os
dias, começando de forma gradativa, com 15 minutos
no mínimo. Ele é necessário para trazer vitalidade ao
nosso corpo, além de ser essencial para os ossos e
fonte de vitamina D. Com a idade, a pele afina, fica
flácida e perde o tônus. O mesmo ocorre com quem
fica trancado o dia todo no escritório, diariamente. O
sol ajuda a aumentar a resistência da pele para o frio
e calor, pois a deixa mais espessa”, explica.
Mas e os malefícios dos raios UVA e UBA? Expostos
a eles, a pele ficará enrugada? Roseli explica que isso
só acontece se passarmos o dia todo no sol e que o
grande segredo para proteção é cuidar da pele de
fora para dentro, fazendo com ela fique fortalecida e
hidratada, sempre. Nessa hora, entram em cena os óleos
naturais de coco, girassol, gergelim e o proveniente da
árvore de baobá, os quais melhoram os lipídios e são
antioxidantes – cuidado com os óleos sintéticos, eles
podem fritar a pele no sol! Já a máscara à base de
abóbora, desenvolvida por Roseli, possui aminoácidos
capazes de fortalecer os fibroblastos e a melanina,
sendo indicada para uso enquanto tomamos sol.
Outro produto que também faz parte de sua linha
de cosméticos é o fitoprotetor a base de café verde:
um antioxidante responsável por aumentar a defesa
da pele, permitindo que ela reaja contra a irradiação.
Para Roseli, outro grande problema são os tratamentos
estéticos como lasers, botox e pellings, que, em sua
visão, agridem a defesa natural da pele e a deixam mais
sensível, o que pode resultar em manchas a qualquer
exposição ao sol. “A máscara de flores com maracujá,
camomila, calêndula e flor de lótus está no combo de
tratamentos que recomendo atualmente. Ideal para
nivelar a cor da pele, possui efeito desintoxicante. Já o
serum D’Pomme à base de células tronco de maçã age
na camada germinativa, a mais profunda da pele. Lave
o rosto pela manhã apenas com água, pois o sabonete
altera o PH. Esqueça as borrifadas de água termal, elas
contêm álcool!”, enfatiza a cosmetóloga.
“Os filtros solares industrializados
possuem fórmulas químicas tóxicas
que tiram a resistência da pele e podem trazer danos
à saúde, como o câncer. Devemos
tomar sol todos os dias, começando de
forma gradativa, com 15 minutos
no mínimo. Ele é necessário para
trazer vitalidade ao nosso corpo, além
de ser essencial para os ossos e fonte
de vitamina D”.
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Entregue ao
DEPOIS DE DEIXAR A NBA E VOLTAR AO SOLO NACIONAL – PRECISAMENTE PARA FRANCA, INTERIOR DE SÃO PAULO –, LEANDRINHO BARBOSA FALA SOBRE SUA COMPLETA DEDICAÇÃO COMO ARMADOR, READAPTAÇÃO ÀS REGRAS DO JOGO NO BRASIL E DA FELICIDADE DE JOGAR PELO TIME DA CIDADE QUE POSSUI UMA TORCIDA APAIXONADA PELO ESPORTE
D edicação e disciplina (o tempo todo!) são alguns dos fatores que levaram
Leandro Mateus Barbosa, mais conhecido como Leandrinho, a conquistar seu
espaço no basquete internacional. Ele, que fez parte da NBA (National Basketball
Association), principal liga do esporte no mundo, e deixou marcas positivas em times como
Phoenix Suns, Toronto Raptors, Indiana Pacers, Boston Celtics, Washington Wizards e Golden
State Warriors, retornou à nação verde e amarela no início de 2018, para vestir a camisa do
Franca Basquete. “Estou muito feliz em fazer parte de uma equipe de tradição na modalidade,
com fãs apaixonados e organização para desenvolver um bom trabalho”, afirma o ala-armador.
Além de boas lições que os grandes jogos na América do Norte lhe renderam, a entrega
de 100% ao basquete foi uma das que mais aprendeu e deu resultado. Claro que Leandrinho
também tem algumas “cartas na manga” para manter o sucesso, como a arnica e o feijão com
fígado, consumidos diariamente pelo atleta.
Por Joana Mortari | Fotos Divulgação
Agora no Brasil, Leandrinho acumula passagens por times internacionais
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PODIUM Select
março 2018 • ed. 4 • pag. 43
Conhecido em quadras estrangeiras como “The Brazilian
Blur”, devido sua alta velocidade de movimentação, ele
pretende, nessa nova fase, apresentar o melhor trabalho
para sua carreira e equipe, pois acredita na capacidade de
seus companheiros e da comissão técnica, comandados
por Hélio Rubens Garcia Filho.
Levando nos jogos e na vida um cordão dado pela mãe
como proteção, Leandrinho acredita que o Brasil pode
subir o nível do basquete, contando com uma melhor
organização e planejamento. “Apoio aos clubes para que
possam revelar novos jogadores também é algo muito
importante”, ressalta.
Dono de algumas críticas em relação aos critérios de
arbitragem do NBB (Novo Basquete Brasil), com um perfil
mais solto de jogo e pelo qual se pautou durante os 10 anos
fora do país, o ala-armador do Franca aponta a readaptação
como necessária para um melhor rendimento. “Vestindo a
camisa da Seleção Brasileira de Basquete, fizemos dois bons
jogos em Goiânia, contra a Colômbia e o Chile. Tivemos o
apoio da população de Franca, que realizou uma grande
festa. Precisamos sempre desse apoio!”.
As filhas e os amigos fazem parte de seus momentos
fora de quadra, os quais Leandrinho sentia muita falta nos
Estados Unidos e, agora, pretende curtir ao máximo! “Está
sendo muito bom!”.
Ao lado do técnico Hélio Rubens Garcia Filho, o jogador pretende melhorar ainda mais os índices do Franca Basquete.
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PODIUM Select
A melhor versão de si mesmo
ELE MUDOU TOTALMENTE SEU ESTILO DE VIDA E ADOTOU NOVAS PRÁTICAS ESPORTIVAS, MAS CONTINUA COM O MESMO CARISMA (OU ATÉ MAIS!) NAS TELAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS. SAIBA COMO LEANDRO HASSUM ELIMINOU DEZENAS DE QUILOS E QUAL FOI A SENSAÇÃO DE PARTICIPAR DE SUA PRIMEIRA CORRIDA DE RUA, EM 2018
Q uando os 150kg de Leandro Hassum começaram a
comprometer seus movimentos em cena, o ator, comediante
e diretor sentiu que era hora de mudar fisicamente. “Apesar
do meu peso, sempre fui uma pessoa ativa. Mas, com o passar dos anos,
as articulações ficaram sobrecarregadas. Na época que decidi fazer a
cirurgia bariátrica, não tinha nenhum problema de saúde, mas era uma
bomba relógio. Alguma coisa poderia acontecer de uma hora para outra!
Então, resolvi me antecipar e mudar a minha vida”.
E a mudança não aconteceu apenas na balança. Hassum conta que
tudo passou a ser uma nova experiência, desde conseguir amarrar o
sapato – coisa que, com seu peso antigo, era praticamente impossível –
até comprar roupas em qualquer loja, fugindo dos modelos plus sizes.
“Hoje me alimento com inteligência, comendo o necessário para matar a
fome e nutrir o corpo. Antigamente, comia o tempo todo, sempre aquelas
besteiras que todo mundo adora, mas sem nenhum tipo de controle.
Acabava de almoçar e já estava atracado com uma barra de chocolate.
Hoje nem que eu quisesse conseguiria fazer isso”.
E aquela história do “gordinho engraçado” acabar perdendo a simpatia
junto com os quilos a menos? O ator rebate e enfatiza que jamais teve
esse medo, que a mudança de estilo de vida veio para aprimorar sua
saúde e que a carreira é independente disso.
A PRIMEIRA CORRIDA DE RUARecentemente, apoiado pela Colgate Total 12, Hassum realizou sua
primeira corrida de rua, a Corrida de São Sebastião, que leva o nome
do padroeiro da cidade do Rio de Janeiro. Essa era uma vontade que há
tempos rondava o ator e o convite da marca, segundo ele, foi o incentivo
que faltava para realizar mais essa etapa no seu novo estilo de vida.
“Comecei há alguns meses a correr na rua e estou aumentando o percurso
de forma bem gradual. Mas isso nos Estados Unidos, em uma temperatura
de -4ºC. Confesso que fiquei nervoso em como seria o meu desempenho
diante do calor do Rio de Janeiro. Contudo foi melhor que eu esperava e
aguentei numa boa! Minha meta agora é correr 10km!”.
Além da corrida de rua, a musculação, o surf, o stand up paddle e o golfe
são as novas práticas esportivas que conquistaram o comediante. “Tenho
uma rotina que une a alimentação equilibrada, a prática de exercícios físicos
e a higiene bucal. Esses são hábitos com os quais não me preocupava
antes e agora cuido da minha saúde de forma completa, encontrando
assim uma melhor versão de mim mesmo”.
Apoiado 100% pela mulher e pela filha em seu “novo modo Hassum de
ser”, o ator está em busca, na carreira, da sua projeção internacional. Em
2018, Hassum estará no cinema com três filmes: “O Amor dá Trabalho”, “Não
Se Aceitam Devoluções” e “O Candidato Honesto 2”. “Outras novidades vão
surgir, mas ainda não posso revelar nada. Acompanhem as novidades na
minha página do Instagram e no meu novo site!”.
Por Joana Mortari | Foto Divulgação
Leandro Hassum
pag. 46 • ed. 4 • março 2018
SUPERAÇÃO Select
Por Amanda Pioli | Fotos Divulgação
Legado imperialOCUPADA POR PALÁCIOS E IGREJAS COM DIMENSÕES FARAÔNICAS, QUE RESGATAM A GRANDEZA DO PASSADO, A RÚSSIA VOLTA A DESPERTAR O INTERESSE DOS VIAJANTES QUE DESEJAM CONHECER ESSA NAÇÃO CHEIA DE TRADIÇÕES E MISTÉRIOS
pag. 48 • ed. 4 • março 2018
PELO MUNDO Select
U ma nação que é um enigma
para muita gente, quando não,
uma contradição. Nos livros
de história, ela é considerada uma vilã pela
porção ocidental do mundo (liderada pelos
Estados Unidos), que a associa com comunismo
e Guerra Fria; no entanto, se firma como uma
potência econômica e se abre cada vez mais
aos visitantes. Essa é a Rússia pelos olhos do
mundo. Mas o que realmente é essa Federação?
Para começar, é a sede da Copa do Mundo
FIFA 2018 – o que, sem dúvida, a colocou
no radar dos brasileiros. Serão 12 estádios
distribuídos em 11 cidades consideradas “as
mais importantes” pela FIFA e pelo Comitê
Organizador Local: Moscou (capital), São
Petersburgo (segunda maior do país), Sochi
(que recebeu a Olimpíada de Inverno de 2014),
Kazan (com importância histórica), Samara,
Rostov do Don, Níjni Novgorod, Volgogrado,
Saransk, Ecaterimburgo e Caliningrado, a
qual, para a confusão de muitos, é separada
do território russo, estando situada entre a
Lituânia e a Polônia. Todas elas estão na parte
europeia da Rússia.
Afinal, o Estado com maior área do planeta
(cerca de duas vezes o tamanho do Brasil!)
integra a Europa e a Ásia, sendo ainda o nono
mais populoso do mundo, com cerca de 145
milhões de habitantes. Diferente da trajetória
de seus irmãos europeus, a Rússia tem uma
origem viking, a qual se seguiu o domínio
do Império Bizantino e de suas tradições do
cristianismo ortodoxo, que deixaram marcas
definitivas no país.
É devido ao estilo bizantino que, logo à
primeira vista, o cenário é impressionante:
palácios e igrejas com dimensões faraônicas,
de influência clássica greco-romana e oriental,
cuja principal característica é a utilização de
cúpulas, meias cúpulas e torres. Um dos
expoentes dessa arquitetura é a Catedral de
São Basílio, que marca o centro geográfico de
Moscou e é considerada o símbolo terreno da
“Cidade celestial”. Ao conhecê-la, assim como
outros templos do país, o visitante deve ficar
atento às regras de comportamento para não
ofender a Igreja ou os devotos. Normalmente,
mulheres devem cobrir a cabeça e não deixar os
ombros à mostra. Homens, por sua vez, devem
tirar chapéus e não usar shorts.
Composta por 10 igrejas ao redor de um
edifício central, sendo cada uma dedicada a um
dos santos em cujo dia o Czar Ivan, o terrível
ganhou uma batalha, a catedral faz parte do
complexo fortificado Moskovsky Kreml, que
inclui cinco palácios, quatro catedrais e uma
muralha com torres.
Moskovsky Kreml em Moscou
março 2018 • ed. 4 • pag. 49
CULTURA EM EFERVECÊNCIAAmplamente conhecida por ser uma das cidades mais
ocidentalizadas da Rússia – e talvez por isso uma das mais
visitadas por estrangeiros –, São Petersburgo é a segunda maior
da Federação, bem como seu centro financeiro e industrial. O
passado também está muito presente em suas ruas, com 36
complexos de arquitetura histórica e cerca de 4 mil monumentos
históricos e culturais, segundo a UNESCO. Entre eles, é impossível
não se impressionar com o Palácio de Inverno, construído para
receber os czares durante essa estação por quase 200 anos.
No total, 1.786 portas e 1.945 janelas compõem a construção
verde e branca, de escala monumental, símbolo do poder da
Rússia Imperial.
Os números da cidade outrora nomeada de Petrogrado e
depois Leningrado (de acordo com o contexto histórico do
momento) que impressionam não param por aí: são 221 museus, 2
mil bibliotecas e mais de 80 teatros, entre outros centros culturais.
VODKA!Nascida na Europa Oriental, a vodka é uma bebida típica nos países
onde faz muito frio – entre os quais a Rússia aparece como maior expoente!
E embora esse destilado seja um velho conhecido nosso, seu consumo é
regido por tradições (praticamente religiosas de tão sérias), que não devem
ser desrespeitadas entre os russos.
Então, ao visitar o país, vá preparado para tomar vodka, já que recusá-la
é considerada uma grande ofensa. E nem pense em “aliviar o golpe” pedindo
por alguma mistura. Vodka é feita para ser consumida pura! No máximo,
peça por um copo de água ou limão para limpar o paladar na sequência.
Também é tradicional comer algo depois de cada shot.
Vista da Catedral de Santo Isaac em São Petersburgo
pag. 50 • ed. 4 • março 2018
PELO MUNDO Select
ATRAVESSANDO O PAÍS DE TREMPara os mais aventureiros ou encantados
por paisagens de tirar o fôlego, é possível
atravessar a Rússia de oeste a leste – e,
depois, estender para Mongólia e China
se quiser – a bordo de um único trem, o
Transiberiano.
Com mais de 9.000km em solo russo,
a ferrovia, que teve grande importância
na autonomia territorial e economia
nacional, passa por seis fusos horários
e leva cerca de sete dias para realizar o
trajeto principal, que começa em Moscou
e termina em Vladivostok, após passar por
outras 10 cidades.
Mas existem variações de rota
que diversificam as possibilidades de
viagem, principalmente para quem não
tem disponibilidade ou coragem para
passar tanto tempo no trem. A linha
Transmongoliana sai do território russo para
entrar na China, onde segue até Pequim,
passando ainda por Ulaanbaatar, capital
da Mongólia. A Transmanchuriana também
tem Pequim como destino final, mas corta
outras cidades chinesas e coincide com a
Transiberiana até Tarskaya. Por fim, há a
linha Baikal-Amur, que liga o Lago Baikal,
no sul da Sibéria, ao Rio Amur, na fronteira
com a China.
O trem não é o único transporte que
acaba se tornando uma atração à parte. A
linha de metrô de Moscou também tende a
impressionar os visitantes, especialmente
por causa de suas estações incrivelmente
bem conservadas e datadas de 1930, época
que define seu estilo de paredes
e pisos de mármore, candelabros
e vitrais.
E uma vez que o trânsito das
principais cidades é insano, a linha
metroviária é uma ótima opção e
totalmente acessível. O custo de
uma viagem de Moscou a São
Petersburgo, por exemplo,
custa em torno de 35
rublos (moeda oficial da
Rússia), equivalente
a menos de R$3.
março 2018 • ed. 4 • pag. 51
ALMA INQUIETAA NECESSIDADE DE SE EXPRESSAR E A VONTADE DE SE CONECTAR COM AS PESSOAS SÃO AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS DO ARTISTA PLÁSTICO GUI CALIL, QUE ENCONTRA NA AFLIÇÃO SEU PRINCIPAL GATILHO DE INSPIRAÇÃO
Por Amanda Pioli | Fotos Divulgação
pag. 52 • ed. 4 • março 2018
EXPRESSÃO Select
E u sempre pintei como forma de expressar minha existência,
mais que para qualquer outra coisa”. É com essa frase – a
qual resumidamente tanto expressa – que o artista plástico
Gui Calil começa a falar sobre seu trabalho com acrílico sobre tela (suporte
utilizado na maioria das vezes), numa tentativa de explicar o início de
sua história com as artes e as inspirações das obras que hoje ocupam
temporal e metaforicamente a sua existência. Sua biografia pode ser
dividida em duas partes graças à vida e a forma com que ela acontece – na
qual, segundo o artista, nada é por acaso. “Não acredito em coincidência”.
Descendente de sírios e com o comércio nas veias, sua família alcançou
o sucesso à frente de uma gráfica e Gui sempre teve a certeza que nasceu
para trabalhar. Desde pequeno, em meio às impressoras e as tintas, tinha
como hobby desenhar, enquanto aprendia sobre tipografia, tipologia,
cores, técnicas... todo o conhecimento adquirido ali logo se bifurcou entre
ocupação e paixão. “O design no geral sempre me encantou. E a busca
incessante pela estética em meu trabalho veio ao encontro da necessidade
de me expressar”. Mesmo formado em publicidade, a vontade de estudar
as várias formas de arte continuou norteando seu interesse, o qual, por
volta de 2000, passou a se manifestar no formato de criações em acrílico.
Mas, como já dito, a interferência natural da vida acabou colocando a
produção do artista em estado de repouso, durante o período no qual o
papel de empresário falou mais alto – ou pelo menos, demandava mais
tempo. Até que, em 2014, suas prioridades ganharam nova perspectiva.
“Fui levando a vida e esqueci o que era pintar. Quando, no dia sete de
janeiro, meu filho mais novo nasceu e teve que enfrentar uma cirurgia.
Foi uma ‘puta’ de uma pancada. Cheguei ao limite do estresse, quando
um amigo, ou melhor, um anjo, me lembrou que eu pintava. Comprei um
rolo de canvas e ali comecei a liberar tudo aquilo que estava sentido”. Foi
o recomeço. Tanto que, hoje, classifica aquele ano como o “mais insano”
produtivamente falando – ambos na quantidade e na aflição que o motivou.
““Restriction”, 4,63x1,65m, 2017
Gui Calil e seu filho
março 2018 • ed. 4 • pag. 53
MÚSICO FRUSTRADO; ARTISTA AFLITOSe pudesse escolher, sua arte seria a música. “Acho
divino o ato de fazer música. Mas eu sou uma tragédia”,
revela. Entretanto, longe de se deixar dominar pela
frustração, ele a converteu em inspiração, em uma de
suas forças para transformar seu fluxo de sentimentos
em arte. “Fiz um tríptico [composição de três painéis]
depois de assistir a um filme que se encerra em uma
ópera. Eu, que sou roqueiro, fiquei atônito. Chorei vendo
as cenas e, quando cheguei ao Brasil, precisava pintar. A
música, a cena, aquela energia, me movimentou de uma
forma tão intensa que precisava me expressar. Adoro
esse tríptico. Delicioso, aflito e denso. Reflexo do espaço
onde aquela cena me colocou. É nessa visceralidade que
acredito. Na expressão da alma!”.
Além da decepção com a falta de talento musical, a
ansiedade com os cuidados que seu filho demandou
por mais de um ano, acabou definindo a força motriz
de suas criações, nas quais brinca com cores e sombras
para criar jogos visuais de diversas naturezas. De acordo
com a descrição em seu site pessoal, seu trabalho é
uma transcrição em cores de seus anseios viscerais,
uma verdadeira "estética da alma".
E quando fala em aflição, que define como seu gatilho,
ele não a usa no sentido negativo, aquele quase sempre
empregado. Ele se refere a um desejo de transformar, de
seguir em frente, de se expressar para entender. “Esses dias,
me deparei com uma foto incrivelmente forte no Instagram.
Virou obra! Às vezes, você se inspira pela estética de algo
absolutamente inesperado.
Não raro, não tenho um
plano. Sou movido para
o estúdio, respiro, e me
entrego às tintas. É algo
muito visceral. Algo que
merece ser expressado
porque ficar guardado não
completa o ciclo”.
Essa linha sentimental
de suas criações se revela
um paradoxo, inclusive para ele mesmo, já que, desde
a infância, entre projetos gráficos, sempre deu muita
importância para o design. E embora ainda acredite na
importância da estética, a arte, para ele, é intuitiva, “é
a combinação de mil coisas, enquanto a gente tenta
entender quem somos”.
“Imagina conseguir encontrar um lugar para manifestar
crenças, anseios e tormentas. Eu encontrei o meu. Na tela.
Encontrei um espaço onde manifestar todas as minhas
aflições e desejos, e isso tem me levado a conversar com o mundo.
A conectar minha alma”
“Deep Love”, “Lonely Nights”, “Frosty Scratches”, 0,80x1,05m cada, 2017
pag. 54 • ed. 4 • março 2018
EXPRESSÃO Select
ARTE SEM LEGENDAA “oficialização” – ou seja, reconhecimento perante
aos demais – da carreira artística de Gui Calil aconteceu
como a própria arte em sua vida: pelo aparente acaso
(mas, de novo, não por acaso). Enquanto viajava a
Miami (EUA) para estudar o local onde poderia abrir
um restaurante com seu amigo Tullio Santini Jr, ele
conheceu uma profissional do mercado imobiliário
local, para quem, como agradecimento, enviou uma de
suas pinturas. Encantada, ela o colocou em contato com
pessoas do universo das artes e, logo, o agora pintor
assinou com uma agente em São Paulo.
Para ele, essa conexão com novas pessoas ou até
mesmo com antigos conhecidos, mas de uma forma
diferente, é uma das partes mais bacanas da arte – e
o principal “tesão” para continuar criando. “Gosto de
conversar e acho incrível conhecer pessoas. Você sai
melhor do que chegou, sai sempre transformado. Deixa
algo ali, leva algo consigo”. Dessa maneira, Gui espera
que suas obras abram um canal de comunicação e
conexão, e façam as pessoas entrar em contato com
algo mais abstrato, menos ligado a essa realidade
física em que vivemos. De outro lado, quem observa
essas criações tem a oportunidade de oferecer ao
artista novas interpretações e formas de pensar e
agir, independentemente do que o artista pensava
ao criar. “Não raro, o público me ajuda a ler o que eu
não vi fazendo. Por isso, sempre questionei muito arte
com legenda. Sinto que não é algo para explicar. Acho
incrível as pessoas serem levadas pela obra a um ponto
que eu não previa. É óbvio que elas recebem todo um
sentimento meu, que é o que trato na minha arte.
Mas descobrir o que elas estão sentindo me ajuda a
completar essa história”, garante.
“Acredito na simplicidade das coisas.
O estado humano é que complica demais.
Quando você se entrega de alma, o resultado é
simples e você é capaz de interagir mais pessoas”
“Ego 3”, 1,58x2,42m, 2015
"Painful Hope” 1,65x1,17m, 2014
março 2018 • ed. 4 • pag. 55
CONTINUIDADEAgora, quase quatro anos depois de sua retomada – a
partir do nascimento do seu filho e do seu renascimento
artístico, e com dezenas de obras –, uma boa parte da
vida do empresário-artista é dedicada a suas criações.
“Não foi algo que planejei e considero um
grande privilégio. Minha história ainda se
divide muito com minhas outras ocupações,
mas tem tomado um rumo cada vez maior.
E quero me dedicar mais e mais. 2018 é
um ano para produzir novidades, com uma
efervescência muito encantadora”.
E ainda tendo como único traço
característico constante o acrílico, Gui
também pretende que esse seja o ano das
experimentações, que já passam por couro,
metal e até concreto (inspirado pela poesia de mesma
definição). Para quem se pergunta se algo limita o artista:
aparentemente não! “Como sempre digo, triste não
é mudar de caminho; é não enxergar caminhos novos
para trilhar”.
“Tudo no mundo físico é definido pelo seu olhar. Acho que esse é o resumo. Quando alguém vê alguma coisa diferente, é a sua ótica construindo seu
mundo. E, nesse sentido, o outro é uma construção nossa e que me ajuda a pensar quem sou
eu. O outro me faz refletir”
“Travessia”, 2,60x2,10m, 2017
pag. 56 • ed. 4 • março 2018
EXPRESSÃO Select
PERSPECTIVA ILUSTRADA DO DETALHE DA FACHADA
A E S S Ê N C I A D O L U X O
C O N T E M P O R Â N E O .
S E G U N D A A S Á B A D O D A S 9 H À S 1 9 H | D O M I N G O D A S 9 H À S 1 3 HV I S I T E A C E N T R A L D E N E G Ó C I O S
L A N Ç A M E N T O
A M B I E N T E S
I N T E R N O S
1 7 0 M ²0 4 S U Í T E S
0 3 V A G A S
A O L A D O D O S H O P P I N G I G U A T E M I
Registro de incorporação nº R04, matrícula 160.957 do 2º Oficial de Registro de Imóveis de Ribeirão Preto. Todo e quaisquer móveis, objetos de decoração, paisagens, vinculados em folhetos com descritivo “perspectiva ilustrada” são meramente ilustrativos e não fazem parte do objeto do contrato. Na entrega de empreendimento, estas ilustrações, desenhos, modelos poderão apresentar diferenças. A vista apresentada nas imagens é meramente elucidativa, não sendo a fotografia exata do local do empreendimento. bildexklusiv .com.br
16 3797 6363Av. Professor João Fiúsa, 2340 - Ribeirão Preto/SP.
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