mep comunidades newsletter1 out2010
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#1
Melhor é Possível para a Diáspora!
Editorial
Centenário da República P1
Campanha Sensibilização para
Inscrição nos Consulados P3
Espaço de Reflexão MEP P4
Notícias das Comunidades P5
Jogos da Polis P7
Coordenador Editores João Ferreira Jorge Lourenço Vanda Santos
Participe neste projecto! Contacte-nos: Email: mep.comunidades@gmail.com W: www.facebook.com/mep.comunidades
Editorial
Caros Portugueses e Luso-descendentes,
Bem Hajam!
Foi com grande alegria que o MEP Comunidades decidiu
lançar a sua primeira Newsletter, que felizmente chegará a
todas as Comunidades Portuguesas da Diáspora!
Esta Newsletter surge agora, no Centenário da nossa
República Portuguesa, quando mais do que nunca é crucial
renovar o espírito republicano de participação cívica na
Diáspora, e de recolocar a política ao serviço do bem
comum, porque vivemos tempos difíceis e muito exigentes.
A construção de um futuro melhor é um grande desafio
que exige árdua Esperança, Mobilização e Proactividade de
todos nós!
Participe neste projecto da árdua esperança do MEP!
João Nuno Ferreira
Coordenador do MEP Comunidades
Newsletter nº1 | MEP_Comunidades
Centenário da República:
seremos capazes de aprender com os
erros do passado?
Artigo de opinião | Jorge Lourenço
O Partido Republicano Português (PRP) foi
fundado em 1876 por um grupo de amigos descontentes com o regime liberal português, e entusiasmado com os recentes triunfos republicanos em Espanha (República instaurada em 1873) e França (regresso da República em 1870 – III República). A maioria deste grupo pretendia “republicanizar” a monarquia, algo com que muitos monárquicos estavam de acordo. Mais do que alterar o regime, eles queriam, no início, simplesmente permitir a todos os cidadãos iguais direitos de participação cívica. Eles defendiam entre outras coisas o regresso às tradições municipalistas e o anticlericalismo, tema caro à esquerda monárquica liberal.
Se o PRP teve pouca adesão eleitoral no início, tudo se alterou a partir de 1889 despoletado pelos seguintes acontecimentos:
- Implementação da República no Brasil em Novembro 1889 com grande cobertura da imprensa republicana portuguesa, dando novo alento a propaganda republicana.
- Crise Financeira e Económica (1890-93) à partir de Janeiro de 1890, provocada em parte pela queda de
80% do valor das remessas enviadas pelos 300 000 emigrantes portugueses no Brasil, já que economia de Portugal dependia dessas mesmas remessas, já que serviam para saldar a dívida permanente aos países industrializados
- Cedência por parte de Portugal ao Ultimato inglês do 11 de Janeiro 1890 que exigia a retirada das forças militares chefiadas pelo major Serpa Pinto do território compreendido entre as colónias de Moçambique e Angola (nos actuais Zimbabwe e Zâmbia).
Este último, visto como uma autêntica humilhação para os portugueses, provocou um clima de insurreição, sucedendo-se manifestações nas ruas e as acusações e protestos nos jornais. Uma das reacções patrióticas foi a composição do Hino Nacional "A Portuguesa" em 1890. O Partido Republicano aproveita para denunciar as fraquezas da monarquia que quer derrubar e a maioria da população reconhecem que a República é a única alternativa credível. No entanto, vai ser preciso mais 20 anos para que a agonizante Monarquia Constitucional se desfaça e tudo termina no dia 5 de Outubro de 1910. É que em Portugal, os regimes políticos não caem mas desfazem-se por pura incapacidade de auto-regeneração, abrindo um vazio que os seus adversários depois preenchem.
Os primeiros Republicanos chegam ao poder com muitas promessas e com uma grande visão para o País. Queriam criar as infra-estruturas culturais necessárias ao enraizamento da cidadania com a implementação duma escola laica, em particular duma escola primária, que permitiria a formação e a
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Newsletter nº1 | MEP_Comunidades
ascensão social dos cidadãos. Pretendiam também alargar e aprofundar os direitos fundamentais (incluindo os respeitantes à liberdade, à segurança e à propriedade).
Houve de facto alguns progressos, como por exemplo:
- A aquisição dos direitos de reunião, de associação, de petição, de resistência e de inviolabilidade de domicílio;
- A liberdade de trabalho e do exercício de comércio ou indústria;
- A lei da greve (mas logo houve repressão violenta e sangrenta dos movimentos grevistas);
- A lei do inquilinato;
- A separação do Estado e da Igreja.
Contudo, com a instabilidade política devido a divergências internas entre os Republicanos (em 16 anos, houve 7 Parlamentos, 8 Presidentes da República e 45 Governos), muitas das promessas não serão cumpridas e muitos dos direitos dados não serão respeitados. Houve, por exemplo, uma repressão violenta e sangrenta dos movimentos grevistas. Isso vai provocar ao longo dos anos, um clima de insurreição social constante e uma grande insatisfação popular. A I República vai se desfazer como se desfez antes a monarquia constitucional e vai causar a implementação, sem quase nenhuma contestação, duma Ditadura Militar e depois do Estado Novo, já que o povo queria estabilidade.
Tal como os anteriores regimes, este último também vai desfazer-se lentamente, abrindo caminho à II República, herdeira da I República nos seus ideais. Se o actual regime soube não cometer os mesmos erros da I República evitando a instabilidade governativa, ele porém tem grandes desafios pela frente, que
ditarão ou não a sua continuidade.
Alguns dos actuais desafios da República passarão por:
- Eliminar o cancro chamado "eduquês" que está a destruir por dentro a escola republicana (a propósito desta temática, sugiro que vejam o programa Plano Inclinado:http://videos.sapo.pt/HMzidmHMkEe595OUyseO);
- Diminuir as desigualdades sociais através de uma melhor repartição da riqueza;
- Desenvolver um sector público forte que permita responder às reais necessidades básicas dos cidadãos;
- Desenvolver um sector empresarial privado e um terceiro sector fortes, para termos uma sociedade mais livre e crítica, menos dependente do Estado;
- Aumentar a produtividade e competitividade das empresas;
- Promover uma Justiça mais rápida e justa;
- Promover o serviço à causa do "bem comum".
Todos estes desafios são aliás abordados no último
relatório (2010) sobre Portugal da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Económico.
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Newsletter nº1 | MEP_Comunidades
Campanha de
Sensibilização para
o Registo nos
Cadernos Eleitorais
dos Consulados
NÃO! BASTA!
QUEREMOS MAIS PORTUGAL NO
CORAÇÃO DA DIÁSPORA!!
REGISTE-SE JÁ em OUTUBRO no SEU
CONSULADO para PODER VOTAR!!
Vamos a FACTOS:
1) Em Janeiro 2011, os portugueses residentes no estrangeiro
vão ser chamados a eleger o futuro Presidente da República.
Nas últimas eleições Presidenciais de 2006, o círculo da
"Emigração" representou só 2% (187 109) de inscritos totais.
Se obtivermos o mesmo nº de inscritos na próxima eleição de
Janeiro, os candidatos NÃO VÃO OUVIR das necessidades das
Comunidades na Diáspora. Contudo, se houver pelo menos
500 000 INSCRITOS na Diáspora, os candidatos discutirão
certamente os problemas que afligem as Comunidades.
2) SOMENTE os cidadãos portugueses residentes no
estrangeiro que estão recenseados no posto consular da área
onde residem PODEM ELEGER o futuro Presidente da
República. O RECENSEAMENTO no consulado/posto consular
da área onde reside é FUNDAMENTAL para poder VOTAR.
3) O TEMPO É ESCASSO! As eleições para a Presidência da
República estão previstas para Janeiro de 2011, por isso o
RECENSEAMENTO SÓ PODERÁ SER FEITO até NOVEMBRO
deste ano, altura em que encerram os cadernos eleitorais
(conforme a lei, 60 dias antes da data do acto eleitoral).
Por isso, REGISTE-SE NO SEU CONSULADO JÁ EM OUTUBRO!
4) Para mais informações, consulte:
www.recenseamento.mai.gov.pt OU www.cne.pt.
Esta é uma campanha de sensibilização organizada pelo
Movimento Esperança Portugal - núcleo Comunidades.
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Newsletter nº1 | MEP_Comunidades
Espaço de Reflexão
Uma candidatura essencial
Artigo de opinião | Rui Marques, presidente do MEP
As próximas eleições presidenciais têm um enorme
significado. Mais do que é habitual, nesse voto, os
portugueses terão que ponderar muito bem a
equação que têm pela frente: o que querem
exactamente de um Presidente para os próximos
anos?
Temos à partida, entre os potenciais ou efectivos
candidatos, um conjunto de personalidades com
importantes virtudes cívicas. Fernando Nobre, tem o
crédito de uma vida de causas, Manuel Alegre, a
coerência de uma voz militante pela liberdade e
Cavaco Silva, um currículo consistente ao serviço do
bem comum e da causa pública. Ainda bem que assim
é. Todos eles terão também os seus defeitos. Só
regimes ditatoriais são capazes de produzir líderes
“perfeitos”. Na nossa democracia, os melhores líderes
também são imperfeitos.
Mas se é verdade que todos têm qualidades
respeitáveis e defeitos inevitáveis, um dos candidatos
corresponde, no momento presente, ao maior serviço
a Portugal. Só um assegura todas as parcelas daquela
que é a equação decisiva nos nossos dias para o
próximo mandato do Presidente da República:
experiência política + bom senso + credibilidade =
estabilidade.
O Prof. Cavaco Silva beneficia de uma sólida
experiência política, com mais de duas décadas de
capital de conhecimento acumulado. Poucos, na vida
política activa em Portugal, têm tanta experiência.
Assim, enquanto Presidente poderá perceber as
vicissitudes do poder executivo com quem se
relacionará, para o compreender nas suas ambições,
nas suas limitações ou nas suas manhas. Fá-lo-á
conhecendo já, de experiência feita, os meandros dos
poderes presidenciais, nas suas luzes e nas suas
sombras, o que constitui uma assinalável vantagem.
Por outro lado, ao longo do seu percurso político, e
particularmente no exercício do seu mandato
presidencial, evidenciou a credibilidade de quem sabe
e o bom senso de quem pensa de pés bem assentes
no chão. Cavaco Silva mostrou cultivar a prudência e
soube ponderar cada gesto com conta, peso e
medida. Soube também, na sua magistratura de
influência, escolher bem os temas principais do seu
discurso: a esperança, a confiança, a inovação, o
empreendedorismo, a solidariedade com os mais
vulneráveis em tempos difíceis foram bons exemplos.
Assim, a soma destas qualidades políticas faz com que
a eleição de Cavaco Silva para um segundo mandato
seja um contributo líquido para a estabilidade de que
Portugal precisa. Porém, essa garantia de estabilidade
terá que ser dinâmica e não um seguro de vida para
qualquer status quo, seja ele qual for. Espera-se do
Presidente eleito a capacidade de interpretar, a cada
momento, o regular funcionamento das instituições e
tudo fazer para lhes garantir condições para enfrentar
a crise.
Por isso, é essencial que Cavaco Silva, numa missão de
serviço ao bem comum, se recandidate e se
disponibilize para os anos difíceis que aí vêm, como
garante da estabilidade, mobilizando os portugueses
para a esperança e inspirando-lhes confiança. Estas
serão, aliás, as palavras-chave que o novo Presidente
mais terá que conjugar nos próximos anos.
(Este artigo de opinião foi publicado no jornal
Expresso de 2/10/2010)
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Newsletter nº1 | MEP_Comunidades
COMUNIDADES EM DESTAQU
Primeiro Encontro Nacional de Jovens Luso-Descendentes da Venezuela
Caracas - Novembro, 19-21
"A Embaixada de Portugal em Caracas tem o prazer
de informar sobre a realização, nos próximos dias 19,
20 e 21 de Novembro, em Caracas, do Primeiro
Encontro Nacional de Jovens Luso-Descendentes da
Venezuela, que reunirá jovens de origem portuguesa
de idades compreendidas entre os 18 e 35 anos,
oriundos de diversas regiões do território
venezuelano.
Serão discutidos, ao longo de três dias, quatro temas
fundamentais para os jovens e as autoridades
Portuguesas: a situação da língua Portuguesa na
Venezuela, a participação dos jovens no
Associativismo português, oportunidades de estudo e
emprego em Portugal, incluindo estágios,
equivalências e bolsas de estudo, e oportunidades de
negócio no nosso país.
Já se encontra constituída uma Comissão
Organizadora para preparar este evento, composta
por representantes das Missões Diplomáticas de
Portugal e de jovens das regiões dos Consulados-
Gerais de Caracas e Valência.
Está prevista a concessão de apoios a despesas de
viagens, alojamento e alimentação. Em breve será
circulado um formulário para que os jovens luso-
venezuelanos interessados em participar no Encontro
possam apresentar as suas candidaturas."
Para mais informações contacte o Consulado Geral de
Portugal em Caracas, ou a Associação de Luso-
descendentes da Venezuela.
I Congresso dos Investimentos
Portugueses na América do Sul
Argentina - Novembro, 5-7
Depois do enorme êxito que constituíram os três
Congressos Empresariais Brasil-Portugal, tem grande
sentido de oportunidade alargar a iniciativa a toda a
região, permitindo um debate mais amplo sobre as
experiências e as potencialidades que a América
Latina pode oferecer aos Portugueses e Luso-
descendentes na Diáspora.
Sendo que a Argentina tem tido um elevado
crescimento económico nos últimos tempos, a
presença portuguesa já se faz sentir. Vários casos de
sucesso de empresas portuguesas estão estabelecidos
na Argentina. Este evento vai de certo constituir um
importante contributo para análise e lançamento de
novos projectos e investimentos.
A Câmara Argentina Portuguesa de Comércio, e a
Embaixada Portuguesa em Buenos Aires têm
contibuído de forma decisiva para a diplomacia
económica portuguesa na Argentina.
Mais informações sobre este Congresso:
http://www.camaraportuguesa.org.ar/congreso_port
ugues.php
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Newsletter nº1 | MEP_Comunidades
Exposição: Letras e Cores, Ideias e
Autores da República
Casa de Portugal Macau - Outubro, 5-30
"No ano em que se comemoram cem anos sobre a
implantação da República, a Direcção-Geral do Livro e
das Bibliotecas (DGLB), em colaboração com a
Comissão Nacional para as Comemorações do
Centenário da República, apresenta a exposição
“Letras e Cores, Ideias e Autores da República”.
A partir de textos de autores que marcaram
decisivamente a cultura humanístico-literária em
Portugal no final do século XIX e início do século XX, a
DGLB convidou dez ilustradores a tratar
plasticamente dez temas representativos do contexto
social, político, cívico e cultural da época: Ultimatum,
Monarquia, 5 de Outubro, Igreja, Educação,
Mulheres, Modernismo, Grande Guerra, Chiado e
Revistas. O resultado mostra de que forma literatura
e arte, passado e presente, se podem cruzar de forma
coerente e harmoniosa, dando corpo a um percurso
fulcral da história portuguesa contemporânea: o
triunfo da ideia republicana de cidadania, a
instauração do regime, a participação de Portugal na I
Grande Guerra e a vida política, social, cultural e
artística deste período.
A exposição é uma iniciativa da Direcção-Geral do
Livro e das Bibliotecas e da CNCCR e poderá ser vista
no Museu do Traje a partir de Outubro e nas
Bibliotecas Municipais ao longo do ano."
Contacto para mais informações:
comissao@centenariorepublica.pt
Baleeiros Açoreanos em Museu nos
EUA
Azorean Whalemen Gallery, New Bedford
O Museu da Baleação de New Bedford, no Estado do
Massachusetts, EUA, inaugurou no início de Setembro
uma ala dedicada aos baleeiros dos Açores.
A 'Azorean Whalemen Gallery' será a única exposição
permanente nos EUA que vai destacar a contribuição
dos açoreanos para o património baleeiro americano.
A exposição é intitulada 'A Baleação no Faial: Fase
Industrial (1940-1984)' conta a história dos principais
centros desta actividade na ilha, nomeadamente a
Fábrica da Baleia de Porto Pim e os Armazéns da Reis
e Martins, e das principais personalidades que a
marcaram ao longo do século XX, sem esquecer as
novas indústrias do sector, como a observação de
baleias.
A inauguração desta mostra integra o programa da V
Regata Internacional de Botes Baleeiros, que é um
dos marcos mais significativos da geminação
entre as cidades da Horta, no Faial, e New Bedford,
onde reside uma importante comunidade emigrante
açoriana. A ligação entre as duas cidades começou a
ganhar importância quando o Porto da Horta se
tornou abrigo para os grandes barcos baleeiros
provenientes de New Bedford, tendo esta cidade sido,
mais tarde, o destino de uma das primeiras vagas da
emigração dos Açores para os EUA.
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Newsletter nº1 | MEP_Comunidades
Jogos da Polis: participa na Política!
Desculpe? São palavras de?
Descubra já quem da Polis (cidade) disse estas
palavras, para mais tarde não ficarem no
esquecimento!
1. «Somos todos responsáveis, não há
inocentes. Os responsáveis são os governos,
os partidos políticos e a sociedade civil. É
altura de assumirmos esta responsabilidade
e respondermos com sacrifícios à situação.»
A. José Sócrates
B. Aníbal Cavaco Silva
C. Pedro Passos Coelho
D. Gen. Ramalho Eanes
2. «Pode-se enganar todas as pessoas
durante algum tempo; pode-se até enganar
algumas pessoas durante o tempo todo; mas
não é possível enganar todas as pessoas
durante o tempo todo.»
A. Luís Inácio Lula da Silva
B. José Sócrates
C. Abraham Lincoln
D. Sílvio Berlusconi
3. «Queremos ser a voz da política da árdua
esperança. De uma esperança que faz e que
não fica à espera. De uma esperança, que
por um futuro melhor para todos, não se
poupa a sacríficios. »
A. Paulo Portas (do CDS/PP)
B. Francisco Louçã (do BE)
C. Rui Marques (do MEP)
D. Jerónimo de Sousa (do PCP)
4. «Porque Portugal merece mais do que
simplesmente queixarmo-nos do que está
mal. Há que deitar mãos à obra e construir o
nosso futuro comum. »
A. Partido Socialista
B. Partido Social Democrata
C. MEP - Movimento Esperança Portugal
D. Partido Humanista
Solu
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