marc riboud
Post on 23-Jun-2015
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MARC RIBOUD
”
Rather than a
profession, photography
has always been, a passion for
me, a passion
closer to an
obsession.
por Bruna Carolina
As fotografias de
“
1923 Marc Riboud nasceu, em Lyon, na França.
1937 Durante a Exposição Universal de Paris, ele realizou suas primeiras fotografias.
1945 - 48 Estudou Engenharia na Ecole Centrale de Lyon e trabalhou em uma fábrica antes de resolver dedicar-se à fotografia.
1953 Publicou na revista Li fe a fotografia de um pintor da Torre Ei f fel. Convidado pelos fotógrafos Henri Cart ier-Bresson e Robert Capa, integrou a equipe da agência Magnum.
1955 Passando pelo Oriente Médio e o Afeganistão, foi por terra até a Índia, onde ficou um ano antes de ir para a China.
1960 Fez a cobertura das independências na Argélia e na África negra.
Além de fotografias, publicou vários livros sobre a China, o Tibete e o Camboja.
1968 -69 Realizou reportagens no Vietnã do Sul e Vietnã do Norte,
1980 Viajou regularmente pelo Oriente e pelo Extremo Oriente Realizou exposições em Paris, Londres, Nova Iorque, Beijing.
onde foi um dos poucos fotógrafos a poder entrar.
Seu trabalho foi exposto em diversos museus.
o Time-Li fe Achievement, o Lucie Award, o ICP Infini ty Award e, recentemente, o Sony World P hotography Award.
Riboud recebeu, entre outras recompensas, dois prêmios do Overseas Press Club,
Paris, 1953
O pintor, apelidado de Zazou, está mui to à vontade, e eu me sent i tonto e fechei os olhos cada vez que ele se inclinou para mergulhar o pincel...
Nesta fotografia temos um plano médio, em que visualizamos o sujei to por completo e conseguimos si tuá-lo em um contexto maior – neste caso a cidade de Paris. O foco está no pintor e a cidade surge apenas como um plano de fundo. Aqui o destaque está no movimento inusi tado do pintor, que não tem equipamentos de segurança e parece andar de maneira confortável apesar de estar a tantos metros de altura. O pintor está centralizado na foto, mas há uma simetria - que é proporcionada pelas estruturas que emolduram a imagem. É uma foto curiosa, boni ta e, com certeza, impactante.
Pequim, 1965
Janelas bem abertas na rua Liu Li Chang, a rua de ant iquários. Nestas lojas, durante a Revolução Cultural, os chineses t inham de entregar as suas joias ao Estado.
Aqui temos um Grande P lano Geral. A imagem é emoldurada pelas janelas, que parecem ser tradicionais, já que podemos observá-las também do outro lado da rua. É como se cada janela contasse uma história, já que cada uma delas traz personagens tão di ferentes: uma menina, um senhor, uma criança. É uma bela composição, em que várias ações acontecem ao mesmo tempo mas não perdemos nenhuma delas e nem nos confundimos, pois as janelas separam bem os personagens. Todos os elementos estão focados e a imagem é bastante simétrica – novamente, por causa das janelas.
Washington, 1967
Em frente ao Pentágono, em uma marcha pela paz no Vietnã, Jane Rosa Kasmir dá um belo rosto à juventude americana.
Nesta foto, uma das mais conhecidas de Riboud, temos um primeiro plano, em que o rosto da jovem é o destaque. A imagem mostra o bem contra o mal de forma inusi tada. A foto é chocante, traz a dureza de uma arma contra a leveza de uma f lor. O foco está na moça, mas podemos ident i ficar os vários soldados, que formam uma linha. A perspect iva aí presente leva o nosso olho até o final da imagem, mesmo que ela esteja desfocada. A imagem é simétrica e bem composta.
Bratislava, 1995
Na capi tal da República Eslovaca, meu olho é perturbado por esse olhar num cartaz ou no rasgo que parece um raio, que parte da íris.
É uma foto bastante curiosa. O cartaz foi rasgado de forma que os olhos do jovem parecem estar emi t indo um raio. É como se o jovem fosse um super-herói. É importante lembrar que em 1995, quando a foto foi t irada, a Eslováquia t inha, recentemente, se tornado independente. Podemos chegar à conclusão de que a população estava se sent indo forte e que alguém cortou o cartaz dessa maneira de propósi to. Mas também é possível que tenha sido por acaso. De qualquer maneira, Riboud tem um olho mui to atento para perceber essa cena inusi tada e fotografá-la. É uma bela foto, com certeza.
Shanghai, 2002
Em um jardim no coração da cidade de Shangai, uma senhora esqueceu seu estojo de maquiagem, que parece um coelho.
Novamente podemos perceber o olhar atento do fotógrafo. Nem todos veriam na sacola o formato de um coelho. É uma foto curiosa, intrigante, mas não necessariamente boni ta. A composição está boa, mas não é nada extraordinário. O que vale nesta foto é a percepção de uma si tuação que não acontece todos os dias. Do ponto de vista técnico, é uma foto normal.
Minneapolis, 2006
A foto consegue nos transportar para aquele momento e é possível imaginar o que os dois personagens deviam estar sent indo: frio e gotas da chuva. A fotografia deve ter sido t irada através de uma janela, o que proporcionou a textura bem característ ica da chuva. A composição está mui to boa e a rua dá uma sensação de perspect iva interessante.
India, 1971
Um belo f lagrante. A expressão da mulher é de tranquilidade e a expressão do bebê é de alegria. Os dois parecem estar mui to confortáveis. É di fícil determinar se a fotografia foi t irada na horizontal e depois ficou na vert ical, já que os dois deviam estar dei tados, porque não parece que a mãe está segurando o bebê.
Será que a foto foi t irada assim?
Paris, 1953
Expressão curiosa da freira e a placa que diz “livre” no táxi fazem com que essa foto seja bem intrigante. O que será que ela estava fazendo? Alguma coisa errada? Freiras são livres pra fazer o que quiser? É uma foto bem composta, equilibrada. O foco está na freira. Os homens no fundo não estão tão nít idos, mas equilibram a fotografia.
Holanda, 1994 Essa fotografia foi mui to bem composta e Riboud nem teve mui to trabalho para executá-la – ele só precisou prestar atenção e ident i ficar a oportunidade de uma bela foto, porque a natureza já t inha fei to todo o resto. A alternância entre os troncos retos e os curvos e o ref lexo deles na água são hipnot izantes.
Afeganistan, 1955 Foto bem equilibrada. Se t ivesse só as placas em primeiro plano, sem o homem de bicicleta não seria tão impactante. A placa é curiosa: será que o caminho da direi ta é apenas para animais e o da esquerda só para veículos e bicicletas? Ou será que o da direi ta é mais longo, e por isso é simbolizado pelos animais? E o da esquerda mais rápido e por isso simbolizado pelo carro?
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