manual de aplicação dos requisitos técnicos da qualidade - rtq-c
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Manual de Aplicao dos Requisitos Tcnicos da Qualidade RTQ-C e Regulamento de Avaliao da Conformidade RAC-C
MMEMinistrio de Minas e Energia
Mrcio Pereira ZimmermannMinistro de Minas e Energia
CGIEEComit Gestor de Indicadores e Nveis de Eficincia Energtica
Paulo Augusto LeonelliPresidenteMinistrio de Minas e Energia
Adriano Duarte FilhoMinistrio da Cincia e Tecnologia
Elizabeth Marques Duarte PereiraRepresentante da sociedade brasileira
Gilberto de Martino JannuzziRepresentante da Universidade Brasileira
Jacqueline Barboza MarianoAgncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis
Jos Ricardo Ramos SalesMinistrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior
Sheyla Maria das Neves DamascenoAgncia Nacional de Energia Eltrica
Grupo Tcnico Edificaes do CGIEE
Paulo Augusto Leonelli
Coordenador
Ministrio de Minas e Energia
Almir FernandesInstituto dos Arquitetos do Brasil
Ana Karine BatistaConselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
Fernando Pinto Dias PerronePrograma Nacional de Conservao de Energia Eltrica PROCEL
Francisco A. de Vasconcellos NetoCmara Brasileira da Indstria da Construo
Jean BenevidesCaixa Econmica Federal
Maria Salette WeberMinistrio das Cidades
Lcio Cesar de OliveiraPrograma Nacional de Racionalizao do Uso de Derivados de Petrleo e do Gs Natural CONPET
Adriano Duarte FilhoMinistrio da Cincia e Tecnologia
Roberto LambertsRepresentante da Universidade Brasileira
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Manual de Aplicao dos Requisitos Tcnicos da Qualidade RTQ-C e Regulamento de Avaliao da Conformidade RAC-C
Solange Nogueira Puente SantosPrograma Nacional de Conservao de Energia Procel Edifica
Jos Ricardo Ramos SalesMinistrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior
Secretaria do Grupo Tcnico de Edificaes GT Edificaes
Solange Nogueira Puente SantosCoordenadora - Programa Nacional de Conservao de EnergiaProcel Edifica
Ana Paula Cardoso GuimaresCentro de Pesquisas de Energia Eltrica
Arthur Jos OliveiraConselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro
Cludia Barroso-Krause
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Cludia Naves AmorinUniversidade de Braslia
Daniel Delgado BoutsEletrobrs/Procel
Joo Carlos Rodrigues AguiarCentro de Pesquisas de Energia Eltrica
Leonardo Salazar BittencourtUniversidade Federal de Alagoas
Luciana HamadaInstituto Brasileiro de Administrao Municipal
Roberta Vieira G. SouzaUniversidade Federal de Minas Gerais
Rodrigo Ucha BatistaCaixa Econmica Federal
Roberto LambertsLaboratrio de Eficincia Energtica em Edificaes da Universidade Federal de Santa Catarina
Equipe do Procel Edifica/ Eletrobrs
Equipe do Laboratrio de Eficincia Energtica em Edificaes da Universidade Federal
de Santa Catarina
Equipe do Procel Edifica/ Eletrobrs
Edwal Hiromi Sanomia
Estefnia Neiva de Mello
Frederico Guilherme Cardoso Souto Maior de Castro
Maria Tereza Marques da Silveira
Rodrigo da Costa Casella
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Apresentao
Comisso Tcnica de Edificaes CT Edificaes
Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial Inmetro
Associao Brasileira dos Escritrios de Arquitetura AsBEA
Associao Brasileira de Refrigerao, Ar Condicionado, Ventilao e Aquecimento
ABRAVA
Cmara Brasileira da Indstria da Construo CBIC
Caixa Econmica Federal
Centrais Eltricas Brasileiras Ltda. Eletrobrs / Procel
Instituto de Arquitetos do Brasil IAB
Laboratrio de Eficincia Energtica em Edificaes LabEEE - UFSC
Laboratrio do Centro de Pesquisas de Energia Eltrica Cepel
Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial
Joo Alziro Herz da JornadaPresidente
Alfredo Carlos Orpho LoboDiretor da Qualidade
Gustavo Jos Kuster de AlbuquerqueGerente da Diviso de Programas de Avaliao da Conformidade
Leonardo Machado RochaGerente Substituto da Diviso de Programas de Avaliao da Conformidade
Marcos Andr BorgesCoordenador do Programa Brasileiro de Etiquetagem
Equipe do Programa Brasileiro de Etiquetagem/Inmetro PBE/Edifcios Comerciais,de Servios e Pblicos
Flvia Tinelli
Marcio Damasceno
Max Acrsio
Eletrobrs/Procel
Jos Antnio Muniz LopesPresidente
Ubirajara Rocha MeiraDiretor de Tecnologia
Fernando Pinto Dias PerroneChefe do Departamento de Projetos de Eficincia Energtica
Solange Nogueira Puente SantosChefe da Diviso de Eficincia Energtica em Edificaes
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Manual de Aplicao dos Requisitos Tcnicos da Qualidade RTQ-C e Regulamento de Avaliao da Conformidade RAC-C
Laboratrio de Eficincia Energtica em Edificaes - LabEEE - UFSC
Roberto LambertsCoordenador
Ps-doutorandos: Joyce Carlo
Martin Ordenes Mizgier
Michele Fossati
Doutorandos: Ana Paula Melo
Greici Ramos
Mrcio Sorgato
Miguel Pacheco
Rogrio Versage
Mestrandos: Cludia Morishita
Acadmicos: Diego TamaniniGustavo Fontes
Juliana Yuriko Chagas Cruz
Juliana May Sangoi
Rovy Pinheiro Pessoa Ferreira
Thaynara Mrcia Espindola Arsego
Outros colaboradores: Fernando Simon Westphal
Solange V. G. Goulart
Gabriel Iwamoto
Maurcio Nath Lopes
Rogrio de Castro Lambert
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Sumrio
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SUMRIO
APRESENTAO 8
OBJETIVOS DO MANUAL 8ESTRUTURA DO REGULAMENTO TCNICO DA QUALIDADE 9MTODO E ESTRUTURA DO MANUAL 11SIGLAS E ABREVIAES 11
1 DEFINIES, SMBOLOS E UNIDADES 12
1.1 ABERTURA 12
1.2 AMBIENTE 131.3 AMBIENTE CONDICIONADO 141.4 AMBIENTE DE PERMANNCIA PROLONGADA 151.5 NGULOS DE SOMBREAMENTO 151.6 NGULO HORIZONTAL DE SOMBREAMENTO (AHS) 171.7 NGULO VERTICAL DE SOMBREAMENTO (AVS) 181.8 REA CONDICIONADA (AC)(M2) 201.9 REA NO CONDICIONADA (ANC)(M2) 201.10 REA DA ENVOLTRIA (AENV)(M2) 201.11 REA DE PERMANNCIA TRANSITRIA (APT)(M2) 201.12 REA DE PROJEO DA COBERTURA(APCOB)(M
2) 20
1.13 REA DE PROJEO DO EDIFCIO (APE)(M2
) 211.14 REA TIL (AU)(M2) 221.15 REA TOTAL CONSTRUDA (ATOT)(M
2) 221.16 CAIXILHO 231.17 CAPACIDADE TRMICA (C) 231.18 COEFICIENTE INTEGRADO DE PERFORMANCE (ICOP) 261.19 COEFICIENTE DE PERFORMANCE (COP) 261.20 COLETOR SOLAR 261.21 DENSIDADE DE CARGA INTERNA (DCI)(W/ M2) 261.22 DENSIDADE DE POTNCIA DE ILUMINAO (DPI)(W/ M2) 261.23 DENSIDADE DE POTNCIA DE ILUMINAO LIMITE (DPIL)(W/ M
2) 261.24 EDIFCIOS COMERCIAIS, DE SERVIOS E PBLICOS 271.25 ENCE 281.26 ENCEGERAL 281.27 ENCEPARCIAL 291.28 ENERGY EFFICIENCY RATIO (EER) 311.29 ENVOLTRIA (ENV) 311.30 EQNUM -EQUIVALENTE NUMRICO 321.31 EQNUMAC 321.32 EQNUMDPI 321.33 EQNUMENV 321.34 EQNUMS 331.35 EQNUMV 331.36 FACHADA 331.37 FACHADA OESTE 36
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Manual de Aplicao dos Requisitos Tcnicos da Qualidade RTQ-C e Regulamento de Avaliao da Conformidade RAC-C
1.38 FATOR ALTURA (FA) 361.39 FATOR DE FORMA (FF) 361.40 FATOR SOLAR (FS) 371.41 FRAO SOLAR 381.42 HEATINGSEASONAL PERFORMANCEFACTOR(HSPF) 38
1.43 ICENV 381.44 ILUMINAO DE TAREFA 391.45 INTEGRATED PART-LOAD VALUE(IPLV) 391.46 MDULO FOTOVOLTAICO 391.47 PAREDES EXTERNAS 391.48 PADRO DE USO (PU)(H) 401.49 PERCENTUAL DE ABERTURA ZENITAL (PAZ)(%) 401.50 PERCENTUAL DE REA DE ABERTURA NA FACHADA OESTE (PAFO)(%) 411.51 PERCENTUAL DE REA DE ABERTURA NA FACHADA TOTAL (PAFT)(%) 411.52 PERCENTUAL DE HORAS OCUPADAS EM CONFORTO (POC) 461.53 PONTUAO TOTAL (PT) 46
1.54SEASONAL ENERGYEFFICIENCYRATIO
(SEER) 471.55 SISTEMA DE CONDICIONAMENTO DE AR (CA) 471.56 TAREFAS VISUAIS 471.57 TRANSMITNCIA TRMICA (W/(MK)) 471.58 TRANSMITNCIA TRMICA DA COBERTURA (UCOB)(W/(MK)) 481.59 TRANSMITNCIA TRMICA DAS PAREDES (UPAR)(W/(MK)) 481.60 VOLUME TOTAL DA EDIFICAO (VTOT)(M
3) 481.61 ZONA BIOCLIMTICA 481.62 ZONA DE CONFORTO 501.63 ZONA TRMICA 521.64 OUTRAS DEFINIES ERRO!INDICADOR NO DEFINIDO.1.64.1 ABSORTNCIA TRMICA ERRO!INDICADOR NO DEFINIDO.
2 NTRODUO 54
2.1 OBJETIVO 542.2 PROCEDIMENTOS PARA DETERMINAO DA EFICINCIA 552.3 PR-REQUISITOS GERAIS 622.3.1 CIRCUITOS ELTRICOS 632.3.2 AQUECIMENTO DE GUA 642.3.3 ELEVADORES 672.4 PR-REQUISITOS ESPECFICOS 68
2.5 BONIFICAES 68
3 ENVOLTRIA 71
3.1 PR-REQUISITOS ESPECFICOS 713.1.1 NVEL A 713.1.2 NVEL B 753.1.3 NVEIS C E D:TRANSMITNCIAS TRMICAS 763.2 PROCEDIMENTOS DE CLCULO 773.2.1 TRANSMITNCIA TRMICA 77
3.2.2 CORES E ABSORTNCIA DE SUPERFCIES 793.2.3 CLCULO DO FA E FF 81
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Sumrio
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3.2.4 PERCENTUAL DE ABERTURA NA FACHADA (PAF) 813.2.5 NGULOS DE SOMBREAMENTO 823.3 PROCEDIMENTO DE DETERMINAO DA EFICINCIA 82
4 SISTEMA DE ILUMINAO 98
4.1 PR-REQUISITOS ESPECFICOS 994.1.1 DIVISO DOS CIRCUITOS 994.1.2 CONTRIBUIO DA LUZ NATURAL 1014.1.3 DESLIGAMENTO AUTOMTICO DO SISTEMA DE ILUMINAO 1014.2 PROCEDIMENTO DE DETERMINAO DA EFICINCIA 1024.2.1 MTODO DA REA DO EDIFCIO 1034.2.2 MTODO DAS ATIVIDADES DO EDIFCIO 109
5 SISTEMA DE CONDICIONAMENTO DE AR 115
5.1 PR-REQUISITOS ESPECFICOS PARA NVEL A 1155.1.1 PROTEO DAS UNIDADES CONDENSADORAS 1155.1.2 ISOLAMENTO TRMICO PARA DUTOS DE AR 1155.1.3 CONDICIONAMENTO DE AR POR AQUECIMENTO ARTIFICIAL 1165.2 PROCEDIMENTO DE DETERMINAO DA EFICINCIA 1175.2.1 EXEMPLOS 1185.3 SISTEMAS DE CONDICIONAMENTO DE AR REGULAMENTADOS PELOINMETRO 1225.4 SISTEMAS DE CONDICIONAMENTO DE AR NO REGULAMENTADOS PELOINMETRO 1235.4.1 CLCULO DE CARGA TRMICA 1355.4.2 CONTROLE DE TEMPERATURA POR ZONA 135
5.4.3 SISTEMA DE DESLIGAMENTO AUTOMTICO 1395.4.4 ISOLAMENTO DE ZONAS 1405.4.5 CONTROLES E DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE VENTILAO 1415.4.6 CONTROLES E DIMENSIONAMENTO DOS SISTEMAS HIDRULICOS 1435.4.7 EQUIPAMENTOS DE REJEIO DE CALOR 145
6 SIMULAO 147
6.1 PR-REQUISITOS ESPECFICOS 1476.1.1 PROGRAMA DE SIMULAO 1476.1.2 ARQUIVO CLIMTICO 1486.2 PROCEDIMENTOS PARA SIMULAO 1486.2.1 METODOLOGIA PARA MODELAGEM DE ENVOLTRIA E SISTEMAS 1486.2.2 PONTUAO TOTAL (PT) DE EDIFCIOS TOTALMENTE SIMULADOS 1596.2.3 AMBIENTES NATURALMENTE VENTILADOS OU NO CONDICIONADOS 160
7 NORMAS REFERENCIADAS 163
ANEXOS 166
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Manual de Aplicao dos Requisitos Tcnicos da Qualidade RTQ-C
Apresentao
Objetivos do manual
Este manual visa detalhar os tpicos dos Requisitos Tcnicos da Qualidade para o Nvel
de Eficincia Energtica de Edifcios Comerciais, de Servios e Pblicos (RTQ-C), de
forma a esclarecer possveis dvidas sobre mtodos de clculo e aplicao de seu
contedo. Para tal, os conceitos e definies apresentados no RTQ-C so explicados e
os mtodos, justificados. Espera-se que, ao final da leitura, o leitor esteja apto a
classificar edifcios de acordo com RTQ-C e a submeter apropriadamente o projeto ou
edifcio certificao.
Cabe salientar que nenhuma regulamentao por si garante um edifcio de qualidade.
Maiores nveis de eficincia podem ser alcanados atravs de estratgias de projeto e
por iniciativas e cooperao dos diversos atores ligados construo dos edifcios
(arquitetos, engenheiros civis, eletricistas, mecnicos e empreendedores). Igualmente,
to importantes e frequentemente esquecidos, os usurios tm participao decisiva no
uso de edifcios eficientes atravs dos seus hbitos, que podem reduzir de forma
significativa o consumo de energia, aumentando assim a eficincia das edificaes e
reduzindo desperdcios. Todos os envolvidos na concepo e utilizao dos edifcios e
seus sistemas podem contribuir para criar e manter edificaes energeticamente
eficientes.
O regulamento deve ser considerado como um desafio para procurar e efetivamente
alcanar nveis mais elevados de eficincia energtica nas edificaes. A obteno de
uma etiqueta de eficincia no definitiva e pode ser continuamente melhorada com
inovaes tecnolgicas ao longo dos anos, criando um hbito do aprimoramento
constante em eficincia energtica, da concepo ao uso do edifcio.
A Figura A. 1 representa os cinco nveis de eficincia do RTQ-C e mostra como esta
filosofia de contnuo aprimoramento est embutida no regulamento. O RTQ-C no define
limite superior para o nvel A, uma vez que desempenhos mais elevados de eficincia
energtica podem sempre ser conseguidos.
Figura A. 1. Nveis de eficincia
A B C ED
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Apresentao
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Neste sentido, a procura de maiores nveis de eficincia inclui o comissionamento. O
comissionamento consiste em planejar e executar os projetos de forma a garantir que os
mesmos apresentem efetivamente o desempenho esperado, corrigindo defeitos ou
ajustando equipamento se for necessrio at alcanar os objetivos propostos.
Finalmente, para atingir e manter nveis mais elevados de eficincia muito importante a
participao dos usurios. Um edifcio eficiente com usurios ineficientes pode tornar-se
um edifcio ineficiente. Da mesma forma, edifcios ineficientes, podem aumentar de forma
considervel a sua eficincia se houver um empenho dos seus usurios nesse sentido.
Estrutura do Regulamento Tcnico da Qualidade
O RTQ-C fornece uma classificao de edifcios atravs da determinao da eficincia detrs sistemas:
Envoltria;
Iluminao;
Condicionamento de ar.
Os trs itens, mais bonificaes, so reunidos em uma equao geral de classificao do
nvel de eficincia do edifcio. possvel tambm obter a classificao de apenas um
sistema, deixando os demais em aberto. Neste caso, no entanto, no fornecida uma
classificao geral do edifcio, mas apenas do(s) sistema(s) analisado(s).
A classificao da envoltria faz-se atravs da determinao de um conjunto de ndices
referentes s caractersticas fsicas do edifcio. Componentes opacos e dispositivos de
iluminao zenital so definidos em pr-requisitos enquanto as aberturas verticais so
avaliadas atravs de equaes. Estes parmetros compem a pele da edificao (como
cobertura, fachada e aberturas), e so complementados pelo volume, pela rea de piso
do edifcio e pela orientao das fachadas.
A eficincia da iluminao determinada calculando a densidade de potncia instalada
pela iluminao interna, de acordo com as diferentes atividades exercidas pelos usurios
de cada ambiente. Quanto menor a potncia utilizada, menor a energia consumida e
mais eficiente o sistema, desde que garantidas as condies adequadas de iluminao.
A classificao da eficincia do sistema de condicionamento de ar pode ser dividida em
duas diferentes classes. Uma classe lida com sistemas individuais e split, j classificados
pelo INMETRO. Desta forma, deve-se apenas consultar os nveis de eficincia fornecidos
nas etiquetas do INMETRO para cada um dos aparelhos instalados na edificao paraposteriormente aplicar o resultado na equao geral do edifcio. J a eficincia de
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Manual de Aplicao dos Requisitos Tcnicos da Qualidade RTQ-C
sistemas de condicionamento de ar como os centrais, que no so classificados pelo
INMETRO, devem seguir prescries definidas no texto do regulamento. Assim, a
classificao do nvel de eficincia destes sistemas mais complexa, pois sua definio
depende da verificao de um nmero de requisitos e no pode ser simplesmente obtida
pela consulta da etiqueta.
Terminado o clculo da eficincia destes trs sistemas (Iluminao, Condicionamento de
ar e Envoltria), os resultados parciais so inseridos na equao geral para verificar o
nvel de eficincia global da edificao. Os formatos da Etiqueta Nacional de
Conservao de Energia (ENCE), contendo os nveis finais e parciais do edifcio, so
mostrados na Figura A. 2.
Figura A. 2. Modelo da Etiqueta Nacional de Conservao de Energia (ENCE) para edificaes.
No entanto, o clculo dos trs diferentes nveis de eficincia parciais e do nvel geral de
eficincia podem ser alterados tanto por bonificaes, que podem elevar a eficincia,
quanto por pr-requisitos que, se no cumpridos, reduzem esses nveis. As bonificaes
so bnus de pontuao que visam incentivar o uso de energia solar para aquecimento
de gua, uso racional de gua, cogerao, dentre outros. J os pr-requisitos referem-se
a cada sistema em particular, e tambm ao edifcio por completo, e seu cumprimento
obrigatrio.
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Apresentao
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Mtodo e estrutura do manual
O contedo deste manual foi organizado para apresentar os conceitos e definies
usados no RTQ-C, agrupados em trs temas (envoltria, iluminao e condicionamento
de ar).
Cada um dos conceitos abordados transcreve integralmente a definio do RTQ-C para
depois esclarecer as intenes da redao e fornecer mais informaes. Dependendo do
caso, quadros e figuras so utilizados como recursos didticos com a inteno de
esclarecer pontos de possvel dificuldade de compreenso e sistematizar pontos
importantes.
Aps a reviso dos conceitos e definies, uma outra sesso apresenta a classificao
do nvel de eficincia explicando o processo paulatinamente. No final da sesso mostrado como integrar as trs classificaes parciais em uma classificao final do
edifcio.
tambm abordada a questo das classificaes parciais e gerais para partes de
edificaes: como proceder, casos em que se aplicam e quais os objetivos.
A sesso seguinte mostra a converso dos clculos, verificao de requisitos e
contabilizao de pontos extras provenientes das bonificaes para preenchimento dos
formulrios de submisso do projeto/edifcio com maior rapidez e facilidade. Ou seja, estasesso apresenta o procedimento para submisso at ser obtida a ENCE (Etiqueta
Nacional de Conservao de Energia) fornecida pelo INMETRO.
Siglas e Abreviaes
ABNT: Associao Brasileira de Normas Tcnicas
ENCE: Etiqueta Nacional de Conservao de EnergiaINMETRO: Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial
RTQ-C: Regulamento Tcnico da Qualidade do Nvel de Eficincia Energtica de
Edifcios Comerciais, de Servios e Pblico
RAC-C: Regulamento de Avaliao da Conformidade do Nvel de Eficincia Energtica de
Edifcios Comerciais, de Servios e Pblicos
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Manual de Aplicao dos Requisitos Tcnicos da Qualidade RTQ-C e Regulamento de Avaliao da Conformidade RAC-C
1 DEFINIES, SMBOLOS E UNIDADES
Para fins deste RTQ so adotadas as seguintes definies, smbolos e unidades:
1.1 ABERTURA
Todas as reas da envoltria do edifcio, com fechamento translcido ou transparente (que
permite a entrada da luz), incluindo janelas, painis plsticos, clarabias, portas de vidro (com
mais da metade da rea de vidro) e paredes de blocos de vidro. Excluem-se vos sem
fechamentos, elementos vazados como cobogs e caixilhos.
abertura toda e qualquer parte da fachada cujo material transparente ou translcido,
permitindo a passagem de luz e/ou radiao solar direta ou indireta para o interior da
edificao. Suas arestas podem estar em contato com materiais opacos ou tambmtransparentes ou translcidos. Qualquer vo que esteja descoberto e/ou sem nenhum
tipo de fechamento (como em prticos), no considerado abertura. Um vo total ou
parcialmente fechado com um material opaco, sem a presena de material transparente
ou translcido, tambm no considerado abertura.
Os vos sem qualquer tipo de fechamento so excludos da definio, pois vos
descobertos podem ser usados como protees solares permitindo ventilao natural e
sombreando a fachada. Alm disso, sacadas ou varandas sombreiam portas e janelas de
vidro, e tambm no so consideradas aberturas, enquanto as portas e janelas de vidro o
so.
Esta definio distingue materiais transparentes e translcidos dos opacos, que no
deixam passar a luz/radiao solar, pelos seus desempenhos trmicos diferenciados.
ABERTURA
Janelas de vidro;
Paredes envidraadas;
Paredes de tijolo de vidro;
Vos fechados com placas de policarbonato;
Janelas fechadas com vidro e com
venezianas.
NO ABERTURA
Vos descobertos;
Prticos;
Cobogs;
Varandas;
Sacadas.
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Definies, Smbolos e Unidades
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Exerccio 1. 1
Um edifcio apresenta uma fachada em que metade da rea fechada por vidro com
a altura do p direito, sendo o resto da fachada composta de tijolos de vidro. Qual opercentual de aberturas nas fachadas de tal edifcio?
Resposta: 100%. Todos os materiais da fachada so transparentes ou translcidos.
Exerccio 1. 2
Se, no caso anterior, metade das paredes de vidro que fecham os vos fosse deixada
sem fechamento, isso aumentaria ou reduziria a rea de aberturas da fachada?
Resposta: Reduziria o percentual de aberturas em 25% uma vez que os vos sem
fechamento no contam como materiais transparentes ou translcidos. Este exemplo
visa frisar que a definio abertura do RTQ-C se refere exclusivamente s parcelas da
envoltria do edifcio de materiais transparentes ou translcidos. Vos descobertos
sem nenhum tipo de material no so aberturas para fins do manual
1.2 AMBIENTE
Espao interno de um edifcio, fechado por superfcies slidas, tais como paredes ou divisrias,
teto, piso e dispositivos operveis tais como janelas e portas.
Um ambiente um espao interno do edifcio delimitado por divisrias ou paredes. Por
diviso, no se entende somente paredes de alvenaria ou concreto. Frequentemente
espaos de escritrio so divididos por parties desmontveis que criam espaos
internos que so classificados como ambientes pelo RTQ-C. necessrio, no entanto,que tais parties vedem o espao do piso at ao teto. Estaes de trabalho de planta
livre no so contabilizadas como ambientes independentes.
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Manual de Aplicao dos Requisitos Tcnicos da Qualidade RTQ-C
Exemplo 1. 1
Figura 1. 1. Divisrias at o forro (ou teto) delimitam ambientes, mesmo que contenham vidro.
Portanto, h dois ambientes na figura.
Exerccio 1. 3
Um espao vedado do piso ao teto por divisrias desmontveis, compostas de madeira
compensada at 2,2 m e vidro a partir dessa altura at ao teto. O espao tem porta e
forma um escritrio independente. Este espao um ambiente?
Resposta: Sim. O espao fechado. Convm notar que no se deve considerar as
luminrias nos ambientes contguos no clculo da eficincia da iluminao. Embora a
passagem de luz entre ambientes contguos ocorra atravs da parcela de vidro da
divisria, esta passagem pode ser interrompida com a instalao de persianas.
1.3 AMBIENTE CONDICIONADO
Ambiente fechado (incluindo fechamento por cortinas de ar) atendido por sistema de
condicionamento de ar.
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Definies, Smbolos e Unidades
15
1.4 AMBIENTE DE PERMANNCIA PROLONGADA
Ambientes de ocupao contnua por um ou mais indivduos, incluindo escritrios, rea de
venda de mercadoria, salas de aulas, cozinhas, reas de refeio, circulao de pblico em
shoppings centers fechados, laboratrios, consultrios, sagues de entrada onde haja portaria
ou recepo com ocupante, locais para prtica de esportes, etc. No so ambientes de
permanncia prolongada: garagens e estacionamentos, depsitos, despensas, banheiros,
reas de circulao em geral, reas tcnicas onde a ocupao no freqente, etc. Os
ambientes listados nesta definio no excluem outros no listados.
1.5 NGULOS DE SOMBREAMENTO
ngulos que determinam a obstruo radiao solar gerada pela proteo solar nas
aberturas. No RTQ so usados dois ngulos: ngulo vertical de sombreamento (AVS -referente
a protees horizontais) e ngulo horizontal de sombreamento (AHS referente a proteesverticais).
A definio de abertura decorre da importncia de identificar os materiais transparentes e
translcidos na envoltria do edifcio. As definies de PAFT e PAZ so complementares e
surgem da necessidade de quantificar a influncia das aberturas no comportamento
trmico do edifcio. Esta influncia, no caso especial das aberturas, est intimamente
ligada irradiao solar. Por este motivo, no basta determinar e quantificar as aberturas;
torna-se necessrio saber se e quanto as mesmas esto sombreadas.
Para quantificar o efeito dos sistemas de sombreamento nas aberturas, o RTQ-C
apresenta dois conceitos complementares: ngulo Vertical de Sombreamento (AVS) e
ngulo Horizontal de Sombreamento (AHS). Estes indicadores de sombreamento na
abertura so medidos, o primeiro em corte, e o segundo em planta. Assim, o AVS mede,
no plano vertical, o efeito das protees solares horizontais enquanto o AHS mede no
plano horizontal o efeito das protees solares verticais. A Tabela 1.2 sintetiza estas
relaes.
Quadro 1.1. Comparao entre AHS e AVS
Indicador Plano de medio Visto Tipo de proteo medida
AHS Plano horizontal Em planta Protees verticais
AVS Plano vertical Em corte Protees horizontais
Os ngulos so sempre medidos entre os planos da folha de vidro e da aresta mais
distante pertencente proteo solar. Para uso no RTQ-C, o ngulo utilizado dado pelamdia ponderada do ngulo de sombreamento em funo da rea das aberturas.
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Manual de Aplicao dos Requisitos Tcnicos da Qualidade RTQ-C
No caso de protees solares vazadas, deve-se proceder da seguinte forma:
Prticos ou chapas perfuradas paralelas ao plano envidraado: so consideradas
fachadas e deve-se consultar o item de definies para PAF (Percentual de rea
de Abertura na Fachada).
Protees solares vazadas formadas por placas com aletas paralelas devem ter
estabelecidas uma relao entre a altura (para AVS) ou profundidade (para AHS)
da aleta e o vo entre destas aletas, conforme a Figura 1.2. A razo entre eles
um fator de correo a ser multiplicado pelo AVS ou AHS. Fatores de correo
maiores que 1, adotar 1.
Figura 1.2. Fator de correo para proteo solar vazada.
FATOR DE CORREO PARA PROTEES SOLARES VAZADAS
Protees solares vazadas permitem uma maior entrada da radiao solar quando
comparada s outras protees solares com mesmo ngulo de proteo; por este motivo
adota-se o fator de correo. Assim, um fator de correo igual a um representa uma
proteo solar vazada onde a parcela sombreada a mesma que uma proteo solar
no vazada, de mesmo ngulo.
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Definies, Smbolos e Unidades
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Figura 1.3. Varandas internas projeo horizontal do edifcio, direita. E, varandas externas
projeo do edifcio, esquerda. Neste caso, ainda existe o sombreamento de um plano do edifcio
sobre o outro.
ATENO NO CLCULO DOS NGULOS DE SOMBREAMENTO
VARANDAS INTERNAS PROJEO HORIZONTAL DO EDIFCIO
O sombreamento que elas proporcionam no deve ser considerado, visto que o clculo
do PAF induz reduo da rea envidraada real. Ver PAF, neste captulo de
definies.
VARANDAS EXTERNAS PROJEO HORIZONTAL DO EDIFCIO
Varandas localizadas na parte externa do alinhamento do edifcio (fora da projeo
horizontal do edifcio) so consideradas protees solares, geralmente como AVS. Ver
Figura 1.3.
PROTEES SOLARES PARALELAS FACHADA
Caso a proteo solar ocupe uma rea paralela fachada, esta considerada fachada,
participando do clculo do PAF, maiores detalhes em PAFT.
1.6 NGULO HORIZONTAL DE SOMBREAMENTO (AHS)
ngulo formado entre dois planos verticais:
o primeiro plano o que contm a base da folha de vidro (ou material translcido);
o segundo plano formado pela extremidade mais distante da proteo solar vertical
e a extremidade oposta da base da folha de vidro (ou material translcido).
O AHS deve sempre ser considerado nos dois lados da abertura. Desta forma, o AHS de
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uma abertura a mdia do ngulo das duas protees solares, como mostrado nas
figuras abaixo:
Figura 1.4. ngulos Horizontais de Sombreamento.
1.7 NGULO VERTICAL DE SOMBREAMENTO (AVS)
ngulo formado entre dois planos que contm a base da abertura:
o primeiro o plano vertical na base da folha de vidro (ou material translcido);
o segundo plano formado pela extremidade mais distante da proteo solar
horizontal at a base da folha de vidro (ou material translcido).
Seguem alguns exemplos de medies de AVS:
Figura 1.5. ngulos Verticais de Sombreamento.
Notar que o AVS deve ser medido em corte enquanto o AHS deve ser medido em planta
e nas duas direes (dependendo da orientao da fachada).
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Figura 1.6. Proteo solar vertical com AHS de10.
Figura 1.7. Proteo solar horizontal com AVS de 45e proteo solar vertical com AHS de 10.
Figura 1.8. Proteo solar horizontal com AVS de45.
Figura 1.9. Proteo solar horizontal com AVS de30.
Figura 1.10. Proteo solar horizontal com AVSde 60, em que se deve considerar 45 para uso
no mtodo prescritivo
Figura 1.11. Proteo solar horizontal perfurada:Prgola. Considerar fator de correo.
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1.8 REA CONDICIONADA (AC) (m2)
rea til dos ambientes condicionados.
1.9 REA NO CONDICIONADA (ANC) (m2
)rea til dos ambientes no condicionados de permanncia prolongada, com comprovao de
conforto conforme descrito no item seis deste RTQ.
1.10 REA DA ENVOLTRIA (AENV) (m2)
Soma das reas das fachadas, empenas e cobertura, incluindo as aberturas.
1.11 REA DE PERMANNCIA TRANSITRIA (APT) (m
2
)rea til dos ambientes de permanncia transitria, desde que no condicionados. Garagens e
estacionamentos no entram no clculo da APT.
1.12 REA DE PROJEO DA COBERTURA (Apcob) (m2)
rea da projeo horizontal da cobertura, incluindo terraos cobertos ou descobertos e
excluindo beirais, marquises e coberturas sobre varandas esta ltima, desde que fora do
alinhamento do edifcio.
A rea de projeo da cobertura (Apcob) consiste na projeo horizontal da coberta e
utilizado para o clculo do Fator Altura.
Deve-se observar que reas decorrentes do recuo de portas e janelas, que ultrapassam a
espessura da parede, geram espaos que no so contabilizados como cobertura tanto
para os pr-requisitos quanto para as reas de cobertura e de projeo da cobertura. A
Figura 1.12 mostra o recuo formado pela localizao da porta no ambiente e qual a rea
que deve ser considerada. Nela, v-se que uma parede perpendicular parede externa
(parede 2) e maior que a espessura da parede 1, faz parte deste recuo. Portanto, a
cobertura deve ser contabilizada caso o recuo seja da espessura da parede,
independente da grandeza desta espessura.
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Figura 1.12. Definio da rea utilizada para rea de cobertura e rea da projeo de cobertura.
1.13 REA DE PROJEO DO EDIFCIO (Ape) (m2)
rea de projeo mdia dos pavimentos, excluindo subsolos.
A rea de projeo do edifcio (Ape) igual rea de projeo da cobertura em edifcios
de formato uniforme, no entanto em edifcios de formato irregular a Ape a mdia da
projeo dos pavimentos.
Ape e Apcob so dois conceitos diferentes sobre a projeo do edifcio, utilizados em
diferentes momentos na classificao do nvel de eficincia do edifcio. A Figura 1.13
mostra um edifcio de formato irregular e a rea a ser considerada para a Apcob
. Para a Ape
deve se considerar a mdia das reas dos pavimentos - reas A, B e C - conforme a
Figura 1.13.
Figura 1.13. reas consideradas para Apcob rea de projeo da cobertura; e Ape rea de projeo
do edifcio.
pe
pcob
2 1
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1.14 REA TIL (AU) (m2)
rea disponvel para ocupao, medida entre os parmetros internos das paredes que
delimitam o ambiente, excluindo garagens.
A rea til do edifcio utilizada na equao geral de classificao do edifcio. Refere-se
a toda rea do edifcio possvel de ser ocupada, sendo ambientes de longa permanncia
ou reas de transio, como circulaes e escadas; no entanto as reas de garagem no
so consideradas. Ao contrrio da rea total de piso, a rea til utiliza as medidas
internas do edifcio, desconsiderando as reas de parede e referem-se aos locais que
atendem a definio de ambiente. O Exemplo 1.2 apresenta um clculo de rea til.
1.15 REA TOTAL CONSTRUDA (Atot) (m2)
Soma das reas de piso dos ambientes fechados da construo, medidas externamente.
A rea total de piso do edifcio utilizada no clculo do Fator Altura, e considera a rea
de piso de todos os pavimentos, medida externamente (a partir das paredes externas). O
Exemplo 1.2 apresenta um clculo de rea total em comparao rea til.
Exemplo 1.2
A Figura 1.14 mostra a volumetria de um edifcio. A partir desta figura tem-se que:
Planta de Cobertura
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1.16 CAIXILHO
Moldura onde so fixados os vidros de janelas, portas e painis.
1.17 CAPACIDADE TRMICA (C)
Quantidade de calor necessria para variar em uma unidade a temperatura de um sistema.
A capacidade trmica de componentes (CT) pode ser determinada por componentes
formados por camadas homogneas perpendiculares ao fluxo de calor, de acordo com a
Equao 1.1. Para componentes com camadas no homogneas, utiliza-se a Equao
1.2.
Equao 1.1
Onde:CT a capacidade trmica de componentes, [J/mK];
Detalhe da escada
Figura 1.14. Volumetria e planta de cobertura com dimenses para determinao de: AU e Atot.
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i a condutividade trmica da matria da camada i, [W/(m.K)];
Ri a resistncia trmica da camada i, [(m2.K)/W];
ei a espessura da camada i, [m];
ci o calor especfico do material da camada i, [kJ/(kg.K)];
i a densidade de massa aparente do material da camada i, [kg/m].
Equao 1.2
Onde:
CTa, CTb, ..., CTn, so as capacidades trmicas do componente para cada seo (a, b, ,
n), determinadas pela Equao 1.1, [J/mK];
Aa, Ab, ..., An so as reas de cada seo, [m].
Exerccio 1.4
O exerccio a seguir faz parte da NBR15220-2, anexo C, onde pode-se encontrar outros
exemplos de clculo.
Exerccio C.1 - NBR15220-2, anexo C:
Calcular a capacidade trmica de uma parede de tijolos macios rebocados em ambas
as faces, conforme a Figura 1.15.
Dados:
Dimenses do tijolo: 5 cmx 9 cm x 19 cm;
cermica: 1600 kg/m3;
cermica: 0,90 w/(m.k);
Ccermica: 0,92 kj/(kg.k);
argamassa = reboco: 2000 kg/m3;
argamassa = reboco: 1,15 w/(m.k);
Cargamassa = Creboco: 1,00 kJ/(kg.K).
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Exerccio 1.4 (continuao)
Figura 1.15. Parede de tijolos macios rebocados em ambas as faces
Clculo de todas as sees da parede:
a. Seo A (reboco +argamassa +reboco)
b. Seo B (reboco +tijolo +reboco)
Clculo da capacidade trmica da parede:
5
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1.18 COEFICIENTE INTEGRADO DE PERFORMANCE (ICOP)
Grandeza que expressa o COP de refrigerao em carga parcial para unidades de
condicionamento de ar unitrias, ponderando a eficincia do equipamento quando este opera
em diferentes capacidades de carga.
1.19 COEFICIENTE DE PERFORMANCE (COP)
Pode ser definido para as condies de resfriamento ou aquecimento. Para resfriamento:
segundo a norma ASHRAE 90.1, a razo entre o calor removido do ambiente e a energia
consumida, para um sistema completo de refrigerao ou uma poro especfica deste sistema
sob condies operacionais projetadas. Para aquecimento: segundo a norma ASHRAE 90.1,
a razo entre o calor fornecido ao ambiente e a energia consumida, para um sistema completo
de aquecimento por bomba de calor, incluindo o compressor e, se aplicvel, o sistema auxiliar
de aquecimento, sob condies operacionais projetadas.
1.20 COLETOR SOLAR
Dispositivo que absorve a radiao solar incidente, transferindo-a para um fluido de trabalho,
sob a forma de energia trmica.
1.21 DENSIDADE DE CARGA INTERNA (DCI) (W/ m2)
aquela proporcionada pela ocupao dos ambientes ou edifcio e pelo uso de equipamentose da iluminao.
1.22 DENSIDADE DE POTNCIA DE ILUMINAO (DPI) (W/ m2)
Razo entre o somatrio da potncia de lmpadas e reatores e a rea de um ambiente.
1.23 DENSIDADE DE POTNCIA DE ILUMINAO LIMITE (DPIL)
(W/ m
2
)Limite mximo aceitvel de DPI.
O mtodo de determinao do nvel de eficincia do sistema de iluminao baseado na
Densidade de Potncia de Iluminao. Esta se refere potncia instalada nos ambientes
internos exclusivamente e, portanto, est relacionada definio de ambientes.
A Densidade de Potncia de Iluminao Limite (DPIL) est diretamente relacionada ao
nvel de iluminncia necessrio nos planos de trabalho, ou seja, necessrio identificar
qual a atividade a ser executada em cada ambiente ou edifcio (escritrios, banheiros,
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Definies, Smbolos e Unidades
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rea de refeio de restaurantes, cozinhas de restaurantes, etc.) para identificar qual a
densidade considerada eficiente.
1.24 EDIFCIOS COMERCIAIS, DE SERVIOS E PBLICOS
Edifcios pblicos e/ou privados usados com finalidade que no a residencial ou industrial. So
considerados comerciais, de servios e pblicos: escolas; instituies ou associaes de
diversos tipos, incluindo prtica de esportes; tratamento de sade de animais ou humanos, tais
como hospitais, postos de sade e clnicas; vendas de mercadorias em geral; prestao de
servios; bancos; diverso; preparao e venda de alimentos; escritrios e edifcios
empresariais, de uso de entidades, instituies ou organizaes pblicas municipais, estaduais
e federais, incluindo sedes de empresas ou indstrias, desde que no haja a atividade de
produo nesta ltima; meios de hospedagem. As atividades listadas nesta definio no
excluem outras no listadas.
O RTQ-C no apresenta uma definio exaustiva de edifcio comercial, afirmando que os
edifcios comerciais no se limitam aos exemplos contidos na definio. Uma definio
prescritiva implicaria na excluso de diversos edifcios que devem ser objeto da aplicao
do RTQ-C.
Por este motivo, o RTQ-C define edifcio comercial e de servios por excluso: o que no
so edifcios residenciais ou industriais. Partindo desta premissa, vrios exemplos de
edifcios considerados comerciais so apresentados, analisando para qual atividade oedifcio concebido.
Como a definio de edifcios comerciais, de servios e pblicos por excluso, escolas,
hospitais e edifcios contendo outras atividades institucionais esto abrangidos pelo RTQ-
C. No caso de edifcios de atividade mista, a definio do tipo de edifcio deve ser
realizada determinando o uso principal, cuja rea deve ser superior a 500m. Caso as
atividades sejam claramente separadas, possvel considerar a parte comercial do
edifcio e classificar a eficincia somente da rea comercial.
Exerccio 1.5
Uma ONG ocupa um edifcio com mais de 500 m de rea til. Este edifcio comercial?
Resposta: Sim. Ele pode ser considerado um edifcio de escritrios e, portanto comercial
ou de prestao de servios.
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Exerccio 1.6
Uma fbrica de sofs faz tambm venda direta ao pblico dos seus produtos nas suas
instalaes. Esta fbrica deve ser considerada um edifcio comercial?
Resposta: O uso da fbrica industrial: a produo de sofs. Caso a rea de vendas
seja superior a 500 m, esta parcela considerada comercial. Caso a rea de vendas
esteja em um anexo ou edifcio em separado com rea superior a 500 m 2, este anexo
considerado um edifcio comercial. Da mesma forma, se existir um escritrio na fbrica
com rea superior a 500 m2 este escritrio pode ser considerado um edifcio comercial.
Exerccio 1.7
Um banco ocupa um edifcio com mais de 500 m de rea til. Este edifcio comercial?
Resposta: Ele pode ser considerado um edifcio de prestao de servios e, portanto,
est submetido ao RTQ-C.
1.25 ENCE
Etiqueta Nacional de Conservao de Energia.
1.26 ENCE GERAL
Etiqueta Nacional de Conservao de Energia fornecida para edifcios, ou parcela dos edifcios,
que passaram pela avaliao dos trs sistemas.
A ENCE Geral fornecida aps serem avaliados os trs sistemas individuais que a
compe, os quais so: Envoltria, Iluminao e Condicionamento de Ar. Cada um dessessistemas recebe uma classificao, conforme seu desempenho. Aps essa anlise, o
edifcio recebe uma ENCE Geral, a qual apresenta o seu desempenho energtico, que
uma mdia que considera a classificao de cada um dos trs sistemas analisados. A
Figura A. 2 apresenta a ENCE Geral de projeto e de inspeo.
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Exemplo 1.3
Um edifcio comercial passou pela avaliao de requisitos relativos ao desempenho da
envoltria, eficincia e potncia instalada do sistema de iluminao e eficincia dosistema de condicionamento do ar. Ao fim da avaliao, este edifcio receber uma
ENCE Geral, que indicar qual o nvel de eficincia energtica alcanado pelo seu
conjunto de sistemas.
1.27 ENCE PARCIAL
Etiqueta Nacional de Conservao de Energia fornecida para edifcios com avaliao de um ou
dois sistemas. A avaliao dos sistemas de iluminao e condicionamento de ar pode serrealizada para apenas uma parcela do edifcio.
A ENCE Parcial fornecida aps serem avaliados um ou dois sistemas individuais que a
compe. A ENCE Parcial pode ter uma das seguintes combinaes:
Envoltria,
Envoltria e Sistema de iluminao, e
Envoltria e Condicionamento de Ar.
Assim, o edifcio no receber uma etiqueta que indica o desempenho do seu conjunto
de sistemas, e sim, uma que indica o desempenho de cada sistema avaliado
isoladamente. importante ressaltar que a avaliao da envoltria s pode ser realizada
para todo o edifcio. As Figura 1.16 a Figura 1.18 mostram as ENCES parciais.
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Figura 1.16.ENCE Parcial da Envoltria Figura 1.17.ENCE Parcial da Envoltria e
Iluminao
Figura 1.18.ENCE Parcial da Envoltria e Condicionamento de Ar
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Exemplo 1.4
Um edifcio comercial de cinco andares passou pela avaliao de requisitos
relativos ao desempenho da envoltria e eficincia e potncia instalada no
sistema de iluminao do 5 pavimento. Ao fim da avaliao, este edifcio receber
uma ENCE Parcial, que indicar o nvel de eficincia energtica da Envoltria e
outra ENCE Parcial com indicao do nvel de eficincia energtica da Envoltria e
do sistema de iluminao do 5 pavimento.
1.28 ENERGY EFFICIENCY RATIO (EER)
A razo entre a capacidade total de resfriamento (em Btu/h) e a potncia requerida (em W) sob
condies operacionais estabelecidas.
1.29 ENVOLTRIA (ENV)
Planos que separam o ambiente interno do ambiente externo.
A envoltria pode ser entendida como a pele do edifcio. Isto , o conjunto de elementos
do edifcio que esto em contato com o meio exterior e compem os fechamentos dos
ambientes internos em relao ao ambiente externo. Meio externo, para a definio de
envoltria, exclui a parcela construda do subsolo do edifcio, referindo-se exclusivamente
as partes construdas acima do solo. Esta definio independe de material ou funo no
edifcio. Qualquer tipo de elemento acima do solo, que pertena ao edifcio e que
permanea em contato prolongado com o exterior, ou com outra edificao, pertence
envoltria.
Figura 1.19 Partes do edifcio que compem a envoltria. O piso pode ser considerado envoltria
quando est em contato com o meio exterior. No RTQ-C, o contato com o piso no computado na
rea da envoltria.
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Em geral, pisos e paredes em contato com o solo, no caso de ambientes localizados no
subsolo (garagens e depsitos, por exemplo), no so considerados envoltria, assim
no fazem parte do clculo da rea da envoltria (Aenv). No caso da Figura 1.20, apenas a
superfcie envidraada considerada como envoltria.
Figura 1.20. Subsolo com algumas paredes em contato com o solo. As paredes do subsolo que esto
em contato com o ar so consideradas como parte da envoltria.
1.30 EqNum - EQUIVALENTE NUMRICO
Nmero representativo da eficincia de um sistema.
1.31 EqNumAC
Nmero representativo da eficincia do sistema de condicionamento de ar.
1.32 EqNumDPI
Nmero representativo da eficincia do sistema de iluminao.
1.33 EqNumEnv
Nmero representativo da eficincia da envoltria.
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Definies, Smbolos e Unidades
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1.34 EqNumS
Nmero representativo da eficincia de um edifcio condicionado artificialmente, avaliado pelo
mtodo da simulao.
1.35 EqNumV
Nmero representativo do conforto dos ambientes no condicionados artificialmente.
1.36 FACHADA
Superfcies externas verticais ou com inclinao superior a 60o em relao horizontal. Inclui
as superfcies opacas, paredes, translcidas, transparentes e vazadas, como cobogs e vos
de entrada.
Fachadas so compostas de elementos como paredes, aberturas, vos sem
fechamentos, protees solares e quaisquer outros elementos conectados fisicamente a
elas.
Deve-se diferenciar fachadas de paredes externas. Estas ltimas referem-se a elementos
opacos, e so citadas ao longo do texto quando aberturas e outros elementos da fachada
no esto includos na citao. Paredes externas so usadas principalmente no clculo
da transmitncia trmica e absortncia (assim como as coberturas). J as fachadas
referem-se ao Percentual de rea de Aberturas nas Fachadas (PAF) e so parte da
envoltria para clculo de Fator de Forma.
A orientao das fachadas influencia na eficincia da envoltria. Por este motivo
necessrio definir a orientao de cada fachada. Esta determinao feita atravs da
implantao de um edifcio dentro de um quadrante definido da seguinte forma:
I. De 0 a 45,0 e de 315,1 a 360,0 a orientao geogrfica Norte;
II. De 45,10 a 135,0, a orientao geogrfica Leste;
III. De 135,10 a 225,0, a orientao geogrfica Sul;
IV. De 225,10 a 315,0, a orientao geogrfica Oeste.
A Figura 1.21 apresenta a rosa dos ventos com os quadrantes. Convm realar que o
regulamento indica expressamente o uso do norte geogrfico e no do norte magntico.
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Figura 1.21. Quadrantes para definio da orientao de fachada.
O exemplo mostrado na Figura 1.22. Nela, possvel ver a implantao da planta de
um edifcio retangular, com a marcao do norte geogrfico e de retas perpendiculares
aos planos de fachada. As imagens sobrepostas permitem o posicionamento de cada reta
perpendicular sua fachada, mostrando a que orientao cada fachada est direcionada.
Figura 1.22. Sobreposio da edificao sobre a rosa dos ventos para definio da
orientao de fachadas. Ver projeo da reta perpendicular fachada leste identificando
sua orientao.
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Definies, Smbolos e Unidades
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Exemplo 1.5
A Figura 1.23 mostra um exemplo para a determinao da orientao de fachadas. As
fachadas 1 a 8 esto marcadas em perspectiva e em planta. A planta utilizada paradefinir a orientao das fachadas 1 e 8. A partir da sobreposio da planta tem-se que a
fachada 1 possui orientao leste, e a fachada 8 com orientao sul.
Figura 1.23. Fachadas de edifcio marcadas em perspectiva e em planta.
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1.37 FACHADA OESTE
Fachada cuja normal superfcie est voltada para a direo de 270 em sentido horrio a
partir do norte geogrfico. Fachadas cuja orientao variar de +45 ou -45 em relao a essa
orientao sero consideradas como fachadas oeste.
1.38 FATOR ALTURA (FA)
Razo entre a rea de projeo da cobertura e a rea total construda (Apcob/Atot), com exceo
dos subsolos.
O Indicador de Consumo (IC) calculado especificadamente para cada edifcio
analisado. Para tanto, so utilizados ndices, como FA e FF, para caracterizar o edifcio e
possibilitar avaliar de forma comparativa a eficincia da envoltria dos edifcios.
Desta forma, o Fator Altura representa o nmero de pavimentos, o Exemplo 1.6
apresenta o clculo do FA para quatro edifcios.
1.39 FATOR DE FORMA (FF)
Razo entre a rea da envoltria e o volume total da edificao (Aenv/Vtot).
ndice representativo das propores do edifcio, utilizado para o clculo do Indicador de
Consumo (IC), da avaliao da envoltria. O Exemplo 1.6 apresenta o clculo do FA para
quatro edifcios.
A equao do IC apresenta limites para o FF, edifcios com valores diferentes dos limites
estipulados devero usar o FF limite da equao.
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Definies, Smbolos e Unidades
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Exemplo 1.6
Figura 1.24. Fator Altura e Fator de Forma.
1.40 FATOR SOLAR (FS)Razo entre o ganho de calor que entra num ambiente atravs de uma abertura e a radiao
solar incidente nesta mesma abertura. Inclui o calor radiante transmitido pelo vidro e a radiao
solar absorvida, que re-irradiada ou transmitida, por conduo ou conveco, ao ambiente. O
fator solar considerado ser relativo a uma incidncia de radiao solar ortogonal abertura. A
ISO 15099: 2003 e a ISO 9050: 2003 apresentam procedimentos de clculos normalizados
para o FS e outros ndices de desempenho energtico de vidros e janelas. A NFRC 201:2004
apresenta procedimentos e especificaes tcnicas normalizadas para aplicao de um
mtodo calorimtrico de medio de ganho de calor solar em janelas.
Segundo a NBR 15220 -2 (ABNT, 2005) o fator solar de elementos transparentes ou
translcidos pode ser calculado atravs da Equao 1.3.
Equao 1.3Onde:
FST o fator solar de elementos transparentes ou translcidos, [J/mK];U a transmitncia trmica do componente, [W/(m2.K)];
25x25m
FA: 0,1FF: 0,19
FA: 0,1FF: 0,09
FA: 1FF: 0,49
100x50m
FA: 1FF: 0,39
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a absortncia radiao solar;
Rse a resistncia superficial externa, [(m2.K)/W];
a transmitncia radiao solar.
Para se obter o FS atravs desta equao necessrio que se tenha todos os dados
medidos. A forma mais comum de obt-lo atravs de catlogos de fabricantes. Eles
normalmente so representados em porcentagem, mas para o RTQ-C deve-se adotar o
nmero fracionrio.
Exerccio 1.8
Determinar o Fator solar de um vidro de 4 mm, cujas propriedades esto descritas no
Quadro 1.2.
Quadro 1.2. Propriedades do vidro especfico para o exemplo acima.
Propriedades do vidro
Transmitncia trmica 5,8 W/(m2.K)
Transmitncia a radiao solar 28%
Absortncia solar 54%
Resistncia superficial externa 0,04 (m2.K)/W
Assim:
1.41 FRAO SOLAR
Parcela de energia requerida para aquecimento da gua que suprida pela energia solar, em
mdia anual.
1.42 HEATING SEASONAL PERFORMANCE FACTOR(HSPF)
Segundo a norma ASHRAE 90.1, a razo entre o calor fornecido por uma bomba de calor
durante o perodo em que normalmente est em uso ao longo de um ano (em Wh) e a energia
eltrica total durante o mesmo perodo.
1.43 ICENV
Indicador de Consumo da envoltria.
O Indicador de Consumo um parmetro para avaliao comparativa da eficincia da
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Definies, Smbolos e Unidades
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envoltria. As equaes que determinam o IC foram geradas atravs de resultados de
consumo de energia simulados no programa computacional EnergyPlus para diversas
tipologias construtivas de edificaes comerciais brasileiras. So equaes de regresso
multivariada especficas para as zonas bioclimticas brasileiras. O Indicador de Consumo
no pode ser considerado como consumo de energia da edificao, pois este
significativamente dependente de parmetros no includos nas equaes, como cargas
internas e tipo e eficincia do sistema de condicionamento de ar. Assim, deve ser
considerado apenas um indicador para comparao entre edificaes cuja volumetria
idntica (Fator de Forma e Fator Altura), de forma que represente as variaes de
eficincia decorrentes somente da envoltria.
1.44 ILUMINAO DE TAREFA
Iluminao direcionada a uma superfcie ou rea especfica, que proporciona o nvel de
iluminamento adequado e sem ofuscamento para realizao de tarefas visuais especficas. A
iluminao de tarefa diferenciada da iluminao geral por no abranger todas as superfcies e
deve ter controle independente.
1.45 INTEGRATED PART-LOAD VALUE(IPLV)
Nmero de um dgito baseado em COP, ou kW/TR expressando eficincia em carga parcial
para equipamento de condicionamento de ar e bomba de calor na base de pesos ponderadosde operao a vrias capacidades de carga.
1.46 MDULO FOTOVOLTAICO
Unidade bsica formada por um conjunto de dispositivos fotovoltaicos, interligados
eletricamente e encapsulados, especificamente desenvolvida para realizar a converso direta
de energia solar em energia eltrica.
1.47 PAREDES EXTERNASSuperfcies opacas que delimitam o interior do exterior da edificao; esta definio exclui as
aberturas.
Esta definio visa diferenciar as paredes externas das fachadas. Como visto, paredes
externas so as superfcies opacas, compostas de tijolos, blocos, painis ou similar,
enquanto as fachadas contm as paredes e ainda incluem outros componentes como
aberturas, protees solares, cobogs e vos sem fechamentos.
Ao longo do texto do RTQ-C, h diversas citaes de paredes ou fachadas, que
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Manual de Aplicao dos Requisitos Tcnicos da Qualidade RTQ-C
apresentam objetivos distintos. O clculo de transmitncia trmica refere-se a
componentes opacos, assim, cita-se transmitncia trmica das paredes externas. Em
contraste, o clculo do PAF refere-se a fachadas, pois inclui aberturas e componentes
vazados.
1.48 PADRO DE USO (PU) (h)
Horas e taxas de ocupao e operao do edifcio. Horas de ocupao interna, horas em que
um sistema de condicionamento de ar est ligado ou horas em que um edifcio utilizado.
1.49 PERCENTUAL DE ABERTURA ZENITAL (PAZ) (%)
Percentual de rea de abertura zenital na cobertura. Refere-se exclusivamente a aberturas em
superfcies com inclinao inferior a 60 em relao ao plano horizontal. Deve-se calcular aprojeo horizontal da abertura. Acima desta inclinao, ver PAFT.
O PAZ o ndice utilizado para representar as aberturas zenitais, aberturas em
superfcies que formam um ngulo inferior a 60C ao plano horizontal, no
necessariamente localizadas na cobertura. Para mais detalhes ver PAFT.
Figura 1.25. Clarabia contabilizada no PAZ.
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Definies, Smbolos e Unidades
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Figura 1.26. Clarabia contabilizada no PAZ: embora a rea de vidro seja maior, deve-se considerar a
rea da projeo horizontal da abertura.
1.50 PERCENTUAL DE REA DE ABERTURA NA FACHADA
OESTE (PAFO) (%)
calculado pela razo entre a soma das reas de abertura envidraada, ou com fechamento
transparente ou translcido, da fachada oeste e a rea da fachada oeste.
1.51 PERCENTUAL DE REA DE ABERTURA NA FACHADA
TOTAL (PAFT) (%)
calculado pela razo entre a soma das reas de abertura envidraada, ou com fechamento
transparente ou translcido, de cada fachada e a rea total de fachada da edificao. Refere-
se exclusivamente a aberturas em paredes verticais com inclinao superior a 60em relao
ao plano horizontal, tais como janelas tradicionais, portas de vidro ou sheds, mesmo sendo
estes ltimos localizados na cobertura. Exclui rea externa de caixa dgua no cmputo da
rea de fachada, mas inclui a rea da caixa de escada at o ponto mais alto da cobertura
(cumeeira). Neste RTQ, sua insero nas equaes 3.3 a 3.12 deve ser sob forma de frao (0
a 1).
Assim como o PAZ, o PAFT um ndice que representa o tamanho das aberturas. PAFT e
PAZ transformam em nmeros o conceito qualitativo de abertura, para posteriormente ser
usado em clculo.
Qualquer superfcie de um edifcio acima do solo, que tenha aberturas, terobrigatoriamente um PAZ ou PAFT. Para diferenciar estes percentuais, superfcies
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horizontais (coberturas) de superfcies verticais (fachadas). O PAF refere-se apenas as
aberturas localizadas em superfcies que formam um ngulo superior a 60C ao plano
horizontal. Esta distino, entre PAZ e PAF, est relacionada ao ngulo de incidncia da
radiao solar nas aberturas da edificao, ilustrada na Figura 1.27.
O clculo do PAZ e PAFTdeve excluir as reas dos caixilhos. PAZ e PAFT referem-se
s partes com materiais transparentes ou translcidos, exceto no caso de juntas entre
folhas de vidro (borracha, selantes ou similares). Deve-se assim descontar a rea de
caixilhos da rea do vo da fachada ou da cobertura.
Convm salientar que as reas de abertura so calculadas de modos diferentes para PAZ
e PAFT. No caso do PAFT a rea da abertura calculada em vista, com exceo de
aberturas em paredes curvas, enquanto para o PAZ utiliza-se a projeo horizontal da
rea da abertura. Como pode-se verificar na Figura 1.28 , as duas aberturas possuemdimenses em corte diferentes, mas a projeo igual para os dois casos. Resumindo,
para o clculo de PAZ, utiliza-se a projeo horizontal da abertura, enquanto no clculo
de PAFT, utilizam-se as medidas da abertura.
Figura 1.27. Diferena entre PAFT e PAZ. Abertura com ngulos entre A e B, so consideradas no PAF T.
Aberturas com ngulos entre B e C, so consideradas no PAZ.
Figura 1.28. PAZ contabilizado atravs da projeo horizontal. Aberturas com dimenses diferentespodem ter a mesma projeo.
90 60 0B CA
Abertura A
Abertura B
Projeo de A e B
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Definies, Smbolos e Unidades
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PAFT
Janelas de vidro;
Paredes de vidro;Paredes de tijolo de vidro;
Vo fechado com placas de
policarbonato ou acrlico;
Sheds;
Mansardas;
ngulo com o plano horizontal: igual
ou superior a 60.
PAZ
Janelas de vidro;
Paredes de vidro;Paredes de tijolo de vidro;
Vo fechado com placas de
policarbonato ou acrlico;
Sheds;
Mansardas;
ngulo com o plano horizontal:
inferior a 60.
Para clculo de PAZ e PAFT, deve-se determinar as reas de materiais transparentes ou
translcidos de cada abertura, excluindo os materiais opacos dos caixilhos. O
procedimento :
Determinar as reas de todas as aberturas: das fachadas, para PAFT, e das
coberturas, para PAZ;
Somar todas as reas das aberturas das fachadas e as reas das projees
horizontais das aberturas das coberturas;
Dividir o somatrio das aberturas presentes nas fachadas pela rea total de
fachadas (PAFT), e o somatrio das aberturas presentes na cobertura pela rea
total das coberturas, em projeo, (PAZ). As reas totais das coberturas ou plano
das fachadas incluem a rea das prprias aberturas. Segundo o RTQ-C, o clculo
do PAFT deve ser realizado determinando o PAF parcial da(s) fachada(s) oeste e o
PAFT de todas as fachadas. O PAFO (Percentual de rea de Abertura dasfachadas oeste) deve ser nico, calculado para todas as fachadas oeste. Caso o
PAF parcial da(s) fachada(s) oeste seja superior ao PAFT (todas as fachadas do
edifcio incluindo a(s) fachada(s) oeste) em 20% ou mais, deve-se adotar o PAF O
onde houver PAFT nas equaes do item envoltria.
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ATENO NO CLCULO DO PAF
PRTICOS
Prticos frente de grandes aberturas fechadas por planos de vidro so consideradosfachadas (parte opaca + vo) quando:
estes esto conectados fisicamente ao edifcio e
a sua distncia ao plano de vidro no ultrapassa a altura do vo (d h). Quando
esta condio no for verdadeira, e houver uma proteo horizontal entre a
fachada e o prtico, o mesmo ser considerado como fachada, conforme a Erro!
onte de referncia no encontrada..
A abertura a ser contabilizada no PAF a parcela de vidro vista ortogonalmente atravs
do prtico, descontando as esquadrias. No h proteo solar a ser contabilizada como
AVS e AHS.
Esta regra tambm vale para placas perfuradas que ocupam toda a fachada frente de
aberturas ou planos de vidro, brises fixos de aletas ou similares.
Obs.: este tipo de superfcie no precisa atender a exigncia de transmitncia trmica,
exceto a parcela opaca atrs do prtico, quando houver. Ver pr-requisitos especficos
da envoltria.
Figura 1.29. Relao entre distncia e altura do vo para prticos e brises paralelos fachada.
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Definies, Smbolos e Unidades
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ATENO NO CLCULO DO PAF (CONTINUAO)
PROTEES SOLARES (BRISES) PARALELAS FACHADA
Protees fixas devem seguir o descrito para prticos.
Protees mveis frente de planos de vidro ou aberturas so considerados fachadas
quando:
estes esto conectados fisicamente ao edifcio e
a sua distncia ao plano de vidro no ultrapassa a altura do vo entre as aletas,
para protees horizontais, e a largura do vo entre as aletas, para protees
verticais.
A abertura a ser contabilizada no PAF a parcela de vo envidraado vistaortogonalmente atravs das aletas em sua abertura mxima, conforme a Erro! Fonte
de referncia no encontrada.. As esquadrias vistas nesta condio devem ser
descontadas.
Figura 1.30. Parcela da abertura a ser contabilizada para o clculo do PAF.
VARANDAS INTERNAS PROJEO HORIZONTAL DO EDIFCIO
As portas ou janelas voltadas para a rea externa atravs de varandas internas
projeo do edifcio podem ser contabilizadas para PAF desde que a profundidade
desta varanda no ultrapasse 2 vezes a altura do vo (considerar o piso at o forro ou
teto). Entretanto, somente a parte vista ortogonalmente em fachada deve ser
considerada para o clculo do PAF, descontando as esquadrias. Como este fator reduz
a rea de vidro contabilizada no PAF, o sombreamento causado por esta varanda no
deve ser considerado. Ver ngulos de Sombreamento neste captulo de definies.
VARANDAS EXTERNAS PROJEO HORIZONTAL DO EDIFCIO
Varandas localizadas na parte externa do alinhamento do edifcio (fora da projeo
horizontal do edifcio) so consideradas protees solares. Ver ngulos de
Sombreamento.
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Figura 1.31. Mansarda contabilizada no PAFT.
Figura 1.32. Superfcies opacas atrs de vidros no so contabilizadas no PAF, como as lajes dos trs
pavimentos marcadas em vermelho.
1.52 PERCENTUAL DE HORAS OCUPADAS EM CONFORTO
(POC)
Razo entre as horas ocupadas com comprovao de conforto e total de horas ocupadas.
1.53 PONTUAO TOTAL (PT)
Pontuao total alcanada pelo edifcio.
reas envidraadas que nofazem parte do clculo doPAF.
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Definies, Smbolos e Unidades
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1.54 SEASONAL ENERGY EFFICIENCY RATIO(SEER)
Segundo a norma ASHRAE 90.1, a razo entre a quantidade de calor removido de um
condicionador de ar durante o perodo em que normalmente est em uso ao longo de um ano e
a energia eltrica consumida neste mesmo perodo (em Wh).
1.55 SISTEMA DE CONDICIONAMENTO DE AR (CA)
Processo de tratamento de ar destinado a controlar simultaneamente a temperatura, a
umidade, a pureza e a distribuio de ar de um meio ambiente.
1.56 TAREFAS VISUAIS
Designa as atividades que necessitam identificar detalhes e objetos para o desenvolvimento de
certa atividade, o que inclui o entorno imediato destes detalhes ou objetos.
1.57 TRANSMITNCIA TRMICA (W/(mK))
Transmisso de calor em unidade de tempo e atravs de uma rea unitria de um elemento ou
componente construtivo, neste caso, de componentes opacos das fachadas (paredes externas)
ou coberturas, incluindo as resistncias superficiais interna e externa, induzida pela diferena
de temperatura entre dois ambientes. A transmitncia trmica deve ser calculada utilizando o
mtodo de clculo da NBR 15220 - Parte 2 ou determinada pelo mtodo da caixa quente
protegida da NBR 6488.
De acordo com a NBR 15220-2 (ABNT, 2005) a transmitncia trmica de componentes
o inverso da resistncia trmica total, conforme a Equao 1.4.
Equao 1.4Onde:
UT a transmitncia trmica de componentes, [W/mK];
RT a resistncia trmica de componentes, [(m2
.K)/W].
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Exerccio 1.9
O exerccio a seguir faz parte da NBR15220-2, anexo C, onde se encontram outrosexemplos de clculo.
Exerccio C.1 - NBR15220-2, anexo C:
Calcular a transmitncia trmica de uma parede de tijolos macios rebocados em ambas
as faces, conforme a Figura 1.15.
Dados:
RTse: 0,1296 (m2.K)/W
Assim:
1.58 TRANSMITNCIA TRMICA DA COBERTURA (Ucob)
(W/(mK))
Transmitncia trmica das coberturas do edifcio.
1.59 TRANSMITNCIA TRMICA DAS PAREDES (Upar) (W/(mK))
Refere-se transmitncia de paredes externas somente.
1.60 VOLUME TOTAL DA EDIFICAO (Vtot) (m3)
Volume delimitado pelos fechamentos externos do edifcio (fachadas e cobertura), com
exceo de ptios internos descobertos.
1.61 ZONA BIOCLIMTICA
Regio geogrfica homognea quanto aos elementos climticos que interferem nas relaes
entre ambiente construdo e conforto humano de acordo com a NBR 15220 Parte 3.
A Zona Bioclimtica tem por objetivo determinar as estratgias que um edifcio deve
seguir para obter o conforto trmico dos seus ocupantes. Desta forma, uma Zona
Bioclimtica o resultado geogrfico do cruzamento de trs tipos diferentes de dados:
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Definies, Smbolos e Unidades
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zonas de conforto trmico humano, dados objetivos climticos e estratgias de projeto e
construo para atingir o conforto trmico.
H 8 zonas bioclimticas no Brasil, definidas segundo dados climticos (de temperatura e
umidade) para a determinao de estratgias de projeto necessrias para atingir o
conforto trmico de moradias de interesse social. Alm do mtodo de definio do
zoneamento pelas normais climatolgicas brasileiras, a norma NBR 15.220-3:
Zoneamento Bioclimtico Brasileiro apresenta a lista de 330 cidades brasileiras
pertencentes sua Zona Bioclimtica, disponvel tambm no anexo deste manual. Alm
destas, outras cidades tiveram suas zonas definidas por interpolao e esto disponveis
em www.labeee.ufsc.br. A Figura 1.33 apresenta um mapa com o zoneamento
bioclimtico brasileiro.
Determinadas as estratgias adequadas para cada cidade ou localidade geogrfica, asmesmas so agrupadas por uso de estratgias comuns criando assim uma Zona
Bioclimtica.
Figura 1.33. Zoneamento bioclimtico brasileiro (fonte: NBR 15.220-3).
http://www.labeee.ufsc.br/http://www.labeee.ufsc.br/ -
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1.62 ZONA DE CONFORTO
Zona onde existe satisfao psicofisiolgica de um grupo de indivduos com as condies
trmicas do ambiente. Para especificar a hiptese de conforto adotada, utilizar uma das
seguintes normas: ASHRAE Standard 55/2004 ou ISO 7730/2005.
Segundo a ASHRAE 55-2004, conforto trmico a condio da mente que expressa
satisfao com o ambiente trmico. Esta satisfao, no entanto, depende de pessoa para
pessoa, o que dificulta a determinao de parmetros que definam estas condies.
Algumas normas, como a ISO 7730/2005, ASHRAE 55-2004 e EN 15251, estabelecem
parmetros que procuram avaliar esta situao.
A ISO 7730/2005, determina, atravs do modelo do Fanger, o clculo do PMV, Voto
Mdio Estimado, ndice que prev o valor mdio do voto de um grupo de pessoas para ascondies do ambiente, de acordo com a escala mostrada na Quadro 1.3. O clculo do
PMV realizado a partir das seguintes variveis: atividade metablica, roupas,
temperatura do ar, temperatura radiante mdia, velocidade relativa do ar e presso
parcial do vapor de gua.
Quadro 1.3. Escala de determinao das sensaes trmicas
Sensao Trmica
+3 Muito quente+2 Quente
+1 Levemente quente
0 Neutro
-1 Levemente frio
-2 Frio
-3 Muito frio
A ASHRAE 55-2004 apresenta, alm do clculo do PMV, outro mtodo para determinaoda zona de conforto, assim como alguns parmetros que ajudam a determinar se um
ambiente est propcio a apresentar conforto ou no. O mtodo grfico um mtodo
simplificado que pode ser aplicado em ambientes onde os ocupantes tem uma atividade
entre 1 e 1,3 met, com roupas entre 0,5 e 1 clo. Nos anexos A e B, a norma identifica a
atividade desempenhada e isolamento trmico das roupas. A Figura 1.35 mostra o grfico
com as reas de conforto, estas so formadas pelas temperaturas mnimas e mximas,
assim como pela umidade. Este grfico vlido somente para velocidades do ar menores
que 0,2 m/s.
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Definies, Smbolos e Unidades
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Figura 1.34. PPD em funo do PMV
Figura 1.35. Temperatura operativa e umidade aceitvel para determinao da zona de conforto
(ASHRAE 55)
Segundo estas normas outros parmetros tambm devem ser observados:
UMIDADE: deve ser mantida abaixo de 0,012, que corresponde presso de vapor de
gua de 1,910kPa, para uma temperatura de orvalho de 16,8C.
AUMENTO DA VELOCIDADE DO AR: o aumento da velocidade do ar pode aumentar a
temperatura mxima da rea de conforto, definida na Figura 1.35, conforme as linhas
definidas na Figura 1.36. Esta figura ainda mostra que para manter o conforto, a
velocidade do ar no deve passar de 0,8m/s; velocidades maiores que esta devem ser
controladas pelo usurio do ambiente.
DESCONFORTO TRMICO LOCAL: pode ser causado pela diferena de temperatura entre a
cabea e o p, causada pela assimetria da radiao trmica; corrente de ar; contato com
piso aquecido ou resfriado.
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Figura 1.36. Velocidade do ar necessria para o aumento da temperatura (ASHRAE 55)
1.63 ZONA TRMICA
Espao ou grupo de espaos dentro de um edifcio condicionado que so suficientemente
similares, onde as condies desejadas (temperatura) podem ser controladas usando um nico
sensor (termostato ou sensor de temperatura).
Uma zona trmica uma diviso interna de um edifcio. Da mesma forma que o conceito
de ambiente a base do clculo de eficincia do sistema de iluminao, a zona trmica
uma das bases do clculo de eficincia do sistema de condicionamento de ar. No caso de
posicionamento de sensores ou termostatos, para o sistema de condicionamento de ar,
os ambientes no so necessariamente contguos. No caso de simulaes comambientes condicionados, ambientes contguos de um mesmo piso e com a mesma
orientao costumam fazer parte de uma mesma zona trmica. Em simulaes de
ambientes no condicionados (ventilados naturalmente), no vlido unificar ambientes
em zonas trmicas, salvo casos especiais a critrio do simulador.
Figura 1.37. Ambientes contguos de mesma orientao podem ser unificados em uma zona trmica
para a simulao com condicionamento de ar. Na figura, v-se 4 zonas trmicas: 3 perimetrais e uma
central.
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Definies, Smbolos e Unidades
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Exerccio 1.10
Um espao vedado do piso ao teto por divisrias compostas de madeira compensada
at 2,2 m e vidro a partir dessa altura at ao teto. O espao forma um escritrio
independente. Este espao uma zona trmica?
Resposta: Sim. Este espao encerra um volume de ar de uma forma razoavelmente
estanque criando assim uma zona trmica. Caso uma unidade de janela fosse instalada
com certeza criaria uma zona com temperatura diferente do resto do edifcio.
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2 NTRODUO
O RTQ-C especifica requisitos tcnicos, bem como os mtodos para classificao de edifcios
comerciais, de servios e pblicos quanto eficincia energtica. Os edifcios submetidos a
este RTQ devem atender s normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT)
vigentes e aplicveis. Cabe ressaltar que a viso deste RTQ a eficincia energtica da
edificao e que este, os organismos de inspeo acreditados e o Inmetro se eximem dos
problemas que porventura possam ser causados edificao pela no observncia das
normas da ABNT, que so de exclusiva atribuio do projetista.
2.1 OBJETIVO
Criar condies para a etiquetagem do nvel de eficincia energtica de edifcios comerciais, de
servios e pblicos.
O RTQ-C visa estabelecer as condies para classificao do nvel de eficincia
energtica de edifcios comerciais, de servios e pblicos, a fim de obter a Etiqueta
Nacional de Conservao de Energia (ENCE) emitida pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial (INMETRO).
O carter voluntrio do RTQ-C visa preparar o mercado construtivo, de forma gradativa, a
assimilar a metodologia de classificao e obteno da etiqueta. A metodologia de
classificao est presente no texto do Regulamento Tcnico da Qualidade (RTQ-C) do
Nvel de Eficincia Energtica de Edifcios Comerciais, de Servios e Pblico, enquanto a
metodologia de obteno da etiqueta refere-se aos procedimentos para avaliao junto
ao INMETRO, e est presente no Regulamento de Avaliao da Conformidade do Nvel
de Eficincia Energtica de Edifcios Comerciais, de Servios e Pblicos (RAC-C).
A ENCE poder ser fornecida em trs momentos: para o projeto da edificao, para a
edificao pronta, aps obtido o alvar de concluso da obra e para a edificao
existente, aps reforma. A avaliao do projeto pr-requisito para a avaliao dosrequisitos presentes na edificao nova ps Habite-se e na edificao existente ps
reforma. Neste ltimo caso, necessrio apresentar os projetos de reforma da
edificao.
Edifcios de uso misto, referentes ao uso residencial e comercial/de servios em uma
mesma edificao tero suas parcelas comerciais ou de servios avaliadas
separadamente. Como exemplo, edificaes multi-residenciais (de apartamentos) na
torre de edifcios enquanto a base desta torre contm lojas. A parcela de estacionamento
ir pertencer parcela residencial ou comercial de acordo com o usurio do espao: se
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Introduo
55
o morador dos apartamentos ou o funcionrio/consumidor das lojas. Para tanto, basta
que a parcela comercial ou de servios tenha rea til igual ou superior a 500 m2.
H dois mtodos de classificao do nvel de eficincia energtica:
Mtodo prescritivo: atravs da aplicao de uma equao fornecida, vlida paraedifcios condicionados;
Mtodo de simulao: usando o mtodo prescritivo e a simulao do desempenho
termo-energtico de edifcios condicionados e no condicionados.
2.2 PROCEDIMENTOS PARA DETERMINAO DA EFICINCIA
O RTQ-C aplica-se a edifcios com rea total til mnima de 500 m2 e/ou com tenso de
abastecimento superior ou igual a 2,3 kV (subgrupos A1, A2, A3, A3a, A4 e AS), incluindoedifcios condicionados, parcialmente condicionados e no condicionados. Edifcios de uso
misto, tanto de uso residencial e comercial, como de uso residencial e de servios ou de uso
residencial e pblico, devem ter suas parcelas no residenciais avaliadas separadamente caso
estas, exclusivamente, ultrapassem 500 m2.
O Grupo A refere-se a tarifas de energia eltrica de pontos de consumo abastecido
por alta tenso, cujo limite exatamente 2,3 kW, limite estabelecido no RTQ-C. Os
seus subgrupos indicam outros limites de tenso:
A1: igual ou superior a 230 kV;
A2: de 88 a 138 kV;
A3: para 69 kV;
A3a: de 30 a 44 kV;
A4: de 2,3 a 25 kV;
AS: para rede de abastecimento subterrneo.
A etiquetagem de eficincia energtica de edifcios deve ser realizada atravs do mtodo
prescritivo ou de simulao. Ambos devem atender aos requisitos relativos ao desempenho da
envoltria, eficincia e potncia instalada do sistema de iluminao e eficincia do sistema
de condicionamento do ar.
O mtodo prescritivo um mtodo simplificado que avalia as edificaes atravs de
equaes e tabelas. O mtodo de simulao uma alternativa para avaliao da
eficincia de forma mais completa e/ou flexvel. indicado para permitir:
a liberdade de projeto, seja na forma do edifcio, na natureza de suas aberturas ou
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protees solares ou nos sistemas utilizados;
a incorporao de inovaes tecnolgicas, comprovando nveis de eficincia
elevados;
o uso de estratgias passivas de condicionamento, possibilitando edifcios nocondicionados ou parcialmente condicionados;
a incorporao de solues no previstas no RTQ-C.
Este ltimo item abrange todas as solues arquitetnicas ou dos sistemas que
porventura possam existir no projeto e que no so possveis de serem analisadas
atravs do mtodo prescritivo. No RTQ-C, o item 6 apresenta os requisitos a serem
atendidos para realizar a simulao e para comprovar o nvel de eficincia energtica do
edifcio. O mtodo de simulao vlido para alcanar a etiqueta completa do edifcio,sem a necessidade das etiquetas parciais.
O RTQ especifica a classificao do nvel de eficincia de edificaes, dividida nesses trs
sistemas individuais, conforme as metodologias descritas nos itens correspondentes:
item 3: Envoltria
item 4. Sistema de Iluminao
item 5: Sistema de Condicionamento de Ar
Todos os sistemas individuais tm nveis de eficincia que variam de A (mais eficiente) a E
(menos eficiente).
H trs grupos principais de requisitos que estabelecem o nvel de eficincia energtica:
envoltria, sistema de iluminao e sistema de condicionamento de ar. Estes so
avaliados separadamente, obtendo-se nveis de eficincia parciais cuja combinao em
uma equao resulta em uma pontuao que indica o nvel de eficincia geral da
edificao. H cinco nveis de eficincia, tanto para classificaes parciais como para
totais, e so: A (mais eficiente), B, C, D e E (menos eficiente).
Parcelas de edifcios, com rea mnima de 500 m2 e/ou com tenso de abastecimento superior
ou igual a 2,3 kV, podem tambm ter o sistema de iluminao e o sistema de condicionamento
de ar avaliados, porm separadamente, recebendo uma classificao parcial do nvel de
eficincia referente a cada um destes itens. Nestes casos, as parcelas a serem classificadas
devem ser:
para classificao da envoltria, o nvel de eficincia energtica deve ser estabelecido
para a edificao completa;
para classificao do sistema de iluminao, o nvel de eficincia energtica pode ser
estabelecido para um pavimento ou um conjunto de salas, assim como para os
subsolos;
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Exemplo 2.1
O construtor/incorporador obtm uma ENCE parcial para a envoltria. Depois de
vender os pavimentos em planta livre de sua edificao, a empresa proprietria do 5pavimento submete os seus sistemas de iluminao e condicionamento de ar para
obter a classificao geral do seu pavimento. O 5 pavimento ter uma ENCE com a
classificao geral do pavimento.
Exemplo 2.2
O construtor/incorporador obtm uma ENCE parcial para a envoltria. Depois de
vender os pavimentos em planta livre de sua edificao, o condomnio decide em
conveno submeter o sistema de iluminao das reas comuns do edifcio classificao geral. Ser obtida assim uma ENCE para as reas comuns com duas
etiquetas parciais: da envoltria e da iluminao. Caso o condomnio submeta
tambm o sistema de condicionamento de ar, ser obtida uma ENCE geral para as
reas comuns.
Exemplo 2.3
O construtor/incorporador vende pavimentos em planta livre de sua edificao. A
empresa proprietria do 5 pavimento submete os seus sistemas de iluminao e
condicionamento de ar para obter a classificao geral do seu pavimento. Como no
h classificao prvia da envoltria, esta tambm deve ser obtida. Assim, o
proprietrio do 5 pavimento deve solicitar ao condomnio que este solicite uma
ENCE para a envoltria. Caso os condminos no concordem, no possvel obter
uma ENCE para os sistemas de iluminao e condicionamento de ar para o 5
pavimento.
A classificao geral poder ser obtida aps a avaliao dos trs sistemas parciais, desde que
as avaliaes parciais tenham sido realizadas a partir de uma das combinaes apresentadas
na Tabela 2.1.
Tabela 2.1. Combinaes de mtodos de avaliao para obteno da classificao Geral
Envoltria Sistema deIluminaoSistema de
Condicionamento de Ar Ventilao Natural
Mtodo Prescritivo Mtodo Prescritivo Mtodo Prescritivo Mtodo Simulao
Mtodo Simulao Mtodo Simulao Mtodo Simulao Mtodo SimulaoMtodo Simulao Mtodo Prescritivo Mtodo Prescritivo Mtodo Simulao
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Introduo
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A avaliao dos trs sistemas pode ser realizada por qualquer um dos dois mtodos de
avaliao, no entanto, para a obteno da ENCE Geral necessrio os sistemas sejam
avaliados atravs de uma das combinaes listadas na Tabela 2.1. Ou seja, se um
edifcio possui a ENCE parcial de envoltria e sistema de iluminao, pelo prescritivo, edeseja obter a ENCE geral, necessrio que a avaliao do sistema de condicionamento
de ar seja realizada pelo mesmo mtodo, ou reavaliar todos os sistemas pelo mtodo da
simulao.
Para a classificao geral as avaliaes parciais recebem pesos, distribudos da seguinte
forma:
Envoltria = 30%
Sistema de Iluminao = 30%
Sistema de Condicionamento de Ar = 40%
A avaliao de cada sistema individual utiliza equivalentes numricos, um nmero de pontos
correspondente a determinada eficincia, atribudos de acordo com a Tabela 2.2:
Tabela 2.2. Equivalente numr
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