macroeconomia i 1e201 · 2008-12-19 · macroeconomia i 1e201 (2008-09) joão correia da silva...
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MACROECONOMIA I1E201
(2008-09)
João Correia da Silva
(joao@fep.up.pt)
4. A MACROECONOMIA NO
CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO
2
DO MODELO IS-LM AO MODELO AS-AD
• No modelo IS-LM, fizemos duas simplificações drásticas:
assumimos que o nível de preços era fixo, e que as empresas
produziam o volume necessário para satisfazer a procura.
• Ou seja, assumimos que as empresas estariam dispostas a
oferecer qualquer quantidade de produto ao nível de preços
actual. Por maior que fosse a quantidade procurada, havia
sempre capacidade produtiva suficiente para a satisfazer.
• O modelo IS-LM é um modelo que analisa, essencialmente, o
lado da procura da economia, ignorando o lado da oferta.
• No modelo AS-AD (“aggregate supply”–“aggregate demand”) já
se considera a capacidade produtiva da economia como um factor
relevante. As empresas passam a decidir o volume de produção
com o objectivo de maximizar os seus lucros.
3
DO MODELO IS-LM AO MODELO AS-AD
• No modelo AS-AD, o nível de preços deixa de ser um dado fixo,
passando a ser uma variável explicada pelo modelo.
• De certa forma, no modelo AS-AD alargamos o horizonte temporal
da análise, dando tempo aos preços para se ajustarem.
• Isso permite-nos estudar o impacto das diferentes características
da economia, e de choques exógenos (incluindo a política
monetária e orçamental) sobre o nível de preços.
Variáveis endógenas * Variáveis exógenas *
Modelo Keynesiano Simples Y i, P
Modelo IS-LM Y, i P
Modelo AS-AD Y, i, P -
* existem outras variáveis endógenas e exógenas.
4
DO MODELO IS-LM AO MODELO AS-AD
• No curto prazo, o equilíbrio macroeconómico caracteriza-se por:
(1) equilíbrio no mercado de bens e serviços;
(2) equilíbrio no mercado monetário;
(3) empresas produzem o volume que maximiza o lucro.
• No longo prazo, exige-se, adicionalmente:
(4) equilíbrio no mercado de trabalho.
• No modelo AS-AD, além do equilíbrio no mercado de bens e
serviços (1) e no mercado monetário (2), que determinam a
procura (AD), consideramos também a maximização do lucro por
parte das empresas (3) e o equilíbrio no mercado de trabalho (4),
que determinam a oferta (AS).
5
4. A MACROECONOMIA NO CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO
Procura Agregada
Oferta Agregada de Curto Prazo
Oferta Agregada de Longo Prazo
Política Monetária e Política Orçamental
6
PROCURA AGREGADA
• No modelo IS-LM, para um nível de preços fixo, obtém-se um
produto de equilíbrio. Como este produto é determinado apenas
pela procura (ignora-se a capacidade produtiva), designa-se por
quantidade procurada agregada.
• A procura agregada (AD) relaciona o nível de preços com o
produto de equilíbrio do modelo IS-LM.
• Uma alteração do nível de preços tem impacto no modelo IS-LM
porque modifica a oferta real de moeda, e, portanto, as
condições do mercado monetário.
• Um aumento do nível geral de preços faz com que diminua a
oferta real de moeda, tendo, portanto, um efeito semelhante ao
de uma política monetária restritiva: aumento da taxa de juro e
diminuição do produto.
7
PROCURA AGREGADA
• O equilíbrio no modelo IS-LM
depende do nível de preços.
• Se os preços subirem, diminui a
oferta real de moeda, MS/P.
• O nível geral de preços e a
quantidade procurada (produto
de equilíbrio do modelo IS-LM)
estão inversamente relacionados.
• A curva AD é constituída pelas
combinações de produto e nível
de preços que são compatíveis
com o equilíbrio conjunto no
mercado de bens e serviços e no
mercado monetário.
LM (P0)
Y
iLM (P1)
IS
i1
i0
Y1 Y0
Y
P
P1P0
Y1 Y0
AD
8
POLÍTICA MONETÁRIA
• Uma política monetária expansionista
(aumento da oferta de moeda) faz
com que aumente o produto e
diminua a taxa de juro, no contexto
do modelo IS-LM (preços fixos).
Y
i LM0
IS
i0
i1
Y0 Y1
Y
P
P0
Y0 Y1
AD0
LM1
AD1
• Portanto, para o mesmo nível
de preços, P0, aumenta o
produto de equilíbrio (IS-LM).
• Ou seja, uma política monetária
expansionista faz deslocar a
curva AD para a direita.
9
POLÍTICA ORÇAMENTAL
• Uma política orçamental expansionista
(aumento da despesa pública) faz
aumentar o produto e a taxa de juro,
no modelo IS-LM (preços fixos).
• Para o mesmo nível de preços,
P0, aumenta o produto de
equilíbrio (IS-LM).
• A curva AD desloca-se para a
direita (desloca-se menos do que
a IS, devido ao “crowding-out”).
Y
i
IS0
i1
i0
Y0 Y1
Y
P
P0
Y0 Y1
AD0
LM
AD1
IS1
10
CURVA AD
• Um aumento da despesa pública desloca a curva AD para a direita
(dado pelo multiplicador da política orçamental).
Um aumento da oferta de moeda desloca a curva AD para a
direita e para cima, sendo a subida da curva (aumento do preço)
proporcional ao aumento da oferta de moeda.
( )
( )
( )
( )( ) ( )
Pk
ba
h
M
kba
h
L
h
kba
AYAD
LP
M
h
baA
h
kbaY
LP
M
hY
h
kbaAY
LP
M
hY
h
kiLM
ibaAYIS
1
1)(
1
11
)(
)(
⋅
++⋅
+
++⋅
−
⋅++
=⇔
⇔
−⋅
+⋅+⋅=
⋅+⋅+⋅⇔
⇒
−−⋅⋅+⋅−⋅=⇒
−−⋅=
⋅+⋅−⋅=
ααα
ααα
αα
αα
11
4. A MACROECONOMIA NO CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO
Procura Agregada
Oferta Agregada de Curto Prazo
Oferta Agregada de Longo Prazo
Política Monetária e Política Orçamental
12
OFERTA AGREGADA
• A relação entre o nível de preços e o volume de produção
pretendido pelas empresas (oferta agregada, AS) é alvo de uma
profunda controvérsia.
• A teoria keynesiana (MKS e IS-LM), assume que as empresas
estão dispostas a produzir qualquer quantidade ao nível de preços
em vigor (AS horizontal).
• De acordo com a teoria clássica, o volume de produção oscila em
torno do produto natural, independentemente do nível de preços
(AS vertical). No longo prazo, esta hipótese é aceitável.
• No curto prazo, é mais realista considerar que a quantidade
oferecida está positivamente relacionada com o nível de preços
(AS tem inclinação positiva).
13
OFERTA AGREGADA DE CURTO PRAZO
• Vamos estudar a curva AS de curto prazo supondo que as
empresas decidem o volume de produção com o objectivo de
maximizar o lucro, e que os salários nominais são fixos.
• Sendo o salário nominal fixo, um aumento do nível de preços faz
com que o salário real diminua. Esta diminuição do custo de
produção levará as empresas a aumentar o volume de produção.
Y
P
P0
ASCP
ASMKS e IS-LM
ASLP
YN
• Assumir que a curva AS é
horizontal impede que o modelo
possa explicar aumentos de
preços (inflação).
• A hipótese de que a curva é
vertical implica que as políticas
orçamental e monetária não
tenham efeito sobre o produto.
14
MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO
• Suponhamos que o volume de produção
depende apenas da quantidade de
trabalho utilizada (todos os restantes
factores são constantes).
• Ao decidirem a quantidade de trabalho a
contratar, as empresas decidem também
o volume de produção (que é dado pela
função de produção).
• A maximização do lucro por parte das
empresas implica a utilização de uma
quantidade de trabalho tal que sejam
iguais a produtividade marginal do
trabalho e o salário real.
N
Y
)(NY
Função produção
N
PMg
dN
dYPMgN ≡
{ }
PWPMg
WdN
dYP
NWNYP
N
N
/
0
)(max
=⇔
⇔=−⋅⇒
⇒⋅−⋅
15
PROCURA DE TRABALHO
• A procura agregada de trabalho traduz a quantidade de
factor trabalho que as empresas pretendem utilizar para cada
nível salarial, com tudo o resto constante.
• As empresas adquirem unidades adicionais de factor trabalho
enquanto o benefício da sua utilização for superior ao seu custo.
ND
RMgN>CMgN RMgN<CMgN
NPMg
0P
W
( )0PWND
DN
W/P
• A curva da procura de
trabalho coincide com a
curva da produtividade
marginal do trabalho.
16
PROCURA DE TRABALHO
• Um aumento da produtividade
marginal do trabalho (devido à
inovação ou a um aumento do
stock de capital) faz aumentar
a procura de trabalho.
• Dada a rigidez nominal dos
salários, um aumento do nível
de preços diminui o salário
real, levando as empresas a
contratar mais trabalho.
( )0PWND ND
NPMg
0P
W
DN
W/P
( )0PWND ND
DN
W/P
deslocamento da
curva da procura
deslocamento ao longo
da curva da procura
0PW
1PW
( )1PWND
17
OFERTA AGREGADA DE CURTO PRAZO
• Um aumento do nível de preços
leva as empresas a contratar mais
trabalho e a produzir mais.
• A oferta agregada de curto prazo
(curva AS) tem inclinação positiva.
N
Y
0N ND
DN
W/P
0PW
1PW
1N
0Y
1Y
0N 1N
)(NY
Y
P
0Y1Y
0P
1P
AScp
18
• O equilíbrio de curto prazo do modelo AS-AD corresponde ao
cruzamento das curvas AD e AS de curto prazo.
• O produto e o nível de preços são tais que: (AD) tanto o mercado
de bens e serviços como o mercado monetário estão em equilíbrio;
(AScp) dado o salário nominal em vigor, as empresas produzem a
quantidade que maximiza os seus lucros.
Y
P
P*AD
AScp
Y*
EQUILÍBRIO AS-AD DE CURTO PRAZO
• A curva ASCP representa as
combinações de produto e
nível de preços compatíveis
com a maximização do lucro
por parte das empresas, para
um dado salário nominal.
19
4. A MACROECONOMIA NO CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO
Procura Agregada
Oferta Agregada de Curto Prazo
Oferta Agregada de Longo Prazo
Política Monetária e Política Orçamental
20
LONGO PRAZO
• Para definir a oferta agregada de curto prazo assumimos que os
salários nominais são fixos.
• No longo prazo, essa hipótese não é aceitável. O salário é
determinado no mercado de trabalho, resultando do equilíbrio
entre a oferta e a procura de trabalho.
• Um equilíbrio de longo prazo verifica uma hipótese adicional: o
mercado de trabalho está em equilíbrio. Isto é, o salário real é tal
que são iguais as quantidades procurada e oferecida de trabalho.
• Já estudámos a função procura de trabalho: as empresas
procuram uma quantidade de trabalho tal que a produtividade
marginal coincida com o salário real. Precisamos agora de
considerar também a função oferta de trabalho.
21
OFERTA DE TRABALHO
• A oferta agregada de trabalho relaciona o salário real com a
quantidade de trabalho que os agentes estão dispostos a oferecer.
• A oferta de trabalho resulta da escolha dos agentes entre trabalho
e lazer, aumentando se aumentar a população activa ou se
diminuir o gosto pelo tempo de lazer.
• Observa-se que um maior salário implica uma maior quantidade
oferecida de trabalho (declive positivo da curva NS).
N
W/P
( )00 PWNS
SN
00 PW
Um aumento do salário implica um aumento
da quantidade oferecida de trabalho.
Em termos agregados, o efeito substituição
predomina sobre o efeito rendimento.
22
OFERTA AGREGADA DE LONGO PRAZO
• Estando o mercado de trabalho em
equilíbrio, o salário real é tal que
são iguais a quantidade procurada e
a quantidade oferecida de trabalho.
• Fica determinado o emprego de
equilíbrio, que podemos designar
por emprego natural.
• Consequentemente, fica também
determinado o produto, que se
designa por produto natural.
• No longo prazo, o emprego e o
produto dependem apenas da
procura e da oferta de trabalho.
N
Y
N
DN
W/P
( )*PW
*N
NATY )(NY
SN
*N
23
MERCADO DE TRABALHO
• Um aumento da produtividade marginal do trabalho faz
aumentar a procura de trabalho, fazendo aumentar o salário real
de equilíbrio, o emprego de equilíbrio e o produto natural.
N*N
SN
DN
W/P
( )*PW
• Se aumentasse a população activa, aumentaria a oferta de
trabalho, o que levaria à diminuição do salário real de equilíbrio e
ao aumento do emprego de equilíbrio e do produto natural.
Recorde que a relação entre
emprego e produto é descrita
pela função de produção.
Portanto, se aumentar o emprego
de equilíbrio, aumenta também o
produto natural.
24
OFERTA AGREGADA DE LONGO PRAZO
• No longo prazo, o produto fica
determinado pelo equilíbrio no
mercado de trabalho, sendo
independente do nível de preços
e da procura agregada.
• A oferta agregada de longo prazo
coincide com o produto natural.N
Y
ND
DN
W/P
( )*PW
*N
NATY )(NY
SN
*N
Y
P
*P
ASLP
NATY
AD
25
4. A MACROECONOMIA NO CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO
Procura Agregada
Oferta Agregada de Curto Prazo
Oferta Agregada de Longo Prazo
Política Monetária e Política Orçamental
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EQUILÍBRIO DO MODELO AS-AD
• As condições de equilíbrio de curto prazo são: equilíbrio no
mercado de bens e serviços (IS), equilíbrio no mercado
monetário (LM) e maximização do lucro das empresas (ASCP).
• Um equilíbrio de longo prazo verifica uma condição adicional:
equilíbrio no mercado de trabalho, que implica que o produto
seja igual ao produto natural (ASLP).
Y
P
*P
ASlp
NATY
AD
AScpUm equilíbrio de longo prazo é sempre um equilíbrio de curto prazo.
27
POLÍTICA MONETÁRIA
• Uma política monetária expansionista provoca um aumento da
procura agregada (recorde que a procura agregada corresponde
ao equilíbrio do modelo IS-LM, para cada nível de preços).
• A curva AD desloca-se para a direita e para cima, tanto mais
quanto maiores forem os efeitos da política monetária.
• O deslocamento da curva AD para cima é tal que: para cada valor
do produto, os preços aumentam proporcionalmente ao aumento
da oferta nominal de moeda.
• Na situação conhecida como “armadilha da liquidez”, a curva AD é
vertical e não se desloca (tente perceber porquê).
• O resultado é um aumento temporário do produto. No longo prazo
todas as variáveis reais regressam aos seus valores iniciais.
28
POL. MONETÁRIA – CURTO PRAZO
• Os efeitos de curto prazo da
política monetária expansionista
são: aumento do produto e
diminuição da taxa de juro, tal
como no modelo IS-LM, e
aumento do nível de preços.
Y
i LM0
IS
i0iCP
YN YCP
Y
P
P0
YNYCP
AD0
AD1
ASCP
PCP
LMCP
• O aumento do produto e a
diminuição da taxa de juro são
inferiores aos previstos pelo
modelo IS-LM. Isso acontece
porque o aumento da oferta
real de moeda é atenuado pelo
aumento do nível de preços.
29
POLÍTICA MONETÁRIA
• Outro efeito de curto prazo é a diminuição do salário real (o nível
de preços aumenta enquanto que o salário nominal é fixo).
• A renegociação salarial irá fazer aumentar o salário nominal,
deslocando-se a curva ASCP para cima (as empresas vão procurar
menos trabalho para o mesmo nível de preços).
• O novo equilíbrio de curto prazo é tal que o produto diminui (em
direcção ao produto natural) e o nível de preços sobe novamente.
• Em resultado deste novo aumento de preços, o salário real volta
a estar aquém do seu valor de equilíbrio. Uma nova renegociação
levará a um novo aumento do salário nominal, e, portanto, a um
novo deslocamento da curva ASCP para cima.
• Este processo continua até que o produto regresse ao valor do
produto natural (cruzando-se as três curvas: AD, ASCP e ASLP).
30
POL. MONETÁRIA – LONGO PRAZO
• No processo de transição, o
aumento gradual do nível de
preços faz diminuir a oferta real
de moeda. No longo prazo, a
oferta real de moeda regressa
ao valor inicial, assim como a
taxa de juro.
• Verifica-se a neutralidade da moeda: no longo prazo, o
aumento da oferta nominal de
moeda provoca aumentos do
nível de preços e do salário
nominal, na mesma proporção.
Todas as variáveis reais se
mantêm constantes.
Y
i LMLP
IS
i0iCP
YN YCP
Y
P
P0
YNYCP
AD0
AD1
ASCP
PCP
LMCP
ASLP
PLP
31
POLÍTICA ORÇAMENTAL
• Uma política orçamental expansionista provoca um aumento da
procura agregada (recorde que a procura agregada corresponde
ao equilíbrio do modelo IS-LM, para cada nível de preços).
• A curva AD desloca-se para a direita, tanto mais quanto maior for
o efeito da política orçamental. O deslocamento da curva AD é
menor do que o da IS, já que incorpora o efeito de “crowding-out”.
• Os efeitos são: um aumento temporário do produto e um aumento
permanente do nível de preços (tal como no caso da política
monetária), e também um aumento da taxa de juro.
• A taxa de juro aumenta de forma permanente, fazendo com que
diminua o investimento e o consumo. O “crowding-out” é parcial
no curto prazo (sendo superior ao previsto pelo modelo IS-LM), e
total no longo prazo.
32
POL. ORÇAMENTAL – CURTO PRAZO
Y
i
IS0
iCP
i0
YCP
Y
P
AD0
AD1
IS1
ASCP
LM0
LMCP
P0
PCP
YN
YNYCP
• Os efeitos de curto prazo da
política orçamental expansionista
são: aumento do produto e da
taxa de juro, tal como no modelo
IS-LM, e aumento do nível geral
de preços.
• O aumento do produto é inferior
ao previsto pelo modelo IS-LM,
enquanto que o aumento da taxa
de juro é superior. A diferença
deve-se à diminuição da oferta
real de moeda provocada pelo
aumento do nível de preços.
33
POLÍTICA ORÇAMENTAL
• Tal como no caso da política monetária expansionista, outro
efeito de curto prazo da política orçamental expansionista é a
diminuição do salário real devido ao aumento do nível de preços.
• A renegociação salarial leva ao aumento do salário nominal,
deslocando-se a curva ASCP para cima, o que implica um novo
equilíbrio de curto prazo no qual o produto é menor (mais
próximo do produto natural) e o nível de preços ainda maior.
• Em resultado do novo aumento de preços, o salário real volta a
estar abaixo do salário real de equilíbrio. Sucessivas rondas
renegociais levam a aumentos do salário nominal, e, portanto, a
deslocamentos da curva ASCP para cima.
• Estes ajustamentos diminuem gradualmente o produto, até que
este regresse ao valor do produto natural.
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POL. ORÇAMENTAL – LONGO PRAZO
Y
i
IS0
iCP
i0
YCP
Y
P
AD0
AD1
IS1
ASCP
LM0
LMCP
P0
PCP
YN
YNYCP
LMLP
iLP
PLP
• O aumento gradual dos preços
vai diminuindo a oferta real de
moeda. Logo, vão aumentando a
taxa de juro e o “crowding-out”.
• No longo prazo, a oferta real de
moeda diminui tanto que se
dissipa o efeito expansionista da
política orçamental. O produto, o
emprego e o salário real voltam
aos valores iniciais.
• São permanentes o aumento da
taxa de juro e a consequente
redução do investimento e do
consumo (“crowding-out” total).
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