lubrificação de motor diesel (97-2003)

Os Motores Diesel são classificados popularmente como motores pesados. Essa classificação ocorre devido as características de seu combustível (gasóleo, biodiesel, ...) que lhe conferem maior inércia, menor rotação e alta taxa de compressão (varia de 14:1 a 25:1).

Desse modo, o sistema de lubrificação do motor Diesel é dimensionado para operar com um volume de óleo lubrificante, em média, de 2 a 3 litros por litro de cilindrada do motor e vazão entre 10 e 40 litros por Cavalo-hora, conforme o projeto do fabricante.

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Além disso, as temperaturas na câmara de combustão são muito elevadas, e, portanto, o óleo deve conseguir manter uma película lubrificante, auxiliando na redução da formação de fuligem e material particulado, além da redução de consumo de óleo.

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Os lubrificantes têm conseguido acompanhar o desenvolvimento dos motores Diesel, resultando em uma geração de óleo tecnologicamente avançados, adotando base sintética e aditivação concentrada. É o caso dos lubrificantes CI-4, utilizados nos novos motores eletrônicos, comparáveis aos de classificação SL utilizados em carros de passeio.

Assim, por trabalhar em condições mais severas, o lubrificante para motores Diesel deve atender a algumas especificações, o que o diferencia dos utilizados em motores a gasolina e álcool.

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ClassificaçãoAPI - American Petroleum Institute

O API classificou os óleos lubrificantes, em conjunto com a ASTM (American Society for Testing and Materials), designando-os segundo a sua performance.

API-C? –É a classificação destinada a motores diesel, sendo ‘C’ igual a CommercialA última letra (?) indica a quantidade de dispersantes e antioxidantes. Quanto mais próxima ela estiver do final do alfabeto, mais moderno e aditivado será o lubrificante.

Ex: CD é mais aditivado que CF.

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As classificações API encontradas nas embalagens dos óleos lubrificantes de motores diesel são:

• CA(Semelhante a antiga classificação DG: Diesel General)

Óleos indicados para uso em motores Diesel submetidos a condições leves de serviço, nos quais o combustível empregado e as características do motor tendem a não permitir o desgaste e a formação de resíduos.

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• CB / CC (Semelhante a antiga classificação DM: Diesel Medium)

São óleos próprios para motores Diesel funcionando sob condições severas, usando, além disso, combustível tendente a formar resíduos nas paredes dos cilindros - sendo, porém, as características do motor tais, que o mesmo é menos sensível à ação do combustível do que aos resíduos e ao ataque do lubrificante.

• CD / CE / CF / CF-4 / CG-4 / CI-4 ... (Semelhante a antiga classificação DS: Diesel Severe)

Óleos próprios para motores Diesel especialmente sujeitos a serviço pesado, onde tanto as condições do combustível quanto as características do motor se somam na tendência de provocar desgaste e formar resíduos.

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SAE - Society of Automotive EngineersÉ a classificação mais antiga para lubrificantes automotivos, definindo

faixas de viscosidade. Divide-se basicamente dois grupos, o de monoviscosos (como 30, 40 e 50) e multiviscosos (como 20w50, 10w40, 5w40); os multiviscosos têm maior capacidade de resistir à variação térmica dos motores, apresentando menor redução de valor de viscosidade quando há aumento da temperatura.

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Dependendo da Condição térmica em que operam, os motores diesel costumam ter um número alto na classificação SAE, devido a necessidade geral de lubrificantes com alta viscosidade.

Os componentes básicos do sistema de lubrificação, encontrados em todos os Motores Diesel, são:

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• Cárter de óleo, montado sob o bloco, dotado de capacidade adequada à potência do motor;

• Regulador de pressão (geralmente uma válvula na própria bomba);

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• Trocador de calor do óleo lubrificante;

Tem a finalidade de transferir calor do óleo lubrificante, cuja temperatura não pode ser superior a 130°C, para o meio refrigerante utilizado no motor

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• Filtro(s) de fluxo integral e de desvio

Devem ser substituídos a cada troca do óleo lubrificante, nos períodos recomendados pelo fabricante do motor.

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• Veiculares1 - Comando de válvulasA parte mais alta por onde passa o óleo. É também por onde entra no motor, para limpar e lubrificar o eixo.

2 - CárterCom a gravidade, o óleo escorre por dutos até este reservatório. Aqui ocorre seu resfriamento, para voltar à circulação. Os aditivos dispersantes, presentes em todos os lubrificantes, evitam a formação de borra.

3 - Bomba de óleoRecolhe o que está no cárter e o faz circular de novo. O lubrificante deve estar limpo para evitar problema na bomba.

4 - FiltroRetém as impurezas. Deve-se trocá-lo regularmente, para manter o sistema de lubrificação eficiente.

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• Veiculares (continuação)5 - Mancais do virabrequimPara o virabrequim ficar lubrificado e limpo, o óleo é pulverizado sobre este eixo movido pelos pistões.

6 - PistãoO óleo permite que o pistão se mova livremente e, ao mesmo tempo, impede que as partes metálicas entrem em contato direto. Isso evita o superaquecimento e ajuda a refrigerar os componentes.

7 - Dutos para o cabeçoteÉ através destes pequenos canais que o óleo chega até o alto do motor e recomeça sua jornada. É importante que os dutos estejam livres e limpos.

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• Estacionários (Destinados ao acionamento de máquinas estacionárias, tais como Geradores, máquinas de solda, bombas ou outras máquinas que operam em rotação constante;)

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• IndustriaisDestinados ao acionamento de máquinas de construção civil, tais como tratores, carregadeiras, guindastes, compressores de ar, máquinas de mineração, veículos de operação fora-de-estrada, acionamento de sistemas hidrostáticos e outras aplicações onde se exijam características especiais específicas do acionador;

• Marítimos• Destinados à propulsão de barcos e máquinas de uso naval.• Conforme o tipo de serviço e o regime de trabalho da embarcação, existe uma vasta gama

de modelos com características apropriadas, conforme o uso. (Laser, trabalho comercial leve, pesado, médio-contínuo e contínuo)

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SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO – Motor ciclo diesel automotivo.

Nº Operações Medidas Necessárias / Observações

Periodicidade

01 Efetuar as trocas de óleo lubrificante

Utilizar óleo adequado, de acordo com a recomendação do fabricante do motor.

Trocar a cada 5000 Km

02 Efetuar as trocas de filtro Utilizar filtro adequado, de acordo com a recomendação do fabricante do motor.

Trocar a cada troca de óleo

03 Inspecionar vazamentos Checar todo o percurso do vazamento, caso haja, para determinar a origem.

Diária

04

Verificar nível de óleo no cárter Após desligar o motor, esperar 15 minutos para medição.O nível correto se encontra entre os dois traços.

Diária

05 Observar se há ruídos anormais

Especialmente com o motor “frio”. __

06 Observar consumo excessivo de óleo lubrificante

Atentar-se para a coloração e quantidade da fumaça de escape.

__

07Conferir a limpeza do sistema de arrefecimento de óleo, caso haja

Aplicar fluído ou fazer limpeza manual, se necessário.

A cada 6 meses

• http://www.joseclaudio.eng.br/grupos_geradores_4.html (13 de Setembro de 2009 - 17:20)

• http://www.gtoil.com.br/diesel.htm (13 de Setembro de 2009 – 19:01)

• http://escolademecanica.wordpress.com/2007/11/18/sae-api-acea-jaso-nmma-o-que-e-isto/ (13 de Setembro de 2009 – 22:47)

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Apresentação:Fernanda Olívia e Wanderson Veiga.

Centro Federal de Educação TecnológicaCEFET - RJSistemas de LubrificaçãoProfessor HeitorTurma: 5AMEC

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