leishmanioses ou leishmanÍases
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LEISHMANIOSES OU LEISHMANÍASES
Parasitologia Humana – David Pereira Neves – Capítulos 7, 8 e 10Parasitologia – Luís Rey – Capítulos 25, 26, 27 e 29
Reino Protista
Sub-reino Protozoa
Filo Sarcomastigophora
Sub-filo Mastigophora
Classe Zoomastigophorea
Ordem Kinetoplastida
Subordem Trypanosomatina
Família Trypanosomatidae
Gênero Leishmania
Reino Protista
Supergrupo Excavata
Divisão Euglenozoa
1ª subdivisão Kinetoplastea
2ª subdivisão Trypanosomatida
Gênero Leishmania
(Levine, 1980) (Adl, 2005)
?
Ordem Kinetoplastida
Família Trypanosomatidae
Gêneros: Leishmania
Trypanosoma
Principal característica:
Presença do cinetoplasto – organela semelhante à mitocôndria e
rica em DNA
Problema de saúde pública em 88 países nas Américas, Europa, África e Ásia
No mundo: prevalência de 12 milhões de casos (1997), incidência de 2 milhões de casos (1997)
No Brasil: 34.000 novos casos/ano (1999-2001) (OPAS)
• Leishmaniose cutânea: produz lesões cutâneas, ulcerosas ou não, porém limitadas.
• Leishmaniose muco-cutânea: produz lesões destrutivas na mucosa do nariz, boca e faringe.
• Leishmaniose cutânea difusa: produz lesões cutâneas disseminadas.
• Leishmaniose visceral ou calazar: parasitos apresentam acentuado tropismo pelo baço, fígado, medula óssea e tecidos linfóides
Agente etiológico:
Gênero Leishmania (+ de 30 espécies)
Subdividem-se em 2 complexos (subgêneros): Viannia e
Leishmania
Espécies que parasitam o homem no Brasil:
Leishmania Leishmania chagasi (Leishmaniose visceral)
Leishmanina Leishmania amazonensis (Leishmaniose cutânea)
Leishmania Viannia braziliensis (Leishmaniose muco-cutânea)
Vetor:
inseto díptero da sub-família Phlebotomidae
Flebótomo, transmissores na África, Europa e Ásia
Lutzomyia, transmissores nas Américas
Nomes populares: mosquito palha, cangalha, orelha de veado
As fêmeas adultas são hematófagas
Atividade crepuscular ou noturna picam as pessoas à noite ou
ao amanhecer
Família Psychodidae
Sub-Família Phlebotomidae
Gênero Lutzomyia e Phlebotomus
Fêmeas adultas
Asas entreabertas e levantadas
Ciclo de vida geral
No homem:
Forma amastigota
Parasito intracelular
Vive dentro do fagolisossomo do macrófago
Célula pequena, arredondada/elipsóide, sem flagelo
Grande núcleo excêntrico
Reprodução por fissão binária dentro do macrófago
Rompimento da membrana do macrófago e liberação do parasito
Nova fagocitose
Amastigotas:
No inseto:
Forma promastigota
Na picada, o inseto ingere as formas amastigotas presentes no sangue
ou na linfa
No intestino do inseto, os amastigotas se diferenciam em promastigotas
Citoplasma alongado, flagelo alongado
Intensa atividade multiplicadora
Atingem o estômago do inseto
Na picada, o inseto regurgita parte do sangue e também os promastigotas
Na pele, os promastigotas são fagocitados por macrófagos
Os que se diferenciam em amastigotas têm mais chance de sobreviver
Ciclo de vida geral
Promastigotas:
Leishmania braziliensis
• Leishmaniose muco-cutânea• Espúndia• Úlcera de Bauru• Ferida Brava
• Uma das Leishmanioses Tegumentares Americanas (L. guyianensis, L. panamensis, L. peruviana)
• Pode infectar o homem, o cachorro, o cavalo e roedores
• De uma a quatro semanas após a picada, pode-se ver a lesão
• Pode haver regressão espontânea ou progressão discreta da lesão, sem ulceração
• Freqüentemente a inflamação cutânea leva à necrose e ulceração.
• Úlceras profundas, indolores, com bordas salientes e endurecidas, com os limites internos talhados
Leishmania braziliensisLesões cutâneas
Localização das feridas em partes descobertas do corpoMetade dos pacientes têm apenas uma lesão, mas pode haver várias
• Ulcerações na porção cartilaginosa do septo nasal
• Lesões costumam progredir em extensão e profundidade
• Destruição das cartilagens, ossos do nariz e região palatina
• Possível progressão à faringe e à laringe
Leishmania braziliensisLesões mucosas
Comprometimento das mucosas ocorre em 15 a 20% dos casos
Sintomas iniciais: coriza crônica, seguida de dor
Segregação social, aspectos psicológicos
Lesões orofaríngeas comprometem a fala e a alimentação
Diagnóstico
• Diagnóstico visual + laboratorial
– Deve-se distinguir as lesões (exemplo: há úlceras que podem
ser grandes, com limites irregulares e dolorosas)
– Biópsia da lesão e visualização ao microscópio ou cultura do
parasito. Mais fácil em lesões recentes
Diagnóstico imunológico
Reação de Montenegro (injeção de promastigotas
mortos no antebraço)
Se houver pápula eritematosa em 48 horas, teste é
positivo
Bom método para casos crônicos
Positivo por toda a vida de um paciente já infectado
(limite de valor em áreas endêmicas)
Diagnóstico
Tratamento
• Antimoniais Pentavalentes (Sb5+) – Glucantime (Antimoniato de meglumine)– Pentostan (Estibogluconato de sódio)
• Pentamidinas
Profilaxia
• Combate ao Lutzomyia– Uso de inseticidas– Telas de proteção– Desmatamento em torno de povoados– Casas distantes de florestas– Procura por uma vacina efetiva
Leishmaniose cutânea difusa
• L. mexicana, L. amazonensis, L.aethiopica, L. pifanoi
• Desenvolvimento da doença se deve mais ao
hospedeiro do que ao parasito
• Lesões múltiplas, disseminadas pela pele, menores que
as de L. brazilensis
• Crescimento lento, que pode durar anos
• Antimoniais pentavalentes como tratamento
Leishmania chagasiLeishmaniose visceral
• L. donovani
• L. infantum = L. chagasi
• Calazar (kala-azar = febre negra)
• Capacidade de parasitar órgãos profundos
• L.chagasi está adaptada a viver a 37ºC, por isso parasita
outros órgãos além da pele
• Infecta macrófagos do fígado, baço, linfonodos, medula
óssea, pele...
Leishmania chagasiLeishmaniose visceral
• Monócitos transportam o parasito pelo sangue para todas as partes do corpo
• Aumento descontrolado do sistema macrofágico (meio de cultura do parasito)
• Fígado e baço – hepatoesplenomegalia
• Medula óssea – anemia
• Rins – muitas Igs, complemento, fibrinogênio.
Glomerulite, hipertrofia
• Febre
Leishmania chagasiLeishmaniose visceral
Diagnóstico
• Hepatoesplenomegalia
• Febre irregular
• Anemia
Métodos
– Punção das vísceras (baço, medula, linfonodo).
Microscópio e cultura
– Pesquisa no sangue
– Reação de Montenegro
Tratamento
• Antimoniais pentavalentes (Glucantime, Pentostam)• Anfotericina B
• Pacientes não tratados: 75-95% de óbito
Ciclo Silvestre
Ciclo Peridoméstico
Ciclo Doméstico
Profilaxia
• Combate ao vetor
• Tratamento dos casos humanos
• Eliminação dos cães infectados
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