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Universidade Federal do CearáFaculdade de Medicina do Cariri
Liga de Medicina Intensiva e Emergências Médicas do Cariri
Introdução ao EletrocardiogramaIntrodução ao Eletrocardiograma
ACD: Damito Robson Xavier de Souza
“Enganoso é o CORAÇÃO, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?”
(Jr 17:9)
Anatomia Funcional
• O coração é constituído por dois tipos principais de células: as musculares e as especializadas;
• As fibras musculares formam a massa das • As fibras musculares formam a massa das quatro câmaras cardíacas;
• Cada câmara é composta por três camadas: endocárdio, miocárdio e epicárdio;
• O pericárdio é uma serosa que reveste a superfície do coração;
Anatomia Funcional
Separando as fibras musculares cardíacas estão os discos Intercalados;discos Intercalados;
Anatomia Funcional
• As células que participam do sistema de condução e que iniciam e propagam o impulso elétrico são chamadas de células especializadas;
• •São células do miocárdio que se diferenciam (perdem propriedades contráteis)(perdem propriedades contráteis)– geram o impulso elétrico– conduzem o impulso elétrico
• Seqüência do Impulso:Nó SA Nó AV Feixe de His Ramos do Feixe Fibras de Purkinge
Potencial de Ação
• O potencial de repouso da célula miocárdica é de – 90mV;
• Esse potencial é gerado pela bomba de Na/K;
• Fases do PA;• Fases do PA;• Despolarização;• Repolarização; • Período Refratário Absoluto;• Período Refratário Relativo
Potencial de Ação
ReversívelReversível
PotencialPotencial
Fase 1Fase 1
Fase 2Fase 2
00
+30+30 Quando uma célula em repouso é atingida por um estímulo elétrico, desencadeia-se o potencial de ação.Ele é dividido, didaticamente, em cinco fases.
PotencialPotencialde Repousode RepousoDespolaDespola--
rizadorizado
Fase 3Fase 3
Fase 4Fase 4
Fase 0Fase 0
HiperpolarizadoHiperpolarizado
--9090
Potencial de Ação
• Nas células do sistema especializado de condução, a repolarização é seguida de um período no qual o PR não é estável;não é estável;
• Essas células recebem a denominação de células automáticas.
Pot
enci
al (
mV
)P
oten
cial
(m
V)
1122 0000
Pot
enci
al (
mV
)P
oten
cial
(m
V)
Despolarização da célula Despolarização da célula nãonão--automática automática
(fibra de Purkinje)(fibra de Purkinje)Despolarização da célula Despolarização da célula
automáticaautomática
Potencial de Ação
Pot
enci
al (
mV
)P
oten
cial
(m
V)
00 33
44
ccbbaa
44
00 33
--5050--6565
--6565
--9090
Pot
enci
al (
mV
)P
oten
cial
(m
V)
..LentoLentoLentoLentoRápidoRápidoRápidoRápido
Derivações
• A atividade elétrica do coração pode ser registrada a partir da pele por equipamento sensitivo de detecção;
• Quando uma onda positiva de despolarização dentro das células cardíacas se move em direção a um eletródio + (pele), registra-se sobre o ECG uma um eletródio + (pele), registra-se sobre o ECG uma deflexão + (p/ cima);
• Se a onda se mover em sentido contrário ao eletródio, a deflexão é negativa;
• Quando a despolarização é perpendicular à derivação, diz q a onda é isodifásica.
Derivações
• Há 12 derivações no ECG de rotina:– 6 derivações periféricas
• 3 bipolares• 3 unipolares• 3 unipolares
– 6 derivações precordiais
Derivações
• As derivações unipolares são aumentadas nos membros.– AVR (braço direito);– AVL (braço esquerdo);– AVL (braço esquerdo);– AVF (pé esquerdo).
Derivações
– V1: 4°EID, Borda Esternal;
– V2: 4°EIE, Borda Esternal;
• Derivações Precordiais – Localização
Esternal;– V4: 5°EIE, Linha hemi-
clavicular;– V3: Ponto Médio entre
V2 e V4;– V5: LAA, mesmo nível
de V4;– V6: LAM, mesmo nível
de V4.
Derivações
• Derivações precordiais – Topografia– V1 e V2: lado direito do coração– V3 e V4: septo interventricular– V5 e V6: lado esquerdo do coração– V5 e V6: lado esquerdo do coração
Freqüência
• Registra-se o ECG em papel milimetrado (1 x 1mm);
• O eixo horizontal representa tempo;• A padronização do ECG é de 10mm = • A padronização do ECG é de 10mm =
1mV;• 1 quadrado pequeno = 0,04s;• 1 quadrado grande = 0,2s;
Freqüência
1. 300’ – 150’ – 100’ – 75’ – 60’ – 50’.2. N°de ciclos QRS em 6 quadrados
grandes (1,2s) x 50;3. 300 / n° de quadrados grandes entre 3. 300 / n° de quadrados grandes entre
batimentos consecutivos;4. 1500/ n°de quadrados pequenos
entre 2 complexos QRS.
*Freqüência Cardíaca Normal = 60 – 100bpm
Revisão de Complexos
• Onda P– Representa a despolarização atrial;– Normalmente é positiva em I, II, AVF, V4
e V6;e V6;– Normalmente negativa em AVR
Revisão de Complexos
• Intervalo PR– Normalmente 0,12 a 0,20s– Mede o tempo q impulso demora do nó
SA ao nó AV.SA ao nó AV.– Intervalo PR prolongado pode ser
bloqueio AV, hipertireoidismo ou doenças das artérias coronárias;
*Segmento PR: embora normalmente isodifásico, pode se deslocar no infarto atrial e pericardite aguda.
Revisão de Complexos
• Complexo QRS– Despolarização Ventricular;– Duração normal: 0,05 – 0,10s;– Caso a amplitude seja inferior a 10mm em todas
as derivações (baixa voltagem) suspeita-se de doença cardíaca, derrame pericárdico, mixedema doença cardíaca, derrame pericárdico, mixedema ou doença pulmonar;
– Nomenclatura;– Em V1 – V6, a tendência é de R aumentar e S
diminuir;– A derivação intrinsecóide é a medida do início do
QRS ao cume de R e representa a chegada da onda de excitação do endocárdio ao epicárdio;
Revisão de Complexos
• Onda Q– Não devem ser maiores que 0,03s;– Normalmente são encontradas em I, AVL,
V5 e V6.V5 e V6.– Uma onda Q nas derivações V1 e V2
deve ser considerada anormal.
Revisão de Complexos
• Segmento ST– Em geral isoelétrico;– Não costuma exibir depressão maior que
0,5mm;0,5mm;– Ponto J;– As alterações primárias de ST estão
associadas a isquemia ou inflamação, sendo as causas principais infarto do miocárdio e pericardite.
Revisão de Complexos
• Onda T– Repolarização Ventricular;– Normalmente positiva em I, II, V3 a V6;– Normalmente invertida em AVR;– A medida que R aumenta de V1 – V6, o mesmo deve
acontecer com T;acontecer com T;– Ondas T altas podem sugerir infarto, hiperpotassemia (em
tenda), isquemia, sobrecarga ventricular, drogas e AVC. Ondas T muito largas e de formato grotesco sugerem AVEncefálico;
– As alterações primárias da onda T estão relacionadas a isquemia e infarto;
– Os átrios também produzem uma onda P.
Revisão de Complexos
• Onda U– Representa um período de excitabilidade
super-normal durante a repolarização dos ventrículos;ventrículos;
– Pequena onda de baixa voltagem que sucede T;
– Mais visível em V3 e V4;– Torna-se proeminente na hipopotassemia
e na bradicardia.
Onda P: reflete a contração atrial e mede menos do que 0,11 segundos de largura.
Intervalo PR: varia de 0,12 a 0,20 segundos.
Intervalo QRS: deverá ser menor do que 0,10 segundos.
Segmento ST: a sua variação está associada com doença coronariana, pericardite e
outras condições.
Onda T: Representa a repolarização ventricular.
Intervalo QT: marcadamente afetado pela FC. Em FC de 60-100 bpm varia de 0,30 a 0,40
segundos.
Eixo Elétrico
• O eixo se refere à direção da despolarização que se difunde através do órgão cardíaco para estimular a contração das fibras musculares;
• Para demonstrar a direção da atividade elétrica usamos um vetor;
• A soma de todos os vetores pequenos de despolarização ventricular gera o vetor médio do QRS.
Determinação do Eixo
• Encontrar o quadrante do vetor QRS usando as derivações I e AVF;
• Encontrar a derivação de membros com a menor deflexão ou a derivação mais isoelétrica;
• Deslocar 90° da derivação de menor deflexão para • Deslocar 90° da derivação de menor deflexão para o quadrante apropriado
• Se a derivação com a menor deflexão está levemente positiva, o eixo não está totalmente a 90°da derivação e vice –versa;
• Um eixo normal situa-se entre -30°e +120°.
Bizu
• De forma simplificada, procure examinar no ECG:– Freqüência;– Ritmo;– Ritmo;– Eixo;– Hipertrofia;– Infarto.
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