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Prefeitura deRibeirão Preto
Comitê Municipal de Controle de Infecções Hospitalares
INFLUENZAOrientações para Serviços de
Saúde da Rede Publica e Privada
Abril/2016
Prefeitura deRibeirão Preto
Comitê Municipal de Controle de Infecções Hospitalares
Organizado por:Enf. Marta Maria Noccioli Sanches (DVS-DEVISA SMS, COMITÊ IH)
Revisado por:Enf. Giovanna Teresinha Cândido ( DVS-DEVISA SMS)
Dra. Ana Alice M. C. Castro e Silva ( DVE-DEVISA SMS)Enf. Luzia Márcia R. Passos (Diretora DEVISA)
Permitida a reprodução, desde que citada a fonte
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Comitê Municipal de Controle de Infecções Hospitalares
Abrangência
Serviços de saúde que prestam atendimento ambulatorial , pronto atendimento e internação de pessoas com suspeita ou com diagnostico de SG/SRAG pelo vírus da influenza (A/H1N1, A/H3N2 e B)
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INFLUENZAA influenza sazonal e uma doença infecciosa
febril (temperatura >= 37,8C) aguda, das vias aéreas.
Caracteriza-se por febre e tosse e/ou dor de garganta, mais um dos seguintes sintomas: mialgia ou cefaléia, na ausência de outro diagnóstico. Pode haver diarréia e vômitos.
A curva térmica usualmente declina após o período de 2 a 3 dias, e normalizando em torno do sexto dia de evolução.
Em grupos vulneráveis e com maior risco para complicações, a doença pode evoluir para formas mais graves como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e ate óbito.
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Período de transmissibilidadeda Influenza
24 horas antes do inicio dos sintomas, ate 3 dias apos o final da febre, o que corresponde mais ou menos a 7 dias após o estabelecimento da doença. Nas crianças pode durar mais tempo, em torno de 14 dias, e nos pacientes imunossuprimidos a disseminação do vírus pode se prolongar por semanas a meses.
Trabalhador da SaúdeÉ todo o trabalhador que se
insere direta ou indiretamente na prestação de serviços de saúde, no interior dos estabelecimentos de saúde ou em atividades de saúde, podendo deter ou não formação específica para o desempenho de funções referentes ao setor. O vínculo de trabalho com atividades no setor saúde, independentemente da formação profissional ou da capacitação do indivíduo, é o aspecto mais importante na definição de Trabalhador de Saúde.
Quem deve adotaras medidas de precaução?
• Todos os profissionais de saúde que prestem assistência direta ao paciente (médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, equipe de radiologia, dentistas, entre outros), que tenham contato com casos suspeitos ou confirmados de influenza;
• Toda a equipe de suporte, que tenha contato a uma distancia menor que 1 metro de pacientes com infecção por influenza, incluindo pessoal de limpeza, nutrição e responsáveis pela retirada de produtos e roupas sujas da unidade de isolamento; porem recomenda-se que o minimo de pessoas entre no isolamento;
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Quem deve adotaras medidas de precaução?
• Todos os profissionais de laboratório, durante coleta, transporte e manipulação de amostras de pacientes com infecção por influenza;
• Os profissionais de saúde que executem o procedimento de verificação de óbito;
• Outros profissionais que entrem em contato com pacientes com infecção por influenza.
Precaução para gotículas• O vírus influenza se dissemina
de pessoa a pessoa principalmente através de gotículas (partículas > 5 micra), que são expelidas pela tosse ou espirro.
• A transmissão do vírus via gotículas, requer contato próximo entre a fonte e as pessoas suscetíveis, porque as partículas não permanecem em suspensão no ar e não alcançam grandes distancias (geralmente menos de 1 metro) através do ar.
Recomendações para os Pronto atendimentos
• Estabelecer de condições para triagem rápida e eficaz de pacientes com quadro de doença respiratória febril aguda de inicio súbito.
• Manter salas de espera ventiladas, garantindo a circulação do ar interior.
• Disponibilizar solução de gel alcoólico na sala de acolhimento e na sal de espera.
• Uso de máscara cirúrgica para trabalhador do acolhimento.
• Realizar a limpeza e desinfecção das superfícies do consultório e de outros ambientes utilizados pelo paciente.
• Pacientes com sintomas gripais devem receber máscara para aguardar atendimento.
Recomendações para os Pronto atendimentos
• Providenciar cartazes com orientações aos pacientes sobre higiene respiratória e etiqueta da tosse.
• Oferecer/ recomendar uso de lenço descartável.
• Manter lixeiras com abertura acionada por pedal para descarte de lenços utilizados.
• Orientar higienização constante das mãos.• Orientar o paciente não usar bebedouro de
jato inclinado sem copo. Oferecer copos de uso privativo.
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SUGESTÃO DE CARTAZ
Orientações para Salas de Observação/ Internação
• Manter isolamento em quarto privativo de preferência.
• Quando não for possível, utilizar sala de observação com isolamento por coorte, respeitando-se a distância mínima de um metro entre os leitos. Recomenda-se adicionalmente o uso de biombo entre os leitos.
• Manter álcool gel disponível na beira de cada leito e aplicá-lo antes e após a assistência.
• Em qualquer destas situações o ambiente deverá contar com banheiro anexo.
Orientações para Salas de Observação/ Internação
• Acompanhantes devem permanecer com máscara cirúrgica.
• Recomenda-se que as pessoas entrem no isolamento somente quando necessário, porém isso não significa que o paciente não deva ser regularmente observado.
• Aconselha-se que a enfermagem seja exclusiva para os pacientes em isolamento respiratório com suspeita de gripe.
• Não circular dentro do Hospital, UBDS, UPA usando os EPI; estes devem ser imediatamente removidos apos a saída do quarto, enfermaria ou área de isolamento;
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Recomendações para o transporte• Compartimentos separados entre motorista e
paciente.• Manter cabine do paciente ventilada.• Uso de máscara pelo paciente.• Uso de EPIs pelos profissionais de saúde (precauções
padrão e para gotículas).• Prever álcool gel para higiene das mãos.• Rigorosa limpeza das superfícies (glucoprotamina,
biguanida, álcool 70% ou hipoclorito de sódio 1%), antes do próximo uso.
• Garantir descarte adequado de resíduos de acordo com a RDC 306/2004.
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Recomendações para o atendimento de urgência
• Procedimentos com risco de geração de aerossóis:– Intubação traqueal;– Aspiração nasofaríngea
e nasotraqueal; – Broncoscopia; – Autópsia envolvendo
tecido pulmonar; – Coleta de espécime
clinico para diagnostico etiológico da influenza, dentre outros.
Risco de liberação de partículas < 5μ
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• Quando o profissional atuar em procedimentos com risco de geração de aerossol nos pacientes com infecção por influenza deve utilizar a máscara de proteção respiratória (respirador particulado) com eficácia mínima na filtração de 95% de partículas de ate 0,3μ (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3).
A máscara de proteção respiratória deverá estar
apropriadamente ajustada à face.É recomendado uso em período médio de 7 dias (uso intenso), acondicionada em local limpo e seco. Descartar a mascara sempre que apresentar sujidade ou umidade visível.
Máscara de proteção respiratória
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Em situações de ventilação mecânica
• Recomenda-se o uso de Filtro no circuito de ventilação mecânica
Luvas As luvas de procedimentos não cirúrgicos, devem ser utilizadas, conforme recomendada nas precauções padrão, quando houver risco de contato das mãos do profissional com sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, mucosas, pele naointegra e artigos ou equipamentos contaminados, de forma a reduzir a possibilidade de transmissão do vírus da influenza para o profissional, assim como, de paciente para paciente por meio das mãos do profissional.
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Uso de luvas• Troque as luvas sempre que entrar em contato com
outro paciente;• Troque também durante o contato com o paciente se
for mudar de um sitio corporal contaminado para outro, limpo, ou quando esta estiver danificada;
• Nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones, computadores, maçanetas, portas) quando estiver com luvas para evitar a transferência do vírus para outras pessoas ou ambientes;
• Não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas (as luvas não devem ser reutilizadas);
• O uso de luvas não substitui a higienização das mãos;
• Proceder a higienização das mãos imediatamente apos a retirada das luvas, para evitar a transferência do vírus para outros pacientes ou ambientes;
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Técnica de remoção de luvas1. Retire as luvas puxando a primeira pelo
lado externo do punho com os dedos da mão oposta.
2. Segure a luva removida com a outra mão enluvada.
3. Toque a parte interna do punho da mão enluvada com o dedo indicador oposto (sem luvas) e retire a outra luva.
As luvas devem ser descartadas apos uso único, como resíduo infectante.
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Protetor Ocular ou Protetor de Face
• Devem ser utilizados quando houver risco de exposição do profissional a respingo de sangue, secreções corporais e excreções.
• Devem ser exclusivos de cada profissional responsável pela assistência, devendo, apos o uso, sofrer processo de limpeza com água e sabão/detergente e desinfecção.
• Para a desinfecção: Glucoprotamina, ou Biguanida, ou álcool a 70%,ou hipoclorito de sódio a 1% nas concentrações recomendadas pelo fabricante e de acordo com as determinações do SCIH.
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Gorro descartável• Deve ser utilizado pelo
profissional de saúde apenas em situações de risco de geração de aerossol (ex:coleta e aspiração de secreções respiratórias, fisioterapia e procedimentos invasivos do aparelho respiratório).
• Por não constituir EPI não devem ser usados gorros de tecido customizadosque são levados para casa para higienização.
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Avental• Deve ser usado durante procedimentos onde
ha risco de respingos de sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções, a fim de evitar a contaminação da pele e roupa do profissional.
• O avental deve ser de mangas longas, punho de malha ou elástico e abertura posterior.
• Deve proporcionar barreira antimicrobiana efetiva, permitir a execução de atividades com conforto e estar disponível em vários tamanhos.
• O avental sujo deve ser removido após a realização do procedimento.
• Após a remoção do avental deve-se proceder a higienização das mãos para evitar transferência do vírus A/H1N1 para o profissional, pacientes e ambientes.
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Desinfecção de artigos compartilhados
• Para os itens compartilhados por demais pacientes (ex: esfigmomanômetro, oximetro de pulso e outros), realizar a cada uso a limpeza e desinfecção habitual conforme rotina jáestabelecida.
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Desinfecção dos ambientes• Utilizar somente produtos saneantes
padronizados, na concentração e tempo recomendados pelo fabricante e SCIH.
• Seguir as recomendações oficiais:– BRASIL. Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies( Manual)/ Brasília: Anvisa, 2012.118 p.
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Fazem parte ainda das precauções padrão e boas práticas
• Uso de sapatos fechados.• Não usar adereços (anéis, alianças,
brincos, ‘piercings’ faciais).• Manter unhas curtas.• Cabelos curtos ou presos.
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IMUNIZAÇÃO• Campanha de vacinação para todos os
trabalhadores de saúde.• As áreas críticas com pacientes vulneráveis
devem ser priorizadas com meta de adesão plena à vacinação.– Pronto-atendimento– Berçários– Unidade de Obstetrícia– CTI– Unidades Hemato Oncológicas– Unidade de Transplantes
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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
• Deverão ser notificados todos os casos de SRAG, conforme modelo do SINAN web.
• Os surtos de ocorrência intrahospitalarde influenza deverão ser notificados àDivisão de Vigilância Epidemiológica deste Município: dve@saude.pmrp.com.br
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Fontes:• http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/ih/ih13_quadro_doenca.htm• PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, SMS, COVISA- Informe
Técnico nº31-Influenza A H1N1, revisado e atualizado, março/2016, 10p.• PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO, SMS, CCI- Informe
Técnico sobre Praticas de Biossegurança em Serviços de Saúde, abril/2016
• SILVA, MFI- Aula:Isolamento e precauções para pacientes com suspeita de Influenza (H1N1), Comissão de Controle de Infecções Hospitalares, HCFMRP-USP, 2016, apresentação em .ppt:18slides
• BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies( Manual)/ Brasília: Anvisa, 2012.118 p.
• BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária -Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes Biológicos para Trabalhadores de Saúde,76p.
• BRASIL, Ministério da Saúde -Plano Brasileiro de Preparação para Enfrentamento de uma Pandemia de Influenza -IV Versão, Brasilia, 2010,36p.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis.Protocolo de tratamento de Influenza: 2015 [recurso eletrônico] / Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 41 p.
• WHO,Global Influenza Programme:Pandemic Influenza Preparedness andResponse- A WHO Guidance Document, 2009,reprinted 2010, 64p.
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