índice de fraturas em idosos com faixa etária entre
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FACULDADE ASSIS GURGACZ
EMERSON LUIS ORTOLAN
ÍNDICE DE FRATURAS EM IDOSOS COM FAIXA ETÁRIA ENTRE50 a 85 ANOS
CASCAVEL-PR2006
1
EMERSON LUIS ORTOLAN
ÍNDICE DE FRATURAS EM IDOSOS COM FAIXA ETÁRIA ENTRE50 a 85 ANOS
Monografia apresentado ao curso deFisioterapia da Faculdade Assis Gurgacz –FAG como requisito parcial de conclusão decurso.Prof Orientador: Esp. Alexandre Badke.
CASCAVEL-PR2006
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FACULDADE ASSIS GURGACZ
EMERSON LUIS ORTOLAN
ÍNDICE DE FRATURAS EM IDOSOS COM FAIXA ETÁRIA ENTRE 50 a 85ANOS
Trabalho apresentado no Curso de Fisioterapia, da FAG, como requisito parcial paraobtenção do título de Bacharel em Fisioterapia, sob a orientação do ProfessorOrientador Alexandre Badke.
BANCA EXAMINADORA
____________________________Professor Orientador, Alexandre Badke
Faculdade Assis GurgaczEspecialista
____________________________
Professor Avaliador, Rodrigo Luiz Lima JucáFaculdade Assis Gurgacz
Especialista
____________________________
Professor Avaliador, Ms Rodrigo Daniel GenskeFaculdade Assis Gurgacz
Mestre
Cascavel, _____ de ________________ de 2006.
3
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à meus pais Ademir
e Celi, pelo apoio e por sempre
acreditarem e estimularem minha
caminhada durante o curso e por me
ensinar, dentre tantas coisas, o valor do
trabalho.
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por iluminar meu caminho e me dar forças para continuar,
sempre!
Agradeço à minha irmã Elisa, pois não mediu esforços para ajudar-me na
finalização de meu trabalho.
Agradeço ao meu orientador professor Alexandre Badke pela relevante
atuação como Orientador, braço amigo de todas as etapas do presente trabalho.
Aos amigos e colegas de trabalho do curso, pois juntos trilhamos uma etapa
importante de nossas vidas.
E, principalmente, agradeço aos idosos do Projeto Ação Integrada da FAG, que
dispusseram de sua boa vontade em participar de minha pesquisa.
5
Oração do Idoso
Felizes os que respeitaram as minhas mãos enrugadase os meus pés deformados;
Felizes os que falaram comigo apesar dos meus ouvidosjá não entenderem bem as suas palavras;
Felizes os que compreenderam que os meus olhoscomeçaram a não ver e as minhas idéias a ficarem baralhadas;
Felizes os que, com um sorriso, perderam tempo emconversar comigo;
Felizes os que me ajudaram a lembrar coisas deantigamente;
Felizes os que disseram que gostavam de mim e que euainda prestava para alguma coisa;
Felizes aqueles que me ajudaram a viver os últimos diasde minha vida.
(autor desconhecido)
6
RESUMO
Envelhecer não é uma doença, mas uma experiência de vida e, para que o indivíduotenha uma boa qualidade de vida, é necessário o bem-estar físico e a auto-independência. É preciso informar ao idoso as possibilidades de melhorar, modificar,preservar e desenvolver um potencial que, na maioria das vezes, ele não sabe queainda possui. O processo de envelhecimento acaba por trazer várias alterações,fisiológicas e anatômicas, deixando-o mais vulnerável e frágil, podendo estarpropenso a sofrer quedas e fraturas. O propósito deste trabalho foi de analisar oíndice de fraturas em idosos institucionalizados com faixa etária entre 50 à 85 anosna cidade de Cascavel, sendo pacientes da Clínica de Fisioterapia da FAG.Averiguou-se dessa forma, qual a freqüência e quais razões de quedas e fraturasnesta faixa etária. Através de uma apresentação teórica, metodológica e conceitual,enfatizando os principais pontos de discussão relacionados à questão das principaiscausas que os idosos sofrem com quedas e fraturas, as alterações fisiológicas,patologias associadas e os tipos de fraturas sofridas. Os resultados da pesquisarevelaram que dos 100 pacientes entrevistados, 83% eram do sexo feminino, e oíndice maior de faixa etária encontra-se dos 61 aos 70 anos (42,17%), levando emconsideração que, 79,52% das mulheres que apresentaram quedas, 36,14% tiveramalgum tipo de fratura (MMSS, MMII, Tronco e Cabeça).
Palavras-chave: Idosos, Fraturas, Quedas.
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ABSTRACT
Getting old is not an illness, but a life experience and, if someone wants to have agood life quality it’s necessary physical well-being and self-independence. Theelderly must be informed about the possibilities of getting better, modifying,preserving and developing a potential that, most of the time, they don’t know they stillhave. The getting-old process brings many physiological and anatomical changes,making the elderly more vulnerable and fragile, increasing the risk of falls andfractures. The purpose of this work was to analyze the fracture rate in institutionalizedold people, patients of the Physiotherapy Clinic of FAG, from ages 50 to 85 in thetown of Cascavel. It was possible to find out the rate and the reasons of the falls andthe fractures into that age group. Using a theoretical, methodological and conceptualpresentation, the main points of discussion concerning the main causes of falls andfractures in the group in question were emphasized and also, the physiological andthe pathological changes linked to those kinds of fractures. The results of theresearch have revealed that from 100 interviewed patients, 83 percent were women,and the larger incidence was from ages 61 to 70 (42.17%), considering that 79.52%of women who have shown falls, 36.14% have revealed some kind of fracture(MMSS, MMII, trunk and head)
Key words: Elderly, Fractures, Falls.
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LISTA DE ABREVIATURAS
CID - Classificação Internacional de Doenças
FAG - Faculdade Assis Gurgacz
MMII - Membro Inferior
MMSS - Membro Superior
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Punho.....................................................................................................32
Figura 2: Fêmur.....................................................................................................35
Figura 3: Anatomia das trabéculas ósseas na extremidade proximal do fêmur
e o triângulo de Ward.............................................................................36
Figura 4: Fêmur direito .......................................................................................... 37
Figura 5: Coluna Vertebral .................................................................................... 38
Figura 6: Fratura do color do fêmur tratada com pino ...........................................41
10
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Porcentagem dos idosos participantes do Projeto Ação Integrada
FAG...................................................................................................... 48
Gráfico 2: Porcentagem de idade dos idosos do Projeto Ação Integrada .............49
Gráfico 3: Incidências de idosos que sofreram quedas......................................... 49
Gráfico 4: Porcentagem de idosos que sofreram quedas em diversos locais....... 50
Gráfico 5: Porcentagem dos idosos intitucionalizados que sofreram fraturas
no pós-queda ........................................................................................51
Gráfico 6: Número de fraturas sofridas pelos idosos intitucionalizados da FAG ...52
Gráfico 7: Porcentagem entre homens e mulheres que sofreram quedas ............ 53
Gráfico 8: Porcentagem dos idosos que sofreram quedas em diversos locais .....54
Gráfico 9: Porcentagem entre idosos homens e mulheres que sofreram
fraturas ................................................................................................. 55
Gráfico 10: Porcentagem do local de fraturas sofridas por idosos homens e
mulheres Institucionalizados da FAG................................................. 56
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 15
2 1 IDOSOS ..........................................................................................................15
2.2 ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS .....................................................................19
2.3 PATOLOGIAS ASSOCIADAS......................................................................... 21
2.4 O IDOSO E A DEMÊNCIA ..............................................................................23
2.5 QUEDAS E FRATURAS EM IDOSOS ............................................................27
2.6 FRATURAS DO MEMBRO SUPERIOR.........................................................29
2.7 FRATURAS DO MEMBRO INFERIOR .......................................................... 33
2.8 FRATURAS DO TRONCO E CABEÇA .......................................................... 38
2.9 COMPLICAÇÕES DE FRATURAS ................................................................. 40
2.10 FISIOTERAPIA GERIÁTRICA....................................................................... 42
3 METODOLOGIA ............................................................................................... 44
3.1 TIPO DE PESQUISA....................................................................................... 44
3.2 MÉTODO DE ESTUDO...................................................................................44
3.3 SELEÇÃO DE AMOSTRA............................................................................... 45
3.4 COLETA DE DADOS ......................................................................................46
3.5 TRATAMENTO DE DADOS............................................................................ 47
4 RESULTADOS..................................................................................................48
4.1 RESULTADO GERAL DA PESQUISA............................................................48
4.2 ANÁLISE COMPARATIVA DE QUEDAS ENTRE HOMENS E MULHERES ..52
5 DISCUSSÃO ...................................................................................................... 57
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................60
6.1 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................62
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 64
APÊNDICE I: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ..........67
APÊNDICE II: ENTREVISTA COM OS IDOSOS.................................................. 69
12
1 INTRODUÇÃO
O aumento da expectativa de vida, ocorrido ao longo dos últimos anos,
devido, principalmente aos avanços da medicina e na produção mundial de
alimentos, vem permitindo um paulatino e persistente envelhecimento da população.
Com isso, o grupo de idosos mais velhos é o subgrupo de crescimento mais
rápido. O número de idosos que vivem sozinhos na comunidade está crescendo, o
isolamento social é um problema freqüente: 45% das pessoas com mais de 65 anos
apresentam alguma limitação no desempenho das atividades da vida diária, e entre
aqueles acima de 85 anos, 60% apresentam tais limitações. Estas limitações podem
provocar alterações na qualidade de vida dos indivíduos, e algumas vezes causa
dependência de outras pessoas para a execução de suas tarefas diárias,
(CANDELORO e SILVA, 2006).
No idoso, a coordenação, o equilíbrio, os reflexos neuromotores, a
demência, entre outros, diminuem com o avançar da idade, tornando complexas
muitas tarefas simples, que se agravam com alguma incapacidade física,
condenando-o ao leito. As maiorias das fraturas na terceira idade ocorre devido as
alterações acima que ocasionam quedas.
Por este motivo, optou-se como objetivo geral, analisar a incidência das
fraturas em idosos na faixa etária entre 50 à 85 anos na cidade de Cascavel,
pacientes da Clínica de Fisioterapia da FAG, para que se possa averiguar com que
freqüência e por quais razões as fraturas acontecem neste grupo social. E como
objetivos específicos: analisar e estudar as principais causas que levam os idosos a
sofrer quedas e fraturas; descrever as principais alterações fisiológicas do idoso;
analisar as patologias associadas aos idosos; identificar quais são as quedas e
13
fraturas mais freqüentes nos idosos; analisar entre a faixa etária do idoso, qual é a
idade em que mais tem propensão a quedas e fraturas.
Tal estudo poderá propiciar uma melhora no atendimento aos idosos, e
orientar o profissional de fisioterapia, no tratamento preventivo das fraturas, bem
como no tratamento clínico de pacientes fraturados.
Através de um cuidadoso questionário pretende-se descobrir as principais
causas que levam o paciente idoso a procurar a Clínica de Fisioterapia da FAG, na
Cidade de Cascavel, para o tratamento de fraturas.
O trabalho envolverá as condições sócio-educativas do idoso, além de
analisar e verificar quais as principais causas que levam os idosos a sofrer quedas e
fraturas. Outras questões importantes também são averiguadas, como: as patologias
associadas, as alterações fisiológicas, o idoso e a demência, quedas e fraturas mais
comuns entre os pacientes.
O movimento é crucial para garantir a realização das necessidades básicas
diárias envolvidas na manutenção da qualidade de vida. A manutenção da
mobilidade e o deslocamento do indivíduo pelo ambiente são essenciais para suas
atividades funcionais, e contrariamente, a restrição do paciente ao leito, além da
dependência e suas complicações, diminui a sua autonomia, o seu convívio social,
interferindo na sua auto-estima sensação e bem estar, podendo, eventualmente,
desenvolver processos depressivos (REBELATTO e MORELLI, 2004).
A atuação da fisioterapia traz grandes benefícios aos idosos. A manutenção
da mobilidade do indivíduo constitui uma das mais efetivas ações contra
complicações físicas, mentais e sociais. Propiciar a máxima independência funcional
ao idoso, durante o maior tempo possível também é um dos objetivos do tratamento
fisioterapêutico.
14
Com a identificação do índice de fraturas nos idosos, o fisioterapeuta poderá
traçar melhores objetivos e tratamentos em sua conduta, assim ajudando a prevenir
as complicações causadas pela fratura, entre elas a imobilidade, que dificulta a
realização de suas atividades diárias.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 IDOSOS
Segundo Papaléo Netto (2002), o processo de envelhecimento e sua
conseqüência natural, a velhice é uma das várias preocupações que passam a
humanidade desde o início de sua civilização. No entanto, percebe-se que grandes
avanços científicos e tecnológicos ocorreram no século XX, alguns avanços da
ciência do envelhecimento e graças aos conhecimentos adquiridos através de
estudos desenvolvimentos através dos tempos.
Segundo Zinni e Pussi (2006), esse processo de envelhecimento acaba
trazendo várias alterações, fisiológicas como anatômicas, deixando o idoso mais
vulnerável e frágil, o que poderá deixar mais propenso a sofrer quedas e fraturas.
Deliberato (2002), esclarece que o envelhecimento biológico é um fenômeno
do processo natural de vida natural, dinâmico, progressivo e irreversível, ou seja,
todo ser humano precisa passar por essa fase de sua vida, assim como a infância, a
adolescência e a maturidade que são marcadas por mudanças biopsicossociais
específicas, associadas à passagem do tempo.
Pode também ser considerada como uma conseqüência ou um meio
condutor para o indivíduo chegar mais rápido a velhice, seria a diminuição da
capacidade individual de adaptação ao meio ambiente, o que tornaria o idoso mais
suscetível à possibilidade de adoecer (DELIBERATO, 2002).
Mas, torna-se importante comentar que existem duas diferenças entre
envelhecimento e velhice. O envelhecimento como já foi exposto anteriormente, é
um processo natural, respeitando-o como progressivo, irreversível e comum a todos
16
os seres humanos, já a velhice ela é caracterizada como um fenômeno social, que
rotula o idoso como um ser improdutivo.
Segundo Freitas et. al. (2002), o aumento acentuado de idosos trouxe uma
série de conseqüências para a sociedade e, de certa forma, para os indivíduos que
compõem essa faixa etária. No entanto, tornou-se necessário e fundamental buscar
fatores determinantes com as condições físicas, de saúde e de vida dos idosos,
conhecendo também, as múltiplas facetas da velhice e do processo de
envelhecimento.
De acordo com Sousa et al. (2006), é fundamental que o profissional saiba
distinguir os efeitos da idade de patologia. Pois, algumas pessoas mostram
pequenos declínios no estado de saúde e nas competências cognitivas precoces,
enquanto que outras vivem em perfeita harmonia com a vida e saudáveis até aos 80
anos ou mais.
A freqüência de doença crônica aumenta com a idade, com 80% dos idosos
apresentando pelo menos uma condição crônica. Isso não significa que toda pessoa
idosa sofra com doenças. Muitas das presumíveis perdas com o envelhecimento
podem resultar de doenças crônicas subjacentes, como aquelas envolvendo os
sistemas músculoesqueléticos, (FREITAS et. al., 2002).
Com o passar dos anos, homens e mulheres apresentam dificuldades
crescentes no desempenho de tarefas do cotidiano de suas vidas. Este declínio no
desempenho pode provocar alterações na qualidade de vida dos indivíduos, e
algumas vezes causa dependência de outros para a execução de suas tarefas. O
tempo livre, para muitos é às vezes um tempo vazio envenenado por situações
penosas de isolamento e abandono. Sempre que tem meios, não se contentam mais
em sobreviver, tem o desejo de saborear mais intensamente a alegria de viver. A
17
prática regular de atividade física pode auxiliar os idosos na ampliação de sua
qualidade de vida e alterar a taxa de declínio do seu estado funcional.
Alterações ocorrem ao sistema nervoso central e periférico com o avançar
da idade. O tempo de reação torna-se mais lento e a velocidade de condução
nervosa fica de 10 a 15% mais lenta após os 70 anos. A atividade física regular por
toda a vida parece retardar o surgimento da lentidão do tempo de reação causado
pelo envelhecimento.
Ainda que não se queira tratar o envelhecimento como doença, para
Carvalho e Netto (2000), é fundamental que os profissionais da saúde veja com
outros olhos esse fator, pois não há como negar que o aumento do número de
idosos venha a significar ao longo do tempo problemas de longa duração,
necessitando para tanto, de gastos maiores com tratamentos.
Segundo Rebelatto e Morelli (2004), a existência do interesse pela qualidade
de vida dos idosos, surgiu a partir do momento em que houve a preocupação em
relação ao medo e a negação da velhice. No Brasil, estudos realizados mostram
ainda que a qualidade de vida na velhice é ainda incipiente e fragmentado, isso
porque a emergência da velhice como fenômeno social é muito recente e, em
especial, devido ao fato de inserir-se num quadro hoje considerado desigual
socialmente e de acentuadas carências, no qual uma minoria, como os idosos, não
chega a constituir demandas capazes de mobilizar a sociedade em favor do
atendimento de suas necessidades.
Dessa forma, deve-se ressaltar que os idosos, bem como pessoas de
qualquer idade, são capazes de ativar mecanismos de otimização e compensação
para enfrentar essas perdas, lançando mão de recursos tecnológicos, solicitando
18
apoio social e psicológico, ou valendo-se do controle exercido sobre o
comportamento de outras pessoas.
Para Rebelatto e Morelli (2004), um bom modelo de qualidade de vida na
velhice deve contemplar todas as mudanças na vida do idoso podendo ser elas
positivas ou negativas. A essa mudança negativa pode-se ser citada, de acordo com
os mecanismos genético-biológico, as seguintes alterações: a) alteração das
capacidades biomecânicas, representadas por diminuição da força e da resistência;
b) alterações nas capacidades sensoriais e psicomotoras; c) mudanças na
velocidade do processamento de informação; d) prejuízos à memória operacional e à
memória episódica; e) diminuição da capacidade de novas aprendizagens; f)
redução no controle instrumental.
Nas transformações positivas que são provocadas na velhice em relação à
capacidade de adaptação dos idosos, Rebelatto e Morelli (2004), expõe quatro
mudanças sendo elas: a) maior seletividade socioemocional; b) maior capacidade de
estabelecer prioridades; c) emergência de especialidades cognitivas e maior
capacidade de administração dos eventos da vida prática; d) maior prudência e
precisão ao realizar tarefas.
Segundo Sousa et al. (2006), de acordo com esses fatos, o mais importante
é desenvolver meios para melhor atender às dificuldades tanto positiva como
negativa, do crescente grupo de idosos. Parece que a obtenção de dados de
caracterização da qualidade de vida e bem estar dos idosos, do ponto de vista dos
próprios, é um dado que pode ser fundamental para dinamizar medidas adequadas
a essa população que permitam o alcançar de um envelhecimento bem sucedido.
19
2.2 ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
Muito do decréscimo na função fisiológica pode estar relacionado com o
descondicionamento ou desuso. Algumas alterações se devem a processos
patológicos ou doenças e não ao envelhecimento: diminuição da velocidade do
sistema nervoso central, por perda de mielina das fibras nervosas; diminuição da
massa muscular e óssea (cada vez menos capaz de suportar carga, ou seja, mais
exposto à fraturas); os ligamentos vão fibrosando; há perda de 30% de água
corporal; diminuição da amplitude de movimento o que aumenta o risco de lesões
em movimentos de flexibilidade; diminuição do equilíbrio, aumentando o risco de
quedas e alterações na marcha; aumento da resistência vascular periférica o que
aumenta a pressão arterial; diminuição da expansibilidade torácica e aumento da
complacência pulmonar; diminuição das mitocôndrias, o que diminui a capacidade
do sistema aeróbico e conseqüentemente diminui o consumo de oxigênio.
Segundo Deliberato (2002), as principais alterações biológicas causadas
pelo envelhecimento podem ser citadas aqui como:
Diminuição da massa muscular e da densidade óssea; perda da forçamuscular; deficiência da agilidade; da coordenação motora; do equilíbrio; damobilidade articular e das funções hepáticas e renal; maior rigidez dascartilagens, dos tendões e dos ligamentos; redução da capacidadetermorreguladora; maior trabalho ventilatório aos esforços; menor número etamanho de neurônios, queda do tempo de reação e condução nervosa.(DELIBERATO, 2002, p. 47).
Segundo Neri (2004), existem ainda dentro do processo de envelhecimento
as seguintes alterações fisiológicas:
Redução da força;
Redução do volume muscular;
Aumento do tecido não contrátil (gordura e tecido conectivo) no músculo;
20
Redução na área de secção transversa do músculo esquelético;
As fibras tipo II, com o envelhecimento, reduzem em tamanho enquanto
que as fibras do tipo I permanecem praticamente inalteradas;
A redução da área de secção transversa do músculo também se dá às
custas da redução do número de fibras ao longo do processo de envelhecimento;
O envelhecimento parece provocar redução no número tanto de fibras do
tipo I como do tipo II.
Com o envelhecimento ocorre também uma redução no número de
unidades motoras. Esse fenômeno parece ser resultante da perda de neurônios
motores alfa da medula espinhal com subseqüente degeneração de seus neurônios
em contra partida as unidades motoras remanescentes aumentam de tamanho;
Capacidade reduzida no idoso em gerar força em alta velocidade
(potência);
Vários estudos têm relacionado a redução da força muscular a uma maior
suscetibilidade a quedas, fraturas e dependência do idoso;
Parte da redução da capacidade aeróbia (50%) no idoso tem sido atribuída
a sua perda de massa muscular.
Ainda Deliberato (2002), salienta que o envelhecimento é marcado muitas
vezes pela dificuldade do idoso em adaptar-se às mudanças físicas e sociais do qual
vivemos, para tanto, torna-se necessário que o profissional conheça todo o conjunto
de alterações biológicas e psicológicas de seu paciente, bem como os aspectos
relativos aos fenômenos sociais de exclusão.
21
2.3 PATOLOGIAS ASSOCIADAS
Para Frez e Ragasson (2004), o envelhecimento da população é um
fenômeno mundial, e com isso vem aumentando um número considerado de idosos
que de uma forma ou de outra vem sofrendo diversos tipos de lesões, as quais
geralmente acontecem por traumas. Nos idosos as fraturas podem ocorrer por
traumas pequenos, de baixa intensidade, como, por exemplo, quedas.
Inúmeras afecções reumáticas, de causas degenerativas, conectivo-
inflamatórias ou metabólicas e demências, são comuns na terceira idade. Machado
(2002), apresenta algumas patologias associadas ao envelhecimento nos quais
merecem destaque: artrite reumatóide, osteoartrose; osteoporose, Doença de
Parkinson, osteomelite, Artoplastia do Quadril.
Artrite Reumatóide: doença inflamatória sistêmica não supurativa, ou
seja, crônico, de causa desconhecida, caracterizada por uma poliartrite simétrica que
afeta as articulações periféricas e as estruturas extra-articulares. Afeta 3 vezes mais
as mulheres que os homens, nas idades entre 20 e 60 anos; e na mesma proporção
em idosos. Muitos pacientes sofrem de complicações múltiplas.
Osteoartrose: é a mais freqüente das doenças articulares, sua elevada
prevalência a torna causa de considerável morbidade entre os idosos. Além da dor
crônica, está associada a um elevado custo social e econômico quando determina
restrição da mobilidade e dependência funcional, caracterizada por progressivas
alterações degenerativas da cartilagem hialina, associadas à esclerose do osso
subcondral e neoformação óssea reacional sob a forma de osteófitos. Algumas
articulações comprometidas apresentam alterações inflamatórias, o que poderia
justificar a definição da patologia como osteoartrite.
22
Osteoporose: é uma condição que leva a perda de massa óssea,
estreitamento do corpo ósseo e alargamento do canal medular. É resultado de uma
imobilização prolongada, de um repouso ao leito por período extenso, ou doenças
musculoesqueléticas ou neuromusculares associadas e disfunção hormonal. Essas
mudanças são susceptíveis à fraturas. Depois da artrose a principal causa de morte
em idosos é a osteoporose.
Doença de Parkinson: doença progressiva e crônica do sistema nervoso,
envolvendo os gânglios da base e resultando em perturbações no tônus, posturas
anormais e movimentos involuntários. Clinicamente o paciente exibe bradicinesia,
tremor e rigidez (resultado do aumento a musculatura axial), instabilidade postural e
marcha instável, causando freqüentes quedas. Podem ocorrer confusão, delírios
paranóides, alucinações visuais e distúrbios de memória. As alterações observadas
nos testes cognitivos são lentificação do processamento de informações,
comprometimento da atenção e concentração, da memória, das habilidades,
isolamento social, desinteresse e apatia são outras características comuns. A idade
média do surgimento da doença situa-se entre 58 e 60 anos, ocorre em cerca de 1%
da população acima dos 50 anos e 2,6% na população acima de 85 anos.
Osteomelite: é uma infecção do osso causada por microorganismos. A
condição pode ocorrer diretamente, como resultado de infecção através de uma
ferida aberta, ou indiretamente, através da circulação. Ocorre dor grave e se o osso
for superficial, pode haver edema.
Artoplastia do Quadril: É a reconstrução cirúrgica da articulação do
quadril, podendo ou não envolver substituição por prótese. É uma lesão lenta e
progressiva, que acomete a cartilagem da articulação coxofemural, dando dores no
local, dificuldade de abaixar o corpo e até no andar. Geralmente é originária de um
23
traumatismo no esporte, em acidentes de automóveis ou por algum defeito congênito
na região. Acomete mais as pessoas idosas, mas os jovens também podem
apresentar essa artrose, que não tem tratamento eficaz, a não ser com
medicamentos que, momentaneamente, aliviam as dores. A cirurgia é uma solução
que se recomenda para as pessoas depois dos 60 anos. Uma das maiores
preocupações nos primeiros dias pós-operatórios com o paciente é evitar a
amplitude completa do quadril operado.
2.4 O IDOSO E A DEMÊNCIA
As demências são, segundo Zinni e Pussi (2006), um transtorno sério na
vida do idoso, problemas esses que vem crescendo gradativamente a cada ano em
importância e número, tornando-se uma questão de saúde pública. Para tanto,
torna-se primordial a necessidade de estudar e pesquisar as doenças que se
enquadram com a demência para que se possam analisar os índices de fraturas em
idosos.
De acordo com Zinni e Pussi (2006), nos idosos a demência pode surgir
como aguda ou crônica, sendo que as freqüências de quedas podem aumentar, isso
devido à falta de percepção de perigos ambientais da própria capacidade que o
idoso tem nesse momento.
Segundo Lange (2005, p. 46), na Classificação Internacional de Doenças
(CID-10) da Organização Mundial de Saúde, a demência é considerada uma
“doença cerebral de natureza crônica ou progressiva, que compromete a memória, o
ensamento, a orientação, a compreensão, o cálculo, a capacidade de aprendizagem,
a linguagem e o julgamento”. Pode também ser definida como uma síndrome de
24
declínio global na capacidade cognitiva, além do que poderá ocorrer uma
interferência nas atividades profissionais e sociais do indivíduo.
A população mundial está envelhecendo, principalmente nos países em
desenvolvimento, como é o caso do Brasil. A terceira idade é a faixa etária que,
proporcionalmente, mais cresce nas apresentações dos censos demográficos.
Segundo Borges (2006), tem-se, no Brasil, no início do século XXI, por volta de 15
milhões de pessoas acima de 60 anos. Nos próximos 20 anos serão contabilizados
aproximadamente 32 milhões de idosos. Percebe-se, no entanto, que irá haver um
desdobramento, um aumento de doenças próprias da velhice, tais como as doenças
cardíacas, as orteoartroses, a osteoporose e as doenças neurológicas
degenerativas, demências, entre outras da própria idade avançada.
Para Carvalho (2000), a demência caracteriza-se por pelo menos dois
déficits cognitivos, o da memória associado ao comprometimento do funcionamento
cotidiano do indivíduo. Em idosos, os tipos mais comuns são as doenças
cerebrovascular e a do tipo Alzheimer, tendo esta última maior prevalência.
Lange (2005), ainda considera que a demência pode ser classificada de
duas formas: em reversíveis e irreversíveis. As formas mais comuns de demência
que se podem reverter são: falta ou deficiência de vitamina B12, drogas, depressão,
abuso do álcool, hidrocefalia de pressa normal, transtornos endócrinos e
metabólicos. Já as irreversíveis, quando em decorrência de alterações neuronais ou
seja, nas doenças vasculares, transtornos genéticos, infecções e trauma.
Patologias que cursam com demência:
Demência vascular: é a demência causada por várias enfermidades que
têm em comum a origem vascular, ou seja, o conhecido derrame ou trombose, como
também, a obstrução de pequeninas artérias cerebrais (Biswanger) ou por causas
25
cardio-respiratórias (parada cardíaca ou outra causa de falta de oxigênio no
cérebro).
Apresenta quadro clínico de demência mais agudo (repentino), após evento
neurológico tipo derrame ou trombose. O diagnóstico é feito pelo exame clínico pelo
médico, (BORGES, 2006).
Além do déficit de memória, uma demência deve apresentar o
desenvolvimento de pelo menos uma das seguintes perturbações cognitivas: afasia
(deterioração das funções da linguagem), apraxia (prejuízo na capacidade de
executar atividades motoras, apesar das capacidades motoras, função sensorial e
compreensão estarem intactas para a tarefa exigida), agnosia (fracasso em
reconhecer ou identificar objetos, apesar de uma função sensorial intacta) ou uma
perturbação do funcionamento executivo (envolve a capacidade de pensar
abstratamente e planejar, iniciar, seqüênciar, monitorar e cessar um comportamento
complexo), (CARVALHO, 2000).
Os déficits cognitivos devem comprometer o funcionamento ocupacional ou
social e representar um declínio em relação a um nível anteriormente superior de
funcionamento. O quadro é geralmente de natureza crônica e progressiva. O
esquecimento é o sintoma que tende a ocorrer mais precocemente, mas pode ser
difícil de detectar nos estágios iniciais da doença. A memória para eventos recentes
apresenta-se, principalmente no início, mais obviamente comprometida que a
memória para eventos remotos, (BOTTINO e ALMEIDA, 1995).
Lange (2005), esclarece que existem muitas doenças que podem causar
demência, algumas delas ainda existem tratamento específico que vem a melhorar a
qualidade de vida do ídolo ou ainda pode trazer a cura da doença, mas na maioria
das vezes o responsável por esse fator crítico é a Doença de Alzheimer, doença
26
degenerativa do cérebro para a qual ainda não existe cura. A evolução do quadro
clínico da demência acontece diferentemente em cada indivíduo, dependendo
principalmente da causa e sua patologia.
Os indivíduos cm demência podem desenvolver desorientação espaciais.
Devido principalmente às perturbações no funcionamento executivo, são comuns um
fraco julgamento e fraco insight. Os indivíduos podem apresentar pouca ou nenhuma
consciência de suas perdas, podendo fazer avaliações irrealistas de suas
capacidades e fazer planos que não se mostram condizentes com seus déficits. Eles
podem subestimar os riscos envolvidos em certas (por exemplo, dirigir). Outras
dificuldades cognitivas incluem déficits de atenção e concentração. A demência
Pode ser acompanhada de perturbações motoras da marcha, levando a quedas.
Delírios e alucinações também podem ocorrer. Os indivíduos com demência podem
estar especialmente vulneráveis a físicos e psicossociais que podem intensificar
seus déficits, (BOTTINO e ALMEIDA apud CARVALHO, 2000).
O aumento da prevalência das demências tem amplas implicações sobre a
assistência à saúde e o planejamento econômico do país, devendo todos os
segmentos da sociedade preocupar-se com o atendimento dessa nova demanda,
portanto, conhecer o comportamento da síndrome de demência torna-se fator
fundamental, principalmente para os profissionais da saúde, da sociedade e
governantes, para que possam desenvolver uma terapêutica mais adequada, assim
como investir em educação e apoio aos familiares, (LANGE, 2005).
O idoso demenciado versus fragilidade necessitam de avaliações
constantes, tanto por parte da equipe de saúde quanto da sua família, que
compartilham o seu dia-a-dia. Um dos aspectos que merecem uma atenção especial
27
é o ambiente psicossocial e físico no qual vive o idoso para que venha a evitar e
desencadear acidentes domésticos.
2.5 QUEDAS E FRATURAS EM IDOSOS
As quedas podem ser definidas como episódios de desequilíbrios que levam
o indivíduo, nesse caso, o idoso ao chão, como uma insuficiência subida do controle
postural que pode ser considerada uma síndrome, por ser um problema que envolve
aspectos biológicos, psicológicos, sociais e funcionais.
A instabilidade, outro fator preponderante a queda, pode ser definida
segundo Zinni e Pussi (2006, p. 1), como: “falta de capacidade para corrigir o
deslocamento do corpo, durante seu movimento no espaço”.
As quedas entre pessoas idosas segundo Carvalho e Netto (2000),
constituem um dos principais problemas clínicos e de saúde pública devido a sua
alta incidência. Porém, as conseqüências das quedas para os idosos podem ser
bastante limitadoras, e em alguns casos podendo ocorrer riscos fatais, dentre esses,
os principais problemas decorrentes são as fraturas (pernas, braços e coluna),
lesões na cabeça, ferimentos graves, ansiedade, depressão, entre outros fatores
agravantes nessa faixa etária.
Segundo Tinetti e Speechley apud Carvalho (2000), relata que:
As quedas, além de produzirem uma importante perda de autonomia equalidade de vida entre os idosos, podem ainda repercutir entre os seuscuidadores, principalmente os familiares, que devem se mobilizar em tornode cuidados especiais, adaptando toda a rotina em função de recuperaçãoou adaptação após a queda. Essas pessoas também podem desenvolveransiedade relacionada ao medo de que o idoso caia novamente, tornando-se superprotetoras, restringindo a autonomia do mesmo. As quedas podemcontribuir, inclusive, para um aumento no número de internações em asilos(TINETTI e SPEECHLEY apud CARVALHO, 2000, p. 4).
28
Os idosos tendem a ter mais fraturas devido à quedas e alguns fatores como
a falta de atenção, desequilíbrio, demência, entre outros. A idade avançada, a
sensibilidade, desacelera, mas não chega a subtrair a evolução do processo
reparador. A intensidade da reparação e a qualidade do calo de fraturas diminuem.
Porém, elas consolidam desde que submetidas ao tratamento clássico, que consiste,
na redução dos fragmentos, imobilização continuada até o final da consolidação e
recuperação funcional, (CANDELORO e SILVA, 2006).
Para Lange (2005) a incidência de queda é aumentada nos pacientes com o
diagnóstico de demência representando a principal causa de morte acidental ou
fraturas nos grupos de idosos. Estima-se, no entanto que, cerca de um terço dos
idoso que vivem em casa, uma grande maioria sofrem pelo menos uma queda por
ano. Pra enfatizar a importância do problema, a autora relata que, dentre os
indivíduos que sofrem queda, de 5 a 25% podem apresentar lesões relevantes e,
dos que requerem internação hospitalar após a queda, apenas 50% sobrevivem um
ano após o evento.
As quedas e suas conseqüências podem ter para o idoso, segundo Carvalho
(2000), a conotação de declínio da saúde, da incapacidade de manter a
independência, levando a sentimentos de fragilidade, insegurança, vulnerabilidade e
perda de controle. Os fatores psicológicos como o medo de cair, especialmente
naqueles pacientes com história de instabilidade e de quedas anteriores também
podem contribuir para que o idoso sinta-se frágil, deprimido, até parecer, às vezes,
demenciado.
O eventual fracasso deste processo decorre da má orientação do
tratamento, fator extrínseco mais importante do que todas as causas intrínsecas
reunidas, quais sejam: Vascularização deficiente dos fragmentos, infecção do foco,
29
diabete crônica sistêmica, etc. O tratamento adequado deve suprimir a dor e permitir
a mobilização precoce.
2.6 FRATURAS DO MEMBRO SUPERIOR
De acordo com Magalhães et. al (2006), o fenômeno patológico mais comum
nos traumatismos, sejam eles em crianças, adultos ou idosos, é a ruptura dos ossos,
comumente chamada de ‘”fraturas”.
As fraturas ósseas segundo Cortez (2006), são produzidas com mais
freqüência por mecanismos indiretos, como os que ultrapassam o momento de
flexão de um osso e a ação muscular. Os sinais clássicos de fraturas são: a
tumefação, a dor, a impotência funcional, a mobilidade anormal e, em alguns casos,
o deslocamento e a alteração do eixo do membro.
Magalhães et. al. (2006), relatam que existem dois tipos de fraturas, as
“fechadas” e as “abertas”. As fraturas fechadas são aquelas em que o osso
quebrado não aparece na superfície, ou seja, quando não ocorre ruptura das partes
moles superficiais, apenas sentindo-se o desnível e movimento anormal dos ossos.
Já as fraturas abertas são aquelas em que os ossos fraturados aparecem na
superfície corporal, devido aos rompimentos da carne e da pele.
No entanto, percebe-se que as quedas são as causas mais comuns de
fraturas. A freqüência de queda entre os idosos é devido, em grande parte a uma
incidência elevada de condições ambientais nos quais eles vivem, (FREITAS, et. al.
2002).
De acordo com Gallo et. al. (2001), a extremidade superior, do ombro à
ponta do dedo, é a parte do sistema musculoesquelético que os capacita a interagir
30
com o mundo ao redor. No entanto, quando ela é afetada por lesão, fraturas ou
desgaste natural, o indivíduo acaba se privando dessa interação e por muitas vezes,
se limitando a fatores de independência pessoal. Entre idosos, a perda de função da
extremidade superior é diferente entre ser ou não capaz de viver
independentemente.
As lesões do pescoço e do ombro depois de quedas acabam se tornando
freqüentes na vida do idoso.
Para Rosa Filho (2006), as principais fraturas que ocorrem na velhice, nos
membros superiores são:
I) Fraturas ocorridas das falanges ou ossos metacárpios (das mãos e dos
dedos): podem resultar em deformidades ou em rigidez das articulações, para tanto,
torna-se fundamental um tratamento cuidadoso para que se possa produzir um ótimo
resultado. Porém, percebe-se que a principal complicação dessas fraturas vem a ser
a rigidez articular, que pode ser bastante incapacitante para muitas atividades dos
membros superiores, além do que, poderá haver sérios danos nos tecidos moles,
que poderá afetar músculos, vasos sangüíneos e nervos.
II) Fraturas do Escafóide: tende a ocorrer em adultos jovens como
resultado de queda sobre a mão em hiperextensão.
III) Fraturas dos Ossos do Antebraço: ocorrem somente no rádio, na ulna
ou em ambos os ossos. Se ambos os ossos estiverem fraturados, pode ser resultado
de violência direta ou indireta sobre a mão em hiperextensão, havendo probabilidade
de ocorrerem fraturas espirais. O deslocamento resultante pode ser de correção
difícil e, em certos casos, pode exigir uma redução a céu aberto. A redução
anatômica é muito importante devido á relação normal entre os dois ossos, que pode
resultar em limitação da rotação e conseqüente perda da função. Nas crianças, o
31
dano pode não ser tão grave e elas podem sofrer uma fratura em galho verde com
discreta angulação, que normalmente consolida sem complicações.
IV) Fraturas do braço: as fraturas dos côndilos podem invadir as superfícies
articulares e nessa condição podem causar problemas adicionais. Uma das lesões
mais séries e problemáticas que podem ocorrer é a lesão braquial, que pode ser
seccionada ou contundida. Um outro problema que poderá ocorrer é a ossificação
pós-traumática, sendo que, se houver uma lesão grave, fragmentos do periósteo
podem ser deslocados do osso, resultando em sangramento e formação de
hematomas. Pode ocorrer dor e perda de movimento.
V) Fraturas na Diáfise do Úmero: geralmente ocorrem no terço médio do
osso e podem ser devidas a trauma direto ou indireto. O trauma direto pode gerar
uma fratura oblíqua ou transversal com ou sem desvio de fragmentos. Algumas
complicações podem incluir o retardo de consolidação ou a pseudo-artrose, mas não
são muito freqüentes esse tipo de complicação.
VI) Ombro: as patologias primárias da articulação escapulotorácica,
segundo Gallo et. al (2001), no idoso são raras. Nessa fase da vida, os idosos ainda
vivem ativamente, podendo ter dor e maciez local nesse nível por uso exagerado e
bursite.
VII) Terço distal do antebraço: As fraturas do punho apresentam grande
complexidade de tipos, freqüentemente requerem tratamento cirúrgico. São lesões
que prejudicam a função do membro superior, causando ansiedade e transtorno
para o paciente. A fisioterapia deve ser iniciada o mais precocemente possível,
buscando evitar transtornos da função da mão.
VIII) Fratura do úmero Proximal: ocorre comumente com uma queda com a
mão estendida.
32
IX) Fratura de Colles: Abraham Colles em 184 descreveu esta fratura da
extremidade distal do antebraço, devido a queda sobre o braço estendido. A fratura
de punho (Colles) geralmente ocorre na extremidade distal do rádio, como resultado
de queda sobre a mão estendida.
Figura 1: PunhoFonte: Fraturas Osteoporóticas, 2006.
As lesões de punho e mão são mais freqüentes que a lesão de cotovelo, e
podem resultar em uma perda substancial da função. Essas lesões não são muito
graves, porém a imobilização prolongada leva ao risco de deixar os pacientes com
maciez e perda profunda da função. A fratura mais freqüente de extremidade
superior na população idosa é no rádio distal. As limitações funcionais mais
freqüentes que se seguem à fratura de punho no idoso são maciez do ombro e dos
dedos a síndrome do túnel carpiano. As lesões esqueléticas na mão são
normalmente fraturas ou deslocamentos. A maioria das fraturas das falanges do
metacarpo é pouco deslocada, ou nem o é, e exige engessamento somente por 7 a
21 dias, até que esteja confortável, (CUNHA e VEADO, 2006).
33
Segundo Papaléo Netto (2000), o ponto fundamental discutido entre vários
autores na literatura, é o fato de que se torna essencial a prevenção de futuras
quedas entre os idosos, recuperando assim, a segurança e a auto estima do
paciente idoso.
2.7 FRATURAS DO MEMBRO INFERIOR
Os ossos do membro inferior segundo Rosa Filho (2006), apóiam carga, e
na maioria das vezes, essas cargas podem vir a causar uma fratura ou uma perda
de mobilidade onde o indivíduo poderá ficar incapaz de andar e assim será
necessário a utilização de muletas, bengala ou de um andador. Para os idosos, essa
fratura poderá ser de grande risco, isso devido a estrutura óssea estar mais
fragilizada.
As principais fraturas ocorridas nos membros inferiores, segundo Rosa Filho
(2006) são:
I) Fraturas do pé: as falanges e os metatarsos têm mais probabilidade de
serem fraturados pela queda de um objeto pesado sobre o pé. Essas fraturas não
requerem redução e imobilização como regra. Em geral, é uma fratura que se
manifesta por uma pequena linha de fissura que afeta a diáfise ou o colo do segundo
ou terceiro metatársico.
II) Fraturas na região do tornozelo: são comuns nessa região onde as
extremidades distais da tíbia e da fíbula geralmente se associam ä luxação do
tornozelo. A limitação do movimento na articulação do tornozelo e do pé poderá
resultar em aderências peri e intra-articulares ou de rompimento das superfícies
articulares.
34
III) Fraturas na região do joelho: a lesão nos côndilos tibiais em geral poderá
afetar o côndilo lateral, podendo compreender em uma fratura cominutiva por
compressão ou uma fratura com achatamento do platô. As fraturas dos côndilos
femorais não são comuns, mas a fratura supracondilar ocorrer mais freqüentemente
e em geral como resultado de violência considerável. A habilidade limitada em
caminhar diminui a interação do paciente com o ambiente, resultando em menor
independência e menor qualidade de vida.
IV) A articulação do quadril: As fraturas na região do quadril são divididas
em: colo do fêmur, as transtrocanterianas e as subtrocanterianas. As fraturas do colo
do fêmur no idoso, quando impactadas, não apresentam deformidade clínica
aparente e podem permitir, até mesmo, a deambulação com desconforto ou dor leve.
Necessitam diagnóstico precoce, pois a fixação pode prevenir o desvio da lesão e o
comprometimento da vascularização da cabeça femural.
Geralmente a fratura de quadril ocorre no colo do fêmur, como resultado de
queda ou espontaneamente. Podem associar-se a complicações graves e
morbidade significativa.
V) Fraturas do Fêmur: a fratura do fêmur é comum entre indivíduos idosos.
Possui elevados índices de mortalidade e morbidade. Quando sua incidência, a
fratura do fêmur aumenta com a idade, a partir dos 50 anos, e sendo mais freqüente
em mulheres. Estas fraturas da extremidade superior do fêmur são menos
freqüentes do que as fraturas vertebrais.
VI) Fraturas da diáfise do fêmur: são resultados de traumatismos graves e
podem ocorrer em qualquer parte da diáfise. Pode ser do tipo transversal, oblíqua,
espiral e cominutiva. Geralmente, os desvios são acentuados como sobreposição
dos fragmentos, que podem provocar encurtamento se não forem corrigidos.
35
Figura 2: FêmurFonte: Fraturas Osteoporóticas, 2006.
As fraturas do fêmur podem ser dividias em três grupos, sendo elas: a)
fraturas proximais, b) fraturas da diáfise, c) fraturas distais.
A fratura de extremidade proximal do fêmur é a causa mais importante de
morbidade e mortalidade em idosos, responsabilizando-se por grande parte das
cirurgias e ocupação de leitos em enfermarias ortopédicas. Constituindo assim,
muitas vezes, seqüelas e conseqüências gravíssimas na vida do idoso, com grandes
complicações no seu bem-estar físico, psíquico e social, (CUNHA e VEADO, 2006).
VII) Fratura do Colo do Fêmur: localiza-se no colo do fêmur, podendo ser
dividida em: fratura intracapsular que leva geralmente à interrupção do aporte
sangüíneo à cabeça do fêmur, e isto explica a grande incidência de necrose
asséptica e de falta de consolidação neste tipo de fratura.
Segundo Fréz (2003), a cabeça do fêmur não é uma esfera perfeita, sua
articulação é congruente apenas na posição de sustentação de peso. Contudo, na
cabeça e no colo femoral existe um sistema de suporte formado por osso trabecular.
Esse sistema, no entanto, foi descrito por Ward em 1838, sendo ele comporto por
cinco grupos normais de trabéculas no fêmur proximal.
36
Figura 3: Anatomia das trabéculas ósseas na extremidade proximal do fêmur e otriângulo de Ward (W).
Fonte: FRÉZ. Fraturas do fêmur em pacientes idosos: estudo epidemiológico. 2003.
Na região subtrocanteriana existe a transação do osso esponjoso da região
intertrocanteriana para o osso cortical espesso da diáfise, (RUSSELL e TAYLOR
apud FRÉZ, 2003).
Ainda Fréz (2003), relata que, a diáfise estende desde o nível do trocânter
menor até a dilatação dos côndilos., sendo ligeiramente arqueada e é mais estreita
em seu terço médio. Sua secção transversa é aproximadamente circular, exceto na
linha áspera que corre baixo pela face posterior, é a fixação para vários músculos,
além é claro, de reforçar posteriormente para contrabalancear com as forças de
flexão antero-posterior que ocorrem durante a sustentação de peso. Percebe-se no
entanto, que o eixo anatômico do fêmur é diferente do eixo de sustentação do peso,
sendo que este último, passa através da cabeça do fêmur e do meio da articulação
do joelho, formando 3º com a vertical. O eixo femoral anatômico tem uma angulação
em valgo de 7º em relação ao eixo vertical, conforme demonstra figura 3 a seguir.
Grupo Compressivo Principal
Grupo do Troncânter Maior
Grupo Compressivo Secundário
Grupo Principal de Tração
Grupo Secundário de Tração
37
Figura 4: Fêmur direito. Vista anterior (A) e vista posterior (B)Fonte: FRÉZ. Fraturas do fêmur em pacientes idosos: estudo epidemiológico. 2003.
VIII) Fraturas das Diáfises da Tíbia e da Fíbula: essas fraturas são
freqüentes e podem ocorrer em todas as idades, como resultado de trauma direto ou
indireto. Em geral, são fraturas expostas por causa de violência direta ou da situação
superficial da tíbia e os fragmentos podem ficar expostos. Pode ser cominutiva e
complicada ainda mais por lesão dos tecidos moles. As fraturas causadas por uma
força rotatória, geralmente são espirais e a fratura dos dois ossos é observada em
níveis diferentes. Nas fraturas com desvio, a tíbia deve ser reduzida e qualquer lesão
dos tecidos moles deve ser reparada com prioridade (ROSA FILHO, 2006).
As fraturas da tíbia ou da fíbula isoladas não são muito comuns. A tíbia pode
ser a sede de uma fratura por estresse, devido a pequenos traumas repetidos. A
fratura da fíbula pode complicar-se por uma ruptura do ligamento tibiofibular distal.
38
2.8 FRATURAS TRONCO E CABEÇA
Segundo Gallo et al. (2001, p. 358), as lesões de coluna vertebral e tronco,
são muito freqüentes em pacientes idosos, podendo variar de torções simples até
fraturas significativas, com conseqüências drásticas.
I) Coluna vertebral: As fraturas da coluna vertebral podem ocorrer por causa
de um trauma moderado, ou espontaneamente, devido à diminuição da resistência
óssea. São quadros bastante dolorosos necessitando de analgesia, repouso e
controle das condições clínicas. O tratamento cirúrgico pode estar indicado nos
casos em que ocorrem grandes deformidades, comprometimento importante do
canal medular ou das raízes nervosas, gerando transtornos neurológicos. Conforme
a complexidade do quadro apresentado, realizasse a instrumentação cirúrgica da
coluna buscando a estabilização ou a vertebroplastia;
Figura 5: Coluna VertebralFonte: Fraturas Osteoporóticas, 2006.
Coluna torácica com osteoporose efratura de vértebras e cifose grave.
Os corpos vertebrais tornam-sebicôncavos com maior pressãosobre os discos intervertebrais.
39
A fratura da coluna vertebral possui as seguintes características:
- Lesão traumática na coluna vertebral (espinha dorsal);
- Dor local acentuada;
- Deslocamento de vértebras;
- Dormência nos membros;
- Paralisia de membros.
II) Fratura Intertrocantérica: são fraturas geralmente provocadas por uma
queda, normalmente ao nível do solo. Estas fraturas são classificadas de acordo
com o número de fragmentos ósseos.
As fraturas do tronco, também freqüentes em idosos, são fraturas das
costelas e da pelve. As costelas podem ser facilmente fraturadas na osteoporose
como resultado de golpes torácica, geralmente por queda. (GALLO et. al. 2001).
Segundo Rosa Filho (2006), a coluna constitui o pilar principal do tronco. Na
região dorsal ela se organiza à 1/4 da espessura do tórax, abrindo espaço para os
órgãos, principalmente do mediastino, para que tenham condições de
funcionamento. Na região cervical ela se localiza à 1/3 da espessura do pescoço,
devido sua função de equilibrar o centro de gravidade da cabeça. Na região lombar,
a coluna é totalmente central, para que possa suportar as forças ascendentes e
descendentes que chegam até ela.
III) Pescoço: O crânio é suficientemente forte para absorver os impactos
sofridos. Entretanto, sendo a coluna cervical muito mais flexível, não tolera grandes
pressões de impacto sem sofrer angulações ou compressões. Movimentos de
hiperextensão ou hiperflexão do pescoço levam a angulações importantes, podendo
resultar em fraturas ou deslocamentos das vértebras. As compressões com as
vértebras alinhadas podem resultar em esmagamento de corpos vertebrais. Todas
40
estas lesões podem desestabilizar a coluna, permitindo a colisão dessas estruturas
com a medula espinhal, causando lesões irreversíveis. Em impactos laterais, a
cabeça se aproxima do ponto de impacto em relação ao eixo lateral e antero-
posterior (devido à rotação). Esses movimentos levam à separação dos corpos
vertebrais do lado oposto ao impacto, rompendo ligamentos e, à compressão do
lado do impacto, resultando em fraturas. (ROSA FILHO, 2006).
2.9 COMPLICAÇÕES DE FRATURAS
Um dos problemas mais sérios e freqüentes para os idosos, segundo Rosa
Filho (2006) são as quedas sofridas por eles. Com um quadro de saúde
normalmente mais comprometido, os processos de queda podem, na maioria das
vezes, complicações de fraturas agravantes para esses indivíduos. As quedas
podem ocasionar fraturas, medo, insegurança, reduzir a mobilidade das pessoas e
provocar uma complicação silenciosa. A queda para o idoso pode significar mais do
que eventualidade clínica, pois, poderá determinar para sua vida, uma série de
comprometimentos suficiente para levar o indivíduo a ter seqüelas para o resto de
sua vida.
Os idosos segundo Candeloro e Silva (2006), tendem a ter mais fraturas do
fêmur do que outras fraturas, isso devido à quedas e outros fatores já mencionados.
No entanto, com a idade avançada, a demência, senilidade, desaceleram, mas não
chegam a subtrair a evolução do processo reparador, no entanto, esse processo de
reparação só consolida desde que sejam submetidas ao tratamento clássico, que
coincide em todas as idades, em todos os casos, na redução dos fragmentos,
imobilização continuada até o final da consolidação e recuperação.
41
O aumento do risco de queda em pacientes como osteoartrose é
compensado pelo aumento da massa óssea. Em caso de fratura este aumento de
massa óssea protege o colo do fêmur contra fraturas, mas não a região
intertrocanteriana, (CANDELORO e SILVA, 2006).
O tratamento segundo os autores, devem ser adequados para suprir a dor e
permitir a mobilização precoce, fator fundamental do reequilíbrio das condições vitais
do idoso.
Candeloro e Silva (2006), esclarecem ainda que na maioria das vezes as
fraturas provenientes de quedas podem trazer sérias complicações para o idoso, o
que na maioria das vezes, necessitando de cirurgias com pino e placas (Figura 6),
sendo possível uma mobilização mais precoce, evitando, portanto, complicações
pós-operatórios. Em pacientes idosos com osteoporose tem mais risco de serem
acometidos por este tipo de fratura.
Figura 6: Fratura do colo do fêmur tratada com pino.Fonte: CANDELORO e SILVA. Proposta de protocolo hidroterapêutico para fraturas de
fêmur na terceira idade. 2006.
As quedas em idoso muitas vezes apresentam seqüelas graves, tendo ainda
como conseqüência, além de possíveis fraturas e risco de morte, o medo de cair, a
restrição de atividades, o declínio na saúde e o aumento do risco de
42
institucionalização. Contudo, essa restrição à atividades físicas podem ser devido a
dores persistentes e intensas ou incapacitantes por lesões associadas ou por
aconselhamento de profissionais da saúde, (PAIXÃO e HECKMANN, 2002).
Segundo Fréz (2003), as pessoas idosas que caíram acabam por sua vez
experimentando o medo de novas quedas e, a perda de confiança poderá resultar
em restrições de atividades físicas e transferências para um ambiente mais limitado.
Dessa forma, percebe-se que essas quedas poderão produzir sintomas de
ansiedade e depressão, pelos prejuízos impostos pelas limitações funcionais
geradas.
Para Carvalho e Coutinho (2006), as quedas, além de produzirem um
número considerável de perda de autonomia e qualidade de vida entre os idosos,
podem também vir a repercutir entre os entes, o cuidado para se evitar possíveis
fraturas que poderão colocar em risco a saúde e a vida do idoso, devendo para
tanto, a família se mobilizar em torno de cuidados especiais, adaptando toda sua
rotina de recuperação ou adaptação do idoso após a queda.
É importante salientar que, em muitas ocasiões, essas quedas poderá gerar
não apenas o prejuízo físico e psicológico, mas também um relevado aumento
financeiro com cuidados de saúde, expressos pela utilização de diversos serviços
especializados e hospitalizações e medicamentos, (FRÉZ, 2003).
2.10 FISIOTERAPIA GERIÁTRICA
O ponto principal da fisioterapia é a prevenção de futuras quedas; o segundo
é treinar os pacientes sobre como lidar com as quedas; o terceiro é recuperar a
segurança e a auto-estima do paciente idoso. Os fisioterapeutas identificam os
43
fatores tanto intrínsecos como extrínsecos que aumentam a possibilidade da
ocorrência de uma queda em uma pessoa idosa, também como nas suas
conseqüências desde que estes fatores identificados sejam acessíveis às medidas
de fisioterapia.
Uma medida importante é ajudar o indivíduo da terceira idade a recuperar
sua autoconfiança no que diz respeito a suas capacidades posturais. É necessário
evitar a imobilização desnecessária e suas conseqüências, para diminuir os efeitos
de futuras quedas. Deste modo podemos realizar um impacto sobre a autoconfiança.
Portanto, os objetivos fisioterápeutico nas pessoas da terceira idade que
correm o risco de sofrer quedas e fraturas são: melhorar a capacidade do indivíduo
para resistir às ameaças ao seu equilíbrio, aumentar a segurança deste indivíduo em
seu ambiente, recuperar a confiança do paciente e das pessoas cuidadoras deste,
no que diz respeito a sua capacidade de se locomover da maneira mais segura e
eficaz em seu ambiente.
Segundo Paixão e Heckmann (2002), é fundamental para o idoso que
desenvolva o hábito de exercícios físicos, pois, acreditam os especialistas que os
exercícios melhoram a função em v’rias áreas: força, equilíbrio, marcha e
transferências seguras, devendo ser aplicados entre uma intensidade moderada e
uma alta intensidade. Exercícios de equilíbrio, instruções comportamentais e
correção de deficiências sensoriais são medidas para diminuir os fatores de risco de
quedas.
Fréz (2003), esclarece que os exercícios e os fortalecimentos não diminuem
apenas os riscos de quedas e fraturas, mas acrescentam principalmente e
fundamentalmente a sensação de bem-estar, segurança e uma melhor qualidade de
vida para o indivíduo da terceira idade.
44
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
Para atingir os objetivos propostos, optou-se por um estudo exploratório
através de pesquisa de campo com análise quantitativa de corte transverso, através
de entrevista realizado com idosos com faixa etária entre 50 a 85 anos,
considerando-se na definição metodológica os seguintes pontos: a) as
características complexas do problema proposto, conforme justificativa; b) natureza
dos objetivos geral e específicos; c) da necessidade de conhecer melhor os
pacientes idosos a fim de analisar a incidência das fraturas nos mesmos, com faixa
etária entre 50 a 85 anos na cidade de Cascavel. O mesmo foi aplicado nas
dependências da Faculdade Assis Gurgacz, no Centro de Convivência Nair Venturin
Gurgacz.
3.2 MÉTODO DE ESTUDO
Dentro deste contexto, a pesquisa foi desenvolvida através de levantamento
de dados em fontes secundárias (estudo bibliográfico), buscando nas mais diversas
obras o embasamento teórico necessário para uma maior compreensão dos
fenômenos estudados, objetivando a aquisição de novos conhecimentos a respeito
do assunto, como forma de tornar possível à formulação de conclusões válidas a
respeito do mesmo, que possam, de alguma forma, ser úteis na formação
acadêmica em especial preparando-se para o futuro profissional.
Segundo a definição de Marconi e Lakatos (1996, p. 75) “pesquisa de campo
é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos
45
acerca de um problema, para o qual se queira comprovar, ou ainda, descobrir novos
fenômenos ou as relações entre eles”. Dessa forma, as pesquisas geralmente
buscam mediar valores, crenças, opiniões, conhecimento e comportamento das
pessoas.
3.3 SELEÇÃO DA AMOSTRA
Este estudo realizou-se no Centro de Convivência Nair Venturin Gurgacz,
localizada na cidade de Cascavel-Pr. Utilizou-se como instrumento principal para a
coleta dos dados empíricos a aplicação de questionários com idosos
institucionalizados, afim de avaliar entre esses entrevistados quem sofreu alguma
queda, onde, e dessas quedas quem sofreu algum tipo de fratura.
Para tanto, a população pesquisada foi composta por 100 (cem) idosos
institucionalizados, onde a mesma foi escolhida aleatoriamente entre idosos do
grupo ação integrada da FAG e independente do sexo. Os critérios de inclusão
foram somente aqueles que apresentassem fraturas no máximo à 10 anos, que
estejam em idade entre 50 a 85 anos. Só participaram da pesquisa idosos que não
sofreram fraturas, pelos seguintes fatores: Alzheimer, Parkinson e Osteoporose, ou
fraturas com acidente automobilístico.
Portanto, os fatores de exclusão do presente estudo são: pacientes
analfabetos, com demência senil, Alzheimer, Parkinson e Osteoporose em estágio
avançando. Pacientes que sofreram fraturas no trabalho e pacientes que sofreram
fraturas com acidente automobilístico também estiveram exclusos desta pesquisa.
Sendo que por sua vez os fatores citados anteriormente comprometem a integridade
da pesquisa. Sendo somente entrevistados pacientes/idosos institucionalizados que
sofreram fraturas correlacionados a quedas.
46
3.4 COLETA DE DADOS
Para este trabalho, desenvolveu-se uma pesquisa de campo, com o objetivo
de coletar dados de fontes primárias, que permitam traçar uma analise sobre a
incidência das fraturas em idosos na faixa etária entre 50 a 85 anos no Centro de
Convivência Nair Venturin Gurgacz., dentro de um modelo de pesquisa quantitativa,
através da aplicação de um questionário semi-estruturado com perguntas abertas e
fechadas.
Na análise documental, utilizou-se de artigos, e livros disponíveis na
instituição, permitindo portanto, entender melhor, ilustrar e confirmar os fenômenos
estudados.
Portanto, para obtenção dos dados realizamos a aplicação de questionário
(Apêndice l) para os pacientes/idosos citados, que nele constaram dados com
objetivo de verificar a incidência de fraturas, local onde ocorreu a fratura, e qual foi o
tipo de fratura que o paciente sofreu. Sendo que por sua vez o mesmo foi realizado
pelo acadêmico e seu orientador.
Segundo o Gil (1999), a entrevista é uma forma de interação social, onde o
investigador se apresenta ao entrevistado e lhe formulam questionamentos para
conseguir dados, onde uma das partes busca dados e a outra é a fonte das
informações. A entrevista, como técnica de coleta de dados, é muito adequada na
obtenção de informações sobre o que as pessoas conhecem, sentem, realizam ou
pretendem realizar, assim como suas explicações sobre os acontecimentos
precedentes.
47
Dessa forma, a entrevista aplicada na Clínica de Fisioterapia da Faculdade
Assis Gurgacz – Centro de Convivência Nair Venturin Gurgacz, sendo inteiramente
patrocinado pelo autor e orientador responsável.
Todos os dados coletados serviram para análise de conclusão deste estudo,
mantendo o paciente no mais absoluto sigilo, os riscos à sua integridade física ou
moral são mínimos podendo o idoso sofrer algum tipo de constrangimento por não
compreender as perguntas do entrevistado, evitando-se o constrangimento com o
atendimento personalizado do pesquisador que aplicará um único instrumento por
vez. Estando livre para desistência da pesquisa a qualquer tempo.
3.5 TRATAMENTO DE DADOS
Para Gil (1999), a análise dos dados tem como objetivo organizar e
classificar os dados de forma a permitir o fornecimento de respostas ao problema
estudado. Já na interpretação dos dados, a busca por um sentido mais amplo das
respostas é o objetivo, junto aos dados e conhecimentos obtidos anteriormente.
Após a coleta de dados primários, estes foram analisados com base nas
informações obtidas através de entrevistas realizadas com os idosos na Clínica de
Fisioterapia da Faculdade Assis Gurgacz.
Quanto ao processo de análise e interpretação dos resultados, foram
analisados por meio de distribuição de freqüência (%) de forma quantitativa sobre a
amostra do universo de pesquisa, apresentados em gráficos tipo pizza e barra,
possibilitando à melhor visualização dos resultados coletados e ainda permitindo
análises mais profundas sobre os fatos encontrados.
48
4 RESULTADOS
O objetivo da aplicação da pesquisa de campo foi de analisar a incidência de
fraturas dos idosos, considerando o local onde ocorreu a fratura e qual o tipo de
fratura que o paciente sofreu.
4.1 RESULTADO GERAL DA PESQUISA
Este item apresenta os resultados obtidos na aplicação da pesquisa de
campo, apresentando e analisando as informações obtidas através de questionário
semi-estruturado com perguntas abertas e fechadas. De posse desses
questionários, processou-se e compilou-seo dos dados e informações, as quais
geraram os resultados a seguir descritos.
GRÁFICO 1: Porcentagem dos idosos participantes do Projeto Ação
Integrada FAG
17%
83%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Po
rcen
tag
em(%
)
Masculino Feminino
Gênero
Fonte: Elaborado pelo autor, 2006.
De acordo com o gráfico 01, dos 100 (100%) idosos entrevistados, 83% são
do sexo feminino e apenas 17% do sexo masculino.
49
GRÁFICO 2: Porcentagem de idade dos idosos do Projeto Ação Integrada
FAG
12%
38%
50%
50 a 60 anos 61 a 70 anos 71 a 85 anos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2006.
Conforme demonstra gráfico acima, dos idosos entrevistados, 12% estão na
faixa etária dos 50 aos 60 anos, 50% entre a faixa etária de 61 a 70 anos e, 38% de
71 a 85 anos de idade.
GRÁFICO 3 : Incidências de idosos que sofreram quedas
78%
22%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Po
rcen
tag
em(%
)
Sim Não
Quedas
Fonte: Elaborado pelo autor, 2006.
De acordo com o gráfico acima, perguntou-se aos entrevistados se eles
sofreram alguma queda, 78% dos idosos responderam que sim, e 22% responderam
50
que não. Segundo Fréz (2003, p. 15), paralelamente ao aumento da população
idosa, existe um aumento considerável entre esses idosos que sofreram algum tipo
de queda, as quais geralmente aconteceram por traumas de baixa energia. Contudo,
a pré-disposição para lesões podem estar associados ao processo de senescência,
ou seja, o envelhecimento fisiológico, ocorrendo para tanto, alterações em vários
sistemas as quais diminuem a funcionalidade dos idosos.
No gráfico 4, perguntou-se aos idosos onde ocorre a queda, se foi na rua, na
casa, no trabalho ou em qualquer outro local. No entanto, para esta questão, houve
uma duplicidade de respostas, onde relatamos um exemplo típico de um idoso que
sofreu três quedas em locais diferentes, tais como: na cozinha, no pátio de casa e
ainda na rua.
GRÁFICO 4: Porcentagem de idosos que sofreram quedas em diversos
locais
12%
49%5%
34%
Rua Trabalho Casa Outros
Fonte: Elaborado pelo autor, 2006.
De acordo com o gráfico acima, perguntou-se aos entrevistados onde
ocorreu sua queda. 49% dos idosos entrevistados relataram que suas quedas foram
dentro de casa referindo-se essas quedas na cozinha, no banheiro, quarto,
51
lavanderia, tapetes, cadeira e pátio da casa. 34% dos respondentes disseram que
caíram na rua, referindo suas quedas nas calçadas, meio-fio, ônibus, 5% relatam
que suas quedas deram-se no trabalho e como agente causador dessas quedas
foram: tapetes, cavalos, cadeiras e; 12% dos idosos referem à suas quedas em
outros locais não mencionados.
GRÁFICO 5: Porcentagem dos idosos institucionalizados que sofreram
fraturas no pós-queda
44,87%55,13%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Po
rcen
tag
em(%
)
Sim Não
Fraturas
Fonte: Elaborado pelo autor, 2006.
De acordo com o gráfico 5, perguntou-se aos entrevistados se nas suas
quedas, eles tiveram fraturas. 44,87% dos idosos entrevistados responderam que
sim e 55,13% responderam que não tiveram nenhum tipo de fratura em suas
quedas.
52
GRÁFICO 6: Número de fraturas sofridas pelos idosos institucionalizados da
FAG
34,29%
31,42%
34,29%
MMSS MMII Tronco/ Cabeça
Fonte: Elaborado pelo autor, 2006.
De acordo com o gráfico 6, questionou-se para os idosos que sofreram
fraturas qual foi o local dessas fraturas. 34,29% dos idosos sofreram fraturas do
MMII referindo-se à fêmur, tíbia, fibula, tornozelo e metatarso, 34,29% dos idosos
relataram que sofreram fraturas dos Membros Superiores (MMSS) referindo-se ao
úmero, rádio, ulna e falange, e 34,29% sofreram fraturas do Tronco/Cabeça, mais
precisamente, da clavícula, nariz, vértebra, costela, bacia/pelve.
4.2 ANÁLISE COMPARATIVA DE QUEDAS ENTRE HOMENS E MULHERES
Este item apresenta uma análise comparativa dos resultados obtidos entre
homens e mulheres que sofreram algum tipo de queda. Porém, ao analisarmos as
tabelas e gráficos abaixo, para fazermos um quadro comparativo de quedas entre
homens e mulheres, deve-se ficar atento à quantidade de entrevistados, onde, dos
100 idosos entrevistados, 17 são do sexo masculino e 83 do sexo feminino. De
53
posse desses dados, processou-se e compilou-se os dados e informações, as quais
geraram os resultados.
GRÁFICO 7: Porcentagem entre homens e mulheres que sofreram quedas
70,59%79,52%
29,41%20,48%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Po
rcen
tag
em
(%)
Sim Não
Gênero
Masculino Feminino
Fonte: Elaborado pelo autor, 2006.
Ao analisar o gráfico 10, dos 17 entrevistados do sexo masculino, 70,59% já
sofreram alguma queda, e 29,41% não sofreram. Já com relação ao sexo feminino,
das 83 entrevistadas, 79,52% sofrem algum tipo de queda, e 20,48% não sofreram.
Segundo Deliberato (2002), relata que as alterações biológicas causadas pelo
envelhecimento podem acarretar fatores como desorientação espacial, perda da
força muscular, deficiência da agilidade, da coordenação motora, equilíbrio entre
outros fatores, podem estar relacionados a quedas.
54
GRÁFICO 8: Porcentagem dos idosos que sofreram quedas em diversos
locais
33,3
3%
31,8
1% 41,6
7%
66,
67%
16,
67%
1,52
%
8,3
3%
0%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Por
cen
tag
em(%
)
Rua Casa Trabalho Outros
Quedas
Masculino Feminino
Fonte: Elaborado pelo autor, 2006.
Ao compararmos as quedas dos entrevistados, verificou-se que, 33,33% dos
homens e 31,81% das mulheres sofrerem a queda na rua, 41,67% dos homens e
66,67% das mulheres caíram em casa, no entanto, observou-se que 16,67% dos
homens tiveram suas quedas no trabalho enquanto que as mulheres obtiveram
1,52% de queda no trabalho, já 8,33% dos homens tiverem suas quedas de outras
formas, como por exemplo, jogando bola.
55
GRÁFICO 9: Porcentagem entre idosos homens e mulheres que sofreram
fraturas
29,40%36,14%
70,60% 63,86%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Po
rce
nta
gem
(%)
Sim Não
Fraturas
Homem Mulher
Fonte: Elaborado pelo autor, 2006.
Ao analisar o gráfico 9, verificou-se que, 29,40% dos homens entrevistados
e 36,14% das mulheres tiveram algum tipo de fratura enquanto que; e 70,60% dos
homens e relativamente 63,86% das mulheres não sofreram nenhuma fratura.
Segundo Candeloro e Silva (2006), esclarecem que com o passar dos anos, homens
e mulheres apresentam algumas dificuldades no desempenho de suas tarefas no
seu dia-a-dia. Este declínio poderá provocar sérias alterações na qualidade de vida
e, em alguns casos, dependência de outras pessoas para a execução de suas
tarefas.
56
GRÁFICO 10: Porcentagem do local de fraturas sofridas por idosos homens
e mulheres institucionalizados da FAG.
0%
60%
40%
0%
36,67%
30% 30%
3,33%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Po
rcen
tag
em
(%)
Homem Mulher
Fraturas
MMSS MMII TRONCO CABEÇA
Fonte: Elaborado pelo autor, 2006.
Observou-se que, comparando as quedas entre homens e mulheres, o maior
índice de fraturas continua sendo das mulheres, conforme exposto nas tabelas 1 e 7.
No entanto, ao analisarmos o gráfico 10, percebeu-se que, nenhum dos
entrevistados sofreram fraturas dos Membros Superiores (MMSS), porém, 36,67%
das mulheres tiveram fraturas dos MMSS; 60% dos homens e 30% das mulheres já
sofrem fraturas dos Membros Inferiores (MMII); 40% dos homens e 30% das
mulheres tiveram fraturas do tronco, apenas 3,33% das mulheres tiveram fratura da
cabeça.
Observou-se portanto que quatro mulheres relataram ter fraturado mais de
um membro, como por exemplo, ter fraturado o Membro Superior – úmero, rádio,
ulna, falange; Membros Inferiores – fêmur, tíbia, fíbula, tornozelo, metatarso;
tronco/cabeça – clavícula, nariz, vértebra, costela, bacia/pelve.
57
5 DISCUSSÃO
Um dos problemas mais sérios e freqüentes para os idosos está relacionado
às quedas. Com um quadro de saúde normalmente mais comprometido, os
processos de queda podem, em muitas vezes, propiciar sérios agravantes para
essas pessoas. No entanto, as quedas podem ocasionar fraturas desde as mais
simples até as mais graves e ainda podendo gerar para esses idosos o medo e
insegurança, provocando sérias complicações.
Oitenta e três mulheres (83%) entrevistadas sofreram algum tipo de queda e
conseqüentemente à fraturas, segundo Rosa Filho (2006) relata que as mulheres
têm até três vezes mais chances de sofrer quedas. Fraturas de quadril, fêmur,
traumatismos cranianos, luxações, grandes escoriações e hematomas são alguns
resultados de quedas desses idosos, que têm recuperação mais lenta e se tornam
mais vulneráveis à reincidência. Esta incidência é semelhante ao estudo de Paixão e
Heckmann (2002), no qual a maior parte dos idosos entrevistados por quedas são as
mulheres. Nos homens, apenas 17% sofreram algum tipo de queda e, poucos com
fraturas.
Neste estudo, 66 mulheres que sofreram quedas (79,52%), 42,17% estão
entre as faixas etária que vai dos 61 aos 70 anos, sendo que, esta mesma faixa
etária é que teve uma maior índice de fraturas de membros inferiores (23,34%).
Segundo Carvalho (2000), estudos realizados com os idosos – nesses casos, as
mulheres, demonstraram que, para as mais novas – entre a faixa etária dos 50 à 60
anos (7,23%) – os fatores ambientais, como tropeçar ou cair de escadas, nos
tapetes, são causas de quedas mais importantes, porém, para as mais velhas, os
que estão nas faixas etárias entre os 61 à 70 anos (42,17%) e entre 71 à 85 anos
58
(30,12%), os fatores de risco chamados de intrínsecos, estariam mais relacionados
às quedas que ocorrem sem razão aparente.
Setenta e oito entrevistados (78%) referiram ter sofrido queda, apresentando
uma média de 61 a 85 anos. Uma margem de 14% desses idosos sofreram mais de
uma queda. O número de estudos abordando pacientes que sofreram quedas ainda
é incipiente na literatura nacional e internacional. No entanto, as dificuldades
encontradas, podem estar talvez, em avaliar o estado clínico do idoso, incluindo
atividades da vida diária, neurológica, aspectos visuais e auditivos, bem como a
confiabilidade do relato de queda (LANGE, 2005).
Rodrigues apud Lange (2005), esclarece que, o processo de senescência e
senilidade, ambiente físico e psicossocial são fatores que se identificam como
causadores de quedas entre idosos. A maioria das quedas dos idosos desse estudo,
destacou-se o elevado número de quedas em casa – ambiente interno e externo –,
49% dos idosos entrevistados relatam que, suas quedas ocorreram dentro do
banheiro, na cozinha, na cadeira, no quarto, lavanderia, tapete, e no pátio (quintal)
da casa. Abordando ainda a autora que, as quedas causam repercussões
psicológicas, como o medo de cair, perda da auto-estima e imobilidade
autoprotetora, podendo iniciar uma fase de vida altamente dependente. Enfatizando
ainda, a necessidade de conscientizar a sociedade sobre a segurança do idoso no
ambiente domiciliar.
Para Carvalho (2006), alguns estudos realizados com idosos, observou-se
que entre os idosos mais novos que estão na faixa de 50 à 60 anos em média 12%
dos idosos, os fatores ambientais, como tropeçar ou cair de escadas e calçadas, são
causas de queda mais importantes. Para os mais velhos, são mais importantes os
59
fatores de risco chamados intrínsecos, o que estariam relacionados às quedas que
ocorrem sem razão aparente.
Entre a média dos idosos entrevistados que sofreram quedas, 37% desses
relataram sofrer fraturas. A incidência de fraturas do MMII encontrada em pacientes
do sexo feminino foi de aproximadamente 33,34% enquanto que nos homens essa
incidência foi de apenas 8,34%. Segundo Zini e Pussi (2006), relatam que as
fraturas relacionadas ao MMII são mais comuns entre indivíduos idosos,
principalmente a fratura do fêmur. De 80 a 90% das fraturas ocorridas no fêmur, são
por conseqüência de quedas.
Para Carvalho e Coutinho (2006), estudos realizados sobre quedas
comprovaram que as influências das debilidades motoras e sensoriais nos idosos
são de formas mais moderadas. No entanto, torna-se fundamental apontar algumas
diretrizes para que se possam tomar como medidas preventivas em favor do idoso,
possibilitando assim, uma melhor qualidade de vida.
60
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este capítulo apresenta as considerações levantadas a partir do estudo
quanto, em relação aos índices de fraturas em idosos com faixa etária entre 50 a 85
anos, sua importância na sociedade, suas alterações fisiológicas, as patologias
associadas, o idoso e a demência, quedas e fraturas. Destacam-se, também, os
resultados obtidos, as discussões e considerações sobre a validade do instrumento
proposto, a aplicação de questionário. Por fim, sugestões e recomendações sobre
trabalhos futuros.
Considera-se que a pesquisa possa contribuir de alguma forma para o
avanço e disseminação de conceitos a respeito da velhice e suas alterações
fisiológicas decorridas com o passar dos tempos.
Durante todas as etapas de nossa vida, o ser humano passa por processos
de socialização, maturação e velhice, internalizando seus padrões de
comportamento, normas, valores decorrentes do contexto ao qual estão inseridos ou
da condição social à qual está vinculado. São fatores primordiais para a qualidade
de vida do ser humano. Torna-se fundamental a recuperação da auto-estima do
paciente idoso, e conscientizá-lo de suas limitações, dos riscos ambientais para que
não venham a sofrer riscos sérios à vidas, mas uma vida saudável.
A análise dos fatores indicam mais do que um simples resultado estatístico.
Destaca a necessidade de uma pesquisa descritiva, a fim de que, através de
questionários, seja possível avaliar mais profundamente os fatores que mais causam
incidência de quedas e fraturas nos idosos entre as faixas etárias que vão dos 50
aos 85 anos.
61
Embora se saiba que os resultados obtidos por estas intervenções serão
alcançados a longo prazo, os estudos neste sentido devem ser cuidadosamente
planejadas e persistentes. Além disso, deve-se considerar que esses fatores
referem-se sentimentos, idade avançada, emocional, afetividade, entre outros
fatores.
De acordo com os objetivos propostos inicialmente neste estudo, considera-
se que os mesmos tenham sido plenamente alcançados.
Pelo primeiro objetivo, foi possível analisar e estudar as principais causas
que levam o idoso a sofrer quedas e fraturas.
O segundo e terceiro objetivo pretenderam descrever e analisar as
alterações fisiológicas e as patologias associadas aos idosos. E o quarto objetivo foi
possível analisar entre as faixas etárias dos idosos entrevistados, qual foi a que teve
maior propensão a quedas e fraturas.
Quanto ao objetivo geral considera-se que os mesmo tenham sido
concluídos com êxito, pois a partir do desenvolvimento e alcance dos objetivos
específicos anteriormente apresentados, foi possível analisar e verificar a incidência
de fraturas, local e tipo de fraturas que sofreu o idoso, através de questionário
aplicado na Clínica de Fisioterapia da Faculdade Assis Gurgacz.
Dos 100 idosos entrevistados, 78 relataram ter tido alguma queda, destes 78
somente 35 tiveram fraturas. Sendo que houve um índice maior de fraturas em
mulheres.
Durante a entrevista com os idosos, pode-se observar que o grande número
de quedas ocorreu dentro de suas casas, e conforme relatos, observou-se que as
quedas ocorreram devido a piso molhado, obstáculos ocultos, escadas, móveis com
quina, tapetes.
62
Do índice de fraturas, observou-se um maior índice no sexo feminino,
condizendo com as literaturas. Conclui-se portanto que, o estudo ocorreu de maneira
satisfatória.
Além das informações colhidas junto aos idosos institucionalizados
apresentados pela pesquisa, cujo teor poderá ajudar na avaliação do índice de
fraturas nessa faixa etária, o presente estudo também estabelece sua contribuição
acadêmica, na medida em que adotou um metido de investigação científica, que
permitiu colher as opiniões dos entrevistados de forma aleatória, de forma autêntica,
sem a interferência de vício ou opinião que pudesse direcionar o resultado da
pesquisa.
6.1 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES
Com base no presente estudo, apontamos as seguintes diretrizes
preventivas como recomendações para uma saudável qualidade de vida para o
idoso:
maior atenção com o ambiente domiciliar, pois é ele onde ocorre a maioria
dos acidentes;
cuidar dos ambientes do quarto, banheiro, sala e cozinha;
cuidar principalmente do tipo de piso que encontra-se na casa, degraus e
escadas,
verificar se o pátio está em condições para o caminhar do idoso,
verificar a posição dos móveis, iluminação, estando compatível para o
idoso.
63
Tais orientações e informações podem ser fundamentais no planejamento de
programas de prevenção de quedas e fraturas em idosos.
Além das informações colhidas junto aos idosos apresentadas pela
pesquisa, cujo teor poderá ajudar na formulação ou reformulação de novos temas
abordando os índices de quedas e fraturas em idosos, o presente estudo também
estabelece sua contribuição acadêmica, na medida em que adotou um método de
investigação científica, que permitiu colher as opiniões dos entrevistados de forma
aleatória, autêntica, sem a interferência de vicia ou opinião que pudesse direcionar o
resultado da pesquisa.
Ficando como sugestão para novos estudos, um estudo comparativo entre
idosos institucionalizados e não institucionalizados. O que pode acarretar a queda
no idoso e suas complicações. E por fim, realizar uma campanha de orientação de
cuidados com o idoso em sua casa.
64
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APÊNDICE I: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
1. Identificação do Projeto de Pesquisa
Título do Projeto: ÍNDICE DE FRATURAS EM IDOSOSÁrea do Conhecimento: AREA DA SAÚDECurso: FISIOTERAPIANúmero de sujeitos no centro: 100 Número total de sujeitos: 200Patrocinador da pesquisa: PATROCINIO PRÓPRIOInstituição onde será realizado: FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZNome dos pesquisadores e colaboradores: Emerson Luiz Ortolan e Alexandre Badke
Você está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa acima identificado. Odocumento abaixo contém todas as informações necessárias sobre a pesquisa que estamosfazendo. Sua colaboração neste estudo será de muita importância para nós, mas se desistir aqualquer momento, isso não causará nenhum prejuízo a você.
2. Identificação do Sujeito da Pesquisa e do Responsável
Nome do idoso: Data de nascimento:Nome do responsável: Data de Nascimento:Profissão: Nacionalidade:Estado Civil: CPF: RG:Endereço:Telefone: E-mail:
3. Identificação do Pesquisador Responsável
Nome: Alexandre BadkeProfissão: Fisioterapeuta CREFITO: 55065-fEndereço: Rua JK 2086Telefone: 8402-2897 E-mail: badke@fag.edu.br
Eu, voluntário na pesquisa acima identificado, aceito participar ou autorizo a minhaparticipação, como voluntário(a) no presente projeto de pesquisa. Discuti com o pesquisadorresponsável sobre a minha decisão em participar ou autorizar a sua participação e estou cienteque:
1. O(s) objetivo(s) desta pesquisa é(são): identificar o índice de fraturas em idososinstitucionalizados da FAG
2. O procedimento para coleta de dados: Será realizado uma entrevista com os idososaplicando um questionário, o mesmo sendo explicado e aplicado pelo pesquisador.
3. O(s) benefício(s) esperado(s) é(são) pode identificar o índice de fratura nos idosos e qual omaior tipo de fratura que acomete os idosos, para possíveis estudos e aperfeiçoamento notratamento dos idosos.
4. O(s) desconforto(s) e risco(s) esperado(s) é(são) : que o idoso não compreendera aentrevista, ou que o mesmo fique constrangido em fornecer os dados ao pesquisador, pormotivo de ser dados pessoais
As medidas de proteção adotadas serão: A entrevista será de forma explicativa e individual paraque não ocorra os constrangimentos acima citados.Os procedimentos para reduzir a ocorrência dos possíveis riscos e desconforto serão: umapré explicação do projeto antes de se iniciar a pesquisa
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5. A minha participação neste projeto tem como objetivo: informar os dados necessários parapesquisa
6. A minha participação é isenta de despesas.
7. Declaro estar ciente de que não está prevista nenhuma forma de remuneração para a minhaparticipação no presente estudo.
8. Tenho a liberdade de desistir ou de interromper a minha colaboração nesta pesquisa nomomento em que desejar, sem necessidade de qualquer explicação.
9. A desistência não causará nenhum prejuízo à minha saúde ou bem estar físico.
10. Os resultados obtidos durante este estudo serão mantidos em sigilo, mas concordo que sejamdivulgados em publicações científicas, desde que meus dados pessoais não sejammencionados;
Poderei consultar o pesquisador responsável (Emerson Ortolan) ou com endereço à Rua NereuRamos, 1954, Centro, Cep 85806-400, Fone: (45), 3226-0372 ou (45) 8802-2267 E-mail:<ortolan984@hotmail.com>, sempre que entender necessário obter informações ouesclarecimentos sobre o projeto de pesquisa e minha participação no mesmo.
11. Tenho a garantia de tomar conhecimento, pessoalmente, do(s) resultado(s) parcial(is) efinal(is) desta pesquisa.
Declaro que obtive todas as informações necessárias e esclarecimento quanto às dúvidas pormim apresentadas e, por estar de acordo, assino o presente documento em duas vias de igualteor (conteúdo) e forma, ficando uma em minha posse.
_____________( ), _____ de ____________ de ______.
________________________________________ _________________________________Sujeito da pesquisa Responsável pelo sujeito da pesquisa
_________________________________Pesquisador Responsável pelo Projeto
Testemunhas:
_______________________________________ ___________________________________________
Nome: Nome:RG: RG:CPF/MF: CPF/MF:Telefone: Telefone:
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APÊNDICE II: ENTREVISTA COM OS IDOSOS
DADOS PESSOAIS:
Nome: __________________________________________________________________
D/N: ___________ Idade: ___________
Endereço: _________________________________________________________________
Bairro: _______________________ Telefone:____________________________________
Coleta de Dados:
1- Já sofreu alguma queda?
( ) SIM ( ) NÃO
Quantas: __________________________________________________________
2- Onde ocorreu a queda?
( ) RUA ( ) CASA ( ) TRABALHO ( ) OUTROS
Local: ____________________________________________________________________
3- Nesta queda teve Fratura?
( ) SIM ( ) NÃO
4- Local da Fratura?
( ) MMSS ( ) MMII ( ) TRONCO ( ) CABEÇA
Local:_____________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
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