gerenciamento de crise

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GERENCIAMENTO DE CRISESCap PM Francisco

CRISE

“Fenômeno complexo, de diversas origens possíveis, internas ou externas ao estado, caracterizado por um estado

de grandes tensões, com elevada probabilidade de agravamento – e risco

de sérias conseqüências -, não permitindo que se anteveja com clareza

o curso de sua evolução.”

Gab. Seg. Inst. Presidência da República

CRISE

“Um evento ou situação crucial que exige uma resposta especial da Polícia, a fim

melhor assegurar uma solução aceitável”.

FBI

CRISE

“Fenômeno social de natureza crucial que necessita de uma intervenção

especial dos órgãos que compõem o Sistema de Defesa Social, coordenados

pela Polícia, objetivando abordá-lo, entendê-lo e solucioná-lo de forma a

preservar vidas humanas”. PMBA

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

Jogos Olímpicos de Munique, 05 de setembro de 1972. Terroristas de

origem árabe, membros de um grupo denominado Setembro Negro,

mataram dois e seqüestraram nove integrantes da equipe olímpica

israelense e tentaram fuga através do aeroporto da base militar de

Furstendelbruck. A polícia alemã-ocidental iniciou uma operação de

resgate dos reféns e, após o combate, chamado de Massacre de

Munique, morreram todos os reféns. Do episódio, nasceu a

unidade anti – terror chamada de GSG-9, que inspirou a criação de

tropas especiais semelhantes em todas as polícias do mundo.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

Londres, Inglaterra, 30 de abril de 1980. Seis homens armados com

pistolas, metralhadoras e granadas tomaram a Embaixada do Irã e

fizeram 29 reféns, exigindo a imediata libertação de 91 prisioneiros do

regime iraniano. Os terroristas mataram um refém e atiraram seu corpo

para fora da Embaixada. O SAS, grupo tático inglês, iniciou os

preparativos para invasão da embaixada, onde doze homens iriam agir

em três grupos. Em uma ação conjunta, o negociador conversava com o

líder dos terroristas, quando foi iniciada a operação. Cinco terroristas

foram mortos, um saiu protegido pelos reféns e não houve baixa entre

os reféns.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

Malta, 23 de novembro de 1985. Cinco terroristas

do grupo Abu Nidal seqüestraram um avião e

foram para o Liqa Airport Malta. Imediatamente

mataram dois passageiros e feriram gravemente

outros três. A partir daí, um grupo de elite egípcio

atacou e, da ação, morreram cinqüenta e seis

passageiros e um terrorista, além de restarem

trinta e cinco feridos.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

• Virgínia, EUA, 22 de março de 1989. Em Arlington, um homem fez reféns utilizando

uma arma calibre 12, após ter fumado crack. A exigência que fazia era ter mais

droga para poder utilizar. Como não havia disponibilidade de telefone, foi iniciada

uma conversa com o negociador, que permanecia em um lugar à pequena

distância do criminoso. De repente o sujeito pegou uma refém e encostou-lhe uma

arma na cabeça e ficou em frente a dois policiais da SWAT em situação exposta. O

sniper estava a cerca de trinta metros de distância, em uma janela e foi-lhe dada

permissão para atirar. Assim agindo, o sujeito foi atingido na aorta e ainda teve

tempo de fazer dois disparos antes de cair, atingindo mortalmente um policial e

acertando o outro na perna, com um terceiro tiro. Coube ao negociador atingir o

criminoso, com um tiro de 9mm, matando-o e resolvendo o conflito.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

São Paulo, Brasil, 1989. Divulgação pela PMSP da estruturação do

GATE/BPChq, e pela PCSP da estruturação do GARRA. Dois

elementos praticam um roubo a um estabelecimento comercial,

são flagrados pela polícia e durante a fuga mantêm três pessoas

como reféns, num sobrado, dentre elas a professora Adriana

Caringe. O sniper do GATE, Cb PM Furlam, recebe autorização do

seu comandante para disparo, o tiro inicialmente atinge o causador

mortalmente, ricocheteia no cômodo e também atinge a

Professora Adriana Caringe, matando-á.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

• São Paulo, Brasil, 02 de outubro de

1992. Uma rebelião na Casa de

Detenção do Carandiru é contida com a

morte, pela Polícia Militar, de 111

detentos, ficando o episódio conhecido

como o "Massacre do Carandiru".

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

Paraná, Brasil, 25 de abril de 1995. Em Marechal Cândido

Rondon, os irmãos Beltramin e outro criminoso tomaram sete

pessoas como reféns, durante roubo à residência do dono de

uma casa de câmbio na cidade, que conseguiu avisar à Polícia.

iniciou-se o cerco policial e um ordenado tratamento da questão

que culminou na solução tática da crise. Um grupo de resgate,

com policiais civis e militares, efetuou a tomada do ponto crítico

e libertou todos os reféns com vida, matando os três criminosos.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

Pará, Brasil, 17 de abril de 1996. Em

Eldorado dos Carajás após o bloqueio

de uma estrada e a ordem de retirada

um conflito entre a Polícia Militar e sem

– terra faz 19 mortos.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

Rio de janeiro - Brasil – 12 de junho de 2000 - O sequestro do ônibus 174 – às 14h20,

o ônibus da linha 174 ficou detido no bairro do Jardim Botânico por quase 5 horas, sob a

mira de um revólver, por Sandro Nascimento, após um dos passageiros conseguir sinalizar

para um carro da polícia que passava pela rua. O ônibus, então, foi interceptado por dois

policiais. Dez passageiros, porém, foram tomados como reféns pelo sequestrador. Sandro

apontou a arma na cabeça de Janaína Neves e a fez escrever nas janelas, com batom,

frases como: "Ele vai matar geral às seis horas" e "ele tem pacto com o diabo". O

assaltante andou de um lado para o outro com um lençol na cabeça de Janaína. fez a

refém se abaixar e fingiu dar-lhe um tiro na cabeça. Após isso, fez ameaças: "delegado, já

morreu uma, vai morrer outra". Às18H50, Sandro decidiu sair do ônibus, usando a

professora Geísa Firmo Gonçalves como escudo. Ao descer, um policial do BOPE tentou

alvejar Sandro com uma submetralhadora e acabou errando o tiro, acertando a refém de

raspão no queixo. Geísa acabou levando outros três tiros nas costas, disparados por

Sandro.

Com sua refém morta, Sandro foi logo imobilizado enquanto uma multidão correu para

tentar linchá-lo. Ele foi colocado na viatura com outros policias segurando-o. Sandro foi

morto por asfixia ali dentro.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

SANTO ANDRÉ (SP) - Em 13 de outubro de 2008, Lindemberg Alves invadiu o domicílio de

sua ex-namorada, Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, em Santo André (SP), onde ela e colegas

realizavam trabalhos escolares. Inicialmente dois reféns foram liberados, restando no interior

do apartamento, em poder do sequestrador, Eloá e sua amiga Nayara Silva.No dia 14,

Eduardo Lopes, o advogado do sequestrador, passou a acompanhar as negociações do cliente

com o GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais). Às 22h50min desse dia, Nayara foi libertada,

mas no dia 15 a policia paulista mandou-a de volta para continuar as negociações. Após mais

de 100 horas de cárcere privado, policiais do GATE explodiram a porta - alegando,

posteriormente, ter ouvido um disparo de arma de fogo no interior do apartamento - e

entraram em luta corporal com Lindemberg, que teve tempo de atirar em direção às reféns. A

adolescente Nayara deixou o apartamento andando, ferida com um tiro no rosto, enquanto

Eloá, carregada em uma maca, foi levada inconsciente para o hospital. O sequestrador, sem

ferimentos, foi levado para a delegacia.

CARACTERÍSTICAS DA CRISE

Ameaça à vida

Imprevisibilidade Urgência (compressão de tempo) Necessidade de:

Planejamento analítico especial, Postura organizacional não rotineira,

Capacidade de implementação, Considerações legais especiais

MaterialPresumida

EXEMPLOS DE CRISE

Assalto com tomada de refém Sequestro de pessoas Rebelião em presídios, casa de detenção, etc. Assalto a banco com reféns Atos terroristas Ameaça de bomba Tentativa de suicídio Invasão de terras Captura de fugitivos

É DEVER DO ESTADO A PROTEÇÃO DO CIDADÃO

CONTRA QUALQUER AMEAÇA CONTRA A SUA VIDA, CONTRA O

SEU PATRIMÔNIO, CONTRA SEUS DIREITOS.

GERENCIAMENTO DE CRISE

“É o processo de identificar, obter e aplicar os recursos necessários à antecipação, prevenção e resolução de uma crise”

FBI “É o processo de gestão operacional e

administrativa de equipes de profissionais, voltado para a utilização de conhecimentos técnico-científicos no fenômeno de crise, visando identificar, obter e aplicar os recursos necessários à prevenção, resolução e estudo de ocorrências de alto risco”

PMBA

COMPETÊNCIA DE ATUAÇÃO

OBJETIVO DO GERENCIAMENTO DE CRISE

PRESERVAR VIDAS

APLICAR A LEI

REFÉNSCAUSADORES

POLICIAISIMPRENSACURIOSOS

AUTORIDADES

REFÉM X VÍTIMA

“REFÉNS” aquela que

possui real valor para o

captor. Diferentemente

das “VÍTIMAS”, um REFÉM

será moeda valiosa para

seu captor, que dele se

valerá para garantir a sua

incolumidade física, a

possibilidade de fuga e

obtenção de vantagens.

REFÉM X VÍTIMA

“VÍTIMAS” formam uma

categoria que diz respeito

àquelas pessoas capturadas

e que não tem valor para os

captores, sendo antes

objeto de seu ódio: o captor

busca a eliminação física

dessa pessoa ou danos à

sua integridade.

SÍNDROME DE ESTOCOLMO

Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico particular desenvolvido por pessoas que são vítimas de sequestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu captor ou de conquistar a simpatia do sequestrador.

SÍNDROME DE ESTOCOLMO

A síndrome recebe seu nome em

referência ao famoso assalto de

Norrmalmstorg do Kreditbanken em

Norrmalmstorg, Estocolmo que durou de

23 de Agosto a 28 de Agosto de 1973.

Nesse acontecimento, as vítimas

continuavam a defender seus captores

mesmo depois dos seis dias de prisão

física terem terminado e mostraram um

comportamento reticente nos processos

judiciais que se seguiram. Duas das

vítimas se casaram com os

sequestradores após o término do

processo. O termo foi cunhado pelo

criminólogo e psicólogo Nils Bejerot, que

ajudou a polícia durante o assalto.

SÍNDROME DE ESTOCOLMO

O caso mais famoso e mais

característico do quadro da doença é o

de Patty Hearst, filha do magnata

William R. Hearst, que desenvolveu a

doença em 1974, após ser sequestrada

durante um assalto a banco realizado

pela organização militar politicamente

engajada (o Exército de Libertação

Simbionesa). Depois de libertada do

cativeiro, Patty juntou-se aos seus

captores, indo viver com eles e sendo

cúmplice em assalto a bancos.

NÍVEIS BÁSICOS DO GERENCIAMENTO DE CRISES

POLÍTICO (decisório)

ESTRATÉGICO (de coordenação)

TÁTICO (de resposta)

CRITÉRIOS DE AÇÃO

NECESSIDADE

VALIDADE DO RISCO

ACEITABILIDADE

LEGAL MORAL

ÉTICA

ACEITABILIDADE

• CRIMINOSO

• FANÁTICO

PERENE

POLÍTICO

ÉTNICO

RELIGIOSO

• EMOCIONALMENTE PERTURBADO

MOMENTÂNEO

PROFISSIONAL

INEXPERIENTE

TIPOS DE CAUSADORES

O CRIMINOSO

Vida dedicada ao crime;

A crise acontece

acidentalmente;

Refém é a sua garantia de

fuga;

O risco é maior nos primeiros

momentos da crise.

A negociação é de interesse

mútuo.

TEMPO

O EMOCIONALMENTE PERTUBADO

Psicopata ou pessoa

temporariamente

perturbada;

Racionalidade flutuante;

Negociação difícil e

instável;

Os momentos de risco

se alternam.

TEMPO

O MOTIVADO POLITICO, RELIGIOSO, ETNICO

Procura sempre grande

repercussão;

Não barganha convicção

ou crença;

Potencial de periculosidade

alto;

Negociação difícil e

restrita;

Violência tende a

aumentar.

TEMPO

GRAUS DE RISCOCLASSIFICAÇÃO TIPOS EXEMPLOS

1º GRAU ALTO RISCO

Assalto a banco promovido por uma ou duas pessoas armadas de pistola ou revólver, sem refém.

2º GRAU ALTÍSSIMO RISCOAssalto a banco por dois elementos armados mantendo reféns.

3º GRAU AMEAÇA EXTRAORDINÁRIA

Terroristas armados com armas automáticas, mantendo reféns a bordo de uma aeronave.

4º GRAU AMEAÇA EXÓTICA

Indivíduo de posse de um recipiente, afirmando tratar-se de elemento radioativo de alto grau de letalidade, ameaçando uma população.

NÍVEIS DE RESPOSTAS

NÍVEL RECURSOS RESPOSTA

UM

EFETIVO ORDINÁRIO+

CIA ESPECIAL

As guarnições do policiamento ordinário mais a CIA especial podem atender à ocorrência.

DOIS

NÍVEL UM + COE Atendimento com apoio de unidades especializadas – em razão da possibilidade de emprego tático.

TRÊSNÍVEL DOIS + REFORÇO Necessidade de unidades

de reforço para controle de acesso e segurança externa.

QUATRONÍVEL TRÊS + ASSESSORIA

ESPECIALIZADANecessidade de conhecimentos específicos em razão da ameaça incomum.

GERENCIAMENTO DE CRISES

NEGOCIAÇÃO

INTERVENÇÃO TÁTICA

LOGÍSTICA

VIGILANCIATÉCNICA

INFORMAÇÕES

RELAÇÕESPÚBLICAS

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