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Geografia Geral de Santa Catarina

2015-2018

Prof. Eduardo Silva

Prof. Eduardo Silva

1. GEOMORFOLOGIA

Há quatro grandes e diferentes unidades geomorfológicas, sucedidas de litoral

para o interior, a saber:

a) A planície litorânea: situam-se numa altitude inferior a 200m. Ao Norte, é

bastante largo, ao sul, é gradativamente estreito.

b) A serra do Mar, também conhecida como Planaltos e Serras do Atlântico

Leste-Sudeste (segundo Jurandyr Ross), é a “cordilheira” dominante da

porção paralela do litoral catarinense. Em Santa Catarina é formadora

de um cinturão planaltos de mais de mil metros de altitude, que forma-se

de um grupo de maciços de origem granítica.

c) Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná: Rochas

sedimentares;

d) O planalto basáltico, também conhecido como Planaltos e Chapadas da

Bacia do Paraná (Serra Geral) é a unidade geomorfológica ocupante da

maioria do território estadual. Forma-se de camadas de

basalto (derrames de lavas), que se intercalam com camadas de arenito.

Prof. Eduardo Silva

2. HIDROGRAFIA

No território estadual de Santa Catarina, os rios corredores são pertencentes a

três bacias hidrográficas, cujos divisores de águas são a serra Geral e a serra

do Mar. O sistema da vertente do Atlântico forma-se de bacias

hidrográficas separadas entre si, como as dos rios Itajaí-

Açu, Tubarão, Araranguá, Tijucas e Itapocu.

No sertão do estado, ambas as bacias se encontram unidas para serem as

formadoras da bacia do Prata: a do rio Paraná, cujo afluente mais importante é

o rio Iguaçu, e a do rio Uruguai, que tem como afluentes de maior importância

o rio Pelotas, o Canoas, o Chapecó e o do Peixe.

Prof. Eduardo Silva

3. CLIMA E VEGETAÇÃO

Caracterizada por dois tipos de clima subtropical:

a) Subtropical úmido com verões em que faz calor; é ocorrente na baixada

litorânea e nas partes de menor altitude do planalto (extremo oeste e

vale do rio Uruguai). As temperaturas médias registradas são de 20°C

ao ano, na baixada e no vale do Uruguai, e de 18° C, no extremo oeste;

as chuvas, com boa distribuição ao longo do ano, alcançam 1.500mm

por ano.

b) Subtropical úmido com verões suaves; a área de ocorrência é o restante

do planalto. As temperaturas médias registradas são de 18°e 16°C ao

ano. As diferentes temperaturas de inverno e verão pronunciam-se

bastante, com uma grande amplitude térmica anual. Os invernos são de

grande intensidade: é observada, em algumas áreas, uma quantidade

superior a 25 dias de geada anuais. As chuvas assemelham-se às do

tipo anterior. Ocorre neve, na região de São Joaquim.

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A vegetação original do estado abrange dois tipos de

formação: florestas e campos. As florestas, ocupantes de 65% do território

catarinense, reduziram-se bastante por serem devastadas. No entanto, tem

ocorrido o crescimento de árvores plantadas, porque o governo incentivou o

reflorestamento e a indústria madeireira se desenvolveu. No planalto, são

apresentados sob o formato de florestas que misturam araucárias

e latifoliadas e, na baixada e encostas da serra do Mar, somente como floresta

latifoliada. As áreas de ocorrência dos campos são manchas que se espalham

dentro da floresta mista.

Prof. Eduardo Silva

4. DEMOGRAFIA

Segundo as estimativas do IBGE, o estado de Santa Catarina possui uma

população de 6 819 190 habitantes e uma densidade populacional de 71,23

hab./km² em 2015.

5. REGIÕES CATARINENSES

1

6 5

5

4

3

2

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1- Grande Florianópolis;

2- Serrana;

3- Sul Catarinense;

4- Norte Catarinense;

5- Oeste Catarinense;

6- Vale do Itajaí

6. ECONOMIA

A economia se baseia na indústria (principalmente agroindústria têxtil, cerâmica

e Metalmecânica), no extrativismo (minérios) e na pecuária. O estado de Santa

Catarina é o maior exportador de frango e de carne suína do país. Entre as

indústrias, sedia um dos maiores fabricantes de motores elétricos do mundo, a

Weg, em Jaraguá do Sul, além de gigantes no setor de compressores, fundição

e eletrodomésticos, como a Consul e Brastemp, em Joinville.

Prof. Eduardo Silva

a) Agricultura: O principal produto agrícola de Santa Catarina é o milho,

cultivado no planalto basáltico, que fornece ração para a criação

de suínos. Seguem-se: soja, fumo, mandioca, feijão, banana e a batata-

inglesa.

b) Pecuária: criação de bovinos se faz principalmente em campo natural,

de maneira extensiva. Nas áreas em que a agricultura é a atividade

predominante, a criação se volta para os suínos, sobretudo no planalto

basáltico, onde a produção de milho assegura ração adequada aos

animais. A suinocultura experimentou grande progresso no estado, em

virtude do desenvolvimento dos frigoríficos especializados no

processamento de carne de porco, como a Seara, Perdigão, Sadia e a

Aurora.

c) Pesca: desempenha importante papel na economia do estado. Santa

Catarina é um dos maiores produtores de pescado e crustáceos do país.

A atividade, que remonta à origem açoriana da população, desenvolve-

se sobretudo em Florianópolis, Navegantes e Itajaí.

d) Extrativismo: As riquezas vegetais e minerais concorrem decisivamente

para o progresso produtivo do estado. Entre as primeiras destacam-se

as reservas florestais, representadas especialmente pelos pinheirais,

apesar de sua intensa exploração, e os ervais, que permitem ao estado

manter-se como grande produtor da erva-mate. O estado de Santa

Catarina é um dos maiores produtores de papel e celulose do Brasil. No

extrativismo mineral, as ocorrências de carvão, principalmente nas áreas

da baixada litorânea (Urussanga, Criciúma e Tubarão), representam

fator importante para o desenvolvimento econômico regional. As

condições de exploração do carvão mineral têm apresentado sensível

melhoria, do ponto de vista técnico e dos equipamentos empregados.

e) Indústria: Os principais centros industriais de Santa Catarina são

Joinville e Blumenau. O primeiro tem caráter diversificado, com fábricas

de tecidos, de produtos alimentícios, fundições e indústria eletro-metal-

mecânica e de plásticos. Blumenau concentra sua atividade na indústria

têxtil, metal mecânica e na de softwares, além da recente eclosão de

cervejarias artesanais. Criciúma, Imbituba, Tubarão, Cocal do Sul, Içara

e Urussanga concentram-se as principais fábricas de máquinas

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industriais, tubos e conexões e componentes elétricos, além de

cerâmicas e revestimentos. No norte do estado, destaca-se a cidade de

São Bento do Sul: maior polo exportador de móveis do Brasil, sendo

reconhecida como a capital nacional dos móveis. Florianópolis vem se

consolidando, no cenário nacional e internacional da indústria de

tecnologia da informação e comunicação, conta com um polo de base

tecnológica de mais de 600 empresas de software, hardware e serviços

de tecnologia. Sendo que este setor foi maior arrecadador de impostos e

responsável por mais de 45% do PIB no município.

7. ENERGIA

O potencial hidrelétrico de Santa Catarina não é totalmente aproveitado e

grande parte da energia consumida no estado é fornecida por usinas

hidrelétricas, contudo a participação de usinas termelétricas ainda é bastante

representativa na matriz energética do estado. No município de Capivari de

Baixo encontra-se o maior complexo termelétrico de carvão da América Latina,

Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda, com 857 megawatts, pertencia à

estatal Eletrosul Centrais Elétricas até 1997, quando foi privatizada no governo

FHC e atualmente pertence à Tractebel Energia, empresa sediada em

Florianópolis, filial do grupo francês GDF Suez.

Nos últimos anos vem crescendo no estado a captação e a geração de energia

a partir de outras fontes. Podemos citar como exemplo a Usina de Cogeração

Lages a partir da biomassa gerada pelos resíduos da madeira, os parques

eólicos de Bom Jardim da Serra e Água Doce, as usinas de Biogás a partir da

captação do gás metano de dejetos de animais em Itapiranga e Pomerode e a

partir de resíduos sólidos urbanos em Itajaí, da geração fotovoltaica na Usina

Megawatt Solar em Florianópolis (a maior usina solar da América Latina) e na

Usina Cidade Azul (a maior usina fotovoltaica do Brasil e segunda da América

Latina), localizada no município de Tubarão.

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8. TRANSPORTES

a) Rodovias estaduais

A Constituição do estado proíbe a existência de pedágios em suas estradas.

b) Rodovias federais

Grande maioria pedagiadas. A principal rodovia é a BR-101, que atravessa

o litoral e escoa grande parte da produção. Outra rodovia importante é a BR-

470, que liga o meio-Oeste ao litoral, escoa a produção agroindustrial que é

exportada pelo porto de Itajaí. BR-280, que liga a cidade de Porto União,

no Planalto Norte, com o porto de São Francisco do Sul, é transportada a

produção da indústria de móveis de São Bento do Sul e a erva-mate.

Outras rodovias importantes são a BR-153 e a BR-116, que atravessa

as cidades de Lages e Mafra, cortando o estado até a divisa com o Rio Grande

do Sul.

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c) Portos

Cinco portos especializados formam o sistema portuário catarinense: São

Francisco do Sul, Itajaí, Itapoá, Imbituba e Navegantes. O primeiro,

essencialmente exportador, é o maior porto graneleiro do estado. O de Itajaí,

maior do estado, destina-se fundamentalmente à exportação de açúcar e

congelados e ao transporte de combustíveis, enquanto Imbituba é um

terminal carbonífero e Laguna, porto pesqueiro.

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d) Ferrovias

As estradas de ferro, têm dois troncos principais, que cortam o estado no

sentido norte-sul: um passa por Mafra e Lages e o outro, por Porto

União, Caçador e Joaçaba. No norte do estado, uma linha em sentido Leste-

Oeste liga as cidades ao litoral, servindo Porto União, São Bento do

Sul, Joinville e São Francisco do Sul.

e) Aeroportos

Existem 32 aeroportos públicos e privados em Santa Catarina, sendo que

somente cinco operam rotas comerciais: Aeroporto Internacional Hercílio

Luz em Florianópolis, Aeroporto Internacional Ministro Victor Konder

em Navegantes, Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola em Joinville, Aeroporto

Serafim Enoss Bertaso de Chapecó, Aeroporto Diomício Freitas, vizinho a

Criciúma, no sul do Estado e o recém inaugurado no ano de 2015, o Aeroporto

Regional de Jaguaruna ou Aeroporto Humberto Ghizzo Bortoluzzi.

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