ftc – psicologia psicologia dos grupos prof. elma moura
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FTC – PsicologiaPsicologia dos Grupos
Prof. Elma Moura
Retrospectiva histórica e teórica:
Papel decisivo ao grupo na estruturação da vida social – é mais fácil objetivar e resolver problemas individuais dentro do grupo;
Retrospectiva histórica e teórica:
Mais antiga que a terapia individual – estudos indicam que sempre existiu um terapia de grupo inconsciente e universal antes que se desenvolvesse a terapia consciente e metódica de nosso tempo;
Retrospectiva histórica e teórica:
Trabalhos grupais - sistema de mútua estimulação;
Forças ativa do grupo – utilizadas sem estar esclarecido sobre o caráter dessas forças;
Conceito de “correntes circulantes” como fonte de novas forças individuais - (magnetismo animal);
Retrospectiva histórica e teórica:(...) “No começo existia o grupo, no fim
existia o indivíduo.” – hipótese de que as configurações humanas grupais arcaicas tenham servido de protótipo para as configurações psíquicas individuais maduras e conscientes – idéia fundamental para o desenvolvimento da psicoterapia;
Retrospectiva histórica e teórica:
(...) “Como o indivíduo é uma aparição mais recente do que o grupo, é lógico que os métodos individuais de psicoterapia tenham sido desenvolvidos conscientemente em primeiro lugar, antes que as formas grupais de psicoterapia...” (Moreno, 1923)
Retrospectiva histórica e teórica:
(...) “Meu início efetivo data de 1910. Nos jardins de Viena comecei a formar, entre 1910 e 1914, grupos de crianças, a improvisar representações e, com isso, a plantar as sementes da psicoterapia de grupo e do psicodrama.”
(...) “É, portanto, 1931, ‘o ano em que a criança foi batizada’, que deve ser considerado como verdadeiro início da psicoterapia de grupo científica.”
Retrospectiva histórica e teórica:
Grupos de discussão com prostitutas de Spittelberg, em 1913 e 1914, foram a continuação dessas experiências. Minhas observações e estudos num campo de refugiados em Mittendorf, perto de Viena, coroaram este primeiro período.”
Retrospectiva histórica e teórica:
(...) “O desenvolvimento da psicanálise em Viena criou um terreno natural para o desenvolvimento de sua antítese. A psicoterapia de grupo surgiu em oposição e como protesto contra os métodos individuais então dominantes.”
Retrospectiva histórica e teórica:
(...) “A questão inicial das pesquisas experimentais com que me ocupei em Viena antes e depois da Primeira Guerra Mundial foi: ‘Como se pode ajudar as pessoas que vivem em grupo, mas permanecem solitárias? Como se pode ajudá-las a ser criadoras ?’ A pergunta inicial foi, pois, terapêutica, e não abstrata e científica: ‘Que é um grupo?’
Retrospectiva histórica e teórica:
(...) “O sucesso de Freud veio disso: do fato de haver começado com preocupações terapêuticas e não com experiências de laboratório sofisticadas e filosóficas. Os instrumentos de seu laboratório foram o paciente, o divã e o médico.”
Retrospectiva histórica e teórica:
(...) “Nosso problema era encontrar um método que influenciasse terapeuticamente o indivíduo e o grupo . Os instrumentos de nosso laboratório foram, portanto, os pacientes no quadro de um grupo, e um locam especialmente preparado para a terapêutica: o campo de ação psicodramática e o médico.”
Princípios diagnósticos:
Cada grupo tem uma base oficial e uma base sociométrica – a estrutura consciente e inconsciente do grupo;
Cada grupo se desenvolve segundo leis sociogenéticas definidas;
Princípios diagnósticos:
A atração e a rejeição entre indivíduos e grupos seguem leis sociodinâmicas;
Há líderes populares, poderosos e isolados, assim como há grupos centrados no líder, centrados no próprio grupo e grupos sem líderes;
Princípios diagnósticos:Cada grupo tem determinada coesão. A
tarefa da terapia é levar o grupo doente de um grau baixo a uma mais elevado de coesão
A utilização terapêutica do processo sociométrico se revelou eficaz na psiquiatria, no ensino, na indústria e, principalmente, no exército;
Metodologia:
O tratamento de grupos concretos consiste de sessões terapêuticas, nas quais pessoas tomam parte e esforçam-se para resolver problemas comuns;
Distinção: Grupos naturais – famílias;
Local: onde as pessoas vivem e atuam;
Composição: as pessoas se conhecem mutuamente e se posicionam em lugares habituais – espaciais e “psicológicos”;
Distinção: Grupos sintéticos – pessoas que se agregam fora do âmbito primário (família);
Local: espaço externo;
Composição: membros estranhos uns aos outros e seu relacionamento mútuo é novo;
Considerações:
O grupo precisa não só de um cenário abstrato, mas de um cenário concreto - o local da terapia de grupo deve ser cuidadosamente preparado;
Considerações:
O pensamento terapêutico modificou-se a partir da psicoterapia de grupo: nesta os pacientes podem tomar a função de terapeutas auxiliares, inclusive em relação ao coordenador, em casos excepcionais;
Grupo normal deve ser distinguido do grupo terapêutico organizado;
Princípios:
Um grupo é agente terapêutico para outros grupos – princípio de interação terapêutica;
Caráter espontâneo da participação – princípio da espontaneidade – a produção livre e sem entraves de todos os membros do grupo é importante, não só por razões terapêuticas, mas também por razões diagnósticas;
Princípios:
Caráter direto, imediato da interação do grupo – ou prova de realidade – o paciente é confrontado não só com pessoas e situações reais de sua vida, mas também com as de outras pessoas;
Distinção (outra) - Grupo normal e grupo terapêutico organizado:
Grupo normal – características: interação entre os membros, interesses e atividades comuns, mas um mínimo de coesão interna e diferença dos status;
Distinção (outra) - Grupo normal e grupo terapêutico organizado:
Grupo terapêutico organizado – maior liberdade e espontaneidade dos membros, e sua constituição deve ser terapeuticamente mais favorável do que a de um grupo real com igualdade dos status;
Concluindo:
Psicoterapia de grupo - compreende e integra o processo psicodinâmico do indivíduo: trata-se todo indivíduo e o grupo todo, juntos ou separados;
Concluindo:
A posição do terapeuta de grupo é descoberta: ele é confrontado e deve ter a experiência do analista, mas também a coragem de expor sua personalidade no momento certo para compor o âmbito terapêutico – fazer parte da “personalidade do grupo”;
Boa noite,Prof. Elma...
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