fraturas da regiao orbitaria e fraturas de maxila
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Fraturas da Região Zigomática e da Região Orbitaria.
Dr. Kemil IssaR-1 Cirurgia Plástica
Histórico• 1751; Duverney.
• 1927;Gillies e Lotrhop.• 1971; Miniplacas.
Subdivisão:
• Fratura da Região Zigomática • Fratura Intra-orbitaria• Fratura Interorbitaria• Fratura supraorbitaria
Fraturas da Regiao Zigomática
• Depois da região nasal, é a região mais atingida em traumas faciais.
Anatomia
• Osso zigomático ou malar + Arco Zigomático
Porç. Zigomat. do osso tempPorç. Termp. Do zigomatico.
• É um osso quadrilateral • Forma parte de 1/3 da orbita• Forma a parte mais saliente da região lateral da face.• Relaciona-se com varios ossos da face.
• É fixo em Quatro pontos:
Proc. Zigomático-frontalProc. Zigomático-temporalProc. MaxilozigomáticoPilar Maxilozigomático
• Nele inserem-se os músculos:
MasseterZigomáticoParte do quadrado do labio superior.
O ligamento palpebral lateral se insere na sutura zigomático-frontal.
Mecanismo de Fratura
• Direção e velocidade de impacto.
• Trauma direto.• Fratura-luxação.
Clínica
• Edema e hematoma periorbitarios
• Deformidade local• Hemorragia subconjuntival na
porção latero-inferior• Enoftalmia • Distopia ocular• Diplopia• Hemorragia nasal• Obliquidade da fenda
palpebral
• Anestesia regional• Incapacidade de movim.
do globo ocular• Dificuldade em abrir a
boca• Irregularidade nas
margens orbitaria inferior e/ou lateral
• Assimetria facial
Estudo Radiologico
Atualmente é imprescindivel a utilização da tomografia computadorizada para se diagnosticar fraturas da região orbitaria.
Rx simples
Waters e Hirtz
• Velamento no seio maxilar• Traço da fratura no rebordo orbitario• Separação da sutura• Destruiçao no pilar maxilozigomático• Alteração do formato da orbita
Tomografia Computadorizada
• Incidencias axial e coronal, 3D.
• Mostra todos os sinais que são evidenciados nas radiografias simples de face.
• Permitem um estudo minucioso do assoalho orbitario.
Classificação:
• Quanto ao deslocamento: com deslocamento sem deslocamento• Quanto ao aspecto clinico Com deficiencia funcional Sem deficiencia funcional• Quanto a redução: Estaveis Instaveis• Quanto a fragmentação: Simples (quadripé) Cominutiva
Knight & North (1961) - Anatômica
Grupo I: Desalinhamento discreto;
Grupo II: Fratura isolada do arco zigomático;
Grupo III: Fratura sem rotação do corpo zigomático;
Grupo IV: Fratura com rotação medial;
Grupo V: Fratura com rotação lateral;
Grupo VI: Fraturas complexas (linhas adicionais de fraturas através do fragmento principal)
Tratamento
Inicia-se o tratamento assim que o edema regredirNao deixar passar mais de duas semanas
Redução incruenta
Acesso:
• Diretamento sob o osso zigomático• Intra-oral• Temporal
Espatula Subaponeurotica
Redução Cruenta:
Vias de acesso:
• Subciliar• Transconjuntival• Borda lateral do rebordo orbitario• Caldwel Luc (para pilar maxilozigomático)• Sobre o traço da fratura no arco zigomático
Nas reduçoes cruentas são praticamente obrigatorias as incisoes Subciliar ou transconjuntival, com descolamento subperiostal.
Tipos de fixação:
• Fio de aço• Miniplacas e parafusos
Objetivos:Manter a redução conseguida;Fixar pontos de maior estabilidade;Iniciar pelo pilar maxilozigomático, seguido pela SFZ.
03 dos 04 pontos – Quadripé;02 dos 03 pontos – Tripé.
Complicaçoes:
• Deformidades• Retração cicatricial da palpebra• Miniplacas visiveis externamente• Distopia ocular• Lesão nervosa
Fraturas do arco Zigomático
Ocorrem parte no osso temporal e parte no osso Zigomático, geralmente na sutura.
Anatomia
Mecanismo de fratura:• Trauma direto
Ao exame notamos:
• Depressão no local• Impossibilidade de aberturatotal da boca (travamento doProc. Coronoide).
Radiologia.
• Waters ou Hirtz.
Tratamento.
• Objetivo Principal é descomprimir o musculo temporal e o proceso coronoide, mediante a reposição do arco zigomático.
Pode ser:
Redução cruenta: sob visão direta do arco zigomático, por meio do acesso coronal.
Redução incruenta: pela tecnica de Gillies, com acesso temporal ou intra-oral.
Complicaçoes:
• Impossibilidade de abertura total da boca- devido a presença de anquilose fibro-ossea da mandibula.
Fraturas Intraorbitarias
Anatomia:
Ossos que compoem a orbita:
• Frontal• Maxilar• Palatino• Zigomático• Etmoide• Esfenoide• Lacrimal
• Estes ossos sao unidos por finas laminas osseas.
Fratura Blow-out:
Fratura do assoalho, causada pelo aumento da pressão na cavidade orbitaria, expulsando tecidos orbitarios para o seio maxilar.
Teorias
Fratura Blow-in:
Causada por trauma direto sobre a parede so seio maxilar, causando aumento da pressão dentro do seio, com os fragmentos da fratura se deslocando para dentro da cavidade orbitaria.
Diagnostico Clinico:
• Limitação dos movimentos do globo ocular• Diplopia• Enoftalmia• Pseudoptose• Solicitar ao paciente que movimente o globo ocular paratodos os lados.
Radiologia:
• Raios X sao de pouca importancia• Tomografia computadorizada é o melhor exame.
Tratamento:
• Sempre sob visão direta do assoalho orbitario.
A reconstrução do assoalho orbitario pode ser feita com:
• Fascia temporal• Osso da calota craniana• Osso da parte anterior do seio maxilar• Osso iliaco• Cartilagem auricular
Complicaçoes:
• Enoftalmo• Diplopia
Fraturas Interorbitarias
As fraturas do complexo frontonasoetmoidal sao as que ocorrem na região entre as orbitas.
Aspectos anatomicos:
Conteudo da região interorbitaria:
• Placa perpendicular do etmoide• Cornetos medio e superior• Osso e septo nasais• Glabela e seio frontal• Osso etmoide • Ossos lacrimais• Processo frotal da maxila• Aparelhos lacrimais
Diagnostico Clinico:
Vem acompanhadas de fraturas de :
• Osso frontal• Seio Frontal• Disjunção craniofacial (le fort III)• TCE
Com a fragmentação e o afundamento da região Frontonasoetmoidal podemos ter:
• Telecanto• Dacriocistite• Nariz em sela • Hematoma, edema, epistaxe• Liquorreia• Perda de olfato e gustação
Diagnostico Radiologico:
• Raios X ap e perfil• O melhor estudo é a tomografia computadorizada
Tratamento
• Inicia-se o tratamento apos a regressão do edema
Objetivos
• Unir fragmentos maiores• Reduzir o deslocamento posterior da região frontonasoetmoidal• Correção do telecanto.
Fratura supraorbitaria
Geralmente ocorrem associadas a fraturas frontais, comprometendo seios frontais.
Anatomia
• Nervos supraorbital e supratroclear• Fissura orbital superior, III, IV e VI pares cranianos
Sindrome da fissura orbital superior
• Ptose palpebral• Proptose• Midriase fixa• Perda da sensibilidade na area do trigemino
Diagnostico Radiologico
• Ar na cavidade orbitaria, sugere lesão do seio frontal.
Tratamento
• Se existir comunicação com a cavidade craniana, a via de acesso sera craniotomia.• Se houver somente lesão orbitaria, incisão bicoronal • e redução da fratura sob visão direta.
Obrigado.
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