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Ficha

1a EdiçãoBrasil – 2015

Auriculoterapiaoriental

Método Enomóto

© Copyright 2015© Ícone Editora Ltda.

Capa Prof. Jóji Enomoto

DiagramaçãoSuely Danelon

RevisãoPaulo R. Teixeira

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra,de qualquer forma ou meio eletrônico,

mecânico,inclusive através de processos xerográficos,sem a permissão expressa do editor.

(Lei nª 9.610/1998

Todos os direitos reservados pelaÍCONE EDITORA LTDA.

Rua Javaés, 589 – Bom RetiroCEP: 01130-010 – São Paulo/SP

Fone/Fax.: (11) 3392-7771www.iconeeditora.com.br

iconevendas@iconeeditora.com.br

Dedicatória

Hua Tuo

Agradecimento

Agradeço a Deus por me dar forças para continuar minha missão com dignidade e honra, e por sempre colocar neste caminho inúmeras pessoas tão especiais, assim peço que as abençoe sempre!

Agradeço por Ele me permitir ajudar, cada vez, mais pessoas, apesar de minhas inúmeras fraquezas e defeitos, e de ser um humilde instrumento da Sua vontade.

Muito obrigado!Prof. Jóji EnomotoMembro do Conselho da WFCMS no Brasil(Federação Mundial de Medicina Chinesa – Beijing/China)

Sumário

Dedicatória, Agradecimento,Prefácio,Introdução,Capítulo 1 – Origem da acupuntura,Capítulo 2 – Origem da Auriculoterapia,Capítulo 3 – Vantagens da Auriculoterapia,Capítulo 4 – Bases científicas, 4.1 – Comprovações científicas,Capítulo 5 – Anatomia Auricular, 5.1 – Regiões da anatomia auricular,Capítulo 6 – Terapia por correspondência, 6.1 – Cabeça, 6.2 – Órgãos dos sentidos, 6.3 – Pescoço, 6.4 – Tórax, 6.5 – Abdômen, 6.6 – Pelve, 6.7 – Membros superiores, 6.8 – Membros inferiores, 6.9 – Coluna vertebral,Capítulo 7 – PAT – Pontos de Ação Terapêutico, 7.1 – Características dos PAT,Capítulo 8 – Investigação palpatória, 8.1 – Técnica de investigação palpatória,

Capítulo 9 – Procedimentos de aplicação, 9.1 – Precauções, 9.2 – Contraindicações e proibições,Capítulo 10 – Bases teóricas da MTC, 10.1 – Causação descendente, 10.2 – Qi – energia vital da MTC, 10.3 – Os três Qi, 10.3.1 – Yuan Qi, 10.3.2 – Yong Qi, 10.3.3 – Wei Qi 10.4 – Energias Yin e Yang, 10.5 – Wu Xing – Cinco elementos da MTC, 10.6 – Cinco elementos aplicados à saúde, 10.7 – Três ciclos da MTC, 10.7.1 – Ciclo Ke, 10.7.2 – Ciclo Ko, 10.7.3 – Ciclo Sheng, 10.7.4 – Relação mãe, filha e avó,Capítulo 11 – Zang-Fu: órgãos e vísceras da MTC, 11.1 – Localização dos órgãos Zang-Fu, 11.2 – Os seis órgão Zang, 11.3 – Os seis órgãos Fu,Capítulo 12 – Meridianos e suas relações na Auriculoterapia,Capítulo 13 – Ciclo da circulação diária do Qi,Capítulo 14 – Diagnose energética oriental,

14.1 – Pontos Mo, 14.2 – Diagnose palpatória dos pontos Mo,Capítulo 15 – Localização dos pontos Mo e os pontos auriculares,Capítulo 16 – Tonificação e sedação na Auriculoterapia,Capítulo 17 – Recursos terapêuticos na Auriculoterapia, 17.1 – Moxaterapia auricular, 17.2 – Ryushin, 17.3 – Empishin, 17.4 – Hinaishin, 17.5 – Jishakushin,Capítulo 18 – Protocolos de tratamento, 18.1.1 – Terapia por correspondência, 18.1.2 – Terapia dos Zang-Fu, 18.1.3 – Terapia dos pontos Mo, 18.1.4 – Terapia dos meridianos, 18.2 – Lateralidade auricular,Considerações finais,

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Prefácio

A Auriculoterapia é uma das formas de acupuntura de microssistemas mais difundida em todo o mundo.

É uma terapia muito fácil de ser aplicada com pouquíssimas ou nen-huma contraindicações, de baixa invasividade e muito segura, pois não há perigo de lesão em nenhuma estrutura vital.

É muito prática, pois o cliente não precisa se despir para ser tratado por este método terapêutico, podendo ser administrado no paciente sentado ou mesmo deitado.

A Auriculoterapia método Enomóto possui vários recursos de estimu-lação dos pontos de ação terapêutica na região do pavilhão auricular, como microesferas de silício; agulhas auriculares (descartáveis); magnetos auricu-lares; agulhas sistêmicas; do-in auricular; laserpuntura auricular; moxatera-pia etc.

É uma técnica versátil, pois um único ponto possui várias funções terapêuticas, e não se observam efeitos colaterais nocivos, muito pelo con-trário!

Além disso, pode ser administrada em conjunto com outras formas de terapias e tratamentos convencionais sem interferência ou prejuízo aos resultados de quaisquer outras formas de tratamentos.

É também, o primeiro método de acupuntura do mundo reconhecido e indicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

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Introdução

Ser um terapeuta é ultrapassar o limite de tratar sintomas, é buscar antes de tudo eliminar a origem do sofrimento.

Ser um terapeuta é poder trazer alívio ao sofrimento de outro ser huma-no, seja ele de natureza física, psicológica ou emocional.

E, por vezes, se tornar um canal por onde uma Força Maior se manifesta, mas lembrando de que nunca será a Força Maior em si.

Ser um terapeuta é apenas ser um facilitador do processo de cura, sempre se lembrando das esperanças e expectativas que nele seu semelhante deposita para encontrar um alívio ou cura de seu problema.

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Capítulo 1

Origem da Acupuntura

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A acupuntura é um dos métodos de tratamentos da Medicina Tradicio-nal Chinesa (MTC).

A palavra acupuntura se origi-na do latim acus (agulha) e pungere (punção) de que na China ela é con-hecida como Zhen Jiu Fá (Jen Jiu) e no Japão de Shin Kyu Hô.

Resumindo, a acupuntura é uma das técnicas terapêuticas da MTC que se utiliza da inserção de agulha em locais específicos no corpo humano para tratar doenças, corrigir distúrbios no corpo energético, problemas funci-onais, orgânicos, musculoesquelético, emocionais e tratar sintomas.

Um de seus maiores benefícios está na profilaxia, por ter de apresentar um método seguro e econômico de diagnose energética, permitindo assim prevenir e tratar da doença antes que esta se manifeste no corpo físico.

“A acupuntura não visa tratar de um problema isoladamente (sintoma), mas leva em consideração o Ser humano como um todo (causa).”

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Capítulo 2

Origens da Auriculoterapia

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O Uno está presente no Todo. A Auriculoterapia é um dos méto-dos de tratamento da acupuntura que se utiliza de pontos específicos localizados no pavilhão auricular.

O uso dos pontos auricula-res como método terapêutico data dos tempos remotos da história da China, e está registrado no Huang Di Nei Jing, o primeiro livro da Medicina Tradicional Chinesa.

A acupuntura auricular tem suas origens no Oriente, vinda atra-vés da observação comparativa de que o pavilhão auricular tem com o formato de um feto em posição de parto, que apresenta o formato dos rins (morada do Ki ancestral), que por sua vez tem o formato de uma semente, origem da vida.

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Capítulo 3

Vantagens da Auriculoterapia

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A prática da Auriculoterapia agrega muitas vantagens pelos seguintes fatores:

•Pode ser administrada com e sem agulhas;•Fácil administração (pode ser aplicada no cliente sentado ou deitado);•Praticidade (o cliente não precisa se despir para o tratamento);•Resultados rápidos (desde que localizado corretamente o ponto de

aplicação e a avaliação energética adequados a cada caso em particular);•Em caso de emergência pode ser improvisado facilmente o tratamento; •Técnica muito segura para aplicação em crianças e idosos;•Extensa variedade de recursos de estímulo terapêutico (agulhas,

microesferas, magneto auricular, moxa auricular, sementes, massagem auricular, eletroestimulação, laser auricular etc.);

•Pode ser aplicado com outros sistemas de acupuntura e/ ou em conjunto com outras terapias sem contraindicações.

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Capítulo 4

Bases científicas

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Observando a anatomia do pavilhão auricular, constatamos que ela é percorrida por uma extensa rede formada por nervos e pequenos vasos sanguíneos.

Figura 3

Toda manipulação efetuada pelas técnicas da acupuntura auricular in-fluem diretamente nesta rede nervosa e vascular, sensibilizando determinadas áreas no córtex cerebral, que por sua vez estão relacionadas aos órgãos e áreas específicas do corpo humano.

Estes estímulos, que são enviados ao córtex cerebral, atuam no sistema nervoso e, por sua vez, influem em todo organismo e seus sistemas.

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4.1. Comprovação científica dos canais de Acupuntura

Na França nos anos 1970, foi realizado um experimento coor-denado e organizado pelo Dr. Jean Claude Darras, que juntamente com uma equipe de pesquisadores procuravam as evidências científi-cas da existência dos canais bioe-nergéticos de acupuntura no cor-po humano. Para isso, injetaram um contrastante (tecnécio) em um ponto do braço de um voluntário. Após algum tempo, verificaram por um scanner que o contrastante in-troduzido descreveu o trajeto exato dos meridianos dos mapas de acu-puntura. Curiosamente, este trajeto descrito não coincidia com a pre-sença de nenhum tipo de tendão, nervo ou artéria, comprovando-se cientificamente a existência dos canais de energia associados à mi-lenar acupuntura no corpo humano. As pesquisas e prática, realizadas pelo prof. Enomóto, têm demonstrado que a realização de estímulos corretos em áreas específicas do pavilhão auricular (orelha) também têm efeito também sobre a circulação da bioenergia (Qi) nos meridianos de acupuntura e nos Órgãos Zang e nos Órgãos Fu.

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Capítulo 5

Anatomia auricular

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A estrutura do pavilhão auricular é constituída por uma grande rede de nervos e pequenas artérias, uma estrutura semirrígida formada de cartilagem e tecido conjuntivo.

Figura 5

Por apresentar em sua estrutura a cartilagem, evita-se o uso de agulhas semipermanentes com mais de 1,5 mm por longos períodos (3 a 5 dias) pelo fato de não ser bem vascularizada, o que pode provocar inflamação do tecido ou mesmo necrose.

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5.1. Regiões da anatomia auricularA superfície do pavilhão auricular está dividida em várias áreas de acordo

com sua anatomia e relevo.As principais áreas de atuação terapêutica na Aurículo Acupuntura são

a região da escafa, onde se localizam os membros superiores, a região da Cruz Superior da Anti-hélice, onde estão localizados os pontos de correspondência com os membros inferiores, a coluna vertebral na região da anti-hélice, o sis-tema nervoso representado na Hélice, a cabeça na região do lóbulo, a cavidade torácica na região da concha cava e a cavidade abdominal na região da concha cimba, com os seus órgãos e vísceras.

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Capítulo 6

Terapia de correspondência

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Temos em nosso pavilhão auricular áreas de correspondência, de ação terapêutica, de todo o corpo humano, a saber: cabeça, pescoço, tronco, costas, abdômen, quadris, membros superiores (ombro, braço, cotovelo, antebraço, pulso, mão e dedos), membros inferiores (trocanter m., coxa, joelho, perna, tornozelo, pés, artelhos); coluna (cervical, torácica, lombar, sacro e cóccix), região genital etc.

A terapia de correspondência auricular se refere à técnica de tratamento na qual se efetua os estímulos terapêuticos na região do pavilhão auricular, de acordo com as áreas no corpo humano nas quais se apresentam os sintomas.

É a forma mais objetiva de tratamento, visando principalmente o trata-mento sintomatológico e ganhando tempo para estabelecer o diagnóstico do quadro energético sempre de cada caso em particular.

Exemplo de terapia por correspondência:

● No caso de sintomas de dores no cotovelo, procurar estimular a área correspondente ao cotovelo no pavilhão auricular.

● No caso de sintomas de cefaleia, procurar antes determinar a loca-lização: se é na região anterior, lateral, posterior ou superior da cabeça, e de acordo com o quadro, procurar a área de correspondência no pavilhão auri-cular.

Enfim, procura-se, na superfície do pavilhão auricular, o PAT (Ponto de Ação Terapêutico) na área de correspondência com o local correspondente afetado do corpo humano.

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6.1. Cabeça

Figura 7

Indicações terapêuticas

Sintomas de dores ou distúrbios no local correspondente (cefaleias, trau-mas e algias), correspondência com as áreas do sistema nervoso central.

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6.2. Órgãos dos sentidos

Figura 8

Indicações terapêuticas

Olho: Problemas funcionais, inflamatórios etc.Nariz: Rinite, sinusite, epistaxe, distúrbios funcionais etc.Boca: Problemas de deglutição, distúrbios da fala, paladar etc.Ouvido: Surdez progressiva, zumbido, equilíbrio, tontura etc.

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6.3. Pescoço

Figura 9

Indicações terapêuticas

Sintomas de algias, distúrbios na tireoide, torcicolo, cervicalgia, deglu-tição, fala etc.

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6.4. Tórax

Figura 10

Indicações terapêuticas

Sintomas de algias, distúrbios funcionais, respiratórios, distúrbios circu-latórios, palpitação, falta de ar, dores na escápula etc.

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6.5. Abdômen

Figura 11

Indicações terapêuticas:

Sintomas de dores locais, cólicas abdominais, distúrbios funcionais, dis-túrbios digestório, constipação, lombalgia e etc.

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6.6. Pelve

Figura 12

Indicações terapêuticas

Sintomas de distúrbios na região genital, nádegas, hemorroidas, micção, poliúria, eneurese noturna, articulação coxofemoral, algias, gônadas, impotên-cia etc.

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6.7. Membros superiores

Figura 13

Indicações terapêuticas

Sintoma de algia local, distúrbios funcionais, motores e de coordenação, sequela de ave, distúrbios degenerativos e inflamatórios etc.

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6.8. Membros inferiores

Figura 14

Indicações terapêuticas

Sintomas de algia local, distúrbios funcionais, motores e de coordenação, sequela de ave, distúrbios degenerativos e inflamatórios etc.

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6.9. Coluna vertebral

Figura 15

Indicações terapêuticas

Algia na área de correspondência, distúrbios funcionais e motores indi-retamente provocados pela subluxação das áreas vertebrais correspondentes, dores musculares etc.

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Capítulo 7

Pontos de ação terapêutica

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Em nossa prática, comprovamos que os Pontos de Ação Terapêutica Auri-cular (PAT) apresentam as seguintes características:

● Maior sensibilidade à pressão mecânica (investigação palpatória);● Maior permeabilidade elétrica superficial (eletropermeabilidade);● Provocam alterações sutis na atividade do sistema cardíaco (RAC);

Para fins didáticos, neste módulo abordaremos a técnica de investigação palpatória por ser de fácil aplicação e apresentar um grande percentual de re-sultado terapêutico.

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Capítulo 8

Investigação palpatória

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Na prática de nosso método de acupuntura auricular, é de grande importân-cia a localização correta dos pontos de ação terapêutica na região do pavilhão au-ricular para obtermos os melhores resultados para o nosso cliente.

Na prática da investigação palpatória auricular, buscamos nas áreas cor-respondentes ao tratamento selecionado na superfície do pavilhão auricular o ponto mais sensível à pressão mecânica (Ponto de Ação Terapêutico Auricular – PAT).

Os PATs são localizados com o auxílio de um palpador auricular, (objeto que tenha uma ponta levemente arredondada), para exercemos pressão sobre a área a ser investigada, sem ferir a epiderme.

Os PATs sempre apresentam uma sensibilidade maior à pressão modera-da do palpador em relação à área circunvizinha deste.

Ao se pressionar o PAT, imediatamente podemos observar um reação reflexa muscular de dor (ponto pressálgico) por parte do cliente, indicando o local exato a ser aplicado o Estímulo Terapêutico (EST) na superfície do pavil-hão auricular.

Essas reações reflexas se apresentam na forma do sinal de “careta”, espas-mo reflexo, ou mesmo por vocalização reflexa do paciente ao estímulo.

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8.1. Técnica da investigação palpatória

● Seleciona-se a área de acordo com tratamento a ser aplicado no pavil-hão auricular;

● Na área (região) selecionada, utiliza-se o palpador, através de pressão moderada, para investigar a localização do ponto sensível à ação mecânica (ponto pressálgico);

Figura 16

● Ao se localizar um ponto pressálgico, é necessário sempre verificar se em volta dele não há a presença de outro ponto com maior sensibilidade;

● O ponto mais sensível à pressão do palpador é o PAT pelo método de investi-gação palpatória auricular;

● Na sequência, depois de localizado o PAT, se aplicará o estímulo terapêutico selecionado para cada caso: Microesfera auricular, sementes, agulha auricular, laser, magnetos etc.

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Capítulo 9

Procedimentos de aplicação

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● Deve-se, antes de iniciar a aplicação, realizar a higienização dos instrumentos e da superfície do pavilhão auricular com uma solução de álcool a 70% Gl.

● Depois de aplicadas (agulhas SP, esferas ou sementes), estas serão fixadas com um pequeno pedaço de micropore por um período de três a no máximo cinco dias, em que o cliente deverá retornar para retirá-las e efetuar a limpeza do pavilhão aurícula, onde, realizada nova avaliação, poderá ser marcada uma nova aplicação de agulhas SP.

● Todas as agulhas usadas devem ser descartáveis e recolhidas e colocadas em recipientes de coleta apropriados.

● Após cada aplicação, deve-se realizar a limpeza de todos os instrumen-tos utilizados na sessão.

● Dispensar o cliente com gentileza, depois de terminada a sessão, obser-vando se ele não apresenta sinais de tontura ou sonolência.

● Caso o cliente apresente sinais de tontura ou sonolência, mantenha-o em repouso até seu completo restabelecimento.

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9.1. Precauções

Sempre lembrar e deixar claro ao seu cliente que a Acupuntura Auricular não trata de doenças, e sim do ser humano como um todo, através da avaliação e identificação do desequilíbrio bioenergético (teoria da causação descendente);

Sempre utilizar a Lei dos cinco elementos (Wu Xing) em sua base de tratamento junto com a respectiva correspondência (reflexologia) do caso;

9.2. Contraindicações e proibições

Em gestantes, evitam-se aplicar os seguintes pontos: fígado, baço, útero e bexiga. (pontos considerados abortivos).

É necessário tranquilizar clientes com hipertensão antes e após a aplicação.

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Capítulo 10

Bases teóricas da MTC

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Toda a teoria da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) está baseada na observação da natureza e seus elementos.

Dela concluíram que o ser humano e todas as coisas existentes são reflexos ou manifestação de uma estrutura energética sutil de uma realidade subjetiva, dinâmica e interativa com a nossa consciência.

Para ela, as doenças são manifestações de desarmonias que atingem primeiro esta estrutura vital para, posteriormente, se manifestar no campo da matéria física.

Esta teoria hoje se confirma pelas pesquisas na área da física quântica e é conhecida como causação descendente:

Figura 17

10.1. Causação descendente

Todas as patologias ocorrem primeiramente nos campos morfogenéticos (estru-tura bioenergética), ou campo bioinformacional (Rupert Sheldrake), e se não tratados a tempo, manifestam-se em nosso corpo vibracionalmente mais denso (corpo físico).

A proposta da acupuntura auricular é a de promover o equilíbrio deste campo vital, através de estímulos em pontos específicos do pavilhão auricular.

Figura 18

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10.2. Qi – Energia vital da MTC

Dentro da filosofia oriental, o conceito milenar de uma energia sutil que permeia todo o Universo e sustém a vida em todas as suas formas de mani-festação.

Esta energia recebeu o nome de Qi na China e de KI no Japão. Esta ener-gia flui pelo corpo humano através de canais conhecidos por Meridianos que foram detalhadamente mapeados há mais de 5.000 anos na China e são con-hecidos na Índia por nadis.

A estagnação, excesso ou falta de Qi no organismo, produz um dese-quilíbrio energético que resultará em um desequilíbrio de ordem orgânica.

Figura 19 – Ideograma chinês para Qi: Energia Vital.

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10.3. Os Três Qi – Yuan Qi, Yong Qi e Wei Qi

10.3.1. Yuan Qi: Energia ancestral

Ao nascer o ser humano recebe de herança uma carga de Qi de seu pai e mãe, conhecida por Qi ancestral, que se aloja nos rins.

O Qi ancestral (Yuan) ou energia herdada circula pelos meridianos e geralmente é utilizada pelo corpo em casos de enfermidades graves, choques emocionais, longos períodos de fome, fadiga excessiva, estresse etc.

Ao contrário do Qi adquirido, o Qi ancestral uma vez utilizado não se repõe, e quando a mesma exaure, cessa também a existência física.

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10.3.2. Yong Qi – Energia adquirida

Após o nascimento, para preservar a nossa existência, absorvemos o Qi presente nos alimentos através do processo da digestão, e o Qi presente no ar, através da respiração, conhecido por Qi adquirido.

O Qi adquirido (Yong) é armazenado no corpo para ser utilizado na ma-nutenção de suas atividades diárias, e é facilmente reposto uma vez utilizado. Podemos comparar com o exemplo de uma bateria recarregável.

Natureza de polaridade Yin.

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10.3.3. Wei Qi – Energia defensiva

O Qi defensivo (Wei) é de natureza Yang, e tem por função defender o organismo da invasão da energia perversa (Xié Qi), promovendo a proteção da saúde bioenergética.

Esta energia é produzida pela energia Qi do estômago;

Quando exaurimos a reserva da energia adquirida (Yong Qi), automatica-mente nosso corpo começa a se utilizar da nossa energia ancestral.

Como esta última não se recarrega, ao se esgotar totalmente sua reserva, nossa existência física cessa.

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10.4. Energias Yin e Yang

Os antigos chineses, por um processo de observação da natureza e de seus ciclos, descobriram e desenvolveram um modelo conceitual no qual classifica-ram que tudo em nossa dimensão poderia ser classificado em duas polaridades distintas, porém sempre complementares.

Estas polaridades foram denominadas de Yin e Yang.

Características da polaridade YinFrio interno, feminino, estático, escuro, noite etc.

Características da polaridade YangCalor externo, masculino, dinâmico, claro, dia etc.

Figura 23

A interação harmônica dessas energias foi definida como Tao.Essas energias se alternam em harmonia produzindo assim todas as ma-

nifestações de existência e suas transmutações.Eles observaram que a desarmonia entre as energias Yin e Yang tem con-

sequências sobre o homem e a natureza.Por exemplo, o excesso de Yin gera um desequilíbrio no Yang e vice-versa.Nota: Não confundir desequilíbrio com desarmonia

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10.5. Wu Xing – Os cinco elementos

Na MTC, utiliza-se também o conceito chamado de cinco elementos (Wu-Xing), nos quais se referem ao modelo organizacional dos campos bio-morfogenéticos do corpo humano. Cada um dos elementos é responsável pela organização de funções e atividades específicas bem como as atividades de nos-sas emoções e pensamentos.

Figura 24

Os cinco elementos são classificados em cinco categorias:

Fogo, Terra, Metal, Água e Madeira.

Cada um dos cinco elementos vitais possuem um aspecto de polaridade Yin e outro complementar Yang.

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10.6. Cinco elementos aplicados à saúde

Figura 25

Cada um dos cinco elementos aplicados à saúde possui aspectos de controle e influência sobre um órgão e uma víscera, uma emoção específica de nossa psique, funções específicas de nossos sentidos e estruturas de nosso corpo.

Quando um dos elementos apresenta algum desequilíbrio energético, uma série de funções, estrutura e aspectos sutis de nossa constituição é afetada de acordo com o elemento energético comprometido.

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10.7. Os três ciclos da MTC

Dentro do modelo conceitual dos cinco elementos, os chineses também observaram uma relação de interdependência dessas forças, que se interagem beneficamente quando em um ciclo harmônico.

Quando um ou mais energias estão em desarmonia, estas se refletem também nas funções ou atividades de nosso corpo e em nossas emoções e pen-samentos.

São encontrados no modelo do Wu-Xing, três ciclos: Ke, Ko e o Sheng.

Figura 26 – Três ciclos e os cinco elementos.

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10.7.1. Ciclo Ke – Ciclo de produção das energias

Figura 27

Este ciclo refere-se ao movimento das energias no qual cada elemento nutre o seu elemento seguinte: o Fogo gera a Terra (cinzas); a Terra gera o Metal (pela pressão); o Metal gera a Água (das profundezas das rochas); a Água gera a Madei-ra (nutrindo as raízes) e a Madeira gera o Fogo ( fornecendo lenha).

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10.7.2. Ciclo Ko – Ciclo de controle das energias

Figura 28

Este ciclo refere-se ao movimento das energias no qual cada elemento re-gula e controla bioenergeticamente o seu elemento dominado: o Fogo controla o Metal (derretendo-o); o Metal controla a Madeira (cortando); a Madeira controla a Terra (perfurando-a e esgotando-a); a Terra controla a Água (drenando-a e re-tendo) e a Água controla o Fogo (apagando-o).

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10.7.3. Ciclo Sheng – Ciclo de agressão energética

Figura 29

É o ciclo patológico onde o dominador pode ser inibido pelo elemento do-minado. Por exemplo: a água normalmente domina o fogo, mas se houver água em quantidade insuficiente, o fogo passa contradominar e inibi-lo.

10.7.4. Relação avó, mãe e filha nos cinco elementosDentro da lei dos cinco elementos existe o relacionamento de mãe, filha

e avó, em que a mãe é o elemento gerador, o elemento gerado de filha e seu do-minador é a avó. Por exemplo, no elemento Terra sua mãe é o Fogo, sua filha é o Metal e sua avó é a Madeira.

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Capítulo 11

Zang Fu – Órgãos e vísceras da MTC

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Dentro da MTC existe o conceito dos órgãos e vísceras, também con-hecido como órgãos Zang e Fu.

Estes órgãos representam mais em termos de estruturas vibracionais de nosso corpo bioenergético e cada uma delas está relacionada com o controle de funções e atividades específicas de nossa constituição física, emocional e mental.

Órgão ZangOs órgãos Zang têm características de polaridade Yin, representam no

corpo humano os órgãos de natureza compacta de produção de substâncias vitais e armazenamento.

São cinco órgãos Zang: Coração, baço, pulmão, rim e fígado.

Órgão FuOs órgãos Fu são de natureza Yang, e em nosso corpo estão represen-

tados pelas vísceras ou órgão de estrutura “oca”, e têm funções de acúmulo e eliminação.

Os seis órgãos Fu: Intestino delgado, estômago, intestino grosso, bexi-ga, triplo aquecedor e vesícula biliar.

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Cada um dos cinco elementos vitais está representado por um órgão (Zang) e uma víscera (Fu) que formam o par de órgãos de polaridades com-plementares Yin e Yang.

Figura 30

Quer dizer que, quando um órgão energético é afetado, seu par comple-mentar do mesmo elemento (par acoplado energeticamente) pode apresentar algum desequilíbrio em suas atividades bioenergéticas.

11.1. Localização dos órgãos Zang FuEncontramos na superfície do pavilhão auricular, os pontos de correspondência

terapêutica com os órgãos Zang e Fu da MTC em áreas bem definidas.Essas áreas, quando corretamente localizadas e estimuladas, promovem

ação terapêutica de duas formas:● Ação de correspondência bioinformacional (reflexológica);● Ação de correspondência bioenergética/vital (conceito da MTC);

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11.2. Os seis órgãos Zang

Figura 31

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Coração (C)

Elemento Correspondente – Fogo Imperial.Localização – Tórax.Funções fisiológicas – Controlar o fluxo do sangue e os vasos sanguíneos.Funções energéticas – Controla as atividades mentais (Shen) e alegria.Ponto de reflexo – Rosto.Abertura – Língua.

Figura 32

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Fígado (F)

Elemento Correspondente – Madeira.Localização – Hipocôndrio direito.Funções fisiológicas – Armazenar o sangue, sua dispersão e drenagem.Funções energéticas – Controla os músculos.Ponto de reflexo – Unhas.Abertura – Olhos (visão).

Figura 33

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Baço (BP)

Elemento Correspondente – Terra.Localização – Aquecedor médio.Funções fisiológicas– Transporte e transformação de nutrientes.Funções energéticas – Controla os tendões e ligamentos dos membros e do controle do Xue (energia sanguínea).Ponto de reflexo– Lábios.Abertura – Boca.

Figura 34

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Pulmão (P)

Elemento Correspondente – Metal.Localização – Caixa torácica.Funções fisiológicas – Aparelho respiratório e pele.Funções energéticas – Controlar a entrada, purificação, difusão e descida do QI e comunicar e regular as vias das águas (líquidos).Ponto de reflexo – Pele e pelos do corpo.Abertura – Nariz.

Figura 35

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Rins (R)

Elemento Correspondente – Água.Localização – Aquecedor inferior.Funções fisiológicas – Filtrar as impurezas.Funções energéticas – Controlar os líquidos, os ossos, gerar a medula e nutrir o cérebro; receber o KI dos pulmões; é a morada da Essência (Jing).Ponto de reflexo– Cabelos.Abertura – Orelhas, ânus e órgãos urogenitais.

Figura 36

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Circulação Sexo/Pericárdio (CS)

Figura 37

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11.3. Os seis órgãos Fu

Figura 38

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Estômago (E)

Elemento correspondente – Terra.Localização – Aquecedor médio.Funções fisiológicas – Digestão (receber os alimentos e líquidos).Funções energéticas – Absorve o QI dos nutrientes, mantém a vida após o nascimento, junto de BP (difusão do KI)ObservaçãoDiz-se que quando se acaba o KI do estômago, a vida se acaba;

Figura 39

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Vesícula biliar (VB)

Elemento correspondente – Madeira.Localização – Ligada ao fígado.Funções fisiológicas – Armazena bile, auxilia na digestão dos alimentos.Funções energéticas – Controla todas as atividades emocionais: Terror, insônia e insegurança.

Figura 40

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Intestino delgado (ID)

Elemento correspondente – Fogo.Localização – Liga-se ao estômago em sua porção superior e ao intestino grosso em sua porção inferior.Funções fisiológicas – Digerir e absorver nutrientes.Funções energéticas – Produzir o sangue (Xue), separar o puro do turvo.

Figura 41

88

Intestino grosso (IG)

Elemento correspondente – Metal.Localização – Liga-se em sua porção superior ao intestino delgado e em sua extremidade ao ânus.Funções fisiológicas – Transmitir os alimentos digeridos e excretá-los, absor-ver os líquidos.Funções energéticas – Transporte do KI e eliminação.

Figura 42

89

Bexiga (B)

Elemento correspondente – Água.Localização – Aquecedor inferior.Funções fisiológicas – Acumular urina e eliminá-la.Funções energéticas – Transformação da urina e eliminação.

ObservaçãoProblemas sexuais, frigidez, impotência, endometriose, miomas etc. são

manifestações do desequilíbrio energético desta víscera.

Figura 43

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Triplo aquecedor (TA)

Elemento correspondente – Fogo ministerial.Localização – É a composição de três aquecedores (San Jiao).Funções fisiológicas – Equilibrar o metabolismo.Funções energéticas – Controlar o transporte do KI, líquidos e substâncias essenciais por todo o organismo.

Figura 44

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Capítulo 12

Meridianos e suas relações na Auriculoterapia

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Os Pontos Zang e Fu auriculares também têm ação terapêutica sobre as áreas dos canais de energia de acupuntura, também conhecido por meridi-anos de acupuntura.

São representados no total de 12 referentes aos cinco elementos:● Metal – Pulmão e intestino grosso.● Terra – Baço e estômago.● Fogo Imperial – Coração e intestino delgado.● Fogo Ministerial – Triplo aquecedor e pericárdio (CS).● Madeira – Fígado e vesícula biliar.● Água – Rim e bexiga.

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Metal

Figura 45

Figura 46

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Terra

Figura 47

Figura 48

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Fogo imperial

Figura 49

Figura 50

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Fogo ministerial

Figura 51

Figura 52

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Água

Figura 52

Figura 53

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Madeira

Figura 54

Figura 55

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