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FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA
COORDENAÇÃO DE TCC E ATIVIDADES COMPLEMENTARES
TECNÓLOGO EM DESIGN GRÁFICO
ALEX FERNANDES NUNES
IVAN DA SILVA SIQUEIRA
RAFAEL PEREIRA DE FRANÇA
INTERATIVIDADE GRÁFICA PARA CELULARES
Trabalho de conclusão de curso
apresentado como requisitopara
obtenção de grau no curso
Tecnológico de Design Gráfico da
Faculdade Integrada Ipiranga.
FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA
COORDENAÇÃO DE TCC E ATIVIDADES COMPLEMENTARES
TECNÓLOGO EM DESIGN GRÁFICO
ALEX FERNANDES NUNES
IVAN DA SILVA SIQUEIRA
RAFAEL PEREIRA DE FRANÇA
INTERATIVIDADE GRÁFICA PARA CELULARES
Trabalho de conclusão de curso
apresentado como requisito para
obtenção de grau no curso
Tecnológico de Design Gráfico da
Faculdade Integrada Ipiranga.
Data:______________
Resultado: _________
BANCA EXAMINADORA :
Prof.: Orlando Simões Junior FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA/ IES
Assinatura _____________________________________
Prof. ; Maria Tereza Jardim Ribeiro FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA/ IES Assinatura _____________________________________
Prof.: Bruno Pereira Brito FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA/ IES
Assinatura _____________________________________
Sumário
Resumo .......................................................................................................................................... 7
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 9
2 OBJETIVO .................................................................................................................................. 12
2.1 GERAL ................................................................................................................................ 12
2.2 ESPECIFICO ........................................................................................................................ 12
3 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................................... 13
4 Metodologia ............................................................................................................................. 14
5 Referencial Teórico................................................................................................................... 15
6 Metodologia de Pesquisa ......................................................................................................... 18
6.1 Resultados alcançados ...................................................................................................... 21
Organograma do projeto-layout 1 ............................................................................................. 22
7 Considerações Finais ................................................................................................................ 34
8 Referências ............................................................................................................................... 35
7
Resumo
Tendo como contexto, ”Interatividade Gráfica Para Celulares”. Nossa equipe foi
desempenhando e arquitetando a criação de um layout de uma interface gráfica
para aplicativos, a serem utilizados em celulares e tablet’s, facilitando a
viabilidade dos usuários nos coletivos públicos, abrangendo como um dos
problemas principais a deficiência de estrutura e de ordem nos transportes
públicos. Nossa finalidade é expandir o projeto até concretiza-lo, e assim
beneficiar a todos os usuários dos meios de transportes públicos, nossa
metodologia de pesquisa bibliográfica, foi fundamental para o desenvolvimento
desta interface, empregamos estudos enraizados em semiótica da comunicação,
baseada nos seguintes autores:
• Charles Sanders Pierce (1839-1914): Cientista-lógico-filósofo; bacharelou-se
em química pela universidade de Harvard.
• Donis A. Dondis: Fundamentada nas obras de Charles Sanders Pierce, criador
da Semiótica moderna e, atribui o fato de a Semiótica estar presente em
praticamente tudo o que presenciamos.
• Lucia Santaella: Aborda a Comunicação visual no nosso estudo como Designer
Em suma, nossa interface foi desenvolvida em prol da carência de informação
sobre os meios públicos de transportes, com a criação do projeto, os usuários de
transportes públicos da capital e região metropolitana (Belém, Ananindeua,
Marituba, Benevides) estariam informados, assim amenizando não só o trânsito
como também diminuindo a superlotação dos próprios coletivos.
8
Abstract
Having as context, "Interactivity Graphic To Cell phones". Our team has been
playing and plotting to create a layout of a graphical user interface for
applications to be used on mobile phones and tablet's facilitating the viability of
the users in the public collective, including as one of the main problems the
deficiency of structure and order in public transport. Our purpose is to expand
the project to materialize it, and so benefit all users of the public transportation
system, our research methodology literature, was fundamental in the
development of this interface, we employ semiotic studies rooted in
communication, based on the following authors :
• Charles Sanders Pierce (1839-1914): Philosopher-Scientist-logical, graduated
in chemistry from Harvard University.
• Donis A. Dondis: Based on the works of Charles Sanders Pierce, the founder
of modern semiotics, and attributes the fact Semiotics is present in virtually all
we witness.
• Lucia Santaella: Discusses Visual communication in our study as Designer
Basicallay, our interface was developed in support of the lack of information on
the public means of transport, with the creation of the project, users of public
transport in the capital and the metropolitan area (Belém, Ananindeua,
Marituba, Benevides) would be informed, and by this way not only softening the
traffic but also reducing the overcrowding of collectives themselves.
9
1. INTRODUÇÃO
A população da Região Metropolitana de Belém (Belém, Ananindeua,
Marituba, Benevides) totaliza aproximadamente 2.025.276 habitantes (fonte
IBGE 2010) sendo que, 70% destes, utilizam o transporte coletivo como seu
principal meio de locomoção, assim como outras capitais do País. Belém
possui um intenso trafego de automóveis existentes na cidade e distritos
adjacentes.
A partir desses dados podemos concluir que o trânsito na capital é
caótico. Em vista desse panorama os alunos do quarto semestre de Design
Gráfico da Faculdade Integrada Ipiranga, consideraram pertinente a criação de
uma interface gráfica para um aplicativo utilizado em celulares que informe os
usuários de transporte público a localização aproximada e tempo estimado da
chegada dos coletivos nos pontos de ônibus evitando assim maiores
transtornos em sua espera.
Para a realização deste, conceitos como: Semiótica, Comunicação
Visual e Usabilidade. Serão fundamentais na discussão e elaboração do
projeto. Em vista que alguns autores serão de suma importância para a
elaboração deste projeto, a começar pelo livro “Semiótica Aplicada” da autora
Lucia Santaella tem por base as obras de Charles Sanders Pierce, criador da
Semiótica moderna. Lucia atribui o fato de a Semiótica estar presente em
praticamente tudo o que presenciamos:
“A semiótica é uma das disciplinas que fazem parte da
amplaarquitetura filosófica de Peirce. Essa arquitetura está alicerçada
nafenomenologia, uma “quase ciência” que investiga os modos
comoapreendemos qualquer coisa que aparece à nossa mente,
qualquer coisa de qualquer tipo, algo simples como um cheiro, uma
formação de nuvens no céu, o ruído da chuva, uma imagem em
umarevista etc., ou algo mais complexo como um conceito abstrato,
alembrança de um tempo vivido etc., enfim, tudo que se apresentaà
mente.” (SANTAELLA, 2010 p. 02)
Não podemos deixar de fora o principal autor que desenvolveu a semiótica, Charles Sanders Pierce (1839 – 1914) era um cientista-lógico-filósofo; bacharelou-se em química pela universidade de Harvard. Trabalhou
10
para o governo federal de 1861 a 1891 durante o dia e simultaneamente, durante algum tempo, no Observatório de Harvard College, durante a noite e se aposentou com 52 anos de idade. Aos seus 58 anos definiu todo seu sistema filosófico onde se encontra a Lógica ou Semiótica.
O trabalho de Peirce trata-se da obra de um pensador solitário, figura de uma rara e inimaginável envergadura científica, que passou praticamente os últimos 30 anos de sua vida estudando 16 horas por dia e que deixou para a posteridade nada menos do que 80.000 manuscritos, além de 12.000 páginas publicadas em vida (Santaella, 2005, p. 16).
Assim o estudo semiótico se faz presente no desenvolvimento da
interface gráfica para o aplicativo pretendido pelos elaboradores do projeto,
outro estudo fundamental nessa empreitada são os pressupostos do autor
Donis A. Dondis, presentes no seu livro “Sintaxe da Linguagem Visual”, Que
aborda a Comunicação visual no nosso estudo como Designer.
“A caixa de ferramentas de todas as comunicações visuais são os
elementos básicos, a fonte compositiva de todo tipo de materiais e mensagens
visuais” (DONDIS, 2003 p.23).
Seu principal objetivo é ajudar na compreensão da língua nativa do
leitor. Sua metodologia é simples e prática, como por exemplo, a utilização de
ilustrações para esclarecer os elementos básicos do design.
Elementos básicos como as Cores, que dão mais vida à comunicação.
Não transmitem simples informações, elas agregam na mensagem sensações,
dando em alguns casos, mais importância ao caso.
A tipografia é essencial para o estudo da sintaxe, pois ela nos transmitirá
a melhor maneira de utilizar um tipo (variação gráfica da fonte), para atingir seu
objetivo.
O contraste possui um importantíssimo papel na organização de um
trabalho. A o utilizarmos efeitos visuais, o contraste ajuda na formação do
controle da posição dos seus elementos, direcionando o focus ao lugar mais
importante da composição.
Por fim a comunicação Visual abrange todos os conceitos mencionados
anteriormente, (signos, imagens, tipos, desenhos, etc ), ela esta presente em
uma vasta área de conhecimento humano e sua aplicação é específica para
11
cada caso, porém, todos eles têm que respeitar o modelo geral de
comunicação: Emissor > Mensagem > Receptor.
12
2 OBJETIVO
2.1 GERAL
Desenvolver uma interface gráfica para um aplicativo de celular, voltado
para o usuário de transporte público utilizando os conceitos de Comunicação
Visual e Semiótica peirciana.
2.2 ESPECIFICO
* Desenvolver uma interface gráfica que utilize os conceitos de
Semiótica moderna (como ícones, indicies e símbolos) e os da comunicação
visual;
* Elaborar a interface gráfica para celulares como aplicativos para os
usuários de transporte público.
13
3 JUSTIFICATIVA
O desejo da melhoria das vias públicas para diminuir o tempo de cada
viajem é quase um sonho dos que dependem deste meio de transporte. Por
vários anos os governos e seus órgãos responsáveis pelo sistema de transito
da região não encontraram uma solução plausível para dar um suporte
adequado e satisfatório ao usuário do transporte coletivo, que por muitas vezes
chegam atrasados aos seus destinos ou perdem compromissos valiosos.
É visto que a tecnologia progrediu consideravelmente nos últimos
tempos. Em 2002, o Google era apenas uma ferramenta de busca promissora.
Facebook, Twitter, YouTube e outros sites ainda não existiam. Diferente dos
países altamente desenvolvidos em tecnologia, navegar no celular era uma
tarefa lenta e dolorosa. Atualmente, a internet está mais acessível se
compararmos a 2 ou 3 anos atrás. Juntamente com a evolução da internet, os
aparelhos celulares e smartphonesforam os que mais progrediram, tendo um
aumento considerável em suas vendas, e quando a internet foi agregada a ele,
sistemas de linguagem para computadores foram implementadas ( por exemplo
o JAVA ), possibilitando a criação de vários aplicativos (programas) que o
celular passou a integrar, atraindo ainda mais o consumidor que aceitou essa
tecnologia.
No intuito de melhorar a vida dos usuários dos coletivos da RMB, foi
planejado o desenvolvimento de um tipo de aplicativo para celulares, que
auxiliará o individuo a mantê-lo informado em tempo real sobre a localização do
transporte coletivo à sua escolha.
Para que isso seja possível, é necessária a construção de uma interface
gráfica (um tipo de “tradutor”, de uma linguagem específica para outra) que
utilizará de processos teóricos como os da Semiótica, Estudo da linguagem
visual e Usabilidade. Este serão imprescindível para que o aplicativo repasse
da forma mais clara possível, todas as informações que o usuário necessitará.
Informações como: aposição dos coletivos, a localização das paradas,
o tempo aproximado de um ônibus , serão demonstradas na interface do
aplicativo.
14
4 Metodologia
A metodologia fundamental para o desenvolvimento desta interface é a
da pesquisa bibliográfica, pois todo o conteúdo que será inserido neste produto
necessita dos conceitos contidos em livros especializados.
Um dos livros a ser ressaltado e de imensa importância, fala
sobre a Semiótica Aplicada , que tem por definição a teoria geral dos signos.
Há a preocupação no desenvolvimento de signos que possam transmitir uma
mensagem imediata da interface para o usuário.
Para que isso ocorra é necessário ter o conhecimento destes
signos. Segundo Charles Sanders Pierce (1839-1914) o fundador da Semiótica
moderna, apresentou o que hoje conhecemos por “Tríade Semiótica de Pierce”,
aonde três elementos são necessários para que haja a compreensão de um
signo, estes elementos são: o Interpretante, o Signo e o Objeto.
A partir da compreensão dos signos, vem o momento de criá-los e estes
necessitam representar um objeto especifico.
Outra obra literária que seguiremos diz respeito à Comunicação Visual
ou Design Visual, esta utiliza componentes visuais como imagens, signos,
desenhos, para transmitir a mensagem através da visão.
Um estudo detalhado sobre a tipologia (neste caso esta relacionado com
a grafia ou a forma da letra), compreensão sobre os elementos básicos da
comunicação visual como: o ponto, a linha, a forma, o tom, a cor, a textura e a
dimensão.
O livro do autor Donis A. Dondis possuem todos estes conceitos,
demonstrando como a linguagem pode ser moldada para atingir determinado
objetivo. Vale ressaltar a importância da contextualização principalmente em
relação à situação e o lugar e o tempo que será empregada, e principalmente,
ter em mente o conceito primordial da comunicação, que segundo o autor é a
relação de intercâmbio necessária e mínima para, a existência de uma
sociedade ou de troca de informações.
Unindo todos estes elementos, a construção de signos que representarão o
sistema de ícones e símbolos na interface, a morfologia da linguagem que
15
dará coesão as mensagens que serão repassadas e como tudo isso será
operado, serão objetos de estudo e serão aplicados no desenvolvimento deste
projeto.
5 Referencial Teórico
Charles Sanders Peirce autor de renome é o pai da Semiótica moderna.
Muito estudado por outros autores inclusive a mencionada anteriormente, seus
estudos levaram a arte da lógica a procura inigualável pela compreensão de
tudo o que nos cerca, e a tudo isto ele denominou de signo, algo que
representa um objeto.
O autor nos remete as classes da semiótica no qual os signos fazem parte, as
seguintes são:
• Os Signos: Segundo PEIRCE (2005, p. 61), representar é “estar em
lugar de algo, isto é, estar numa tal relação com outro que, para certos
propósitos, é considerado por alguma mente como se fosse esse outro”.
• O Objeto: é um signo que pode ser substituído por outro signo, desde
que este o leve até o objeto:
Um signo, ou representamên, é quilo que, sob certo aspecto ou
modo, representa algo para alguém. Dirige-se a alguém, isto é, cria
na mente dessa pessoa, um signo equivalente, ou talvez um signo
mais desenvolvido. Ao signo criado denomino interpretante do
primeiro signo. O signo representa alguma coisa, seu objeto. (Peirce,
2005, p. 46)
• O interpretante: É um signo que foi criado a partir da análise de
um individuo mediante a substituição de um signo para um objeto.
O signo cria algo na mente do intérprete, algo que, pelo fato de ser
assim criado pelo signo, também foi, de um modo mediato e relativo,
criado pelo objeto do signo, embora o objeto seja essencialmente
outro que não o signo. E esta criação do signo é o interpretante.
(PEIRCE, 2005, p. 161)
16
A autora do livro: “Semiótica Aplicada”, tem por base os conceitos
Peircianos como seu objeto de estudo. Ela procura exemplificar e dinamizar o
que o autor da semiótica moderna trouxe ao mundo.
A semiótica é a ciência que tem por objetivo de investigação todas
as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame
dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno como
fenômeno de produção de significação e sentido.
A semiótica ou lógica tem por função classificar e descrever todos
os tipos de signos logicamente possíveis. Semiótica peirciana,
concebida como lógica, não se confunde com uma ciência
aplicada. O esforço de Peirce era o de configurar conceitos
sígnicos tão gerais que pudessem servir de alicerce a qualquer
ciência aplicada.
A semiótica ou lógica tem por função classificar e descrever todos
os tipos de signos logicamente possíveis iluminando o processo no
qual se dá a construção de um sistema de significação dentro das
linguagens. (2005, p. 13)
A autora demonstra a importância do entendimento da Tríade Peirciana,
para a construção de um signo e seu significado.
Entre as infinitas propriedades materiais substanciais etc. que as
coisas têm, há três propriedades formais que lhes dão capacidade de
funcionar como signo: sua mera qualidade, sua existência, quer dizer,
o simples fato de existir, e seu caráter de lei. Na base do signo, estão
como se pode ver, as três categorias fenomenológicas... Essas três
propriedades são comuns a todas as coisas. Pela qualidade, tudo
pode ser signo, pela existência, tudo é signo e pela lei, tudo deve ser
signo. É por isso que tudo pode ser signo, sem deixar de ter suas
outras propriedades. (SANTAELLA, 2010, p.12)
17
Os signos representam um objeto que possua uma relação com ele,
para que isto seja possível, é necessário que ele trilhe por fases de construção,
agregando mais sentido ao contexto.
“Há três modos dos quais os signos se reportam aos seus objetos
dinâmicos (àquilo que ele intenta representar), estes são: o modo icônico, o
indicial e o simbólico” (SANTAELLA, 2010, p. 36).
Os signos representam os objetos, e todos eles necessitam do repertório
para que aja a comunicação positiva entre o remetente e o receptor. Como a
interpretação do observador para outro é variada, este acaba por ter alterações
e modificações que implicam em diferentes respostas, ou seja, o signo pode
ser mutável. “O signo é múltiplo, variável e modifica-se de acordo com o olhar
do observador... mas é preciso lembrar que ele tem uma autonomia relativa em
relação ao seu intérprete” (SANTAELLA, 2010, p.42).
Sendo assim, Santaella, demonstra excelentes exemplos na aplicação
conceitual da semiótica em diferentes trabalhos da comunicação visual, e ela
procura de forma harmoniosa e coerente os diferentes casos para o seu uso:
como a música, os vídeos, imagens, filmes, etc.
Donis A. Dondis (1991) valoriza a alfabetização de um individuo a partir
da sua infância, e o seu aprendizado evolui conforme a sua maturidade,
absorvendo informações que chegam de várias formas, principalmente pelo
meio visual.
A primeira experiência por que passa uma criança em seu processo
de alfabetização ocorre através da consciência tátil. Além desse
conhecimento “manual”, o reconhecimento inclui o olfato, a audição e
o paladar num intenso e fecundo contato com o meio ambiente.
Esses sentidos são rapidamente intensificados pelo plano icônico – a
capacidade de ver, reconhecer e compreender, em termos visuais, as
forças ambientais e emocionais (...). Essa descrição, porém é apenas
a ponta do iceberg, e não da de forma alguma a exata medida do
poder e da importância que o sentido visual exerce sobre nossa vida
(...). Aceitamos a capacidade de ver da mesma maneira como a
vivenciamos – sem esforço. (DONIS A. DONIS, 1991, p.5, p.6)
Não é difícil de detectar a tendência à informação visual no
comportamento humano. Buscamos um reforço visual de nosso conhecimento
18
por muitas razoes; a mais importante delas é o caráter direto da informação.
(DONIS A. DONIS, 1991, p.6).
6 Metodologia de Pesquisa
Para este trabalho, a pesquisa feita nos livros, foi o método escolhido,
pois para que aja o sucesso de toda a cadeia ideológica e prática deste projeto,
sua construção dependerá de mais informações sobre os principais assuntos
abordados como a semiótica e a comunicação visual.
Primeiramente podemos partir pelo primeiro autor escolhido para a
fundamentação deste projeto, Santaella (2010) e seu vasto estudo da
semiótica, nos apresenta a aplicação dos signos criados para os mais
diferentes casos da atividade humana.
Ela contribui com argumentos precisos e claros, como a semiótica
influencia uma cadeia de ideias que fazem uma sociedade coexistirem. E neste
livro a autora vai demonstrar a semiótica desde a produção gráfica de uma
embalagem, pelo comunicativo publicitário, pela reação de emoções positivas,
nas mídias como os livros, os vídeos e o impresso.
Para que todo o seu conhecimento fosse redirecionado até este ponto,
várias pesquisas bibliográficas foram realizadas pela autora, outro instrumento
foi o vídeo com os filmes, seriados, documentários. Entretanto, suas pesquisas
começaram com base em outro Autor, Charles Sanders Pierce,
internacionalmente reconhecido, pois seus estudos no campo da semiótica
elevaram este assunto até então conhecido como “Estudo semiótico” a um
nível elevadíssimo de importância, em diversas áreas do conhecimento
humano.
A contribuição do autor que desenvolveu a semiótica moderna trouxe
uma nova visão sobre todas as atividades humana. A interpretação dos signos
é tão vasta que ela independe do assunto ao qual se refere e seu tempo, pois
seu real objetivo é apresentar as referencias, por meio oral, visual, por textura
ou forma.
Três elementos são necessários para a compreensão do signo na
semiótica como é demonstrado na imagem abaixo:
19
Figura - Esquema de representação do signo semiótico adaptado de Peirce (2005)
Fonte: SIMÕES JUNIOR, 2011 (adaptado de Peirce, 2005)
Peirce divide o pensamento em três categorias que ele mesmo denominou de categorias universais do pensamento e da natureza. São elas: Primeiridade, Secundidade e Terceiridade. Através dessas três categorias os fenômenos podem ser observados, estudados e leis ou regras podem ser formuladas.
A Primeiridade é o olhar livre onde apenas se recebe ou se percebe o fenômeno, se percebe o fenômeno. A Secundidade é a análise desse fenômeno em suas particularidades, características, é o embate, a ação - e - reação para o fenômeno que se apresenta aos sentidos. E por fim, a Terceiridade é a formulação de leis, enunciados, princípios e intermediação entre a Primeiridade e a Secundidade.
Aqui, portanto, temos indubitavelmente três elementos radicalmente diferentes da consciência, só estes e nenhum outro. E eles estão evidentemente ligados às ideias de um – dois – três. Sentimento imediato é a consciência do primeiro; o sentido da polaridade é a consciência do segundo; e a consciência sintética é a consciência do terceiro. (PEIRCE, 2005, p.16)
Santaella (2005, p. 50) nos traz os seguintes pontos sobre cada uma das três categorias do pensamento:
• Primeiridade: É a categoria que dá a experiência sua qualidade distintiva, seu frescor, originalidade irrepetível e liberdade. Não a liberdade em relação a uma determinação física, mas em relação
a qualquer elemento segundo. O azul do céu, a mera e simples qualidade do azul, que poderia também estar nos seus olhos, só azul, é aquilo que é tal é, independente de qualquer outra coisa. Mas, ao mesmo tempo, Primeiridade é um componente do segundo.
20
• Secundidade: É aquilo que dá à experiência seu caráter factual, de
luta e confronto. Ação e reação ainda em nível de binariedade pura, sem o governo da camada mediadora da intencionalidade, razão ou lei.
• Terceiridade: é o que aproxima um primeiro e um segundo numa síntese intelectual, corresponde à camada de inteligibilidade, ou pensamento em signos através da qual representamos e interpretamos o mundo. Por exemplo: o azul, simples e positivo azul, é um primeiro. O céu, como lugar e tempo, aqui e agora, onde se encarna o azul, é um segundo. A síntese intelectual, elaboração cognitiva – azul no céu, ou azul do céu, é um terceiro.
Para que fosse possível a interpretação precisa do conteúdo inscrito
neste layout, é necessária a elaboração e organização dos ideais estudados
pela semiótica, para isso, o livro do autor, Dondis A. Donis foi à escolha com
melhor aproveitamento. Isso se dá pelo fato, do autor ser muito centrado na
acessibilidade do conhecimento, ampliando a inteligência, principalmente ao
analisarmos os elementos visuais básicos, mostrados no seu livro “Sintaxe da
linguagem Visual”. Além de estudar, no que estas mensagens podem
influenciar psicologicamente e fisiologicamente as pessoas.
Tomando por base o inicio de seus estudos, Dondis (2003), mostra a
importância do alfabetismo como ponto de partida para a criatividade, mesmo
que a grafia não seja de um alto nível, ela pode ser clara o suficiente para a
efetiva comunicação entre as partes.
O nível representacional da inteligência visual é fortemente
governado pela experiência direta que ultrapassa a percepção.
Aprendemos sobre coisas das quais não podemos ter experiência
direta através dos meios visuais, de demonstrações e de exemplos
em forma de modelo. Ainda que uma descrição verbal possa ser uma
explicação extremamente eficaz, o caráter dos meios visuais é muito
diferente do da linguagem, sobretudo no que diz respeito a sua
natureza direta. Às vezes basta ver um processo e compreender
como ele funciona. Em outras situações, ver um objeto já nos
proporciona um conhecimento suficiente para que possamos avalia-lo
e compreendê-lo. Essa experiência da observação serve não apenas
como um recurso que nos permite aprender, mas também atua como
nossa mais estreita ligação com a realidade de nosso meio ambiente.
21
Confiamos em nossos olhos, e deles dependemos. (DONIS, 2003,
p.21)
Vamos destacar basicamente as mensagens receptíveis a o sentido da
visão, pois sua interpretação necessita de um meio preciso, quanto mais rápido
for a leitura, a interpretação e a tomada de decisão, melhor será o resultado
final para o usuário.
Assim sendo, é preciso ressaltar alguns pontos que o autor escreveu
em seu livro que serão empregados no layout, como a composição visual, ou
seja, como estará disposto cada signo no espaço da área de trabalho, assim
teremos: o Menu principal, as formas dos ícones(atalhos), a disposição das
cores, o contraste para ressaltar pontos específicos e seu grau de
importância..
6.1 Resultados alcançados
Mas não basta que todos estes elementos estejam devidamente bem
organizados, é necessário que o conhecimento do público alvo possua o
mínimo de interpretação icônica para poder manusear o produto, para que isso
ocorra, é de devida importância a correta orientação dinâmica e objetiva, da
mensagem para o usuário.
Para representar a funcionalidade do projeto, um organograma será
utilizado a fim de exemplificar toda a construção do layout:
22
Organograma do projeto-layout 1
23
1_TELA: Tela inicial (splash) tema de abertura do aplicativo;
2_Login: Campo aonde será efetuado a entrada do usuário com sua
respectiva conta e senha;
3_Busca: Objetivo principal do projeto tem por finalidade, informar com
mais precisão, a localização de um objeto relacionado ao transporte público;
3.1_Paradas: Localização das paradas dos coletivos, registradas pela
CTBEL;
3.1.1_BRT: Procura a posição e tempo estimado para chegada de um
Bus Rapid Transport (BRT);
3.1.2_Normal: Procura a posição e tempo estimado para chegada de um
coletivo comum (ou integrador, quando o BRT for implementado)
3.2_Linhas: Localiza o coletivo através da linha ao qual ela atua.
3.3_ Rotas: Informa trajeto de um referido coletivo.
3.3.1_Final: Ponto de chegada do coletivo;
3.3.2 _Inicial: Ponto de Partida do coletivo;
3.4_Ônibus: Campo de procura de um coletivo, a escolha do usuário,
esta procura se destaca de duas formas;
3.4.1_Mais Próximo: Indica a posição e o tempo aproximado
do coletivo em relação ao usuário;
3.4.2_Destino: Informa os coletivos que passam por certo lugar;
4_Ajuda: Campo informativo do programa para o usuário.
4.1_ Como funciona o aplicativo: Manual de instruções para orientar o
usuário ao manusear o aplicativo;
4.2_ Pra que serve o aplicativo: Informa os objetivos do aplicativo;
24
5_Menu: Tela principal de customização do usuário;
5.1_Configuração: Campo aonde o usuário pode fazer algumas
alterações, no seu perfil;
5.1.1_Editar Perfil: Aqui o usuário poderá alterar o seu perfil com: Nome,
Endereço, CEP, rotas que ele mais utiliza para ter um acesso mais rápido as
informações das mesmas;
5.1.2_Celular: Campo de registro do celular;
5.1.3_Excluir minha conta: deletar conta principal;
6_Sair: Opção que encerra o programa
Em seguida chegamos às telas do layout, demonstrando algumas funções do
aplicativo:
Donis(2003) propõe que a comunicação possui elementos básicos para
serem compreendidos, no nosso projeto, partimos de ideias básicas para
compor o layout, então, algumas observações precisão ser apontadas, já que
elas estarão presentes em praticamente todo o layout.
A cores_ Optamos pela cor azul para o fundo e com contraste para branco por
dois motivos:
25
Tela1_Splash:
• A cor azul sempre passa para as pessoas um ar de tranquilidade,
principalmente ao homem que se identifica com a cor (ainda mais
quando esta no trânsito, e o psicológico pode se alterar), e não é
agressiva a vista, A tipografia necessita ser a mais clara possível, então
o padrão de Fonte Arial, será utilizado em todo layout;
Tela 1_Splash
26
• O contraste das cores, sempre
destaca o objeto mais importante
no espaço, então o ícone do
logotipo fica bem destacado no
centro da tela, obedecendo ao
grau de importância modular na
página
Tela de Login:
• Após a entrada de apresentação da tela inicial, é necessário para
efetuar a entrada por nome de usuário e senha, caso a pessoa não
possua tal, terá de se cadastrar pelo site do programa.
• Mantendo as cores com variações do branco para o azul, e modulando,
o campo de preenchimento dos dados iniciais dos usuários fica no
centro do layout;
Tela 1_Login
27
Tela Principal:
• Aqui vemos como é visualizado o
mapa da cidade contendo
algumas vias das ruas de Belém;
• Os ícones da tela superior, o
primeiro ícone da esquerda para
a direita redireciona para o
“Menu” do aplicativo;
• O segundo é o Ícone que
representa a “Busca” e o ultimo
ícone;
• E o último é a de “configuração”,
aonde o usuário pode fazer suas
aplicações pessoais, disponíveis
no programa.
• Na tela, indicado no mapa, esta a
localização aproximada do
usuário, informando Avenida, N°
e Bairro .
Tela _Principal
28
Tela Busca:
• Ao selecionar o ícone
“Busca”, três tipos de
informações referentes ao
estado atual do transporte
como:
• O ônibus pretendido e sua
localização no mapa;
• As paradas registradas
pelo órgão de trânsito
local;
• Linhas: informações sobre
as linhas que certo ônibus
esta inserido.
Tela _Busca
29
Tela_ Busca > Linhas
• Um pequeno
exemplo de como
será visualizado o
menu de procura
das linhas, com as
opções a serem
preenchidas.
Tela _Busca > Linhas
30
Exemplo da obtenção dos
resultados da linha pretendida, após a
pesquisa.
• O trajeto marcado com a
cor tipo magenta contrasta
com o azul, predominante
na interface, reforçando a
visualização do que é mais
importante na procura.
• Uma legenda informa o
usuário, para o resultado
de sua pesquisa.
Tela _Busca > Linhas
31
• Exemplo da interface com
o usuário pronto para
manusear o aplicativo.
• Nota-se que a marca que
identifica o usuário pode
ser escolhida por livre
escolha, dando mais uma
característica pessoa do
usuário ao aplicativo.
Tela _Inicio_Home
32
Na tela, configurações, a edição
do perfil do usuário é essencial para a
utilização do aplicativo. Campos
importantes para sua identificação e seu
lugar de vivência como: Nome,
Sobrenome, Endereço, Bairro, Cidade,
estarão presentes nesta opção.
Ainda nesta tela, os campos de
identificação do Login via e-mail e senha
, para uma forma segura e particular.
Tela _Configurações
33
Tela com amostras dos ícones:
• App _busfinder
• Usuário
• Senha
• Inicio
Tela _Icones
34
7 Considerações Finais
Toda a relação só pode ser feita através da comunicação presente na
nossa sociedade, e ela é dependente do meio ao qual esta inserida, não
importa se é pela rede digital ou por meios físicos, nós como seres humanos
aprendemos que tudo fica mais rápido com o passar do tempo. Muitos fatores
essenciais para a nossa vida, mudam, então a necessidade da melhoria,
principalmente das nossas relações, são constantemente estudadas e
analisadas, para diversos fins.
A principal preocupação não é apenas em deixar o consumidor ou
usuário do transporte público informado a forma de ir e vir pelas vias públicas,
nosso objetivo vai muito, além disso, imagine se o usuário poder ter mais
tempo para passar com a família ou desfrutar melhor do seu lazer, a maioria
destes usuários passam horas e horas no seu trabalho, em média quarenta
horas semanais, atuando nas suas áreas, longe do que pode ser mais
importante para elas. Tanto na ida para os seus deveres cotidianos, quanto sua
volta para casa, muito tempo é consumido nas vias públicas pelos imensos
congestionamentos, uma triste realidade que enfrentamos. E em sua maioria, o
transporte público, não consegue agregar a maioria da população, não tem
horário fixo, lota facilmente e até chegam a mudar de rota, em alguns casos.
Acreditamos que esta pode ser uma excelente ferramenta para amenizar
o trânsito das principais vias urbanas, propondo produzir uma ferramenta que
utiliza do nosso atual sistema de comunicação em aparelhos de celulares (wi-fi,
3Ge futuramente o 4G, além das operadoras, que oferecem serviços de
internet para celulares)e sua possibilidade de oferecer, informações relativas
ao meio de locomoção urbana coletiva na cidade de Belém e demais cidades.
A união, da semiótica Peirciana ressaltada pela Autora Santaella mais os
estudos da sintaxe visual de Donnis, são as ferramentas necessárias para o
estudo teórico do desenvolvimento deste projeto, a gama do conhecimento
apresentado pelos autores, reforçam todo o raciocínio determinante para a sua
conclusão. A busca por mais informações tanto na área dos estudos dos signos
quanto para a interpretação dos mesmos, nos levam a uma busca pela
melhoria de sua compreensão, em todas as nossas atividades.
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8 Referências
COLLARO, Antônio Celso. Produção visual e gráfica / Antonio Celso Collaro. – São Paulo:
Sammus, 2005.
COLLARO, Antônio Celso. Produção Gráfica: arte e técnica da mídia impressa/ Antonio Celso
Collaro. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
ESCOREL, Ana Luisa. O Efeito multiplicador do Design. 3.ed. São Paulo: SENAC, 2004.
FUENTES, Rodolfo. A prática do design gráfico: Uma metodolog ia criativa / Rodolfo
Fuentes; Tradução Osvaldo Antonio Rosiano. São Paulo: Edições Rosari, 2006 (Coleção
Fundamentos do Design).
HORIE, Ricardo Minoru. 300 Superdicas de editoração, design e artes gráfic as / Ricardo
Minoru Horie, Ricardo Pagemaker Pereira – 4ª ed. – São Paulo: Editora SENAC São Paulo,
2004.
KUNZ, Gilberto. Design: A evolução Técnica / Gilberto Kunz – Vitória (ES): EDUFES, 2002.
116p.
MUNARI, Bruno. Design e Comunicação Visual: Contribuição para uma metodologia
didática / Bruno Munari; Tradução Daniel Santana – São Paulo: Martins Fontes, 1997.
ROCHA, Cláudio. Projeto Tipográfico: análise e produção de fontes d igitais / Cláudio
Rocha. 3ª ed. – São Paulo: Edições Rosari, 2005 – (Coleção textosdesign).
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