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Resumo: O projeto A cultura do Espírito Santo tem como proposta
reconhecer as contribuições culturais e estéticas deixadas como legado
pelos descendentes africanos. O projeto pretende abordar a história do
Espírito Santo, a miscigenação cultural, a herança dos imigrantes e dos
africanos. A cultura capixaba é a soma de todos os rostos: indígenas,
PROJETO PEGAGÓGICO MULTIDISCIPLINAR – ESPÍRITO SANTO
Tema: A cultura do Espírito Santo: o legado dos descendentes africanos
europeus e africanos. Temas como diversidade cultural, aceitação das diferenças, preservação de
patrimônios culturais materiais e imateriais, identidade negra, cultura afro-brasileira, perpassam o
trabalho ora como pesquisa, ora nas rodas de discussões.
Para o Ensino Fundamental 1 (EF1), o projeto se desenvolve em três etapas com duas atividades cada
uma. Ao final de cada etapa, há uma atividade de fechamento que retoma as discussões feitas ou
promove alguma vivência a respeito do tema. Os estudos culminam em um produto final que reúne as
produções dos alunos ao longo das três etapas. São elas:
Etapa 1: Espírito Santo – História e cultura.
Etapa 2: Kilombo, quilombo, quilombola.
Etapa 3: 13 de maio – raiar da liberdade.
Para o Ensino Fundamental 2 (EF2) e o Médio (EM), o projeto também se desenvolve em três etapas,
a saber:
Etapa 1: O Espírito Santo é assim.
Etapa 2: A rota dos escravos: resistência, liberdade e herança.
Etapa 3: Herança cultural dos afrodescendentes.
1
Perfil do grupo: O projeto está dividido em duas partes. A primeira atende aos alunos das séries finais do EF1. Na segunda, o projeto tem como foco os alunos do EF2 e do EM. Caberá ao professor fazer uma adaptação do conteúdo de forma que atenda às necessidades específicas de sua sala de aula.
Suportes: Computador ou outro dispositivo com acesso à
internet, fichas e roteiros de trabalho orientados, equipamento
de projeção e multimídia, materiais de apoio didático (cartolina,
retalhos de tecidos e papel, tesoura, cola, agulha, barbante,
pincéis atômicos, argila, etc.).
Justificativa para uso desses suportes: Os
suportes selecionados visam atender às necessidades
específicas de cada etapa do projeto para que o aluno construa
seu percurso no aprendizado de leitura e elaboração de textos,
de pesquisa e sistematização das informações levantadas e na
produção de conhecimentos.
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Disciplinas: História, Geografia, Língua Portuguesa, Arte e Música.Temas transversais: Sociedade e cultura, pluralidade cultural, diversidade.
Recursos necessários: Computador ou outro dispositivo com acesso à internet, impressora,
atlas, cartolina, papel bobina, revistas, material escolar comum (caderno, lápis preto, caneta, borracha,
apontador, régua, dicionário, tesoura, cola, material para pintura, etc.), folhas de papel sulfite branco,
retalhos de tecido coloridos.
Objetivos: Trabalhar na perspectiva da multidisciplinaridade para o levantamento de aspectos da
cultura do estado do Espírito Santo, tendo como viés a educação étnico-racial, dando ênfase para o
legado deixado pelos descendentes africanos que marcaram, no passado e no presente, a história do
Espírito Santo. O projeto possibilita o levantamento de hipóteses, estimula a leitura e a produção de
textos e a reflexão sobre a história e a cultura do lugar onde vivem.
Cabe ao professor transformar o conjunto de objetivos gerais aqui citados em objetivos operacionais
que correspondam às necessidades de aprendizagem específicas do seu grupo de alunos.
Conteúdos
ConCEituAiS:
História — Compreensão de conceitos gerais da área, como tempo
e contexto históricos, simultaneidade, mudança, permanência,
ruptura, cultura, grupo social, memória.
Geografia — Cultura local, mesorregiões do Espírito Santo, paisagem
local.
Língua Portuguesa — Variações linguísticas, teatro de bonecos,
leitura e produção de textos; gêneros literários – poesia.
Música – Ritmos afro-brasileiros.
Arte — Técnicas de escultura.
ProCEdimEntAiS:
História — Pesquisa histórica usando recursos da internet e acervo digital da biblioteca pública do
Espírito Santo; levantamento de conteúdos para traçar um panorama social e político do início do século
XX; observação das mudanças e permanências.
Geografia — Estudos sobre o Espírito Santo.
Língua Portuguesa — Expressão oral e escrita; leitura dos poemas de Castro Alves; observação de
coincidências e repetições; comparação de informações; produção de HQ e de textos.
Arte — Modelagem em argila; construção de mamulengos; ilustração, teatro de bonecos.
AtitudinAiS:
Trabalho cooperativo. Valorização dos saberes tradicionais como fonte de pesquisa. Responsabilidades
sobre os prazos e compromissos assumidos com o grupo e com o professor. Comprometimento e
envolvimento no próprio processo de aprendizagem, respeito pelas diferenças.
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Duração e desenvolvimentoEste projeto foi pensado para ser desenvolvido ao longo de um trimestre. O professor deve avaliar
o momento de trabalhar as diferentes propostas, considerando seu planejamento e o currículo
tradicional da série. Está dividido em etapas que podem ser trabalhadas em sequência, em intervalos
semanais, quinzenais, mensais ou até em intervalos maiores. Por ser longo o processo de construção
da aprendizagem, é preciso dar ao aluno o tempo necessário para a experimentação, a reflexão,
o compartilhamento de ideias e descobertas e, finalmente, para a compreensão dos conceitos.
Considerando-se a importância do estudo da história local e regional, assim como da valorização da
cultura e dos saberes locais, caberá ao professor equacionar esse tempo, levando em conta a realidade
da escola e do grupo-classe. Se a opção for intercalar as atividades do projeto com as demais demandas
escolares, a cada etapa, é importante retomar os conhecimentos sistematizados na etapa anterior para
que o trabalho de investigação e de consolidação dos novos conhecimentos avance sem perder o foco.
Sugere-se que cada etapa do projeto seja desenvolvida em quatro semanas, podendo ser
disponibilizadas de quatro a oito aulas para o desenvolvimento de cada uma. Essa recomendação é
válida tanto para o EF1 quanto para o EF2 e o EM, lembrando que o projeto é multidisciplinar e essas
atividades podem estar divididas entre as áreas de conhecimento.
Etapa final: Consiste no fechamento e na sistematização das reflexões feitas ao longo do projeto. É
composta por três momentos: Para Refletir, Para Retomar, Para Finalizar. O planejamento do produto
final é feito dentro da seção Para Retomar.
Produto final: Para finalizar os estudos, montar um dossiê sobre o legado dos descendentes
africanos para a cultura do Espírito Santo. O dossiê será composto por um glossário com expressões
típicas do Espírito Santo, caderno de receitas típicas e mostra das expressões culturais do estado. No
dossiê estarão compiladas todas as pesquisas dos alunos, como as produções de textos. O material será
ilustrado por charges e desenhos dos alunos.
Algumas considerações sobre o trabalho de conclusão do projeto:
1. Sobre a preparação do dossiê. O professor deve estabelecer a
data da apresentação dos textos, imagens e outros materiais que
farão parte do dossiê. Criar uma equipe responsável por receber e
organizar as produções selecionadas dos alunos, para compor o livro.
Outra equipe deverá se responsabilizar pelas imagens que ilustrarão
o dossiê.
Os alunos deverão participar de todo o processo de preparação e organização, assumindo, dessa maneira, o protagonismo na construção do conhecimento e em sua
aprendizagem.
Caberá ao professor garantir a interação dos alunos e acompanhar os trabalhos, mantendo o objetivo
da proposta; estar atento e presente cada vez que for solicitado, seja por demanda coletiva, seja
individual; dar instruções claras e detalhadas em cada etapa; avaliar e dar retornos ao término de
cada tarefa; fornecer informações adicionais que possam subsidiar o projeto, toda vez que julgar
oportuno; cuidar para que os alunos se mantenham, o tempo todo, ativos e motivados.
2. Sobre a publicação do dossiê. Agendar um horário específico no calendário escolar para que pais,
professores e alunos estejam presentes. Preparar o lançamento do dossiê com uma exposição dos
trabalhos desenvolvidos, como bonecos, modelagem em argila. No lançamento terá apresentações
de jongo e capoeira.
3. Sobre a avaliação. Após o lançamento do dossiê, avaliar com os alunos o desempenho individual e
do grupo durante o festival e ao longo do projeto.
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Referências
AguiAr, Maciel de. Brincantes e quilombolas. ES: Memorial, 2005.
AsAre, Meshack. o chamado de Sosu. São Paulo: Edições SM, 2005.
BArBosA, Rogério Andrade. ABC do continente africano. São Paulo: Edições SM, 2007.
CAstAnhA, Marilda. Agbalá: um lugar-continente. São Paulo: CosacNaify, 2011.
CunhA, Carolina. ABC afro-brasileiro. São Paulo: Edições SM, 2009.
DAly, Niky. o que tem na panela, Jamela? São Paulo: Edições SM, 2007.
Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03, Vários autores. Edições MEC/
BID/Unesco, MEC.
orientações e ações para a educação das relações étnico-raciais, vários autores. Ministério da Educação.
Brasília: Secretaria de Educação Continuada.
PrAnDi. Reginaldo. os príncipes do destino. São Paulo: Cosac Naify, 2001.
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Sites (acessos em: 20 nov. 2015)
As muitas faces de Maria
<http://secult.es.gov.br/noticias/22343/contacao-de-historia-com-maria-laurinda-adao-no-museu-do-
colono.html>
A Insurreição de Queimado
<http://www.folhavitoria.com.br/entretenimento/blogs/elogoali/2015/03/insurreicao-de-queimado-
parte-da-historia-capixaba-contada-nas-ruinas-da-serra/>
A colonização do Espírito Santo
<http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/Paginas/colonizacao.aspx>
Cultura popular
<http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/10/676348-mestres+da+cultura+popular+ganham+p
remio.html>
Exposição: Todas as faces de Maria
<https://www.youtube.com/watch?v=QWTaaSAAn-U>
Fundação Palmares
<http://www.palmares.gov.br/?p=9431>
História do Espírito Santo
<http://www.ape.es.gov.br/pdf/Livro_Historia_ES.pdf>
Imigrantes no Espírito Santo
<http://www.ape.es.gov.br/imigrantes/>
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Patrimônios Imateriais do Espírito Santo
<http://www.secult.es.gov.br/patrimonios/imateriais>
Patrimônios Naturais
<http://www.secult.es.gov.br/patrimonios/naturais>
Rubem Braga
<http://miltonribeiro.sul21.com.br/2013/08/02/100-anos-do-mestre-da-cronica-rubem-
braga/#more-34852>
Raízes Negras
<http://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/raizes-negras-cultura-dos-escravos-
contribuiu-para-a-formacao-do-brasil.htm>
13 de Maio: raiar da liberdade
<https://www.youtube.com/watch?v=4dle2wKcVQQ#t=243>
Comunidade quilombola de Monte Alegre
<https://www.youtube.com/watch?v=e735vADZXbo>
Filmes
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ENSINO FUNDAMENTAL 1 ETAPA 1: ESPÍRITO SANTO – HISTÓRIA E CULTURA
Recursos necessários: Computador ou outro dispositivo com acesso à internet, revistas para
recorte, tesoura, cola e outros materiais de uso cotidiano da escola, fichas anexas.
Antes das atividades 1. Roda de conversa para levantamento de conhecimentos prévios.
Perguntar aos alunos: Quem nasceu no estado do Espírito Santo?
Quem veio de outros estados? Quais as coisas que mais apreciam no
Espírito Santo? Anotar as falas dos alunos em um cartaz na roda de
conversa.
Atividade 2 1. Roda de conversa para levantamento de conhecimentos prévios.
Perguntar: Vocês sabem que a cultura do estado do Espírito Santo
é resultado da contribuição dos indígenas, moradores primeiros
1. Propor aos alunos uma pesquisa sobre o Espírito Santo. Organizados
em duplas, entregar a eles a Ficha 1 (Anexo 1).Atividade 1
dessa terra, dos africanos trazidos como escravos e de imigrantes que aqui chegaram logo depois do
declínio do sistema escravista? Vocês conseguem perceber traços dessas culturas em nosso modo de
viver? Deixar que os alunos se expressem livremente sobre o tema.
2. Pesquisa. Organizar os alunos em grupos de até quatro componentes e sugerir que pesquisem sobre
a contribuição dos imigrantes para a cultura do Espírito Santo. Escreva em tiras de cartolina o nome
do grupo de imigrantes a serem estudados: italianos, alemães, holandeses, poloneses, portugueses.
Distribuir as faixas entre as equipes. Para a pesquisa, os alunos devem:
1. Localizar o município onde os imigrantes se instalaram.
2. Pesquisar com o que as crianças da etnia pesquisada costumam brincar.
3. Descrever qual a principal contribuição dessa etnia para a cultura do Espírito Santo.
4. Trazer uma receita típica da etnia pesquisada.
5. Preparar cartazes ou slides para a apresentação da pesquisa.
2. Servindo-se das descrições dos alunos sobre o que mais apreciam no estado, construir, com ajuda
deles, um painel ilustrado com recortes de revistas e retalhos de tecido intitulado: Capixaba com
muito orgulho.
2. Roda de conversa para socializar a pesquisa. Determine o tempo de apresentação sobre o estado do
Espírito Santo, valorize a criatividade dos alunos ao preparar a apresentação.
3. Reunir os materiais coletados na pesquisa e encadernar um pequeno álbum intitulado Espírito Santo,
cultura e tradição.
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FECHAMENTO DA ETAPA 1
1. Seminário para apresentação da pesquisa. As equipes apresentam o cartaz (resultado da
pesquisa) e falam sobre o grupo de imigrantes foco de sua pesquisa. Apresentam também
pratos da culinária típica com uma receita.
2. Montar uma pequena exposição com os cartazes na sala de aula. Encadernar as receitas.
3. Entregar a Ficha 2 (Anexo 2) para autoavaliação dos alunos.
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ATIvIDADE 1 – FICHA 1
Item 2
Para a reprodução do mapa, os alunos podem usar xerox, recortes ou trabalhar com técnicas de
reprodução como:
Usar papel de seda sobre o mapa a ser copiado. Desenhar com lápis; depois, no verso do desenho, passar
lápis grafite. Colocar o papel de seda sobre o espaço a ser desenhado, fixar bem a folha e, com uso de
lápis, passar sobre o desenho fazendo uma espécie de decalque.
Item 3
• Explique aos alunos que mesorregião é uma divisão territorial usada pelo IBGE. Segundo o Ipea, as
mesorregiões geográficas são conjuntos de municípios contíguos, pertencentes à mesma unidade da
federação, “que apresentam formas de organização do espaço geográfico definidas pelas seguintes
dimensões: o processo social, como determinante, o quadro natural, como condicionante, e a rede de
comunicação e de lugares, como elemento de articulação espacial. Essas três dimensões possibilitam
que o espaço delimitado como mesorregião tenha uma identidade regional. Esta identidade é uma
realidade construída ao longo do tempo pela sociedade que aí se formou”.1
• O Espírito Santo está dividido em quatro mesorregiões:
— Noroeste Espírito-Santense.
— Litoral Norte Espírito-Santense.
— Central Espírito-Santense.
— Sul Espírito-Santense.
• Mapa do Espírito Santo, disponível em: <http://www.observatoriodasmetropoles.net/download/Censo_
ES_e_RMGV.pdf>. Acesso em: 9 dez. 2015.
• Se for possível, reproduza em um papel bobina grande o mapa do Espírito Santo. Identifique com os
alunos as quatro mesorregiões. Com recortes de revista e desenhos dos alunos, ilustre cada divisão.
Depois de localizar a região onde vivem, pedir que ilustrem o que ela tem de mais característico, por
exemplo: festas típicas, tradições culturais, culinária, economia, etc.
Item 4
História do Espírito Santo
1. Antes da chegada dos portugueses, a região era habitada por índios que viviam em harmonia com
a natureza. A nação indígena que habitava o litoral do Espírito Santo eram os Botocudos. O termo
capixaba na língua indígena significa roça ou plantação.
2. Os índios botocudos eram guerreiros e não receberam com alegria os portugueses recém-chegados.
Ao ver a nau portuguesa se aproximar, se posicionaram na praia dispostos a não permitir o
desembarque. Tiros vindos da nau os espantaram e os fizeram fugir para a floresta.
3. Em 23 de maio de 1535, chegaram os primeiros colonizadores portugueses. Eles desembarcaram na
atual Prainha de Vila Velha, onde foi fundado o primeiro povoamento. Como era oitava de Pentecostes,
o donatário batizou a terra de Espírito Santo, em homenagem à terceira pessoa da Santíssima
Trindade.
ORIENTAçõES AO PROFESSOR
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1 http://www.ipeadata.gov.br/doc/DivisaoTerritorialBrasileira_IBGE.pdf
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4. A primeira vila fundada foi Vila Velha.
5. O fundador do Espírito Santo foi Vasco Coutinho.
A partir do Item 6, os alunos só precisam ilustrar os quadrinhos. O texto já está dado.
Pode-se pedir que os alunos complementem a história com outras informações que queiram.
Item 5
Lugares para conhecer
A página do governo do Espírito Santo disponibiliza um rico material para essa pesquisa. Disponível em:
<http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/cultura.aspx>. Acesso em: 6 dez. 2015.
Item 6
Valorize a apresentação dos alunos. Complemente as apresentações. Recolha o material produzido, que
servirá para compor o dossiê no final do projeto.
ATIvIDADE 2
Item 1
Explicar aos alunos que os primeiros imigrantes que aqui chegaram foram os portugueses, logo depois
que o Brasil foi descoberto. Nessa época viviam em terras capixabas os Botocudos, uma nação indígena
que gostava da guerra.
Algum tempo depois chegaram os africanos. Esses não vieram por vontade própria; roubados de sua
terra, foram trazidos à força, como escravos.
Depois da abolição da escravatura, novamente o Brasil precisava de gente para ocupar suas terras,
trabalhar nas fazendas de café e na indústria que começava a se desenvolver. Foi então que muitos
imigrantes (italianos, espanhóis, suíços, alemães, holandeses, portugueses e japoneses) deixaram sua
pátria e vieram para o Brasil.
Aqui chegados, não só ajudaram o país a crescer pela contribuição de seu trabalho, como também
influenciaram nossa cultura, nosso jeito de fazer as coisas, nossas festas, nosso modo de preparar a
comida. De certo modo, cada imigrante trouxe um pedacinho de seu país de origem na bagagem e
misturou esse jeito de ser com o do Brasil que começava a nascer; e o resultado somos todos nós.
FECHAMENTO DA ETAPA 1
Item 2
Antes de encadernar as receitas
1. Explorar em Língua Portuguesa o gênero textual Receita. Pedir que observem: a estrutura do texto;
para qual objetivo foi escrito; como as quantidades estão indicadas na receita, etc.
2. Solicitar que os alunos escrevam uma receita doce ou salgada de um alimento que eles apreciam
muito e que não foi contemplada nas receitas tradicionais.
Encadernação da receita
1. Organizar os grupos para digitalizar, fotocopiar, organizar e ilustrar as receitas.
2. Depois disso, encadernar usando papel-cartão ou cartolina. Cada aluno deverá fazer seu próprio
caderno de receitas.
2 http://www.ape.es.gov.br/pdf/Livro_Historia_ES.pdf
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ETAPA 2: KILOMBO, QUILOMBO, QUILOMBOLA
Recursos necessários: Computador ou outro dispositivo com acesso à internet; transparências
e retroprojetor; materiais de uso cotidiano escolar; cartolinas, recortes de revistas, retalhos de tecido,
tinta, etc.
Antes das atividades 1. Roda de conversa para levantamento de conhecimentos prévios.
Perguntar aos alunos: Quais as contribuições dos negros para a
cultura do Espírito Santo? Deixar que se expressem livremente.
1. Tempestade de ideias. Escrever no quadro a palavra quilombo.
Perguntar aos alunos o que eles acham que ela significa. Deixar
que se expressem livremente. Escreva suas explicações ao redor
Atividade 1
da palavra, enchendo-a de sentido. Depois, com a ajuda deles, sintetize as ideias e construa uma
primeira definição de quilombo.
2. Prepare slides ou transparências que contenham uma definição de quilombo.
Slide 1
A palavra quilombo vem de kilombo, da língua quimbundo. Nas regiões de Congo e Angola era
usada para designar diversas formas de organização, como mercados, feiras, acampamentos
guerreiros, vilas e povoados.
Slide 2
Segundo a Fundação Cultural Palmares, quilombolas são descendentes de africanos escravizados
que mantêm tradições culturais, de subsistência e religiosas, ao longo dos séculos.
Slide 3
No Brasil, até final do século XIX, a palavra era usada para se referir aos agrupamentos formados
por africanos e seus descendentes que resistiam à escravidão.
3. Peça aos alunos para, em duplas, comparar o conceito coletivo de quilombo com os apresentados
nos slides. Pergunte: Depois de ver esses três slides, vocês acrescentariam ou mudariam alguma
coisa em nossa definição coletiva de quilombo? O quê?
4. Pedir que reescrevam a definição e pesquisem algo sobre as comunidades quilombolas do Espírito
Santo.
Reunir as ideias dos alunos em um cartaz, escrito na própria roda enquanto conversam.
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Atividade 2 1. Roda de conversa para socializar a pesquisa sobre os quilombos do
Espírito Santo.
2. Assistir com os alunos ao documentário raízes: a história do Espírito Santo – episódio 5. Disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=J_N4UEvULCU>. Acesso em: 2 dez. 2015.
3. Pedir que, em duplas, respondam a seguir:
a) Por que os negros foram trazidos para o Espírito Santo? Com que eles trabalhavam?
b) Qual o nome dos dois quilombos mostrados no documentário?
c) Qual a contribuição dos negros para a cultura do Espírito Santo?
FECHAMENTO DA ETAPA 2
1. Roda de conversa para socializar as discussões. Propor como reflexão: Tanto no passado
quanto no presente, as manifestações culturais representam uma forma de resistência. Para
os escravizados, preservar a língua, as músicas, as histórias e a religião trazidas da África
significava não aceitar passivamente sua condição. Hoje, os movimentos negros utilizam
a cultura também como uma demarcação de sua identidade e de sua luta. Vocês acham
importante preservar nossa identidade cultural? Por quê?
2. Entregar aos alunos a Ficha 1 (Anexo 1) para autoavaliação.
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ATIvIDADE 1
Para complementar o trabalho sobre quilombos, acesse com os alunos a página do curta-metragem
gravado no Espírito Santo disque quilombola. Disponível em: <http://www.disquequilombola.com.br/>.
Acesso em: 6 dez. 2015. O site disponibiliza brincadeiras feitas pelas crianças de duas comunidades
quilombolas. Para ter acesso ao documentário, a escola deve fazer contato com a equipe de produção,
também por meio do link acima.
ATIvIDADE 2
Itens 2 e 3
a) Os negros chegaram ao Espírito Santo trazidos como escravos. Eles vieram principalmente para
trabalhar na produção de açúcar: depois fizeram todo tipo de trabalho: com gado, na exploração de
minas de ouro, no café, etc.
b) Quilombo do Retiro, fundado por Benvindo Pereira dos Anjos; Quilombo de Araçatiba, fundado pelos
jesuítas, onde vivem os descendentes de Sebastião Vieira Machado.
c) Congo, jongo, o vocabulário, o dendê, a feijoada, o biju molhado, etc.
Enriqueça este item com o conhecimento que os alunos trazem a respeito do tema.
Aproveite o documentário para trabalhar questões como racismo, preconceito, etc.
ORIENTAçõES AO PROFESSOR
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13
ETAPA 3: 13 DE MAIO – RAIAR DA LIBERDADE
Recursos necessários: Computador ou outro dispositivo com acesso à internet; materiais
escolares de uso cotidiano; fichas anexas; cartolina, tesoura, cola, tinta, pincel atômico; recortes de
revistas, retalhos de papel.
Antes das atividades1. Roda de conversa para levantamento de conhecimentos prévios.
Perguntar: Quem sabe me dizer em que dia a princesa Isabel assinou
a Lei Áurea, que garantiu a liberdade aos escravos brasileiros?
Atividade 2 1. Pesquisa. Organizar os alunos em grupos e pedir que tragam
informações sobre as expressões culturais afro-brasileiras no Espírito
Santo. Entregar aos alunos a Ficha 2 (Anexo 2).
1. Varal de ideias. Pedir aos alunos que, em duplas, conversem a
respeito do conhecimento que eles têm sobre a lei que libertou os
escravos.
Atividade 1
Grupo 1: Ticumbi.
Grupo 2: Jongo.
Grupo 3: Congo do Espírito Santo.
Grupo 4: Capoeira.
Grupo 5: 13 de maio – o raiar da liberdade.
Grupo 6: Caxambu.
2. Roda de conversa para socializar a pesquisa. Após a apresentação dos alunos, convidá-los para
construir um painel mural sobre o tema.
2. Entregar para as duplas retalhos de tecidos e cartolinas coloridas. Pedir que confeccionem cartazes
que contenham suas ideias a respeito do tema. Cada ideia deve ser escrita em um cartaz. Ao final,
juntar tudo em um varal e deixar exposto o trabalho em sala de aula.
3. Ler em voz alta para os alunos o poema de Castro Alves Canção do Africano (Ficha 1 – Anexo 1).
4. Pedir que expressem por desenho a realidade narrada no poema.
Obs.: Apresente Castro Alves como um poeta abolicionista.
Trabalhe expressões do poema que podem ser desconhecidas dos alunos:
a) Papa-ceia: estrela d’alva; o planeta Vênus.
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FECHAMENTO DA ETAPA 3
1. Com a participação dos professores de Arte, Música e Educação Física, trabalhe com a
introdução de ritmos afros e com uma oficina de capoeira na escola.
2. Entregar a Ficha 3 (Anexo 3) para autoavaliação dos alunos.
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ATIvIDADE 1
Item 1
• Explicar aos alunos que a abolição da escravatura não aconteceu de uma hora para outra; vários
movimentos antecederam a data.
• Três anos antes, em 1885, foi aprovada a Lei dos Sexagenários. Por essa lei, os escravos eram
libertados ao completar 60 anos. Essa era uma forma de ir, gradualmente, extinguindo a escravatura.
• Dezessete anos antes, em 1871, foi aprovada a Lei do ventre Livre, que dava a liberdade a crianças
nascidas em cativeiro a partir dos oito anos de idade, caso o fazendeiro concordasse.
• Comente que o Brasil foi o último país a abolir oficialmente a escravidão. O regime escravista durou
mais de 300 anos e trouxe milhares de africanos para cá.
Item 3
• Apresente Castro Alves como um poeta abolicionista.
• Trabalhe expressões do poema que podem ser desconhecidas dos alunos, como papa-ceia, estrela
d’alva, o planeta Vênus.
ORIENTAçõES AO PROFESSOR
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Recursos necessários: Computador ou outro dispositivo com acesso à internet; aparelho para
projeção de filmes e reprodução de áudio; materiais escolares de uso cotidiano; cartolinas e revistas
para recorte; fichas anexas, materiais indicados na Ficha 1 (Anexo 1) para preparação do mamulengo:
farinha de tapioca, papel higiênico, rolinho interno do papel higiênico, barbante, tinta, etc.
Antes das atividades 1. Roda de conversa para levantamento de conhecimentos prévios.
Perguntar: Em que o Espírito Santo se diferencia de outras regiões
do Brasil? Com que problemas convivem os Capixabas? Quais são
nossas grandes riquezas?
Atividade 2 1. Pedir aos alunos que, organizados em grupos, confeccionem dois ou
mais bonecos mamulengos (Ficha 1 – Anexo 1) e criem uma peça de
teatro falando sobre o estado do Espírito Santo.
1. Túnel do tempo. Propor uma volta no tempo, no final do século XIX
e início do século XX, para traçar um panorama político, social e
econômico da época. Pedir aos alunos que pesquisem nos arquivos
digitais da Biblioteca Pública do Espírito Santo fatos, propagandas, histórias, que contem um pouco
sobre a sociedade na época. As revistas estão disponíveis em: <http://www.secult.es.gov.br/biblioteca/
acervo_digital/>. Acesso em: 3 dez. 2015.
2. Roda de conversa para socializar a pesquisa. No quadro, trace um panorama social e político do
Espírito Santo a partir das informações extraídas das revistas. Refletir sobre a historicidade das
informações. Perguntar: Como era a sociedade capixaba no fim do século XIX e começo do século
XX? De lá para cá, o que mudou? E o que permanece igual?
Atividade 1
2. Agendar uma data para apresentação dos bonecos.
EF2 e EM ETAPA 1: O ESPÍRITO SANTO É ASSIM
FECHAMENTO DA ETAPA 1
1. Pedir aos alunos que escrevam um texto narrativo sobre as raízes culturais do Espírito Santo.
2. Entregar a Ficha 2 (Anexo 2) para autoavaliação dos alunos.
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ANTES DAS ATIvIDADES
Item 1
• Anote os comentários dos alunos em um cartaz na própria roda. Após a conversa, ler para a turma o
que foi registrado. Separar os alunos em grupos e pedir que elaborem cartazes sobre a conversa que
tiveram, procurando expressar, por meio de desenhos, recortes e frases, o conhecimento que têm a
respeito do tema. Deixar os materiais em exposição.
ATIvIDADE 1
Item 1
• Caso a escola não disponha de computadores com acesso à internet, proponha que os alunos
entrevistem moradores antigos do lugar, para fazer um levantamento de como era o estado do Espírito
Santo no começo do século XX.
ATIvIDADE 2
Item 1
• Valorize a apresentação dos alunos e a feitura dos bonecos. Proponha que, ao final, a turma escolha
duas entre as peças para ser apresentadas à comunidade educativa no final do projeto.
• Os bonecos deverão ser reservados para compor a exposição de trabalhos. Preparar etiquetas com o
nome do boneco e o nome da equipe.
• Os roteiros devem estar digitalizados para compor o dossiê.
ORIENTAçõES AO PROFESSOR
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18
ETAPA 2: A ROTA DOS ESCRAvOS:
RESISTÊNCIA, LIBERDADE E HERANçA
Recursos necessários: Computador com acesso à internet; recursos para projeção de filmes e
documentários; papel pardo; materiais escolares de uso cotidiano; papel e lápis para desenho; fichas
anexas.
Antes das atividades 1. Perguntar: Você consegue se imaginar de repente arrancado de sua
casa, de sua família, preso, amarrado, jogado no porão escuro de um
navio, acorrentado com outros em igual condição, levado em uma
longa viagem a um país desconhecido e distante?
1. Assista com os alunos ao documentário da Unesco A rota dos
escravos: resistência, liberdade e herança
2. Pergunte:
• Qual a parte do documentário que mais o impressionou? Por quê?
• Como se dava o comércio de escravos mostrado no documentário da Unesco?
• Quais as rotas usadas para o tráfico de escravos?
• Para justificar a exploração de seres humanos, foi criado o conceito de supremacia racial.
A suposta inferioridade dos africanos foi usada como pretexto para torturá-los física e
emocionalmente e, dessa forma, mantê-los submissos e cativos. O que vocês pensam a respeito
deste tema?
• O documentário narra uma série de histórias: o destino de Mussa; os relatos de viagem de Lala;
o dia a dia na vida de Juan, o menino escravo obrigado a assistir à morte dos pais; os relatos da
fuga de Nani, nas Índias Ocidentais. Pergunte qual desses relatos mais chamou a atenção dos
alunos. Volte a vê-los. Sugira que nas aulas de Arte eles criem gravuras para ilustrar esses relatos.
Atividade 1
2. Peça aos alunos que descrevam em um texto ou desenho a sensação que tiveram.
Atividade 2 1. Em duplas, peça aos alunos que leiam os excertos do poema tragédia
no Lar, de Castro Alves (Fonte: <http://www.dominiopublico.gov.br/
download/texto/jp000009.pdf>)
Entregue a eles a Ficha 1 (Anexo 1) com uma breve biografia do poeta.
19
FECHAMENTO DA ETAPA 2
1. Roda de conversa para apresentação das charges. Cada aluno apresenta seu desenho e
explica o que ele representa. Deixá-los expostos em uma pequena mostra intitulada Vozes
da África.
2. Refletir com os alunos que, apesar de acorrentados por grilhões, os negros resistiram
à escravidão e mantiveram acesas as chamas da cultura da África que traziam consigo,
permanecendo viva sua música, seus costumes, suas crenças, sua arte.
3. Entregue a ficha para autoavaliação dos alunos (Ficha 2 – Anexo 2).
2. Pergunte:
• Que realidade Castro Alves denuncia em tragédia no Lar?
• Como ele descreve a senzala?
• O que aconteceu naquela noite na fazenda?
• Qual sua opinião pessoal a respeito do assunto tratado no poema?
• Como você vê a situação do negro no Brasil hoje?
3. Distribua folhas de papel sulfite branco e peça aos alunos que representem por meio de desenho
(charge) o poema que acabaram de ver.
20
ANTES DAS ATIvIDADES
1. Comente com os alunos que, por um longo período, aproximadamente quatro séculos, as grandes
potências marítimas da Europa obtiveram elevados lucros com o comércio de africanos que eram
trocados por mercadoria (como tecidos finos, bebidas e artigos de luxo). Aprisionados, embarcavam
em navios negreiros que viajavam um oceano para levá-los aos portos do novo mundo: Brasil, Caribe,
América do Norte, República Dominicana, onde eram vendidos como escravos. No Brasil, o regime
escravista durou de 1530 a 1888.
ATIvIDADE 1
Item 1
1. Explique aos alunos que nesta etapa eles irão assistir a um documentário da Unesco que trata do
comércio escravo, da resistência e da herança cultural deixada pelos africanos às sociedades que os
escravizaram.
Item 2
1. Espera-se que os alunos destaquem partes do documentário que mais os impressionaram. O
professor deve retomar a projeção sempre que sentir necessidade, para esclarecer ou enriquecer as
discussões em grupos.
2. As grandes potências marítimas da época (Portugal, Inglaterra, Holanda, França e Espanha)
partiam com navios carregados de tecidos finos, armas de fogo, artigos de luxo e bebidas. Na costa
africana, esses produtos eram trocados por homens, mulheres e crianças que, feitos prisioneiros,
eram vendidos nos portos do novo mundo onde eram forçados à escravidão. Os navios negreiros
retornavam para a Europa carregados de açúcar e pedras preciosas.
3. Os europeus usavam as rotas do oceano Índico, do mar Mediterrâneo e massivamente a rota do
Atlântico. Para ampliar os conhecimentos, sugira que os alunos leiam Curiosidades sobre as rotas dos
escravos, publicada pelo site Geledés.
4. O professor deve acolher e aceitar as respostas dos alunos. Esta questão pode ser uma ótima
oportunidade para saber o que seus alunos pensam e sentem em relação aos afrodescendentes e
trabalhar o tema da discriminação racial.
Item 3
a) Explore a herança de valor cultural deixada por esses homens e mulheres. Trabalhe a miscigenação
cultural brasileira.
b) Comente que o Espírito Santo, junto com o Nordeste e o Rio de Janeiro, foi um dos estados que mais
recebeu escravos, trazidos de diferentes lugares do continente africano.
ATIvIDADE 2
Item 1
• Castro Alves denuncia a escravidão, a crueldade, a violação dos direitos mais intrínsecos da pessoa
humana usados por aproximadamente quatro séculos para se obter lucros.
O poema narra a história de uma escrava que tem seu filho ainda bebê arrancado de seus braços e
levado por comerciantes para ser vendido como escravo.
ORIENTAçõES AO PROFESSOR
20
2121
• Como ele descreve a senzala?
A senzala é descrita como um lugar estreito, úmido e frio, iluminado por uma candeia e com um fogo
aceso ao chão para aquecer o ambiente.
• O que aconteceu naquela noite na fazenda?
A escrava cantava para manter o bebê quieto e escondido do olhar do patrão. Mas, de repente,
chegam na fazenda mercadores cavalgando, e ela vê o filho, ainda pequenino, ser arrancado de
seu seio. Ela luta, implora e acaba no tronco. O menino, apesar das lágrimas da mãe, é levado noite
adentro.
• Qual sua opinião a respeito do assunto tratado no poema?
Opinião pessoal dos alunos.
• Como você vê a situação do negro no Brasil hoje?
Opinião pessoal dos alunos.
O professor de Língua Portuguesa poderá explorar conteúdos relacionados ao gênero textual, bem como
aspectos da literatura brasileira.
Item 3
1. Os desenhos ou charges feitos pelos alunos serão usados como ilustração do dossiê no fechamento
do projeto.
22
ETAPA 3: HERANçA CULTURAL DOS
AFRODESCENDENTES
Recursos necessários: Computador ou outro dispositivo com acesso à internet; cartolinas, tintas,
pincel; materiais de uso cotidiano; fichas anexas.
Antes das atividades 1. 1Assista com os alunos à apresentação feita pela atriz Ruth de Souza
sobre Carolina Maria de Jesus, a escritora negra brasileira traduzida
em treze línguas. Disponível em: <http://antigo.acordacultura.org.br/
1. Roda de conversa para levantamentos de conhecimentos prévios.
Perguntar: Será que no Espírito Santo existem homens e mulheres
negros que podem ser citados assim como Carolina Maria?
2. Pedir que façam uma busca pela internet ou por arquivos públicos, livros, revistas, museus, etc.
3. Roda de conversa para socializar a pesquisa. Coletar o material trazido pelos alunos, montar com
eles um painel mural intitulado o rosto afro do Espírito Santo.
Atividade 1
herois/episodio/carolinamariadejesus>. Acesso em: 2 dez. 2015.
2. Entregue aos alunos, organizados em duplas, cartolina, tinta, pincel e peça que façam um retrato de
Carolina Maria de Jesus a partir do que ouviram no documentário.
Atividade 2 1. Pesquisa biográfica: Organizar os alunos em grupos e pedir que
pesquisem sobre a vida de:
G1: José do Patrocínio
http://antigo.acordacultura.org.br/herois/heroi/josedopatrocinio
G2: Emanoel Araújo (escultor e curador do museu Afro-Brasil)
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa662/emanoel-araujo
G3: Elizeth Cardoso (cantora)
http://antigo.acordacultura.org.br/herois/episodio/elizethcardoso
G4: Maria Laurinda Adão (Mestre de Caxambu – Cachoeiro – ES)
https://www.youtube.com/watch?v=g5VLUVlV9iQ
https://www.youtube.com/watch?v=s4GDHuOjvAs
G5: Eliza Lucinda (atriz e poeta)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Elisa_Lucinda
23
FECHAMENTO DA ETAPA 3
1. Oficina de jongo e capoeira: com a participação dos professores de Música e Educação
Física. O resultado da oficina será apresentado para a comunidade educativa no final do
projeto.
2. Entregar aos alunos a Ficha 1 (Anexo 1) para autoavaliação.
2. A pesquisa deverá conter:
• O nome completo da personagem.
• Data de nascimento e morte.
• Em que ela (a personagem) se destacou.
• Quais suas contribuições para o país.
3. Os grupos devem preparar a apresentação por meio de cartazes, transparências, música ou teatro.
4. Deverão entregar também um material escrito que comporá o dossiê da cultura negra, desenvolvido
no final do projeto.
24
ATIvIDADE 1
Item 1
1. Em vitória, no Espírito Santo, existe o Mucane (Museu Capixaba do Negro). Se for possível, leve seus
alunos para uma visita ao museu ou faça contato pedindo que auxiliem com informações sobre
personalidades negras importantes para o Espírito Santo.
2. Esteve em cartaz recentemente (agosto de 2015), tanto no museu do Negro quanto no museu do
Colono, a exposição todas as faces de maria, que conta a vida de Maria Laurinda Adão, uma mulher
negra nascida em uma comunidade quilombola do sul do Espírito Santo.
3. Indique para pesquisa a página do governo do Espírito Santo. Disponível em: <http://www.es.gov.br/
EspiritoSanto/paginas/personagens_historicos.aspx>. Acesso em: 2 dez. 2015.
ATIvIDADE 2
1. Explore as biografias trazidas pelos alunos para enaltecer as personalidades afro-brasileiras. No site
A cor da cultura, existem episódios sobre outras pessoas importantes na construção da história do
Brasil.
2. Monte com os alunos um painel intitulado Ícones da cultura negra brasileira.
ORIENTAçõES AO PROFESSOR
24
25
ETAPA FINAL – EF1, EF2 E EM
FECHAMENTO E SISTEMATIZAçÃO DAS REFLEXõES FEITAS AO LONGO DO PROJETO
Recursos necessários: Produção dos alunos nas etapas do projeto; outros materiais sugeridos
pelos alunos, argila, papel bobina e tinta guache.
Para refletir 1. Pedir aos alunos que elejam um momento marcante do projeto e o
representem em modelagem com argila.
1. Tapete de esculturas. Prepare um tapete redondo, espaço onde os
alunos colocarão suas esculturas para serem contempladas pelo
grupo. Com os alunos sentados ao redor do tapete, cada dupla apresenta sua obra e o que ela
expressa.
2. Proponha aos alunos a preparação de um dossiê manufaturado intitulado Espírito Santo: o legado
dos afrodescendentes, que mostre para a comunidade educativa as descobertas que fizeram ao
longo do projeto. Depois de pronto, o material será deixado para pesquisa de outros alunos, na
biblioteca da escola.
3. Roda de conversa para definir com a turma como será preparado o dossiê:
• Explique a função do dossiê e a importância de conter dados como: local onde foi feita a pesquisa,
data, fonte de pesquisa, etc. Mostre o que conterá cada uma das partes do dossiê.
• Divida a sala em grupos. Cada grupo ficará responsável por organizar uma parte do material.
• Eleja com os alunos os trabalhos que farão parte do dossiê.
4. Distribua entre eles as tarefas que foram determinadas a partir das discussões na roda.
5. Defina a data para o lançamento do material e as providências que deverão ser tomadas, como: local
onde serão expostos os trabalhos, reserva na agenda da escola, alunos que farão um breve discurso
apresentando o dossiê como resultado do projeto de estudos, etc.
Para retomar
Para finalizar 1. Depois do lançamento do dossiê, reunir os alunos em roda para uma
reflexão sobre o que produziram e sobre o resultado final.
2. Ouvir a opinião dos alunos sobre o modo como as etapas transcorreram e dar feedbacks sobre o
desempenho da turma.
3. Perguntar se gostariam de propor outros temas para projetos futuros envolvendo várias disciplinas.
ETAPA 1Ensino Fundamental 1ESPÍRITO SANTO - HISTÓRIA E CULTURA
ANEXO 1
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
FIC
HA
1
Sobre o estado do Espírito Santo
Em duplas, procurem responder às perguntas a seguir usando o conhecimento que vocês têm a respeito
do tema ou por pesquisa na biblioteca, em livros, revistas, atlas geográfico ou na internet.
1. Leia:
O Espírito Santo é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na região Sudeste. Faz
fronteira com o oceano Atlântico a leste, com a Bahia ao norte, com Minas Gerais a oeste e noroeste
e com o estado do Rio de Janeiro ao sul. Sua área é de 46 095 583 km2. É o quarto menor estado do
Brasil, maior apenas que Sergipe, Alagoas e Rio de Janeiro.
2. Fazendo uso de um atlas geográfico, localize o estado do Espírito Santo. Reproduza-o neste espaço e
marque seus limites geográficos.
FIC
HA
1E
TAP
A 1
•
AN
EX
O 1
•
FIC
HA
1 3. Cite em que mesorregião do Espírito Santo está localizada sua escola.
4. Use os quadros a seguir: conte resumidamente a história do Espírito Santo. Ilustre-a como se fosse
uma história em quadrinhos.
5. Imagine que você trabalha em uma agência de turismo. Apresente aos visitantes:
• Lugares para conhecer.
• Comidas típicas.
• Festas e tradições culturais.
6. Prepare uma apresentação sobre o estado do Espírito Santo, usando cartazes ou recursos do
PowerPoint.
1. Antes da chegada dos
portugueses, a região
era habitada por
2. Os índios
eram
3. Em
chegaram os primeiros
.
Desembarcaram
4. A primeira vila
fundada foi
5. O fundador do ES foi 6. Alguns anos depois,
começava no Brasil o
comércio de escravos.
No Espírito Santo, o
desembarque acontecia
no Porto de São
Mateus, às margens do
rio Cricaré.
7. Com a abolição da
escravatura, chegaram
ao Espírito Santo
imigrantes vindos de
diversas partes da
Europa.
8. Por isso, o Espírito
Santo é a soma da
mistura de muitas
raças.
ANEXO 2
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
1. Em relação às pesquisas:
Estive bastante envolvido. Contribuí com ideias e leituras.
Estive pouco envolvido, não me interessei pelo tema.
Não participei, prefiro estudar sozinho.
2. Sobre as rodas de conversa:
Estive empenhado em participar. Contribuí com ideias, questionamentos e reflexões.
Sinto dificuldade para expor minhas ideias no grupo.
Não contribuí para as discussões no grupo.
3. Sobre a História do Espírito Santo:
Gostei de conhecer melhor a história do lugar onde vivo.
Foi muito interessante ver a história desenhada em quadrinhos.
Tive dificuldade para realizar a atividade.
Não participei das atividades.
4. Procurando histórias dos imigrantes, descobri que
5. Nesta etapa do projeto, aprendi que
ETA
PA
1 •
FIC
HA
2 •
FIC
HA
DE
AU
TO
Av
AL
IAç
ÃO
ETAPA 1Ensino Fundamental 1ESPÍRITO SANTO - HISTÓRIA E CULTURA
ANEXO 1
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
1. Em relação às pesquisas e trabalhos em duplas:
Estive bastante envolvido. Contribuí com ideias e leituras.
Estive pouco envolvido, não me interessei pelo tema.
Não participei, prefiro estudar sozinho.
2. Em relação ao tema de estudos da Etapa 2:
Gostei muito de conhecer a história do açúcar.
Achei bem interessante.
Gostei um pouco.
Não gostei.
3. Em relação ao documentário raízes do Espírito Santo, descobri que:
Gostei do documentário. Ele trata da herança negra para a cultura do Espírito Santo.
Não estive atento durante a projeção do documentário.
Senti dificuldade em compreender os assuntos abordados no documentário.
4. Nesta etapa do projeto, aprendi que
ETA
PA
2 •
FIC
HA
1 •
FIC
HA
DE
AU
TO
Av
AL
IAç
ÃO
ETAPA 2Ensino Fundamental 1KILOMBO, QUILOMBO, QUILOMBOLA
ANEXO 1
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
ETA
PA
3 •
FIC
HA
1
A canção do Africano3
Castro Alves
Lá na úmida senzalaSentado na estreita sala,Junto ao braseiro, no chão,Entoa o escravo seu canto,E ao cantar correm-lhe em prantoSaudades do seu torrão...
De um lado, uma negra escravaOs olhos no filho crava,Que tem no colo a embalar...E à meia voz lá respondeAo canto, e o filhinho esconde,Talvez pra não o escutar!
“Minha terra é lá bem longeDas bandas de onde o sol vem;Esta terra é mais bonita,Mas à outra eu quero bem!
“O sol faz lá tudo em fogo,Faz em brasa toda a areia;Ninguém sabe como é beloVer de tarde a papa-ceia!
“Aquelas terras tão grandes,Tão compridas como mar,Com suas poucas palmeirasDão vontade de pensar...
3 Fonte: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ResultadoPesquisaObraForm.do?first=38&skip=50&ds_titulo=&co_autor=&no_autor=castro%20alves&co_categoria=&pagina=2&select_action=Submit&co_midia=2&co_obra=&co_idioma=1&colunaOrdenar=null&ordem=null>
“Lá todos vivem felizes,Todos dançam no terreiro; A gente lá não se vende Como aqui, só por dinheiro.
O escravo calou a fala,Porque na úmida salaO fogo estava a apagar;E a escrava acabou seu canto,Pra não acordar com o prantoO seu filhinho a sonhar!..............................................................
O escravo então foi deitar-sePois tinha de levantar-seBem antes do sol nascer,E se tardasse, coitado,Teria de ser surradoPois bastava escravo ser.
E a cativa desgraçadaDeita seu filho, calada,E põe-se triste a beijá-lo,Talvez temendo que o donoNão viesse, em meio do sono, De seus braços arrancá-lo.
ETAPA 3 Ensino Fundamental 113 DE MAIO - RAIAR DA LIBERDADE
ANEXO 2
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
ETA
PA
3 •
FIC
HA
2
Cultura afro-brasileira
1. Em grupos, procurem informações com familiares, amigos, mestres da cultura popular, em livros ou
na internet, sobre a expressão cultural pesquisada. Procurem responder:
• Qual o nome da expressão cultural?
• Qual a origem?
• Como se apresenta?
• Você já assistiu a alguma apresentação própria dessa expressão ou participou de uma?
• Em que região do Espírito Santo ela pode ser encontrada?
• Que outras contribuições os negros deram para a cultura brasileira?
ETAPA 3 Ensino Fundamental 1
ANEXO 3
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
1. Em relação aos trabalhos em equipe:
Contribuo para que minha equipe tenha sempre o melhor desempenho.
Gosto de trabalhar em grupo e contribuo com os trabalhos da equipe.
Minha participação foi ruim, não contribuí para o bom desempenho da minha equipe.
Não gosto de trabalhar em equipe, prefiro fazer meus trabalhos sozinho.
2. Pelo poema de Castro Alves compreendi que:
3. Em relação aos seminários e rodas de conversa:
Contribuí com ideias e soube fazer perguntas.
Fiquei mais quieto. Ouvi meus colegas, mas não fiz perguntas.
Estive um pouco distraído.
Minha participação não foi legal. Além de não contribuir, atrapalhei meus colegas. O professor
precisou chamar várias vezes minha atenção.
4. Duas coisas das quais gostei muito nessa etapa de estudos:
5. No próximo projeto, eu gostaria de estudar sobre:
ETA
PA
3 •
FIC
HA
3 •
FIC
HA
DE
AU
TO
Av
AL
IAç
ÃO
ETAPA 3 Ensino Fundamental 1
Boneco Mamulengo
Para fazer seu próprio mamulengo, obedeça às instruções a seguir:
1. Em um balde com água, repique muito papel higiênico. Mexa até ficar
uma pasta.
2. Coe o papel higiênico em uma toalha e esprema bem para tirar toda a
água.
3. Leve ao fogo farinha de tapioca e água até obter uma consistência de
cola transparente.
4. Em uma bacia, misture a cola ao papel higiênico já seco.
5. Use o rolinho de dentro do papel higiênico para desenhar o pescoço.
6. Para fazer a cabeça, use jornal e barbante preso ao pescoço. Em
seguida, cubra o jornal com a massa feita de cola e papel higiênico.
7. Após preencher seu boneco de papel machê, leve-o para secar.
8. Cubra toda a superfície da cabeça com massa corrida e leve-o
novamente para secar.
9. Vista seu boneco e pronto! Está feita a brincadeira! Não esqueça de
pintar a boca, os olhos e o nariz.
10. As mãos e os pés podem ser feitos com feltro recortado.
Pixa
bay
ANEXO 1
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
FIC
HA
1
ETAPA 1 EF2 e EMO ESPÍRITO SANTO É ASSIM
ANEXO 2
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
1. Em relação às atividades propostas nesta etapa:
Gostei muito. Gostei pouco. Não gostei.
2. Em relação à pesquisa:
Foi relativamente fácil desenvolver a pesquisa.
Tive dificuldade para fazer a pesquisa.
Não fiz a pesquisa.
Outros. Comente.
3. Sobre o teatro de bonecos:
O grupo se integrou bem, foi fácil criar um roteiro sobre o tema.
Senti dificuldade com o roteiro e com o grupo.
Não participei da atividade.
4. Descreva o que você achou mais interessante nesta etapa.
5. Descreva em uma frase o estado do Espírito Santo.
ETA
PA
1 •
FIC
HA
2 •
FIC
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DE
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Av
AL
IAç
ÃO
ETAPA 1 EF2 e EMO ESPÍRITO SANTO É ASSIM
ANEXO 1
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
ETA
PA
2 •
FIC
HA
1
Tragédia no Lar*
Castro Alves (excertos)
Na Senzala, úmida, estreita,Brilha a chama da candeia,No sapé se esgueira o vento.E a luz da fogueira ateia.
Junto ao fogo, uma africana,Sentada, o filho embalando, Vai lentamente cantandoUma tirana indolente,Repassada de aflição.E o menino ri contente...
Se o canto pára um momento,Chora a criança imprudente...Mas continua a cantiga...E ri sem ver o tormentoDaquele amargo cantar.
[...]
Os prantos que vão caindoDo fundo, materno olhar,E nas mãozinhas brilhantesAgitas como diamantesOs prantos do seu pensar...
[...]
A cantiga cessou... Vinha da estradaA trote largo, linda cavalhadaDe estranho viajor,Na porta da fazenda eles paravamDas mulas boleadas apeavamE batiam na porta do senhor.
CASTRO ALvES
Antônio Frederico de Castro Alves, o poeta
dos escravos, nasceu em 14 de março de
1847, em Curralinho (BA). Estudou Direito, mas
tornou-se conhecido por defender em seus
poemas as causas dos abolicionistas.
tragédia no Lar foi publicada postumamente,
12 anos após a morte do escritor, no livro
Escravos, em que pode ser lido também navio
negreiro.
O poeta dos escravos morreu no dia 6 de julho
de 1871, em uma tarde ensolarada, como era
seu desejo, sem ter visto o fim da escravidão
no Brasil.
S. R
. Fer
reira
. Ret
rato
de
Castr
o
Alve
s, ól
eo so
bre
tela
, sd.
ETAPA 2EF 2 e EMA ROTA DOS ESCRAvOS: RESISTÊNCIA, LIBERDADE E HERANçA
ETA
PA
2 •
FIC
HA
1 •
AN
EX
O 1
Figuras pelo sol tisnadas, lúbricas,Sorrisos sensuais, sinistro olhar,Os bigodes retorcidos,O cigarro a fumegar,O rebenque prateadoDo pulso dependurado,Largas chilenas luzidas,Que vão tinindo no chão,E as garruchas embebidas No bordado cinturão.
A porta da fazenda foi aberta;Entraram no salão.
Por que tremes, mulher? Que estranho crime,Que remorso cruel assim te oprimeE te curva a cerviz?O que nas dobras do vestido ocultas?É um roubo talvez que aí sepultas?É seu filho... infeliz! ...
[...]
-- Escrava, dá-me teu filho!Senhores, ide-lo ver:É forte, de uma raça bem provada,Havemos tudo fazer.
Assim dizia o fazendeiro, rindo,E agitava o chicote...A mãe que ouvia Imóvel, pasma, doida, sem razão!
À Virgem Santa pediaCom prantos por oração;E os olhos no ar erguiaQue a voz não podia, não.
–– Dá-me teu filho! repetiu o frementeo senhor, de sobr’olho carregado.–– Impossível!...–– Que dizes, miserável?!–– Perdão, Senhor! perdão! meu filho dorme...Inda há pouco o embalei, pobre inocente, Que nem sequer pressente Que ides...––Sim que vou vender!–– Vender?! ... Vender meu filho?!
[...]
––Cala-te miserável! Meus senhores,O escravo podeis ver...E a mãe em pranto aos pés dos mercadoresAtirou-se a gemer.–– Senhores! basta a desgraçaDe não ter pátria nem lar,De ter honra e ser vendidaDe ter alma e nunca amar!
Meu filho é-me a sombra amigaNeste deserto cruel!...Flor de inocência e candura.Favo de amor e de mel!
Seu riso é minha alvorada,Sua lágrima doiradaMinha estrela, minha luz!É da vida o único brilhoMeu filho! é mais... é meu filhoDeixai-mo em nome da Cruz!
[...]
Um momento depois a cavalgadaLevava a trote largo pela estradaA criança a chorar.Na fazenda o azorrague então se ouviaE aos golpes – uma doida respondiaCom frio gargalhar!...
ETA
PA
2 •
FIC
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2 •
FIC
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ÃO
ANEXO 2
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
1. Sobre o documentário da Unesco A rota dos escravos:
Gostei muito. Achei importante saber:
Tive dificuldade para compreender. Explique:
Não gostei.
ETAPA 2EF 2 e EM
2. Sobre a pesquisa:
Foi relativamente fácil desenvolver a pesquisa.
Tive dificuldade para encontrar as informações.
Não fiz a pesquisa.
3. Sobre a leitura do poema tragédia no lar:
Li todo o excerto e dele aprendi...
Minhas contribuições enriqueceram a reflexão na roda de conversa.
Li todo o poema, mas tive dificuldade para compreendê-lo.
Não li o poema. Não gosto do tema, por isso também não participei da reflexão.
4. Você considera importante conhecer as raízes do Espírito Santo? Por quê?
5. Qual sua opinião pessoal a respeito do tema estudado?
ETA
PA
2 •
FIC
HA
2 •
FIC
HA
DE
AU
TO
Av
AL
IAç
ÃO
ANEXO 1
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
FIC
HA
1 •
AN
EX
O 1
•
FIC
HA
DE
AU
TO
Av
AL
IAç
ÃO
1. Como você avalia sua participação nos trabalhos, desenvolvidos na terceira etapa do Projeto?
2. Encontrou alguma dificuldade para realizar as atividades propostas?
Sim. Não.
Justifique.
3. Que parte da Etapa 3 considerou mais importante? Por quê?
ETAPA 3EF2 e EMA HERANçA CULTURAL DOS AFRODESCENDENTES
4. Em relação à pesquisa sobre personalidades negras:
Foi relativamente fácil desenvolver a pesquisa.
Tive dificuldade para encontrar as informações.
Não fiz a pesquisa.
5. Você considera importante conhecer ícones negros da cultura brasileira? Por quê?
6. Faça um resumo sobre o que aprendeu nesta etapa de estudos.
FIC
HA
1 •
AN
EX
O 1
•
FIC
HA
DE
AU
TO
Av
AL
IAç
ÃO
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