da escola pÚblica paranaense 2009 · 2013. 6. 14. · o professor pde e os desafios da escola...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
FAMÍLIA E ESCOLA:
REFLETINDO E BUSCANDO NOVOS CAMINHOS
PARA A EDUCAÇÃO
2
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – PDE UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
FAMÍLIA E ESCOLA:
REFLETINDO E BUSCANDO NOVOS CAMINHOS PARA A EDUCAÇÃO
Jussara Chubak Piccoli Marilene Siqueira Pryzbeuka
Rosana Bontorin
Orientadora: Profa. Dra. Helga Loos
CURITIBA 2010
Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 4
HABILIDADES SOCIAIS PARA UMA NOVA SOCIEDADE ............................. 7
PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PAIS ....................................... 10
Reflexão sobre o texto e Oficina................................................... 10
PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PROFESSORES .................... 11
Dinâmica: Vivendo o papel do outro............................................. 11
RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO COTIDIANO ESCOLAR.......................... 13
PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PROFESSORES .................... 15
Dinâmica de Integração e Comunicação...................................... 15
TRABALHANDO A SOCIABILIZAÇÃO E A EMOÇÃO .................................. 16
PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PROFESSORES .................... 18
Dinâmica: Desenho cooperativo................................................... 18
A ADOLESCÊNCIA, A CRIATIVIDADE, OS LIMITES E A ESCOLA ............. 20
PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PAIS ....................................... 23
Dinâmica: Trabalhando com expectativas.................................... 23
PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PROFESSORES .................... 23
Estudo do texto e Oficina ............................................................. 23
REGRAS E LIMITES NA EDUCAÇÃO............................................................ 26
PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PAIS ....................................... 29
Dinâmica: A instrução de uma tarefa............................................ 29
AUTOCONHECIMENTO: REFLETIR E INTERPRETAR A SI MESMO.......... 31
PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PAIS ....................................... 34
Dinâmica: Viagem ao tempo, um momento de reflexão............... 34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 35
4
APRESENTAÇÃO
Conte-me e eu esqueço. Mostre-me e eu apenas lembro.
Envolva-me e eu compreendo. (Confúcio)
Entre a quantidade e a qualidade, o que decidir? É certo que nos vemos
envolvidos em muitos jargões quantitativos na sociedade moderna, cheia de ciência
e tecnologia: dinheiro, salário, índices, fórmulas, competitividade, preços, inflação,
PIB, IDH, entre tantos outros. E, assim, a nossa questão já parece decidida. Mas ao
pendermos para o lado da quantidade garantimos, por extensão, a qualidade? Ou
será que isso não importa, como tantas vezes parece destacar-se?
No caso da educação, atualizou-se agora, já no início do mês de julho de
2010, que as metas governamentais para a Educação Básica foram superadas: os
índices mostram (estão disponíveis no site do MEC). E desse modo, somente a
partir do ponto de vista estatístico, difunde-se que o ensino no Brasil vai bem, que
tudo caminha para um final feliz. Mas quem verdadeiramente trabalha com a
educação, ou seja, quem “qualitativamente” observa o cotidiano institucional e os
processos de desenvolvimento que integram a formação de nossos futuros
cidadãos, concorda com isso?
Mostra-se, ainda, que o desempenho dos alunos melhorou, mas as notas
médias do estado brasileiro que parece ter atingido os melhores índices – o Paraná
– para o Ensino Médio sequer atingiu a meta de 6,0; aliás, apenas chegou a 3,9! No
mínimo, algo parece soar estranho: podemos verdadeiramente “qualificar” dessa
maneira os dados?
Talvez não devêssemos escolher entre a quantidade e a qualidade,
especificamente entre uma e outra. Quem sabe seja melhor redimensionar o sistema
de compreensão de nossa realidade, envolvendo em um sistema intimamente
dependente e interligado, o que temos como hábito, em alguns momentos, chamar
de “quantidade” e “qualidade”. Mas que em outras ocasiões derivamos para a
denominação “razão” (racionalidade) e “sensibilidade” (afetos).
Em outras palavras, é tempo de se revisar a dicotomia entre o que se
encontra, de um lado, no nível da quantificação e da racionalidade, e o que se pode
5
verificar, por outro lado, na esfera qualitativa ou da sensibilidade. Afinal, porque
somos humanos e, portanto, inquestionavelmente detentores de sentimentos e
pensamentos, uma escolha que priorize um lado ou outro (razão ou sensibilidade)
deixará qualquer contexto observado e/ou analisado desequilibrado quanto à sua
compreensão real, integral.
E é nesse espírito de busca de sentido e coerência das experiências
vivenciadas pela comunidade escolar que se desenvolvem as pesquisas que estão
sendo empreendidas pelas professoras/pedagogas que elaboraram o presente
Caderno Pedagógico, no contexto de participação do PDE (Plano de
Desenvolvimento Educacional) da Secretaria Estadual da Educação do Estado do
Paraná.
Com a certeza de que a busca dessa coerência passa por uma concepção
amplificada de “educação” – ou seja, que a educação está intimamente ligada às
possibilidades de “desenvolvimento humano integral”, e não apenas de pequenas
partes desse ser humano, fragmentadas e desconectadas – as professoras Jussara
Chubak Piccoli, Marilene Siqueira Pryzbeuka e Rosana Bontorin buscam fazer
dialogar, em seus projetos de trabalho, dimensões frequentemente “esquartejadas”
dentro do sistema educacional: por um lado, a familiar e a escolar; e por outro, a
dimensão racional (ou cognitiva, ou da aprendizagem) e a dimensão emocional (ou
da sensibilidade).
Das reflexões e estudos realizados nasceu a presente proposta de material
didático: um Caderno Pedagógico que se compõe de variados textos, adaptados de
autores renomados na área da Psicologia Educacional e do Desenvolvimento,
acompanhados de sugestões de atividades práticas que podem ser aplicadas a
grupos de professores e/ou de pais, no intuito de conduzir a reflexões e
aprendizados sobre diversas temáticas envolvidas nessa complexa empreitada que
é a educação.
No sentido da busca de equilíbrio, que tem sido o eixo norteador desse
trabalho conjunto, intentando (re)conectar no âmbito educacional as dimensões
cognitivas e afetivo-emocionais inerentes aos processos de ensino-aprendizagem, é
onde consiste a força deste material que, acreditamos, seja útil para a reflexão sobre
os problemas da educação atual, logo da própria sociedade contemporânea e seus
paradigmas.
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Destaca-se aqui a temática das relações interpessoais – envolvendo as
habilidades sociais e as atividades em grupo –, que é a forma como vivemos, em
sociedade, o que nos remonta ao estabelecimento e à compreensão das regras e
limites nas relações – não somente aquelas que as crianças precisam aprender para
conviver em um grupo, nem mesmo somente as humanas, mas do humano com o
todo, com o mundo, em uma perspectiva ecológica, isto é, sistêmica.
E, nessa perspectiva, inclui-se a necessidade de autoconhecimento de todos
os envolvidos nessas relações. Educadores – tanto pais como professores – ao
refletir sobre suas práticas, devem buscar identificar suas próprias características,
bem como aquelas das situações que vivenciam. Assim aprendem a se autorregular,
a modular suas emoções, bem como as de seus filhos e alunos, facilitando as
interações.
Do mesmo modo, a afetividade também se enfatiza nos processos de
expressão e criatividade de adolescentes envolvidos em situações de ensino-
aprendizagem. A interação entre os jovens e as suas inserções com os professores
e com a escola propiciam desenvolverem suas habilidades sociais e criativas, o que
está intimamente ligado à compreensão de seus papéis no mundo, tema que o
presente trabalho também busca explorar.
Enfim, os sentidos de afetividade explorados pelas professoras são de grande
relevância na formação de cidadãos conscientes, que se desenvolvem e se
relacionam adequadamente, e, como tal, incrementam a possibilidade de sucesso
da sociedade humana. E, por isso, aqueles que estão envolvidos com a educação
não podem deixar de apreciar o esforço por elas despendido: o do mestre que quer
ver o seu pupilo crescer e se desenvolver altivamente.
Profa. Dra. Helga Loos
Universidade Federal do Paraná
Orientadora das professoras/pedagogas
Jussara Chubak Piccoli
Marilene Siqueira Pryzbeuka
Rosana Bontorin
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HABILIDADES SOCIAIS PARA UMA NOVA SOCIEDADE
Texto de Almir Del Prette e Zilda A. P. Del Prette
Adaptado por Marilene Siqueira Pryzbeuka
Pedagoga - PDE
INTRODUÇÃO
O mundo está repleto de tecnologias avançadas que, na maioria dos casos,
facilitam a vida das pessoas. No entanto não se pode deixar de lembrar que é
através das interações entre as pessoas que ocorrem os aprendizados. Atualmente
a família e a escola têm deixado de ouvir as crianças e os adolescentes. A família,
devido às consequências da vida moderna, quase não tem tempo para dar atenção,
ouvir, participar, repassar valores e limites. A escola, com a preocupação de
trabalhar os conteúdos, muitas vezes não leva em consideração o que o aluno está
sentindo, a qualidade da interação com os professores e com os colegas. Toda esta
situação necessita ser analisada, considerando que afeta o aprendizado e o
desenvolvimento dos alunos.
OBJETIVO
Propiciar aos pais e professores a reflexão e o reconhecimento da
importância das habilidades sociais, reconhecendo-as como um caminho para o
relacionamento assertivo com filhos e alunos e, também, como condição essencial
para haver aprendizagem e desenvolvimento.
HABILIDADES SOCIAIS PARA UMA NOVA SOCIEDADE
As interações entre as pessoas ocorrem em todos os lugares. Estas
interações são chamadas de relações interpessoais. As relações interpessoais são
de suma importância, porque na medida em que fazem aflorar bons sentimentos
entre as pessoas, fortalecem os processos educacionais.
É necessário ter consciência de que todas as relações do aluno com a
família, com a escola e com o meio social interferem na sua aprendizagem. Estas
8
interferências podem ser positivas ou negativas, dependendo do que é vivenciado e
percebido nos relacionamentos.
Atualmente percebe-se que grande parte dos alunos manifesta
comportamentos com grandes doses de agressividade, intolerância e desrespeito a
colegas e professores. A necessidade de conhecer e refletir sobre as causas, bem
como de apontar caminhos, torna-se valiosa, na medida em que torna o processo
educacional mais saudável. Del Prette e Del Prette (2006) contribuem para essa
visão, defendendo o uso das habilidades sociais. Desenvolver estas habilidades é
um caminho para que pais e professores compreendam melhor os filhos e alunos,
buscando novas formas de interação com os mesmos.
Segundo os autores, é importante considerar a complementaridade de
algumas habilidades para garantir os efeitos que caracterizam a qualidade das
relações interpessoais, ou seja, necessita-se interligar as habilidades para que se
alcancem melhoras nos relacionamentos. As habilidades sociais se classificam em:
Aprendendo a aprender, desenvolver a automonitoria: reconhecer as
próprias emoções e as dos outros, analisar e compreender os relacionamentos,
ajudar os outros na resolução de problemas interpessoais. Esta habilidade auxilia as
pessoas (pais e professores) a se conhecerem melhor, a manifestarem atitudes
coerentes em seus relacionamentos ajudando também outras pessoas (filhos e
alunos) na solução de problemas interpessoais.
Habilidades sociais de comunicação: iniciar e encerrar uma conversação,
fazer e responder perguntas, gratificar e elogiar, dar e receber feedback. A
importância de seu uso desperta e mantém o gosto pelo conhecimento, o qual é
fator primordial na educação. Esta habilidade facilita o diálogo entre as pessoas
(diálogo entre pais e filhos, professores e alunos).
Habilidades sociais de civilidade: apresentar-se, cumprimentar, despedir-
se e agradecer, utilizando formas delicadas de conversação (por favor, obrigado,
desculpe). A utilização de ações de respeito e cordialidade com o outro é importante
para o convívio social. Esta habilidade auxilia os pais a repassar normas sociais a
seus filhos e os professores em reforçá-las.
Habilidades sociais assertivas de enfrentamento: afirmar seus próprios
direitos e expressão de sentimentos e crenças de maneira direta, honesta e
apropriada, ou seja, que não viole o direito de outras pessoas. O respeito e a justiça
9
se fazem presentes nesta habilidade. Os pais e professores, ao manifestar esta
habilidade, estarão educando através de exemplos seus filhos e alunos.
Habilidades sociais empáticas: capacidade de compreender e sentir o que
o outro sente, colocar-se no lugar do outro e comunicar tal compreensão e
sentimentos. O uso da empatia se faz importante em todos os momentos da vida
humana, pois através dela torna-se possível compreender melhor as outras
pessoas. Esta habilidade contribui para que pais e professores compreendam
melhor as atitudes dos alunos e adotem posturas coerentes para auxiliá-los em seu
desenvolvimento.
Habilidades sociais de trabalho: atendem a diferentes demandas
interpessoais do ambiente de trabalho, objetivando o cumprimento de metas, a
preservação do bem-estar da equipe e o respeito aos direitos de cada um. É muito
importante compreender que cada pessoa, em seu lugar, cargo ou posição,
necessita ser respeitada para que atinja as metas e, em conjunto ou não, busque o
sucesso naquilo que faz. Esta habilidade ocupa um lugar de destaque na prática
docente, na qual se faz necessária a análise das ações para que permaneçam, ou
sejam readequadas. Também se faz importante nas relações entre a família e a
escola, na medida em que propicia o entendimento de suas especificidades.
Habilidades sociais de expressão de sentimento positivo: relacionadas a
valores e atitudes das pessoas. Requerem coerência entre sentimento, pensamento
e ação. Aproximam as pessoas, propiciam vínculos, colaborando no processo de
interação e, consequentemente, na aprendizagem e desenvolvimento das pessoas.
Colaboram diretamente na relação entre pais e filhos, professores e alunos, ao
possibilitar a manifestação e fortalecimento de afetos positivos.
Percebe-se que todas estas habilidades são fundamentais nas relações
humanas. Na família e na escola as habilidades sociais contribuem para ações
íntegras, resolvendo impasses, fortalecendo laços, enfim, abrindo caminhos para o
sucesso e progresso amplo de filhos, alunos, pais e educadores. Sabe-se que o uso
de tais habilidades não é fácil e requer o reconhecimento da necessidade de
melhorar algo que não está bem, no intuito de resgatar e melhorar os
relacionamentos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
As habilidades sociais são importantes em todos os relacionamentos e nas
instituições familiar e escolar. Elas têm papéis ainda mais relevantes, ao colaborar
positivamente para a educação e desenvolvimento de crianças e adolescentes.
Portanto, a família e a escola necessitam desenvolver gradualmente estas
habilidades em suas práticas cotidianas.
PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PAIS
Reflexão sobre o texto e Oficina
Objetivos:
• Refletir sobre as relações entre pais e filhos.
• Propiciar aos pais a reflexão e a possível adoção das habilidades
sociais no relacionamento com os filhos.
Material:
• Caneta, papel e folhas com o texto impresso.
Desenvolvimento:
Formam-se grupos.
Distribui a cada grupo o texto estudado, para que seja analisado.
Cada grupo responderá à seguinte questão:
Escolham três habilidades sociais que consideram mais importantes na
educação de seus filhos e justifiquem a importância de cada uma.
No grande grupo serão discutidas as habilidades que foram mais citadas,
bem como a possibilidade dos pais de adotá-las gradualmente.
Para finalizar o encontro, analisa-se a seguinte citação:
“Os filhos não precisam de pais gigantes, mas de seres humanos que falem a sua linguagem e sejam capazes de penetrar-lhes o coração.” (CURY, 2003, p. 19)
11
PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PROFESSORES
Dinâmica: Vivendo o papel do outro
Objetivos:
• Elaborar e vivenciar novos papéis.
• Colocar-se no papel da outra pessoa.
• Desenvolver componentes ou pré-requisitos para a empatia.
• Observar e descrever comportamentos.
• Exercitar a flexibilidade de papéis.
• Perceber e compreender as situações de dificuldade(s) das pessoas.
Materiais:
• Caneta e papel
Desenvolvimento:
O facilitador, ao se reunir com o grupo, fala sobre a experiência de vivenciar
outros papéis (diferentes daqueles que nos são próprios) e de sua importância para
a compreensão do outro, para a expressão da empatia e solidariedade e para a
elaboração e desenvolvimento de novas formas de relacionamento.
Após a explicação, o facilitador solicita que se formem dois grupos (um
maior e outro menor). O grupo maior participará da vivência (GV), e o menor da
tarefa de observação (GO).
Pede então que os participantes do GV interajam entre si de acordo com o
papel que estão assumindo.
Instruções a serem apresentadas oralmente:
Agora imaginem que vocês têm 12 anos de idade. Vocês chegam à escola. Nas costas, a mochila pesada de material escolar. O sinal está tocando... Outros colegas estão chegando. Cumprimentem-se. Agora vocês têm que se apressar. Olham para frente e visualizam o diretor com uma fisionomia de reprovação... Vocês passam por ele cumprimentando-o... Quando pensam que se safaram de qualquer situação desagradável, dão de cara com a orientadora. Como vocês reagem? Mostrem isso na maneira de se comportar... Estão adentrando a sala de aula... Lembram-se que tinha que trazer a tarefa... Ficam em dúvida se a deixaram em casa ou a colocaram na mochila. Façam cara de dúvida... Olham na mochila e nada... Esqueceram a tarefa em casa...
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Ao final, o GO avalia o GV, relatando oralmente o que perceberam, e o GV
relata individualmente o próprio desempenho e as conclusões a respeito de vivenciar
o papel solicitado.
(Dinâmica de grupo retirada do livro: Psicologia das relações interpessoais vivências para o trabalho em grupo, de Del Prette, A, Del Prette, Z. A. 4ª ed. Petrópolis: Vozes, 2006). Adaptada.
Após a dinâmica, responder às seguintes questões:
Quais as habilidades sociais que você costuma utilizar no relacionamento com seus
alunos? E quais ainda não utilizou, porém considera importante?
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO COTIDIANO ESCOLAR
Texto de Rosana Bontorin
Pedagoga - PDE
INTRODUÇÃO
Toda pessoa tem uma história de vida, uma maneira de pensar e agir. Assim
também ocorre no ambiente de trabalho, onde as pessoas têm objetivos pessoais
diferenciados e muitas vezes acabam priorizando esses objetivos, dificultando a
interação com o grupo. As ações individuais, se não forem articuladas e bem
direcionadas, se constituirão em obstáculos para o alcance dos objetivos comuns.
Essa multiplicidade de culturas expressas no ambiente de trabalho exige um
trabalho de articulação e integração para que as ações individuais contribuam para
alcançar os objetivos comuns propostos.
OBJETIVOS
Aprimorar a convivência do grupo no ambiente de trabalho, para juntos
buscar ideias e debater propostas. Estipular alguns requisitos básicos, tais como:
consideração, diálogo, respeito e afeto, de forma que a relação pedagógica seja
consistente e produtiva.
RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO COTIDIANO ESCOLAR
É sabido que o ser humano é fruto do meio em que vive, tem os modos de
agir e pensar de acordo com o espaço físico e social que o cercam. Em um
ambiente de trabalho se estabelece uma cultura construída no dia a dia e que é
denominada como cultura organizacional. Assim também ocorre na escola. A rotina
atrelada ao fazer escolar movimenta as pessoas que fazem parte deste contexto
físico (instalações) e social (pessoas). Todos os membros agregam-se em torno de
uma identidade partilhada que fortalece as relações internas e podem influenciar
positivamente no desenvolvimento e facilitar a adesão aos objetivos comuns. Para
14
tanto, exige-se um trabalho contínuo de articulação e integração que envolva todas
as pessoas da instituição, a fim de propiciar condições favoráveis para enfrentar os
desafios, reconhecer a diversidade e ter a possibilidade de uma convivência
harmônica e enriquecedora entre os envolvidos.
Segundo Marcelos (2009), um grupo de pessoas se transforma em uma
equipe quando consegue criar um espírito de trabalho coletivo no qual as
diversidades pessoais não se constituem em entraves, mas em uma unidade que se
completa na busca de objetivos comuns. Ao propor situações de trabalho coletivo é
imprescindível compreender e respeitar o modo de viver das pessoas e os seus
valores, sem perder de vista os objetivos que precisam ser alcançados.
Definir os objetivos comuns e persegui-los em conjunto é uma tarefa que
necessita da constituição de um grupo coeso, sabendo-se que a coesão é um
processo a longo prazo. Assim, urge a necessidade de fazer uma reflexão contínua
das habilidades de relacionamento interpessoal e rever as concepções de escola,
professor, aluno e comunidade. Desta forma, abre-se espaço para renovar as ações
cotidianamente e, em conseqüência, ampliar as relações entre as pessoas,
promovendo um clima satisfatório, que favoreça o desenvolvimento individual e
coletivo.
Mailhiot (1976) afirma que a produtividade de um grupo e sua eficiência
estão estreitamente relacionadas, não somente com a competência de seus
membros, mas sobretudo com a solidariedade de suas relações interpessoais (p.66).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A sociedade focou o desenvolvimento em ciência e tecnologia e ficou
defasada em sua humanização. Muito se tem escrito sobre a arte de se relacionar e
de criar vínculos, porém no dia a dia observa-se um crescente isolamento e
individualismo entre as pessoas. Em meio à competitividade do mundo
contemporâneo e às novas tecnologias, há necessidade de repensar as relações
interpessoais no ambiente de trabalho, para melhor conviver e partilhar as
experiências, as angústias, as alegrias e os conhecimentos.
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PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PROFESSORES
Dinâmica de Integração e Comunicação
Objetivos:
• Avaliar e fortalecer os laços afetivos entre o grupo.
• Perceber a si e ao outro no processo grupal.
Material necessário:
• Folhas de papel, pincel atômico, tesoura, fita adesiva e canetas
Descrição da dinâmica:
Após leitura do texto, entregar a cada participante quatro folhas de papel.
Solicitar que em uma das folhas façam o contorno de uma de suas mãos e em outra
folha o contorno do pé. Desenhar nas demais folhas um coração e uma cabeça,
respectivamente.
Escrever no pé desenhado o que o grupo proporciona para o seu caminhar.
Escrever dentro da mão desenhada o que possui para oferecer ao grupo.
No coração, escrever o sentimento que possui em relação ao grupo.
Na cabeça, escrever sugestões para melhorar o relacionamento do grupo.
Em seguida, recolher as folhas e organizá-las em um painel ordenando os
desenhos das partes do corpo. Na sequência, debater as ideias expostas,
levantando os pontos comuns.
(Dinâmica de grupo retirada do livro: Aprendendo a ser e a conviver. Margarida Serrão e Maria C. Baleeiro. FTD, 1999). Adaptada.
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TRABALHANDO A SOCIABILIZAÇÃO E A EMOÇÃO
Texto de Suzane Schmidlin Löhr, Taísa Borges Grün e Thaise Löhr
Adaptado por Jussara Chubak Piccoli
Pedagoga – PDE
INTRODUÇÃO
Antigamente poucas pessoas tinham acesso às escolas e, portanto, ao
conhecimento sistemático. Aprendiam com seu pai ou com outra pessoa hábil um
ofício que desempenharia durante toda a sua vida. Para os nobres o atendimento
era individualizado, pois recebiam educação formal por preceptores em suas casas.
A partir do século XV, no entanto, os colégios se expandiram, tornando-se institutos
de ensino. Eram comunidades democráticas que se constituíam como um marco na
educação formal destinada a uma parcela maior na sociedade, cujo maior interesse
era o econômico. Foi nessa época que surgiu a escola como espaço para o
desenvolvimento de habilidades específicas como a leitura, a escrita e outras
voltadas ao saber.
OBJETIVO
Sensibilizar os professores sobre a importância de trabalhos em grupo,
estimulando a cooperação entre os alunos.
TRABALHANDO A SOCIABILIZAÇÃO E A EMOÇÃO
A educação criteriosa aplicada na escola necessita dos fundamentos da
educação familiar, e para que ambas tornem possível a formação do indivíduo
integral se faz necessária a realização de trabalhos coletivos, oportunizando e
aprimorando as capacidades individuais de cada um, e também gerando, com isso,
benefícios para a comunidade a qual faz parte.
Na proposta da teoria sócio-histórica, o professor é o mediador de um
processo social; portanto, sua função é assessorar o educando para que ele consiga
17
adquirir novos conceitos, aproximando-os da realidade do aprendiz e trazendo-o
para apropriação de um novo conhecimento.
Só aprendemos por intermédio do outro no grupo social em que vivemos,
estabelecendo interações contínuas colaborativas, resultante de um processo de
reprodução do uso que a sociedade faz dos objetos.
Existem teorias que enfatizam a importância dos diversos grupos em que o
indivíduo está inserido. Desde o início, a criança não está somente no
relacionamento com sua mãe, mas depende em grande parte da participação de
uma terceira pessoa, como o cônjuge, ou parentes, amigos, vizinhos, levando-nos a
reconhecer a interação que também ocorre entre ambientes como o lar, a escola ou
o local de trabalho.
Se as intervenções forem grupais o aprendizado mediado pelo grupo cria
maiores oportunidades de experiências para o indivíduo, como também a
reabilitação na área de dificuldades de aprendizagem pode ser enriquecida.
A maioria dos problemas comportamentais pode ser trabalhada em grupo, já
que várias técnicas utilizadas em grupos de interação social favorecem a prática de
novas interações, de forma protegida.
O grupo possibilita o aparecimento de estímulos antecedentes,
comportamentos e conseqüências semelhantes ao cotidiano dos alunos, simulando
um mundo real e oportunizando a prática de habilidades sociais, o que favorece a
generalização do aprendizado para outros contextos.
Através do trabalho em grupo o aluno pode desenvolver habilidades
específicas para que obtenha sucesso no desempenho escolar, tanto quanto para as
interações e habilidades sociais.
A construção do conhecimento em sala de aula está também relacionada
com a competência do professor, pois ele, como mediador de situações imediatas
que se apresentam no cotidiano, pode perceber habilidades, produzir desafios e
valorizar o interesse dos alunos.
O professor, para tanto, necessita desenvolver a sensibilidade na
observação dos seus alunos, buscando os progressos reais e potenciais dos
mesmos. Deve aprender a se colocar no lugar do outro com criatividade, bem como
a implementar condições baseadas em interações sociais educativas.
Considerar elementos de semelhança entre os membros do grupo faz-se
primordial. As normas devem ser impostas previamente no grupo como um contrato,
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estabelecendo informações sobre o trabalho, aumentando o engajamento no
processo e, finalmente, verificando se o que foi aprendido no grupo é praticado no
dia-a-dia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se o fato de agrupar crianças em situações de ensino foi inicialmente
econômico, hoje sabemos que trouxe benefícios ao processo diferenciado que
causou.
No entanto, devemos restringir o tamanho das turmas, pois grupos muito
grandes impedem que o professor utilize técnicas e métodos variados, restringindo
as ações em sala de aula às tradicionais aulas expositivas que, por vezes, não
propiciam o aprendizado ao educando.
O atendimento extra-acadêmico, como no contraturno ou em programas
comunitários grupais, complementam o aprendizado. Deve-se identificar os alunos
que necessitam de atendimento psicopedagógico e propor sua realização também
em grupos, auxiliando-os no desenvolvimento de novas habilidades.
PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PROFESSORES
Dinâmica: Desenho cooperativo
Objetivo:
• Trabalhar a integração do grupo.
Material:
• Cartolina e canetinhas hidrográficas.
Desenvolvimento:
Inicia-se ao som de uma música suave, e os participantes não podem se
comunicar. Cada um fará um traço em uma cartolina e o outro dará continuidade ao
traço do colega, compondo um desenho cooperativo. A cada vez que a música for
interrompida os participantes trocarão de lugar, até que todos tenham participado, ou
até que tenham formado um desenho aos olhos do grupo.
Ao finalizarem será discutido como o grupo pode construir coisas boas ou
não, desde que se possa contar com a colaboração de todos e da sensibilidade para
19
perceber a composição de cada colega, chegando-se à conclusão de que quando
podemos nos expressar torna-se mais fácil a realização das atividades.
(Dinâmica de grupo retirada do livro: Educação e aprendizagem: contribuições da
psicologia. MIRANDA, V.R.; ZEVIR, C.; LONGO, T. P.; FONSECA, G. C. B. Curitiba: Juruá,
2008).
20
A ADOLESCÊNCIA, A CRIATIVIDADE, OS LIMITES E A ESCOLA
Texto de José Outeiral
Adaptado por Marilene Siqueira Pryzbeuka
Pedagoga - PDE
INTRODUÇÃO
Os alunos de 5ª série apresentam comportamentos que nem sempre são
compreendidos pela escola. Torna-se necessário considerar que estes alunos, além
de estarem passando de uma realidade escolar para outra mais complexa, estão na
fase inicial da adolescência e muitas de suas atitudes são inerentes a esta fase.
Portanto a família e a escola precisam conhecer algumas peculiaridades da
adolescência para, então, poder refletir sobre as suas ações, considerando que
estas influenciam diretamente nos processos de ensino-aprendizagem e no
desenvolvimento pleno dos alunos.
OBJETIVO
Esclarecer e sensibilizar os pais e os professores sobre alguns sintomas da
adolescência, propiciando a percepção de que a família e a escola, através de suas
posturas e ações, interferem na educação de crianças e adolescentes
A ADOLESCÊNCIA, A CRIATIVIDADE, OS LIMITES E A ESCOLA
A adolescência é o período de transformações corporais e psíquicas. A fase
inicial refere-se ao período dos 10 aos 14 anos de idade e dependendo do contexto
social em que o indivíduo se encontra, a adolescência pode iniciar antes dos 10
anos. Considerando a adolescência, também, um fenômeno psicológico e social,
necessita-se levar em conta que nesta fase haverá alterações no modo de perceber
e se relacionar com o processo de ensino e aprendizagem.
Na adolescência conquista-se o pensamento formal, que permite raciocinar
sobre hipóteses e chegar a conclusões abstratas. O adolescente encontra facilmente
21
soluções para os problemas que muitas vezes não são tão simples na prática,
desenvolvendo então a criatividade. No início a criatividade se manifesta por uma
atividade impulsiva e aos poucos vai assumindo um perfil mais definido, integrado e
produtivo. Este período necessita de um ambiente saudável tanto na família como
na escola, portanto a compreensão dos sintomas contribui positivamente neste
processo.
A criatividade na adolescência articula-se com a noção de limites. Limite
significa a criação de um espaço protegido dentro do qual o adolescente poderá
exercer sua espontaneidade e criatividade sem receios e riscos. A falta de limites,
além de oferecer riscos, impede o adolescente de exercitar sua capacidade de
pensar e de ser criativo, ou seja, de apontar novas possibilidades de ação. Os
limites ajudam a organizar as mentes de crianças e adolescentes.
A noção de limite se desenvolve no processo de identificação da criança e
do adolescente com seus pais e depois com os adultos que fazem parte do meio
social em que vivem. Portanto cabe à família e à escola, estabelecer limites aos
filhos e alunos. Colocar limites significa envolver-se, suportar reclamações, enfim,
enfrentar dificuldades.
A escola é muito importante para o adolescente, portanto necessita ser um
ambiente prazeroso e saudável, caso contrário ocorrerão distúrbios de conduta e/ou
aprendizagem. A função da escola é “educar”, desenvolvendo o potencial dos alunos
em um ambiente propício.
A escola também tem funções de socialização. O adolescente encontra na
escola uma “microssociedade” que atua sobre ele. Na escola ele se relaciona com
muitas pessoas, manifesta diferentes emoções e sentimentos. Lá estão grande parte
de seus relacionamentos e de sua convivência em grupo.
Os alunos trazem para a escola todas as suas vivências que irão interferir na
aprendizagem e no desenvolvimento. Quando um aluno manifesta comportamentos
um tanto agressivos, pode estar transferindo para colegas ou professores aquilo que
sente em relação a alguém de sua família. Pode acontecer também que o
adolescente não demonstre através de atitudes, mas através do baixo rendimento
escolar. Os sentimentos amorosos também serão transferidos em suas relações e
aprendizados.
Trabalhar com adolescentes desperta o adolescente que existe nos adultos.
Assim pais e professores, ao se relacionarem com filhos e alunos adolescentes,
22
poderão desenvolver distintos sentimentos, evocando as situações de vida de sua
própria adolescência. Portanto devem tomar cuidado para não agir de forma
incoerente. Outeiral (2005, p.6) enfatiza que “o adulto que esteja em contato com o
adolescente (pais, professores etc.) tenha uma ‘visão binocular’, de dentro e de fora,
do adolescente real e das ‘memórias adolescentes’, carregadas de impulsos,
fantasias, desejos, emoções etc., não como algo indesejável, mas como
demonstração da vida”. De acordo com a exposição do autor, conclui-se que pais e
professores devem usar a empatia, ou seja, colocar-se no lugar do adolescente,
considerando que já passaram por esta fase.
A relação do aluno com a escola é afetada pela significação que os pais dão
à escola, aos professores, aos estudos e às relações do filho com os colegas. O
acompanhamento da família nas atividades que o aluno desempenha favorece a
aprendizagem, como também faz com que o aluno sinta-se valorizado pela família.
Desta forma, este se sentirá estimulado a atingir melhores resultados e,
consequentemente, se tornará mais confiante, melhorando a sua autoestima. O
desejo de aprender também é reflexo do que crianças e adolescentes percebem de
seus pais e professores, considerando que são modelos e exemplos para filhos e
alunos.
Considerando algumas peculiaridades da adolescência e as interferências
da família e da escola na educação, torna-se necessário compreender que os
comportamentos dos adolescentes serão organizados ao longo do tempo,
permitindo que suas atitudes tornem-se mais coerentes. Uma relação de confiança
se faz necessária entre a família e a escola, para que juntas busquem caminhos que
contribuam no desenvolvimento integral dos adolescentes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Compreender a adolescência como uma fase de transformações é
imprescindível para que pais e professores atuem de maneira assertiva na educação
de seus filhos e alunos. Compreender não significa aceitar as situações, e sim
buscar caminhos para amenizá-las, oportunizando que esta fase seja positiva na
construção de conhecimentos e das identidades dos adolescentes. Assim sendo, os
adolescentes se tornarão cidadãos saudáveis, com potencial para agir na sociedade,
tornando-a mais justa e igualitária.
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PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PAIS
Dinâmica: Trabalhando com expectativas
Objetivos:
• Perceber a atuação dos pais na educação do(a) filho(a) adolescente.
• Analisar as expectativas do grupo de pais em relação a seus (suas)
filhos(as).
Material:
• Caneta e papel.
Desenvolvimento:
Os pais ou responsáveis devem representar através de desenhos:
Como eles se vêem como pais?
Como eles vêem seus filhos?
O que almejam para seus filhos?
Comentários e explicações sobre as representações e como se sentiram
durante a dinâmica.
(Dinâmica de grupo retirada do livro: Adolescência: afetividade, sexualidade e drogas.
v.1. p. 31. PIRES, C. V. G.; GANDRA, F. R.; LIMA. R. C.V, 2002). Adaptada.
Após a dinâmica, responder por escrito à seguinte questão:
Em sua opinião, como a família e a escola podem contribuir na educação dos
adolescentes?
* A questão será recolhida e analisada, subsidiando as ações a serem
implementadas visando a construção da parceria entre a família e a escola.
PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PROFESSORES
Estudo do texto e Oficina
Objetivos:
• Refletir sobre a postura do adolescente, da família e do professor na
educação.
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• Analisar cada situação, considerando a realidade vivenciada nas 5ª
séries.
• Propor ações coerentes para amenizar as situações.
Material:
• Papel e caneta.
Desenvolvimento:
Formam-se três grupos. O primeiro irá defender a posição do adolescente, o
segundo, dos professores e o terceiro, a posição da família (pais).
Todos os grupos tomarão como base a análise do texto estudado.
Ao primeiro grupo, representando os adolescentes, será dado o poema “Ser
adolescente”.
SER ADOLESCENTE
Ser adolescente é... Acordar todos os dias tarde E ainda achar que dormiu pouco; Ficar horas com amigos ao telefone E ainda chatear-se quando a mãe reclama; Deixar seu quarto todo bagunçado E dizer que não o arrumou por falta de tempo; Achar que o mundo gira em torno de si E não o contrário... Mas ser adolescente também é... Querer resolver os problemas do mundo, Lutar contra as injustiças sociais, Fazer loucuras pelo seu ídolo, Amar da forma mais intensa possível, Estar rodeado de amigos, Ser espontâneo e explosivo... Ser adolescente é tudo isso e muito mais...
Edmar Guedes Corrêa
Através da análise do texto estudado e da poesia, o grupo defenderá a
posição do adolescente.
Ao segundo grupo será pedido que aborde as situações enfrentadas pelos
professores em sala de aula, nas 5ª séries. Neste grupo será analisada a realidade
das 5ª séries.
Ao terceiro grupo, que representará a posição da família, será dada a
seguinte citação para ser analisada:
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“O ideal seria que a família tivesse uma maior flexibilidade para aceitar e adaptar-se às transformações sociais, sem perder de vista, valores firmes e coesos”. (WEBER, 2008, p. 34) A família deve assumir o compromisso de acompanhar a vida social e escolar
de seus filhos.
Cada grupo irá defender e apresentar a sua posição ao grande grupo.
No grande grupo serão analisadas as três posturas (adolescentes,
professores e família), propondo ações para amenizar ou resolver as situações da
realidade educacional.
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REGRAS E LIMITES NA EDUCAÇÃO
Texto escrito por Lídia Weber
Adaptado por Jussara Chubak Piccoli
Pedagoga – PDE
INTRODUÇÃO
Educar crianças e adolescentes não é uma tarefa fácil. Não o é na escola,
mas também não o é em casa. Vários tipos de práticas educativas têm sido usados
ao longo dos tempos, e estas vêm sofrendo constantes alterações. Além disso, os
estilos educativos adotados precisam ser adaptados a cada família, em função das
características dos membros que a compõem, sejam os filhos, sejam os pais, como
também do tipo de interação que se estabelece entre elas.
Adicionalmente, tem sido feito um esforço, nos dias atuais, de se aprender
mais sobre a educação; ou seja, psicólogos, educadores e outros profissionais têm
buscado refletir sobre as causas e as conseqüências de determinadas práticas
educativas, e seus efeitos sobre as crianças e os adolescentes. Assim, algumas
práticas comuns há algumas gerações têm sido revistas, buscando-se um equilíbrio,
e tentando evitar os efeitos nefastos tanto das práticas extremamente autoritárias
como daquelas que dão liberdade em excesso.
Tem sido destacado nesse sentido, que disciplinar não é simplesmente fazer
obedecer. Devemos disciplinar nossos filhos, sim, mas não para que aprendam a ser
subservientes. É preciso fazer com que eles saibam pensar, mostrando as fronteiras
entre o que é certo e o que é errado. Para tanto, faz-se necessário mostrar que
limites são as fronteiras que demarcam o que é permitido ou possível fazer e do que
não o é.
OBJETIVO
Através da leitura e das reflexões propiciadas pelo texto apresentado,
conduzir pais e educadores em geral a perceberem a necessidade de desenvolver
regras e limites na educação de filhos/alunos.
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REGRAS E LIMITES NA EDUCAÇÃO
Existem limites de ordem natural, impostos pela sociedade e também alguns
limites são colocados pela família. Para Weber, os limites são fronteiras que
demarcam o que é permitido ou possível fazer e o que não é. Os limites são
essenciais na educação de uma criança, para garantir melhor equilíbrio no seu
desenvolvimento afetivo, cognitivo e também organizar suas relações sociais.
Ao colocar regras para as crianças as preparamos para a vida real, onde
nem tudo acontece do jeito e na hora que se quer.
Existem regras biológicas, pois se comermos em excesso, por exemplo,
causaremos prejuízos para nós mesmos. Já as regras legais são apresentadas
oficialmente pelo governo, como a regra de que não podemos ultrapassar uma
velocidade tal, pois acabaremos recebendo uma multa. Há ainda as regras sociais
que facilitam nossa convivência, que a tornam mais agradável; faz-se interessante
dizer “muito obrigado” ou “desculpe-me”, pois é um sinal de respeito e de
amabilidade para com os outros.
Estas regras são, no entanto, mutáveis. Antigamente se pedia benção para os
pais; já hoje em dia este costume não é mais seguido. Elas vão sendo
transformadas e adaptadas às necessidades e anseios que fazem parte de cada
momento histórico de nossa sociedade. Temos também as regras pessoais e
familiares, que normalmente se transformam em hábitos, como, por exemplo, o
hábito de tomar banho uma vez por dia ou o costume de não mentir. Cada família,
ao adotar suas regras de funcionamento, irá decidir o que é importante e negociável
ou o que não é negociável, utilizando um pouco de lógica e de bom senso.
De acordo com Weber, os limites são os fundamentos e a estrutura de uma
casa. Temos de ter uma boa base, porque, do contrário, a casa pode cair. Isso
porque certos limites e restrições transmitem segurança e confiança, já que é muito
bom ter onde se apoiar, ter alguns pontos de referência que nos ajudem a nos
orientar. Dessa maneira os pais que ensinam aos filhos o que eles podem ou não
fazer, ensinam também a vida social, civilizando-os.
A ausência de regras leva a criança a se sentir insegura na falta dos pais, ou
pode levá-la a testar cada vez mais os seus limites, tornando-se um adolescente que
pode adotar comportamentos perigosos. Ensinar regras claras de maneira
consistente irá fazer com que a criança aprenda a se organizar, a ter estrutura e
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direção, para que mais tarde seja capaz de dar orientações a si mesmas,
controlando seu próprio comportamento.
Observa-se, então, que é muito importante que sejam apresentados limites às
crianças, e estes limites devem ser claros. Ser claro não significa, necessariamente,
ser inflexível. Significa deixar claro o que esperamos da criança e se ela tem a
noção da razão pela qual esperamos tais coisas dela. Existe assim sempre a
oportunidade de que também nós, enquanto pais, possamos revisitar nossos valores
e o nível de respeitabilidade que eles merecem.
Cada família deve estabelecer claramente alguns limites, sendo coerentes
com as suas expectativas, com o que se espera dos filhos e isto irá reforçar os
valores que ficam incorporados no seu dia a dia, servindo como referência para
futuras ações. As regras em família servirão como uma espécie de contrato, porque
não haverá necessidade de repetir muitas vezes o que os pais desejam dos filhos.
Assim podem ser evitados possíveis comportamentos indesejáveis, como ataques
de raiva, por exemplo.
Além de dizer claramente o que se espera de uma criança ou adolescente, é
preciso monitorar o cumprimento das regras. Deve-se planejar para prevenir um
dado comportamento e verificar se ele está sendo realizado como foi estipulado.
Mas é claro que devemos ser coerentes ao aplicar as regras, incorporando
certo grau de tolerância. Se, por exemplo, os pais são rigorosos demais e limitam
tudo, não tolerando qualquer falha, tendem a fazer com que seu filho passe a não
respeitar mais as regras e aprenda a fugir, mentir e esconder o que está fazendo.
Também as regras necessitam ser, por vezes, revistas, observando se a regra não
está sendo rígida demais, ou se há muita expectativa, ou ainda se a regra não é
injusta; as regras podem sofrer alterações caso não atendam ao esperado.
E ainda, um fator muito importante a ser considerado, é o nível de
consistência. Isto é, o descumprimento das regras deve ter conseqüências, e isso
não deve depender do estado de espírito ou do humor dos pais. Se um “não” vira
frequentemente “sim” com a insistência da criança, ela aprende a manipular o humor
dos pais, e as regras perdem, assim, a sua eficácia.
29
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É importante que sejam estabelecidas regras lógicas, explicando porque elas
devem ser cumpridas. A decisão de cumpri-las deve ficar com a criança ou o
adolescente, desde que ele saiba quais são as conseqüências, caso as regras não
se efetivarem.
Segundo Weber, os estudos são claros: crianças não se comportam
adequadamente quando as regras não são claras; quando há inconsistência no
comportamento educativo dos pais; quando há punição abusiva; quando não há
supervisão e monitoria adequada; ou quando o vínculo emocional entre pais e filhos
está prejudicado. Nesse sentido, não devemos associar um bom comportamento
com o amor destinado ao filho, isto é, passar a mensagem de que ela somente será
amada se for uma criança “boazinha”. Observa-se que os pais acabam, muitas
vezes, errando com o intuito de proteger seus filhos, pois utilizam estratégias
inadequadas para mostrar como o mundo funciona.
PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PAIS
Dinâmica: A instrução de uma tarefa
Objetivo da atividade:
• Exemplificar os processos envolvidos na aprendizagem de um novo
comportamento. Para se efetivar uma aprendizagem é necessário que
pais não apenas falem sobre ou exijam a realização de uma
determinada tarefa. É preciso que mostrem a tarefa solicitada, como
esta deve ser feita e, nas primeiras vezes, acompanhem os filhos a
cada momento, de forma que juntos realizem a tarefa. Posteriormente
os filhos se sentirão mais confiantes para realizarem suas tarefas de
forma independente.
Desenvolvimento:
O instrutor pede a colaboração de um voluntário, pedindo que este se
coloque à frente do grupo para receber algumas instruções de maneira rápida: “Ao
mesmo tempo, você deve bater uma mão na cabeça, girar a outra na barriga, pular
num pé só e dar voltinhas”, por exemplo. O coordenador não pode repetir a
30
instrução nem explicar novamente. O voluntário em questão, após ter feito a
atividade, irá se sentar. Então o coordenador pede mais um voluntário e para este, o
coordenador dá mesma instrução, de maneira clara e mostrando lentamente cada
movimento. Depois o coordenador faz o movimento completo junto com a pessoa.
Reflexões sobre a atividade
No primeiro comando as pessoas apresentam dificuldades na execução da
tarefa; já no segundo momento desempenham conforme o pedido das instruções
com uma demonstração clara. Conduzir a reflexão no sentido de como as regras
devem ser estabelecidas, de maneira a atingirem seus propósitos.
(Dinâmica de grupo retirada do livro: Eduque com carinho: equilíbrio entre amor e limites.
WEBER, L. Curitiba: Juruá, 2007).
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AUTOCONHECIMENTO: REFLETIR E INTERPRETAR A SI MESMO
Texto de Lidia Weber
Adaptado por Rosana Bontorin
Pedagoga – PDE
INTRODUÇÃO
Há muito tempo sabe-se que autoconhecimento é essencial para todos.
Segundo a psicologia, autoconhecimento significa o conhecimento de um indivíduo
sobre si mesmo. Quando conhecemos a nós mesmos, podemos identificar situações
que nos deixam felizes ou tristes, também podemos perceber por que temos certas
atitudes em lugar de outras, ou por que fazemos coisas que a princípio não
concordamos. A prática de se conhecer melhor faz com que uma pessoa tenha
controle sobre suas emoções, sejam elas positivas ou negativas.
OBJETIVO
Proporcionar aos pais a oportunidade de refletir sobre o autoconhecimento,
de identificar qual(is) estilo(s) parental(is) utilizam para disciplinar ou educar os filhos
e levá-los a se perceber como modelo de comportamento para o filho.
Você já fez uma reflexão acerca do quanto você se conhece?
Para conhecer o próprio comportamento, não basta ficar em um canto
pensando sobre a vida. A ciência mostra que a consciência e o autoconhecimento
são produtos sociais, ou seja, nós precisamos dos outros para conhecer a nós
mesmos. Grande parte do que acreditamos serem nossas qualidades e aptidões é
fruto do que as pessoas reconhecem em nós. E, de forma semelhante, grande parte
do sofrimento humano também provém daquilo que não é reconhecido pelos
demais.
AUTOCONHECIMENTO: REFLETIR E INTERPRETAR A SI MESMO
Muitas vezes nos defrontamos com uma situação que não nos satisfaz,
percebemos que é preciso mudar, pois a situação de sofrimento é clara, mas o que
32
mudar e como mudar, não o é. Desenvolver o autoconhecimento é um dos passos
para poder administrar o próprio comportamento, aprendendo a observar a si
mesmo e como as condições em que está vivendo a afeta.
Segundo Weber (2007), quanto mais nos conhecemos, mais podemos
controlar nossa vida e nosso destino, e fica mais fácil de perceber nossos acertos e
erros. Para a autora, conhecer a si mesmo permite que a pessoa tome consciência
de suas características individuais e as expectativas sobre sua família, em especial,
seus filhos. No dia-a-dia é necessário ter atitudes harmônicas, pois não basta ter
autoconhecimento e partir para uma ação incoerente. Ou seja, às vezes os pais
chamam a atenção e disciplinam o filho e outras vezes não.
Pesquisadores têm estudado como os pais influenciam o desenvolvimento
das competências sociais e instrumentais. Uma das áreas de pesquisa explora os
estilos e práticas parentais, que são as estratégias que os pais utilizam para
disciplinar, dialogar, elogiar, ou seja, um conjunto de comportamentos e atitudes que
envolvem a relação entre pais e filhos. Os principais estilos são:
Estilo autoritário (muito limite e pouco afeto): são pais que exigem muito,
tomam as decisões, colocam muitas regras e limites inflexíveis, que têm como
objetivo a obediência e o controle. Sempre fazem valer a sua própria opinião, não
permitindo que seu filho participe de decisões e escolhas, e considerando muito
pouco as opiniões e sentimentos dos filhos.
Pesquisas revelam que uma educação voltada às práticas parentais do estilo
autoritário faz com que as crianças apresentem habilidades sociais pobres, ou seja,
não conseguem se relacionar adequadamente e revelar os sentimentos,
frequentemente apresentam baixa autoestima e altos índices de depressão,
ansiedade e estresse.
Estilo permissivo (pouco limite e muito afeto): são pais que impõem poucas
regras e limites, permitindo quase tudo ao filho, e é o filho que acaba estabelecendo
as regras em casa. Os pais têm receio de dizer “não” e não serem mais amados
pelos filhos. Os pais valorizam e consideram os sentimentos, as opiniões e
necessidades do filho, mas deixam suas próprias opiniões e sua autoridade de lado.
As crianças educadas por pais permissivos tendem a apresentar baixo
desempenho escolar, apegam-se em excesso a coisas materiais, não têm tolerância
à frustração e se acham incapazes de realizar as coisas por si mesmas.
33
Estilo negligente (pouco limite e pouco afeto): são pais que estabelecem
poucos limites, bem como pouco afeto e participação. Os pais permitem quase tudo,
mas não se comprometem com seu papel de educador, passam pouco tempo com o
filho e não demonstram afeto. Acreditam que os filhos devem ser responsáveis por
si. Ou são pais muito ocupados, ou não têm interesse necessário para a educação
do filho, ou ainda, são pais que estão confusos e não sabem como agir.
As pesquisas têm mostrado que este estilo parental traz os piores resultados
para as crianças, que comumente apresentam baixa autoestima, fraco desempenho
escolar, pessimismo e estresse. Essas crianças podem desenvolver alternativas
antissociais para conseguir algo ou para terem atenção.
Estilo participativo (muito limite e muito afeto): é o melhor estilo parental,
são pais que exigem a obediência de regras com objetividade e mantêm a
autoridade, são mais participativos e abertos para as trocas com seus filhos.
Consideram os sentimentos e opiniões do filho, apontam os problemas sem precisar
punir fisicamente e estão disponíveis para brincar, auxiliar nas tarefas, elogiar e
valorizar.
Os filhos de pais com estilo parental participativo entendem o respeito
mútuo, sentem-se valorizados, amados. As pesquisas revelam os melhores
resultados quanto à autoestima elevada, menor nível de estresse e de depressão e
melhor desempenho das habilidades sociais.
Pesquisas sobre estilos parentais, realizadas por Weber (2007), demonstram
resultados com um maior percentual de pais negligentes. A autora aponta que, para
uma boa educação, os pais devem apresentar, de maneira equilibrada, exigência
(limites e regras) e responsividade (afeto e envolvimento). Sugere também que não
está faltando apenas limites, mas faltam também afeto, real participação e
envolvimento na vida dos filhos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O exercício do autoconhecimento deve ser uma constante, visto que requer
muito diálogo interno. Ao elevarmos o conhecimento sobre quem somos, ficamos
mais conscientes do que pretendemos alcançar, e quanto mais descobrimos sobre
nós mesmos, percebemos o quanto ainda temos a descobrir!
34
PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA PAIS
Dinâmica: Viagem ao tempo, um momento de reflexão.
Fazer “uma viagem ao tempo” e pensar na sua infância, refletindo sobre as
seguintes questões:
Quem era mais carinhoso com você, seu pai ou sua a mãe?
Qual era a sua brincadeira favorita?
Como seus pais reagiam quando você desobedecia?
Como seus pais reagiam quando você fazia algo legal?
Qual o fato mais feliz que você lembra sobre a sua infância?
Qual a situação mais triste que você lembra sobre a sua infância?
Seus pais tiravam um tempo para brincar e acompanhar suas atividades
escolares?
Como o seu pai e a sua mãe descreveriam você quando era criança?
(Dinâmica de grupo retirada do livro: Eduque com carinho: equilíbrio entre amor e limites.
WEBER, L. Curitiba: Juruá, 2007) Adaptada.
Objetivos:
• Refletir sobre a educação que recebeu dos seus pais, verificando os
aspectos positivos e negativos.
• Fazer uma análise sobre a educação que está proporcionando ao seu
filho.
Material:
• Folhas de papel e canetas.
Desenvolvimento:
Cada participante deverá relatar por escrito, e se desejar, relatar oralmente o
que sentiu ao lembrar sua infância, quais foram os aspectos positivos e negativos
mais relevantes e se a educação que proporciona ao filho está relacionada à
educação que recebeu dos seus pais.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CURY, A. Pais brilhantes professores fascinantes. 9ª ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
DEL PRETTE, A; DEL PRETTE, Z. A. P. Psicologia das relações interpessoais vivências para o trabalho em grupo. 4ª. ed. Petrópolis: Vozes, 2006.
MAILHIOT, G. B. Dinâmica e gênese dos grupos. 3 ed. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1976.
MARCELOS, A. V. Relações interpessoais - Reflexões a cerca do cotidiano escolar, 19 janeiro 2009. Disponível em: <http://www.artigonal.com/educacao-artigos/relacoes-interpessoais-729010.html>. Acesso em 14/05/ 2010.
MIRANDA, V. R.; ZEVIR, C.; LONGO, T. P.; FONSECA, G. C. B. Educação e aprendizagem: contribuições da psicologia. Curitiba: Juruá, 2008.
OUTEIRAL, J.; CEREZER, C. O mal-estar na escola. 2ª ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2005.
PIRES, C. V. G.; GANDRA, F. R.; LIMA. R. C. V. Adolescência: afetividade, sexualidade e drogas. Minas Gerais: Fapi, 2002.v.1. p. 31.
SERRÃO, M; BALEEIRO, M. C. Aprendendo a ser e a conviver. FTD, 1999.
WEBER, L. Eduque com carinho: equilíbrio entre amor e limites. 2ªed. Curitiba: Juruá, 2007.
______. Família e desenvolvimento. Visões interdisciplinares. Curitiba: Juruá, 2008.
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