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Conselho Regional de Desenvolvimento Vale do Jaguari – RS
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
ANÁLISE SITUACIONAL Elaboração: Equipe Técnica da URI – Campus de Santiago
Novembro de 2009
Planejamento Estratégico do COREDE do Vale do Jaguari - Análise Situacional – Elaboração: Equipe Técnica URI-Santiago 1
S U M Á R I O
1 ASPECTOS HISTÓRICO-CULTURAIS 2
2 ASPECTOS FÍSICO-NATURAIS 4
3 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS 8
4 ASPECTOS ESTRUTURAIS 11
5 ASPECTOS ECONÔMICOS 16
6 ASPECTOS SOCIAIS 34
7 ASPECTOS INSTITUCIONAIS 38
Planejamento Estratégico do COREDE do Vale do Jaguari - Análise Situacional – Elaboração: Equipe Técnica URI-Santiago 2
1 ASPECTOS HISTÓRICO-CULTURAIS1
O COREDE do Vale do Jaguari foi criado pelo Decreto n° 45.436, de 09 de janeiro de 2008,
publicado em 10 de janeiro de 2008 no Diário Oficial do Estado, mediante desmembramento do COREDE Central. É constituído pelos municípios de Cacequi, Capão do Cipó, Jaguari, Mata, Nova Esperança do Sul, Santiago, São Francisco de Assis, São Vicente do Sul e Unistalda.
O povoamento da colônia de Jaguari começou em 1885, quando alguns colonos instalaram-se na chamada “região das matas”, mas oficialmente a colônia de Jaguari foi fundada em 1889, onde se estabeleceram aproximadamente mil italianos e, mais tarde, viriam imigrantes da Alemanha, Áustria, França e Espanha. O imigrante adaptou-se às terras montanhosas e de matas, embora inicialmente a colonização tenha sido difícil devido à morosidade na demarcação das terras e às condições de vida precárias. Assim, a imigração trouxe prosperidade à região, pois com a chegada dos imigrantes, incorporou-se uma nova tecnologia que fez crescer a produtividade, além do colono e de sua família constituírem-se em força de trabalho potencial. Na década de 90, começam a abrir caminhos no meio do mato, chamados de picadas e que se transformariam em vias de comunicação entre Jaguari e as regiões do centro e da fronteira do Estado. Porém, a colonização praticamente parou em 1893, com o advento da Revolução Federalista e somente em meados de 1895, o governo do Rio Grande do Sul assume a colonização, concedendo investimento, de modo a proporcionar que se acelerasse o desenvolvimento na região de Jaguari.
Os primeiros habitantes da região, onde hoje se localiza a cidade de Jaguari, foram os índios guaranis até o início do século XVII. As primeiras famílias italianas chegaram no ano de 1888 e, em 1889, foi fundado o núcleo colonial Jaguari de origem Guarani. Inicialmente, os italianos enfrentaram muitas dificuldades nessas terras, mas aos poucos foram colonizando-as e colaborando com os imigrantes alemães, húngaros, poloneses, russos e portugueses na construção de seus lares.
Em 1890, foi construída a via férrea que interligaria os municípios de Santa Maria e Cacequi, sendo esse fato determinante na ocupação populacional próxima à estação, que deu origem a sede atual do município de Cacequi. A região foi inicialmente povoada por indígenas, mas com o processo de ocupação e povoamento do Rio Grande do Sul, os indígenas foram expulsos da região, permanecendo o nome do local dado por eles, ou seja, o do arroio Cacequi. A região das Missões, da qual fazia parte a área do atual município de Cacequi pertenceu aos portugueses e, mais tarde, aos espanhóis. O ano de instalação oficial do município foi em 1944.
Na construção da estrada de ferro que interligaria os municípios de Santa Maria e Jaguari, iniciada em 1912, foram abertas "picadas" para o leito da ferrovia e deste motivo começou a formação da cidade de Mata, daí a denominação do município de “filha da ferrovia”. Acredita-se que a habitação de Nova Esperança do Sul teve início em 1860, com a chegada de imigrantes italianos. Em março de 1986, um grupo de pessoas se reuniu para formar a comissão de emancipação, assim em 1988, foi criado o município de Nova Esperança do Sul.
Capão do Cipó, por sua vez, é um município pequeno com área de apenas 1.022 km2
representando 0,3802% do estado. O local onde se situa o município foi denominado de Capão do Cipó por um viajante, já que por várias décadas, viajantes ali faziam suas paradas. A emancipação do município foi concedida em 1996.
O nome do município de Santiago deriva de uma homenagem a São Tiago. Devido à religiosidade do local e por ser o santo padroeiro da Espanha, os jesuítas construíram uma capela com a imagem de São Tiago na época das Missões, visto que o município faz parte do território missioneiro, tendo sido palco das lutas entre Portugal e Espanha. Ali os jesuítas, além do cultivo do trigo, do algodão e de outras culturas de subsistência, desenvolveram a pecuária no solo gaúcho e estabeleceram grandes estâncias para a criação de gado. O ano de instalação do município foi em 1884.
São Francisco de Assis, em termos geográficos, pertence à zona missioneira. Durante o processo de colonização, os alemães e italianos integraram-se aos negros, portugueses e espanhóis, que compõem a miscigenação do município. Em 1884, foi elevada à categoria de Vila e sua emancipação ocorreu em 1938.
1 Texto transcrito e resumido de “Avaliação dos setores potenciais e estagnados da microrregião do Vale do Jaguari para o período 1990-2005”, estudo realizado por Adayr da Silva Ilha e Gisele Molinari da UFSM.
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São Vicente do Sul tem suas origens em 1632, onde era um aldeamento de índios guaranis que foram colonizados por jesuítas espanhóis, mas posteriormente a região passaria ao domínio português. O município é um ponto geográfico que centraliza os acessos à fronteira gaúcha de São Borja, de Uruguaiana e de Santana do Livramento.
A Vila de Unistalda teve início entre 1935 e 1936, em virtude da construção de uma estação ferroviária intermediária. A emancipação ocorreu somente em 1995.
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2 ASPECTOS FÍSICO-NATURAIS A região abrangida pelo Corede do Vale do Jaguari faz fronteira ao norte com o Corede das
Missões, ao sul e a oeste com o da Fronteira Oeste e ao leste com o Corede Central (figura 2.1).
Figura 2.1 – Aspectos Físico-Naturais: Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul
É constituído pelos municípios de Cacequi, Capão do Cipó, Jaguari, Mata, Nova Esperança do Sul, Santiago, São Francisco de Assis, São Vicente do Sul e Unistalda (figura 2.2).
Ocupa uma área de 11.268,10 Km2 e tinha, em 2008, uma população total de 120.379 habitantes, representando 4 e 1,12% da área e da população estaduais, respectivamente. Em extensão territorial, os municípios de São Francisco de Assis, Santiago e Cacequi ocupam 64,71% da área da região. Em contingente populacional, estes municípios abrigam 69,89% da população regional. São Francisco de Assis é o município de maior área e Santiago o de maior número de habitantes (tabela 2.1).
Tabela 2.1 – Aspectos Físico-Naturais: Área e população
Área (km2) Pop. (2008) Área (km2) Pop. (2008)
Cacequi 2.370,00 13.878 São Fco. de Assis 2.508,50 19.933
Capão do Cipó 1.022,20 3.248 São Vicente do Sul 1.174,90 8.507
Jaguari 673,5 11.799 Unistalda 602,4 2.445
Mata 312,1 5.378 Região 11.268,10 120.379
Nova Esperança do Sul 191,4 4.870 Estado 281.748,50 10.727.937
Santiago 2413,1 50.321
Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
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Figura 2.2 – Aspectos Físico-Naturais: Municípios integrantes do Corede do Vale do Jaguari
Nota: (1) Nova Esperança do Sul; (2) Jaguari.
A região está localizada entre as unidades geomorfológicas do Planalto Meridional e a
Depressão Meridional, sendo que os municípios de Cacequi e São Vicente do Sul ficam integralmente situados na unidade geomorfológica Depressão Central. São Francisco de Assis, Nova Esperança do Sul, Jaguari e Mata ficam posicionados de forma que seus territórios pertencem tanto a uma unidade geomorfológica como à outra. Os municípios de Santiago, Capão do Cipó e Unistalda estão inseridos na unidade geomorfológica Planalto Meridional (figura 2.3).
Figura 2.3 – Aspectos Físico-Naturais: Figura 2.4 – Aspectos Físico-Naturais: Unidades geomorfológicas Hipsometria
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As altitudes médias da região variam desde 80 até 450 m acima do nível do mar (figura 2.4). O regime pluviométrico de sua área de abrangência constitui-se de médias anuais entre 1.600 a
1.900 mm de chuvas bem distribuídas, com médias trimestrais entre 440 a 480 mm, num crescendo no sentido Sul – Norte (figura 2.5).
As temperaturas médias anuais têm uma variação aproximada entre 16°C a 20°C. No período de outono ficam entre 12°C a 19°C, caindo para 12° a 16°C no período do inverno, passando por uma média de 18°C a 22°C no período de primavera - no verão atinge médias entre 21°C a 25°C (figura 2.6).
Figura 2.5 – Aspectos Físico-Naturais: Figura 2.6 – Aspectos Físico-Naturais: Precipitação média anual Temperatura média [ºC]
Na região encontram-se latossolos, argissolos, neossolos, nitossolos e planossolos. Suas principais ocorrências (figura 2.7) são as seguintes:
Latossolo, antigos solos Santo Ângelo e Cruz Alta – solos vermelhos e profundos (Santiago e São Francisco de Assis);
Argissolo, antigos solos São Pedro e Júlio de Castilhos – nas coxilhas e áreas de campos e lavouras (Mata, Santiago e São Vicente do Sul);
Neossolo – nas encostas basálticas (antiga associação de solo Ciríaco/Charrua), áreas arenosas e campos duros (Jaguari, Mata, Nova Esperança do Sul, Santiago e São Francisco de Assis); e
Planossolo – nas várzeas - arroz irrigado (Jaguari, Mata, Nova Esperança do Sul, São Francisco de Assis e São Vicente do Sul).
De acordo com o macrozoneamento ambiental (figura 2.8), a região possui áreas de campo subarbustivo, áreas de florestas remanescentes, áreas de campos limpos, áreas agrícolas de uso intensivo no verão e áreas de uso intensivo no verão e no inverno.
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Figura 2.7 – Aspectos Físico-Naturais: Figura 2.8 – Aspectos Físico-Naturais: Classificação dos solos Macrozoneamento ambiental A maior parte da área da região pertence ao Bioma Pampa, sendo que somente os municípios de São Francisco de Assis, Nova Esperança do Sul, Santiago, Jaguari e Mata, possuem parte de seus territórios com áreas compreendidas no Bioma Mata Atlântica (figura 2.9). A região pertence à grande bacia do Rio Uruguai, sendo que alguns municípios pertencem às bacias do Ibicui e outros à do rio Santa Maria e às bacias dos rios Icamaquã-Piratinim (figura 2.10).
Figura 2.9 – Aspectos Físico-Naturais: Figura 2.10 – Aspectos Físico-Naturais: Biomas Bacias Hidrográficas
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3 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS De 2000 a 2008, enquanto o contingente regional de pessoas residentes nas zonas urbanas expandiu 4,69%, a população rural regrediu 16,38%. Em consequência, a população total, no mesmo período, encolheu 0,77%, ou seja, 4.214 habitantes (figura 3.1).
Essas variações equivalem a + 0,57% a.a, no caso da população urbana e a - 2,21% a.a, para o decréscimo na zona rural. Assim, a zona urbana regional está crescendo em proporções anuais correspondentes à metade da média estadual; e a população rural decrescendo com intensidade 15% maior do que a respectiva involução no Estado. Em termos globais, enquanto a população estadual cresceu 0,65% a.a no período, a população regional decresceu 0,1% a.a (figura 3.2).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 3.1 – Demografia: Evolução da população Figura 3.2 – Demografia: Taxas médias geométricas regional urbana, rural e total anuais de crescimento populacional A estratificação por idade e gênero identifica que o número de crianças e adolescentes masculinos e femininos, nas faixas de 0-14 anos e de 15-19 anos, decresceu persistentemente entre 2000 e 2008. O extrato de 20-24 anos evidencia razoável estabilidade. E, nas duas últimas faixas de idade, as populações exibiram perfis crescentes, tanto por idade, quanto por sexo (figuras 3.3 e 3.4).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 3.3 – Demografia: Evolução da população Figura 3.4 – Demografia: Evolução da população regional masculina estratificada por idade regional feminina estratificada por idade Essas variações significam que as crianças, adolescentes e jovens do sexo masculino, na faixa de 0-19 anos, diminuíram a taxas superiores a 2% a.a (mais do que o dobro das respectivas médias estaduais), no período 2000-2008. Comportamento semelhante aconteceu na população feminina, porém com intensidade bem maior no decréscimo regional na faixa de 0-14 anos (- 2,53% a.a). O esvaziamento da população regional jovem (15-24 anos) nos dois gêneros, em torno de 1% a.a, é
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significativamente maior do que o que ocorre no Estado, onde não passa de 0,25% a.a. Nas categorias seguintes, os perfis regionais são crescentes a exemplo do Estado, porém com taxas substancialmente menores. Em termos globais, o resultado é que enquanto as populações masculinas e femininas decresceram cerca de 0,10% a.a, as estaduais evoluíram a mais de 0,61% a.a (figura 3.5).
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
De 0a 14anos
De15 a19
anos
De20 a24
anos
De15 a24
anos
De25 a59
anos
Maisde60
anos
Total
%
Masc. Região
Masc. EstadoFem. Região
Fem. Estado
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 3.5 – Demografia: Taxas médias geométricas anuais de crescimento da população masculina e feminina, 2000-2008 A densidade demográfica do Estado é quase quatro vezes maior do que a da região, o que a caracteriza como formada por municípios com extensão territorial acima da média estadual. Os municípios com as densidades mais expressivas são os de Jaguari, Mata, Nova Esperança do Sul e Santiago (figura 3.6). A proporção regional das populações que vivem nas zonas urbanas aproxima-se bastante da média estadual, a qual é ultrapassada somente pelos municípios de Cacequi e Santiago (figura 3.7).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 3.6 – Demografia: Densidade demográfica Figura 3.7 – Demografia: Taxas de urbanização
Analisando outras variáveis que impactam a demografia da região, observa-se que os números de casamentos, de nascidos vivos e de óbitos totais são decrescentes, enquanto que os de divórcios e de separações são ascendentes (figura 3.8).
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0,002,004,006,008,00
10,0012,0014,0016,0018,0020,00
Cas
amen
tos
Div
órci
os e
sepa
raçõ
esju
dici
ais
Nas
cido
svi
vos
Óbi
tos
dem
enor
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ano
Óbi
tos
tota
is
Nº
(por
mil
no E
stad
o)200020042007
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 3.8 – Demografia: Outras variáveis influentes na demografia regional
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4 ASPECTOS ESTRUTURAIS Segundo dados do IBGE, referentes ao ano de 2000, os municípios de Santiago (incluindo Capão do Cipó) e Cacequi situam-se acima das médias nacional (77,82%) e estadual (79,66%), quanto à proporção de domicílios ligados à rede geral de abastecimento de água; São Francisco do Sul, Nova Esperança do Sul e São Vicente do Sul, apresentam índices entre 60 a 80%; e, em situação mais precária, Unistalda, Jaguari e Mata, com 40 a 60% dos municípios atendidos (Figura 4.1).
Figura 4.1 – Aspectos Estruturais: Domicílios ligados à Figura 4.2 – Aspectos Estruturais: Domicílios servidos rede geral de abastecimento de água por coleta de lixo
Nota: 1) Santiago; 2) Capão do Cipó; 3) Unistalda; 4) São Franscisco de Assis; 5) Nova Esperança do Sul; 6) Jaguari; 7) Mata; 8) São Vicente do Sul; e 9) Cacequi. Com relação aos domicílios servidos por coleta de lixo, as melhores performances são as de Santiago, incluindo Capão do Cipó, que, com proporções superiores a 80%, superam a média nacional (79,01%) e equivalem-se à estadual (84,09%). No intervalo de 60 a 80%, estão os municípios de São Francisco de Assis, Nova Esperança do Sul, São Vicente do Sul e Cacequi. E, por fim, com um desempenho entre 20 e 40% de domicílios atendidos, posiciona-se o município de Unistalda (figura 4.2).
Quanto aos domicílios com banheiro ou sanitário ligado à rede geral ou fossa séptica, os municípios em melhor situação ficam entre 40 e 60% (Santiago – incluindo Capão do Cipó – e São Vicente do Sul), enquanto as médias nacional e estadual são, respectivamente, 67,80 e 70,09%. Os demais municípios enquadram-se entre os que têm menos de 20% de domicílios ligados (Figura 4.3).
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Figura 4.3 – Domicílios com banheiro ou sanitário ligado à rede geral ou fossa séptica
Nota: 1) Santiago; 2) Capão do Cipó; 3) Unistalda; 4) São Franscisco de Assis; 5) Nova Esperança do Sul; 6) Jaguari; 7) Mata; 8) São Vicente do Sul; e 9) Cacequi.
O município de Santiago é responsável pela utilização de quase 40% do total da energia elétrica consumida na região. Cacequi, Jaguari, Nova Esperança do Sul (só em 2004), São Francisco de Assis e São Vicente do Sul têm participações que variam entre 9,95 e 14,67%. E, os demais, consomem menos de 4,65% do total (Figura 4.4).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Figura 4.4 – Energia Elétrica - Total: Participação Figura 4.5 – Energia Elétrica: Participação dos maiores municipal no consumo regional consumidores no consumo regional, por tipo (2000-2008) No período de 2000 a 2008, 76,71% da energia elétrica consumida na região pelas empresas comerciais, foi efetuada por estabelecimentos em operação nos municípios de Jaguari, São Francisco de Assis e Santiago, sendo este último responsável por 55,14% do consumo regional (Figura 4.5).
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Na área industrial, os maiores consumidores - Jaguari, Santiago e Nova Esperança do Sul - representaram 81,86% do consumo regional, do qual, 54,49% foram utilizados exclusivamente pelo último município, especialmente em atendimento à demanda das empresas calçadistas nele estabelecidas.
Nos municípios de Cacequi, São Francisco de Assis e Santiago é consumido 76,95% do total regional de energia do tipo residencial, cabendo exclusivamente ao último a fatia de 51,6%.
Os maiores consumidores, na modalidade rural, são Cacequi, Jaguari, Santiago, São Francisco de Assis e São Vicente do Sul, com consumos individuais variando entre 13,78 e 19,60% do total regional e perfazendo 83,50% do mesmo.
No setor público, despontam Cacequi (13,85%), Santiago (35,61%) e São Francisco de Assis (20,03%) que, juntos, utilizam 69,49% da energia empregada pelas respectivas instituições. Em comparação com o consumo estadual, os diferentes tipos de consumo regional são inexpressivos. À exceção das classes residencial e rural, que não passam de 0,24 e 0,18%, respectivamente, as demais modalidades têm consumos menores do que 0,10% (Figura 4.6). Diante de participações regionais tão exíguas, em comparação com o Estado, impõe-se observar o que acontece com os consumos médios (figura 4.7).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 4.6 – Energia Elétrica: Participação regional Figura 4.7 – Energia Elétrica - Comercial: Consumos no consumo estadual, por tipo municipal, regional e estadual médios Em 2008, somente Cacequi, Nova Esperança do Sul, Santiago e São Vicente do Sul registraram consumos superiores a 6,44 MWh por empresa comercial, enquanto que o consumo médio estadual foi quase duas vezes maior. Essa fraca performance evidencia-se, também, em termos da região (cerca de 48 % menor). Nesse mesmo ano, o consumo comercial médio em Jaguari, foi pouco menor do que 6 MWh e, nos demais municípios, oscilou de 2,90 a 4,02 MWh (Figura 4.7).
Com relação ao consumo industrial médio, verifica-se que Nova Esperança do Sul, nos 3 anos amostrados, superou em boa margem a média estadual, atingindo um ápice em 2004. No entanto, esse desempenho diferenciado desabou nos anos seguintes, sob o efeito da crise cambial instaurada naquela época. Nos demais municípios, com exceção de Capão do Cipó (em 2004), nos mesmos 3 anos, o consumo por unidade industrial sempre foi menor de 70,84 MWh (quantidade média regional) que, por sua vez, foi 56,5% inferior do que a média estadual (figura 4.8).
Na área rural, em Cacequi e São Vicente do Sul, em 2008, cada unidade consumidora despendeu, em média, 11,16 e 8,96 MWh, respectivamente, suplantando a média estadual. Este desempenho deveu-se em boa parte às exigências da forte orizicultura praticada naqueles municípios. Já, os demais, nos 3 anos considerados, tiveram desempenhos que não ultrapassaram 3,45 MWh, enquanto a média estadual passou de 7,6 MWh, em 2000, para 8,51 MWh, em 2008. Nesses 2 anos, também comparativamente ao Estado, os consumos médios regionais foram 51,3 e 54,1% menores, respectivamente (Figura 4.9).
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Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 4.8 – Energia Elétrica - Industrial: Consumos Figura 4.9 – Energia Elétrica - Rural: Consumos municipal, regional e estadual médios municipal, regional e estadual médios No caso da energia elétrica consumida na classe residencial, o perfil guarda uma consistente uniformidade. Invariavelmente, o consumo manteve-se entre 1,1 e 1,8 MWh, passando do limite superior apenas em 2000 (São Vicente do Sul) – enquanto que a média estadual, praticamente 2 MWh foi 24,26% maior que a média regional (figura 4.10).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 4.10 – Energia Elétrica - Residencial: Consumos Figura 4.11 – Comunicação - Terminais telefônicos em municipal, regional e estadual médios serviço: Participação municipal no total regional Os municípios de Cacequi, Jaguari, São Francisco do Sul e Santiago abrigavam 78,4 e 79,24% dos terminais telefônicos em serviço na região, em 2004 e 2008, respectivamente – dos quais, nessa mesma ordem, 53,41 e 55,06%, estavam instalados em Santiago (Figura 4.11). Na comparação da região com o Estado, a participação não excedeu de 0,71%, nos anos de 2002, 2005 e 2007. No período 2003 a 2007, a quantidade de terminais na região decresceu 18,47% acompanhando a retração ocorrida no Estado (18,73%).
No tocante aos meios de transporte, a região, nos anos de 2005 a 2008, experimentou decréscimos persistentes na proporção de seu estoque de maquinário agrícola em comparação com o Estado, como decorrência da não incorporação de novas unidades, ao tempo em a maquinaria estadual aumentou 18% (2008/2005). A adição de 3.221 automóveis e de 162 caminhões no último ano, diante do primeiro, manteve estáveis as proporções Região/Estado e refletiu evoluções anuais bem próximas. Os coletivos urbanos e as motocicletas expandiram as suas participações em 0,08 e 0,04 pontos, respectivamente (figura 4.12).
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0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
Coletivo
s urb
.
Autom
óveis
Camin
hões
Mot
ocicle
tas
Máq
. Agríc
olas
%
20052006
20072008
Fonte: IBGE (2008) e DETRAN/RS.
Figura 4.12 – Meios de Transporte: Proporção da frota regional em relação à estadual, por tipo de veículo
Por espécie, constata-se estabilidade na proporção de veículos de carga e “outros”, ficando a expansão importante por conta das unidades utilizadas para o transporte de cargas que cresceram 0,09 pontos na participação, com o aumento de 1.596 novas unidades (2008/2000) – figura 4.13. Quanto ao tipo de combustível, observa-se incrementos sensíveis nas participações dos veículos à álcool e “outros” (figura 4.14).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Figura 4.13 – Meios de Transporte: Proporção da frota Figura 4.14 – Meios de Transporte: Proporção da frota regional em relação à estadual, por espécie regional em relação à estadual, por tipo de de combustível
Planejamento Estratégico do COREDE do Vale do Jaguari - Análise Situacional – Elaboração: Equipe Técnica URI-Santiago 16
5 ASPECTOS ECONÔMICOS 5.1 SETOR PRIMÁRIO O setor agropecuário da economia regional era constituído, em 2006, por 8.378 estabelecimentos próprios que ocupavam uma área de 731.772 ha. As maiores áreas de plantio e de criação estão em Santiago e São Francisco de Assis (cerca de 170 mil ha em cada) e São Vicente do Sul (81 mil ha), perfazendo, em conjunto, quase 60% da área titulada total utilizada para a atividade, na região (tabela 1). Tabela 5.1.1 – Setor Primário: Número e área dos estabelecimentos agropecuários próprios - 2006
Participação na região
Número Área (ha)
Número (%) Área (%)
Cacequi 400 134024 4,77 18,31
Capão do Cipó 605 65455 7,22 8,94
Jaguari 1306 41923 15,59 5,73
Mata 603 18801 7,20 2,57
N. Esp. do Sul 374 12449 4,46 1,70
Santiago 1577 165424 18,82 22,61
S. Fco. de Assis 2207 169086 26,34 23,11
S. Vicente do Sul 869 80973 10,37 11,07
Unistalda 437 43637 5,22 5,96
Região 8378 731772 100,00 100,00
Estado 370827 16164761
Fonte: IBGE Cidades A lavoura permanente na região é representada pelas culturas de laranja, uva, tangerina e pêssego, as quais são responsáveis por 97,56% do valor da produção dos 9 municípios, em todos os tipos de cultivares dessa atividade agrícola. No período 2000 a 2007, as referidas explorações acusaram participações de 48,09, 32,34, 9,93 e 7,20%, respectivamente.
Os municípios de Jaguari, Mata, Santiago e São Francisco de Assis produziram mais de 70% da laranja colhida na região, nos anos de 2000, 2004 e 2007. Para este resultado, em 2007, Jaguari e Santiago contribuíram com 22% cada um, Mata com 17% e São Francisco de Assis com 12% (figura 5.1.1).
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Jaguari Mata Santiago S. Fco.Assis
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Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.1: Lavoura Permanente - Laranja: Participação dos maiores produtores no valor da produção regional
Planejamento Estratégico do COREDE do Vale do Jaguari - Análise Situacional – Elaboração: Equipe Técnica URI-Santiago 17
Nesses mesmos 3 anos, a participação do valor regional total da produção de laranja, com relação ao valor alcançado pelo Estado neste produto, oscilou entre 1,2 e 1,4% (figura 5.1.2). O rendimento médio atingido pelos maiores produtores, em 2007, ficou entre 62 e 78% do verificado no Estado, com exceção do registrado no município de Mata, que ficou apenas 2 pontos abaixo da média estadual (figura 5.1.3). De 2001 a 2007, o município de Jaguari sofreu um forte decréscimo de produtividade, comparativamente ao Estado, caindo de 85% em 2001 para 70% em 2005. Já, no município de Mata, ocorreu importante acréscimo de 74% em 2001, atingindo um máximo de 110% em 2005, porém não mantendo esta posição. Nos outros dois municípios, os 78% (2007) só foram vencidos em 2005 (87%) e 2006 (81%), em Santiago.
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.2 – Lavoura Permanente - Laranja: Partici- Figura 5.1.3 – Lavoura Permanente - Laranja: Rendimento mé- pação da região (total) no valor da dio (RM: kg/ha) dos maiores produtores com produção estadual relação ao RM estadual - 2007
O município de Jaguari produziu mais de 80% da uva colhida na região, nos 3 anos amostrados (figura 5.1.4).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.4 – Lavoura Permanente - Uva: Participação Figura 5.1.5 – Lavoura Permanente - Uva: Participação do maior produtor (Jaguari) no valor da da região (total) no valor da produção produção regional estadual
Em iguais anos, a participação do valor regional da produção de uva, com relação ao valor alcançado pelo Estado nesta ocupação, oscilou entre 0,2 e 0,4% (figura 5.1.5). O rendimento médio obtido pelo município maior produtor, em 2007, correspondeu a 77% do atingido pelo Estado. Esta marca, no período de 2000 a 2007, foi maior apenas em 2003 (94%) e 2006 (85%).
Os municípios de Jaguari, Santiago e São Francisco de Assis produziram, pelo menos, 68% da tangerina cultivada na região, nos três anos considerados. Para este resultado, em 2007, as contribuições de cada município, na mesma ordem, foram 24, 16 e 29% (figura 5.1.6).
Planejamento Estratégico do COREDE do Vale do Jaguari - Análise Situacional – Elaboração: Equipe Técnica URI-Santiago 18
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Jaguari Santiago S.Fco Assis
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Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.6 – Lavoura Permanente - Tangerina: Participação dos maiores produtores no valor da produção regional
A participação do valor regional total da produção de tangerina, com relação ao valor alcançado pelo Estado nesta atividade, caiu de 0,7% em 2000 para 0,4% em 2004, retornando a este último patamar em 2007 (figura 5.1.7). O rendimento médio dos maiores produtores, em 2007, variou de 67 a 76%, em confronto com o do Estado (figura 5.1.8). Nos anos anteriores, individualmente, estes desempenhos foram levemente maiores em 2001 (71%) e 2002 (72%), no município de Jaguari.
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.7 – Lavoura Permanente - Tangerina: Participa- Figura 5.1.8 – Lavoura Permanente - Tangerina: Rendi- ção da região (total) no valor da produção mento médio (RM: kg/ha) dos maiores pro- estadual dutores com relação ao RM estadual- 2007 Os municípios de Cacequi, Jaguari, Santiago e São Francisco de Assis produziram cerca de 80% do pêssego colhido na região, nos 3 anos em questão. Para este resultado, em 2007, as contribuições de cada município, na mesma ordem, foram 6, 24, 19 e 30% (figura 5.1.9).
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1015202530354045
Cacequi Jaguari Santiago S. Fco.Assis
%
2000
2004
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Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.9 – Lavoura Permanente - Pêssego: Participação dos maiores produtores no valor da produção regional
Planejamento Estratégico do COREDE do Vale do Jaguari - Análise Situacional – Elaboração: Equipe Técnica URI-Santiago 19
Nos referidos anos, a participação do valor regional total da produção de pêssego, com relação ao valor alcançado pelo Estado, oscilou entre 0,2 e 0,7% (figura 5.1.10). O rendimento médio conseguido pelos municípios de Cacequi, Jaguari e Santiago, em 2007, não passou de 53% do observado no Estado. No entanto, em São Francisco de Assis, ele ficou 38 pontos acima da média estadual (figura 5.1.11). Em anos anteriores, estes índices foram suplantados somente nos anos de 2001 (69%) e 2002 (84%) em Cacequi; e em 2006 (57%, em Santiago; e 148%, em São Francisco do Sul).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.10 – Lavoura Permanente - Pêssego: Parti- Figura 5.1.11 – Lavoura Permanente - Pêssego: Rendimen- cipação da região (total) no valor da to médio (RM: kg/ha) dos maiores produto- produção estadual res com relação ao RM estadual - 2007
Na exploração da lavoura temporária, as culturas de arroz, soja, milho e trigo foram responsáveis por 80,71% do valor da produção desta atividade na região, no período 2000 a 2007, com participações de 36,92, 34,23, 5,88 e 3,68%, respectivamente.
O cultivo de arroz nos municípios de Cacequi, São Francisco de Assis e São Vicente do Sul resultou em aproximadamente 86% de todo o arroz colhido na região, nos anos de 2000, 2004 e 2007. Para alcançar este resultado, em 2007, cada um destes municípios, colheu, na mesma ordem, 45, 11 e 30% do total regional extraído da atividade (figura 5.1.12).
05
101520253035404550
Cacequi S. Fco. Assis S. Vicente Sul
%
2001
2004
2007
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.12: Lavoura Temporária - Arroz: Participação dos maiores produtores no valor da produção regional
Nesses anos, a participação do valor total advindo da colheita de arroz na região, com relação ao valor alcançado pelo Estado, manteve-se inalterada em 3% (figura 5.1.13). Os rendimentos médios conseguidos pelos municípios maiores produtores, em 2007, em Cacequi e São Francisco de Assis, não passaram de 89%. Porém, em São Vicente do Sul, aproximou-se bastante da média estadual, ficando somente 6 pontos abaixo da mesma (figura 5.1.14). Nos anos anteriores, esses escores só foram
Planejamento Estratégico do COREDE do Vale do Jaguari - Análise Situacional – Elaboração: Equipe Técnica URI-Santiago 20
ultrapassados, significativamente, em 2006 (106%) no município de São Francisco de Assis; e em 2005 (103%), em São Vicente do Sul.
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.13 – Lavoura Temporária - Arroz: Participação Figura 5.1.14 – Lavoura Temporária - Arroz: Rendimento da região (total) no valor da produção médio (RM: kg/ha) dos maiores produto- estadual res com relação ao RM estadual - 2007
Por sua vez, a importância regional dos três municípios maiores plantadores de soja, despencou de uma representatividade de 83% em 2001 para 69% em 2007, por conta principalmente da forte retração ocorrida nas safras de 2004 e 2007, em São Francisco de Assis (figura 5.1.15).
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1015202530354045
Capão do Cipó Santiago S. Fco Assis
%
2001
2004
2007
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.15 – Lavoura Temporária - Soja: Participação dos maiores produtores no valor da produção regional
Não obstante, a participação regional desta cultura no valor da produção estadual correspondente, avançou de 1,9 em 2001 para 2,7% em 2007 (figura 5.1.16). Este bom desempenho, no entanto, não foi acompanhado por melhoria de produtividade, pois em 2007 ela não passou de 89% da média estadual (figura 5.1.17). Nos anos anteriores, esses índices foram excedidos, significativamente, em 2003 (99%) e 2005 (92%) em Capão do Cipó; em 2005 (128%) e 2006 (98%) em Santiago; e em 2001 (128%), em 2003 (97%) e em 2005 (128%) em São Francisco de Assis.
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.16 – Lavoura Temporária - Soja: Participa- Figura 5.1.17 – Lavoura Temporária - Soja: Rendimento ção da região (total) no valor da pro- médio (RM: kg/ha) dos maiores produto- dução estadual res com relação ao RM estadual - 2007
Planejamento Estratégico do COREDE do Vale do Jaguari - Análise Situacional – Elaboração: Equipe Técnica URI-Santiago 21
A lavoura de milho é predominante em Jaguari, Santiago e São Francisco de Assis que, juntos, forneceram entre 60 a 71% das safras regionais em 2007 e 2000, respectivamente. O declínio da participação dos principais produtores deveu-se basicamente à influência da retração da atividade em Santiago, cuja participação caiu de 29 para 18%, nesses dois anos (figura 5.1.18).
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Jaguari Santiag o S . Fco. Assis
%
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Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.18 – Lavoura Temporária - Milho: Participação dos maiores produtores no valor da produção regional
De 2000 a 2007, a participação do valor total oriundo da produção regional de milho, frente ao fruto monetário estadual na atividade, esteve em torno de 1,2 e 1,3%, excetuando-se a inexpressiva contribuição de 0,5% acontecida em 2004 (figura 5.1.19). Os rendimentos médios obtidos pelos municípios maiores produtores, em 2007, em Jaguari, Santiago e São Francisco de Assis, não excederam 69% (5.1.20). Nos anos precedentes, as produtividades destes três municípios foram bem irregulares, evidenciando persistentes pioras que atingiram mínimos de 38, 32 e 21% em 2004, em cada município, naquela mesma ordem; e máximos de 92% em 2002 (Jaguari), 82% em 2001 (Santiago) e 78% em 2003 e 2005 (São Francisco de Assis).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.19 – Lavoura Temporária - Milho: Participação Figura 5.1.20 – Lavoura Temporária - Milho: Rendimento da região (total) no valor da produção médio (RM: kg/ha) dos maiores produto- estadual res com relação ao RM estadual - 2007 O trigo produzido nos municípios de Capão do Cipó, Santiago e São Francisco de Assis integralizava 97 e 92% da produção regional em 2000 e 2004. Em 2007, essa importante posição caiu vertiginosamente para 71%, como consequência da expressiva redução do plantio em Capão do Cipó (figura 5.1.21).
Planejamento Estratégico do COREDE do Vale do Jaguari - Análise Situacional – Elaboração: Equipe Técnica URI-Santiago 22
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Capão do Cipó Santiago S. Fco. Assis
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Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.21 – Lavoura Temporária - Trigo: Participação dos maiores produtores no valor da produção regional Por seu turno, a contribuição de todo o trigo colhido na região, na formação do valor da produção estadual desta cultura, foi sempre crescente, passando de 0,8% em 2001 para 2,4% em 2007 (figura 5.1.22). Os rendimentos médios registrados pelos maiores produtores também são importantes. Em 2007, equivaleram-se à média estadual em Capão do Cipó e a ultrapassaram 12 pontos, em Santiago e São Francisco de Assis (figura 5.1.23). Durante a série toda, essas produtividades foram suplantadas em 9 pontos em 2003 (Capão do Cipó); e em 3 pontos em 2004 (Santiago e São Francisco de Assis).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.22 – Lavoura Temporária - Trigo: Participação Figura 5.1.23 – Lavoura Temporária - Trigo: Rendimento da região (total) no valor da produção médio (RM: kg/ha) dos maiores produto- estadual res com relação ao RM estadual - 2007
A principal atividade regional referente à pecuária é a criação de bovinos. Os municípios de
Cacequi, Santiago e São Francisco de Assis são os maiores criadores. Nos anos de 2000, 2004 e 2007, a exploração nesses municípios equivalia cerca de 70% do efetivo total de cabeças da região. Em 2007, a produção realizada pelos dois últimos municípios, isoladamente, significou 24% do total regional e Cacequi contribuiu com 19% (figura 5.1.24).
Nos referidos anos, a representatividade do rebanho bovino regional no total do efetivo estadual manteve-se praticamente inalterada, próxima aos 6% (figura 5.1.25).
Planejamento Estratégico do COREDE do Vale do Jaguari - Análise Situacional – Elaboração: Equipe Técnica URI-Santiago 23
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.24 – Pecuária - Bovinos: Participação dos Figura 5.1.25 – Pecuária - Bovinos: Participação da região maiores produtores no efetivo regional (total) no efetivo estadual de cabeças de cabeças A outra atividade pecuária com importante expressão econômica regional é a ovinocultura, cujos municípios com maior criação, Cacequi, Santiago e São Francisco de Assis, detiveram nos anos selecionados, mais de 70% do rebanho da região (figura 5.1.26). Em cotejamento com o efetivo estadual, o rebanho regional era, em 2007, equivalente a 4% do mesmo (figura 5.1.27).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.1.26 – Pecuária - Ovinos: Participação dos Figura 5.1.27 – Pecuária - Ovinos: Participação da maiores produtores no efetivo regional região (total) no efetivo estadual de de cabeças de cabeças
Com o objetivo de analisar a dinâmica regional, lançou-se mão do método do Quociente
Locacional, conforme aplicado por Ilha e Molinari2. Utilizando esta metodologia, os referidos pesquisadores mensuraram o grau de especialização conjunta dos municípios integrantes do Corede do Vale do Jaguari, comparando cada setor/ramo de atividade da região com relação ao mesmo setor/ramo de atividade no Estado.
Para esta finalidade, usaram o número de empregados na suposição de que, em geral, os setores/ramos de atividades potenciais empregam mais mão-de-obra no decorrer do tempo, propulsando a renda regional, estimulando o consumo e, consequentemente, a dinâmica da região. Além disso, buscaram, também, identificar padrões de concentração ou dispersão num determinado período de tempo. Concentração, no caso do setor/ramo de atividade apresentar potencialidade; ao contrário, dispersão.
2 “Avaliação dos setores potenciais e estagnados da microrregião do Vale do Jaguari para o período 1990-2005”, estudo realizado por Adayr da Silva Ilha e Gisele Molinari da UFSM.
Planejamento Estratégico do COREDE do Vale do Jaguari - Análise Situacional – Elaboração: Equipe Técnica URI-Santiago 24
Seguindo esta concepção, eles adotaram a seguinte fórmula para cálculo do Quociente Locacional (QL):
Estado do totalempregados de nº região da totalempregados de nº
Estado no ramo-setor do empregados de nº município no ramo-setor do empregados de nºQL
iji=
Assim, um determinado setor/ramo que apresente um quociente locacional maior do que 1 pode
ser interpretado como sendo potencial na região, ao passo que, um QL < 1, indica um setor/ramo não-potencial, ou seja, menos dinâmico.
Os resultados encontrados por Ilha e Molinari (tabela 5.1.2) mostram que a agropecuária regional revelou elevado dinamismo no período de 2000 a 2005, embora decrescente. Isso indica que o setor vem perdendo hegemonia quanto a sua capacidade de empregabilidade da força de trabalho regional, em comparação com os demais setores da economia estadual.
Tabela 5.1.2 – Agropecuária: Quociente locacional regional em relação ao Estado
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Agropecuária 4,12 4,33 3,97 3,78 3,93 3,78
Fonte: “Avaliação dos setores potenciais e estagnados da microrregião do Vale do Jaguari para o período 1990-2005”, estudo realizado por Adayr da Silva Ilha e Gisele Molinari da UFSM.
5.2 SETOR SECUNDÁRIO
No setor industrial da economia regional existiam no ano de 2000 cerca de 460 empresas funcionando, segundo estimativa baseada no número de consumidores industriais de energia elétrica naquele ano. Este contingente de empresas experimentou um decréscimo contínuo desde então, registrando-se apenas 189 unidades consumidoras de energia elétrica em 2008. Nessa escalada de encerramento de negócios industriais, as subtrações mais expressivas ocorreram no município de Santiago onde, no referido período, computou-se 146 unidades a menos (figura 5.2.1).
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Unista
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Região
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2002
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2005
2006
2007
2008
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.2.1 – Setor Secundário: Número de consumidores industriais de energia elétrica como proxy do número de empresas industriais
Planejamento Estratégico do COREDE do Vale do Jaguari - Análise Situacional – Elaboração: Equipe Técnica URI-Santiago 25
Comparando-se o número de empregos em cada município, nas diversas atividades industriais, com relação ao seu correspondente total regional, constata-se que o emprego na indústria extrativa mineral é predominante em Cacequi, sendo inexpressivo nos demais municípios. A indústria de transformação é mais importante em Nova Esperança do Sul e em Santiago. Os serviços industriais de utilidade pública e de construção civil predominam em Santiago (figura 5.2.2).
0,010,020,030,040,050,060,070,080,090,0
Cacequi
Capão do C
ipó
Jaguari
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Santiago
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S. Vice
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o Sul
Unistald
a
%Extrativa Mineral
Ind. Transformação
Serv. Ind. Pública
Construção Civil
Total
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - CAGED
Figura 5.2.2 – Setor Secundário: Participação do emprego municipal na região, por tipo de indústria - 31.12.2008
Com base na análise do quociente locacional mensura-se como atividade potencial (dinâmica)
na região, em relação ao Estado, apenas o sub-setor “Indústria de borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas”, que desde 2000 sustentou quocientes bem maiores do que a unidade, chegando a um índice próximo de 7, em 2003. Porém, em 2004 e 2005 este sub-setor perdeu significativa parcela de seu dinamismo comparativo. Em contrapartida, a indústria de calçados saiu de nenhum dinamismo para um enquadramento como atividade “potencial”, em 2005 (tabela 5.2.1).
Tabela 5.2.1 – Setor Secundário: Quociente locacional regional em relação ao Estado
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Extrativa mineral 0,75 0,21 0,49 0,11 0,36 0,40
Indústria de transformação 0,64 0,64 0,72 0,79 0,73 0,60
Indústria de produtos minerais não metálicos 1,184 1,158 1,086 1,108 1,111 0,998
Indústria metalúrgica 0,118 0,102 0,087 0,088 0,083 0,123
Indústria mecânica 0 0 0,039 0,025 0,030 0,043
Indústria de material elétrico e de comunicações
0 0 0 0 0 0,023
Indústria de material de transporte 0,007 0,016 0,019 0,024 0,025 0,024
Indústria de madeira e de mobiliário 0,649 0,629 0,524 0,486 0,591 0,606
Indústria de papel, papelão, editorial e gráfica 0,258 0,276 0,247 0,258 0,235 0,322
Indústria de borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas
4,371 4,865 5,902 6,925 6,403 2,273
Indústria química de produtos farmacêu- ticos, veterinários, perfumaria
0,070 0,074 0,068 0,051 0,053 0,053
Indústria têxtil de vestuário e artefatos de tecidos
0,950 0,914 0,689 0,448 0,354 0,448
Indústria de calçados 0,142 0,074 0,126 0,116 0,120 1,120
Indústria de produtos alimentícios, 0,450 0,450 0,425 0,418 0,349 0,357
Planejamento Estratégico do COREDE do Vale do Jaguari - Análise Situacional – Elaboração: Equipe Técnica URI-Santiago 26
2000 2001 2002 2003 2004 2005
bebidas e álcool etílico
Serviços industriais de utilidade pública 0,98 0,36 0,86 0,68 0,81 0,94
Construção civil 0,97 0,83 0,97 0,97 0,69 0,91 Fonte: “Avaliação dos setores potenciais e estagnados da microrregião do Vale do Jaguari para o período 1990-2005”, estudo realizado por Adayr da Silva Ilha e Gisele Molinari da UFSM.
5.3 SETOR TERCIÁRIO
No setor terciário da economia regional existiam no ano de 2000 cerca de 3.176 empresas funcionando, segundo estimativa baseada no número de consumidores industriais de energia elétrica naquele ano. Este contingente de empresas experimentou um decréscimo moderado, porém persistente até 2008, quando havia 298 empresas a menos do que em 2000. Nesta mesma base de comparação, somente não registraram encerramento de unidades os municípios de Capão do Cipó, Nova Esperança do Sul e Santiago (figura 5.3.1).
0
500
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1500
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2500
3000
3500
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2000
2001
20022003
2004
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20062007
2008
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.3.1: Número de consumidores comerciais (e setor público) de energia elétrica como proxy do número de empresas do setor terciário
Na tabela 5.3.1 estão os quocientes locacionais do setor terciário calculados por Ilha e Molinari
para o período 2000-2008. Os segmentos do omércio e da administração pública direta e autárquica foram enquadrados como dinâmicos, em todos os anos, enquanto o sub-setor de serviços ficou distante de ser classificado como potencial.
Tabela 5.3.1 – Setor Terciário: Quociente locacional regional em relação ao Estado
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Comércio 1,18 1,18 1,17 1,13 1,19 1,24
Comércio varejista 1,357 1,338 1,321 1,284 1,355 1,395
Comércio atacadista 0,290 0,324 0,328 0,285 0,324 0,377
Serviços 0,63 0,65 0,81 0,64 0,65 0,65
Planejamento Estratégico do COREDE do Vale do Jaguari - Análise Situacional – Elaboração: Equipe Técnica URI-Santiago 27
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Instituições de crédito, seguros e capitalização 1,205 1,201 1,010 1,136 1,159 1,076
Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. técnico
0,274 0,284 0,262 0,256 0,328 0,373
Transportes e comunicações 0,280 0,268 0,324 0,289 0,286 0,305
Serv. de alojamento, alimentação reparação, manutenção, redação
0,696 0,641 1,295 0,664 0,604 0,556
Serviços médicos, odontológicos e veterinários 0,994 0,996 1,090 1,091 1,127 1,117
Ensino 0,901 1,250 1,022 1,094 1,106 1,170
Administração pública direta e autárquica 1,303 1,337 1,000 1,226 1,299 1,426
Fonte: “Avaliação dos setores potenciais e estagnados da microrregião do Vale do Jaguari para o período 1990-2005”, estudo realizado por Adayr da Silva Ilha e Gisele Molinari da UFSM.
O dinamismo do sub-setor de comércio é fruto exclusivo do desempenho do comércio varejista, sem contribuição alguma do comércio atacadista, cujo maior índice, alcançado em 2005, foi 0,377. No caso dos serviços, os carros-chefes foram as “instituições de crédito, seguros e capitalização”, os “serviços médicos, odontológicos e veterinários” e as atividades de ensino. 5.4 MERCADO DE TRABALHO A criação de novos empregos na região desabou de 577 novos postos em 2000 para 355 em 2008. Este declínio deveu-se à crise cambial que se refletiu sobremaneira na indústria calçadista estabelecida em Nova Esperança do Sul. Em decorrência disso, em 2004 e 2008 perderam-se 11 e 72 novas vagas naquele município. Nos três anos considerados, somente Santiago evidenciou um crescimento persistente na abertura de novas oportunidades de trabalho (figura 5.4.1).
Esse diminuto dinamismo do mercado de trabalho regional implica em taxas de desemprego elevadas que são mais sentidas entre os jovens. No final de dezembro de 2008, a proporção da população jovem ocupante de empregos formais era 10,5% (figura 5.4.2). Em âmbito municipal, essa taxa é superada por Nova Esperança do Sul (23,9%), Santiago (12,4%) e São Vicente do Sul (10,7%).
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - CAGED Fontes: FEEDADOS e Ministério do Trabalho e Emprego – CAGED Figura 5.4.1 – Mercado de Trabalho: Evolução do saldo do Figura 5.4.2 – Mercado de Trabalho: Proporção da emprego formal (admissões menos população jovem ocupante de empregos demissões) formais em 31.12.20083
3 Estas proporções devem ser interpretadas como estimativas, pois os dados da população jovem referem-se à faixa de 15 a 24 anos, enquanto que os de ocupantes de empregos formais, à de 16 a 14 anos.
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No que concerne à proporção das admissões de trabalhadores municipais empregados formalmente, em comparação com os admitidos no Estado em 2000, 2004 e 2007 (figura 5.4.3), averigua-se que ficou abaixo de 0,06%, a não ser nos municípios de Nova Esperança do Sul em 2000 (0,14%) e Santiago em 2000 (0,23%) e em 2004 e 2007 (0,21%). Na região, este indicador foi inferior a 0,5%, nos referidos anos.
Do contingente de 13.350 ocupantes de empregos formais na região, em fins de dezembro de 2008, 41,8% eram homens e 58,2%, mulheres - 50,8% estavam no comércio e na administração pública; 19,3%, nos serviços; 25,4%, na indústria de transformação e na agropecuária; e os restantes 4,5%, nos demais ramos de atividades (figura 5.4.4).
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – CAGED Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – CAGED
Figura 5.4.3 – Mercado de Trabalho: Evolução da parti- Figura 5.4.4 – Mercado de Trabalho – Proporção de cipação do emprego formal no RS pessoas ocupando empregos formais (admissões) na região, por ramo de atividade, em
31.12.2008
5.5 COMÉRCIO EXTERIOR O comercio exterior regional, no que tange às exportações, é quase que totalmente realizado pelo município de Nova Esperança do Sul, através de sua indústria calçadista. Em toda a série levantada, somente em 2004 e 2005 tais vendas para o exterior foram inferiores a 80 e 90% do total, sendo a parcela restante vendida pelo município de Santiago (figura 5.5.1). Nas importações regionais, o predomínio absoluto também é de Nova Esperança do Sul, à exceção no ano de 2004 em que as compras de Santiago foram maiores ((figura 5.5.2).
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Figura 5.5.1 – Comércio Exterior: Participação das expor- Figura 5.5.2 – Comércio Exterior: Participação das importações tações municipais na região municipais na região
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O saldo da balança comercial municipal foi negativo para os municípios de Santiago (- US$16 mil em 2000 e - US$4 mil em 2006) e São Francisco de Assis (- US$12 mil em 2000 e - US$25 mil em 2004). Na região, o saldo foi sempre positivo e crescente até 2004, caindo pela metade no ano seguinte. A recuperação iniciada em 2007 perdurou no ano posterior, em que a região conseguiu retomar a pauta de transações com que operara em 2000 (figura 5.5.3). O saldo da balança comercial regional, em confronto com a evolução global no Estado, desandou de 2,25% em 2000, para menos de 0,5% em 2006. Desde então, esboçou alguma reação que, porém, não excedeu a 1% em 2008 (figura 5.5.4).
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Figura 5.5.3 – Comércio Exterior: Evolução do saldo da Figura 5.5.4 – Comércio Exterior: Participação do saldo da balança comercial municipal e regional balança comercial diante da estadual Os principais produtos de exportação da região são:
MEL NATURAL;
OUTROS GRAOS DE SOJA, MESMO TRITURADOS;
OUTS. COUROS/PELES INT. BOVINOS, PREPARADOS;
OUTS. COUROS/PELES BOVINOS, SECOS, PENA FLOR;
PARTES P/ASSENTOS, DE OUTRAS MATERIAS;
OUTS. POLIM. DE CLORETO VINILA/OLEFINAS HALOG. FORMAS PRIM;
OUTROS GRAOS DE SOJA, MESMO TRITURADOS;
TRIGO (EXC. TRIGO DURO OU P/SEMEADURA), E TRIGO C/CENTEIO; e
OUTROS GRAOS DE SOJA, MESMO TRITURADOS
Os principais parceiros comerciais compradores das exportações regionais são a China, os Estados Unidos, a Índia, Portugal, a Alemanha, o Canadá, a Noruega e a Itália
5.6 RETORNO DO ICMS Os índices de retorno do ICMS aos municípios, referentes a 2009, não melhoraram com base
nos auferidos em 2001, com exceção de Capão do Cipó (que aumentou) e de Santiago (que decresceu). No entanto, no primeiro caso, com relação a 2005, ocorreu igualdade e, no segundo, melhoria. Nova Esperança do Sul registrou diminuição, com relação a 2005 (figura 5.6.1).
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0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
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lda
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2001
2005
2009
Fonte: Secretaria Estadual da Fazenda/RS
Figura 5.6.1 – ICMS: Evolução do índice de retorno aos municípios 5.7 VALOR ADICIONADO BRUTO (VAB) De maneira geral, o peso da agropecuária na economia municipal, medido pela magnitude do valor adicionado bruto a preços básicos, vem decaindo invariavelmente ao longo dos anos, como parte do fenômeno que se reproduz em escala estadual, regional e nacional (figura 5.7.1). Não obstante, o setor ainda representa 44% da economia local de Cacequi; 53% de Unistalda; e 64% de Capão do Cipó. Já, a indústria, tem expressão significativa na economia local somente de Nova Esperança do Sul. Porém, estima-se que atualmente a sua representatividade não alcance 50%, quando já liderou cerca de 70% do valor agregado total (figura 5.7.2).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.7.1 – VAB: Participação do valor adicionado bruto Figura 5.7.2 – VAB: Participação do valor adicionado bruto da agropecuária no VAB municipal total da indústria no VAB municipal total A importância dos serviços nas economias locais exibiu expansão contínua em todos os municípios, quanto à evolução do respectivo valor agregado. Em cinco deles, variou de 50 a 56%. Em Santiago, ultrapassou os 70% ainda em 2004 (figura 5.7.3).
A proporção do VAB regional da agropecuária no total estadual desse setor não passou de 0,21%, nos dois últimos anos computados, quando já esteve perto de 0,3%; a da indústria é inexpressiva; e a dos serviços está quase alcançando meio por cento (figura 5.7.4).
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Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.7.3 – VAB: Participação do valor adicionado bruto Figura 5.7.4 – VAB: Participação do valor adicionado bruto dos serviços no VAB municipal total regional, por atividade econômica, no Estado
5.8 PIB Os municípios de Santiago, São Francisco do Sul e Jaguari detêm quase 65% do PIB total da região, do qual cerca de 40% é produzido em Santiago (figura 5.8.1). Entretanto, em medição per capita, os maiores PIBs são os de Capão do Cipó e Nova Esperança do Sul que, inclusive, posicionaram-se em 2006, acima e abaixo (porém bem próximo) da média estadual, respectivamente. Todos os demais PIBs municipais per capita a preços correntes, apesar de seus perfis ascendentes, em 2006, situaram-se abaixo de R$8.700,00, quando nesse ano a média estadual foi R$14.310,00 (figura 5.8.4).
O peso relativo do PIB municipal no agregado estadual é inexpressiva. O município que mais contribui é Santiago, com uma fração equivalente a 0,24% (figura 5.8.2).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Figura 5.8.1 – PIB: Participação do PIB municipal Figura 5.8.2 – PIB: Evolução da participação do PIB na região municipal e regional no Estado
Sete municípios, em 2006, superaram a variação do PIB nominal estadual, tomando-se como base o ano imediatamente anterior. Consequentemente, a variação da região também foi maior nesse ano. (figura 5.8.3).
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Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.8.3 – PIB: Variação percentual anual do PIB Figura 5.8.4 – PIB: Evolução do PIB corrente per capita
nominal
Por conseguinte, as variações percentuais anuais do PIB nominal per capita são similares às do PIB corrente municipal, conforme se pode ver na Figura 5.8.5.
-60
-40
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0
20
40
60
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120
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Estado
2 002
2 004
2 006
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.8.5 – PIB: Variação percentual anual do PIB nominal per capita
5.9 FINANÇAS PÚBLICAS MUNICIPAIS
A evolução da proporção do saldo regional das receitas totais arrecadadas e despesas totais realizadas, em relação ao saldo estadual, piorou sensivelmente de 2004 a 2006. Em 2007, atingiu seu melhor desempenho, desde 2001, 1,4% (figura 5.9.1). Este número significa que R$23,1 milhões de receitas arrecadadas não foram utilizados na efetivação de despesas no referido exercício. Por seu turno, a força arrecadadora regional, cuja participação no esforço estadual mantivera-se deveras rígida, no período 2000-2006, expandiu-se nos anos seguintes (figura 5.9.2).
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Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Figura 5.9.1 – Finanças Públicas: Proporção do saldo regional Figura 5.9.2 – Finanças Públicas: Proporção dos tributos das receitas totais arrecadadas e despesas municipais, estaduais e federais arrecada- totais realizadas, em relação ao saldo estadual na região, em relação ao Estado
Na região, em 2002, foi investido (por hab.) um montante praticamente equivalente à média estadual. No entanto, em 2005 e 2008, o investimento per capita realizado no Estado foi cerca de 1,2 vezes maior do que o efetuado na região. Já, a amortização da dívida regional per capita, que se manteve no mesmo patamar em 2002 e 2005, mais que dobrou em 2008, enquanto a média estadual (2008/2005) aumentou 1,4 vezes (figura 5.93).
0,00
20,00
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60,00
80,00
100,00
120,00
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Invest.per capita- Reg ião
Invest.per capita
- RS
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capita -Região
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capita -RS
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. 20022005
2008
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional e Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 5.9.3 – Finanças Públicas: Investimentos e amortização da dívida da administração municipal, na região e no Estado
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6 ASPECTOS SOCIAIS No campo da educação infantil, a região experimentou um ligeiro decréscimo no número de matrículas iniciais, no final do período 2000-2006, quando não conseguiu mais recuperar o nível máximo atingido em 2003, cerca de 3 mil crianças (figura 6.1). No ensino fundamental, tanto as matrículas iniciais quanto o número de concluintes foi descendente, em toda a série de dados. Em 2006, as matrículas não alcançaram os 19 mil, quando em 2000 superou os 21 mil; e o número de concluintes, que atingiu 2000 em 2002, no último ano da série, diminuiu 400 alunos (figura 6.2).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 6.1 – Educação Infantil: Matrículas iniciais na região Figura 6.2 – Ensino Fundamental: Matrículas iniciais e concluintes na região No ensino médio, o comportamento foi similar ao havido no ensino fundamental, quanto ao sentido das alterações, porém com declínio bem mais acentuado nas matrículas, que encolheram mais de 800 inscrições, do primeiro ao último ano observado (figura 6.3). No caso do ensino superior, as matrículas totalizaram quase 2 mil alunos em 2004 e, a partir daí, reduziram-se drasticamente. De 2005 a 2008, o número de concluintes nunca foi maior do que 353 formandos (figura 6.4).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: URI – Campus de Santiago.
Figura 6.3 – Ensino Médio: Matrículas iniciais e Figura 6.4 – Ensino Superior: Matrículas e concluintes concluintes na região na região (URI – Campus de Santiago) Na área da saúde, verifica-se que a duração anual média de dias das internações hospitalares, em 5 anos da série, na região, foi, pelo menos, 1,3 dias menor que as respectivas médias estaduais; e, em 3 anos, foi 1,8 dias menor (figura 6.5). A taxa4 de mortalidade regional por ano, que de 2000 a 2002 superou a estadual, nos 5 anos seguintes sempre foi inferior à media estadual, à exceção de 2005 (figura 6.6).
4 Razão entre o número de óbitos em hospital e a quantidade de autorizações de internações hospitalares (AIHs) pagas.
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Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 6.5 – Internações Hospitalares: Número anual Figura 6.6 – Internações Hospitalares: Taxa de médio de dias mortalidade por ano
Esse desempenho nos indicadores hospitalares foi conseguido com a proporção do número de leitos regionais em relação ao Estado, praticamente inalterada, principalmente nos últimos 3 anos da série (figura 6.7).
Quanto à mortalidade infantil, constata-se, nos últimos cinco anos da série, uma melhor performance dos índices regionais, com relação ao Estado. Somente em 2005, o coeficiente regional superou a média estadual (figura 6.8).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS).
Figura 6.7 – Internações Hospitalares: Proporção do Figura 6.8 – Mortalidade Infantil: Coeficiente por mil número de hospitais e de leitos regionais, nascidos vivos em relação ao Estado Nas questões da justiça e segurança, denota-se inalteração na capacidade dos estabelecimentos penais da região, em comparação com a evolução dos mesmos no Estado. Isso significa que o número de vagas expandiu-se mais nas outras regiões do que na do Vale do Jaguari. Já, o efetivo carcerário acompanha bem de perto o quantitativo estadual (figura 6.9).
O número de homicídios na região é estável e os de lesões corporais e de furtos e roubos são declinantes, nos 3 anos investigados. Somente a posse e o tráfico de entorpecentes evoluíram positivamente, passando de 53 ocorrências em 2005, para 70 em 2008 (figura 6.10).
As variáveis referentes ao número de casamentos e de divórcios e separações judiciais estão apresentadas na seção “Aspectos Demográficos” (figura 3.8).
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Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fonte: Secretaria da Segurança Pública/RS.
Figura 6.9 – Justiça e Segurança: Proporção da Figura 6.10 – Justiça e Segurança: Número de crimes capacidade dos estabelecimentos penais por tipo na região e do efetivo carcerário regional em relação, Nota: o dado sobre lesão corporal (2008) não foi computado. ao Estado A representação política regional guarda relação bem próxima com a evolução estadual. Duas singularidades merecem destaque. O número de eleitores analfabetos, em comparação com o Estado, diminuiu nos dois primeiros anos da série e, a partir daí, manteve-se estável. A proporção de eleitores menores foi crescente do primeiro ao quarto ano e, em 2008, decresceu (figura 6.11).
Quanto ao gênero e à vinculação partidária dos prefeitos e vereadores da região, apura-se que, aproximadamente, 90% eram homens e cerca de 60% eram do PP, PDT e PSDB, nos dois anos observados (figura 6.12).
Fonte: Fundação de Economia e Estatística (FEEDADOS). Fontes: Federação das Associações de Municípios/RS e Tribunal Regional Eleitoral/RS.
Figura 6.11 – Representação Política: Proporção do número Figura 6.12 – Representação Política: Proporção do de eleitores da região, em relação ao Estado número de prefeitos e vereadores por gênero e por partido, na região No que concerne à Assistência Social, observa-se no corrente ano a existência de 13.645 famílias cadastradas no programa governamental Bolsa-Família, na região. Santiago e São Francisco de Assis abrigam quase 60% dessas famílias (figura 6.13).
As despesas regionais anuais com Assistência Social, providenciadas pelos erários públicos municipais, aumentaram 208%, de 2002 para 2008. O município de Santiago foi o que mais despendeu recursos nessa área, destinando, no último ano, 254% a mais do que havia aplicado em 2002 (figura 6.14).
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Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social. Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional (FINBRA).
Figura 6.13 – Assistência Social: Número de famílias Figura 6.14 – Assistência Social: Despesas anuais cadastradas no Bolsa-Família Assistência Social Por sua vez, os valores pagos pelas prefeituras municipais da região, em benefícios de Previdência Social, aumentaram 95%. Na prefeitura de Santiago, os gastos com essa rubrica foram 114% maiores em 2008, em comparação com 2002 (figura 6.15).
0
1000
2000
3000
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5000
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Cacequi Jaguari Mata N. Esp.do Sul
Santiago S. Fco.de Assis
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Região
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mil 2002
2005
2008
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional (FINBRA).
Figura 6.15 – Assistência Social: Valores pagos em benefícios de Previdência Social
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7 ASPECTOS INSTITUCIONAIS A cidade de Santiago possui hoje diversas entidades, órgãos estaduais e federais e está localizada numa área estratégica da região centro-oeste do Estado do Rio Grande do Sul.
Santiago, hoje é um pólo Educacional, tendo na URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - Campus de Santiago uma instituição de caráter comunitário, com vários cursos curso de graduação e de, pós-graduação Lato e Stricto Sensu. Sua contribuição é reconhecida e consolidada como formadora de profissionais qualificados para atender a demanda regional nos mais variados campos de conhecimento. A URI-Santiago, dentre os seus mais de sessenta laboratórios e grupos de pesquisa abriga o Núcleo de Desenvolvimento Tecnológico Vale do Jaguari (NUDETEC) o qual tem a incumbência de planeja e executar projetos voltados ao desenvolvimento local e regional.
Santiago sedia vários órgãos estaduais e federais, tais como: Órgãos Estaduais:
• 5º RPMON da Brigada Militar e Comando Rodoviário; • 21º Região Policial – Delegacia Regional de Polícia Civil; • Órgão da Secretaria de Agricultura do RS; • 26ª Coordenadoria Regional do SOPS; e • 12º Distrito Operacional do DAER.
Órgãos Federais:
• Justiça Federal; • 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada - Quartel General; • 9º Batalhão Logístico; • 19º Grupo de Artilharia de Campanha; • 11ª Companhia de Comunicações; • Ministério da Aeronáutica – Destacamento de Proteção ao Vôo; • INSS- Agencia Regional; • BM - 5º Regimento de Polícia Montada; • Corpo de Bombeiros – 3º SGCI. Atende Santiago, São Francisco de Assis, Jaguari, São
Vicente, Unistalda, Capão do Cipó e Nova Esperança do Sul; • Policia Rodoviária Estadual; • Policia Rodoviária Federal; • IBGE; • 21ª Delegacia Regional de Policia; • Delegacia de Pronto Atendimento; • Posto Policial da Mulher; • Delegacia de Delitos de Trânsito; • Vara da Justiça Federal; • Vara da Justiça do Trabalho; • Poder Judiciário Estadual composto por duas varas cíveis, vara da infância e juventude, vara
das execuções criminais, juizado especial cível, juizado especial criminal e Tribunal do Júri; • Ministério Público Estadual; • Defensoria Pública; • Presídio Estadual e Albergue Estadual; e • URI- Campus de Santiago.
Organizações privadas:
• Centro Empresarial de Santiago; • SPC; • SINDILOJAS; • ROTARY; • CDL; • LIONS; e • AES SUL.
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