bem-aventuranÇas - ibbr.org.br · bem-aventurados[1] os pobres em espírito, pois deles é o reino...
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Av. Des. Hugo Simas, 1772. Bom Retiro. Curitiba – PR 41. 3077-7749 | www.ibbr.org.br | secretaria@ibbr.org.br
BEM-AVENTURANÇAS
1 Vendo as multidões, Jesus subiu ao monte e se assentou. Seus discípulos
aproximaram-se dele,
2 e ele começou a ensiná-los, dizendo:
3 Bem-aventurados[1] os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus.
4 Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados.
5 Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança.
6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão
satisfeitos.
7 Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia.
8 Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus.
9 Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.
10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o
Reino dos céus.
11 Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os
insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra
vocês.
12 Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos
céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes
de vocês.
13 Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como
restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado
pelos homens.
14 Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade
construída sobre um monte.
15 E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma
vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a
todos os que estão na casa.
16 Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas
boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.
[1] Um sinônimo de “bem-aventurado” é feliz;
também nos versículos 4 a 11.
A lição das Bem-Aventuranças é uma ministração feita por Jesus. Ela
aconteceu em um monte, por isso, também é conhecida como Sermão da Montanha
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ou Sermão do Monte. Ao pronunciar as Bem-Aventuranças no Sermão da Montanha,
Jesus estabeleceu as diretrizes do Reino dos Céus. Ele e seus discípulos estavam na
região noroeste do Mar da Galileia.
O sermão se estende além das bem-aventuranças, mas o seu primeiro trecho
já possui uma preciosa lição em si mesmo.
O sermão é uma proclamação da Nova Aliança que Jesus estava
estabelecendo. Ali, Jesus expõe as condições essenciais para a conversão e traz o
consolo aos aflitos. Neste sentido, as palavras de Jesus são revolucionárias. Aqueles
que se julgavam já ricos, cheios de sua própria sabedoria e detentores de honras
humanas, achavam que esta era a marca da promessa divina. A ideia, até então, era a
de que a pessoa que está em comunhão com Deus precisa ter prosperidade.
Mas o mestre traz uma que não segue a lógica deste mundo. Ele traz palavras
de conforto e inclusão social, chegando aos corações dos rejeitados e excluídos. Esse
texto trata mais do caráter (homem interior) do que do exterior.
Jesus Cristo deixa bem claro que Deus está atento as motivações do coração.
As bem-aventuranças revelam a extraordinária carga de felicidade e bênção da qual
desfrutarão aqueles que colocarem em prática, esses conselhos. As dificuldades não
são omitidas, no entanto, há uma garantia de triunfo perpétuo aos fiéis.
A palavra bem-aventurados, é usada cerca de cinquenta vezes no Novo
Testamento. O sentido original da palavra no grego clássico possui significado
semelhante a ‘grande’. Era usualmente utilizado como sinônimo para a palavra feliz,
podendo ser sinônimo, também, de rico. O que Jesus está dizendo é que bem-
aventurados são os que vivem com Deus.
São 8 bem-aventuranças ao todo:
1- Os pobres de espírito;
2- Os que choram;
3- Os mansos;
4- Os que têm fome e sede de justiça;
5- Os misericordiosos;
6- Os puros de coração;
7- Os pacificadores;
8- Os perseguidos por causa da justiça.
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BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO
Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus
Mateus 5.3
Essa bem-aventurança trata da humildade e do orgulho. Ela é uma das bases
do Cristianismo. Apenas as pessoas humildes são capazes de ouvir, crer e se
submeter aos ensinamentos de Jesus.
Esse trecho não fala de dinheiro, o campo aqui é espiritual. Mesmo sendo Rei
de Reis, e Senhor de Senhores, Jesus se fez menino e nasceu em um nascimento
simples e modesto. Foi criado por uma família humilde (Lucas 2.7), lavou os pés de
seus discípulos (João 12.12 – 14), entre outras coisas.
Dando o exemplo, Jesus espera que seus discípulos também sejam humildes.
Possuam um espírito livre de toda luxúria, ostentação e ganância deste mundo.
O Apóstolo Paulo diz que Jesus “esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo,
tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana,
humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” (Filipenses
2:7,8). A recomendação prévia é de que: Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo
Jesus (Filipenses 2.5)
A lição de esvaziar-se não é nova. Desde o estabelecimento da Páscoa judaica,
quando comeram pão sem fermento (pão Ázimo, ou matzá). A ideia dessa
representação é, justamente, a de que não deveriam se inflar, se encher de confiança,
pelo contrário, deveriam esvaziar-se.
Esse processo de entrega começa com a conversão e passa, então, a um
progresso chamado de santificação. Nele, alguns passos passam a ser estabelecidos,
que variam de pessoa para pessoa...
Contudo, basicamente, a variação se dá em áreas, mas o processo costuma ser
o mesmo, que separamos aqui:
- Buscar saber e cumprir a vontade de Deus antes da própria;
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- Valorizar mais a Deus do que as coisas que as pessoas costumam valorizar
(dinheiro, posses, religião, amizades, viagens, relacionamentos);
- Esquecer o passado e fatos que fizemos (ou que fizeram para nós) e não
agradam a Deus;
- Buscar conhecer e compreender a Bíblia (Palavra de Deus);
- Aprender a depender de Deus e buscar intimidade com ele;
- Encher-se do amor de Deus e exercer compaixão pelo próximo.
Esse processo de esvaziamento é expresso por Paulo, ao dizer: “Logo, já não sou eu quem vive, mas cristo vive em mim; e esse viver que, agora, vivo na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”.
Gálatas 2:20 Esvaziando-se de si mesmos, estaremos dando espaço para o Espírito Santo em nossas vidas.
BEM-AVENTURADOS OS QUES CHORAM
Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados.
Mateus 5.4
O choro tem uma importância médica única. Quando somos crianças,
principalmente bebês, o choro representa todas as nossas vontades: fome, cuidados
ou qualquer outra coisa. Já quando crescemos e viramos adultos, cada vez mais
choramos menos. Isso porque muitas vezes os adultos tem uma dificuldade imensa
de mostrar as suas emoções, principalmente em frente a alguém. Mas o fato é que o
choro é algo saudável e deve fazer parte da vida de todo mundo, não importa a
idade, pois, desde as crianças até os mais idosos, choram.
O dia 23 de abril é comemorado o dia do choro, mas como muitas pessoas
tem vergonha de chorar em público ou simplesmente tentam segurar as lágrimas. É
fundamental aprender de que quando sentimos vontade de chorar precisamos
imediatamente expressar as lágrimas, pois elas representam as nossas emoções. As
pessoas que costumam chorar mais, geralmente são pessoas com maior facilidade
para expressar os seus sentimentos e emoções.
Essa bem-aventurança não se refere apenas à tristeza particular, causada por
motivos pessoais, mas, também, à tristeza voltada para o pecado. Apenas pessoas
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humildes podem lamentar pelo seu próprio pecado e pelo pecado alheio. Observe o
conselho dado por Tiago, irmão de Jesus:
Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e
vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração. Entristeçam-se, lamentem e
chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza. Humilhem-se diante do
Senhor, e ele os exaltará.
Tiago 4:8-10
É uma instrução voltada não apenas para o arrependimento, mas para a
tristeza do pecado. Um lamento. Observe o seguinte trecho de Ezequiel:
Procurei entre eles um homem que erguesse o muro e se pusesse na brecha diante de
mim e em favor da terra, para que eu não a destruísse, mas não encontrei nem um só.
Por isso derramarei a minha ira sobre eles e os consumirei com o meu grande furor;
sofrerão as consequências de tudo o que eles fizeram, palavra do Soberano Senhor.
Ezequiel 22:30-31
Podemos chorar por muitos motivos: pelos nossos pecados, pelos pecados da
nossa nação, pelos amigos e conhecidos, pelos males humanos, pelos sofrimentos
alheios. Bem-aventurados são aqueles que choram, lamentam por coisas como essas.
É sobre isso que Jesus está falando. Consolo divino.
Esse choro é uma expressão física do sentimento interno. O pecado interfere
em nossa vida, inclusive com a corrupção do corpo. Por isso, quando nos colocamos
a chorar, ou seja, a expressar fisicamente aquilo que estamos sentindo, estamos em
um processo inicial de tratamento. Muitas vezes não conseguimos falar sobre
determinado assunto, mas conseguimos chorar. Outras vezes, enquanto revivemos
uma situação, o choro externa a cura, como se lavasse a alma.
A pessoa que chora é aquela que tem coragem de se conectar a sua emoção,
seja ela agradável ou não. Ele não reprime a expressão dessas emoções, pois não vê
o choro como algo a ser evitado. Entrando em contato com estas emoções a pessoa
passa a se conhecer melhor, a se compreender melhor e vai ganhando resiliência
para lidar com as problemáticas que surgem na vida.
Jesus fez isso. Quando soube da morte de seu grande amigo Lázaro, ele chora
(João 11:35), ainda que tenha o ressuscitado posteriormente. Chorou, também, por
Jerusalém (Lucas 19:41) e no seu momento mais íntimo com o Pai, quando sabia que
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seria encaminhado a morte, na mistura de suor e lágrimas. (Lucas 22:44), além de
outros trechos não especificados:
Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e
com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua
reverente submissão.
Hebreus 5:7
O choro é algo tão sério, que o Salmista resolveu usar essa figura para
mostrar que Deus guarda cada uma das nossas sinceras lágrimas:
Registra, tu mesmo, o meu lamento;
recolhe as minhas lágrimas em teu odre;
acaso não estão anotadas em teu livro?
Salmos 56:8
Por isso, não devemos pensar que só os fracos choram, que isso é errado,
pelo contrário, devemos pensar que isso é natural do ser humano e, por isso, não
precisamos reprimir esse fenômeno natural.
BEM-AVENTURADOS OS MANSOS
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra
Mateus 5.5
Essa é a primeira bem-aventurança que fala de receber algo. Mas, o que a
mansidão tem em relação a herdar a terra? Bom, primeiramente precisamos
entender que o mundo jaz (descansa repousa) no maligno (1Jo 5:19), ao mesmo
tempo, sabemos que Deus cuida dos seus e os protege. Isso não significa que coisas
ruins não ocorram, mas de que elas não dominam aqueles que confiam no Senhor.
Essa bem-aventurança refere-se aqueles que são assolados pelo mal, mas não
se deixam dominar pela amargura ou pelo sentimento de vingança. Ao contrário,
usam a mansidão, a paciência para suportar a pressão e serem aprovados por Deus.
Essa promessa não é nova, ela já havia sido expressa pelo Salmista, ao dizer:
Um pouco de tempo, e os ímpios não mais existirão; por mais que os procure, não serão
encontrados. Mas os humildes receberão a terra por herança e desfrutarão pleno bem-
estar.
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Salmos 37:10-11
Apenas os mansos são capazes de discernir que, a nossa luta não é contra
pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo
de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais (Efésios 6:12). Ao
mesmo tempo em que sabem que a vingança pertence ao Senhor:
Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito:
Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor”.
Romanos 12:19, citando Deuteronômio 32:35
Bem-aventurados os mansos porque eles não se deixam dominar pela ira, pelo ego, ou
pelo poder humano.
Efésios 4.26
A sua confiança está completamente no Senhor.
Salmos 20.6-9
Os mansos serão recompensados de uma vez por todas quando os inimigos
de Deus forem derrotados, expulsos da Terra. Os despojos serão dados a eles. Toda
injúria, calúnia, desacato, tudo que desafiou sua fé e seu comportamento cristão será
extinto.
A vingança é distinta da justiça e da reparação. Buscar a justiça e a reparação
de um dano sofrido não é vingança. A vingança é o sentimento de fazer o mal ao
outro para obter o prazer de vê-lo sofrer e a motivação é a de que ele nos causou
sofrimento.
Além disso, a mansidão não significa passividade, ou a ideia de que não
devemos fazer nada. Deus nos chama para sermos sal e luz do mundo (Mateus 5:12-
14). Por isso, temos que ser a voz da justiça, em especial da justiça social. Lutar pela
justiça será tratado em outra bem-aventurança, mas não se exclui da mansidão, até,
porque, devemos lembrar que tanto o ofendido quanto o ofensor devem ser tratados
com misericórdia.
A mansidão, o agir com calma, não deixar-se volatilizar pelas emoções traz ao
indivíduo a possibilidade de pensar, buscar a vontade de Deus e decidir com calma
as questões que lhes cabem decidir.
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BEM-AVENTURADOS OS QUE TÊM FOME E SEDE
DE JUSTIÇA
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos
Mateus 5.6
Fome e sede eram dois elementos bastante conhecidos pelos ouvintes de
Jesus. A região em que viviam tinha, e tem até hoje, calor e aridez intensa. Muitos
deles não tinham realmente o que comer por causa da pobreza. Por isso, Jesus se
utiliza de um sentimento bem conhecido para demonstrar essa bem-aventurança. A
fome é tão forte que dependendo da intensidade ela se transforma em dor, além de
outras consequências como Desnutrição, problemas de crescimento e Anemia.
Todas essas carências sentidas pelo organismo afetam o corpo humano,
integralmente, contribuindo para diminuir o sistema imunológico responsável pelo
combate de várias doenças, além de ter menos resistência a bactérias, vírus e
protozoários. A pior de todas as consequências possíveis é até a morte.
Além disso, na fome, a mente do indivíduo se paralisa, ele deixa de pensar em
contra coisa, não consegue se concentrar em mais nada e o seu foco, então, é apenas
saciar essa necessidade vital. Agora, se tivermos fome e sede de justiça, lutaremos
sem cessar por ela e teremos como prioridade na vida o estabelecimento da Justiça
de Deus sobre a terra.
Em Êxodo 2:12, Moisés vê um egípcio chicoteando um hebreu. O versículo
conta que Moisés olhou para um lado e para o outro e não viu ninguém que pudesse
impedir, por isso, ele agiu. Moisés estava em uma situação de injustiça, ele estava ali
e algo precisava ser feito. Lutero, diante do imperador, podendo ser morto, mas
consciente de que confrontava uma injustiça, disse: “Eu estou aqui, eu não posso
fazer de outro modo. Que Deus me ajude. Amém!”
Nessa missão de ter fome e sede de justiça, até podemos fazer outras coisas,
mas nossa mente e coração estão voltadas para a justiça, para o exercício do que é o
justo. Mas, aí surge uma questão muito interessante, o que é o justo? O conceito de
justiça é algo bastante complexo, mas carregamos, dentro de nós, a certeza do que é
justiça. Todas as pessoas sabem, ao olhar qualquer fato, dizer se ele é algo justo ou
não. Quando uma pessoa procura um advogado, ela já se sentiu injustiçada, procura-
o somente para saber como alcançaria a reparação do dano sofrido.
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A justiça é o exercício de dar a cada um o que é seu. Neste ponto, muitos
podem pensar que não temos direito a nada, por sermos pecadores. Acontece que o
preço do pecado já foi pago na cruz. E não há nada de errado em buscarmos a justiça
social, tanto para nós quanto para outros. Essa é, também, uma forma de
demonstrarmos respeito pelas regras sociais e pelas autoridades deste mundo.
Aqueles que tem fome e sede de justiça serão saciados pelo Senhor. Ele ama a
justiça. Ela é parte do caráter de Deus. Como está escrito:
A retidão e a justiça são os alicerces do teu trono; o amor e a fidelidade vão à tua
frente.
Salmos 89:14
Deus perdoa todos os pecados, mas não inocenta o culpado (Ex 34:6,7 e Pv
17:15). “Deus odeia o que pratica o mal” (Sl 5:5). Porque Ele é bom e justo. Como
Deus é Amor, Ele trabalha naqueles que são alvo da Sua ira. Por causa do Seu amor,
Ele segura sua ira justa para dar tempo ao pecador de se arrepender e receber Seu
perdão. Mas onde fica a sua justiça nesse caso? Deus escolheu derramar toda Sua ira
sobre Jesus ao invés de derramar sobre nós. Ele matou Jesus ao invés de nos matar.
Jesus nos justificou, nos tornou justos quando nos arrependemos de nossos pecados.
Deus mostrou Sua justiça trazendo a morte, mas mostrou Seu amor no fato
que não fomos nós que morremos, e sim Jesus. Então, não podemos desvalorizar
nem menosprezar o amor e a justiça de Deus. Devemos temer e nos arrepender para
sermos perdoados (At 3:19). Deus tira nossa culpa quando nos arrependemos, mas
não tira as consequências do pecado que cometemos. Sofreremos o mal que
fizermos (Cl 3:25). É a maneira de sermos corrigidos por Deus.
BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS
Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia.
Mateus 5.7
Que contradiç ão! Como serão misericordiosos se só então obterão
misericórdia? Como poderia alguém exercer aquilo que não recebeu? A misericórdia
é uma bem-aventurança que não pode faltar na vida do Cristão. Isso porque cada um
de nós foi alcançado e é alvo da profunda misericórdia do nosso Deus.
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O Senhor oferece misericórdia de forma graciosa. Não há mérito nenhum
naqueles que a recebem. Sendo assim, Ele deseja que os seus filhos o imitem. Por
isso, aquele que pensa no próximo antes de si mesmo, que trata o seu próximo com
respeito exerce a misericórdia do Senhor. Na parábola do credor incompassivo o
Senhor Jesus dá um exemplo fantástico.
Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com seus servos.
Quando começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia uma enorme
quantidade de prata. Como não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele,
sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos para pagar a dívida.
“O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei
tudo’. O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir.
Mateus 18.23 – 27
Nós somos como esse servo devedor. A nossa dívida era impagável. A morte
de Jesus na Cruz nos ofereceu redenção, propiciação. Ele pagou a nossa dívida na
cruz e, por isso, temos o direito (e o dever) de ter o coração leve e consciente de que
a dívida foi paga, sendo, portanto, temos condições plenas de ser misericordiosos
com o próximo.
O apóstolo Paulo afirmou ser o principal dos pecadores (I Timóteo 1.15), mas
não encerrou por aí, ele fez um resumo de como devemos enxergar esse ato divino.
Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de
Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.
Efésios 2:8,9
Não foi assim que o servo perdoado, da parábola se comportou. Logo após
sair da sala do rei, perdoado, ele encontrou alguém que o devia uma quantidade de
dinheiro referente a cem dias de trabalho.
Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: ‘Tenha paciência comigo, e eu lhe
pagarei”. Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a
dívida.
Mateus 18.29
As pessoas que o viram ser perdoado foram falar para o rei o que ele havia
feito. Quando os outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido,
ficaram muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido.
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Então o senhor chamou o servo e disse: Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque
você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive
de você?” Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que
devia.
Mateus 18.32 – 24
O Senhor Jesus fecha a parábola dizendo: “Assim também lhes fará meu Pai
celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão”. (Mateus 18.35). A
misericórdia não é opcional para o cristão, mas um exercício verdadeiro do seu
sentimento e dos desejos que ele tem pelo cumprimento da vontade de Deus, tanto
sobre a sua vida quanto sobre a vida do próximo.
É um exercício de amor e difícil, porque, normalmente, pensamos no próximo
apenas. Quando voltamos nossos olhos aos céus e buscamos ter um pensamento em
Deus mais elevado, nesse instante, passamos a compreender a misericórdia como
sendo uma relação nossa com Deus e o próximo, com quem exerceremos a
misericórdia, passa a ser apenas ferramenta de Deus nesse processo.
E, por ser um exercício, é semelhante a um exercício físico. No começo é
difícil. Cansamos e nos esforçamos muito com pouco resultado, mas, com o tempo,
passamos a fazer aquela quantidade de exercício de modo mais natural e
conseguimos ampliar ainda mais e o que, no começo era difícil, passa a ser fácil. Do
mesmo modo, quando exercemos a misericórdia, no começo, não conseguimos ficar
muito em paz, relembramos o fato, repensamos as circunstâncias e, muitas vezes,
nos arrependemos de termos sido misericordiosos. Com o tempo e com a prática,
passamos a ser mais e mais misericordiosos.
BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO
Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus.
Mateus 5.8
Só eles que verão a Deus? Não! as bem-aventuranças não são excludentes,
aliás, o ideal é que todas as pessoas pratiquem todas as bem-aventuranças. Acontece
que essa bem-aventurança especificamente se refere a pessoas que possuem uma
mente não alimentada pelo mal. São aqueles que têm o propósito mental de servir a
Deus e permanecer fiéis até o fim. Essa pureza de coração é um sentimento natural
sobre o qual exercemos nossa conversão.
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Jesus afirmou:
Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e são essas que tornam o homem
‘impuro’. Pois do coração saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as
imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias. Essas coisas
tornam o homem ‘impuro’; mas o comer sem lavar as mãos não o torna ‘impuro’.
Mateus 15:18-20
Quando a bíblia usa a palavra “coração”, ela é o mesmo que a mente humana.
Jesus analisa a mente humana a partir dos pensamentos, não dos comportamentos.
Acontece que o homem que tem pensamentos originários em um coração puro, terá
atitudes condizentes com isso. Por isso, Deus não olha a atitude, mas o coração, ou
seja, a motivação que havia por trás.
Essa bem-aventurança usa uma expressão e a mesma ideia já usada em
Salmos, não sendo novidade, portanto, na Israel da época:
Quem poderá subir o monte do Senhor? Quem poderá entrar no seu Santo Lugar?
Aquele que tem as mãos limpas e o coração puro, que não recorre aos ídolos nem jura
por deuses falsos.
Salmos 24:3,4
Evidentemente, uma das maiores dificuldades que existe é a de controlar os
pensamentos. Até porque quando tomamos consciência, aquilo que não
desejávamos fazer, já fizemos e o que queríamos fazer, já negligenciamos. Paulo se
lamenta dizendo:
Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
Romanos 7:19
Isso não deve tirar o seu sono. Enquanto vivermos nesse mundo, isso
acontecerá. É assim mesmo. Não devemos nos sentir culpados ou fracos por esses
pensamentos surgirem, o que não podemos é nos acomodar e acostumar com eles, é
viver o processo de santidade e, dessa maneira, ir lutando com cada pensamento
que surge, não o deixando prosperar. Martinho Lutero, resumiu com a seguinte
frase: “Você não pode impedir que um pássaro pouse em sua cabeça, mas, pode
impedir que faça ninho.” (Martinho Lutero)
A promessa de Jesus para as pessoas que se mantiverem mentalmente puras
é a de que eles verão a Deus. Isso significa uma maior compreensão de Deus ainda
nesta vida (Efésios 1.18), e por fim vê-lo face a face. Conhecê-lo como Ele é (I
Coríntios 13.12). O Senhor está próximo e desejoso de ser conhecido e visto.
Nenhum ser humano viu literalmente a Deus. (Êxodo 33:20; João 1:18; 1 João 4:12)
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A Bíblia diz que “Deus é Espírito”, uma forma de vida invisível aos olhos humanos.
— João 4:24; 1 Timóteo 1:17.
A Bíblia muitas vezes apresenta a ideia de “ver” num sentido figurado, para
indicar entendimento. (Isaías 6:10; Jeremias 5:21; João 9:39-41) Nesse sentido, uma
pessoa pode ver a Deus, mesmo agora, com “os olhos de [seu] coração” por ter fé a
fim de conhecer a Deus e admirar suas qualidades.
Quatro modos (nãos os únicos) bem práticos de vermos a Deus são:
- Aprender por meio da criação sobre as qualidades de Deus, como seu amor
e generosidade, sua sabedoria e poder. (Romanos 1:20) Depois que Deus
falou de suas obras criativas a Jó, esse homem fiel disse que era como se Deus
estivesse bem diante de seus olhos. (Jó 42:5)
- Conhecer a Deus por estudar a Bíblia. Ela garante que se buscarmos a Deus,
ele permitirá que o achemos. (1 Crônicas 28:9; Salmo 119:2; João 17:3)
- Aprender sobre Deus estudando a vida de Jesus, que refletiu com perfeição
a personalidade de seu Pai, Deus. Por isso, Jesus pôde dizer: “Quem me vê, vê
também o Pai.” (João 14:9)
- Fazer o que agrada a Deus. Se vivermos de um modo aprovado por Deus,
veremos como ele age em nosso favor.
BEM-AVENTURADOS OS PACIFICADORES
Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.
Mateus 5.9
Você se irrita com facilidade? Você reclama daquilo que julga estar errado?
Fique tranquilo, essa bem-aventurança não se refere apenas as pessoas de natureza
pacifica. Não são aqueles que aceitam a paz sem protesto ou preferem nunca
discordar de nada ou de ninguém. Também não são aqueles que têm paz na alma.
Essa bem-aventurança faz menção das pessoas que promovem ativamente a paz.
Que lutam pela paz. Que procuram estabelecê-la entre os maiores inimigos.
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Jesus é um grande exemplo de pacificador. Pilatos e Herodes eram inimigos
mortais no dia em que o Senhor passou na vida deles, se reconciliaram (Lucas
23.12). No entanto, a maior promoção da paz feita pelo Senhor Jesus foi entre Deus
e a humanidade (Romanos 5.1). Por causa dele hoje temos paz com o nosso Criador.
Promover a paz significa ter atitude, significa ter uma posição marcada e
declarada sobre as injustiças dessa vida. É ter voz ativa. Um exemplo simples seria a
da violência contra a mulher. Evidentemente, todos são contra, contudo, sabemos de
um caso e não denunciamos, quando desprezamos um pedido indireto de ajuda de
uma mulher agredida ou quando nos calamos quando isso acontece na família ou na
vizinhança, não estamos promovendo a paz. Os promotores da paz falam dela,
discutem ela, manifestam-se sobre ela e vivenciam ela.
Buscar e promover a paz é uma atitude ativa, bastante distante da apatia. A
paz é um ideal a ser buscado e sua conquista se dá em um fio tênue, por isso, ainda
que a conquistemos, devemos permanecer constantemente vigilantes.
A estes, Jesus faz uma promessa. Prometeu que seriam chamados filhos de
Deus. O que isso significa? Significa participação na plenitude de Deus em Cristo
Jesus (Efésios 1.22,23). Significa estarmos em íntima comunhão com o Senhor. Para
que isso ocorra, há alguns passos a serem realizados.
Primeiro, precisamos reconhecer que Jesus é o eterno Filho de Deus que se
tornou homem. Nascido pelo poder do Espírito Santo, pela virgem Maria, Jesus não
herdou a natureza pecaminosa de Adão. Então, Ele é chamado de segundo Adão (1
Coríntios 15:22). Enquanto que a desobediência de Adão trouxe a maldição do
pecado ao mundo, a vida perfeita de Cristo pode cobrir as nossas transgressões.
Nossa resposta deve ser de nos arrepender (voltar-nos contra o pecado), confiando
em Sua vida perfeita para nos purificar.
Em segundo lugar, precisamos ter fé em Jesus como Salvador. O plano de
Deus foi de sacrificar o Seu Filho perfeito na cruz para pagar o preço do nosso
pecado: a morte. A morte vicária (substitutiva) de Cristo liberta a todo aquele que o
recebe.
Então, finalmente, precisamos seguir a Jesus como Senhor. Depois de fazer de
Cristo o Vitorioso sobre o pecado e a morte, Deus deu a Ele toda autoridade (Efésios
1:20-23). Porque a graça de Deus nos leva ao arrependimento e fé no Salvador e
Senhor, somos nascidos de novo para uma nova vida como filhos de Deus. Apenas
aqueles que recebem a Jesus – não apenas um conhecimento intelectual sobre Ele,
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mas realmente dependendo dele de coração para a salvação, submetendo-se a ele
como mestre, e amando a ele como o tesouro supremo – tornam-se filhos de Deus.
Assumindo, então, o dever e o privilégio de cuidar do povo de Deus e levar pessoas a
conhecer a Deus.
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a
saber: aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade
da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
João 1:12-13
Lembre-se, também, que um filho de Deus não pode ser “renegado” por
pecar. Entretanto, alguém que “pratica” o pecado (quer dizer, consistentemente
desfruta do pecado sem se preocupar em viver de uma forma que agrade a Deus)
revela que nunca nasceu de novo. Jesus falou a tais pessoas: “Vôces são filhos do
diabo e querem fazer os desejos do seu pai.” (João 8:44). Os filhos de Deus, por outro
lado, desejam conhecer, amar e glorificar a Deus, seu Pai.
A recompensa de ser um filho de Deus é imensurável. Como filhos de Deus,
fazemos parte de Sua família, essa família é a igreja, temos como promessa um lar no
céu e recebemos o direito de nos aproximar de Deus em oração como o nosso Pai
(Efésios 2:19; 1 Pedro 1:3-6; Romanos 8:15). Quando compreendermos essa
maravilha, o fato de ver com os olhos será algo de segunda importância, apenas uma
questão de tempo.
BEM-AVENTURADOS OS PERSEGUIDOS POR
CAUSA DA JUSTIÇA
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, perseguirem e
levantarem todo tipo de calúnia contra vocês.
Mateus 5.10,11
Nós já tratamos o que é a justiça, já tratamos o comportamento da pessoa
frente à injustiça. Mas, aqui, a injustiça toma forma e nome. Insulto e calúnia. Essa
bem-aventurança refere-se aqueles que sofrem por causa de Jesus e dos seus
ensinamentos. Algo que os discípulos já haviam começado a experimentar, por parte
dos fariseus (Mateus 9.11).
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Ainda no primeiro século, a Igreja enfrentou uma perseguição cruel. Muitos
cristãos foram expulsos de suas casas, espancados e mortos. O próprio apóstolo
Paulo perseguiu ferozmente a Igreja do Senhor. Posteriormente, após sua conversão
ele escreveu: “fortalecendo os discípulos e encorajando-os a permanecer na fé”,
dizendo: “É necessário que passemos por muitas tribulações para entrarmos no Reino
de Deus” (Atos 14.22).
Assim como o Senhor Jesus recomendou na bem-aventurança os apóstolos
fizeram. Após serem presos e espancados por pregarem o Evangelho de Cristo, eles
saíram do Sinédrio, alegres por terem sido considerados dignos de serem
humilhados por causa do Nome. (Atos 5:41). Nós, também, devemos considerar um
motivo de grande alegria padecer, por qualquer motivo, desde que seja da forma
correta, por amor ao Senhor e a Sua Palavra. O que Ele fez por nós na cruz do
Calvário não tem preço.
A calúnia é uma ofensa pessoal, realizada quando alguém diz injustamente,
que o caluniado cometeu qualquer crime, dizer que a pessoa fez algo, sem ser
verdade. É bastante distinto da suspeita, quando elementos nos levam a crer que
uma pessoa cometeu um crime e, a partir dessa justificada suspeita, as autoridades
fazem uma . Mas a calúnia do versículo deve ser lida de forma mais ampla, ou seja,
abrangendo ainda a injúria e a difamação. Para isso precisamos entender a
diferença. A injúria é quando falamos algo ofensivo e desonroso diretamente para a
pessoa. Já a difamação, nome técnico da fofoca, é quando falamos a uma terceira
pessoa atribuindo “má fama” ao difamado.
É interessante entender que, muitas vezes, não seremos atacados
diretamente pela nossa fé, mas atacará em outras áreas, que podem ser as mais
diversas, mas a motivação do coração seria um ataque em função da nossa fé.
Nessa bem-aventurança, que caminha com as demais, relembramos que a
justiça e a vingança pertencem ao Senhor e, por isso, devemos permanecer com o
coração tranquilo e alegre.
O Senhor nos fala que, mesmo diante dessas circunstâncias, devemos nos
alegrar grandemente. Pode nos parecer contraditório, ter alegria excessiva diante de
tais situações. Porém, se analisarmos esta ordem, à luz da Verdade, veremos que é
possível sim, sermos alegres mesmo nas perseguições, porque essa perseguição
indica o genuíno caráter da nossa fé. Além disso, O nosso caráter é purificado e
amadurecido pelo sofrimento.
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Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,
sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.
Tiago 1:2-3
Aqueles que conservam os padrões divinos da verdade, da justiça e da pureza
e que, ao mesmo tempo, se recusam a se moldar com os padrões do mundo, sofrerão
impopularidade, rejeição e críticas.
O mundo lhes moverá perseguição e oposição. Ao experimentar esse
sofrimento, o cristão deve alegrar-se, por estar fazendo a vontade de Deus e cuida
dos que são perseguidos em nome dele. O cristão deve tomar cuidado da tentação de
não cumprir a vontade de Deus querendo escapar da vergonha, da ridicularização,
do constrangimento, ou ter algum prejuízo.
Os princípios do reino de Deus nunca mudam.
Todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições
2 Tm 3:12
A promessa aos que enfrentam e suportam perseguições por causa da justiça
é que deles é o Reino dos Céus.
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