aula 06 - taxas cambiais e regime cambial
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CURSO ON-LINE – ECONOMIA P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI
163
Aula 6
Economia para AFRF
Caros alunos,
Iniciamos hoje a nossa aula 6 já trazendo boas notícias que devem ser
divulgadas oficialmente a daqui mais alguns dias. Trata-se da autorização para o
concurso de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. Deverão ser 700 vagas, o
que podemos considerar como sendo um ótimo quantitativo, dado as especulações
anteriores quanto ao efetivo número de vagas a serem criadas.
Voltando a nossa aula, o conteúdo a ser abordado refere-se inicialmente ao
conceito de taxa de câmbio, título este que está sendo bastante abordado nos dias
de hoje, especialmente devido à crise internacional ora vigente.
Posteriormente a este tópico, nos voltamos novamente ao modelo IS-LM, que
passa a adicionar nas variáveis que compõem a IS, as exportações e importações
de bens e serviços. Analisemos cuidadosamente o conteúdo desta aula, pois aposto
que será cobrada uma questão no próximo certame sobre o mesmo assunto.
Um abraço e bons estudos!
Francisco
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7. Taxa de câmbio e Regimes cambiais
Quando ouvimos os jornais dizerem o seguinte:
“o real se desvalorizou perante o dólar, fechando cotado a R$ 2,25!”
O que podemos entender desta afirmação é que agora, para se comprar uma
unidade de dólar americano, precisamos de mais reais. Pra que tenha ocorrido uma
desvalorização do real, conforme o caso acima, é necessário que anteriormente a
desvalorização fosse preciso menos do que R$ 2,25 para se comprar o mesmo dólar
(Ex: R$ 2,00).
O que determina a variação no valor da moeda estrangeira em relação à
moeda nacional é a oferta e a demanda por dólares.
A oferta de dólares representa o total de divisas estrangeiras a disposição do
país. A origem da entrada de dólares é advinda da exportação de mercadorias e
serviços e dos empréstimos e investimentos estrangeiros aqui desembarcados. A
característica peculiar do dólar, a de ser a principal moeda de negociação
internacional, é devida especialmente ao tamanho da economia americana e a
relativa estabilidade da moeda estrangeira.
A demanda de divisas é exatamente o caso contrário da oferta. As
importações de bens e serviços, as viagens internacionais, os empréstimos e
investimentos realizados no exterior são as motivações para a demanda por moeda
estrangeira dentro da economia nacional.
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Taxa de câmbio
ODIVISAS
2,50
2,25
2,00
DDIVISAS
Q* Quantidade de divisas
A taxa de câmbio de equilíbrio é determinada pelo encontro entre a demanda
(D) e a oferta (O) de divisas.
Uma taxa de câmbio maior, por exemplo US$ 1 = R$ 2,50, provoca um
desequilíbrio, estando a quantidade ofertada maior do que a quantidade
demandada. Uma taxa de câmbio menor, por exemplo US$ 1 = R$ 2,00, provoca
outro desequilíbrio, com a quantidade demandada maior do que a quantidade
ofertada. Em um mercado de taxas de câmbio livres ou flutuantes, a oferta sempre
se ajusta à demanda e vice-versa.
A taxa de câmbio até agora trabalhada por nós é a nominal, ou seja, a taxa
que simplesmente mostra quantos reais nós necessitamos para comprar um dólar
dentro do país.
Não obstante, importa-nos saber qual seria a taxa de câmbio real, aquela que
garante que eu consiga comprar o mesmo produto tanto dentro da economia
nacional como no exterior.
7.1. Taxa de câmbio real
A taxa de câmbio real mostra a relação entre os preços do bem em duas
economias distintas, uma nacional e outra estrangeira. Ressalta-se que devemos
estar medindo o preço do mesmo bem, porque se assim não for, estaremos
incorrendo em erro de cálculo.
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Podemos representar a taxa de câmbio real por E, a taxa de câmbio nominal,
definida por nós anteriormente, por “e”, o preço do bem no país estrangeiro por P* e
o preço do bem nacional por P, tem-se que:
E = e.P*/P
Imaginemos que a taxa de câmbio nominal que equilibra o mercado de divisas
seja igual a 2,25 reais por dólar e que um determinado bem, por exemplo, soja,
custe 20 reais no Brasil e 8 dólares nos Estados Unidos. Nesse caso, a taxa de
câmbio real seria:
E = 2,25 x 8 / 20 = 0,9
Veja que a taxa de câmbio real é igual a 0,9, o que implica em dizer que este
produto é mais barato no exterior do que dentro do país. Caso a taxa de câmbio real
fosse maior do que 1 (E > 1), o produto no país seria mais barato do que no exterior.
Em casos onde a taxa de câmbio real (E) é < 1, significa que vale mais a pena
importar o produto do exterior do que produzi-lo internamente. Já se a taxa de
câmbio real (E) for > 1, significa que vale mais a pena produzir o produto
internamente e posteriormente exportá-lo.
No Brasil o produto custa R$ 20,00
Nos Estados Unidos o produto o equivalente a 2,25*8 = R$18,00
Para que existisse igualdade no preço dos produtos no Brasil no Estados
Unidos seria necessário que a taxa de câmbio nominal (e) = 2,5.
Vejamos,
E = e P*/P = 2,5*8/20 = 1
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A taxa de câmbio no valor de R$ 2,50 por US$ garante o que chamamos de
Paridade de Poder de Compra (Purchasing Power Parity - PPP).
7.2. Taxas de câmbio flexível ou flutuante
São as taxas que variam livremente ao sabor das variações na oferta e na
demanda de divisas. Exemplos de mudanças nas taxas de câmbio:
No caso em que tenhamos, por exemplo, a diminuição do imposto de
importação, ocorre um aumento na demanda por câmbio, dado que agora é mais
barato comprar produtos no exterior.
Taxa de câmbio
Equilíbrio inicial
Equilíbrio Final
ODIVISAS
2,50
2,25
2,00
DDIVISAS2
DDIVISAS 1
1Q Q2
quantidade de divisas
Uma diminuição na demanda por divisas devido ao aumento do imposto de
importação, diminui a demanda por câmbio.
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Taxa de câmbio
Equilíbrio final
Equilíbrio inicial
ODIVISAS
2,50
2,25
2,00
DDIVISAS2
DDIVISAS 1
2Q Q1
quantidade de divisas
Imaginemos que ocorra um aumento na oferta de divisas provocada por
políticas de exportação agressivas e pelo crescimento de investimentos estrangeiros
no país. Em conseqüência, teremos uma diminuição da taxa de câmbio, conforme
verificado abaixo.
Taxa de câmbio
2,50
2,25
2,00
Equilíbrio inicial
ODIVISAS 1
ODIVISAS 2 DDIVISAS 1
Equilíbrio final
1Q Q2
quantidade de divisas
Finalmente, imaginemos o caso em que ocorra uma saída de capitais
estrangeiros do país ou mesmo uma política agressiva no exterior contra a entrada
de produtos exportados pelo Brasil. Nessa hipótese haverá uma depreciação do
câmbio, conforme indicado acima.
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Taxa de câmbio
2,50
2,25
2,00
Equilíbrio final
ODIVISAS 2
ODIVISAS 1 DDIVISAS 1
Equilíbrio inicial
2Q Q1
quantidade de divisas
7.3. A taxa de câmbio e a elasticidade da oferta e da demanda de divisas
A variação na taxa de câmbio no sentido de apreciação ou depreciação de seu
valor está diretamente ligada à sensibilidade que a oferta e a demanda de divisas
possuem em relação aos fatores externos. Conforme dissemos anteriormente, na
medida em que ocorram aumentos e diminuições de impostos sobre o comércio
exterior, maiores ou menores serão os impactos sobre o câmbio.
D1 D2 O1
2,7 O2
2,2
2
Q1 Q2 Q3
Ocorrida um aumento na demanda por moeda, para uma mesma oferta, os
impactos sobre a depreciação da taxa de câmbio atinge diferentes magnitudes em
função da elasticidade da oferta.
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7.4. Taxa de câmbio fixa
É a taxa fixada pela autoridade monetária, no caso o Banco Central, através
de lei ou por meio dos instrumentos de política monetária. Para manter a taxa de
câmbio fixa, o Banco Central deve estar preparado para a necessidade de ofertar ou
demandar moeda estrangeira.
O instrumento que é utilizado pela autoridade monetária para manter o
câmbio constante são as reservas internacionais em moeda estrangeira. Sempre
que a demanda for maior que a oferta, o Banco Central vende moeda estrangeira ao
mercado. Caso a oferta seja maior que a demanda, ele compra moeda estrangeira,
resultando em aumento das reservas internacionais. O raciocínio é o mesmo caso
ocorra uma diminuição na demanda por divisas e uma diminuição da oferta de
moeda estrangeira.
Taxa de câmbio
O1
D1 D2
Venda de Reservas Internacionais para manter o câmbio fixo (Q2 – Q1), em função do aumento da demanda por moeda estrangeira.
Q1 Q2
Taxa de câmbio O1
2O Compra de Reservas Internacionais para manter o câmbio fixo (Q2 – Q1), em função do aumento da oferta por moeda
1D estrangeira.
Q1 Q2
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8. Crises Cambiais
No início de 1994 foi implantado no país o Plano Real, plano que procurou
combater a inflação de uma forma inovadora. Uma delas, a chamada ancoragem
cambial, baseou-se na valorização do real em relação ao dólar, beneficiada pela
entrada de capitais estrangeiros, que resultou em barateamento das importações e
em fator de inibição a aumentos de preços de produtos com concorrência
internacional (bens tradeables). A elevação de preços durante os primeiros anos não
eram repassados à taxa cambial, pois o Banco Central intervinha no mercado para
manter a valorização da moeda nacional, em faixas denominadas "bandas cambiais"
e constituindo a chamada "flutuação suja" (dirty floating) do câmbio, beneficiado pela
existência de apreciável volume de reservas internacionais.
Essa mesma política, no entanto, causou apreciáveis déficits na Balança
Comercial, que eram cobertos pela entrada de capitais, a maior parte de curto prazo.
Depois de um saldo positivo de US$ 10,5 bilhões em 1994, os saldos foram
negativos em 1995 (US$ 3,2 bilhões), em 1996 (US$ 5,5 bilhões), em 1997 (US$ 8,4
bilhões) e em 1998 (US$ 6,4 bilhões).
O país sofreu duas corridas contra a sua moeda, em setembro de 1997 e
setembro de 1998, com o governo procurando manter a política de valorização da
moeda nacional. No final do ano as reservas de divisas tinham diminuído
sensivelmente, apesar da elevação dos juros, e tornando-se imperiosa a ajuda
externa de capitais, liderada pelo Fundo Monetário Internacional, que exigiu, em
contrapartida, que o país fizesse um ajuste fiscal rigoroso e a aceleração das
desvalorizações da moeda.
No início de 1999, o governo federal ampliou a margem de flutuação do real diante do dólar em 10%. A forte demanda por dólares elevou a sua cotação até o
teto da banda cambial, e o Governo permitiu finalmente a livre flutuação da taxa de
câmbio. A cotação disparou e chegou a ultrapassar R$ 2 por dólar em março.
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O aumento do dólar pressionou os preços dos produtos que possuíam
componentes importados e a taxa de juros básica foi fixada em 45%. O reforço das
reservas, promovido pelo FMI, o controle do déficit público e o anúncio de medidas
de política econômica devolveram o otimismo à economia, acompanhados da volta
dos capitais estrangeiros e da taxa de câmbio mantendo-se por volta de R$ 1,80 no
final de 1999.
A partir do início do regime de liberdade cambial, a taxa de câmbio tem subido
de uma forma mais ou menos acelerada, embora com alguns recuos ocasionais. O
efeito positivo de tal situação é o maior estímulo às exportações e ingresso de
capitais estrangeiros. Do lado das importações, o seu encarecimento resultou em
maior estímulo à produção interna de bens similares. Os produtos com baixo poder
de substituição na produção, como o trigo, o petróleo e máquinas e equipamentos,
provocaram impulsos de custos que acabaram por contaminar as taxas
inflacionárias.
O repasse de da variação do dólar para esses preços só não foi maior em
função da não aceitação de preços maiores por parte do setor varejista e do próprio
consumidor. O Banco Central, para evitar maiores pressões sobre a demanda de
dólares, procura evitar elevações exageradas no câmbio, emitindo títulos públicos
com correção cambial.
Em 2002, devido a diversos problemas mundiais, como a recessão nos
Estados Unidos, a crise na Argentina e a expectativa quanto à eleição de um
candidato oposicionista ao cargo de presidente da República fizeram aumentar a
demanda por dólares, cujo valor ultrapassou R$ 3,00 em agosto do mesmo ano. A
queda nas Reservas Internacionais e a necessidade de manter a confiança dos
investidores no País fez as autoridades econômicas brasileiras recorrerem a uma
nova ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional.
Atualmente a economia internacional passa por um período turbulento,
especialmente devido à crise de crédito originada na economia norte-americana. Tal
crise foi originada no inadimplemento dos contratos de concessão de crédito
realizados com os mutuários. Devido a isto, os bancos americanos, credores das
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dívidas, têm enfrentado grandes dificuldades, o que promoveu o alastramento da
crise pelo cenário econômico mundial, dado a capilaridade existente no sistema ao
longo do mundo. O resultado de tal crise levou a cotação da moeda americana, que
até o final de agosto encontrava-se em torno de R$ 1,60, a atingir no mês de outubro
de 2008 o patamar de R$ 2,40.
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Exercícios:
49 – (Analista de Orçamento Federal/ESAF – 1997) No sistema de câmbio flexível, a
taxa de câmbio é determinada
a) pelas autoridades monetárias do país.
b) pelo preço do ouro.
c) pela oferta de moeda do país.
d) pelo câmbio fixo.
e) pelas forcas de oferta e demanda no mercado.
50 – (Economista da Petrobras Distribuidora – 1997) Um país, cuja taxa de câmbio
nominal tenha sofrido uma desvalorização de 180%, tendo os preços internos no
mesmo período aumentado de 150%, e os preços externos não tenham sofrido
variação, teve sua taxa real de câmbio:
a) depreciada em 20%
b) depreciada em 12%
c) apreciada em 12%
d) apreciada em 20%
e) apreciada em 30%
51 – (Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo/FCC – 1997) Uma política de
valorização da moeda nacional em relação às moedas estrangeiras
a) não tem efeitos sobre a taxa de inflação do país.
b) ao aumentar o custo das importações, tende a elevar a inflação interna. c) ao estimular a compra de produtos estrangeiros, aumenta a concorrência interna e
tende a diminuir a taxa de inflação do país.
d) tende a piorar o saldo da conta corrente e, com isso, induzir a queda do saldo do
movimento de capitais.
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e) tende a melhorar o saldo do balanço comercial, independente da taxa de inflação
interna.
52 – (Analista do Banco Central do Brasil/ESAF – 1998) Com algum grau de
simplificação, pode-se definir taxa de cambio real pela seguinte formula: E = e. P*/P,
onde E é a taxa de cambio real, e é a taxa de cambio nominal, P* e o índice de
preços da moeda estrangeira de referencia (dólar) e P e o índice de preços da
moeda nacional. Considerem-se os seguintes dados hipotéticos:
Períodos e P* P
1 R$ 1,00/ US$ 1 100 100
2 R$ 1,08/ US$ 1 103 116
Supondo as definições de valorização e desvalorização cambial utilizadas no Brasil e
o conceito de taxa de câmbio real em questão, pode-se afirmar que entre os
períodos 1 e 2
a) houve uma valorização nominal de 8% e uma desvalorização real de,
aproximadamente, 4%.
b) houve uma desvalorização nominal de 8% e uma valorização real de,
aproximadamente, 4%.
c) houve uma desvalorização nominal de 8% e uma valorização real de,
aproximadamente, 1%.
d) houve uma valorização nominal de 8% e uma desvalorização real de,
aproximadamente, 1%.
e) houve uma desvalorização nominal de 8%, mas não houve alteração na taxa de
cambio real.
53 – (APO/MPOG – ESAF/2008) A atuação econômica do governo na área externa
pode dar-se por meio da política cambial ou da política comercial. A política cambial
refere-se a alterações na taxa de câmbio. No que diz respeito à política cambial,
aponte a única opção falsa.
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a) Regime de taxas fixas de câmbio, onde o Banco Central fixa antecipadamente a
taxa de câmbio, com a qual o mercado deve operar.
b) A política adotada, na maioria dos países, é a chamada “flutuação suja”, na qual é
adotado o regime de bandas cambiais, com o mercado de divisas, determinando a
taxa de câmbio, mas com intensa atuação do Banco Central, na venda e na compra.
c) No regime de taxas flexíveis de câmbio, o Banco Central é o principal agente
nesse mercado, tanto na compra como na venda de divisas, o que lhe permite,
praticamente, manter a taxa de câmbio nos níveis em que ele deseja.
d) Regime de bandas cambiais, onde o Banco Central fixa limites superior e inferior,
dentro dos quais a taxa de câmbio pode flutuar.
e) Regime de taxas flutuantes, onde a taxa de câmbio é determinada pelo mercado,
pela oferta e pela demanda de moeda estrangeira.
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Gabarito:
49 e
50 b
51 c
52 b
53 b
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8. As Políticas Monetária e Fiscal em uma Economia Aberta
No estudo do modelo IS-LM definimos os conceitos da curva IS, que
representa o mercado de bens e serviços, e da curva LM, representativa do mercado
monetário.
Através da interação entre as políticas monetária e fiscal, procuramos
analisar os impactos gerados por estas sobre os níveis de renda e taxa de juros.
Os resultados obtidos baseavam-se no pressuposto de que a economia do
país era fechada, ou seja, sem levar em consideração os impactos das políticas
econômicas sobre o balanço de pagamentos.
A partir de agora, introduziremos a chamada política cambial, uma vez que a
economia do país realiza transações de compra e venda de bens e serviços com o
exterior.
O estudo da macroeconomia aberta está baseado no modelo Mundell- Fleming, que compara os impactos das políticas fiscal e monetária sobre o resultado
economia, considerando para isto o regime cambial adotado.
Para que a análise do modelo Mundell-Fleming seja fundamentada, é
importante que façamos algumas ressalvas quanto às curvas IS e LM.
Em relação à curva representativa do mercado de bens (IS), relembramos
que essa é estruturada por cinco componentes, quais sejam o consumo agregado
(C), o investimento agregado (I), os gastos do governo (G), as exportações (X) e as
importações (M).
IS = C + I + G + (X – M)
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Esta consideração é feita devido ao fato de a curva IS passar agora a
relacionar a taxa de câmbio, variável que atua diretamente no resultado do balanço
de pagamentos (X – M).
Conforme verificamos em aula anterior, na ocorrência de uma valorização ou
apreciação da taxa de câmbio, ou seja, na necessidade de menos unidades de
moeda nacional para comprarmos uma unidade de moeda estrangeira, as
importações de bens e serviços serão estimuladas. De forma inversa, caso ocorra
uma desvalorização ou depreciação da moeda nacional frente à moeda estrangeira,
o resultado é um estimulo as exportações do país.
Com o aumento das importações, teremos a saída de recursos do país para o
exterior, impactando negativamente a renda da economia. Já quando ocorrer o
aumento das exportações, teremos a entrada adicional de renda na economia.
Uma conceituação adicional é a de que existe uma relação direta entre a taxa
de juros e o volume de capitais externos ingressantes. Em situações em que a taxa
de juros encontra-se alta, maior é o fluxo de capitais destinados ao país. É como se
estivéssemos pensando em uma poupança, que, diante de um aumento dos juros,
ocorre um incremento nos saldos dos recursos aplicados.
Sobre o impacto do aumento dos juros nos fluxos de capitais estrangeiros,
leva-se em consideração o grau de aberta da economia, ou seja, se a legislação do
país é rígida quanto à mobilidade desses capitais (entrar é fácil, e sair?). Essa
interpretação se traduz em dizer se o país possui uma alta mobilidade de capital
(inexistência de amarras a entrada e saída de capitais estrangeiros) ou baixa
mobilidade de capitais estrangeiros (dificuldade de saída dos capitais).
O grau de mobilidade dos capitais é importante pois é através desta característica que saberemos como o resultado das variações nos juros
remuneratórios impactam a taxa de câmbio.
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Destacamos ainda que a análise do modelo Mundell-Fleming se dará para o
caso de uma pequena economia, como o Brasil, quando comparado como resto do
mundo.
De volta à análise do modelo IS-LM para uma economia aberta, podemos
dizer que os resultados das políticas monetária e fiscal são analisados segundo dois
regimes cambiais: câmbio fixo e câmbio flutuante ou flexível.
8.1. Política monetária expansionista em um regime de cambio fixo
i
i1
I2
LM1
IS
LM2
Com o aumento da oferta de moeda a LM se desloca para a direita fazendo com que ocorra um aumento na produção da economia (mais pessoas compram). Mas o que aconteceria com setor externo diante de uma queda nos juros devido à expansão monetária?
1Y Y2
Y (Produção = Q)
Com o aumento da oferta de moeda a renda desloca-se para Y2. O aumento
da renda no país leva ao estimula das importações. Nesse exemplo, como não há
razão para supor que as exportações tenham-se alterado, o saldo do balanço de
pagamentos (balanço comercial) certamente piora.
A segunda conseqüência refere-se à queda dos juros, que acaba por
provocar uma saída de capitais. Como a economia opera em um regime de câmbio
fixo, a saída de capitais opera a redução do crédito interno, uma vez que para cada
moeda estrangeira que sai da economia, torna-se necessário diminuir uma unidade
de moeda nacional.
Diante deste fato, toda a expansão monetária realizada pelo Banco Central é
ineficaz, dado que ocorre uma saída de divisas gerada pela redução dos juros.
Necessitando manter a paridade entre a moeda estrangeira e a moeda nacional, o
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Banco Central vende câmbio reduzindo a oferta de moeda na economia. (No gráfico,
a renda volta de Y2 para Y1).
Pelo exposto, concluímos que a política monetária é ineficaz no objetivo
de elevar a renda da economia diante de um regime de câmbio fixo.
8.2. Política fiscal expansionista (aumento dos gastos do governo ou diminuição dos impostos) para uma economia com regime de câmbio fixo e baixa mobilidade de capital
i
I3
I2
i1
BP
LM2
LM1
IS1
IS2
Um aumento dos gastos do governo desloca a curva IS para a direita, através do efeito multiplicador, aumentando o produto da economia de Y1 para Y2. Qual seria o resultado sobre o balanço de pagamentos?
Y1
3Y 2
Y (Produção = Q)
Considerando que o aumento de gastos resultou em um impacto positivo
sobre a renda, necessitamos saber qual o impacto provocado no balanço de
pagamentos.
O aumento da riqueza do país estimula o aumento das importações. Como a
economia encontra-se em um regime de câmbio fixo, não há que se falar em
estimulo as exportações. Em resultado a política fiscal, ocorre um déficit no balanço
comercial e, por conseqüência, nas transações correntes.
Conforme verificamos no modelo IS-LM, a politica fiscal leva ao aumento dos
juros na economia, o que acabará por atrair do exterior os capitais necessários ao
fechamento do balanço de pagamentos.
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O resultado do aumento de juros sobre a conta financeira leva em
consideração a baixa mobilidade de capital, o que poderá fazer com que a saída de
divisas provenientes das importações seja muito maior que a entrada de capitais.
Por este resultado ocorre uma redução do crédito interno e uma minimização dos
impactos positivos sobre a renda, provocados pelo aumento dos gastos
governamentais.
8.3. Política fiscal e câmbio fixo num ambiente de alta mobilidade de capital
i
I3
I2
i1
LM1
LM2
IS1
BP IS2
Com grande mobilidade de capital, os impactos sobre a entrada de divisas são maiores do que a saída de divisas provenientes das importações, o que gerará um resultado positivo sobre o aumento da renda do país, uma vez que existe maior disponibilidade de crédito estimulador do consumo.
Y1
2Y 3
Y (Produção = Q)
Num ambiente de alta mobilidade de capital, a eficácia da política fiscal
também se verifica, mas os mecanismos de ajuste são um pouco diferentes. Com a
política expansionista, o resultado direto é a expansão da renda agregada. A grande
diferença em relação a uma economia com baixa mobilidade de capital está no
impacto que tal política terá sobre o balanço de pagamentos. Sabemos que a
política fiscal acaba por elevar a taxa de juros de mercado, o que, por conseqüência,
leva a entrada de capitais na economia.
Nas economias em que o fluxo de capital é excessivamente controlado, somente grandes aumentos nos juros estimulam a entrada de capitais, o que, em um
regime de câmbio fixo, acaba por estimular o aumento da oferta de moeda no país e
o conseqüente crescimento da renda. No gráfico acima, esta diferença (baixa
mobilidade de capital X alta mobilidade de capital) está representada pela inclinação
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da curva BP, que, conforme já estudado por nós, representa as elasticidades de
oferta e de demanda da moeda estrangeira.
É importante ressaltar que a política fiscal em um regime de câmbio fixo é um
instrumento eficaz! A entrada líquida de divisas aumenta a oferta de moeda, a LM se
desloca para a direita até o ponto onde os mercados de bens, o monetário e o
cambial estão em equilíbrio.
Resumo:
Em um regime de taxas FIXAS de câmbio, somente a POLÍTICA FISCAL
gera impactos sobre o crescimento da renda (Y). A magnitude desse
crescimento é dependente da mobilidade que os capitais estrangeiros
possuem na sua estadia (entrada e saída) do país.
8.4. Política monetária expansionista em uma economia com regime de câmbio flutuante (flexível)
Quando a taxa de câmbio é determinada exclusivamente pelo mercado de
divisas, sem interferência das autoridades monetárias, temos um regime de taxas
flutuantes de câmbio. Nesse caso, a variável câmbio é determinada pelo mercado,
no processo de oferta e demanda de divisas.
país.
Essa mesma oferta, conforme vimos, advém da entrada e saída de divisas do
Vejamos agora o caso do governo querer estimular o emprego e a renda no
país via aumento da oferta de moeda. Sabemos que o impacto deverá se dar no
nível de atividade econômica, mas de que forma este estímulo impactará o
mercados de bens, o monetário e o cambial.
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i
LM1
LM2
2I
1i IS2
IS1
Y1 Y3
Y2
Y (Produção = Q)
O aumento do crédito doméstico desloca a LM1 para LM2, elevando o nível
renda para Y1. Devido ao aumento da oferta de moeda (crédito), as taxas de juros
diminuem, provocando uma saída dos capitais do país. Em um segundo momento,
com a saída de divisas provocada pela queda nos juros, como pelo aumento das
importações, a taxa de câmbio deprecia-se, dando origem ao estímulo exportador.
Com o aumento das exportações, a curva IS desloca-se para a direita (lembrem-se
da fórmula da curva IS!), elevando o nível de renda da economia para Y3.
Assim, podemos verificar que a adoção de uma política monetária expansionista sobre o regime de câmbio flutuante é extremamente eficaz.
8.5. Política fiscal expansionista (aumento dos gastos ou diminuição dos impostos) em uma economia com regime de câmbio flutuante (flexível)
O que aconteceria se o governo resolvesse aumentar seus gastos como meio de
reduzir o desemprego?
i
LM1
2I 1i
IS2
IS1
1Y Y2
Y (Produção = Q)
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Um aumento nos gastos do governo desloca a curva IS (mercado de bens)
para um nível maior de renda. Com a nova intersecção do o mercado monetário, as
taxas de juros domésticas ficam mais altas que as internacionais (lembre-se que os
juros sobem porque a oferta de moeda da economia (LM) não foi alterada). O
aumento dos juros promove uma entrada de capitais atraídos pela alta rentabilidade.
O resultado da entrada de divisas e uma apreciação do câmbio,
desestimulando as exportações e estimulado as importações.
Com o desestímulo às transações correntes, ocorre um retorno da curva IS ao
seu patamar antes da ocorrência da política fiscal expansionista.
Verifica-se que ocorrem vazamentos de renda do país para o exterior,
promovidos pelo aumento das importações e a diminuição das exportações devido à
apreciação cambial.
Conclui-se assim que a adoção de uma POLITICA FISCAL em um regime de
câmbio flutuante é ineficaz no intuito de geração do crescimento da renda no país.
Resumo:
Em um regime de câmbio de taxas flutuantes, somente a POLÍTICA
MONETÁRIA gera impactos sobre o crescimento da renda (Y).
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Exercícios:
54 – (AFRF/SRF – ESAF/2000) Considere o modelo IS/LM com as seguintes
hipóteses: I) economia pequena e aberta; II) livre mobilidade capitais; III) taxa de
câmbio nominal igual à taxa de câmbio real. Suponha que a autoridade econômica
disponha de dois tradicionais instrumentos de política econômica. Pode-se então
afirmar que
a) os impactos de um e outro instrumento sobre a renda agregada dependem do
regime cambial adotado no modelo.
b) ambos os instrumentos exercem impactos sobre a renda, independentemente do
regime cambial adotado, já que as taxas de câmbio real e nominal são iguais.
c) independentemente do regime cambial, a política monetária é a única capaz de
exercer influência sobre o produto, já que se verifica uma situação de total
estabilidade nos preços internos.
d) se o regime for de câmbio fixo, tanto a política monetária quanto a política fiscal
exercem influência sobre a renda agregada, já que as taxas de câmbio real e
nominal são iguais.
e) independentemente do regime cambial, a política fiscal é a única capaz de
exercer influência sobre o produto, já que, no modelo, está implícita a hipótese de
que a taxa de inflação é zero.
55 – (ACE/TCU – ESAF/2000) Supondo que haja livre mobilidade de capital, os
efeitos de uma política monetária expansionista em um país sobre o nível de renda
desse país será
a) nenhum, se houver um regime de câmbio flexível.
b)nenhum, se houver um regime de câmbio fixo.
c) positivo, só se houver um regime de câmbio fixo. d) positivo, não importando qual regime cambial seja adotado.
e) negativo, se houver um regime de câmbio flexível.
56 – (AFC/STN – ESAF/2000) o modelo “Mundell-Fleming” representa o modelo
IS/LM aplicado a uma pequena economia aberta. Tal modelo considera o nível de
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preços fixo e analisa as causas das flutuações da renda e da taxa de câmbio. Com
base nesse modelo, e supondo livre mobilidade de capital, é correto afirmar que
a) a política fiscal é a mais adequada para estabilizar a renda, independentemente
de o regime ser de taxas fixas ou flexíveis.
b) quando as taxas são flutuantes, a política monetária não exerce qualquer
influência sobre a renda agregada.
c) quando as taxas de câmbio são fixas, a política fiscal não exerce não exerce
qualquer influência sobre a renda agregada.
d) quando as taxas de câmbio são fixas, a política monetária é a única capaz de
influenciar a renda agregada.
e) quando as taxas de câmbio são flutuantes, a política fiscal não exerce qualquer
influência sobre a renda agregada.
57 – (APO/MPOG – ESAF/2002) Supondo que o denominado modelo keynesiano
generalizado e considerando como hipótese uma economia aberta e pequena num
mundo com livre e perfeita mobilidade de capital, é correto afirmar que
a) sob um regime de taxas de câmbio flutuante, somente a política fiscal é eficiente
no que diz respeito aos seus efeitos sobre o produto.
b) sob um regime de taxas de câmbio fixas, a política fiscal é mais eficiente do que a
política monetária no que diz respeito aos seus efeitos sobre o produto.
c) independentemente do regime cambial, a política fiscal é mais eficiente do que a
política monetária no que diz respeito aos seus efeitos sobre o produto.
d) independentemente do regime cambial, não há como utilizar a política monetária
num mundo de livre mobilidade de capital.
e) independentemente do regime cambial, a política monetária só terá efeitos sobre
a inflação.
58 – (AFRF/SRF – ESAF/2002) Considere o modelo a seguir, também conhecido
como modelo IS/LM para uma pequena economia aberta com livre mobilidade de
capital: Y = C (Y – T) + I(r) + G + NX (e); M/P = L(r, Y); Lr < 0 e Ly > 0; r = r*, onde Y
= produto; (Y – T) = renda disponível; C = consumo; I = investimento; G = gastos do
governo; NX = exportações líquidas; e = taxa de câmbio; r = taxa de juros; M/P =
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oferta de saldo monetários reais; L (r, Y) = demanda de saldo monetários reais em
relação à taxa de juros; Ly = derivada parcial da função demanda de saldos
monetários reais em relação a renda; r* = taxa de juros mundial. Com base nesse
modelo, é incorreto afirmar que
a) o modelo é compatível com a hipótese de perfeita mobilidade de capital.
b) um aumento dos gastos do governo não exerce influência sobre a renda
agregada quando as taxas de câmbio são flutuantes.
c) os efeitos tanto da política monetária como da fiscal dependem do regime cambial
adotado.
d) no modelo a curva é positivamente inclinada.
e) uma expansão monetária exerce influência sobre a renda, se a economia trabalha
com um regime de taxas de câmbio fixas.
59 – (Fiscal de Rendas/ Séc. Fazenda – FGV/2007) Considere uma economia
aberta, com câmbio flutuante e sob perfeita mobilidade de capitais. Qual é o impacto
de uma política fiscal expansionista sobre a taxa de câmbio e o nível de produção?
a) A taxa de câmbio se aprecia, e o nível de produção aumenta.
b) A taxa de câmbio se aprecia, e o nível de produção permanece inalterado.
c) A taxa de câmbio se deprecia, e o nível de produção permanece inalterado.
d) A taxa de câmbio se deprecia, e o nível de produção diminui.
e) A taxa de câmbio permanece inalterada, e o nível de produção aumenta.
60 – (Economista /Enap – Esaf/2006) Um sistema de câmbio fi xo num regime de
livre e perfeita mobilidade de capitais é incompatível com
a) um aumento na taxa de câmbio real.
b) uma política fiscal expansionista. c) uma política monetária contracionista.
d) uma queda na taxa de câmbio real.
e) um aumento da inflação.
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61 – (Economista/Enap – Esaf/2006) Considere a seguinte sentença: “Num regime de taxas de câmbio flutuantes e com livre e perfeita mobilidade de
capitais, a política monetária exerce influência sobre a taxa de câmbio. Por
exemplo”, um aumento da base monetária, ao ________ a taxa de juros, tende a
provocar ________ de moeda estrangeira do país, resultando numa ____________
da moeda ___________.”
Completam corretamente este texto, respectivamente,
a) aumentar / saída / desvalorização / estrangeira
b) reduzir / entrada / desvalorização / nacional
c) reduzir / saída / valorização / nacional
d) reduzir / saída / desvalorização / nacional
e) aumentar / entrada / desvalorização / estrangeira
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Gabarito:
54 a
55 b
56 e
57 b
58 e
59 b
60 c
61 d
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191
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