atuação fonoaudiológica no atendimento domiciliar
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Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 8, nº 14, agosto de 2015 38
Atuação fonoaudiológica
no atendimento domiciliar http://dx.doi.org/10.15601/1983-7631/rt.v8n14p38-51
Thamiris de Souza Fonseca*
Rachel Ferreira Loiola*
Érica Patiele Pereira Coelho*
Resumo
O atendimento domiciliar é caracterizado por um conjunto de ações voltadas para a
promoção à saúde, a prevenção, a tratamento de doenças e a reabilitação prestadas
em domicílio, a fim de garantir a continuidade das redes de atenção à saúde.
Objetivo: verificar como tem sido apresentada nos periódicos nacionais de saúde a
atuação do fonoaudiólogo no atendimento domiciliar. Métodos: revisão integrativa de
literatura, com uma busca detalhada sobre o atendimento fonoaudiológico domiciliar
de artigos compreendidos no período de janeiro de 2007 a abril de 2014 publicados
em território nacional que citavam a atuação fonoaudiólógica em domicílio. Resultados:
de todos os artigos encontrados, foram considerados 6 artigos sobre a atuação do
profissional fonoaudiólogo no atendimento domiciliar. Quanto às regiões de publicação,
os estados que mais contém publicação são: São Paulo, com 2 publicações e Bahia,
também com 2 publicações. Dentre os profissionais envolvidos no atendimento, os que
mais apareceram nas pesquisas foram: médicos (4), enfermeiros (4) e fisioterapeutas
(4). Das patologias vinculadas ao atendimento domiciliar, a mais atendida foi aquela
relacionada às doenças neurológicas, totalizando 4. O tipo de serviço fonoaudiológico
mais encontrado foi o de intervenções em adultos. O setor de atendimento mais
encontrado na pesquisa foi o público. Conclusões: foi possível verificar que a atuação
fonoaudiológica no atendimento domiciliar é de extrema importância, mas ainda é
escassa o número de publicações nesta área, dentre os diversos fatores, pelo
reduzido número de profissionais que nela atuam.
Palavras-chave: assistência domiciliar; serviços de assistência domiciliar; fonoaudiologia;
pacientes domiciliares; idoso.
* Graduanda do curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.
thamirisfonseca@outlook.com * Mestre e doutora em Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais. Fonoaudóloga pelo Centro
Universitário Metodista Izabela Hendrix. rachel.loiola@izabelahendrix.edu.br * Graduanda do curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.
ericapatiele@yahoo.com.br
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Introdução
No atendimento domiciliar, existem dois setores de atendimento: o público e o privado.
O atendimento domiciliar na rede pública, conhecido como Serviço de Atenção
Domiciliar (SAD), surgiu com o intuito de minimizar problemas encontrados no Sistema
Único de Saúde (SUS) e de proporcionar um atendimento com foco na promoção,
prevenção e humanização (SILVA et al., 2005). No setor privado, o atendimento
domiciliar é mais conhecido como “home care”, cujo objetivo é promover, conservar
e/ou restaurar a saúde (FABRÍCIO, 2004).
A Portaria 963, de 27 de maio de 2013, Brasil (2013) descreve que a Atenção
Domiciliar tem por objetivo reorganizar o processo de trabalho das equipes que
prestam cuidado domiciliar na Atenção Básica, na Atenção Ambulatorial, nos serviços
de urgência e emergência e no serviço hospitalar, com vistas a reduzir a demanda por
atendimento hospitalar e/ou o período de permanência de usuários internados, a
humanização da atenção, a desinstitucionalização e a ampliação da autonomia dos
usuários. O ambiente hospitalar, por ser muito debilitante, pode dificultar o sucesso de
um tratamento. Por isso, cada vez mais cresce o número de pessoas que procuram o
atendimento domiciliar. (DUARTE, DIOGO, 2000; TORRE, VERGEL, BRITO, 1998).
O Ministério da Saúde, BRASIL (2013) descreve que a Atenção Domiciliar é uma nova
modalidade de Atenção à Saúde, substitutiva ou complementar às já existentes.
Caracteriza-se por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e
tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de
continuidade de cuidados de forma integrada às redes de Atenção à Saúde.
O Serviço de Atenção Domiciliar surgiu na década de 1950, nos Estados Unidos da
América (EUA), com foco primeiramente na redução de custos. Em 1965, o programa
foi modificado, com a finalidade de proporcionar benefícios aos pacientes. No Brasil,
surgiu em 1967, no estado de São Paulo, com o objetivo de minimizar o número de
leitos e desospitalizar pessoas com doenças crônicas no Hospital do Servidor Público
Estadual (SERAFIM, RIBEIRO, 2011; TAVOLARI, FERNANDES, MEDINA, 2000).
De acordo com Fabrício et al, (2004), existem três definições para Atendimento
Domiciliar: a) visita domiciliar - que tem como objetivo elaborar um plano assistencial
visando à recuperação e/ou reabilitação do paciente e, também, avaliar o ambiente e
as necessidades da família; b) atendimento domiciliar - atividades desenvolvidas pelos
profissionais na residência do paciente envolvendo a promoção e prevenção à saúde,
exigindo formação técnica para exercer essa atividade; e c) internação domiciliar -
atividades realizadas pela equipe e/ou pelo profissional da saúde, contando com
recursos humanos, equipamentos, materiais e medicamentos.
O Ministério da saúde, BRASIL (2013) descreve que o SAD é composto por uma
equipe multidisciplinar que inclui: médico, enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista,
psicólogo, assistente social, fonoaudiólogo, odontólogo, farmacêutico e terapeuta
ocupacional. Segundo a Portaria 963, de 27 de maio de 2013, art. 9°, a Equipe
Multiprofissional de Apoio (EMAP) tem composição mínima de três profissionais de nível
superior, escolhidos dentre as ocupações citadas acima.
Em 2008, foi criado o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), cujo objetivo era
ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica, bem como sua
resolubilidade, apoiando a inserção da Estratégia de Saúde da Família (ESF) na rede
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de serviços e o processo de territorialização e regionalização, a partir da Atenção
Básica. O fonoaudiólogo atua por meio de oficinas, orientações quanto ao aleitamento
materno e intervenções coletivas (ALMEIDA, REIS, 2010; BRASIL, 2008).
Em relação ao perfil de pacientes atendidos no ambiente domiciliar, tem-se percebido
cada vez mais a necessidade dos pacientes idosos serem beneficiados com esse
atendimento, devido ao aumento deste segmento da população.
No Brasil, há uma maior prevalência de pacientes idosos atendidos em domicílio,
sendo um dos fatores mais prevalentes a dificuldade de locomoção, a maior
incidência de doenças crônicas e de disfagia, que podem levar à ocorrência
pneumonia aspirativa e desnutrição (FREITAS et al., 2007; MENDES, TCHAKMAKIAN,
2009; PERROCA, EK, 2004).
A inserção da Fonoaudiologia em intervenções domiciliares ainda é recente. Tem-se
tem pesquisado pouco sobre esse tipo de intervenção. Com isso, sua participação
ainda é discreta na equipe multiprofissional de apoio (SILVA; MUSSE; NEMR, 2009).
Das patologias atendidas, destacam-se: doenças em estágio terminal, doenças crônicas
não transmissíveis, distúrbios neurológicos adquiridos por acidente vascular encefálico
(AVE) e de tronco cerebral, queimaduras de face e região cervical, traumas de face,
neuropatias, traumas crânio-encefálicos, doenças degenerativas, traumatismos
raquimedulares, câncer de cabeça e pescoço e distúrbios de deglutição. É importante
que existam profissionais capacitados para atender a essas patologias, de modo a
contribuir para promover a qualidade de vida dos pacientes (LIGOCKI et al., 2008;
TORRE, VERGEL, BRITO, 1998).
Devido à importância do atendimento domiciliar, este trabalho teve por objetivo
verificar como tem sido apresentada nos periódicos nacionais de saúde a atuação do
fonoaudiólogo no atendimento domiciliar.
Método
Consiste em um estudo de revisão integrativa de literatura. Buscou-se detalhadar os
artigos científicos por meio do Bireme e do Google Acadêmico. A busca foi feita
utilizando os descritores do Decs: serviços de assistência domiciliar, Fonoaudiologia e
home care, assistência domiciliar e serviço fonoaudiológico de atendimento domiciliar.
Os critérios de inclusão adotados contemplaram artigos publicados no período de
2000 a 2014, sendo que o primeiro artigo encontrado ocorreu apenas em janeiro de
2007. A partir de então, as análises passaram a contemplar os artigos de 2007 a
2014, os publicados em território nacional e que citavam a atuação fonoaudiológica
na pesquisa.
Os critérios de exclusão foram: documentos publicados fora do período delimitado,
que não continham os descritores acima adotados, que não foram publicados em
território nacional ou que não citavam a atuação fonoaudiológica na pesquisa. Cada
artigo selecionado foi analisado quanto aos seguintes aspectos:
1. Patologia atendida. Foram descritas as patologias envolvidas no atendimento
domiciliar, divididas a partir das seguintes categorias:
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. Doenças neurológicas: AVE (acidente vascular encefálico) e tronco cerebral,
trauma de face, neuropatias, TCE (traumatismo crânio encefálico), doenças
degenerativas, TRM (traumatismos raquimedulares), demência, Parkinson, ELA
(esclerose lateral amiotrófica), polineuropatia, PC (paralisia cerebral) e
Alzheimer.
. Doenças sistêmicas: câncer, desordens gastrointestinais, desordens renais,
desordens urológicas, HIV, subnutrição, sepse, desidratação, desnutrição,
doenças cardiológicas, HAS (hipertensão arterial sistêmica) e diabetes.
. Doenças respiratórias: ITR (irritação do trato respiratório), PCR (parada
cardiorrespiratória), doenças pulmonares e otorrinolaringológicas.
. Doenças emocionais e psiquiátricas: depressão e doenças psiquiátricas.
2. Tipo de serviço pela faixa etária do grupo atendido. Neste item, foi explicado
como é a atuação do fonoaudiólogo no Atendimento Domiciliar, sendo
estabelecido os seguintes critérios: intervenções em crianças (orientações sobre
o desenvolvimento infantil, para que haja promoção e prevenção da saúde);
intervenções em adultos, (o fonoaudiólogo atua na reabilitação das alterações
da comunicação e na prevenção da disfagia, por meio de avaliação e
reabilitação).
3. Profissionais envolvidos no atendimento. Relato das formações dos
pesquisadores dos artigos.
4. Região de publicação. Descrição da região de publicação de cada artigo.
5. Setor de atendimento. Identificação se a pesquisa foi realizada em setor
privado ou no SUS.
Para facilitar a análise dos dados, foram anotadas as informações em uma tabela no
Excel por meio de conta simples, sob a forma de gráficos.
Resultados
A partir dos critérios estabelecidos, foram encontrados e analisados seis artigos
contendo informações referentes à inserção do fonoaudiólogo no Atendimento
Domiciliar. Observou-se quanto às regiões, que duas publicações foram desenvolvidas
no estado de São Paulo, duas publicações na Bahia, uma em Minas Gerais e uma no
Rio Grande do Sul (Figura 1).
Nas pesquisas analisadas dos profissionais envolvidos no Atendimento Domiciliar,
observou-se que quatro são médicos, quatro são fisioterapeutas, quatro são
enfermeiros, três são fonoaudiólogos, três são psicólogo, três são técnicos de
enfermagem, dois são nutricionistas, dois são odontólogos, dois são terapeutas
ocupacionais e dois são assistentes sociais.
Dentre os profissionais que mais aparecem nas pesquisas sobre o Atendimento
Domiciliar, citam-se: médicos, fisioterapeutas e enfermeiros. Apurou-se que a
Fonoaudiologia ainda tem uma participação discreta nas publicações sobre o
Atendimento Domiciliar (Figura 2).
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Figura 1 - Quantidade publicação por região
Figura 2 - Quantidade de profissionais envolvidos no atendimento
Das patologias atendidas, quatro são doenças neurológicas, duas são doenças
sistêmicas, duas são doenças respiratórias e duas são doenças emocionais e
psiquiátricas. As patologias mais atendidas são as doenças neurológicas (Figura 3).
Dos tipos de serviços descritos pela faixa etária do grupo atendido descritos no
Atendimento Domiciliar, cinco são de intervenções em adultos e um é intervenção em
criança. Observou-se que as intervenções em adultos foram os procedimentos mais
realizados pelos fonoaudiólogos no ambiente domiciliar (Figura 4).
Em relação aos setores envolvidos, três referem-se ao SUS, dois não contêm
especificações no artigo e um refere-se ao atendimento do setor privado. O setor com
maior prevalência é o Sistema Único de Saúde. Foi alta a porcentagem relevante de
setor não declarado, sendo um deles realizado por meio de visitas domiciliares, não
vinculado a nenhum setor de atendimento. O outro artigo contém pesquisa com
fonoaudiólogos no qual a única restrição da pesquisa era a de profissional trabalhar
com pacientes traqueostomizados. Por último, aparece o setor privado (Figura 5).
4
4
4
3
3
3
2
2
2
2
0 1 2 3 4 5
Médico
Fisioterapeuta
Enfermeiro
Fonoaudiólogo
Psicólogo
Técnico de enfermagem
Nutricionista
Odontólogos
Terapeuta Ocupacional
Assistênte SocialMédico
Fisioterapeuta
Enfermeiro
Fonoaudiólogo
Psicólogo
Técnico de enfermagem
Nutricionista
Odontólogos
Terapeuta Ocupacional
Assistênte Social
2
2
1
1
0 0,5 1 1,5 2 2,5
São Paulo
Bahia
Minas Gerais
Rio Grande do Sul
São Paulo
Bahia
Minas Gerais
Rio Grande do Sul
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Figura 3 - Quantidade de patologias atendidas
Figura 4 - Quantidade do tipo de serviço pela faixa etária de grupo atendido
Figura 5 - Percentual referente aos setores de atendimentos
4
2
2
2
0 1 2 3 4 5
Doenças neurológicas
Doenças sistêmicas
Doenças respiratórias
Doenças emocionais e psiquiátricas
Doenças neurológicas
Doenças sistêmicas
Doenças respiratórias
Doenças emocionais e psiquiátricas
5
1
0 2 4 6
Intervenções em adultos
Intervenções em crianças
Intervenções em adultos
Intervenções em crianças
3
2
1
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
SUS
Não relatado
Privado
SUS
Não relatado
Privado
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Discussão
Pôde-se observar que existe escassez de publicação sobre a atuação do
fonoaudiólogo no atendimento domiciliar. Da análise realizada, foi possível observar
que o estado de São Paulo e o estado da Bahia foram os estados que mais
publicaram sobre o assunto desta pesquisa. No primeiro, isso pode ter ocorrido devido
ao elevado número de fonoaudiólogos em relação às demais regiões, 11.920, contra
1.295 da Bahia, 4.098 de Minas Gerais e 2.102 do Rio Grande do Sul. Em relação ao
estado da Bahia, a grande quantidade de publicações pode ser atribuída ao interesse
dos profissionais (FREITAS et al., 2007; CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA,
2014; LIGOCKI et al., 2008).
Os profissionais mais citados nas pesquisas sobre o atendimento fonoaudiológico
domiciliar foram os médicos, os enfermeiros e os fisioterapeutas, podendo ser estes
os profissionais mais atuantes neste tipo de intervenção. O médico é o profissional
centralizador das condições clínicas dos pacientes, responsável por encaminhar os
pacientes para os profissionais da reabilitação. É de extrema importância que haja um
atendimento multiprofissional no ambiente domiciliar, pois cada um dos profissionais
poderá contribuir para a recuperação e reabilitação dos pacientes, promovendo, assim,
sua qualidade de vida. Isso é favorecido pela troca de informações entre os membros
que compõem a equipe. É importante que a família participe das intervenções junto
com a equipe, pois na ausência dos profissionais, esta é que será responsável pelos
cuidados com o paciente. Como é recente a inserção da Fonoaudiologia na
intervenção domiciliar, justifica-se essa participação de modo discreto, o que pode
explicar o reduzido número de publicações sobre o assunto. Existem poucas
referências ao profissional fonoaudiólogo nos artigos publicados em outras áreas
sobre o atendimento domiciliar (FABRÍCIO et al., 2004; GOULART et al., 2010; SILVA,
MUSSE, NEMR, 2009; TAVOLARI, FERNANDES, MEDINA, 2000).
Em uma pesquisa realizada por Ligocki et al. (2008), houve um número significante de
pacientes com diagnósticos neurológicos. Outras pesquisas confirmaram que o
paciente mais atendido no ambiente domiciliar é o portador de doenças neurológicas.
Foi realizado um levantamento de dados nos prontuários de pacientes do Hospital de
Pronto Socorro João XXIII (HPSJXXIII) atendidos em seus domicílios pela Fundação
Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) entre os meses de janeiro e setembro
de 2006, por meio de um protocolo de busca de dados semiestruturados. Dos 17
prontuários analisados, sete (41,17%) continham dados relativos a alterações da
comunicação, especificamente da deglutição, que justificam a intervenção
fonoaudiológica, determinando a necessidade da atuação deste profissional na equipe
domiciliar.
A citação da doença neurológica em pesquisas também obteve maior relevância em
um estudo realizado por Silva, Musse e Nemr (2009), na cidade de Salvador. A
pesquisa ocorreu por meio da aplicação de questionário às empresas, aos
fonoaudiólogos e aos pacientes atendidos com fonoaudiólogo, de janeiro a março de
2006. O tempo médio de funcionamento das empresas foi 9,17 anos. A média de
pacientes atendidos por fonoaudiólogo foi 14,33 com média de 3,17 fonoaudiólogos
atendendo por empresa. Os profissionais presentes totalizaram 100% das empresas,
compreendendo médicos e fisioterapeutas. Os fonoaudiólogos trabalham por prestação
de serviço, com valor médio de R$33,00 por atendimento. A maioria dos pacientes é
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de mulheres, idosas, com diagnóstico de doença neurológica: AVE (39,1%) e
demências (19,1%). Os fonoaudiólogos são, em sua maioria, mulheres, jovens e
graduadas no próprio estado.
Especificando melhor os tipos de doenças frequentemente atendidos em domicílio,
Ligocki et. al. (2008), citam aquelas em estágio terminal, crônicas não transmissíveis,
distúrbios neurológicos adquiridos por acidente vascular encefálico (AVE) e de tronco
cerebral, queimaduras de face e região cervical, traumas de face, neuropatias, traumas
crânio-encefálico, doenças degenerativas, traumatismos raquimedulares, câncer de
cabeça e pescoço e distúrbios de deglutição. É importante contar com profissionais
capacitados para atender a essas patologias, contribuindo para promover a qualidade
de vida dos pacientes.
As doenças sistêmicas foram citadas em duas pesquisas. A mais comum é a
Hipertensão Arterial Sistêmica, que, de acordo com o Ministério da Saúde (2006),
acomete cerca de 50% a 70% das pessoas idosas, constituindo-se em um dos fatores
capazes de desenvolver as doenças cardiovasculares. É considerada uma consequência
normal do envelhecimento.
No estudo realizado, as doenças respiratórias foram citadas em duas pesquisas. No
idoso, é a segunda maior causa de internação, ressaltando-se a importância da
prevenção com vacinação e a ocorrência de pneumonia (MAIA, et. al., 2006). Para a
prevenção da pneumonia aspirativa, o fonoaudiólogo pode atuar quanto às avaliações
da deglutição, por meio do Protocolo de Avaliação do Risco para Disfagia (PARD), que
vai identificar os riscos para disfagia e os riscos de aspiração e orientar os familiares
e o paciente sobre a postura adequada durante a alimentação, consistência, utensílios
e forma de oferta das dietas (NAKAMURA, BELLO, 2000; PADOVANI et al., 2007, 2013).
Das patologias atendidas no domicílio, duas são doenças emocionais e psiquiátricas.
Dentre elas, destaca-se a depressão, que de acordo com o Ministério da Saúde
(2006), acomete de 3% a 11% da população, com maior prevalência em mulheres,
sendo as pessoas idosas mais vulneráveis à doença. O isolamento é um dos fatores
de risco para desencadear a depressão. Como consequência, ocorre o suicídio. Ou
seja, é importante que esses pacientes sejam atendidos em seu domicílio, para que
haja maior apoio e carinho da família, evitando agravar seu quadro de saúde.
O tipo de atuação fonoaudiológica mais encontrado nas intervenções domiciliares foi
a de reabilitação da disfagia. Tal ocorrência pode se justificar pela maior prevalência
de pacientes idosos atendidos em domicílio no Brasil, pois as sequelas são frequentes,
desencadeadas nas doenças neurológicas - mais especificadamente, os AVEs. Estudo
realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu revelou que,
dentre os 102 pacientes avaliados clinicamente por fonoaudiólogos, 76,5%
apresentaram disfagia no momento da avaliação. Observou-se que pelo menos um
terço dos pacientes avaliados apresentava pelo menos seis dias de instalação da AVE.
Com isso, é possível constatar a importância da atuação fonoaudiológica em pacientes
com sequelas de AVE (FABRÍCIO et al., 2004; SCHELP et al., 2004).
Sobre o perfil da população mais atendida no ambiente domiciliar, destacam-se os
idosos, em função do envelhecimento natural das fibras nervosas e musculares, que
causa degeneração fisiológica do mecanismo da deglutição e alteração das funções
orofaciais. Tais modificações de acordo com Acosta e Cardoso (2012) são
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caracterizadas como presbifagia. Neste estudo, este foi o público de maior prevalência
dos profissionais nos atendimentos da Fonoaudiologia em ambiente domiciliar.
Outra atuação fonoaudiológica encontrada nas pesquisas prende-se à reabilitação da
alteração da comunicação adquirida. Com o envelhecimento natural, ocorrem
modificações nas habilidades de comunicação, que diferem em cada individuo, pois
dependem das condições de saúde, da história de vida, da estrutura socioeconômica
e cultural e da profissão. As alterações de linguagem adquiridas podem estar
associadas a uma patologia neurológica – geralmente, ao AVE. As mais comuns são:
afasias, isto é, alteração na expressão e/ou compreensão da linguagem oral e escrita,
em decorrência de déficits sensoriais, intelectuais ou psiquiátricos; apraxia e disartria,
que são distúrbios neurológicos da fala (GALLI, OLIVEIRA, DELIBERATO, 2010; MAC-KAY,
2010; MANSUR, MACHADO, 2010) presbifonia, que é o envelhecimento natural da voz;
e presbiacusia, que é a diminuição da audição, relacionada ao envelhecimento. O
fonoaudiólogo pode realizar avaliações audiológicas com audiômetro portáteis, mas a
atuação domiciliar mais frequente nas intervenções fonoaudiológicas de audição
baseia-se nas orientações da necessidade do uso de Amplificação Sonora Individual
(AASI). Quando já se faz o uso deste recurso, o fonoaudiólogo avalia como está
sendo feito a limpeza, bem como o uso do AASI (LEME, 2000).
Um dos fatores responsáveis pelo fato de o idoso ser o paciente mais atendido no
ambiente domiciliar relaciona-se a sua dificuldade de locomoção, devido à diminuição
do equilíbrio a e lentidão na realização dos movimentos. Os riscos de quedas podem
estar associados às alterações fisiológicas normais do envelhecimento e aos riscos
dependentes das condições sociais e ambientais, como escorregões e piso em falso.
Se o idoso apresentar algum problema na marcha e no equilíbrio, fica mais
predisposto a esses fatores (FABRÍCIO, RODRIGUES, JUNIOR, 2004; MELLO, PERRACINI,
2000).
No estudo realizado, encontrou-se uma atuação fonoaudiológica relacionada à
intervenção infantil. Goulart et al. (2010) destacam a importância da equipe
fonoaudiológica atuar nas orientações sobre o desenvolvimento infantil, para que haja
promoção e prevenção da saúde, mediante a criação de mudanças de hábitos que
visem a melhorar a comunicação da criança. Também é importante que o profissional
fonoaudiólogo, quando necessário, faça o encaminhamento do paciente ao profissional
adequado.
Observou-se maior prevalência de artigos publicados sobre o setor de atendimento
público. Sugere-se que isso ocorra devido ao serviço público não conseguir atender à
todas as demandas oferecidas, com isso o atendimento privado passa a existir a fim
de complementar e/ou funcionar como um serviço alternativo aos serviços públicos
oferecidos (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 2014).
Esta pesquisa permitirá fornecer dados importantes para ampliar o conhecimento sobre
como funciona a atuação do fonoaudiólogo no atendimento domiciliar.
As publicações sobre a inserção da Fonoaudiologia no ambiente domiciliar ainda são
escassas, tendo, assim, participação discreta na literatura e, consequentemente, nos
atendimentos. Por isso, é importante que este trabalho seja divulgado no meio
científico, também a partir da publicação de artigos para oferecer mais conhecimentos
sobre a atuação do fonoaudiólogo na habilitação/ reabilitação dos pacientes neste
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tipo de serviço. Destaca-se, ainda, a importância de ampliar os conhecimentos sobre o
atendimento domiciliar, bem como de se inserir a Fonoaudiologia na equipe, pelo
crescente número de idosos no Brasil, principais pacientes beneficiados pelo
atendimento domiciliar.
Conclusão
Por meio deste estudo, foi possível verificar escassez de publicação dos
fonoaudiólogos quanto aos atendimentos domiciliares. Pode-se sugerir que é reduzido
o número de profissionais atuantes na área.
Dentre os seis artigos analisados, pode-se perceber quanto às regiões que os estados
de São Paulo e da Bahia são os que mais publicaram sobre o assunto, o primeiro
pelo número elevado de fonoaudiólogos e o segundo, provavelmente, pelo interesse
dos profissionais. Os profissionais mais citados na pesquisa sobre o assunto foram os
médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, podendo ser os que mais atuam na área. As
patologias mais atendidas destacadas nas pesquisas foram aquelas relacionadas às
doenças neurológicas. Quanto à atuação fonoaudiológica no ambiente domiciliar, as
mais encontradas foram a reabilitação de disfagia e a reabilitação da comunicação da
linguagem adquirida, talvez, em consequência do aumento do número de idosos na
população atendida em domicilio. Dos setores de atendimentos, observou-se na
pesquisa a prevalência de publicação no setor público.
Destaca-se que a Fonoaudiologia é pouco citada em artigos de outras áreas
relacionadas ao atendimento domiciliar. Assim, é importante que existam mais
publicações citando o profissional fonoaudiólogo no ambiente domiciliar, pois ele irá
atuar buscando a prevenção e a promoção da saúde do paciente e da família.
Speech Therapy Acting in Home Care
Abstract
Home care is characterized by a set of actions for the promotion of health, prevention
and treatment of illness and rehabilitation provided at home, in order to ensure
continuity of health care network. The point of this research is to check how the
speech therapist has been presented in journals of health in the role of home care. It
was made a study of integrative literature review with a detailed search of scientific
articles. There were selected articles between January 2007 and April 2014 that were
published in the national territory and quoted as speech acting in home care. There
were selected 6 articles about acting of professional speech therapist. As it matters to
the publishing regions, the states that mostly published were: Sao Paulo – with two (2)
publications and Bahia with two (2) publications too. Between the professionals involved
in treatment mostly who appeared in the researches were : doctors (4), nurses (4) ,
and physical therapists (4). As it belongs to the pathologies, the most attended was
the one related to the neurological diseases, totalizing 4. The kind of speech therapy
service mostly found was the one of adult interventions. The sector of treatment
mostly found in the research was the public. Through this study was possible to verify
that the acting of Phonoaudiology in home care is extremely important, but there is a
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lack of publication about this area, among the factors is the reduced number of
professionals that act on it.
Keywords: home care; home care services; speech; home patients; elderly.
Referências
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Recebido em 05 de maio de 2015.
Aceito em 12 de julho de 2015.
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