apresentação - irani
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IRANI- BERÇO DO CONTESTADO
ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO:
Contexto histórico; Localização do município; Explanação sobre todos os aspectos que norteiam o município; Apresentação e identificação de alguns locais do município no
terreno;
O território do município de Irani começou a ser desbravado e ocupado no início do século XIX, por fazendeiros e colonos oriundos principalmente do norte do Rio Grande do Sul;
Na época da chegada dos primeiros colonizadores, as terras pertenciam ao município de Palmas-Pr, uma extensa área a margem direita do rio do Peixe, pretendida pelos estados do Paraná e Santa Catarina, e também pelo país vizinho Argentina.Sendo que com a Argentina ficou conhecido como: Tratado de “Missiones”, e os estados do Paraná e Santa Catarina, a questão de “Palmas”.
Em consequência disso e de outros fatores, originou-se de 1912 a 1916 a Guerra do Contestado;
A primeira batalha aconteceu nos campos do Irani, no dia 22 de outubro de 1912, a qual ceifou a vida de muitos sertanejos, caboclos e militares espalhando pânico em grande parte da região, por isso, Irani ficou conhecido como o berço do contestado;
Histórico do município de Irani
Revoltados com os governos estaduais, que promoviam a concentração
da terra em benefício dos grandes fazendeiros, e com o governo federal,
que concedeu uma extensa área já habitada à empresa norte-americana
responsável pela construção do trecho da Estrada de Ferro São Paulo -
Rio Grande no território. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram
forças militares dos poderes federal e estadual; Chegaram a controlar uma área de 28 mil quilômetros
quadrados.Combatendo a entrada do capital estrangeiro, que explorava a madeira e vendia a terra a colonos imigrantes;
Motivações de um combate
Os caboclos que aqui ficaram e constituíram família, vivendo de
atividades de subsistência e do pequeno comércio da erva-mate não
serviam aos ideais do capitalismo imperialista introduzido no Brasil a
partir da Proclamação da República.
Assim, o homem que deu início ao processo de ocupação da região do
Meio Oeste catarinense passou a ser excluído do novo modelo de
desenvolvimento econômico, que tinha lógica na produção capitalista. Gado bovino; Erva-Mate; Madeira;
A terra e a economia da região contestada
A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo. Para a construção da estrada de ferro, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Este fato, gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar;
Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, a Madereira Lumber voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras;
O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo;
O coronealismo;
Causas da guerra
Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria.
Este pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar;
José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras;
Montou vários povoados, onde havia igualdade social e autoridade própria. A esses povoados deu-se o nome de Contestado, daí o nome do conflito;
Sendo conhecida também como Guerra Santa, já que tinha a frente uma figura religiosa;
Os camponeses viam José Maria como uma alma bondosa, que surgiu num momento difícil para ajudar aos necessitados;
Ele sabia usar muito bem as plantas da região, conhecendo os poderes medicinais de muitas delas, usando para ajudar na saúde daqueles que porventura viessem a precisar;
Participação do monge José Maria
Os coronéis da região e os governos (federal e estadual) começaram a ficar preocupados com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses.
Então o governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha como objetivo desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o movimento;
Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores; Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses
resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria camponeses, morreram;
As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores;
Conflitos
Mesmo com toda a perseguição, os camponeses não desistiram, e enfrentaram as forças policiais que estavam muito bem armadas. Isto acarretou em um número médio de 5 e 8 mil mortos. Uma pequena minoria era de oficiais;
Em 1912, em um dos conflitos, as tropas federais foram derrotadas, porém o líder religioso acabou morrendo. Depois desse confronto os camponeses se reorganizaram novamente, e no ano seguinte vieram a subjugar novamente as autoridades republicanas;
Em 1914 e nos anos seguintes novas batalhas aconteceram, mas sempre as tropas do governo saiam derrotadas. O conflito só teve fim quando o governo manteve suas tropas em um confronto permanente por mais de um ano, utilizando aviões e artilharia pesada;
Os interesses financeiros de grandes empresas e proprietários rurais ficavam sempre acima das necessidades da população mais pobre. Não havia espaço para a tentativa de solucionar os conflitos com negociação.
Quando havia organização daqueles que eram injustiçados, as forças oficiais, com apoio dos coronéis, combatiam os movimentos com repressão e força militar;
A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram prender Adeodato, que era um dos chefes do último reduto de rebeldes da revolta. Ele foi condenado a trinta anos de prisão;
Final da Guerra
Foi criado pela lei municipal nº916 de 11 de Setembro de 1963, sendo
instalado em 12 de Janeiro de 1964, pertencente à Comarca do município
de Cruzeiro, hoje Joaçaba;
O topônimo Irani originou-se do rio que banha o município, nome
originário da língua Tupi-Guarani, que significa"Mel Envelhecido", que
na referida língua tem o seguinte: IRA=mel e NHI=envelhecido, por
tanto, o nome de Irani está relacionado à beleza da fauna e da flora;
Irani como município
Colonização: Cabocla, indígena, italiana e alemã;
Irani possui oficinas de danças que atende 150 crianças de 05 a 17 anos,
que trabalham todos os gêneros, com enfoque especial aos ritmos do
Contestado;
Aspectos Étnico-Culturais
Prefeitos Municipais
Alzemiro Ferreira Velho – (Prefeito)- Gestão 1964 - 1965
Elio de Gregori – ( Prefeito) Gestão 1965-1970
Atilio Marino Sganzerla – ( Prefeito)Orlando Silva – ( Vice-prefeito) Gestão 1970-1973
Elio de Gregori – (Prefeito)Raimundo Rodrigues Dos Santos – (Vice –Prefeito) Gestão 1973-1977
Gebrail Oro – ( Prefeito)Aguinello Schmidt – ( Vice-prefeito) Gestão 1977 - 1983
Antonio Bavaresco - (Prefeito)Elio Guareschi - (Vice-prefeito) Gestão: 1983 - 1988
Elio Guareschi - (Prefeito)Valdecir Angelo Zampieri - (Vice-prefeito) Gestão: 1989 - 1992
Valdecir Angelo Zampieri- (Prefeito)Lacir ZENARO - (Vice-prefeito) Gestão: 1993 - 1996
Antonio Bavaresco - (Prefeito)Neri Terezinha Guareschi - (Vice-prefeita) Gestão: 1997 - 2000
Cleinor Zózimo Zampieri - (Prefeito)Fábio Antonio Fávero - (Vice-prefeito) Gestão: 2001 - 2004
Fábio Antonio Fávero - (Prefeito)Jamir Antonio Grisa - (Vice-prefeito) Gestão: 2005 - 2008
Adelaide Salvador - (Prefeita)Cleinor Zózimo Zampieri - (Vice-Prefeito) Gestão: 2009 - 2012
Mauri de Lima – ( Prefeito)Adelmo Lohmann – ( Vice-Prefeito) Gestão: 2013 - 2016
Estado: Santa Catarina
Município: Irani
Data de Emancipação: 11/09/1963
Lei de Criação: nº 916
Área: 322 km²
Altitude: 1228m do nível do mar
Clima: Subtropical
Temperatura: média anual 18°
População: 9.734 ( fonte IBGE )
Colonização: Cabocla, Italiana e Alemã
Santo Padroeiro: São João Batista
CEP: 89.680-000
DDD: (49)
Informações Gerais de Irani
o Na economia destacam a agricultura, pecuária (suínos, bovinos e
aves) a indústria moveleira, madeireira, o comércio e turismo em
reestruturação.
o Agricultura e pecuária representa: 70,30% e a Indústria madeireira,
moveleira, metalúrgica, comércio e prestadores de serviço,
representam em conjunto: 29,70%.
Aspectos Econômicos
O Município de Irani possui uma extensão territorial de 322 Km²,
distribuído em 24 comunidades, com latitude sul 27º01’45” e
longitude 51º54’01”.
Altitude do ponto mais alto 1.160 metros, ponto mais baixo 535
metros, em relação ao nível do mar. Da área do Município de Irani
60% está acima de 100 de altitude.
Mata das Araucárias, imbuias, ipês, cedros, etc.
Clima e Relevo
Vegetação
O município de Irani, distante 530 km da Capital do Estado,
Florianópolis, está localizado na região meio oeste e pertence a Região
da AMAUC (Associação DOS Municípios do Alto Uruguai
Catarinense).O Município faz divisões norte com Ponte Serrada, Rio
Irani, Sul com Rio Jacutinga, Concórdia e Jaborá, Leste com Vargem
Bonita e Catanduvas e Lajeado Pingador, Oeste com Concórdia e
Lindóia do Sul.
Localização
O município é banhado pelo Rio Irani, Rio Jacutinga, Rio Engano, e
inúmeros afluentes distribuídos pelo município, bem como lagos e
lagoas, o abastecimento de água é feito por poços artesianos.
Recursos Hídricos
As espécies existentes da fauna local são: tamanduá, tatu, porco
espinho, cotia, gato do mato, gambá, veado, capivara, paca, tateto,
quati, macaco, bugio, jaguatirica, preá, pombas, jacu, nambu, biguá,
marrecos, perdiz, saracura e outras aves de pequeno porte.
Fauna
As espécies existentes da flora são: imbuía, araucária, angico,
canela, cedro, louro, grápia, erva-mate, gabriuva, guamirim, piuna,
pessegueiro, sapopema, soita, araçá, caúna, pimenteira, branquilho, ipê-
amarelo, carova, guarperê, taquara, sarandi, vacum, gabiroba,
bracatinga, ariticum, cereja, tarumâ, pitanga, jabuticaba. Sete capota,
ingá, leiteiro, fumo bravo etc.
Flora
Roteiro Turístico:
Visita ao Sítio Histórico; - Visita ao Museu; - Cemitério; - Monumento do Contestado; - Local onde o monge foi sepultado; - Parque Temático do Contestado; - Visita a árvore milenar ( imbuia ); - Visita ao lago artificial com passeios de pedalinhos, prainha, pesca; - Visita a cascata do Garaffa; - Visita ao Capitel Nossa Senhora de Lurdes ( 1ª construção em alvenaria
do município); - Parque dos Butieiros; - Igreja Matriz; - Camping Linha União; - Fazenda Cocho Velho ( pesque pague, camping, Hotel Fazenda );
Turismo
Principais Atrativos:
Parque Aquático Municipal - localizado no centro da Cidade; Parque dos Butieros; Localizado nas margens da Br 282 divisa de Irani e Ponte Serrada; Sítio Histórico e Arqueológico do Contestado; ( Museu do Contestado) Localizado na Br 153 Km 63;
Principais eventos: FIMUSI - Dias 06, 07 e 08 de setembro no ginásio Municipal; Festa Estadual do Contestado - Em outubro, promoção Prefeitura
Municipal de Irani com Idelvan;
Festas e Comemorações
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livro:
SACHET Celestino, SACHET Sérgio.Histórias de Santa Catarina : o Contestado/ – Florianópolis : Século Catarinense, 2001.
Revista :
História Catarina
Sites:
http://www.irani.sc.gov.br
http://www.estudopratico.com.br/guerra-do-contestado-causas-consequencias-e-imagens/#ixzz2e2YkdPPS
PROFESSOR: Manoel de Mattos
ACADÊMICAS: Bruna Zuanazzi, Gabriela Pereira e Jacir J. V. de Andrade
FACC-FACULDADE CONCÓRDIA
TURMA: AU-52
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