apostila de contabilidade básica 1 - alunos - contabilidade - 2013-2
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UFAL
Universidade Federal de Alagoas
CURSO DE CONTABILIDADE
TURMA – 1º Periodo
HORÁRIO: 3ª FEIRA – 19:00 AS 21:40 - Noite
APOSTILA DE CONTABILIDADE BÁSICA 1
Profa. Ms. Marluce Alves de Almeida Salgueiro
Email da Professora:marlucesalgueiro@hotmail.com
2013-2
Maceió- AL
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PLANO DE ENSINO
DISCIPLINA: CONTABILIDADE BÁSICA
CARGA HORÁRIA: 60 hs
Ementa:. Noções Básicas de Contabilidade. Estudo do Patrimônio. Estudo das Variações. Elenco de
Contas. Procedimentos Básicos de Escrituração. Elaboração de Balancetes. Demonstrativos Contábeis.
Objetivo da Disciplina: Proporcionar aos discentes do curso de economia a compreensão dos
fundamentos básicos para conhecimento da Contabilidade, apresentando seus conceitos e fundamentos
para o entendimento das principais demonstrações contábeis.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Origem da Contabilidade
1.1. Aspectos Gerais
1.2. Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade
1.3. Princípios Contábeis
2. Noções Básicas de Contabilidade
2.1. Conceitos
2.2. Campo de Aplicação, Finalidade, Objeto e Objetivo da Contabilidade.
2.3. Usuários da Contabilidade
3. O Estudo do Patrimônio
3.1- Conceitos
3.2- Elementos e Aspectos Patrimoniais
3.3- Origens e Aplicação de Recursos
4. Estudo das Variações Patrimoniais
4.1- Atos e Fatos Administrativo-Contábeis
4.2- Classificações dos Fatos Contábeis
5. Contas Patrimoniais e de Resultado
5.1- Conceitos de Contas
5.2- Teorias das Contas
5.2.1- Teoria Personalística
5.2.2- Teoria Materialística
5.2.3- Teoria Patrimonialista
5.3- Plano de Contas
6. Técnicas e Procedimentos de Escrituração
6.1- Técnicas Contábeis
6.2- Conceitos
6.3- Métodos de Escrituração
6.4- Livros de Escrituração
7. Regime e Registros dos Fatos Contábeis
7.1- Regimes Contábeis
7.2- Lançamentos Contábeis
7.3- Práticas de Lançamento
7.4- Representação Gráfica dos lançamentos
7.5- Erros de Escrituração e Técnicas de Correção de Erros
8. Balancete de Verificação
8.1- Aspectos Conceituais e Legais do Balancete de Verificação
8.2- Como Elaborar um Balancete de Verificação
9. Demonstrações Financeiras Obrigatórias.
9.1- Demonstrativo do Resultado do Exercício
9.2- Balanço Patrimonial
Bibliografia Atualizada
Exercícios para praticar
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1. ORIGEM DA CONTABILIDADE
1.1. Aspectos Gerais
A história revela que a contabilidade se iniciou nos tempos do homem das cavernas. Pesquisas
arqueológicas recentes feitas na Síria, Israel e no Iraque (antiga Mesopotâmia) localizaram fichas de barro
que possivelmente foram usadas para controle de estoque e que remontam a aproximadamente 8.000 AC.
Daí se conclui que, já naqueles tempos, o homem se preocupava em ter o controle dos estoques dos seus
bens.
Na pré-história, quando a inteligência humana ainda era pouco desenvolvida, o Homem de Neandertal
caçava, pescava e às vezes, chegava a disputar carniça com outros animais. Com o surgimento do Homo
Sapiens, homem pensante, houve uma evolução. Este também caçava e pescava, mas tinha uma enorme
diferença com relação ao homem de Neandertal. O homem percebeu que poderia acumular riqueza
através da criação extensiva de animais e do cultivo de cereais.
Surgia então a necessidade de se fazer o controle dos excedentes da produção. À medida que o homem
passou a acumular riqueza e esta a se transformar em patrimônio, a contabilidade apareceu como a técnica
para o controle do seu patrimônio.
1.1.1 - Tipos de Controles
Controle Rudimentar: o homem controlava seus estoques com pedras, ossos de animais, folhas de árvores
ou desenhos. Evolução do Controle: o homem passou a utilizar fichas de barro para controlar seus
estoques com sinais pictográficos.
Com o excedente em seus estoques, o homem passou a realizar trocas de mercadorias conforme as suas
necessidades. Os que tinham estoques de cereais em excesso, trocavam por outras mercadorias que
necessitavam, como exemplo pode-se destacar a troca por armas, por animais para criação, por peixe seco
ou ainda outros tipos de cereais. Através destas trocas é que finalmente surgiu o comércio. Com isso, o
comercio veio se consolidando como uma atividade mercantil e com ele, a contabilidade se fazia presente,
registrando as operações e controlando as variações que estavam ocorrendo nos patrimônios das pessoas.
Um detalhe deve ser destacado nesta evolução. Os registros contábeis foram evoluindo de acordo com as
necessidades de controle dos registros das operações. Em outras palavras, quando mais intensificado ficou
o comércio entre as pessoas, maiores ficaram as necessidades dos comerciantes em controlarem suas
operações de forma eficiente. Os registros eram feitos de forma empírica (sem técnica) não existindo uma
uniformidade. Não havia uma preocupação em se criar normas para uniformizar tais registros. Cada
comerciante registrava de acordo com o seu conhecimento e conveniência.
1.1.2 - A Evolução do Pensamento Contábil
Segundo a literatura os primeiros indícios sobre as partidas dobradas que tem em sua essência a idéia de
que, para cada débito(s), haverá um crédito(s) correspondente surgiram a partir do século XIII e XIV.
Este método ficou conhecido na época como método de Veneza Pacioli, apud,Schmidt (2000,p.36). Na
verdade, ele foi um dos primeiros divulgadores, pois, sua obra, La Summa de Arithmética, Geometria,
Proportioni et Porportionalitá, datada de 10 de novembro de 1494 trata de assuntos diversos, tais como
aritmética, álgebra, geometria e comércio. O assunto Partidas Dobradas que na época era conhecido como
Método de Veneza, é mencionado pelo autor da página 197 à 210 - Tratado XI De Computis et Scripturis,
o qual afirma que neste capítulo, descreveu o melhor método para registro contábil.
Um dos primeiros manuscritos que tratam das partidas dobradas data de 1.458 e o autor foi Benedetto
Cotrugli. Sua obra não se disseminou pela Europa porque foi manuscrita, um processo demorado e
principalmente caro, ao passo que a obra de Pacioli foi impressa em quantidade considerável e
disseminada por todo o continente.
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No século XV a Itália era praticamente o centro mercantil europeu. Em diversas cidades deste país o
comercio fervilhava ardentemente, negociações de grande vulto eram realizadas entre os diversos
comerciantes surgindo aí uma nova preocupação com os registros das operações. Os registros eram feitos
através das partidas simples, um método vulnerável para as operações de vendas a prazo. Surge então a
preocupação com a sistematização dos registros das operações.
1.2. Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade
Estrutura significa a composição, o arcabouço, à intimidade do edifício contábil. Quando, no corpo
humano, falamos em estrutura, queremos referir-nos aos componentes fundamentais da constituição
óssea, dos órgãos vitais, bem como às medidas gerais, peso, altura etc. Se uma pessoa tem um nariz
ligeiramente aquilino, não é problema de estrutura, mas talvez um problema de traços, acessório. Da
mesma forma, em Contabilidade, estrutura é o fundamental. Ainda assim, é lícito perguntar-se se, dentro
do fundamental, existem hierarquizações. No corpo humano, sem dúvida, ter os órgãos vitais funcionando
bem, como os rins trabalhando sem problemas de filtração, é mais prioritário do que ter uma poderosa
estrutura óssea. Assim, em Contabilidade, é importante procurar discutir a necessidade de priorizar
Conceitos.
Os Princípios (Conceitos) Fundamentais de Contabilidade podem ser classificados em três categorias
básicas, a saber:
Postulados ambientais da contabilidade.
Princípios contábeis propriamente ditos.
Restrições aos princípios contábeis fundamentais – Convenções.
Numa enunciação axiomática da Teoria da Contabilidade, os postulados ambientais seriam os próprios
Postulados ou Axiomas; os princípios seriam os Teoremas; e as convenções (restrições) seriam os
Corolários.
1.2.1- Postulados Ambientais da Contabilidade
Os postulados são comumente chamados de "Pilares da Contabilidade", por serem a base de toda a teoria
contábil e estão definidos pela teoria contábil em postulados da entidade e da continuidade.
O Postulado da Entidade estabelece o Patrimônio como sendo o objeto da Contabilidade, e afirma a
necessidade de diferenciação do patrimônio próprio com o patrimônio da entidade jurídica,
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. É imprescindível distinguir corretamente a
pessoa física da pessoa jurídica.
O Postulado da Continuidade prevê que o processo contábil deve ser desenvolvido supondo-se que a
entidade nunca terá um fim, ou seja, sem prazo estimado de duração. A suspensão das suas atividades
pode provocar efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo integral, de seu valor.
A queda no nível de ocupação pode também provocar efeitos semelhantes.
1.2.2- Convenções Contábeis –
A Resolução CFC 750/93 não faz referência às Convenções Contábeis. Entretanto, é pertinente que
conheçamos tais convenções, universalmente aceita dada a importância que elas representam para os
registros contábeis como um todo.
Objetividade: Refere-se ao sentido de neutralidade que se deve atribuir à Contabilidade nos registros dos
fatos que envolvem a gestão do patrimônio das entidades.
Os registros contábeis, sempre que possível, devem ser baseados em documentos que comprovem as
respectivas transações. Assim, por exemplo, toda vez que um Contabilista tiver mais de uma opção de
valores para atribuir a um dado bem, como um documento original de compra e um laudo pericial de
avaliação do bem, deverá optar pelo mais objetivo – no caso, o documento.
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Materialidade: Tal convenção estabelece que não se deva perder tempo com registro irrelevantes do ponto
de vista contábil; registros cujos controles pode se tornar mais onerosos que os próprios valores a serem
registrados.
A aplicação dessa convenção é relativa em relação à natureza da empresa e seus registros por isso exigem
bom senso. Há situações em que, embora os valores sejam irrelevantes, a respectiva importância em
relação a um todo exige o registro. Como exemplo, podemos citar os materiais de expediente utilizados
no escritório, como lápis, papéis, etc. Esses materiais, embora consumidos diariamente, podem ser
contabilizados apenas ao final do período por diferenças de estoques, dado os seus pequenos valores
unitários.
Consistência: De acordo com essa Convenção Contábil, os critérios adotados no registro dos atos e fatos
administrativos não devem mudar frequentemente. No caso de necessidade de mudanças em tais critérios,
tais devem ser informadas em notas explicativas.
A quebra da consistência na escrituração provoca influências nos demonstrativos contábeis, o que
prejudica a análise clara e eficiente em comparação com os demonstrativos de exercícios anteriores.
Assim, a Convenção da Consistência nos diz que, uma vez adotado determinado processo, dentre os
vários possíveis que podem atender a um mesmo principio geral, ele não devera ser mudado com
demasiada frequência, pois assim estaria sendo prejudicada a comparabilidade dos relatórios contábeis
Conservadorismo: Esta Convenção consiste em que, por motivos de precaução, sempre que o contador se
defrontar com alternativas igualmente válidas de atribuir valores diferentes a um elemento do ativo (ou do
passivo), deverá optar pelo mais baixo para o ativo e pelo mais alto para o passivo. Se, por exemplo, o
valor de mercado do inventário final de mercadorias for inferior ao valor de custo, devera ser escolhido o
valor de mercado, por ser o mais baixo.
1.2.3- Princípios Contábeis Propriamente Ditos
O ponto de partida para qualquer área do conhecimento humano deve ser sempre os princípios que a
sustentam. Esses princípios espelham a ideologia de determinado sistema, seus postulados básicos e seus
fins. Pode-se dizer que os princípios são eleitos como fundamentos e qualificações essenciais da ordem
que institui.
Os princípios possuem o condão de declarar e consolidar os altos valores da vida humana e, por isso, são
considerados pedras angulares e vigas-mestras do sistema.
Princípios Contábeis podem ser conceituados como sendo as premissas básicas acerca dos fenômenos
econômicos contemplados pela contabilidade, premissas que são a cristalização da análise e observação
da realidade econômica.
Principio do custo como base de valor - O custo da aquisição de um ativo ou dos insumos necessários
para fabricá-lo e colocá-lo em condições para gerar benefícios para entidade representa a base de valor
para a contabilidade, expresso em termos de moeda de poder aquisitivo constante.
Principio de denominador comum monetário - As demonstrações contábeis, sem prejuízo dos registros
detalhados de natureza qualitativa e física, serão expressas em termos de moedas nacional de poder
aquisitivo da data do ultimo balanço patrimonial.
Principio da Realização da Receita - A receita é considerada realizada e, portanto, passível de registro
pela contabilidade, quando produtos ou serviços produzidos ou prestados pela entidade são transferidos
para outra entidade ou pessoa física com a anuência e mediante pagamento especificados perante a
entidade produtora.
Principio do confronto das despesas com as receitas e com os períodos contábeis - Toda despesa
diretamente delineável com as receitas reconhecidas em determinado período, com as mesmas deverá ser
confrontada; os consumos ou sacrifícios de ativo (atuais ou futuros), realizados em determinados períodos
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em que não puderam ser associados a receita do período nem dos períodos futuros, deverão ser
descarregados como despesa do período que ocorrerem.
1.3. Princípios Contábeis. Os princípios contábeis representam a padronização das técnicas contábeis adotadas pela maioria dos
profissionais, com o intuito de normalizar os lançamentos e relatórios, para um melhor controle do
patrimônio da entidade.
Os Princípios são os padrões técnicos e práticos aplicados. No caso da contabilidade são os princípios que
regulamentam, ou certificam, a maneira como a contabilidade é aplicada, ou seja, feito os lançamentos.
Seria impossível controlar um patrimônio, que é o conjunto de bens e direitos e obrigações, sem que
houvesse registros organizados sobre todas as mudanças ocorridas. Para isso faz-se necessário, então, que
sejam obedecidos certos mandamentos, chamados de “ Princípios Fundamentais de Contabilidade-PFC”,
aprovados através da Resolução CFC n.º 750/93, entretanto com o processo de mudança pelo qual vem
passando a contabilidade motivado pela convergência as normas internacionais de contabilidade, os PFC
foram reestruturados através da Res. CFC Nº 1.282 de 28 de maio de 2010, passando a denominar-se
“Princípios de Contabilidade (PC)”, além de terem sido reduzidos de sete para seis com a revogação do
princípio da Atualização Monetária.
RESOLUÇÃO CFC Nº 750/93 DE 29 DE DEZEMBRO DE 1993, alterada pela Resolução CFC nº
1.282/2010.
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,
CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentação apropriada para interpretação e aplicação das Normas Brasileiras
de Contabilidade, (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10)
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA
Art. 1º. Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por esta Resolução.
§ 1º. A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de
legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
§ 2º. Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre
seus aspectos formais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10)
CAPÍTULO II
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO
Art. 2º. Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade,
consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à
Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. (Redação dada pela
Resolução CFC nº. 1282/10)
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10)
I) o da ENTIDADE;
II) o da CONTINUIDADE;
III) o da OPORTUNIDADE;
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1282/10)
VI) o da COMPETÊNCIA; e
VII) o da PRUDÊNCIA.
SEÇÃO I
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Art. 4º. O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a
necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de
pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem
fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários,
no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil
de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
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SEÇÃO II
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Art. 5º. O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a
apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada pela Resolução CFC nº.
1282/10)
SEÇÃO III
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para
produzir informações íntegras e tempestivas.
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a
perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10)
SEÇÃO IV
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Art. 7º. O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente
registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
§ 1º. As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de
diferentes formas:
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo
valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos
recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de
caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem
sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se
esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são
reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a
obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela
venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que
se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se
espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente,
descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das
operações da Entidade;
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a
isso, em uma transação sem favorecimentos; e
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros
contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
§ 2º. São resultantes da adoção da atualização monetária:
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder
aquisitivo;
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão
formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e,
por consequência, o do Patrimônio Líquido; e
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para
determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da
moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10)
Nota: o artigo 8º, seu § único, e os incisos I, II e III, que tratavam do Princípio da Atualização Monetária foram revogados
pela Resolução CFC nº. 1282/10.
SEÇÃO VI
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
Art. 9º. O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos
a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a
simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10).
SEÇÃO VII
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os
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do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que
alterem o patrimônio líquido.
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos
necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que
passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10)
Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei
n.º 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. (Redação dada pela
Resolução CFC nº. 1282/10)
Art. 12. Revogada a Resolução CFC n.º 530/81, esta Resolução entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 1994.
Prática 1
1. Ao contador contratado para a realização de um serviço só será lícito reter livros e documentos do
contratante nos casos em que este, comprovadamente, não estiver pagando os honorários fixados.
( ) Certo ( ) Errado
2. O texto abaixo apresenta um dos deveres do contabilista de acordo com o código de ética profissional.
Exercer a profissão com _________, observada a legislação vigente e resguardados os interesses de seus
clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais.
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna acima. a) moderação – idealismo – zelo
b) zelo – diligência – honestidade
c) racionalidade – diligência – idealismo
d) moderação – zelo – honestidade
e) racionalidade – zelo – moderação
3. De acordo com o Código de Ética Profissional, são deveres do profissional contábil, EXCETO: a) Exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e resguardados os interesses de seus
clientes e/ou empregadores, sem prejuízo de dignidade e independência profissionais.
b) Comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual circunstância adversa que possa
influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e executores.
c) Inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso.
d) Se substituído em suas funções, informar ao substituto sobre fatos que devam chegar ao conhecimento desse, a fim de
habilitá-lo para o bom desempenho das funções a serem exercidas.
e) Recusar a prestar contas de quantias que lhe forem, comprovadamente, confiadas.
4. Conforme a legislação vigente que regula o exercício profissional, o contabilista poderá ser penalizado
por infração legal ao exercício da profissão. Assinale a opção que NÃO corresponde à penalidade ético-
disciplinar aplicável.
a) Advertência pública. b) Cassação do exercício profissional.
c) Censura reservada. d) Suspensão temporária do exercício da profissão
5. “Os Princípios Fundamentais de Contabilidade-PFC”, aprovados através da Resolução CFC n.º 750/93,
foram modificados para:
a) Princípio Propriamente Dito b) Princípio Geralmente Aceito
c) Princípios de Contabilidade d) Princípios Gerais de Contabilidade
6. Com relação ao comportamento dos profissionais da Contabilidade, analise as situações hipotéticas
apresentadas nos itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA. I. Um contabilista iniciante contratou um agenciador de serviços para atuar na captação de clientes. Para cada cliente captado,
o agenciador irá receber 1% dos honorários acertados.
II. Em razão de sua aposentadoria, o contabilista transferiu seus contratos de serviço para seu genro, também contabilista. Os
clientes foram contatados um a um, por telefone, e se manifestaram de acordo com a mudança.
III. Um perito-contador, indicado pelo juiz para atuar em uma questão relativa a uma dissolução de sociedade, recusou-se a
assumir o trabalho por não se achar capacitado.
De acordo com as três situações acima descritas, o comportamento do profissional da Contabilidade está
em DESACORDO com os deveres descritos no Código de Ética Profissional do Contabilista nos itens: a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) I, apenas. d) II e III, apenas.
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7. Determinado cliente decidiu substituir o contabilista responsável pela contabilidade de sua empresa.
Uma vez ocorrida a mudança, é CORRETO afirmar que o profissional substituído: a) deixará de ser responsável a partir do momento em que são encaminhados ao cliente o último balancete, os documentos e os
livros sob sua guarda.
b) deverá informar ao profissional substituto os fatos que devem ser de seu conhecimento, para o bom exercício de suas
funções.
c) deverá informar ao profissional substituto somente os dados cadastrais necessários ao bom desempenho de suas novas
atribuições.
d) poderá, a seu critério, informar ao profissional substituto as informações necessárias ao bom desempenho de suas novas
atribuições.
8. A Lei de Regência dos contabilistas é:
a) Lei complementar 12.249/2010 b) Decreto-Lei 9.295/1946
c) Lei Complementar 101/2000 d) Lei 4.320/1964
9. Um profissional da Contabilidade, devidamente inscrito no Conselho Regional de Contabilidade de sua
jurisdição, foi selecionado para assumir a contabilidade de uma empresa em 19.1.2011. A empresa estava
com as demonstrações contábeis, preparadas por outro profissional, prontas para publicação, faltando
apenas a assinatura do contabilista responsável. O profissional recém-contratado está em dúvida se pode
assinar as referidas demonstrações contábeis, uma vez que não foi responsável pela sua elaboração. Entre
as opções abaixo, assinale aquela que serve de apoio à decisão do contabilista. a) Considerando que o contabilista é responsável técnico, ele passa a ser responsável pela assinatura de todos os documentos
contábeis independente de quem elaborou.
b) No desempenho de suas funções, é vedado ao contabilista assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem,
alheio à sua orientação, supervisão e fiscalização.
c) O profissional poderá assinar as peças contábeis preparadas por outrem, uma vez que conhece a idoneidade do colega que
elaborou tais demonstrações contábeis, mesmo que não as tenha analisado.
d) Uma vez que as demonstrações contábeis foram elaboradas por uma equipe de técnicos e foi auditada, o profissional poderá
assinar as referidas demonstrações.
10. A obrigatoriedade do exame de suficiência para os contabilistas foi aprovado através da lei:
a) Lei complementar 12.249/2010 b) Decreto-Lei 9.295/1946
c) Lei Complementar 101/2000 d) Lei 4.320/1964
11. Com base no Código de Ética Profissional do Contabilista, o proprietário de uma organização contábil
que contrata um profissional não habilitado para desenvolver trabalhos de contabilidade: a) infringe o Código de Ética Profissional do Contabilista porque os compromissos assumidos perante o cliente não são
passíveis de serem executados por terceiros.
b) infringe o Código de Ética Profissional do Contabilista, já que o contratado não está habilitado ao exercício profissional.
c) não infringe o Código de Ética Profissional do Contabilista desde que a responsabilidade pelos trabalhos efetuados seja,
exclusivamente, do contabilista.
d) não infringe o Código de Ética Profissional do Contabilista por ser item não regulamentado.
12. Com relação ao comportamento dos profissionais da Contabilidade, analise as situações hipotéticas
apresentadas nos itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA. I. Um contabilista divulga em sua página na internet seus títulos, especializações, serviços oferecidos e trabalhos realizados. II. Um técnico em contabilidade encontra-se cursando o último semestre de graduação em Ciências Contábeis. Assim, resolve
imprimir seus novos cartões de visita com a indicação de “Contador”, uma vez que em breve pertencerá a esta categoria.
III. Um contabilista anunciou seus serviços no jornal do bairro, informando que os honorários cobrados obedecem sempre ao
mesmo valor, independentemente do porte da empresa.
De acordo com as três situações acima descritas, o comportamento do profissional da Contabilidade está em DESACORDO
com os deveres descritos no Código de Ética Profissional do Contabilista nos itens:
a) I e III, apenas b) I, II e III. c) II e III, apenas d) II, apenas
13. Marque a alternativa que apresenta os dois postulados contábeis:
a) Competência e Prudência
b) Objetividade e Materialidade
c) Entidade e Continuidade
d) Consistência e Conservadorismo
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14. Há situações em que os registros de certos fatos contábeis são irrelevantes, e não devem ser objeto de
escrituração individual, por apresentarem valores irrisórios. Essa interpretação provém do (a):
a) Princípio da Prudência b) Princípio da Materialidade
c) Convenção da Importância d) Convenção da Materialidade
15. O princípio contábil que atribui às entidades personalidade distinto da dos sócios, é o princípio da:
a) Competência b) Prudência c) Entidade d) Materialidade
16. A apropriação ao fim de um período, de despesas incorridas como depreciação, amortização, salários,
etc. é um procedimento que corrobora com o princípio do (a):
a) Competência b) Prudência
c) Entidade d) Continuidade
17. Os registros contábeis devem ser efetuados na ocasião em que ocorrem as respectivas transações. Isso
é uma consequência clara do princípio contábil da:
a) Continuidade b) Oportunidade
c) Atualização Monetária d) Competência
18. O princípio que considera a entidade como estando em constante movimento, gerando riquezas e
direitos, e contraindo obrigações, é o princípio da:
a) Entidade b) Frequência
c) Existência d) Continuidade
19. A regra “adotar o menor valor para os componentes do Ativo, e maior valor os componentes do
Passivo; bem como os maiores valores para as despesas e os menores para as receitas” corrobora com o
Princípio e a Convenção?
a) Oportunidade e Materialidade b) Prudência e Conservadorismo
c) Continuidade e Objetividade d) Entidade e Consistência.
20) Assinale a opção que contém dois Princípios Propriamente Ditos:
( ) Materialidade e Prudência;
( ) Custo Como Base de Valor e Objetividade
( ) Realização da Receita e Denominador Comum Monetário
( ) Registro Pelo Valor Original e Confronto das Despesa s com as Receitas.
21) Jorge Trapalhão é comerciante (revenda de produtos veterinários) e fazendeiro. Apesar de a fazenda
não estar incorporada ao patrimônio da firma comercial, ele não faz distinção dos fatos decorrentes de sua
dupla atividade, na escrituração do estabelecimento comercial, em que pese utilizar normalmente
empregados e produtos de um em outro estabelecimento. O procedimento de Jorge Trapalhão, analisado
sob o aspecto contábil, está: a) correto, porque Jorge Trapalhão é pessoa física, uma vez que, de acordo com o Código Civil, a pessoa jurídica não pode ser
formada de um único indivíduo;
b) correto, porque, qualquer que seja o seu sistema de escrituração, o resultado de suas atividades reverter-se-á totalmente em
seu benefício;
c) incorreto, porque contraria o princípio contábil da entidade;
d) correto, porque, apesar de misturá-los, ele não omite nem adultera os fatos contábeis decorrentes de sua dupla atividade.
22. Há situações em que os registros de certos fatos contábeis são irrelevantes, e não devem ser objeto de
escrituração individual, por apresentarem valores irrisórios. Essa interpretação provém do(a):
a) Princípio da Prudência b) Princípio da Materialidade
c) Convenção da Importância d) Convenção da Materialidade
23. Os “Princípios Fundamentais de Contabilidade-PFC”, foram alterados pela Resolução CFC:
a) Resolução CFC nº 12.249/2010 b) Resolução CFC nº 1.282/2010
c) Resolução CFC nº 1.111/2007 d) Resolução CFC nº 1.268/2009
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24. ”As demonstrações contábeis, sem prejuízo dos registros detalhados de natureza qualitativa e física,
serão expressas em termos de moeda nacional de poder aquisitivo da data do ultimo balanço patrimonial”.
Esse enunciado corresponde ao enunciado de um:
a) Princípios Propriamente Ditos b) Convenções Contábeis
c) Princípios de Contabilidade d) Postulados Ambientais da Contabilidade
2. NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE.
2.1. Conceito
A Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões
dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a controlar seus
patrimônios e tomarem decisões. Todas as movimentações que houver no patrimônio de uma empresa são
registradas pela Contabilidade, que, em seguida, resume os dados registrados em forma de relatórios e os
entrega aos interessados em conhecer a situação da empresa. Esses interessados, através destes relatórios,
analisam os resultados obtidos e tomam as decisões em relação aos fatos futuros. Segundo Gomes
(2000,p.5), em resumo, podemos dizer que o conhecimento sobre os conceitos contábeis por parte das
pessoas com formação em áreas não relacionadas à Contabilidade é importante para: análise e
interpretação de dados financeiros; planejamento e controle do patrimônio (pessoal ou empresarial);
cooperação, coordenação e comunicação com outras áreas da empresa.
Dentro dos diversos conceitos dados à Contabilidade, podemos considerar a Contabilidade como Ciência
Social que tem por objeto o patrimônio de qualquer entidade, estudando seus aspectos quantitativos e
qualitativos, bem como as suas mutações patrimoniais.
É a ciência que estuda e pratica, controla e interpretam os fatos ocorridos no patrimônio das entidades,
mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer
informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da
gestão da riqueza econômica (HILÁRIO FRANCO, 1999).
2.2. Campo de Aplicação, Finalidade, Objeto e Objetivo da Contabilidade.
Dada a sua amplitude a Contabilidade pode ser aplicada nas entidades empresarias(contabilidade privada)
e nas entidades governamentais(contabilidade pública/governamental). No setor empresarial a
contabilidade abrange diversos ramos de atividade como, por exemplo: Atividades
Comerciais(Contabilidade Comercial); Atividades Industriais( Contabilidade Industrial); Atividades
Bancárias(Contabilidade Bancária); Atividades Hospitalares(Contabilidade Hospitalar); Atividades
Agropecuárias( Contabilidade Rural); Atividades de Seguro( Contabilidade Securitária), quanto ao setor
público podemos encontrar algumas especializações como a Contabilidade Pública/Governamental),
Contabilidade Orçamentária, Contabilidade Financeira, Contabilidade de Sistemas, entre outras.
Seu campo de aplicação são as Aziendas, ou seja, é o patrimônio sofrendo constantes ações, de natureza
econômica, do elemento humano. Os elementos constitutivos das aziendas são: pessoas e bens. Ou seja,
Azienda é um complexo de obrigações, bens materiais e direitos que constituem um patrimônio,
representado em valores ou que podem ser objeto de apreciação econômica, considerado juntamente com
a pessoa natural ou jurídica que tem sobre ele poderes de administração e disponibilidade.
A Contabilidade é um instrumento da função administrativa que tem por finalidade controlar o
patrimônio, apurar o resultado e prestar informações sobre o patrimônio das organizações. Seu objeto de
estudo é o patrimônio das empresas(entidades) seja elas públicas ou privadas.
Desde os seus primórdios que a finalidade básica da Contabilidade tem sido o acompanhamento das
atividades realizadas pelas pessoas, no sentido indispensável de controlar o comportamento de seus
patrimônios, na função precípua de produção e comparação dos resultados obtidos entre períodos
estabelecidos.
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A contabilidade atua dentro das organizações públicas e privadas analisando o Patrimônio dessas
entidades para auxiliar na tomada de decisão. O Patrimônio é reconhecido como sendo o objeto de estudo
da contabilidade e seu objetivo consiste em estudar, analisar e interpretar as alterações ocorridas no
patrimônio das organizações no sentido de gerar informações necessárias para prover seus usuários na
tomada de decisões de forma tempestiva e confiável.
2.3. Usuários da Contabilidade
Segundo o American Institute of Certified Public Accountants – AICPA, a função fundamental da
Contabilidade é prover os usuários dos demonstrativos financeiros com informações úteis que os ajudarão
a tomar decisões.
Este objetivo tem permanecido inalterado durante o tempo e não há muitas controvérsias a respeito, no
entanto, o meio de cumpri-lo ainda não obteve um consenso tanto em termos práticos quanto acadêmicos.
• acionistas minoritários e majoritários;
• gestores da empresa;
• banco de outros credores;
• investidores potenciais;
• órgãos governamentais federais, estaduais e municipais;
• estudiosos do setor
• empregados atuais e potenciais;
• empresas concorrentes e parceiros comerciais;
• clientes fornecedores atuais e potenciais;
Cada um desses grupos de usuários ou mesmos usuários individuais, dentro de um determinado grupo,
necessitam de diferentes informações de acordo com as decisões que precisam tomar em dado período de
tempo, demandado um conjunto próprio de informações. Esse usuários podem ser internos e externos:
a) Usuários Internos: são todas as pessoas ou grupos de pessoas relacionadas com a empresa e que têm
facilidade de acesso às informações contábeis, tais como:
Gerentes: para a tomada de decisões;
Funcionários: com interesse em pleitear melhorias;
Diretoria: para a execução de planejamentos organizacionais.
O usuário interno principal da informação contábil na entidade moderna é a alta-administração que pela
proximidade à Contabilidade, pode solicitar a elaboração de relatórios específicos para auxiliar-lhe na
gestão do negócio.
Os relatórios específicos podem, além de abranger quaisquer áreas de informação (fluxo financeiro,
disponibilidades, contas a pagar, contas a receber, aplicações financeiras, compra e vendas no dia ou no
período e os gastos gerais de funcionamento), ser elaborados diariamente ou em curtos períodos de tempo
(semana, quinzena, mês, etc..), de acordo com as necessidades administrativas.
b) Usuários Externos: são todas as pessoas ou grupos de pessoas sem facilidade de acesso direto às
informações, mas que as recebem de publicações das demonstrações pela entidade, tais como:
Bancos: interessados nas demonstrações financeiras a fim de analisar a concessão de financiamentos
e medir a capacidade de retorno do capital emprestado;
Concorrentes: interessados em conhecer a situação da empresa para poder atuar no mercado;
Governo: que necessita obter informações sobre as receitas e as despesas para poder atuar sobre o
resultado operacional no que concerne a sua parcela de tributação;
Fornecedores: interessados em conhecer a situação da entidade para poder continuar ou não as
transações comerciais com a entidade, além de medir a garantia de recebimento futuro;
Clientes: interessados em medir a integridade da entidade e a garantia de que seu pedido será
atendido nas suas especificações e no tempo acordado.
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Prática 2
1) Responda:
a) Objeto, objetivo e finalidade da contabilidade?
b) Campo de Aplicação?
2) A Contabilidade registra:
a) Os atos administrativos, os aspectos quantitativos e qualitativos dos fatos contábeis e suas mutações.
b) Apenas os fatos administrativos;
c) Os atos contábeis;
d) Apenas os fatos contábeis.
3) De acordo com a corrente doutrinária hoje dominante, o objeto e o campo de aplicação da
contabilidade são, respectivamente:
a) o crédito e as organizações;
b) as contas da azienda e o seu patrimônio;
c) o controle dos valores patrimoniais e a administração financeira das empresas;
d) o patrimônio e a azienda;
4) De todas, a mais importante finalidade da contabilidade e:
a) servir de base para a apuração e tributação do Imposto de Renda;
b) possibilidade de cumprimento das exigências da Legislação Comercial;
c) ter conseguido um refinamento na linguagem e nos procedimentos adotados;
d) controlar o patrimônio, apurar o resultado e prestar informações sobre o patrimônio das organizações.
5) O campo de aplicação e o objeto da contabilidade:
a) confundem-se;
b) são distintos, pois o primeiro é o patrimônio e o segundo é a azienda;
c) podem ser dissociados, pois o primeiro independe da existência do segundo;
d) são distintos, pois o primeiro é a azienda e o segundo é o patrimônio;
6) É função econômica da Contabilidade:
a) apurar lucro ou prejuízo; b) controlar o patrimônio;
c) efetuar o registro dos fatos contábeis; d) verificar a autenticidade das operações.
7) A palavra AZIENDA é comumente usada na Contabilidade como sinônimo de fazenda e significa:
a) conjunto de bens e haveres;
b) mercadorias;
c) finanças públicas,
d) grande propriedade rural;
e) um complexo de obrigações, bens materiais e direitos que constituem um patrimônio.
8. O patrimônio, que a Contabilidade estuda e controla, registrando todas as ocorrências nele verificadas.
“... estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações sobre sua composição e variações, bem
como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.” As proposições indicam,
respectivamente:
a) o objeto e a finalidade da Contabilidade;
b) a finalidade e o conceito da Contabilidade;
c) o campo de aplicação e o objeto da Contabilidade;
d) o campo de aplicação e o conceito de Contabilidade;
9. Identifique a alternativa que contem um usuário interno e um externo da contabilidade
( ) Gerentes e Acionistas
( ) Bancos e Fornecedores
( ) Governo e Clientes
( ) Empregados e Governo
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3. O ESTUDO DO PATRIMÔNIO
Nos últimos 150 anos de doutrina contábil, muitas foram às teorias que procuraram identificar o objeto de
estudo e as finalidades da Contabilidade. Destas teorias, a que é hoje universal e quase unanimemente
aceita, é a do patrimonialismo, exposta por Vicenzo Mazi, que elegeu como objeto da contabilidade o
PATRIMÔNIO, com enfoque para os fenômenos nele ocorridos.
Esta teoria possui princípios identificados e normas estabelecidas que constituem um conjunto estruturado
de conhecimentos certos e universais, capazes de prever futuros fenômenos patrimoniais.
Às vezes, quando paramos em frente a uma grande empresa e ficamos observando o tamanho dos prédios,
os veículos que ela possui o estoque de mercadorias e tudo mais, ficamos a imaginar que o patrimônio
daquela empresa é muito grande, consequentemente, que ela também é muito rica. A mesma coisa
acontece quando olhamos uma pessoa que tenha um Jeep Cherokee do ano, um Jet-ski , uma Moto
Kawasaki 1000 cc do ano, um apartamento na Av. Vieira Souto no Rio de Janeiro, uma casa na praia de
Búzios, etc, Também imaginaremos que esta pessoa tem um tremendo patrimônio é muito rica. Nossas
conclusões podem estar certas ou completamente erradas.
Para a Contabilidade riqueza se mede de outra forma. Para se medir a riqueza de uma pessoa, seja ela
física ou jurídica necessária se faz que suas dívidas também sejam incluídas nesta avaliação toda. Então,
aquela empresa que vimos, primeiramente, com veículos, estoques e prédios imponentes, de repente pode
estar passando por dificuldades financeiras porque possui muitas dívidas, ou ainda o pior, poderá estar a
um passo da falência. A mesma coisa pode acontecer com aquela pessoa que tem o Jeep Cherokee, a
moto Kawasaki e tudo mais. Ela poderá estar endividada até o pescoço, devendo até a alma para bancos,
agiotas, lojas, e outros credores. Para a Contabilidade, as dívidas também fazem parte do patrimônio.
O termo Patrimônio significa, a princípio, o conjunto de Bens pertencentes a uma pessoa ou a uma
empresa. Compõe-se de valores a receber. Para a Contabilidade esses valores a receber são denominados
de Direitos.
Em contabilidade, a palavra patrimônio tem sentido amplo: por um lado significa o conjunto de bens e
direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa; por outro lado inclui as obrigações a serem pagas.
PATRIMÔNIO DE UMA PESSOA OU DE UMA EMPRESA
Bens e Direitos Obrigações
(a receber) ( a serem pagas)
Relacionando-se apenas os Bens e os Direitos, não se pode identificar a verdadeira situação de uma
pessoa ou empresa. Faz-se necessário evidenciar as Obrigações (dívidas) referentes aos bens e direitos.
3.1. Conceitos
Entende-se por Bens as coisas úteis, capazes de satisfazer às necessidades das pessoas e das empresas e se
subdividem em:
Bens materiais, corpóreos, concretos ou tangíveis: Têm forma física, são palpáveis e podem ser
classificados em:
Bens imóveis: são aqueles vinculados ao solo, que não podem ser retirados sem destruição ou
danos: edifícios, construções, terrenos, etc.
Bens móveis: são aqueles que podem ser removidos por si próprios ou por outras pessoas:
máquinas, equipamentos, veículos, estoques de mercadorias, moveis e utensílios, etc.
Bens imateriais, incorpóreos, abstratos ou intangíveis: São os não palpáveis, não constituídos de matéria.
Ex: Marcas, Patentes, Ações ou Quotas de Capital, etc. Em Contabilidade entende-se por Direitos o poder de exigir alguma coisa de alguém. São denominados
de valores a receber, títulos a receber, contas a receber etc. No que tange a empresa, o direito a receber
mais comum decorre das vendas a prazo, quando a empresa vendedora emite uma duplicata como
documento comprobatório da transação. Esse direito denomina-se duplicatas a receber. Como exemplo de
outros direitos pode-se destacar aluguéis a receber, promissórias a receber, impostos a recuperar, etc.
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Obrigações são dívidas assumidas com outras pessoas. Em Contabilidade tais dívidas são denominadas
obrigações exigíveis, compromissos que deverão ser pagos nas datas de vencimento. Uma obrigação
exigível bastante comum nas empresas é a compra de mercadorias a prazo. Nesta operação a empresa
compradora fica devendo ao fornecedor da mercadoria; por essa razão, essa dívida é conhecida como
fornecedores, que também poderá ser chamada de duplicatas a pagar.
Outras obrigações exigíveis são com o governo - impostos a recolher; com as instituições financeiras –
empréstimos/financiamentos bancários a pagar; com o INSS e FGTS - encargos sociais a recolher; com o
locador do prédio - aluguéis a pagar.
QUADRO 01 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO
BENS + DIREITOS OBRIGAÇÕES
BENS
Dinheiro
Estoques de Mercadorias
Veículos
Imóveis
Máquinas, Móveis e Utensílios
Ferramentas
Marcas e Patentes
Obras de Arte
DIREITOS
Depósitos Bancários
Duplicatas a Receber
Títulos a Receber
Aluguéis a Receber
Impostos a Recuperar
Investimentos Bancários
Empréstimos
Fornecedores
Financiamentos a pagar
Impostos a Recolher
Encargos Sociais a Recolher
Aluguéis a Pagar
Títulos a pagar
Promissórias a Pagar
Contas a Pagar
Nesta representação, colocam-se no lado esquerdo os Bens e Direitos e no lado direito as Obrigações. Isso
ocorre por mera convenção. Na Inglaterra colocam-se primeiramente as obrigações e depois os bens e os
direitos.
3.2. Elementos e Aspectos Patrimoniais
Na contabilidade os elementos patrimoniais devem ser analisados sob dois aspectos: Qualitativo e
Quantitativo.
Por Aspecto Qualitativo do Patrimônio entende-se a natureza de todos os elementos que o compõe,
como Bens, Valores, Créditos e Obrigações, ou seja, um complexo de bens e meios econômicos
heterogêneos e coordenados que, em determinado momento, se concentram à disposição de uma entidade
que concorre para a realização de seus fins.
Sob o aspecto qualitativo ou funcional, o patrimônio deve ser apreciado: por um lado, quanto às suas
origens, isto é, quanto às fontes de que provém e, por outro lado, quanto à forma pela qual estão aplicados
os recursos.
Do ponto de vista Quantitativo o Patrimônio pode ser conceituado como um fundo de valores à
disposição de uma entidade, em determinado momento e cujos elementos são avaliados com a mesma
unidade de medida, a fim de que possam ser reduzidos a uma única expressão numérica.
As classes de elementos que compõe o patrimônio das organizações estão classificadas em:
Ativo: É o conjunto de bens e direitos da propriedade da empresa. São os itens positivos do patrimônio;
trazem benefícios, proporcionam ganho para a empresa.
Passivo: Significa as obrigações exigíveis da empresa, ou seja, as dívidas que serão cobradas, reclamadas
a partir da data de seu vencimento.
Patrimônio Líquido: Parte do patrimônio que efetivamente sobra para seu proprietário após somar bens
e direitos e subtrair do total das obrigações; situação líquida, riqueza líquida; medida de riqueza da
empresa.
3.2.1- Equação e Situações Patrimoniais:
Equação Patrimonial: PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO - PASSIVO
Para se conhecer a riqueza líquida de uma pessoa física ou jurídica, precisamos aplicar a equação
patrimonial, ou seja, somar os Bens com os Direitos e desse total, subtrair as Obrigações. O resultado
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obtido pela equação representa a riqueza líquida patrimonial do ente. Em alguns casos o somatório dos
Bens mais os Direitos superam o valor das Obrigações. Nestes casos o Patrimônio Líquido destas
empresas é positivo, ou seja, a verdadeira riqueza. Noutros, porém, quando as Obrigações superam os
Bens e Direitos, o Patrimônio Líquido será negativo, não havendo riqueza.
Situações Patrimoniais
a) ATIVO > PASSIVO) → Patrimônio Líquido é POSITIVO/SUPERAVITÁRIO
Situação Favorável→ PL + ou SL +
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) excedem o valor das obrigações com terceiros (Passivo
Exigível)
b) ATIVO < PASSIVO → Patrimônio Líquido é NEGATIVO/DEFICITÁRIO
Situação Desfavorável → PL (-) ou SL (-) ou Passivo a Descoberto
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem menores que as obrigações com terceiros (Passivo
Exigível)
c) ATIVO = PASSIVO → Patrimônio Líquido é NULO/EQUILIBRADO
Situação NULA, Equilíbrio Aparente → A = PE, logo PL = 0
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem iguais às obrigações com terceiros (Passivo
Exigível); nessa hipótese o patrimônio líquido será nulo.
d) ATIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Situação Plena ou Propriedade Total → A = PL, logo PE = 0
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem iguais ao patrimônio líquido; nessa hipótese, as
obrigações com terceiros (Passivo Exigível) serão nulas.
Exemplo Prático
ATIVO PASSIVO + PATRIMONIO LÍQUIDO
Aspecto Qualitativo/Conta Aspecto Quantitativo Aspecto Qualitativo/Conta Aspecto Quantitativo
Veículos (Bens Móveis) R$ 100.000,00 Fornecedores (Obrigações a Pagar) R$ 90.000,00
Clientes (Direitos a Receber) R$ 50.000,00 Capital Social(Patrimônio Líquido) R$ 60.000,00
TOTAL R$ 150.000,00 TOTAL R$ 150.000,00
Análise: Patrimônio Líquido = Ativo(Bens +Direitos) – Passivo(Obrigações)
Patrimônio Líquido = (100.000,00 + 50.000) – (90.000)
Patrimônio Líquido = R$ 60.000,00 positivo
Neste caso significa que a empresa demonstra ter lastro para honrar seus compromissos e ainda resta uma
quantia positiva de R$ 60.000,00. É uma situação confortável.
3.3. Origens e Aplicações de Recursos
3.3.1- Origens de Recursos
No desempenho de suas atividades, as pessoas jurídicas podem contar com recursos provenientes de duas
origens ou fontes que são apresentadas no passivo do balanço patrimonial:
Recursos Próprios:
A constituição de uma sociedade se dá por meio de recursos fornecidos pelos sócios para a formação do
patrimônio da pessoa jurídica. Trata-se do capital social inicial, que representa recursos próprios.
Como a principal fonte de recursos próprios investido na empresa por seus proprietários é o Capital
Social integrante do Patrimônio Líquido é importante conhecer algumas definições e particularidades
dessa conta, como por exemplo:
Capital Social ou Capital Social Subscrito - é o capital social fixado no estatuto ou contrato
social. Os sócios devem subscrever (assumir o compromisso de realizar) todas as ações ou cotas
em que se divide o capital social, ainda que seja realizada apenas uma parte do capital subscrito.
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Capital Nominal ou Capital Declarado - é o capital social fixado no estatuto ou contrato social.
Também é conhecido como capital social ou capital social subscrito.
Capital Realizado - é a parte do capital social subscrito que os sócios já realizaram, em dinheiro,
outros bens ou créditos. É calculado pela diferença entre o capital social subscrito e o capital
social a realizar: Capital Realizado = Capital Subscrito - Capital a Realizar.
Capital a Realizar - é a parte do capital social subscrito que os sócios ainda não realizaram.
Subscrição - ato pelo qual os sócios assumem o compromisso de realizar determinado valor a
título de capital social. A subscrição pode ser relativa a compromisso de realização do capital
social inicial ou a aumento do capital.
Igualmente, são recursos próprios os originários dos aumentos de capital mediante o ingresso de novos
recursos.
Os resultados positivos apurados nas atividades empresariais também representam recursos próprios, uma
vez que não correspondem a obrigações. Portanto, são recursos próprios os decorrentes de receitas, lucros
e ganhos obtidos pela sociedade em transações com terceiros, tais como os rendimentos auferidos com
aplicações financeiras, aluguéis de imóveis próprios, lucro na venda de mercadorias e serviços.
Parte dos lucros apurados pela pessoa jurídica é distribuída aos seus acionistas ou sócios, sendo o valor
restante retido, na forma de reservas e lucros acumulados, para reinvestimento na empresa. A parcela não
distribuída dos lucros permanece no patrimônio, como parte do capital próprio.
Recursos de Terceiros:
No decorrer de suas operações, a empresa utiliza recursos de terceiros, oriundos de empréstimos e
financiamentos, aceite ou emissão de títulos de crédito representativos de dívidas, salários a pagar,
tributos e contribuições a pagar etc.
Os recursos alheios (capital de terceiros) são representados pelo Passivo Exigível = Recursos de Terceiros
= Capital Alheio.
Os recursos próprios da empresa(capital próprio) são representados pelo Patrimônio Líquido = Recursos
Próprios = Passivo não Exigível.
A soma dos Recursos de Terceiros com os Recursos Próprios forma o Capital Total também denominado
Passivo Total que é = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido.
Capital Total à Disposição = Recursos de Terceiros + Recursos Próprios.
Capital Total à Disposição = Passivo Exigível + Passivo não Exigível.
A análise do patrimônio líquido e do passivo exigível nos permite identificar quais são as fontes ou
origens de recursos que financiam as operações de uma empresa. Um passivo exigível de valor elevado,
em comparação com o montante do patrimônio líquido, indica um elevado nível de endividamento e, por
consequência, maior probabilidade de insolvência futura (passivo a descoberto). Por outro lado, um grau
elevado de capital próprio, em relação ao capital alheio, transmite maior segurança para os credores, no
que diz respeito à concessão de créditos e à realização destes.
3.3.2- Aplicações de Recursos
O ativo representa as aplicações ou usos dos recursos obtidos.
A análise do passivo exigível e do patrimônio líquido(passivo não exigível) possibilita a identificação das
origens ou fontes. Já a análise do ativo torna possível saber de que maneira os recursos provenientes do
passivo estão sendo utilizados. Os recursos podem estar aplicados em estoques de mercadorias, bens de
uso, disponibilidades financeiras, contas a receber etc.
Desta forma, a pessoa jurídica obtém recursos matérias, financeiros, humanos, tecnológicos através do
capital próprio e do capital de terceiros e os aplica nos bens e direitos que constituem o ativo.
Exemplo:
Certa pessoa jurídica apresenta a seguinte estrutura patrimonial:
Ativo = 1.000 Passivo Exigível = 300 Patrimônio Líquido = 700
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Neste caso, o capital total à disposição é igual a 1.000 (300 do passivo exigível mais 700 do patrimônio
líquido). Deste total, 30% são recursos de terceiros; 70% são recursos próprios.
O capital total à disposição é equivalente ao valor do ativo:
Ativo = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido
Ativo = Capital de Terceiros + Capital Próprio
Ativo = Capital Total à Disposição
Ativo = 300 + 700 = 1.000
Prática 3
1) Defina o que é Patrimônio?
2) O que são Bens, e quais as suas subdivisões?
3) O que são Direitos?
4) Defina o que é Ativo?
5) Defina o que é Passivo?
6) Qual a formula da Equação Patrimonial?
7) Defina Patrimônio Líquido?
8) Na maioria das empresas comerciais, o Ativo suplanta o Passivo (Obrigações). Assim, a representação
mais comum do patrimônio de uma empresa comercial assume a forma:
a) Passivo + Ativo = Patrimônio Líquido;
b) Ativo + Patrimônio Líquido = Passivo;
c) Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido;
d) Ativo Permanente + Ativo Circulante = Passivo;
e) Ativo + Situação Líquida = Passivo.
9) Diz-se que o Passivo Total é:
a) igual ao Passivo Exigível;
b) a soma do Capital Próprio e do Capital de Terceiros;
c) o Passivo Exigível menos o Passivo não Exigível;
d) igual ao Capital de Terceiros;
e) igual ao Capital Próprio.
10) Num balanço patrimonial, o capital próprio da empresa está representado:
a) grupo de contas do patrimônio líquido b) grupo de contas do ativo
c) conta Caixa d) conta Capital Social
11) Caso o Passivo Exigível de uma empresa seja de R$ 19.650,00 e o Patrimônio Líquido de R$
9.850,00, o valor do seu Capital Próprio será de:
a) R$ 29.500,00; b) R$ zero;
c) R$ 9.800,00; d) R$ 9.850,00;
e) R$ 19.650,00.
12) Um examinador, ao preparar uma questão para prova, não se deu conta de que colocara alternativas
que, embora diferentemente redigidas, tinham a mesma significação conceitual. A questão estava assim
formulada: "Surge o Passivo a Descoberto quando:
1) o valor do Ativo excede o valor do Passivo;
2) o valor do Passivo é menor que o valor do Ativo;
3) o valor do Ativo é menor que o valor do Passivo;
4) os bens e direitos superam as obrigações;
5) a Situação Líquida tem valor negativo."
As alternativas com significação idêntica são as de n°s.:
a) 1/2/4 e 3/5; b) 1/3 e 2/5;
c) 1/2/3 e 4/5; d) 1/2 e 4/5;
e) 1/3/5 e 2/4
19
13) Dados: Empresa R$ Ativo R$ Passivo Exigível R$ A- 1.000,00 - 400,00 B - 800,00 - 600,00 C -
500,00 - 600,00 Aplique a teoria das equações do Patrimônio e responda:
a) a empresa A revela Situação Líquida negativa;
b) a empresa B revela Situação Líquida negativa de R$ 200,00;
c) a empresa C revela Situação Líquida negativa de R$ 100,00;
d) a empresa C revela Situação Líquida positiva de R$ 200,00;
e) a empresa A revela Situação Líquida Positiva igual a R$ 400,00.
14) O Patrimônio da Cia. SILPA, em determinado momento, está representado (em R$) por: Numerário -
100,00; Mercadorias - 700,00; Maquinário de Uso 500,00; Dívidas para com terceiros - 400,00;
Aplicações Financeiras - 100,00; Duplicatas de Clientes 200,00. Seu Patrimônio Líquido é de (em R$):
a) 1.200,00;
b) 1.300,00;
c) 1.800,00;
d) 2.000,00;
15) Assinale a alternativa incorreta:
a) Patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações;
b) os bens se dividem em tangíveis e intangíveis;
c) as alternativas A e B estão corretas;
d) as receitas aumentam o Patrimônio Líquido e as despesas o diminuem;
e) Patrimônio é um conjunto de bens e direitos.
16) Sabendo-se que, numa determinada sociedade, o capital alheio tem valor de 3.000 e representa 30%
do total de recursos à disposição, qual é o total do ativo?
17. Numere a segunda coluna de acordo com a primeira.
( ) Capital a Realizar ( ) Passivo Exigível
( ) Capital Próprio ( ) soma do capital próprio com o capital de terceiros
( ) Capital Alheio ( ) Recursos Próprios
( ) Capital Total à Disposição ( ) capital fixado no estatuto ou contrato social.
( ) Capital Social ( ) Parte do Capital subscrito
Assinale a opção que contém a sequencia numérica correta para a segunda coluna.
a) 4-5-2-3-1 b) 3-4-2-5-1 c) 1-4-2-5-3 d) 5-1-2-4-3 e) 1-2-5-4-3
4. ESTUDO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
4.1. Atos Administrativos e Fatos Contábeis
A movimentação das transações contábeis ocorre em função dos atos meramente administrativos
praticados pelos gestores e das operações contábeis que provocam alterações na situação econômica
financeira da empresa seja ela com fins lucrativos ou não.
Atos Administrativos são aqueles que ocorrem na empresa e que não provocam alterações nos elementos
do Patrimônio ou do Resultado. Por exemplo: admissão de empregado, assinatura de contratos de compra
e venda, e de seguros, finanças em favor de terceiros, avais de títulos.
Fatos Contábeis são os acontecimentos que de alguma forma alteram o patrimônio das entidades, quer
sob o aspecto qualitativo, quer sob o aspecto quantitativo. Ex.: emissão de cheques, depósitos bancários,
compra de veículos, compra de materiais.
4.2. Classificação dos Fatos Contábeis
Fatos Permutativos ou Compensativos: são aqueles que permutam os elementos do Ativo e/ou Passivo,
sem alterar o seu Patrimônio Líquido. Refletem trocas entre os elementos patrimoniais. Ex.: - compra de
20
mercadorias à vista (bens por bens); compra de mercadorias a prazo (bens por obrigações); pagamento de
duplicatas; recebimento de duplicatas, aumento do capital social com reserva de capital;
D - Estoque de Mercadoria
C – Caixa/Banco
Compra a vista de mercadoria 28.500
D - Estoque de Mercadoria
C - Contas a Pagar
Compra a prazo de mercadoria 28.500
Fatos Modificativos: são transações que alteram a situação patrimonial da empresa para mais (fato
modificativo aumentativo) ou para menos (fato modificativo diminutivo). Por Exemplo: venda de serviço
com recebimento à vista(aumentativo); pagamento de despesa com transporte(diminutivo).
Fato Modificativo Diminutivo - Diminuição do Patrimônio Líquido:
D – Despesas de aluguel 100
C – Caixa/Banco
Pg. referente a despesas com aluguel de imóvel 100
Fato Modificativo Aumentativo – Aumento do Patrimônio Líquido:
D – Caixa/Banco 5.000
C – Receita de Aluguel
Recebimento de aluguel de imóvel. 5.000
Fatos Mistos ou Compostos: aqueles que combinam um fato permutativo e um fato modificativo, ambos
relacionado a mesma transação. Por Exemplo: pagamento de duplicata com desconto e recebimento de
duplicata com juros(aumentativo); pagamento de duplicata com juros e recebimento de duplicata com
desconto(diminutivo).
Fato Misto Diminutivo:
Exemplos:
1. Recebimento de uma duplicata com valor nominal de R$1.000, com desconto de 10%.
D – Caixa/Banco 900
D – Desconto concedido 100
C – Duplicatas a Receber 1.000
2. Pagamento de uma duplicata com valor nominal de R$1.000, com juros de 10%.
D – Duplicata a Pagar 1.000
D - Juros Passivos 100
C - Caixa/Banco 1.100
Fato Misto Aumentativo: Exemplos:
1. Recebimento de uma duplicata com valor nominal de R$1.000, com juros de 10%.
D - Caixa/Banco 1.100
C - Duplicatas a Receber/Cliente 1.000
C – Juros Ativos 100
2. Pagamento de uma duplicata com valor nominal de R$1.000, com desconto de 10%.
D – Duplicatas a pagar 1.000
C - Caixa/Banco 900
C - Descontos obtidos 100
São fatos aumentativos modificativos: receitas de aluguel, receitas de juros e aumento do capital social
com recurso provenientes dos proprietários.
São fatos diminutivos modificativos: os relacionados a custos e despesas de salários, despesas financeiras
e distribuição de lucros aos sócios ou acionistas.
21
Prática 4
1) Eventos que ocorrem no dia-a-dia das empresas e que não provocam modificações no Patrimônio são
denominados:
a) Atos Administrativos. b) Fatos Administrativos/Contábeis.
c) Fatos Permutativos. d) Fatos Modificativos.
2) Os eventos que provocam modificações entre elementos do Ativo, do Passivo e entre ambos ao mesmo
tempo, sem provocar modificações no Patrimônio Líquido, denominam-se:
a) Atos Administrativos b) Fatos Permutativos ou Compensativos.
c) Fatos Modificativos. d) Fatos Mistos.
3) Os eventos que ocorrem no dia-a-dia das empresas e que provocam modificações no patrimônio são:
a) Atos Administrativos. b) Fatos Contábeis.
c) Atos Contábeis. d) Fatos Administrativos que não devem ser contabilizados.
4) Os eventos que ocorrem no dia-a-dia das empresas e que provocam modificações para mais ou para
menos no Patrimônio Líquido são denominados:
a) Atos Administrativos. b) Fatos Permutativos ou Compensativos.
c) Fatos Modificativos. d) Fatos Mistos.
5) Relacione a primeira coluna com a segunda:
1. modificativo diminutivo ( ) recebimento de aluguéis
2. permutativo ( ) recebimento de duplicata com desconto
3. misto aumentativo ( ) pagamento de contas de energia
4. modificativo aumentativo ( ) compra de mercadoria a prazo
5. misto diminutivo ( ) pagamento de duplicata com desconto
O preenchimento correto, respectivamente, dos parênteses está contido na alternativa:
a) 1 – 3 – 2 – 5 - 1; b) 4 – 5 – 1 – 2 - 3;
c) 1 – 5 – 3 – 4 - 2; d) 4 – 1 – 5 – 3 – 2.
6) Para a empresa, o recebimento de juros sobre duplicatas a receber é um fato contábil:
a) modificativo diminutivo b) modificativo aumentativo;
c) permutativo; d) misto diminutivo.
7. Para a empresa o pagamento de despesas com aluguel indica um fato:
a) misto aumentativo; b) modificativo aumentativo;
c) permutativo; d) modificativo diminutivo.
8) Relacione a primeira coluna com a segunda:
1. atos administrativos
2. fato modificativo diminutivo
3. fatos contábeis
4. fatos permutativos
5. fatos mistos ou compostos
( ) diminuição da situação líquida positiva do patrimônio, por diminuição do ativo
( ) eventos que não provocam alterações nos elementos do Patrimônio ou do Resultado
( ) eventos que de alguma forma alteram o patrimônio das entidades,
( ) eventos que combinam fatos contábeis permutativos e modificativos.
( ) são fatos que alteram o patrimônio da entidade sem alterar o seu patrimônio líquido
O preenchimento Correto, respectivamente, dos parênteses está contido na alternativa:
a) 4-5-1-2 e 3;
b) 3-2-1-5 e 1;
c) 2- 1- 3- 5 e 4
d) 5-4-3-2 e 1;
22
9. Constitui fato contábil composto ou misto
a) Pagamento de salário b) compra de mercadoria a prazo
c) Recebimento de juros d) pagamento de duplicata com desconto
10. Uma compra de mercadoria com parte do pagamento a vista e parte a prazo, representa um fato:
a) misto aumentativo; b) modificativo aumentativo;
c) permutativo; d) modificativo diminutivo.
5. TEORIA DAS CONTAS E PLANO DE CONTAS
A conta tem sempre objeto distinto de outras contas porque reúne fatos de características próprias, iguais
por sua natureza e que sucedem no patrimônio e se apresentam em sistemas de contas que representam o
conjunto de todas as contas utilizadas nos registros contábeis da entidade. As contas de um sistema
podem ser agrupadas de acordo com a natureza de cada uma delas conforme o plano de contas.
5.1. Conceitos de Contas
“ Expressão qualitativa e quantitativa, estática e dinâmica, de fatos patrimoniais da mesma natureza,
ocorridos ou por ocorrer, em uma empresa ou em uma entidade”.(Sá)
“ Conta é um conjunto de levantamentos, refletindo um elemento ou componente formado ou em
formação, efetivo ou potencial, de um patrimônio aziendal ou de terceiros, do qual exprime, geralmente, a
variável grandeza em uma dada medida, quase sempre monetária.” (Vincenzo Mais. Rilevazione
patrimoniale. 2 ed. Padova: Cedam 1942. p.359)
“ Conta é o nome técnico que identifica um componente patrimonial ( Bem, Direito, Obrigação ou
Patrimônio Líquido) ou um componente de Resultado (Despesa ou Receita) .” (Ribeiro, Osni Moura.3.
ed., São Paulo: Saraiva, 2002. p. 61).
Todos os acontecimentos que ocorrem diariamente na vida da empresa, responsáveis pela gestão do
patrimônio – como compras, vendas, pagamentos, recebimentos etc, são registrados pela Contabilidade
em contas próprias. Assim, toda movimentação de dinheiro efetuada dentro da entidade é registrada em
uma Conta denominada Caixa; os objetivos comercializados pela entidade são registrados em uma Conta
denominada Mercadorias, e assim por diante.
5.2. Teorias das Contas
A origem do estudo da teoria das contas surgiu durante a evolução da Contabilidade como ciência, a
saber: Teoria Personalista, Teoria Materialista e Teoria Patrimonialista.
5.2.1- Teoria Personalista - Esta teoria atribui às pessoas a responsabilidade para cada conta, de forma
que o responsável pelo caixa deve à empresa o equivalente ao valor do mesmo. Os terceiros, que são
direitos da empresa, também devem a esta e, por fim, os terceiros a quem a entidade deve, são credores da
entidade. Desta forma, as contas representativas de bens e direitos são debitados, pois as pessoas
responsáveis pelos bens e direitos da entidade devem a esta e as contas representativas de obrigações da
entidade, representam créditos dos terceiros para com esta. Chama-se a atenção ao fato de quem é credor
ou devedor são as contas que representam os bens, direitos e as obrigações, e não as pessoas ou a
entidade. Esta teoria classifica as contas em:
Contas dos Agentes Consignatários
- Essas contas representam os bens da empresa. Existiam pessoas que recebiam em consignação os bens
da entidade (eram os responsáveis).
Contas dos Agentes correspondentes
- Representam os direitos e as obrigações da entidade com terceiras pessoas (correspondentes).
Contas dos Proprietários
- São as contas do Patrimônio Líquido e suas variações, inclusive as receitas e despesas, por interferirem
diretamente no mesmo.
23
5.2.2- Teoria Materialista - Conforme o próprio nome nos diz, essas contas representam uma relação
com a materialidade, ou seja, estas contas só devem existir enquanto existirem também os elementos
materiais por ela representados na entidade. As contas são classificadas em:
Contas Integrais
São aquelas representativas de bens, direitos e obrigações.
Contas Diferenciais
São as representativas de receitas, despesas e Patrimônio Líquido.
5.2.3- Teoria Patrimonialista - É a teoria que atualmente tem repercussão e utilização mundial e entende
que o patrimônio é o objeto da Contabilidade que tem por finalidade o controle patrimonial. Por essa
teoria as contas são classificadas em dois grupos:
Contas Patrimoniais
- São as contas que representam os componentes patrimoniais, dividindo-se em Ativas(bens, direitos),
Passivas(obrigações e patrimônio líquido). Estas contas permanecem com o seu saldo no momento da
apuração do resultado no Balanço Patrimonial.
Ativo: São todos os bens, direitos e valores a receber de uma entidade. Contas do ativo têm saldos
devedores, à exceção das contas retificadoras (como depreciação acumulada e provisões para ajuste ao
valor de mercado). O Ativo se divide em Circulante e não Circulante. Exemplo: caixa, bancos, duplicatas
a receber, estoque de mercadoria, móveis e utensílios, prédios, equipamentos, marcas, patentes, etc.
Passivo: São obrigações ou exigibilidades que deverão ser pagas no prazo previstos. O Passivo se
classifica em Circulante e não Circulante e tem saldo credor. Exemplos: duplicatas a pagar, contas a
pagar, títulos a pagar, empréstimos bancários, imposto de renda a pagar, salários a pagar.
Patrimônio Líquido: Representa os valores que os proprietários têm aplicado na empresa. Contas do
patrimônio líquido têm saldos credores, divide-se em: Capital social; Reservas de capital; Reservas de
reavaliação, Reservas de lucros; e Lucros/Prejuízos acumulados.
Contas de Resultado
São as contas que representam as receitas e despesas. Estas contas devem ser sempre encerradas (tornar o
saldo zero e transferi-lo a apuração do resultado) na apuração do resultado ou do exercício social, são
incorporadas ao Balanço Patrimonial via PL.
Caso as receitas obtidas superem as despesas incorridas, o Resultado do período contábil será positivo
(lucro), que aumenta o Patrimônio Líquido. Se as despesas forem maiores que as receitas, este fato
ocasiona um prejuízo que diminuirá o Patrimônio Líquido.
Receita - Entende-se como Receita a entrada de elementos para o ativo, sob a forma de dinheiro ou
direitos a receber, correspondentes, normalmente, à venda de mercadorias, de produtos ou à prestação de
serviços. Uma receita também pode derivar de juros sobre depósitos bancários ou títulos e de outros
ganhos eventuais.
Há menos contas de receitas que de despesas; vejamos as mais comuns: Aluguéis Ativos; Descontos
Obtidos; Juros Ativos; Vendas de Mercadorias; Receita de Serviços; Comissões Ativas.
Despesa - Entende-se, por Despesa, o consumo de bens ou serviços pela utilização de serviços, com o
objetivo de obter receitas. Diminuindo o Ativo ou aumentando o Passivo, uma Despesa é realizada com a
finalidade de se obter recursos.
Como exemplo, podemos citar a energia elétrica consumida, o material de expediente, os salários pagos,
etc. Vejamos algumas contas que representam despesas: Aluguéis Passivos; Descontos Concedidos;
Despesas Bancárias; Fretes e Carretos; Impostos; Material de Limpeza; Juros Passivos; Prêmio de
Seguros; Café e Lanches.
Algumas contas podem provocar dúvidas no momento de seus registros, por isso faz-se necessário alguns
esclarecimentos em relação a estes conceitos, que muitas vezes são utilizados de forma incorreta. É muito
comum, por exemplo, as pessoas confundirem gastos com despesas ou custos com despesa. Vejamos
então o conceito de cada uma dessas expressões:
24
Gasto – É todo sacrifício para aquisição de um bem ou serviço com pagamento no ato ou no
futuro (cria uma divida). Assim, a empresa tem gasto na compra de Imobilizado, na compra de
matéria-prima, na produção etc.
Custo – Quando uma matéria-prima é adquirida, denominamos este primeiro estagio de Gasto; em
seguida, ela foi estocada no Ativo (ativada); no instante em que a matéria-prima entra em
produção (produção em andamento), associando-se a outros gastos de fabricação, reconhecemos
(a matéria-prima + outros gastos) como Custo.
Encerramento de Contas de Receita e Despesa
Toda empresa necessita fazer a apuração de resultados pelo menos uma vez por ano. O lucro ou prejuízo
de um exercício está na dependência do confronto das contas de receita e de despesa, e esse resultado
líquido é apurado na conta denominada Resultado.
Para efeito de apurar o Resultado da empresa, as contas de receita e despesa são periódicas, isto é,
somente deverão conter registros para um ano ou período menor, conforme a duração do período contábil,
o que significa que todas as contas de receita e de despesa devem possuir saldo zero no início dos
períodos.
Para que isto ocorra, no final de cada período deve-se proceder ao encerramento das contas de resultado,
por meio dos lançamentos de encerramento. O encerramento das contas de receita é realizado pela
transferência (débito) de seus saldos credores para crédito das contas Resultado. As contas de despesa são
encerradas pela transferência (Crédito) de seus saldos devedores para débito da conta Resultado.
Distribuição de Resultados
Pelo exposto no tópico anterior, a conta Resultado recebe por transferência a débito o valor dos saldos das
contas de despesa e a crédito os saldos das contas de receita. Se o total dos créditos da conta Resultado for
superior ao total dos débitos, teremos um lucro líquido, se, ao contrário, o total de débitos superar o total
dos créditos, chegará a um prejuízo.
Ocorrendo Lucro ou Prejuízo, o resultado apurado será transferido para a conta Lucros ou Prejuízos
Acumulados. Após sua transferência para a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, o Resultado do
Exercício poderá ser distribuído para outras contas do Patrimônio Líquido e do Passivo.
5.3. Plano de Contas
“É uma peça na técnica contábil que estabelece previamente a conduta a ser adotada na escrituração,
através da exposição das contas em seus títulos, funções, funcionamento, grupamentos, análises,
derivações, dilatações e reduções”.
“É um conjunto de normas e intitulação de contas, previamente estabelecido, destinado a orientar os
trabalhos da escrituração contábil”.
“É um conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplinam as tarefas do setor de Contabilidade,
objetivando a uniformização dos registros contábeis”.
O plano de Contas é uma peça básica de orientação, um roteiro de grande valor, hoje indispensável e de
uso generalizado e a sua ausência nos trabalhos de escrituração contábil denota, efetivamente, conduta
deficiente por parte do profissional, na execução de sua tarefa.
A principal utilidade do plano de contas é a de servir de meio de orientação na escrituração contábil,
possibilitando a unidade de trabalho e protegendo a empresa contra os erros naturais motivados pela
ausência de sistematização.
Principais partes que compõem um plano de contas:
Elenco de Contas: conjunto de contas analíticas e sintéticas que compõem o plano, ou seja, é a
relação das contas que serão utilizadas nos registros dos Fatos Administrativos decorrentes da
gestão do patrimônio da entidade. Este Elenco de Contas envolve a intitulação (nome) e o código
25
(número) de cada conta. Seja qual for o elenco de contas adotado pela entidade, a disposição e o
agrupamento das contas devem obedecer às regras estabelecidas na Lei 6.404/76.
Manual de Contas: é um quadro explicativo para o uso adequado de cada conta constante do
Elenco de Contas. Esse quadro apresenta a função de cada conta(conjunto de regras que
determinam em que ocasião e por que determinada conta deve ser utilizada), o funcionamento de
cada conta, e a natureza do saldo de cada conta. O Manual de Contas tem por função apresentar
detalhes a respeito de cada conta, servindo de guia para o contabilista no registro de suas
operações.
Lançamentos explicativos para registro de operações especiais: são modelos de partidas de
diário, próprios para o registro de fatos que raramente ocorrem durante a gestão da entidade.
No ativo, as contas serão dispostas pelo grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes
grupos:
Ativo Circulante:
Disponibilidade;
Créditos realizáveis até o término do exercício seguinte;
Despesas pagas antecipadamente
Ativo Não Circulante:
Realizável a longo prazo;
Investimentos;
Imobilizado;
Intangível.
No passivo, as contas serão classificadas segundo o grau de exigibilidade, nos seguintes grupos:
Passivo circulante
Passivo não circulante
Patrimônio líquido, dividido em Capital Social, Reserva de Capital, Ajustes de Avaliação
Patrimonial, Reserva de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos acumulados.
As contas do grupo Ativo e as contas de Despesa são classificadas em contas de saldo devedor (ou de
natureza devedora). As contas do grupo do Passivo bem como as contas de Receitas são classificadas
como contas de saldo credor (ou de natureza credora).
Como forma inicial de exposição do mecanismo das contas, vamos conhecer a natureza (devedora ou
credora) de cada uma das contas, de acordo com sua classificação patrimonial:
O funcionamento das contas pode ser resumido como consta no quadro a seguir:
CONTAS PARA AUMENTAR PARA DIMINUIR NATUREZA DO SALDO
ATIVO DEBITAR CREDITAR DEVEDORA
PASSIVO CREDITAR DEBITAR CREDORA
PATRIMÔNIO LÍQUIDO CREDITAR DEBITAR CREDORA
DESPESAS DEBITAR CREDITAR DEVEDORA
RECEITAS CREDITAR DEBITAR CREDORA
RETIFICADORA DE ATIVO CREDITAR DEBITAR CREDORA
RETIFICADORA DE PASSIVO DEBITAR CREDITAR DEVEDORA
Prática 5.
1. Defina Conta.
2. Defina Plano de Conta.
3. Em Contabilidade, conta é:
a) O nome técnico que identifica um ou mais componentes patrimoniais.
b) O nome técnico que identifica os componentes do Patrimônio Líquido, as Despesa e as Receitas.
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c) O nome técnico que identifica um componente patrimonial ou um componente de resultado.
d) O nome técnico que identifica um ou mais componentes de resultado.
4. Todas as contas utilizadas pela contabilidade podem ser classificadas em dois grupos:
a) Patrimonial e de Resultado. b) Patrimonial e do Patrimônio Líquido.
c) Patrimonial e de Despesas. d) Patrimonial e de Receitas.
5. Função da conta é:
a) conjunto de regras que determinam em que ocasião e por que determinada conta deve ser utilizada.
b) A situação em que ela será debitada ou creditada.
c) O mesmo que código de conta.
d) O mesmo que grau de conta.
6. Funcionamento da conta diz respeito:
a) O grau da conta. b) Ao papel que ela desempenha na Contabilidade.
c) À origem da conta. d) À situação em que ela será debitada ou creditada.
7. Elenco de Contas é:
a) É o plano de contas. b) É a relação dos títulos das contas que compõem o plano
c) É o Manual de Contas. d) É o código de cada conta.
8. Manual de Contas é:
a) O mesmo que Plano de Contas.
b) O mesmo que Elenco de Contas.
c) Um quadro explicativo contendo a função, o funcionamento e a natureza de cada conta.
d) É a relação dos títulos das contas analíticas e sintéticas que compõem o plano.
9. Código da conta é:
a) Um ou mais algarismos utilizados para identificar a respectiva conta.
b) O mesmo que natureza da conta.
c) Um número secreto de conhecimento somente do contabilista
d) A inicial de cada conta.
10. Classifique as contas em:
a) Pa(patrimonial) ou Re(resultado);
b) A(ativo), P(passivo), D(despesa) ou R(receita);
c) Dv(devedora) ou Cr(credora); Nº CONTAS a b c
1 Caixa
2 Fornecedores
3 Clientes
4 Pagamento pelo consumo de água, energia
5 Aluguéis recebidos(ativo)
6 Bancos conta Movimento
7 Promissórias a Pagar
8 Capital Social
9 Aluguéis pagos(passivo)
10 Compra de material de limpeza
11 Descontos Obtidos
12 Impostos e Taxas a Recolher
13 Descontos Concedidos
14 Lucros ou Prejuízos Acumulados
15 Contribuições de Previdência a Recolher
16 FGTS a Recolher
17 Salários a Pagar
18 Veículos, Móveis e Utensílios
19 Estoques de Mercadorias
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20 Recebimento pela Prestação de Serviços
21 Pagamento de Extratos Bancários
11) Em relação ao texto abaixo, assinale a afirmativa falsa. O princípio basilar do Método das
Partidas Dobradas - não há débito sem crédito correspondente - permite que se chegue às seguintes
conclusões:
a) a soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos;
b) a soma dos saldos devedores é sempre igual à soma dos saldos credores;
c) a soma das despesas (débito) é sempre igual à soma das receitas (crédito);
d) a um débito ou a mais de um débito, numa ou mais contas, deve corresponder um crédito equivalente
em uma ou mais contas;
e) o total do Ativo será igual à soma do Passivo Exigível com o Patrimônio Líquido.
12) Assinale a alternativa correta:
a) as contas do Ativo aumentam por crédito;
b) as contas do Patrimônio Líquido aumentam por débito;
c) as contas do Ativo diminuem por débito;
d) as contas do Passivo Exigível diminuem por débito.
13. Aumenta o Patrimônio Líquido:
a) compra de mercadorias a prazo; b) compra, à vista, de móveis e utensílios.
c) recebimento de duplicatas com juros; d) pagamento de obrigações em dinheiro;
14. Identifique corretamente as opções abaixo:
1. Teoria das Contas
2. Teoria Patrimonialista
3. Teoria Personalista
4. Teoria Materialista
( ) Contas integrais e diferenciais.
( ) Atribui as pessoas a responsabilidade para cada conta.
( ) Teoria Personalista, Teoria Materialista e Teoria Patrimonialista.
( ) Patrimonial e de Resultado.
( ) Conta dos Agentes Consignatários, Correspondentes e dos Proprietários.
( ) Entendo o patrimônio como objeto da contabilidade.
15. Responda:
a) Como são classificadas as contas no Ativo:
b) Como são classificadas as contas no Passivo:
c) Dê exemplo de contas no Grupo do Ativo Circulante:
d) Dê exemplo de contas no Grupo do Ativo Não Circulante:
e) Dê exemplo de contas no Grupo do Patrimônio Líquido:
6. TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE ESCRITURAÇÃO
6.1. Técnicas Contábeis
Sabendo-se que a Contabilidade é uma ciência e que a mesma é conceituada e estudada de forma abstrata,
constata-se que a sua materialização ou concretização se dá através de suas técnicas, quais sejam:
Escrituração Contábil - que é a técnica contábil exercida com a finalidade de efetuar o registro, através
do lançamento, dos fenômenos ou fatos que afetam o patrimônio de uma entidade. Saliente-se que estes
fenômenos para se constituírem em objeto da escrituração devem ser passíveis de valoração monetária;
Demonstração Contábil - também chamada de evidenciação, é a técnica que se encarrega de informar
aos usuários da informação contábil a situação do patrimônio e suas mutações. Através de demonstrações
28
e outros relatórios, as pessoas que mantêm relação de interesse com a entidade, são providas com as
informações contábeis indispensáveis ao processo decisório;
Auditoria Contábil - constitui-se num conjunto de procedimentos técnicos exercidos com o objetivo de
emitir parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis, buscando a confirmação da veracidade
das informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado das operações e recursos de uma
entidade. Esta técnica não se restringe apenas ao aspecto formal das demonstrações, sendo de
competência do auditor, o aprofundamento do trabalho de modo a que fique evidenciada a fidedignidade
das informações, isto é, se existem e quanto vale, efetivamente, os elementos patrimoniais representados
por tais informações;
Análise Contábil - é a técnica que permite, através da utilização de instrumentos diversos, a
decomposição, a comparação e a interpretação das demonstrações contábeis ou gerenciais e suas
extensões, com vistas a avaliar o desempenho e as tendências da entidade, para atender determinado
objetivo.
6.2. Conceito de Escrituração
É o registro dos fatos contábeis, segundo os princípios e normas técnicas-contábeis, tendo em vista
demonstrar a situação econômico-patrimonial da entidade e os resultados econômicos por ela obtidos em
um exercício.
É também uma designação simples que se tem dado à escrita contábil. A denominação provém do fato de
os registros contábeis, desde os primórdios, e por milênios, serem realizados manualmente, pelos “
escribas” ou os que dominavam a arte de escrever (que durante milênios foi praticada por poucos).
A escrituração contábil é composta pelo registro de fatos administrativos que alteram de forma qualitativa
ou quantitativa o patrimônio e estes registros devem ser expostos através de demonstrações contábeis.
Observe-se que o objetivo da contabilidade é o patrimônio, que é o conjunto de bens, direitos e
obrigações, as variações desses itens e sua mensuração. Controlar o patrimônio não pode ser considerado
um luxo, mas uma necessidade. Há ainda aspectos cíveis, comerciais e tributários, pois a escrituração
regular comprova em juízo fatos cujas provas dependam de perícia contábil.
Detalhe importante é que não deve se confundir a escrituração contábil com simples registros de livros
específicos (como, por exemplo, o livro caixa). A contabilidade, como ciência, utiliza-se de informações
advindas de todos os setores da empresa, e não só da tesouraria. Entre os setores que geram informações
relevantes, poderíamos destacar o faturamento, a produção (geradora de custos), a administração de
recursos humanos (folha de pagamento e encargos), o fiscal (apuração de impostos) e o financeiro (contas
a pagar e a receber).
A contabilidade deve escriturar toda a movimentação financeira, inclusive bancária, contendo a
movimentação das contas: caixa, bancos conta corrente, bancos conta aplicações, numerários em trânsito,
entre outras. O livro que contém o movimento dessas contas é o Livro Razão. No Livro Diário, registram-
se (como o próprio nome esclarece), todas as movimentações diárias relativas ao faturamento,
recebimentos, pagamentos, aplicações e transações bancárias e outros fatos contábeis.
Denominamos de Lançamento ao registro de um fato contábil e de Escrituração ao conjunto de
lançamentos. Os registros contábeis podem ser realizados de várias maneiras, conforme o método e o
processo de escrituração adotado.
6.3. Métodos de Escrituração
Método de escrituração é a forma de registrar os fatos contábeis.
Método das Partidas Dobradas é o método pelo qual cada débito efetuado em uma ou mais contas, deve
corresponder um crédito em uma ou mais contas, de tal forma que o total debitado seja sempre igual ao
total creditado.
29
Quando o método das partidas dobradas é empregado, além dos valores e das contas debitadas e
creditadas, o lançamento deve apresentar outros elementos essenciais, descritos como:
a) data da operação;
b) conta a ser debitada;
c) conta a ser creditada;
d) histórico;
e) valor da operação em dinheiro.
O Corolário das partidas dobradas são os seguintes:
a) a soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos;
b) a soma dos saldos devedores é sempre igual à soma dos saldos credores;
c) as aplicações de capital, registradas a débito das contas ativas, são sempre iguais à soma dos capitais
fornecidos ao patrimônio, creditados nas contas passivas, mostrando ser o ATIVO sempre igual ao
PASSIVO.
d) A diferença entre a soma dos bens e dos direitos (parte positiva do patrimônio) e a soma das obrigações
(parte negativa) indica a substância líquida patrimonial, que representa o crédito dos titulares, e se chama
patrimônio líquido;
e) As despesas, sempre debitadas, contribuem para redução do patrimônio liquido;
f) As receitas, sempre creditadas, contribuem para o aumento do patrimônio líquido;
g) A demonstração contábil da situação patrimonial (ativo e passivo), chamada balanço patrimonial,
apresenta sempre a forma de equação, em virtude da contraposição de débitos e créditos, inerente a todos
os registros contábeis;
h) A diferença entre as despesas e as receitas (lucro ou prejuízo) complementará a equação patrimonial, e
indica aumento ou diminuição do patrimônio líquido
Função da Escrituração:
Histórica = consiste no registro dos fatos na ordem cronológica (Livro Diário);
Sistêmica = consiste na organização dos elementos contábeis de acordo com sua natureza e valores
respectivos (Livro Razão).
Processo de Escrituração:
Pode ser manual, mecanizado ou por processamento de dados;
Todo lançamento deve estar apoiado em documentos hábeis e idôneos e adequado ao tipo de operação.
Ex.: compra de mercadorias documento hábil é a nota fiscal;
Registro dos fatos no livro Diário;
Transcrição dos registros para o livro Razão;
Elaboração do Balancete de Verificação;
Apuração do Resultado e elaboração das demonstrações contábeis (Balanço Patrimonial e
Demonstração do Resultado do Exercício), transcrevendo-se estas demonstrações no livro Diário.
Classificação dos Bens para Registro na Contabilidade - Em regra, são demonstrados pela
Contabilidade como integrante do patrimônio de uma determinada pessoa os bens de sua propriedade.
Bens Corpóreos - Os bens corpóreos são materiais, quer dizer, têm existência física. Podem ser tocados e
são visíveis. São exemplos de bens corpóreos, também denominados bens materiais ou tangíveis.
Bens Incorpóreos - Os bens incorpóreos não existem fisicamente. Embora não sejam visíveis ou
palpáveis, eles também podem ser traduzidos em moeda. No caso de um programa de computador, por
exemplo, o relevante não é o disquete ou meio que o contém, e sim a produção intelectual de quem
elaborou o programa.
Transmissão de Bens Móveis - A aquisição da propriedade de bens móveis se dá pela tradição, ou seja,
pela entrega feita pelo transmitente ao adquirente. Todavia, nem sempre a entrega do bem opera a
transmissão da propriedade. Na locação, ainda que esteja servindo ao uso do locatário, o bem permanece
no patrimônio do locador, por ser de sua propriedade.
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Transmissão de Bens Imóveis - No caso de imóveis, a propriedade depende do registro do documento de
aquisição do bem (escritura de compra e venda, escritura de doação) no Registro de Imóveis.
Direitos - Em sentido contábil, os direitos representam créditos. São valores a receber ou a recuperar nas
transações com terceiros.
Nota Fiscal-Fatura e Fatura-Duplicata - Um mesmo documento pode reunir os elementos necessários à
emissão da nota fiscal e da fatura. É a nota fiscal-fatura. Também é admissível a emissão de fatura-
duplicata.
Duplicata - Além da fatura, que é de emissão obrigatória nas vendas a prazo, o comerciante pode emitir a
duplicata. Apesar de não ser exigida por lei, é comum a emissão de duplicata nas vendas a prazo. Ao
contrário da fatura, a duplicata é um título de crédito. Por isso, a duplicata pode ser transferida por
endosso e tem força executiva (serve como prova para instruir a ação judicial de execução contra o
devedor).
Quando o comerciante vende a prazo e emite duplicatas, elas representam direitos. São duplicatas a
receber. Se ele compra a prazo e aceita duplicatas, elas representam obrigações. São duplicatas a pagar.
As duplicatas de nossa emissão são contas a receber. As duplicatas de nosso aceite, contas a pagar.
Nota Promissória – É uma promessa de pagamento feita pelo próprio devedor, que se obriga, dentro de
certo prazo, ao pagamento de uma soma pré-fixada. Portanto, a nota promissória é um título pelo qual
alguém se compromete a pagar a outrem, determinada quantia em dinheiro, num certo prazo.
Nota Fiscal - A exigência de emissão de nota fiscal decorre da legislação tributária. Mesmo quando não
há incidência de tributos, os contribuintes são obrigados a emitir nota fiscal para as operações que
realizam, sob pena de apreensão das mercadorias e multa.
Fatura - Se a venda for a prazo, haverá necessidade de um documento que sirva para provar a existência
do valor a receber, para posterior cobrança. A nota fiscal não cumpre essas funções, uma vez que o seu
objetivo é permitir ao Fisco a verificação do correto recolhimento dos tributos incidentes nas operações
com as mercadorias. Dessa maneira, na venda a prazo, além da nota fiscal, o comerciante precisa emitir
um documento que sirva especificamente para a cobrança de seu crédito: a fatura.
Ordem de Emissão dos Documentos- Quando da venda a prazo, o vendedor emite a nota fiscal, a fatura
e a duplicata, nesta ordem. Nota Fiscal Fatura Duplicata
Aceite - A duplicata é remetida ao comprador para que seu aceite.
O aceite é o reconhecimento da dívida, representada pelo título de crédito, mediante a assinatura do
devedor.
Cheque Pré-Datado - Se a empresa recebe cheques pré-datados de terceiros, eles representam direitos.
Os cheques pré-datados emitidos pela empresa representam obrigações.
Obrigações - As obrigações patrimoniais são representadas por contas a pagar ou a compensar nas
transações com terceiros.
6.4. Livros de Escrituração
São muitos os livros utilizados pelas entidades; a quantidade e a espécie variam em função do porte, da
forma jurídica e do ramo de atividade que essas entidades exercem, como por exemplo:
Livros fiscais: são exigidos pelo Fisco com o objetivo de controle de tributos por meio de legislação
específica, nas três esferas de governo, Federal, Estadual e Municipal.
Livros sociais: exigidos pela legislação fiscal e comercial, conforme exposto no art. 100 da Lei
6.404/76.
Livros trabalhistas: exigidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, estando sujeitos à fiscalização
na esfera federal.
Livros contábeis: representam a escrituração e os conjuntos dos lançamentos feitos na contabilidade.
São os que, de fato, interessam à Contabilidade. Os dois principais livros são o Diário e o Razão.
Para registrar os fatos contábeis ocorridos no patrimônio e atender as obrigações das legislações:
comercial, tributária, trabalhista e/ou previdenciária, as empresas, seja qual for sua
31
natureza jurídica, utilizam diversos livros de escrituração que podem ser classificados quanto
à natureza, utilidade e finalidade:
Quanto à Natureza
a) Cronológicos - Aqueles em que os registros são efetuados obedecendo à rigorosa ordem cronológica
de dia, mês e ano. Há livros cuja escrituração obedece a uma ordem cronológica rigorosa, como livro
Diário; outros obedecem a uma ordem cronológica secundária, como todos os demais livros que, embora
sistemáticos, tem seus eventos registrados por ordem de data.
b) Sistemáticos - Livros destinados ao registro de eventos da mesma natureza como todos os livros de
escrituração, com exceção do livro Diário.
Quanto à utilidade
a) Principais – utilizados para o registro de todos os eventos do dia-a-dia da entidade, como ocorre com o
Livro Diário e o Razão.
Formalidades do Livro Diário:
O mais importante sob o ponto de vista legal – requer a observância de formalidades contidas no Código
Comercial Brasileiro ( Lei nº 556 de 1850), considerando-se ainda as exigências contidas na legislação
tributária atual (Regulamento do Imposto de Renda).
Formalidades extrínsecas (ou externas): O livro Diário deve ser encadernado com folhas numeradas em
sequencia, tipograficamente. Deve conter os termos de abertura e de encerramento e ser submetido à
autenticação do órgão competente do Registro do Comércio.
A primeira e última página devem apresentar, respectivamente, os termos de abertura e encerramento,
devidamente datados e assinados por contabilista legalmente habilitado e pelo representante legal da
entidade.
Formalidades intrínsecas(ou internas): a escrituração do diário deve ser completa, em idioma e moedas
nacionais, em forma mercantil, com individuação e clareza, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem
intervalos em branco nem entrelinha, borraduras, rasuras, emendas e transportes para as margens.
Formalidades do Livro Razão
Apresenta o resumo e a totalização, por conta e subconta dos lançamentos efetuados no Livro Diário.
A escrituração no Livro Razão possibilita obter, a qualquer momento, o saldo de uma determinada conta
contábil. O livro mostra os lançamentos a débito e a crédito em cada conta e, por consequência, o seu
saldo.
Os lançamentos contábeis feitos no Razão devem apresentar o número do documento, o que facilita a
localização da documentação no caso de fiscalizações e das conciliações das contas.
Sua escrituração deve ser feita de forma individualizada e em ordem cronológica, dispensando registro e
autenticação.
Os registros no Livro Razão envolvem o uso de contas T, contas em T, razonetes em T, ou, simplesmente,
razonetes. Os razonetes permitem uma simplificação da mecânica do registro das transações contábeis
feitas no livro.
b) Auxiliares – utilizados para o registro de eventos específicos, como os livros Caixa, Contas correntes,
Registro de Duplicatas, além de todos os livros fiscais (são os exigidos pelo fisco Federal, Estadual ou
Municipal) que podem servir de suporte para a escrituração do Diário.
Os mais comuns são:
1. Registro de Entradas
2. Registro de Saídas
3. Registro de Controle de Produção e de Estoque
4. Registro de Selo especial de Controle
5. Registro de Impressão de Documentos Fiscais
6. Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorências
7. Registro de Inventário
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8. Registro de Apuração de IPI
9. Registro de Apuração do ICMS
10. Livro de Apuração do Lucro Real LALUR
Quanto à Finalidade
a) Obrigatórios – Exigidos pela legislação comercial, tributária e societária.
b) Facultativos – Livros que as entidades utilizam sem que haja exigência legal.
Prática 6
1. Qual é a base do método das partidas dobradas?
2. Dê exemplo de livros:
a) Principais:
b) Auxiliares:
3. Cite dois corolários do método das partidas dobradas:
4. O que é escrituração?
5. As técnicas de que a contabilidade se utiliza para alcançar os seus objetivos são:
a) Escrituração, planejamento, coordenação e controle.
b) Escrituração, balanços, inventários e orçamentos.
c) Contabilização, auditoria, controle e análise de balanços.
d) Auditoria, análise de balanços, planejamento e controle.
e) Auditoria, escrituração, análise de balanços e demonstração.
6. No balanço patrimonial, o que representam as Duplicatas a Receber?
a) Representam direitos adquiridos por vendas a prazo de bens ou serviços relacionados com o objetivo
social da empresa.
b) Representam deveres adquiridos por vendas a prazo de bens ou serviços relacionados com o objetivo
social da empresa.
c) Representam direitos adquiridos por compras a prazo de bens ou serviços relacionados com o objetivo
social da empresa.
d) Representam deveres adquiridos por vendas a vista de bens ou serviços relacionados com o objetivo
social da empresa.
e) Representam deveres adquiridos por fornecedores ou serviços relacionados com o objetivo social da
empresa.
7. É uma promessa de pagamento feita pelo próprio devedor, que se obriga, dentro de certo prazo, ao
pagamento de uma soma pré-fixada.
a) Nota fiscal
b) Nota promissora
c) Duplicatas
d) Fatura.
8. O reconhecimento da dívida, representada pelo título de crédito, mediante a assinatura do devedor, é:
a) Nota fiscal b) Nota promissora
c) Duplicatas d) Aceite
9. Os Livros Contábeis classificam-se em:
a) Quanto a natureza: ______________________________________________________
b) Quanto a utilidade:_______________________________________________________
c) Quanto a finalidade:______________________________________________________
10. A técnica que se encarrega de informar aos usuários da informação contábil a situação do patrimônio
e suas mutações é chamada de:
a) Auditoria contábil b) Análise contábil
c) Escrituração contábil d) Demonstração contábil
33
11. Livros exigidos pelo Fisco com o objetivo de controle de tributos por meio de legislação específica,
nas três esferas de governo, Federal, Estadual e Municipal. Esse conceito identifica os Livros:
a) fiscais b) sociais
c) trabalhistas d) contábeis
12. Cronológicos e Sistemáticos são classificações dos livros contábeis, quanto a sua:
a) Função b) Natureza, c) Utilidade d) Finalidade
7. Regimes e Registros Contábeis
7.1- Regimes Contábeis
São normas que orientam o controle e o registro dos fatos patrimoniais. A contabilidade reconhece três
espécies de regimes contábeis, a saber:
Regime de Caixa: Considera no registro contábil do pagamento ou do recebimento o momento de sua
efetivação, não importando a que período se refere o fato.
Regime de Competência: Determina que as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do
resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.
Adoção do Regime de Competência
Receitas do Exercício - São aquelas ganhas (geradas, realizadas) nesse período, não importando
se tenham sido recebidas ou não.
Despesas do Exercício - São aquelas incorridas (materializadas, concretizadas, consumidas,
utilizadas) nesse período, não importando se tenham sido pagas ou não.
Fatos Geradores do Regime de Competência
Despesas a Pagar - É aquela incorrida (o fato gerador ocorreu) dentro do período contábil, mas
ainda não paga.
Receitas a Receber - São aquelas ganhas (o fato gerador ocorreu) dentro do período contábil, mas
ainda não recebidas.
Despesas Antecipadas - São aquelas despesas pagas (ou a pagar) pela empresa e o fato gerador
ainda não ocorreu. São despesas pagas (ou a pagar) em um período e que correspondem a
período(s) seguinte(s).
Despesas Diferidas - Despesas pagas (ou a pagar), incorridas, mas com benefícios ao longo do
tempo.
Receitas Diferidas - Representam recebimentos adiantados que vão gerar um passivo para uma
prestação de serviço futuro, ou a entrega posterior de bens.
Resultados de Exercícios Futuros - Representa uma apuração antecipada de resultados que
deverão ocorrer futuramente. Poderão ser classificados, neste grupo, os recebimentos
perfeitamente caracterizados como receita e em que não se exija, sob hipótese alguma, devolução
da importância recebida antecipadamente, ou a obrigação de entregar bens ou serviços em
exercícios futuros.
Consumo de Ativos Permanentes - Os ativos permanentes, constituindo-se em inversões
permanentes, são adquiridos para servirem a empresa em vários períodos de sua existência, não
sendo objeto de compra e venda. Como estas inversões permanentes irão servir a empresa por
vários exercícios, não é correto apropriar como despesa a totalidade de seu valor no momento da
aquisição.
A distribuição da despesa por vários períodos contábeis, do valor do ativo fixo, é feita através do
procedimento contábil denominado de depreciação, amortização e exaustão.
34
Estoque de Produtos e outros Materiais - Os estoques de produtos e mercadorias que figuram
no ativo de uma empresa transformam-se em despesas quando aqueles bens forem vendidos, pois
são componentes do custo das vendas.
Os materiais adquiridos em quantidades suficientes pare serem utilizados as vezes em mas de um
período contábil são registrados, por ocasião da compra, em conta de ativo tomando-se despesas
ou custos, quando consumidos.
Regime Misto: Consiste no registro das despesas quando incorridas independentemente de estarem pagas
ou não, e o registro das receitas somente quando efetivamente recebidas.
7.2. Tipos de Lançamentos Contábeis
Vimos que lançamento contábil é o registro de um fato contábil, e esse registro, pelo método das partidas
dobradas é feito em ordem cronológica e obedecendo a determinada disposição técnica. O método das
partidas dobradas exige o aparecimento do devedor e do credor, aos quais se seguem o histórico do fato
ocorrido e o valor correspondente.
O lançamento é, pois, uma parcela da escrituração e apresenta duas funções: a primeira conta a historia
dos fatos contábeis e a segunda faz a classificação e sua respectiva representação monetária.
O lançamento contábil não se resume a “débito e crédito”, mas deve possuir também:
1. O valor (ou valores); expresso em moeda nacional.
2. Data do lançamento.
3. Histórico: é a descrição do fato contábil. A boa técnica exige que o histórico seja feito com a máxima
clareza, evidenciando de forma analítica o registro da operação. Assim, o histórico do fato contábil
deve ser inteligível e objetivo.
Os lançamentos contábeis podem ser:
a) lançamento de primeira fórmula;
b) lançamento de segunda fórmula;
c) lançamento de terceira fórmula;
d) lançamento de quarta fórmula.
Lançamento de Primeira Fórmula:
É o registro do fato contábil que envolve uma conta devedora e outra conta credora.
Exemplo: Depósito bancário com recursos do caixa:
Data do lançamento: 21.10.2007
D – Banco Bradesco S/A (Ativo Circulante)
Histórico: N/depósito em dinheiro em 21/10/2007 R$ 10.000,00
C – Caixa (Ativo Circulante)
Histórico: N/depósito em dinheiro no Bradesco S/A R$ 10.000,00
Lançamento de Segunda Fórmula:
É o registro do fato contábil que envolve uma conta devedora e mais de uma conta credora.
Exemplo: Depósito bancário, em parte com recursos do caixa (dinheiro) e parte de cheques pré-datados
de clientes (conta cheques a cobrar):
Data do lançamento: 22.10.2007
D – Banco Bradesco S/A (Ativo Circulante)
Histórico: N/depósito em 22/10/2007 R$ 10.000,00
C – Caixa (Ativo Circulante)
Histórico: Parte de n/depósito em 22/10/2007, em dinheiro, Bradesco S/A R$ 1.000,00
C – Cheques a Cobrar (Ativo Circulante)
Histórico: Parte de n/depósito em 22/10/2007, em cheque, Bradesco S/A R$ 9.000,00
Lançamento de Terceira Fórmula:
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É o registro do fato contábil envolvendo mais de uma conta devedora e apenas uma conta credora.
Exemplo: Venda de mercadoria, sendo uma parte à vista e outra a prazo.
Data do lançamento: 26.10.2007
D - Caixa (Ativo Circulante)
Histórico: Recebido parte da NF 00676, de J.Silva S/A. R$ 10.000,00
D - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)
Histórico: Parte da NF 00676, de J.Silva S/A. R$ 50.000,00
C - Vendas de Mercadorias (Resultado)
Histórico: NF 00676, de J.Silva S/A. R$ 60.000,00
Lançamento de Quarta Fórmula
É o registro do fato contábil que envolve mais de uma conta devedora e mais de uma conta credora.
Exemplo: Compra, na mesma nota fiscal, de mercadorias e material de consumo, sendo parte pago no ato
e o saldo a ser pago em 30 dias:
Data do lançamento: 20.10.2007
D – Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante)
Histórico: Parte NF 9701 de Distribuidora Mercantil Ltda. R$ 10.000,00
D – Estoque de Materiais de Consumo (Ativo Circulante)
Histórico: Parte NF 9701 de Distribuidora Mercantil Ltda. R$ 2.000,00
C - Bancos Cta. Movimento (Ativo Circulante)
Histórico: Cheque 009766 – Distribuidora Mercantil Ltda. R$ 4.000,00
C – Fornecedores (Passivo Circulante)
Histórico: Saldo NF 9701 de Distribuidora Mercantil Ltda. R$ 8.000,00
7.3. Representação Gráfica dos Lançamentos
Para estudos, explicações e resoluções de problemas usa-se o gráfico simplificado, denominado Conta T,
razonete ou razonete em T, conforme demonstramos a seguir:
As contas podem apresentar os seguintes saldos:
- Saldo devedor - quando o débito é maior que o crédito;
- Saldo credor - quando o crédito é maior que o débito;
- Saldo nulo - quando o débito é igual ao crédito.
As contas possuem duas colunas: a do débito e a do crédito, e dessa forma, os aumentos podem ser
registrados em um lado e as diminuições no outro. A natureza da conta é que irá determinar a coluna a ser
utilizada para os aumentos e a coluna para as diminuições.
Razonete é uma representação gráfica e resumida do Livro Razão, que mostra os valores lançados a
débito e/ou a crédito da conta num determinado período, além do respectivo saldo.
No razonete são identificados:
a) o nome da conta com o respectivo grupo ou subgrupo;
b) os lançamentos a débito e a crédito (em seu lado direito, são registradas as contas creditadas; no lado
esquerdo, as contas debitadas);
c) os totais de débitos e créditos;
Nome da Conta
Conta Devedora-Aplicação Conta Credora-Origem
Saldo Devedor Saldo Credor
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d) o saldo da conta, que poderá ser devedor ou credor, dependendo da confrontação dos totais de débitos e
créditos (se for devedor, ficará demonstrado do lado esquerdo; se for credor, será demonstrado do lado
direito do razonete).
As contas podem apresentar os seguintes saldos:
- Saldo devedor - quando o débito é maior que o crédito;
- Saldo credor - quando o crédito é maior que o débito;
- Saldo nulo - quando o débito é igual ao crédito.
Praticando o lançamento em Conta T
a) Compra de um veículo à vista em dinheiro no valor total de $ 1.000.000
Veiculo Caixa
Débito Crédito Débito Crédito
1.000.000 1.000.000
Sldo = 1.000.000 Sldo = 1.000.000
b) Compra de mercadorias a prazo por R$ 80.000, aceitando uma duplicata no valor correspondente
Mercadorias Duplicatas a Pagar
Débito Crédito Débito Crédito
Sldo = 80.000 Sldo = 80.000
c) Venda de mercadoria no valor de 60.000, sendo 10.000 à vista e 50.000 a prazo.
Caixa Duplicatas a Receber Vendas de Mercadorias
Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito 10.000.000 10.000.000 60.000.000
Sldo=10.000.000 Sldo=10.000.000 Sldo=60.000.000
Outras informações importantes
Descontos Comerciais x Descontos Financeiros
a) Descontos Comerciais – ocorrem no momento da compra (obtidos) ou da venda (concedidos) e são
destacados na própria Nota Fiscal. São também denominados Descontos Incondicionais. O termo mais
adequado para seus registros é Descontos Incondicionais Obtidos (quando a empresa ganha do
fornecedor) ou Descontos Incondicionais Concedidos (quando a empresa concede ao cliente).
b) Descontos Financeiros - ocorrem no momento da liquidação de uma dívida ou do recebimento de um
direito, fato posterior ao da compra ou da venda. O termo mais adequado para esses descontos é
Descontos Obtidos (quando a empresa ganha do fornecedor no momento da liquidação de uma obrigação)
ou Descontos Concedidos (quando a empresa oferece ao cliente no momento da quitação de um direito).
Note que a palavra ``incondicional´´ é utilizada para indicar que não foi imposta ao cliente nenhuma
condição para que tivesse direito ao referido desconto, que é um ato de espontânea vontade do
fornecedor. O desconto financeiro, obtido ou concedido no momento da quitação de uma duplicata, só
ocorre mediante condição imposta ao devedor; normalmente, quitação antes do vencimento.
Você poderá deparar-s com as seguintes contas: Descontos Incondicionais Obtidos, Descontos
Incondicionais Concedidos, Descontos Obtidos e Descontos Concedidos.
Saiba que:
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• A conta Descontos Incondicionais Obtidos é redutora do Custo das Mercadorias Adquiridas, integrando
a fórmula do CMV.
• A conta Descontos Incondicionais Concedidos é redutora da Receita Bruta de Vendas e integra a
fórmula do RCM.
• A conta Descontos Obtidos é conta de Receita Operacional, no grupo das Receitas Financeiras.
• A conta Descontos Concedidos é conta de despesa Operacional e integra o grupo das Despesas
Financeiras.
7.4. Prática de Lançamentos Contábeis.
A utilização do mecanismo de debito e crédito para o registro de fatos contábeis fica muito mais fácil
se seguirmos alguns procedimentos práticos.
Sempre que estivermos diante de um fato contábil, devemos:
l° - Identificar quais as contas envolvidas (pelo menos duas contas);
Exemplo: Integralização do capital social no valor de $100.000 em dinheiro pelos sócios.
Este fato movimentará o elemento contábil dinheiro, pelo recebimento de $ 100.000 dos sócios. Portanto,
uma das contas é a Caixa. Ainda por este fato, a empresa assume uma obrigação para com os seus sócios,
obrigação esta representada pela conta Capital. Por isso, as contas envolvidas são: caixa e capital.
2° - Identificar a que grupo pertence cada conta. Uma conta só pode pertencer a um determinado grupo que,
segundo a teoria patrimonialista são os seguintes:
ATIVO - PASSIVO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO - RECEITA - DESPESA
A conta Caixa é conta do ativo, porque representa um bem (dinheiro). A conta Capital é conta do patrimônio líquido
porque representa obrigação da empresa para com os seus sócios.
3° - Identificar qual é o efeito do fato sobre cada conta envolvida, ou seja, qual elemento contábil aumenta ou diminui devido a
este fato;
Devido a este fato o saldo da conta Caixa aumenta, porque a empresa recebe dinheiro e o saldo da conta
Capital também aumenta porque aumentou a obrigação da empresa para com os seus sócios.
4° - Efetuar o lançamento contábil segundo o método das partidas dobradas, com a utilização do quadro-
resumo do mecanismo do débito e crédito, da seguinte forma:
DÉBITO = APLICAÇÃO DE RECURSO; CRÉDITO = ORIGEM DO RECURSO
D – Caixa 100.000
C – Capital
Pelo valor do capital social integralizado pelos sócios nesta data. 100.000
Vamos praticar este procedimento:
a) Compra de um veículo à vista em dinheiro no valor total de $ 1.000,00
1º passo – identificar as contas envolvidas no fato;
Caixa (valor em dinheiro) – Origem e Veículo (bem) - Aplicação
2º passo – identificar a natureza das contas, ou seja, a que grupos pertencem: Ativo (A); Passivo
(PE); Patrimônio Líquido (PL); Receitas (R); ou Despesas (D).
Caixa – conta do Ativo (A)
Veículo – conta do Ativo (A)
3º passo – identificar o que o fato provoca sobre o saldo das contas, ou seja, se o saldo aumentará ou
diminuirá; no caso:
Caixa (A) o saldo diminuirá (-) pela saída do dinheiro;
Veículos (A) o saldo aumentará (+) pela entrada (aquisição realizada) do bem patrimonial;
4º passo – efetuar o lançamento segundo o mecanismo de debito e credito:
Veiculo - conta do ativo que aumenta devido a este fato. Portanto, debita-se.
Caixa - conta do ativo que diminui devido a este fato. Portanto, credita-se.
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Lançamento
D – Veiculo 1.000,00
C - Caixa
Pelo valor da compra de um veiculo, conforme NF XXXXX 1.000,00
b) Compra de mercadorias a prazo por R$ 80.000, aceitando uma duplicata no valor correspondente.
1 ° passo - quais as contas envolvidas?
As contas são: Mercadorias (Aplicação) e Duplicatas a Pagar(origem).
2° passo - a que grupo cada conta pertence?
Mercadoria. é conta do ativo e Duplicatas a Pagar é conta do passivo.
3° passo - qual o efeito deste fato sobre cada uma das contas envolvidas?
Devido a este fato, aumenta o saldo da conta Mercadorias e também aumenta o saldo da conta Duplicatas a Pagar.
4° passo - efetuar o lançamento segundo o mecanismo de debito e credito:
Mercadoria - c o n t a d o a t i v o q u e a u m e n t a d e v i d o a e s t e f a t o . P o r t a n t o , d e b i t a - s e
R$ 80.000.
Duplicata a pagar - é conta do passivo e aumenta; portanto deve ser creditada em R$
80.000.
Lançamento
D – Mercadoria 80.000
C – Duplicatas a Pagar
Pelo valor da compra de mercadorias a prazo, conforme duplicata Nº....... 80.000
7.5. Erros de Escrituração e Técnicas de Correção de Erros
Os erros que ocorrem normalmente na escrituração do livro Diário são erros de redação, borrões, rasuras,
escritos nas entrelinhas, saltos de linha ou de paginas erros de valores lançados a maior ou a menor troca
de uma conta por outra, inversão de contas, omissão de lançamentos e lançamentos em duplicata.
Com a automação presente em quase todos os setores, a Contabilidade passou a ser feita por meio de
processamento eletrônico de dados: assim, os erros com borrões, saltos de linhas ou de paginas, escritos
nas entrelinhas e rasuras praticamente deixaram de ocorrer.
O processo técnico de correção de erros de escrituração é denominado de retificação de lançamento. Os
erros de escrituração devem ser corrigidos mediante retificação de lançamento através de estorno,
transferência, ressalva, transferência, lançamento retificativo e lançamento complementar.
Retificação no próprio histórico, quando se tratar de erro de redação observado antes mesmo do
encerramento do respectivo lançamento;
Estorno: consiste em efetuar um lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o
totalmente ou parcialmente, ou seja, o Estorno é utilizado quando ocorre a duplicidade de um
mesmo lançamento contábil ou por erro de lançamento da conta debitada ou da conta creditada.
Transferência: é o lançamento que promove a regularização da conta indevidamente debitada ou
creditada, através da transposição do valor para a conta adequada.
Lançamento complementar: é utilizado para complementar um lançamento feito com valor a
menor, ou seja, a Complementação é efetuada para corrigir o valor anteriormente registrado,
aumentando-o ou reduzindo-o.
Lançamento retificativo: feito no próprio histórico, quando se tratar de erro de redação observado
antes mesmo do encerramento do respectivo lançamento;
Ressalva: consiste no lançamento de correção usando-se as expressões “digo, aliás, em tempo, ou
melhor, isto é, etc.”
39
Conforme se pode observar no momento de registrar os fatos contábeis, pode acontecer de a pessoa
responsável cometer alguns enganos ou erros. Caso isto aconteça a contabilidade oferece algumas
alternativas para corrigir os erros ou enganos cometidos, conforme podemos ver na seqüência abaixo:
1- Erro: Valor lançado a maior/CORREÇÃO – lançamento inverso estornando a diferença.
Se o erro for notado após encerrado o histórico, a solução será estornar o lançamento errado e efetuar o
novo lançamento correto.
A função do estorno e anular o lançamento errado.
Exemplo: Impostos
a Caixa
Pago imposto predial referente ao mês................... 785
Suponha que o valor correto do imposto seja de R$ 758. nesse caso, a correção devera ser feita de duas
maneiras.
♦ Estornar o lançamento inteiro ( anulá-lo) e lançar novamente a importância correta.
♦ Estornar apenas a diferença através do lançamento retificativo:
Caixa
a Impostos
Estorno de parte do lancamneto efetuado a maior, em __/__/__, referente ao pagamento de imposto
predial do 1º trimestre............................................. 27
2- Erro: Valor lançado a menor/CORREÇÂO – lançamento complementar.
Exemplo: Pagamento de salários no valor de R$ 1.000,00, em dinheiro.
Lançamento realizado:
D – Salários a Pagar
C - Caixa R$ 100,00
Regularização, mediante complemento:
D – Salários a Pagar
C - Caixa R$ 900,00
3- Erro: Inversão de contas/CORREÇÃO – dois lançamentos; o 1º para cancelar o lançamento errado, e
o 2º para efetuar o lançamento correto.
Exemplo: Compra de matéria prima, à vista, por R$ 1.000,00
Lançamento efetuado:
D - Caixa
C – Matéria Prima R$ 1.000,00
Para regularização, primeiro estorna-se o lançamento, mediante lançamento inverso:
D – Matéria Prima
C – Caixa R$ 1.000,00
A seguir, faz-se o lançamento correto:
D – Matéria Prima
C – Caixa R$ 1.000,00
4- Erro: Troca de contas/CORREÇÃO – Lançamento de acerto.
Exemplo: Compra de matéria-prima, à vista, por R$ 10.000,00
Lançamento realizado:
D - Matéria-prima
C – Fornecedores R$ 10.000,00
A conta correta a crédito é “Caixa”. A regularização será feita mediante transferência entre contas, como
segue:
D - Fornecedores
C - Caixa R$ 10.000,00
5- Erro: Erro no histórico/CORREÇÃO – Quando o erro é descoberto a tempo, usa-se uma palavra
apropriada para a ressalva.
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“Quando o erro for notado antes de encerrado o histórico, basta utilizar um termo adequado, como “digo”,
“isto é”, “ ou melhor” etc.
Exemplo: Computadores
a Caixa
NF nº 32 ref. a compra de um automóvel,
digo, microcomputador marca TK.............................. 1.200
6- Erro: Omissão de Lançamento/CORREÇÃO – A omissão se dá por esquecimento: na época
oportuna, o contabilista deixa de efetuar o registro de um fato, por um motivo qualquer. Passado algum
tempo, o contabilista verifica a omissão. Neste caso, a correção e simples. Basta efetuar o registro do fato
no dia em que se verificou a omissão, mencionando, no histórico, o motivo e data correta do evento.
Quando a omissão implicar falta de recolhimento de impostos, a empresa devera providenciar os devidos
recolhimentos, espontaneamente, acrescidos dos encargos correspondentes.
7- Erro: Inversão de Contas
Exemplo: Caixa
a Veículos
Compra de um automóvel...................................................... 30.000
Note que, se ocorreu compra de automóvel, a Conta Veículos teria de ser debitada e a Conta Caixa,
creditada. Nesse caso a correção pode ser feita de duas maneiras:
1. Estornar e lançar corretamente
2. Inverter as contas e lançar a importância duas vezes:
Veículos
a Caixa
Estorno do lançamento de __/__/__,
Referente a compra de um automóvel.......................................... 30.000
Compra de um automóvel.......................................... 30.000 60.000
8. Erro: Duplicidade de lançamento/CORREÇÃO - Ocorre quando o contabilista registra, por qualquer
motivo, duas vezes o mesmo fato contábil. Quando notada tal ocorrência, basta que se efetue o estorno do
lançamento que estiver a mais.
9. Erro: Borrões, Rasuras, Registros nas Entrelinhas
Ocorrendo um destes erros de escrituração o contabilista deverá ressalvar, datar e assinar a ressalva na
própria escrituração.
10. Erro: Saltos de Linha ou de Páginas
Havendo saltos de linhas, estas deverão ser preenchidas com traços horizontais e com ressalva datada e
assinada pelo contabilista.
Prática 7 1. Na apuração do resultado patrimonial de um período contábil, de uma entidade privada, utiliza-se o
regime:
a) Patrimonial b) De caixa
c) Misto d) De competência
2. Na apuração de resultado utilizando o regime de caixa:
a) são computados todos os tipos de receitas do período e as receitas antecipadas
b) será atribuído ao resultado do exercício as despesas efetivamente incorridas no período.
c) são reconhecidas no resultado as depreciações e as receitas a vista.
d) não são reconhecidas as despesas provisionadas.
3. O Regime de Caixa é um regime oposto ao regime da:
a) materialidade. b) entidade
c) competência d) continuidade.
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4. A utilização do regime contábil da competência, no preparo das demonstrações contábeis, determina
que essas demonstrações apresentem aos seus usuários algumas informações sobre itens, tais como:
I – operações passadas envolvendo o pagamento e o recebimento de caixa e outros recursos financeiros;
II – obrigações de pagamento no futuro;
III – recursos que serão recebidos no futuro.
Atende(m) plenamente ao conceito apresentado o(s) item(ns)
a) I, apenas. b) II, apenas.
c) I e II, apenas. d) I, II e III.
5. Quando na apuração do crédito do exercício são considerados apenas os pagamentos e recebimentos
realizados no período, essa apuração é reconhecida como:
a) Regime de caixa b) Regime de competência
c) Autonomia patrimonial d) Fato administrativo
6. Quando comparamos os registros contábeis das operações de uma empresa pelo regime de caixa e pelo
regime de competência, verificamos que:
a) no regime de competência o lucro apurado é maior que o lucro apurado no regime de caixa;
b) o regime de caixa apresenta um lucro maior que o regime de competência;
c) o regime de competência apresenta um lucro igual ao regime de caixa;
d) os dois regimes apresentam resultados nulos.
7. Assinale a alternativa correta:
a) As contas do Ativo aumentam por crédito;
b) As contas do Patrimônio Líquido aumentam por débito;
c) As contas do Passivo Exigível diminuem por débito.
d) As contas do Ativo diminuem por débito.
8. Lançamento de Primeira Fórmula;
a) É o registro do fato contábil que envolve mais de uma conta devedora e mais de uma conta credora;
b) É o registro do fato contábil envolvendo mais de uma conta devedora e apenas uma conta credora;
c) É o registro do fato contábil que envolve uma conta devedora e mais de uma conta credora;
d) É o registro do fato contábil que envolve uma conta devedora e uma conta credora.
9. Nos lançamentos contábeis, as partidas são denominadas de:
a) terceira fórmula, quando são debitadas varias contas e creditada uma conta;
b) primeira fórmula, quando são debitadas duas contas e creditada uma conta;
c) segunda fórmula, quando são debitadas duas contas e creditadas duas contas;
d) quarta fórmula, quando são creditadas duas contas e debitada uma conta;
10. O Método das Partidas Dobradas utiliza, nos lançamentos:
a) uma fórmula;
b) duas fórmulas;
c) três fórmulas;
d) quatro fórmulas;
11. A compra de equipamento para uso da própria empresa, pagando-se uma entrada em dinheiro e
aceitando-se duplicatas pelo valor restante, será contabilizada através de um único lançamento de:
a) segunda fórmula b) primeira fórmula
c) quarta fórmula d) terceira fórmula
12. Toda conta do Ativo será:
a) debitada pelo aumento e creditada pela diminuição.
b) debitada pela diminuição e creditada pelo aumento.
c) debitada ou creditada, conforme se trate de bem tangível e intangível.
d) debitada para registrar decréscimo patrimonial e creditada para registrar aumento patrimonial.
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13. Faça os seguintes lançamentos e identifique quanto as fórmula:
a) Recebimento, em dinheiro, de duplicatas no valor de R$ 4.000,00
b) Pagamento de fornecedores, em dinheiro no valor de R$ 4.000,00 mais juros de 10% devido ao atraso
no pagamento.
c) Compra de mercadorias no valor de R$ 2.000,00 e de móveis e utensílios no valor de R$ 3.000,00, com
pagamento de 50% à vista e o restante à prazo.
d) Recebimento, em dinheiro, de duplicatas no valor de R$ 4.000,00, mais 10% de juros devido ao atraso
no pagamento efetuado pelo cliente.
14. Os encargos financeiros pagos sobre o atraso no pagamento de duplicatas será considerado:
a) custo de produção; b) custo indireto;
c) Despesa financeira; d) Margem de contribuição;
15. Qual a diferença entre Descontos Obtidos e Descontos Concedidos:
16. A Empresa GMW Ltda apresentou as seguintes transações:
1. Investimento inicial de capital social integralizado no valor total de R$ 10.000 em dinheiro;
2. Compra a vista de móveis e utensílios, na importância de R$ 2.000;
3. Compra de peças para reparos, nas seguintes condições: R$ 500 a vista e R$ 1.000 a prazo;
4. Venda a prazo de R$ 500 de peças para reparos, pelo preço de custo e a prazo;
5. Compra de um veiculo, a prazo, por R$ 600, mediante a emissão de uma nota promissória;
6. Pagamento de 50% da dívida relativa à compra de peças para reparos;
7. Obtenção de um empréstimos de R$ 5.000, no Banco do Sul S.A., mediante a emissão de uma nota
promissória;
8. Investimento, aumentando o capital social em mais de R$ 5.000, sendo R$ 2.500 em dinheiro e R$
2.500 em peças para reparos;
9. Venda a vista de R$ 200 em peças para reparos, pelo preço de custo;
10. Recebimento do valor da venda a prazo referente ao item 4.
Pede-se:
a) Indicar os efeitos das operações sobre o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido;
1 6
2 7
3 8
4 9
5 10
b) Registrar as operações nos razonetes:
17. Ao analisar os lançamentos do mês anterior no livro Diário, o contabilista verificou que o pagamento
de impostos e taxas no valor de R$ 543,00 foi contabilizado com o valor de R$ 345,00.
Proceda a correção desse erro contábil.
18. Ao fazer o lançamento no livro diário da compra de um automóvel à vista no valor de R$ 20.000,00, o
contabilista inverteu as contas. Corrija esse erro. Lançamento Errado
Lançamento para anular o Lanç. Errado
Lançamento Certo
19. Ao lançar no livro diário a compra de um computador para o escritório, a prazo, no valor de R$
3.000,00, o contabilista debitou a conta Móveis e Utensílios ao invés de Computadores e Periféricos.
Retifique esse erro de escrituração. Lançamento Registrado
Lançamento para correção
43
8. Balancete de Verificação
8.1- Aspectos Conceituais e Legais do Balancete de Verificação
É o demonstrativo que relaciona cada conta com o respectivo saldo devedor ou credor, de tal forma que se
os lançamentos foram corretamente efetuados, de acordo com o Método das Partidas Dobradas, o total da
coluna dos saldos devedores é igual ao total da coluna dos saldos credores.
O Objetivo do Balancete de Verificação é testar se o método das partidas dobradas foi respeitado,
evidenciando as contas de acordo com seus respectivos saldos e verificando a igualdade entre a soma dos
saldos devedores e credores.
O balancete de verificação é uma demonstração parecida com o balanço, ou seja, apresenta o saldo de
todas as contas patrimoniais, e ainda apresenta o saldo das contas de resultado, num único demonstrativo.
O balancete pode ser elaborado nas seguintes formas:
•Duas colunas - forma apresentada (Ativo e Passivo) Contas Saldo
Devedor Credor
•Quatro colunas – respectivos movimentos do período e saldos finais. Contas Débito Crédito Saldos
Devedor Credor
•Seis colunas - Maior detalhamento da informação Contas Balancete de Verificação Ajustes Balancete após Ajustes
Devedor Credor Devedor Credor Devedor Credor
Cada conta do Razão pode ser representada individualmente em razonetes.
Se considerarmos agora o conjunto de todas essas contas, podemos agrupá-las ordenadamente num
demonstrativo utilíssimo do ponto de vista contábil, o Balancete de Verificação ou, simplesmente,
Balancete.
O Balancete de verificação consiste na relação das contas (patrimoniais e de resultado) com seus
respectivos saldos contábeis.
Através do Balancete é possível se chegar a vários resultados importantes para a Contabilidade de uma
empresa num dado período de tempo, bem como elaborar outros demonstrativos contábeis importantes.
Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade, na NBC T.2.7 – Do Balancete, observamos os seguintes
critérios técnicos:
NBC T.2.7 – Do Balancete
1. O Balancete de Verificação do Razão é a relação de contas, com seus respectivos saldos, extraídos do
Razão em determinada data;
2. O grau de detalhamento do Balancete deverá ser consentâneo com sua finalidade; 3. Os elementos mínimos que devem constar do Balancete são:
a) identificação da Entidade;
b) data a que se refere;
c) abrangência;
d) identificação das contas e respectivos grupos;
e) saldos das contas, indicando se devedores ou credores;
f) soma dos saldos devedores e credores.
4. O Balancete que se destinar a fins externos à Entidade deverá conter nome e assinatura do contabilista
responsável, sua categoria profissional e o número de registro no CRC.
5. O Balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente.
Dado o exposto, cabem algumas considerações pertinentes acerca do Balancete:
No Balancete de Verificação são listadas todas as contas, sejam elas patrimoniais ou de resultado;
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O saldo de cada conta é representado de acordo com sua natureza, e não apenas de acordo com o grupo
a que pertence;
O Balancete é uma ferramenta importantíssima para a apuração do resultado econômico, bem como
para a elaboração do Balanço Patrimonial;
Há várias maneiras de se apresentar um Balancete de Verificação. É possível representá- lo com os
saldos iniciais de cada conta (devedor ou credor) e com os respectivos movimentos no período (débitos
e créditos), ou simplesmente com os saldos finais das contas (devedor ou credor).
8.2- Como Elaborar um Balancete de Verificação.
Inicialmente serão abertos razonetes para mostrar os saldos remanescentes de cada conta.
Após o lançamento dos saldos anteriores faremos o registro das operações a débito e a crédito de cada
conta.
Quando a transação envolver uma conta que não tem saldo inicial, abrir-se-á um novo razonete para
essa conta.
Após os registros efetuados em cada conta no razonete, apura-se o saldo final de cada conta conforme
a natureza devedor ou credor.
Os saldos apurados são apresentados no razonete para testar se o método das partidas dobradas foi
respeitado, verificando a igualdade entre a soma dos saldos devedores e credores.
Vamos elaborar um balancete de verificação, utilizando os saldos apurado em 31/07/2011 pela empresa
Cia Y, conforme segue: Contas Saldos
Devedor Credor
Bancos 1.000
Fornecedores 1.000
Mercadorias 500
Capital Social 2.500
Clientes 2.000
3.500 3.500
Durante o mês de agosto/2011 ocorreram as seguintes transações:
1 – Compra a prazo de R$ 500,00 de mercadoria a prazo.
2 – Pagamento a fornecedores com cheque no valor de R$ 900,00.
3 – Venda de R$ 400,00 de mercadorias por R$ 700,00 a vista.
Baseado nos saldos apresentados e nas movimentações do mês de agosto vamos elaborar um novo
balancete para verificar a situação atual da empresa.
O primeiro passo para elaborar o balancete de verificação é dispor de todos os razonetes com todas as
operações contabilizadas.
O objetivo disso é demonstrar que para fazermos o balancete de verificação temos que partir desse ponto.
Vejamos os razonetes com todas as operações contabilizadas (antes do zeramento das contas de
resultado).
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O segundo passo é acharmos o saldo de cada conta, e indicar se ela é credora ou devedora. Achar o saldo
da conta no momento, não é mais mistérios nenhum basta somarmos os lançamentos de cada lado do
razonete e diminuir o maior saldo do menor. O saldo será devedor ou credor, se o resultado encontrado
estiver no lado do débito ou do crédito.
Por exemplo, o saldo da conta Bancos é de R$ 800,00 DEVEDOR, ou R$ 800,00 DV.
Como achamos esse saldo, primeiro eu somei todos os lançamentos que estavam no lado do debito do
razonete (1.000,00 de saldo inicial + 700,00 do lançamento n.º 3), totalizando R$ 1.700,00 DEVEDOR.
Após eu somei todos os lançamentos a crédito na conta, que na verdade é só um lançamento, porem se
fosse mais teríamos que somar, logo, chegamos ao saldo de R$ 900,00 CREDOR.
Diminuindo o maior (R$ 1.700,00 DEVEDOR), do menor (R$ 900,00 CREDOR), temos um saldo de R$
800,00 DEVEDOR.
Entendido isso podemos apurar o saldo de todas as contas, por enquanto utilizaremos as siglas CR para
indicar um saldo credor e a sigla DV para indicar um saldo devedor.
Vamos apurar o saldo de todas as contas. Contas Saldos
Devedor(DV) Credor(CR)
Bancos 800
Mercadorias 600
Clientes 2.000
CMV 400
Fornecedores 600
Capital Social 2.500
Receita de Vendas 700
TOTAL 3.800 3.800
O primeiro ponto a ser observado, é quanto à abrangência do balancete, que no geral apresenta contas
patrimoniais: ativo, passivo e PL e contas de resultado: receita, despesa e custo.
No exemplo de balancete utilizado temos uma parte das informações que aparecem no BP-Balanço
Patrimonial, são as contas patrimoniais: Bancos, Mercadorias, Clientes, Fornecedores e Capital Social.
Temos também uma boa parte das informações que aparecem na DRE-Demostração de Resultado do
Exercício, que são as contas de resultado: Receita de Vendas e CMV-Custo das Mercadorias Vendidas.
O segundo ponto é quanto à forma de apresentação, nesse caso as contas devem ser apresentadas sempre
nessa ordem, primeiro ativo e depois passivo e patrimônio líquido.
Logo depois apresentamos as contas de Receita e Custo, se houvesse conta de DESPESA também seria
apresentada, aqui não tem ordem para apresentação, porém é mais comum apresentarmos primeiro a
Receita depois o Custo depois a Despesa, pois fica até parecido com a DRE, mais isso é caso a caso.
A soma dos saldos devedores: Bancos, Clientes, Mercadorias e CMV, dá um total de R$ 3.800,00.
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A soma dos saldos credores: Fornecedores, Capital Social e Receita de Vendas dá um total de R$
3.800,00.
Isso indica que se efetuarmos os lançamentos de apuração do resultado, nosso balanço fecharia.
Primeiro já vimos que as contas patrimoniais (BANCO, CLIENTES, MERCADORIAS,
FORNECEDORES e CAPITAL SOCIAL), não são envolvidas na apuração do resultado, onde zeramos
somente as contas de resultada (CUSTOS, DESPESAS e RECEITAS).
O primeiro ponto que faz diferença são as contas de RECEITA, CUSTOS e DESPESAS, se percebemos
bem, a diferença do balanço para o balancete, é que no balancete essas contas são mostradas pelos seus
saldos totais, e que no balanço essas contas não são mostradas pelos saldos totais e sim pela diferença
entre elas, assim no balanço temos um único valor que mostra a diferença entre as contas de resultado, no
balanço, mostramos a conta de Lucros do Exercício com o saldo de R$ 300,00 que é a diferença do saldo
da conta de Receita de Vendas menos o saldo da conta de CMV (700,00 – 400 = 300).
Então se pegássemos no nosso balancete a soma de todos os valores devedores teria R$ 3.800,00
diminuindo o saldo da conta de CMV que é de R$ 400,00 temos um total de R$ 3.400,00, isso porque na
verdade o CMV vai ser apurado contra o saldo da conta de Receita de Vendas, e o resultado vai ser
demonstrado numa conta dentro do PATRIMÔNIO LIQUIDO, no nosso caso Lucros do Exercício.
Vamos agora fazer o mesmo nos saldos credores, temos um total de R$ 3.800,00, diminuindo o saldo da
conta de Receita de Vendas (700,00), temos um total de R$ 3.100,00, que não é igual ao total do nosso
passivo, que é de R$ 3.400,00, ou seja, temos uma diferença de R$ 300,00.
Essa diferença é justamente o valor que sobrará se diminuirmos o valor da conta de RECEITA DE
VENDAS, menos o valor da conta de CMV. Que resultará em R$ 300,00, que nada mais é do que o
LUCRO DO EXERCICIO que apuramos acima, lembrando que esse valor apurado, é de natureza
CREDORA, ou seja o seu saldo é CREDOR, voltamos agora aos R$ 3.100,00 CREDOR, se somássemos
com mais os R$ 300,00 CREDOR, teríamos R$ 3.400,00 CREDOR, agora o nosso saldo CREDOR, fica
igual ao nosso passivo.
Isso acontece por causa do mecanismo da contabilidade onde temos que ter sempre um débito e um
crédito de igual valor.
Resumindo o Balancete de Verificação mostra que temos R$ 3.800,00 em valores a débito independente
se tais valores são de contas de ativo ou não, e o mesmo contas as contas credoras, independente se esses
saldos são de contas do passivo e patrimônio liquido ou não.
Prática 8
Em cada questão, marque a única alternativa correta:
1. A Conta T é também conhecida como:
a) Balancete b) Razonete
c) Balanço d) DRE
2. A relação das contas extraídas do Livro Razão em uma determinada data, com os respectivos saldos é:
a) Balancete de Verificação b) Balanço Patrimonial
c) DRE d) Razonete
3. São características do Balancete:
I. Apresenta todas as contas de receita e também de despesa;
II. Não relaciona as contas que representam vendas ou custos;
III. Fornece dados suficientes para apuração do resultado do período;
IV. Deve ser levantado mensalmente.
Estão corretas:
a) todas b) III e IV apenas
c) I, III e IV apenas d) II e IV apenas
47
4. O Balancete de verificação do razão tem como principal finalidade:
a) demonstrar o crédito apurado
b) demonstrar a exatidão do método das partidas dobradas
c) evidenciar o saldo do PL
d) Apurar o lucro da Entidade
e) relacionar as contas, com seus respectivos saldos, verificando assim a igualdade entre os totais de
débitos e créditos.
5. Num balancete a soma do débito;
a) Somente será igual á do crédito no caso de a conta a que o balancete se refere ter saldo nulo.
b) Nunca será igual á do crédito
c) Somente será igual á do crédito quando for levado por soma e saldos
d) Terá que ser igual á do crédito para que não haja erros na escrituração ou na extração dos saldos
6. Elaborar os razonetes e o balancete de verificação, baseado nas seguintes operações:
1 – Integralização do Capital Social em dinheiro no valor de R$ 20.000,00.
2 – Abertura de uma conta corrente com deposito inicial de R$ 19.000,00.
3 – Compra de Moveis para o Escritório da Empresa no valor de R$ 3.000,00 a vista, com cheque.
4 – Compra de um Veiculo no valor de R$ 10.000,00, sendo 30% a vista (em cheque) e o restante
financiado em parcelas de R$ 500,00.
5 – Compra de R$ 1.000,00 de mercadorias, a vista com dinheiro do caixa.
6 – Compra de R$ 500,00 de mercadorias, a prazo.
7. Faça os lançamentos nos razonetes e depois elabore um balancete de verificação após cada uma das
operações relacionadas. a) O acionista constituiu a companhia e integralizou seu capital social no valor de $ 13.000 com depósito no banco;
b) Compra à vista (com cheque) de um terreno no valor de $ 4.500;
c) Aquisição à prazo de mercadorias para estoque no valor de $ 6.000;
d) Aquisição à vista (com cheque) de máquinas no valor de $ 5.000;
e) Adquiriu um empréstimo bancário no valor de $ 7.000;
f) Pagamento efetuado com cheque da obrigação com o fornecedor;
8. A Cia. Titanic operou no mês de janeiro de 2008: a) Iniciou atividade com um capital de R$ 200.000 totalmente depositado na conta bancária aberta pela empresa.
b) Comprou Estoque de Mercadorias a prazo por R$ 100.000.
c) Fez um empréstimo bancário no valor de R$ 150.000 vencendo a primeira parcela no ano de 2010.
d) Comprou instalações para a loja, a vista, no valor de R$ 50.000 ch nº 000.524.
e) Pagou R$ 50.000 da mercadoria adquirida a prazo na operação “b” ch º 000525.
Tomando como base os dados anteriores, faça os lançamentos nos razonetes abaixo, considerando uma conta para
cada razonete e apure os saldos das contas no balancete de verificação:
9. José Maria e Maria José encerraram o ano de 2008 com os seguintes saldos em suas contas: Caixa – 50.000; Capital – 200.000; Móveis e Utensílios – 120.000; Estoque de Mercadorias – 50.000; Fornecedor –
58.000; Salários a Pagar – 12.000; Reservas – 40.000; Duplicatas a Receber – 90.000.
No período de 2009 ocorreram as seguintes transações:
1) Aumento de capital no valor de 150.000 em dinheiro.
2) Compraram mais alguns balcões e prateleiras à vista por R$ 60.000
3) Aquisição de mercadorias a prazo, no valor de R$ 80.000
4) Abertura de uma conta corrente no banco por meio de um depósito em dinheiro no valor de R$ 70.000
5) Pagamento de salários no valor de R$ 12.000 em cheque
6) Recebimento de duplicatas no valor de R$ 35.000.
7) Pagamento a Fornecedores de 50% da divida em dinheiro.
Pede-se: a) Abrir os razonetes das contas existentes de 2008 e registrar nos razonetes a movimentação de 2009
48
b) Apurar os saldos das contas;
c) Elaborar o balancete de verificação.
10. “é uma demonstração parecida com o balanço, ou seja, apresenta o saldo de todas as contas patrimoniais, e ainda apresenta
o saldo das contas de resultado, num único demonstrativo”. Essa característica identifica um(a):
a) Balancete b) Razonete
c) Balanço d) DRE
9. Demonstrações Financeiras Obrigatórias
Relatório Contábil, também conhecido como informe contábil, é a exposição resumida e ordenada de
dados colhidos da contabilidade, com o objetivo de demonstrar aos usuários da contabilidade os
principais fatos registrados por ela, em determinado período (MARION, 2009).
Dentre os relatórios contábeis, as demonstrações financeiras (pela Lei 6.404/76) ou demonstrações
contábeis (terminologia preferida pelos autores), são as mais importantes.
As demonstrações contábeis são parte integrante das informações financeiras divulgadas por uma
entidade. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui, normalmente, o balanço patrimonial,
a demonstração do resultado, a demonstração das mutações na posição financeira (demonstração dos
fluxos de caixa, de origens e aplicações de recursos ou alternativa reconhecida e aceitável), a
demonstração das mutações do patrimônio líquido, notas explicativas e outras demonstrações e material
explicativo que são parte integrante dessas demonstrações contábeis. Podem também incluir quadros e
informações suplementares baseados ou originados de demonstrações contábeis que se espera sejam
lidos em conjunto com tais demonstrações. Tais quadros e informações suplementares podem conter, por
exemplo, informações financeiras sobre segmentos ou divisões industriais ou divisões situadas em
diferentes locais e divulgações sobre os efeitos das mudanças de preços. As demonstrações contábeis
não incluem, entretanto, itens como relatórios da administração, relatórios do presidente da entidade,
comentários e análises gerenciais e itens semelhantes que possam ser incluídos em um relatório anual ou
financeiro (RESOLUÇÂO CFC 1121/2008).
As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira e do
desempenho da entidade. O objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca
da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um
grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As demonstrações
contábeis também objetivam apresentar os resultados da atuação da administração na gestão da entidade e
sua capacitação na prestação de contas quanto aos recursos que lhe foram confiados (RESOLUÇÂO CFC
1185/2009).
As demonstrações contábeis, denominadas na Lei 6404/76 de demonstrações financeiras, são relatórios
elaborados a partir da escrituração mercantil realizada pela empresa, objetivando apresentar informações
aos diversos usuários da contabilidade, principalmente as de natureza econômica e financeira, relativas à
gestão de um patrimônio, ocorrida durante um exercício social (RIBEIRO, 2009).
Para a Lei 6404/76 ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração
mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
Balanço patrimonial (BP);
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)
Se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
Observações:
49
Se a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) for apresentada a
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) fica desobrigada. Vale ressaltar, que
para a CVM a DMPL é obrigatória para as companhias de capital aberto;
Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) – desobrigada para a Cia. Fechada com PL, na data do
balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). Ou seja, obrigada para todas de capital
aberto e para algumas de capital fechado, anônima ou não.
Demonstração do Valor Adicionado (DVA), obrigatório para as sociedades anônimas de capital
aberto;
A Lei 6404/76 estabelece também que:
O exercício social terá a duração de 1 (um) ano e o seu término será definido no Estatuto da
empresa, podendo na constituição da empresa e nos casos de alteração societária ter duração
diversa. Não há necessidade que o exercício social coincida com o ano civil (01-01 a 31-12),
entretanto, para fins fiscais o imposto de renda sugere o encerramento em 31.12;
As demonstrações financeiras deverão ser publicadas com a indicação dos valores
correspondentes às demonstrações do ano anterior; As contas semelhantes poderão ser agrupadas
e os saldos agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 1/10 (um décimo)- dez
por cento- do respectivo grupo de contas, evitando-se a utilização de expressões genéricas como
“diversas contas” ou “contas-correntes”; deverão registrar a destinação de lucros segundo a
proposta dos órgãos da administração, pressupondo a sua aprovação, podendo a CVM, a seu
critério, disciplinar de forma diversa o registro; e, deverão ser completadas por notas explicativas
e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para o esclarecimento da
situação patrimonial e dos resultados do exercício (Art. 176, parágrafos 1 ao 4, Lei 6404);
As notas explicativas devem:
I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas
contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos; (Incluído pela Lei
nº 11.941, de 2009)
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam
apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; (Incluído pela Lei nº 11.941, de
2009)
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e
consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
IV – indicar: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos
cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e
dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009)
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único); (Incluído
pela Lei nº 11.941, de 2009)
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações(art. 182, § 3o); (Incluído
pela Lei nº 11.941, de 2009)
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras
responsabilidades eventuais ou contingentes; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; (Incluído
pela Lei nº 11.941, de 2009)
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
50
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; (Incluído pela Lei nº 11.941,
de 2009)
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
i) os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter,
efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009)
A escrituração será mantida em registros permanentes, obedecendo à legislação comercial, a Lei
6404/76 e aos princípios de contabilidade, observando métodos e critérios contábeis uniformes
no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência; quando houver
modificação de métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, estes deverão ser indicados
em notas com a explicação de seus efeitos; a companhia observará exclusivamente em livros ou
registros auxiliares, além dos que a Lei 6404 estabelece as disposições da lei tributária ou de
legislação especial referente à atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou
incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros,
lançamentos ou a elaboração de outras demonstrações financeiras; As empresas de capital aberto
são obrigadas a terem suas demonstrações auditadas por auditores independentes registrados na
CVM e que as mesmas observem as normas expedidas por ela, as quais deverão estar elaboradas
de acordo com as normas internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de
valores imobiliários; As Cias. fechadas poderão elaborar suas demonstrações de acordo com as
normas da CVM para Cias. Abertas (Art. 177 , Lei 6404).
AS S.A. de capital aberto são obrigadas a publicar no Diário da União ou do Estado ou do DF, as
demonstrações financeiras e em jornal de grande circulação no local onde esteja situada a sede da
companhia e, caso não haja jornal, poderá ser feita a divulgação em órgão de grande circulação. A
CVM, pode também, determinar que sejam publicadas em jornal de grande circulação nas
localidades em que os valores mobiliários da Cia. sejam negociados em bolsa ou em mercado de
balcão ou disseminadas em outro meio. Além disso, as Cias. Abertas podem disponibilizar na
internet as suas demonstrações financeiras além das publicações poderem ser feitas adotando-se
como expressão monetária o milhar de reais (Art. 289 , Lei 6404);
9.1- Demonstração do Resultado do Exercício
A apuração do resultado do exercício é realizada através da Demonstração de Resultado do Exercício-
DRE, relatório contábil destinada a evidenciar a composição do resultado formado num determinado
período de operações da entidade (RESOLUÇÂO CFC 686/90 e suas alterações). Essa demonstração,
observado o princípio da competência evidenciará a formação de vários níveis de resultados, mediante
confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas (NBC T 3.3).
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro
bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e
administrativas, e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei
nº 11.941, de 2009)
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na
forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de
empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
51
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda;
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e
rendimentos.
As receitas e despesas de uma empresa representam, respectivamente, acréscimo e diminuição de seu
patrimônio líquido. Essas receitas e despesas são controladas em contas específicas que, em geral, são de
grande volume, chamadas contas de resultado. Ao final de cada exercício, é necessário que essas contas
sejam encerradas para que:
possa ser conhecido o resultado do exercício;
esse resultado possa ser apresentado de modo ordenado e de fácil entendimento.
O encerramento das contas de receitas e despesas consiste em fazer um lançamento em todas as contas
envolvidas de modo a deixá-las com saldo igual a zero, cuja contrapartida seria dada em uma única conta,
denominada “Resultado do exercício”. Conseqüentemente, as receitas serão creditadas e as despesas,
debitadas na conta “Resultado do exercício”. A diferença entre os débitos e créditos da conta “Resultado
do exercício” será:
lucro, se for credor;
prejuízo, se for devedor. Naturalmente, se o total das receitas for igual ao das despesas, a empresa
não terá obtido nem lucro nem prejuízo, isto é, obterá resultado nulo.
A empresa deve informar aos leitores de seu balanço como foi obtido o resultado do exercício que foi
transferido para a conta “Lucros ou prejuízos acumulados”. Essa informação sobre a formação do
resultado do exercício é dada, em sua maior parte, através da demonstração do resultado do exercício, que
nada mais é do que uma apresentação das contas de receitas e despesas feita de modo ordenado. Tal
ordenação baseia-se, principalmente, na divisão de receitas e despesas entre operacionais e não
operacionais e em sua apresentação na forma indicada pela legislação vigente.
Despesas - são grupos de contas que registram as operações que ocasionam uma redução no patrimônio,
porém as despesas não estão diretamente associadas às vendas. Identicamente haverá uma diminuição de
um ativo (geralmente dinheiro).
Custos – são grupos de contas que registram as operações que ocasionam uma redução no patrimônio,
porém os custos estão diretamente associados às vendas. Assim ocorre um custo quando há diminuição de
um ativo (geralmente mercadorias).
Para diferenciar melhor Custo de Despesa, temos que nos atentar ao seguinte: os custos estão diretamente
associados às vendas e as despesas não.
Vejam como: Quando você faz uma venda de mercadoria, você entrega a mercadoria (DIMINUIÇÃO DO
ATIVO MERCADORIAS) e em contrapartida você terá o recebimento de dinheiro pela venda. Nesse
caso temos um custo, que é o custo de mercadorias vendidas, pois a saída da mercadoria esta associada a
venda efetuada.
Já o pagamento (DIMINUIÇÃO DO ATIVO DINHEIRO) do aluguel é uma despesa, pois não esta
associada à venda, ou seja, você pagará o aluguel independente de ter efetuado uma venda ou não.
As despesas operacionais são todos os gastos desembolsados ou previstos, que se relacionam diretamente
com o objeto social de uma empresa.
Imaginemos uma empresa comercial que venda móveis. Os salários e encargos do pessoal da
administração, do setor de vendas ou dos outros setores são diretamente relacionados com o objetivo do
negócio, por isso são operacionais.
52
Resumindo, são considerados custos e despesas operacionais todos os gastos realizados com o objetivo
final de gerar receitas e diretamente relacionados com a natureza específica dos negócios de uma
companhia.
Já as contas de Despesas e Custos, serão debitadas nos aumentos e creditadas nas diminuições.
Analogamente, as despesas não operacionais são aquelas não relacionadas diretamente com a natureza
específica dos negócios de uma companhia, tais como, baixa de bens do ativo permanente e perdas com
sinistros.
Receita – são grupos de contas que registram as operações que ocasionam um aumento no patrimônio
(AUMENTO DE DINHEIRO, OU DE DIREITOS TAIS COMO CONTAS A RECEBER).
Guardando bastante semelhança com as despesas, temos as receitas operacionais, que são todas aquelas
realizadas e que estão diretamente relacionadas com a natureza do negócio de uma companhia.
Para melhor assimilar o conceito de receita pense assim: uma empresa quando vende algo, tem em mente,
obter um lucro. Se você vendeu uma mercadoria que custou R$ 300,00 por R$ 500,00, você terá um
aumento no seu patrimônio de R$ 200,00, (UM LUCRO DE R$ 200,00) em vista que R$ 300,00 referente
ao custo, não foi aumento no patrimônio e sim uma troca, você trocou uma mercadoria que custou R$
300,00, por dinheiro em igual valor monetário (R$ 300,00)
Por exemplo, se o negócio de uma empresa é vender mercadorias, o título receita de vendas já indica sua
atividade. Ou, se nos referimos a uma companhia que presta serviços, o título receita de serviços já indica
o fato.
Inversamente às receitas operacionais, as não operacionais são aquelas que não se relacionam diretamente
com a natureza do negócio de uma companhia, tais como, receita de dividendos e indenizações de
seguros.
Outro conceito muito importante é que as contas de Receitas serão creditadas nos aumentos e debitadas
nas diminuições.
A DRE é um relatório contábil destinado a evidenciar a composição do resultado formado num
determinado período de operações da empresa. É o resultado econômico (lucro ou prejuízo) –
Demonstração Dinâmica. (DRE conforme Art. 187 da Lei 6404/76). A deliberação CFC NBC T 3.1
estabelece que a DRE deve evidenciar vários níveis de resultado mediante confronto entre as receitas e os
respectivos custos e despesas (serviços, produtos, mercadorias).
53
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
Leis 6.404/74 alterada pelas Leis 11.638/08 e 11.941/09
RESULTADOS FINANCEIROS
DESPESAS FINANCEIRAS RECEITAS FINANCEIRAS
Juros pagos ou incorridos Juros recebidos ou auferidos
Descontos concedidos (no pgto) Descontos obtidos (no pgto)
Comissões e Despesas bancárias Receitas de títulos vinculados ao mercado aberto
Correção monetária prefixada de obrigações Receitas sobre outros investimentos temporários
Juros sobre o capital próprio (juros remuneratórios do
capital próprio, pago aos acionistas). Pelo IR é despesa
financeira. Para a CVM – Cia de capital aberto deve
contabilizar os juros como despesa financeira para
cumprir o que o fisco pede e deverá ajustar o resultado
evidenciando o estorno da DRE (reversão). Para a
CVM são distribuição de lucro.
Prêmio na emissão de debêntures – ágio na
alienação de debêntures- (Lei 11.638/07 – receita
financeira e não mais reserva de capital). Pode
vir colocado em separado na DRE (em destaque).
Ajuste a valor presente – excluir do saldo da conta a
longo prazo os acréscimos da inflação- exclusão da
receita embutida nos direitos geram despesa.
Também ocorre com direitos e obrigações a
curto prazo quando houver efeitos relevantes.
Os direitos e as obrigações a longo prazo são
trazidos a valor presente (Arts. 183, inciso VII
e 184, inciso III).
Ajuste a valor presente - excluir do saldo da conta a
longo prazo os acréscimos da inflação- exclusão da
despesa embutida na obrigação gera receita.
Também ocorre com direitos e obrigações
a curto prazo quando houver efeitos
relevantes.
Os direitos e as obrigações a longo prazo
são trazidos a valor presente (Arts. 183,
inciso VII e 184, inciso III).
(=)RECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas de Mercadorias e/ou prestação de serviços (-) Deduções e Abatimentos => Vendas Anuladas
Descontos Incondicionais Concedidos
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas: ICMS s/ vendas, PIS e COFINS s/ faturamento.
(=)RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-) Custo das Mercadorias Vendidas e dos serviços prestados (=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO
(-) Despesas Operacionais => Despesas com Vendas,
Despesas Financeiras (-) Receitas Financeiras Despesas Gerais e Administrativas
Outras Despesas Operacionais
(+) Outras Receitas Operacionais
(=) LUCRO(PREJUÍZO) OPERACIONAL LÍQUIDO OUTRAS RECEITAS
OUTRAS DESPESAS
(=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DAS DEDUÇÕES
(-) PROVISÃO PARA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO
(-) Contribuição Social
(-) PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA (-) Provisão para o Imposto de Renda
(=) RESULTADO DO EXERCÍCIO APÓS AS DEDUÇÕES
(-) PARTICIPAÇÕES
(-) Participação nos lucros =>
(Depois do I.R e C.S)
Debêntures
Empregados (desde 98 passou a ser obrigado)
Participação= L.L – C.S – I.R – Prejuízo Acumulado = Base de Cálculo das
Participações.
Administradores
1. BC das Debêntures (estatuto, geralmente é de até 15%) Partes beneficiárias
2. BC – Part. Das Debêntures = BC dos Empregados e assim sucessivamente. (-) REVERSÃO DE JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO
(=) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
(=) LUCRO LÍQUIDO OU PREJUÍZO POR AÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
Doações (contrib. para fundos as. ou prev. Empr.) Só para Cia. Abertas, quando efetuarem crédito ou
pagamento de juros sobre o capital próprio, incluso em
despesas financeiras (Deliberação CVM nº 207/1996)
54
VARIAÇÕES MONETÁRIAS DE OBRIGAÇÕES VARIAÇÕES MONETÁRIAS DE CRÉDITOS
Variação cambial (empréstimo no estrangeiro) Variação cambial (perda ou ganho com indexadores –
câmbio de moeda estrangeira)
Correção monetária passiva, exceto prefixada que é
despesa financeira
Correção monetária ativa
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
LUCROS E PREJUÍZOS DE PARTICIPAÇÕES EM
OUTRAS SOCIEDADES
VENDAS DIVERSAS
Participação nos resultados de Coligadas e Controladas
pelo método de equivalência patrimonial
Venda de sucatas (líquido de ICMS)
Dividendos e rendimentos de outros investimentos
Amortização de ágio ou deságio de investimentos
RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS
GANHOS E PERDAS DE CAPITAL NOS
INVESTIMENTOS
GANHOS E PERDAS DE CAPITAL NO
IMOBILIZADO
Ganhos e perdas na alienação de investimentos Ganhos e perdas na alienação ou baixa de
imobilizado
Provisão para perdas prováveis na realização de investimentos Valor líquido de bens baixados
Resultados não operacionais em investimentos pela
equivalência patrimonial.
Doações e subvenções para investimento (receita) –
(doações geralmente recebidas do poder público) - antes era
reserva de capital – (Lei 11.638/07) . Contabilizar apenas os
valores realizados – poderá, a cargo da Assembléia Geral,
destinar a Reservas de Incentivos Fiscais (Art. 195, a, da
Lei 6404/76)
9.2. Balanço Patrimonial
Conceitos - é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa
determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade. (RESOLUÇÂO CFC 686/90 e suas
alterações).
“O balanço Patrimonial é um relatório integrante do Conjunto de Demonstrações Contábeis”, e tem por
finalidade avaliar, na data do encerramento do exercício ou de um período regular a situação financeira e
patrimonial da empresa.
É apresentado em duas colunas: a Coluna do Lado Direito é Denominada de passivo e patrimônio líquido.
A coluna do lado esquerdo é denominada ativo. A razão de se atribuir o lado esquerdo para o ativo e lado
direito para o passivo e patrimônio líquido é uma mera convenção.
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da
companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos
nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e
intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
55
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941,
de 2009)
§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão
classificados separadamente.
Ativo
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social
subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte,
assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou
controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer
natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da
companhia ou da empresa;
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os
decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;
(Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da
companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei
nº 11.638,de 2007)
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o
exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo
Passivo Exigível
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do
ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte,
e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo
único do art. 179 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
Patrimônio Líquido
De acordo com a Lei n° 6.404/76 : Capital Social, representa valores recebidos pela empresa, ou por ela
gerados, e que estão formalmente incorporados ao Capital. O investimento efetuado na companhia pelos
acionistas é representado pelo Capital Social. Este abrange não só as parcelas entregues pelos acionistas
como também os valores obtidos pela sociedade e que, por decisões dos proprietários, se incorporam ao
Capital Social, representando uma espécie de renúncia a sua distribuição na forma de dinheiro ou de
outros bens.
O Capital social só pode surgir pelo valor efetivamente realizado. O art. 182 da Lei n° 6.404/76
estabelece que “a conta do capital social discriminará o montante subscrito, e por dedução, a parcela
ainda não realizada”.
Dessa forma, a empresa deve ter a conta de Capital Subscrito e a conta devedora de Capital a Integralizar,
sendo que o líquido entre ambas representa o Capital Realizado.
Na Subscrição feita pelos acionistas.
Capital a Integralizar
a Capital Subscrito
Débito Crédito
100.000.000
100.000.000
56
Na integralização pelos acionistas, que pode ser em dinheiro ou em bens.
Bancos, Imobilizado, etc.
a Capital a Integralizar
Débito Crédito
100.000.000
100.000.000
Exemplo de capital social integralizado em parte:
Capital Social 100.000.000
Menos: A Integralizar(conta redutora do capital social) 20.000.000
Capital Realizado 80.000.000
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda
não realizada.
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de
emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital
social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital
realizado, enquanto não-capitalizado.
§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no
resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou
diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor
justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com
base na competência conferida pelo § 3o do art. 177 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
2009)
§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da
companhia.
§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do
patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO (Leis 6.404/74, 11.638/08 e 11.941/09) PASSIVO (Leis 6.404/74, 11.638/08 e 11.941/09)
Ativo Circulante
São classificadas as disponibilidades, os direitos
realizáveis no curso do exercício social subseqüente e
as aplicações de recursos em despesas do exercício
seguinte Disponibilidades – caixa, banco (conta corrente e
aplicações);
Direitos realizáveis – créditos com clientes
(duplicatas a receber, direitos a receber de
administradores de cartão de crédito), outros
créditos, tributos a recuperar (federal,
municipal ou estadual-impostos, taxas,
contribuições antecipadas ou pagas
indevidamente), investimentos temporários a
curto prazo (aplicações em títulos e valores
imobiliários do capital de outras empresas,
investidos em caráter especulativo e que sejam
compensados até 12 meses) e estoques (bens
destinados à produção, à prestação de serviços,
à venda ou ao consumo;
Despesas pagas antecipadamente – despesas do
exercício seguinte, pagas no exercício.
Passivo Circulante
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para
aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no
passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte. Obrigações a fornecedores – decorrentes de compra de
mercadorias ou utilização do serviço;
Obrigações Tributárias;
Obrigações trabalhistas e previdenciárias;
Outras obrigações; e
Participações e destinações do lucro líquido (debenturistas,
empregados, obrigações devidas aos proprietários na forma de
juros e dividendos etc.).
57
Ativo Não Circulante
Realizável a Longo Prazo
Os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte,
assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas - (artigo
243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da
companhia independente do prazo de vencimento, que não
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da
companhia
Investimento
As participações permanentes em outras sociedades e os
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo
circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade
da companhia ou da empresa. Ex.: obra de arte, bens que
geram receita para a empresa independente da atividade
operacional (imóveis de renda, aplicações em ouro etc.).
Imobilizado
Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados
à manutenção das atividades da companhia ou da empresa
ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes
de operações que transfiram à companhia os benefícios,
riscos e controle desses bens.
- Operacional corpóreo (tangível) – móveis, utensílios,
computadores, veículos etc.;
- Operacional Recursos naturais – capitais aplicados em
recursos naturais (minereis ou florestais) da exploração da
empresa);
-Objeto de arrendamento mercantil – bens que estão sendo
utilizados pela empresa, mas, não são de sua propriedade.
Estão sendo utilizados pela empresa e podem ser adquiridos
no final;
- Imobilizado em andamento (bens para futura operação) –
construções ou aquisições em andamento.
Intangível
Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com
essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido
NOTA: Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver
duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo (parágrafo único do
Art. 179).
CONTAS REDUTORAS DO ATIVO: Duplicatas descontadas (subgrupo de clientes -a
empresa transfere a posse e a propriedade dos títulos à
instituição Financeira que entrega um numerário como
adiantamento. É uma obrigação;
provisão para créditos de liquidação duvidosa-
subgrupo de clientes – previsão de perda;
provisão para redução ao valor de mercado- em
função da regra, custo ou mercado, dos dois o menor. Pode ocorrer como redutora de várias contas do Ativo no
final do exercício;
Depreciação acumulada – imobilizado – bens de uso;
Amortização acumulada – intangível – diminuição do
capital aplicado; Exaustão acumulada – diminuição dos
recursos minerais ou florestais.
Passivo Não Circulante
São as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para
aquisição de direitos do ativo não circulante, se tiverem
vencimento em prazo maior que o término de exercício seguinte,
observado o disposto no parágrafo único do Art. 179 da Lei
6.404/74.
Todas as obrigações classificadas no circulante, porém vencíveis
após o término do exercício seguinte;
Receitas diferidas (receitas antecipadas - custos e despesas
correspondentes às mesmas).
Patrimônio Líquido
São os recursos dos proprietários aplicados na empresa. Os recursos
significam o Capital mais o seu rendimento: Lucros e Reservas.
Representa as obrigações da empresa diante dos sócios, acionistas,
ou titular, com as seguintes contas ou grupo de contas: capital social,
reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de
lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. Capital Social – parcela do capital subscrito pelos sócios
Reservas de Capital – contas representativas de receitas que não
devem transitar pelo resultado do exercício: a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal (ágio na
emissão de ações) e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que
ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos
de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
Ajustes de avaliação patrimonial - enquanto não computadas no
resultado do exercício, devido ao regime de competência, as
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídas a
elementos do Ativo e Passivo, em decorrência da sua avaliação a
valor justo, nos casos previstos em Lei ou em normas expedidas
pela CVM, conforme Art. 177 (parágrafo 3º, Art. 182, Lei
6.404/76).
Reservas de lucros – em decorrência de lei ou da vontade dos
administradores;
Ações em tesouraria – ações da própria empresa adquirida por
ela mesma;
Prejuízos Acumulados – apurado pela empresa no exercício atual
ou em exercícios anteriores, até que sejam compensados com
lucros, saldos de reservas ou assumidos pelos sócios.
CONTAS REDUTORAS DO PASSIVO (-) Custos/despesas ou encargos vinculados às receitas
Encargos que decorrem de receitas recebidas antecipadamente (subgrupo de receitas diferidas do passivo não circulante);
(-) Capital a realizar – redutora do capital social. É a parcela do capital ainda não integralizado;
(-) Prejuízos acumulados – prejuízos apurados e ainda não de
compensados. Vale destacar que nas Cias. De capital aberto não há mais lucros acumulados no PL. Pode haver a conta razão, mas, deve ser
totalmente distribuído;
(-) Ações em Tesouraria – ações representativas do capital da empresa, adquiridas por ela mesma. Para indicar a origem dos recursos aplicados na
sua emissão.
Como exemplo prático utilizaremos os dados da empresa comercial “LM Ltda” que realiza
transações de compra e venda de mercadorias e, a partir daí seguimos o passo a passo começando com a
elaboração dos razonetes conforme as operações comerciais que forem sendo realizadas, chegando até a
apuração do resultado para no final apresentar o novo balanço patrimonial.
58
Balanço Patrimonial da Empresa Comercial LM Ltda, encerrado em 31/12/2009
Ativo Passivo + PL
Caixa 2.000 Fornecedores 1.000
Mercadoria 3.000 Patrimônio Líquido
Capital Social 4.000
Soma 5.000 Soma 5.000
Vamos a operação:
A empresa vendeu todo o seu estoque de mercadorias, e recebeu a vista a quantia de R$ 5.000,00. E após
a venda foi feita a apuração do resultado.
Vamos primeiro contabilizar a venda da mercadoria:
Primeiramente abriríamos todos os razonetes com os respectivos saldos. Ficaria assim: Caixa
Capital Social
2.000,00 (S)
4.000,00 (S)
Mercadorias
Fornecedores
3.000,00 (S)
1.000,00 (S)
Agora teríamos que ir registrando passo a passo a operação.
Primeiramente faríamos o registro do valor da VENDA, que foi de R$ 5.000,00. Vimos no enunciado que
a venda foi feita à vista, assim entrou dinheiro no caixa da empresa, logo houve um débito na conta caixa.
Sabendo que fizemos um débito de R$ 5.000,00 temos que fazer um crédito de R$ 5.000,00 em alguma
outra conta. Essa outra conta que registrará o crédito será uma conta de Receita, chamada de Receita de
Vendas.
Logo nossos razonetes após os registros ficariam da seguinte forma: Caixa
Capital Social
2.000,00 (S)
5.000,00
4.000,00 (S)
Mercadorias
Fornecedores
3.000,00 (S)
1.000,00 (S)
Feito o registro da venda, temos agora que fazer o registro da saída da mercadoria, tendo em vista que a
empresa vendeu todo o seu estoque de mercadorias. Portanto deixou de ter as mercadorias.
Primeiro item importante a ser notado, e saber que a empresa vendeu TODO o seu estoque, logo, temos
que saber quanto a empresa tinha de estoque de mercadorias, que pode rapidamente ser identificado
olhando o saldo inicial no razonete ou mesmo a conta MERCADORIAS no balanço, assim identificamos
que a empresa tinha R$ 3.000,00 de estoques de mercadorias.
Logo, temos que registrar uma diminuição na conta de estoque. Sendo ela uma conta de ativo, temos que
fazer um registro de R$ 2.000,00 a crédito nessa conta. E se fizemos um registro a crédito, temos que ter
um registro a débito também que será na conta que registrará o Custo da Mercadoria Vendida,
abreviadamente chamaremos de CMV.
Nossos razonetes agora ficariam da seguinte forma: Caixa
Capital Social
2.000,00 (S)
5.000,00
4.000,00 (S)
Mercadorias Fornecedores
Receita de Vendas
5.000,00
59
3.000,00 (S) 3.000,00 1.000,00 (S)
Receita de Vendas
Custo da Merc. Vendida (CMV)
5.000,00 3.000,00
Feito isso contabilizamos a operação da venda.
Observem que a conta de Receita foi credita e a conta de Custo foi debitada.
Esse crédito na conta de Receita e o débito na conta de Custo tem um sentido, vamos tentar entende-lo.
Vendemos a R$ 5.000,00, porém custou R$ 3.000,00, temos então um lucro de R$ 2.000,00.
Esse valor (R$ 2.000,00) de lucro ficará registrado no Patrimônio Liquido, numa conta intitulada de
Lucros Acumulados.
Mas porque esse lucro fica no Patrimônio Liquido da empresa?
Por exclusão podemos dizer que não é uma obrigação ou um dever, logo não pertence ao passivo. Não
temos a obrigação de num prazo certo devolver esses R$ 2.000,00.
Nem é um direito e nem um bem da empresa, logo também não ficará no ativo. Bem não pode ser porque
não é palpável, ou algo material, esse registro simplesmente é um valor.
Na verdade esse valor R$ 2.000,00, já está no caixa da empresa, tendo em vista que ela vendeu seu
estoque que era de R$ 3.000,00 e recebeu R$ 5.000,00, podemos dizer então que dos R$ 5.000,00 que ela
recebeu, R$ 3.000,00 são da mercadoria, e os R$ 2.000,00 é o lucro obtido.
Logo também não pode haver o registro de um mesmo ativo 2 vezes. Não existe como você registrar R$
1,00 duas vezes no ativo, se isso ocorrer você não terá um R$ 1,00 e sim R$ 2,00.
Sobra apenas o grupo do Patrimônio Liquido.
O lucro é um dinheiro que a empresa ganhou. Porém como a empresa tem dono, o lucro que ela gerou
com essa operação será no futuro distribuído aos sócios. Não existe um prazo fixado para que esse
dinheiro seja devolvido aos sócios/proprietários da empresa.
Nas contas do Patrimônio Liquido os aumentos não são registrados a créditos? Logo a conta de Receita
também será registrada a crédito. E as diminuições não são registradas a débito? Logo as contas de
despesas, por reduzirem o lucro, são registradas a débito.
Bom como a operação acima foi bem simples, já vimos que o lucro gerado nessa operação foi de R$
2.000,00.
Mas vamos ver como a contabilidade chega a esse valor?
As contas de Receitas, Despesas e Custos são as contas transitórias ou temporárias, assim elas não
aparecem no balanço, elas só possuem saldo até o momento em que queremos apurar o resultado, quando
fazemos a apuração essas contas tem o seu saldo transferido para outra conta, é nesse momento que
falamos que essas contas são zeradas.
Então para apurar o resultado faz-se o seguinte:
Primeiro abri-se uma conta chamada APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO, que
abreviadamente é chamada de ARE.
Assim os razonetes ficariam da seguinte forma agora:
Caixa
Capital Social
2.000,00 (S)
5.000,00
4.000,00 (S)
Mercadorias
Fornecedores
3.000,00 (S) 3.000,00 1.000,00 (S)
Receita de Vendas
Custo da Merc. Vendida (CMV)
5.000,00 3.000,00
60
Ap. Resultado do Exercício (ARE)
O segundo passo agora é identificar quais das contas acima, são contas de RECEITA, DESPESA e
CUSTO.
Sabendo-se que as contas, CAIXA. MERCADORIAS, CAPITAL e FORNECEDORES. São contas de
ativo (as 2 primeiras), passivo e patrimônio liquido.
Logo, somente sobraram as contas RECEITA DE VENDAS e CUSTO DAS MERCADORIAS
VENDIDAS (CMV). Estas são contas de RESULTADOS.
Identificadas às contas de resultado, o próximo passo é zerar elas, transferindo o seu saldo para a conta de
ARE.
Os razonetes agora ficariam assim:
Caixa
Capital Social
2.000,00 (S)
5.000,00
4.000,00 (S)
Mercadorias
Fornecedores
3.000,00 (S) 3.000,00 1.000,00 (S)
Receita de Vendas
Custo da Merc. Vendida (CMV)
5.000,00 (R) 5.000,00 3.000,00 3.000,00 (R)
Ap. Resultado do Exercício (ARE)
3.000,00 5.000,00
Percebe-se que para efetuar o zeramento na conta de RECEITA DE VENDAS, foi reliazado um débito no
valor que constava de saldo nela (R$ 5.000,00 Credor). Assim se tínhamos R$ 5.000,00 CR para zerar
essa conta teremos que fazer um lançamento de R$ 5.000,00 Devedor ou a débito. E o crédito
correspondente foi feito na conta ARE. Coloca-se em parênteses um R de Resultado, para facilitar a
identificação do lançamento na conta.
E para zerar o saldo da conta de Custo, neste caso, a conta de CMV, faz-se um crédito de R$ 3.000,00.
Pois o saldo existente nela era de R$ 3.000,00 devedor.
Agora, tanto a conta de CMV como a conta de Receita de Vendas estão com o saldo zerado.
Para conferir, apura-se o saldo de todas as contas dos razonetes, ficando assim:
Caixa
Capital Social
2.000,00 (S)
5.000,00
7.000,00 (SF)
4.000,00 (S)
4.000,00 (SF)
Mercadorias
Fornecedores
3.000,00 (S)
0,00
3.000,00
0,00
1.000,00 (S)
1.000,00 (SF)
Receita de Vendas
Custo da Merc. Vendida (CMV)
5.000,00 (R)
0,00
5.000,00
0,00
3.000,00
0,00
3.000,00 (R)
0,00
Ap. Resultado do Exercício (ARE)
61
3.000,00
5.000,00
2.000,00 (SF)
Assim, a conta caixa ficou com um saldo final de R$ 7.000,00, referente ao saldo inicial de R$ 2.000,00
mais os R$ 5.000,00 recebidos referente à venda efetuada.
A conta Capital Social e Fornecedores, não tiveram os seus saldos alterados.
A conta Mercadorias tinha um saldo inicial de R$ 3.000,00, porém todo esse valor foi vendido, logo ficou
com um saldo final de R$ 0,00.
A conta Receita de Vendas, tinha R$ 5.000,00 Credor, que era referente ao registro da venda efetuada, e
foi zerada com um lançamento de R$ 5.000,00 a débito, que foi transportado para a conta ARE, para
apuração do resultado. Nessa entrou como um crédito.
A conta CMV tinha R$ 3.000,00 Devedor, que era referente ao registro da baixa na conta de mercadorias,
devido a venda efetuada, consequentemente para seu zeramento foi efetuado um lançamento a credito no
mesmo valor, R$ 3.000,00, que foi transferido para a conta ARE, sendo registrado como débito.
Assim as contas de Receita de Vendas e de CMV, também ficaram com o seu saldo zerado.
Todas as contas que estão com o saldo zerado não aparecerão no balanço.
A conta de APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO (ARE), esta com um saldo de R$
2.000,00, que é referente ao registro de R$ 5.000,00 a crédito que veio transferido da conta de Receita de
Vendas menos os R$ 3.000,00 a débito que veio transferido da conta de CMV.
Nesse exato momento, conclui-se os registros de apuração do resultado. Sendo o resultado, o valor de R$
2.000,00 a crédito que consta na conta ARE.
Valor igual ao que foi apurado acima.
O resultado do período, fica dentro do grupo do patrimônio liquido, assim tem-se que identificar que,
quando o saldo na conta ARE esta no lado do crédito, ou seja, um saldo credor, obtem-se um LUCRO,
pois foi zerada a conta de ARE com um débito e creditada a conta de LUCRO DO EXERCICIO,
lembrando que as contas de Patrimônio Liquido são aumentadas com Créditos, logo houve um aumento
no patrimônio da empresa.
Assim abri-se uma conta intitulada de LUCRO DO EXERCICIO no grupo do Patrimônio Liquido.
Essa conta receberá os R$ 2.000,00 que estão no saldo da conta ARE, logo, tem-se que fazer mais um
registro de transferência, além de abrir um razonete para a conta LUCRO DO EXERCICIO.
Veja como fica.
Caixa
Capital Social
2.000,00 (S)
5.000,00
7.000,00 (SF)
4.000,00 (S)
4.000,00 (SF)
Mercadorias
Fornecedores
3.000,00 (S)
0,00
3.000,00
0,00
1.000,00 (S)
1.000,00 (SF)
Receita de Vendas
Custo da Merc. Vendida (CMV)
5.000,00 (R)
0,00
5.000,00
0,00
3.000,00
0,00
3.000,00 (R)
0,00
Ap. Resultado do Exercício Lucro do Exercício
62
(ARE)
3.000,00
2.000,00 (T)
0,00
5.000,00
0,00
2.000,00 (T)
Feito isso tem-se o resultado apurado, e pode-se agora levantar o balanço patrimonial da empresa,
lembrando que as contas que estão com o saldo zerado não aparecerão no balanço, que ficará assim:
Ativo Passivo + PL
Caixa 7.000 Fornecedores 1.000
Patrimônio Líquido
Capital Social 4.000
Lucro do Exercício 2.000
Soma 7.000 Soma 7.000
Na atualidade a contabilidade é feita através de computadores, assim o sistema se encarregará de efetuar o
zeramento das contas de resultado e bem como da transferência para o Patrimônio Liquido, porém
convém saber como é feito esses lançamentos.
Prática 9
1) Qual é o Conceito de Balanço Patrimonial:
2) De acordo com a Lei 6.404 de 1976, identifique os grupos de contas do:
a) Ativo Não Circulante:
c) Passivo Não Circulante:
c) Patrimônio Líquido:
d)Ativo Circulante:
e) Passivo Circulante:
3. Aponte a alternativa em que não há correlação entre os termos agrupados:
a) Máquinas e equipamentos; veículos para entrega de mercadorias; imóvel da fábrica.
b) Caixa; Bancos conta Movimento; Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata.
c) Capital Social; Lucros ou Prejuízos Acumulados; Reservas de Lucro.
d) Duplicatas a Receber; Duplicatas a pagar; Empréstimos de longo prazo.
e) Salários a Pagar (mês seguinte), Impostos a Recolher (daqui a 30 dias); Fornecedores (curto prazo).
4. Com as contas a seguir, elabore o Balanço Patrimonial-BP e a Demonstração de Resultado do
Exercício-DRE da Empresa Inicial.
Contas em mil R$
Bens 5.000
Obrigações de curto prazo 2.800
Capital Social 2.000
Lucro do Exercício 200
Receita Total 1.800
Despesas 1.600
5. A situação patrimonial da Cia. Reparadora em 31/dez./x8 era a seguinte:
Em mil R$ Em mil R$ Em mil R$
Caixa 2.000 Veículos 5.000 Lucros Acumulados 2.000
Móveis e Utensílios 4.500 Clientes 9.000 Contas a Pagar 500
Empréstimos Bancários 2.000 Fornecedores 7.000 Capital ?
Pede-se:
• Calcular o valor do Capital e estruturar o Balanço Patrimonial.
63
• Com base no Balanço Patrimonial, responda:
a) Valor dos bens e direitos:
b) Valor das obrigações:
c) Valor da riqueza própria da empresa:
d) Valor do Capital Próprio:
e) Valor do Capital de Terceiros:
f) Valor do Capital total à disposição da empresa:
g) Valor dos Recursos aplicados na empresa:
h) Valor das Origens e das Aplicações de recursos:
6. Com os dados seguintes, pede-se:
a) Elabore a DRE e o BP da Cia. Demonstrada em dez./x0.
b) Responda:
1. Valor do ativo:
2. Valor do passivo:
3. Valor do lucro bruto:
4. Valor do Capital Próprio:
5. Valor do Capital de Terceiros:
6. Valor das aplicações de recursos:
7. Valor das origens de recursos: Contas em mil R$ Contas em mil R$
Caixa 100 Contas a Pagar 1.800
Estoques 1.200 Empréstimos a Pagar 2.300
Máquinas 1.300 Capital 1.400
Receitas de Vendas 8.000 Contas a Receber 3.200
Despesas Administrativas 2.800 Custo do Período 3.900
Lucro do Período 1.300 Veículos 1.000
7. Elabore o Balancete de Verificação da Cia. Principiante em dez./00.
As contas e os saldos finais são: Caixa $ 2.000, Clientes $ 8.000, Fornecedores $ 7.500, Estoques $ 2.800,
B/C/M $ 1.100, Contas a Pagar $ 4.200, Despesas Administrativas $ 2.300, Receitas de Vendas $ 15.900,
Veículos $ 15.500, Despesas com Vendas $ 1.300, Capital $..........
8. Os capitais próprios são classificados no Balanço Patrimonial, no grupo do:
a) Ativo Circulante b) Patrimônio Líquido
c) Passivo Circulante d) Passivo Exigível a Longo Prazo
e) Ativo Permanente f) Ativo Real
9. Assinale as contas que devem ser apresentadas no Patrimônio Líquido:
a) Capital Social b) Reservas de Lucro
c) Imóveis d) Impostos a Recolher
e) Fornecedores f) Lucros ou Prejuízos Acumulados
g) Duplicatas a Receber h) Veículos
10. A Empresa Lucro Certo possui várias contas em seu sistema contábil.
Pede-se: Classifique as contas de acordo com sua representação contábil de ativo, passivo, patrimônio
líquido ou resultado. Contas Classificação das Contas Contas Classificação das Contas
Caixa Clientes Estoques Contas a Receber Contas a Pagar Custo do Período Empréstimos a Pagar Impostos a Recolher Capital Receita de Vendas Lucro Acumulado Instalações
64
Receitas de Vendas Banco Conta Movimento Despesas Administrativas Salários a Pagar
11. As primeiras operações da empresa COMERCIAL FAKA LTDA foram: ! 12-01-X2: Integralização,
em moeda corrente, do capital social de R$ 50.000,00; ! 13-01-X2: Pagamento de R$ 2.000,00 à vista
referente à despesa com a constituição da empresa; ! 15-01-X2: Aquisição de uma loja por R$ 90.000,00
sendo R$ 20.000,00 em dinheiro e R$ 70.000,00 para pagamento em 15-04-X2; ! 24-01-X2: Compra de
móveis e utensílios, à vista, por R$ 20.000,00; ! 29-01-X2: Compra, à prazo, de mercadorias para
revenda, no montante de R$ 200.000,00. No balancete levantado após a última operação, o somatório dos
saldos devedores das contas importou em:
a) R$ 360.000,00; b) R$ 300.000,00;
c) R$ 322.000,00; d) RS 318.000,00;
e) R$ 320.000,00. f) R$ 310.000,00
12. Assinale a alternativa que contém contas cujos saldos no Balanço Patrimonial são devedores:
a) Fornecedores e Honorários a Pagar; b) Despesas de Aluguéis e ICMS a Recolher;
c) Lucros Acumulados e Contas a Pagar; d) Duplicatas a Receber e Móveis e Utensílios;
e) Duplicatas a Pagar e Aluguéis a Pagar. f) Caixa e Fornecedores.
13. Observe o lançamento abaixo:
Duplicatas a Pagar
a Diversos
a Bancos...........................................98.000,00
a Descontos Obtidos......................... 2.000,00 100.000,00
O lançamento contábil acima representa:
a) Alienação de bens a prazo; b) Alienação de bens a prazo, com desconto;
c) Aquisição de bens a prazo; d) Aquisição de bens com desconto;
e) Pagamento de dívidas com desconto. f) Pagamento de dívidas com juros.
14. Enunciado para responder as questões abaixo:
Ao levantar o seu patrimônio, uma empresa apurou os seguintes valores:
Bens $ 23.000,00
Direitos $ 31.000,00
Obrigações $ 42.000,00
a. O valor dos créditos da empresa é de:.............................
b. O valor dos débitos da empresa é de:..............................
c. O Ativo da empresa totaliza:.................................
d. O Passivo Exigível da empresa totaliza:...........................
e. O Patrimônio Líquido da empresa importa em:.............................
f. O Passivo Total:.................................
15. No último dia do exercício social, a empresa Red Green Ltda. demonstrou um patrimônio com bens
no valor de R$ 13.000,00, direitos no valor de R$ 7.000,00, dívidas no valor de R$ 9.000,00 e capital
social no valor de R$ 10.000,00, devidamente registrado na Junta Comercial. Com base nessas
informações pode-se afirmar que, do ponto de vista contábil, o patrimônio referido apresenta:
a) Situação Líquida Nula ou Compensada
b) Passivo a Descoberto no valor de R$ 1.000,00
c) Prejuízos Acumulados no valor de R$ 1.000,00
d) Patrimônio Líquido no valor de R$ 1.000,00
e) Patrimônio Líquido no valor de R$ 11.000,00
65
REFERÊNCIAS
ALMEIDA. Marcelo Cavalcanti. Curso Básico de Contabilidade. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2005.
ATHAR, Raimundo Aben. Introdução à contabilidade. São Paulo: Pearson, 2004. 208p. Atlas, 2008.
Equipe de Professores da USP - "Contabilidade Introdutória" - 11 ed., São Paulo: Atlas, 2011. (Teoria).
Equipe de Professores da USP - "Contabilidade Introdutória" -11 ed., São Paulo: Atlas, 2011. (Livro de
Exercícios).
FERRARI, Ed Luiz. Contabilidade Geral. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2006.
FIFECAFI. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. São Paulo: Atlas, 2007.
HOSS, Osni et al. Contabilidade:ensino e decisão. São Paulo: Atlas, 2008.
IUDÍCIBUS, Sérgio de & MARION, José Carlos - "Curso de contabilidade para não contadores" - 7 ed.,
São Paulo: Atlas, 2011.
IUDÍCIBUS, Sérgio de, MARTINS, Eliseu e GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das
sociedades por ações: (aplicável às demais sociedades) - 7. ed., rev. e atual. São Paulo, Atlas, 2007.
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Lei das Sociedades Anônimas, Lei nº 6.404/76, e última atualização pela Lei nº 11.638, de 28.12.2007.
LOPES DE SÁ, Antonio. Plano de contas. – 11. ed. - São Paulo: Altas, 2002.
MARION, José Carlos - "Contabilidade Empresarial" - 16ª ed., São Paulo: Atlas, 2012.
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 10.ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MÜLLER, Aderbal Nicolas. Contabilidade básica: fundamentos essenciais. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2007. 128p.
NEVES, Silvério das; VICENCONTI, PAULO E. C. Contabilidade básica. São Paulo: frase, 2004.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Manual de contabilidade básica: contabilidade introdutória e intermediária:
texto e exercícios. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2009.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade básica. São Paulo: Saraiva, 2005.
_________________.Contabilidade Geral Fácil. Atualizado conforme Lei n 11.638/2007 e Medida
Provisória n 449/2008. 05 ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
SANTOS, José Luiz. et all. Contabilidade Geral, vol. 1 coleção resumos de contabilidade, 2 ed. São
Paulo: Atlas, 2006.
SILVA, César Augusto Tibúrcio, TRISTÃO. Gilberto. Contabilidade Básica. 2 ed. São Paulo. Atlas –
2000.
66
SUGESTÃO DE PLANO DE CONTAS - LEI 11.638/2007 - Cortesia da LEFISC Legislação Fiscal
(www.lefisc.com.br)
1 ATIVO
1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1 Ativo Circulante
1.1.1 Disponível
1.1.2 Clientes
1.1.3 Créditos Diversos
1.1.4 Aplicações Financeiras
1.1.5 Estoques
1.1.6 Adiantamentos
1.1.7 Despesas Antecipadas
a) Disponível 1.1.1 Disponível
1.1.1.1 Caixa
1.1.1.2 Depósitos Bancários
1.1.1.3 Numerário em Trânsito
1.1.1.4 Aplicações de liquidez Imediata
As subcontas podem ser abertas conforme o detalhamento que se quiser, como por exemplo:
1.1.1.1 Caixa
1.1.1.1.1 Fundo Fixo de Caixa - Escritório Central
1.1.1.1.2 Fundo Fixo de Caixa - Armazém
1.1.1.1.3 Caixa Geral
1.1.1.2 Depósitos Bancários
1.1.1.2.1 Banco A
1.1.1.2.2 Banco B
1.1.1.4 Aplicações de Liquidez Imediata
1.1.1.4.1 Banco A
1.1.1.4.2 Banco B
b) Clientes 1.1.2 Clientes*
1.1.2.1 Duplicatas a Receber
1.1.2.2 Duplicatas a Receber - Controladas, Controladoras e Coligadas
1.1.2.7 (-) Duplicatas Descontadas
1.1.2.9 (-) Provisão para Perdas
1.1.2 Clientes
1.1.2.1 Duplicatas a Receber
1.1.2.1 0001 - Cliente A
1.1.2.2 0002 - Cliente B
c) Créditos Diversos 1.1.3 Créditos Diversos
1.1.3.1 Títulos a Receber - Renegociações
1.1.3.2 Títulos a Receber - Outras Transações
1.1.3.3 Cheques em Cobrança
1.1.3.4 Dividendos a Receber
1.1.3.5 Bancos - Contas Vinculadas
1.1.3.6 Impostos a Recuperar *
1.1.3.7 Outros Créditos
1.1.3.8 (-) Provisão para Perdas
1.1.3.6 Impostos a Recuperar*
1.1.3.6.1 ICMS a Recuperar
1.1.3.6.2 IPI a Recuperar
1.1.3.6.3 Impostos sobre Mercadorias em Trânsito
1.1.3.6.4 Imposto de Renda Retido na Fonte (Aplic.Fin.; Serviços, Comissões, Juros, Órgãos Públicos)
1.1.3.6.5 Imposto de Renda Pago a maior
67
1.1.3.6.6 Saldo Negativo de IRPJ
1.1.3.6.7 IRPJ Estimativa a Compensar
1.1.3.6.9 CSLL Retida na Fonte por Órgãos Públicos Federais
1.1.3.6.10 CSLL paga a maior
1.1.3.6.11 Saldo Negativo de CSLL
1.1.3.6.12 CSLL Estimativa a Compensar
1.1.3.6.14 PIS A DESCONTAR (Lei 10.637/2002)
1.1.3.6.15 PIS A DESCONTAR – Importação (Lei 10.865/2004)
1.1.3.6.16 PIS A DESCONTAR – Estoque Inicial
1.1.3.6.17 COFINS A DESCONTAR (Lei 10.833/2003)
1.1.3.6.18 COFINS A DESCONTAR – Importação (Lei 10.865/2004)
1.1.3.6.19 COFINS A DESCONTAR – Estoque Inicial
1.1.3.6.20 ICMS a Recuperar – Ativo Permanente (LC 87/96)
d) Aplicações Financeiras 1.1.4 Aplicações Financeiras
1.1.4.1 Aplicações com Rendimentos Pós-fixados*
1.1.4.2 Aplicações com Rendimentos Pré-fixados
1.1.4.3 Títulos Estatais
1.1.4.4 Debêntures
1.1.4.6 Ações
1.1.4.8 Juros a Receber
1.1.4.9 (-) Provisões para Ajuste ao Valor de Mercado
1.1.4.1 Aplicações com Rendimentos Pós-fixados
1.1.4.1.1 Banco A
1.1.4.1.2 Banco B ou,
1.1.4.1 Aplicações com Rendimentos Pós-fixados
1.1.4.1.1 Aplicações
1.1.4.1.2 Rendimentos
e) Estoques 1.1.5 Estoques
1.1.5.1 Mercadorias (compras)*
1.1.5.3 Mercadorias em Trânsito
1.1.5.4 Mercadorias em Consignação em Poder de Terceiros
1.1.5.5 Material de Acondicionamento
1.1.5.6 Almoxarifado*
1.1.5.9 (-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado
1.1.5.1 Mercadorias
1.1.5.1.1 Calçados - loja
1.1.5.1.2 Roupas - Loja
1.1.5.1.3 Material Esportivo - Loja 1
1.1.5.1.4 Calçados - loja 2
1.1.5.6.1 Almoxarifado
1.1.5.6.1.1 Peças de Reposição de Automóveis
1.1.5.6.1.2 Lâmpadas e Material Elétrico
1.1.5.6.1.3 Material de Expediente
Empresa Industrial 1.1.5 Estoques
1.1.5.1 Produtos Acabados
1.1.5.2 Mercadorias para Revenda
1.1.5.3 Produtos em Elaboração
1.1.5.4 Matérias Primas
1.1.5.5 Material de Acondicionamento
1.1.5.6 Almoxarifado de Manutenção
1.1.5.7 Outro Materiais de Consumo Industrial
1.1.5.8 Almoxarifado Administrativo
1.1.5.9 (-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado
f) Adiantamentos 1.1.6 Adiantamentos
1.1.6.1 A Empregados
1.1.6.3 A Fornecedores
68
1.1.6.5 Importações em Andamento
g) Despesas Antecipadas 1.1.7 Despesas Antecipadas
1.1.7.1 Prêmios de Seguros
1.1.7.2 Assinaturas e Anuidades
1.1.7.3 Aluguéis e Arrendamentos Antecipados
1.2 ATIVO NÃO-CIRCULANTE 1.2 Ativo Não-Circulante
1.2.1 Ativo Realizável a Longo Prazo
1.2.2 Investimentos
1.2.3 Imobilizado
1.2.4 Intangível
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.2.1 Ativo Realizável a Longo Prazo
1.2.1.1 Créditos Diversos
1.2.1.2 Aplicações Financeiras
1.2.1.3 Empréstimos Compulsórios
1.2.1.4 Impostos a Recuperar
1.2.1.5 Adiantamentos
1.2.1.6 Despesas Antecipadas
a) Créditos Diversos 1.2.1.1 Créditos Diversos
1.2.1.1.1 Títulos a Receber - Renegociações
1.2.1.1.2 Títulos a Receber - Outras Transações
1.2.1.1.3 Controladas, Coligadas e Controladora
1.2.1.1.4 Sócios, Administradores e Pessoas Ligadas
1.2.1.1.5 Bancos - Contas Vinculadas
1.2.1.1.9 (-) Provisão para Perdas
b) Aplicações Financeiras Serão usadas as mesmas contas constantes das aplicações financeiras do ativo circulante.
c) Empréstimos Compulsórios 1.2.1.3 Empréstimos Compulsórios
1.2.1.3.1 Obrigações da Eletrobrás
1.2.1.3.2 Créditos Eletrobrás
1.2.1.3.3 Empréstimo Compulsório sobre Combustíveis e Veículos
1.2.1.3.9 (-) Provisão para Perdas
d) Impostos a Recuperar, Adiantamentos e Despesas Antecipadas (mesmo detalhamento do Ativo Circulante)
INVESTIMENTO 1.2.2 Investimentos Permanentes
1.2.2.1 Em Controladas e Coligadas - Equivalência Patrimonial
1.2.2.2 Em Controladas e Coligadas - Custo Corrigido
1.2.2.3 Outras Participações Societárias
1.2.2.4 Participações por Incentivos Fiscais
1.2.2.5 Imóveis Não Destinados ao Uso
1.2.2.9 Outros Investimentos Permanentes
a) Participações Avaliadas pela Equivalência Patrimonial 1.2.2.1 Em Sociedades Controladas, Coligadas e do Grupo Econômico - Equivalência Patrimonial
1.2.2.1.1 Valor Patrimonial
1.2.2.1.9 (-) Provisão para Perdas Permanentes
1.2.2.1.1 Valor Patrimonial
1.2.2.1.1.1 Controlada A
1.2.2.1.1.2 Controlada B
1.2.2.1.1.3 Grupo
b) Participações Avaliadas pelo Custo e Outras Participações Societárias 1.2.2.2 Em Controladas e Coligadas - Custo Corrigido
1.2.2.2.1 Custo Corrigido
1.2.2.2.9 (-) Provisão para Perdas Permanentes
c) Participações por incentivos Fiscais 1.2.2.4 Participações por Incentivos Fiscais
69
1.2.2.4.1 FINOR
1.2.2.4.2 FINAM
1.2.2.4.3 AUDIOVISUAL
1.2.2.4.9 (-) Provisão para Perdas Permanentes
d) Imóveis Não Destinados ao Uso 1.2.2.5 Imóveis Não Destinados ao Uso
1.2.2.5.1 Destinados a Futura Expansão
1.2.2.5.2 Destinados a Aluguel a Administradores Empregados
1.2.2.5.8 (-) Provisão para Perdas Permanentes
1.2.2.5.9 (-) Depreciação Acumulada
e) Outros Investimentos 1.2.2.6 Outros Investimentos Permanentes
1.2.2.6.1 Obrigações da Eletrobrás
1.2.2.6.2 Créditos Eletrobrás
1.2.2.6.3 Empréstimo Compulsório sobre Combustíveis e Veículos
1.2.2.6.9 (-) Provisão para Perdas Permanentes
IMOBILIZADO 1.2.3 Ativo Imobilizado
1.2.3.1 Imóveis
1.2.3.2 Móveis e Utensílios
1.2.3.3 Veículos
1.2.3.4 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas
1.2.3.6 Recursos Naturais
1.2.3.7 Benfeitorias em Propriedade de Terceiros
1.2.3.8 Imobilizado em Andamento (construção; importação; consórcio...)
1.2.3.9 (-) Depreciações, Amortizações e Exaustões Acumuladas
a) Imóveis 1.2.3.1 Imóveis
1.2.3.1.1 Terrenos
1.2.3.1.2 Construções
1.2.3.1.3 Edifícios
1.2.3.1.4 Instalações Elétricas
1.2.3.1.5 Instalações Hidráulicas
1.2.3.1.9 Outras Instalações
b) Depreciações, amortizações e exaustões 1.2.3.9 (-) Depreciações, Amortizações e Exaustões Acumuladas
1.2.3.9.1 Depreciações de Imóveis
1.2.3.9.2 Depreciações de Móveis e Utensílios
1.2.3.9.3 Depreciações de Veículos
1.2.3.9.4 Depreciações de Máquinas, Equipamentos e Ferramentas
1.2.3.9.6 Exaustões e Depreciações de Recursos Naturais
1.2.3.9.7 Amortizações e Depreciações de Benfeitorias em Propriedades de Terceiros
INTANGIVEL 1.2.4 Ativo Intangível
1.2.4.1 Fundo de Comércio
1.2.4.2 Marcas
1.2.4.3 Patentes
1.2.4.4 Direitos Autorais
1.2.4.5 Licenças
1.2.4.6 Propriedade Intelectual
1.2.4.7 Nome Comercial
1.2.4.8 Imagem
1.2.4.9 Carteira de Clientes
1.2.4.10 Franquia
1.2.4.11 Direitos de Comercialização
1.2.4.12 Direito de Uso de Software
1.2.4.13 Direito de Uso de Telefone
1.2.4.20 (-) Amortizações Acumuladas
2 PASSIVO
70
2.1 PASSIVO CIRCULANTE
2.1 Passivo Circulante
2.1.1 Empréstimos e Financiamentos
2.1.2 Debêntures
2.1.3 Fornecedores
2.1.4 Impostos a Pagar ou Recolher
2.1.5 Salários e Contribuições Previdenciárias
2.1.6 Obrigações Diversas
2.1.7 Dividendos/Lucros e Participações
2.1.9 Outras Provisões
a) Empréstimos e Financiamentos 2.1.1 Empréstimos e Financiamentos
2.1.1.1 Empréstimos Nacionais
2.1.1.2 Empréstimos Estrangeiros
2.1.1.3 Financiamentos Nacionais
2.1.1.4 Financiamentos Estrangeiros
2.1.1.5 Títulos a pagar
2.1.1.6 Arrendamentos a Pagar
2.1.1.7 Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio (ACC)
2.1.1.8 Empréstimos para Controladas, Coligadas e Controladora
2.1.1.9 Juros e Encargos Apropriados a Pagar
2.1.1.1 Empréstimos Nacionais
2.1.1.1.1 Pós-fixados
2.1.1.1.2 Pré-fixados
2.1.1.1.9 (-) Encargos Pré-fixados a Apropriar
b) Debêntures 2.1.2 Debêntures
2.1.2.1 Conversíveis em Ações
2.1.2.2 Não Conversíveis
2.1.2.3 Juros Apropriados a Pagar
c) Fornecedores 2.1.3 Fornecedores
2.1.3.1 Nacionais - de Mercadorias
2.1.3.2 Estrangeiros - de Mercadorias
2.1.3.3 Nacionais - de Imobilizado
2.1.3.4 Estrangeiros - de Imobilizado
d) Impostos a Pagar ou a Recolher 2.1.4 Impostos a Pagar
2.1.4.1 ICMS a Recolher
2.1.4.2 IPI a Recolher
2.1.4.3 Provisão para Imposto de Renda
2.1.4.4 Provisão para Contribuição Social
2.1.4.5 IRRF a Recolher
2.1.4.6 Provisão para o IOF
2.1.4.7 PIS a pagar
2.1.4.8 COFINS a pagar
2.1.4.9 ISS a Recolher
2.1.4.10 Outros Impostos
2.1.4.5 IRRF a Recolher
2.1.4.5.1 Salários e Honorários
2.1.4.5.2 Remuneração a Autônomos
2.1.4.5.3 Serviços prestados por Pessoas Jurídicas
2.1.4.5.4 Juros s/ Capital Próprio
2.1.4.5.5 Aluguéis
2.1.4.5.9 Outros
e) Imposto de Renda - Pessoa Jurídica 2.1.4.3 Provisão para Imposto de Renda
2.1.4.3.1 Provisionado
2.1.4.3.2 A Pagar
71
f) Salários e Contribuições Previdenciárias 2.1.5 Salários e Contribuições Previdenciárias
2.1.5.1 Ordenados e Salários a Pagar
2.1.5.2 Honorários da Administração a Pagar
2.1.5.3 INSS a Recolher
2.1.5.4 FGTS a Recolher
2.1.5.5 Gratificações a Pagar
2.1.5.8 Provisão p/ Férias e Encargos
2.1.5.9 Provisão p/ 13º Salário e Encargos
g) Obrigações Diversas 2.1.6 Obrigações Diversas
2.1.6.1 Adiantamentos de Clientes
2.1.6.2 Contas Correntes
2.1.6.3 Água
2.1.6.4 Luz
2.1.6.5 Telefone
2.1.6.6 Seguros
2.1.6.9 Contas a Pagar
h) Dividendos/Lucros e Participações 2.1.7 Dividendos/Lucros e Participações
2.1.7.1 Dividendos/Lucros Propostos
2.1.7.2 Participações Propostas a Administradores
2.1.7.3 Participações Propostas a Empregados
2.1.7.6 Dividendos/Lucros a Pagar
2.1.7.7 Participações a Pagar
i) Outras provisões 2.1.8 Outras Provisões
2.1.8.2 Provisão para Riscos Fiscais
2.1.8.3 Provisão para Contingências, etc.
2.2 PASSIVO NÃO-CIRCULANTE 2.2 Passivo Não-Circulante
2.2.1 Passivo Exigível a Longo Prazo
2.2.1.1 Empréstimos e Financiamentos
2.2.1.2 Debêntures
2.2.1.3 Fornecedores
2.2.1.4 Impostos a Pagar ou Recolher
2.2.1.5 Salários e Contribuições Previdenciárias
2.2.1.6 Obrigações Diversas
2.2.1.7 Dividendos e Participações
2.2.1.9 Outras Provisões
2.2.2 Resultado de Exercícios Futuros
2.2.2.1 Receitas de Exercícios Futuros
2.2.2.2 (-) Custos e Despesas Vinculadas às Receitas de Exercícios Futuros
3. PATRIMÔNIO LIQUIDO 3.1 Capital Social
3.2 Reservas de Capital
3.3 Ajustes de Avaliação Patrimonial
3.4 Reservas de Lucros
3.5 (-) Ações/Quotas em Tesouraria
3.9 Lucro do Exercício ou Prejuízos Acumulados
a) CAPITAL SOCIAL 3.1 Capital Social
3.1.1 Capital Social Subscrito
3.1.2 (-) Capital Social a Integralizar
a.1) Capital Social Subscrito 3.1.1 Capital Social Subscrito
3.1.1.1 Ações Ordinárias - Capital Nacional
3.1.1.2 Ações Ordinárias - Capital Estrangeiro
3.1.1.3 Ações Preferenciais - Capital Nacional
3.1.1.4 Ações Preferenciais - Capital Estrangeiro
72
Nas sociedades limitadas as "Ações" são substituídas por "Quotas"
a.2) Capital Social a Integralizar Conta redutora do capital subscrito, que produzirá, como saldo, o capital integralizado.
b) RESERVAS DE CAPITAL 3.2 Reservas de Capital
3.2.1 Correção Monetária do Capital integralizado
3.2.2 Ágio na Emissão de Ações
3.2.9 (-) Ações/Quotas em Tesouraria
b. 1) Correção Monetária do Capital Integralizado 3.2.1 Correção Monetária do Capital integralizado
3.2.1.1 Ações Ordinárias - Capital Nacional
3.2.1.2 Ações Ordinárias - Capital Estrangeiro
3.2.1.3 Ações Preferenciais - Capital Nacional
3.2.1.4 Ações Preferenciais - Capital Estrangeiro
b.2) Ágio na Emissão de Ações 3.2.2 Ágio na Emissão de Ações
3.2.2.1 Ágio na Emissão de Ações
c) Ajustes de Avaliação Patrimonial 3.3 Ajustes de Avaliação Patrimonial
3.3.1 Ajustes de Avaliação Patrimonial de Ativos
3.3.2 Ajustes de Avaliação Patrimonial de Passivos
c.1) Ajustes de Avaliação Patrimonial 3.3.1 Ajustes de Avaliação Patrimonial de Ativos
3.3.1.1 Imóveis
3.3.1.9 Máquinas
c.2) Ajustes de Avaliação Patrimonial 3.3.2 Ajustes de Avaliação Patrimonial de Passivos
d) Reservas de Lucros 3.4 Reservas de Lucros
3.4.1 Reserva Legal
3.4.2 Reservas Estatutárias
3.4.3 Reserva para Contingências
3.4.4 Reserva para Incentivos Fiscais* 3.4.5 Reservas de Lucros a Realizar
3.4.6 Reservas Especiais* 3.4.9 (-) Ações/Quotas em Tesouraria
d.1) Reserva Legal 3.4.1 Reserva Legal
3.4.1.1 Reserva Legal
d.2) Reservas Estatutárias 3.4.2 Reservas Estatutárias
3.4.2.1 Artigo "X" do Estatuto
3.4.2.2 Artigo "Y" do Estatuto
d.3) Reservas para Contingências 3.4.3 Reservas para Contingências
3.4.3.1 Relativas ao Lucro do Ano "X"
3.4.3.2 Relativas ao Lucro do Ano "Y"
d.4) Reserva de Incentivos Fiscais
3.4.4 Reserva de Incentivos Fiscais 3.4.4.1 Doações ou Subvenções
d.5) Reservas de Lucros a Realizar 3.4.5 Reservas de lucros a Realizar
3.4.5.1 Originadas da Equivalência Patrimonial
3.4.5.3 Originadas de Lucros a Longo Prazo
d.6) Reservas Especiais
3.4.6 Reservas Especiais
3.4.6.1 LUCRO A DESTINAR*
73
e) Ações/Quotas em Tesouraria 3.5 (-) Ações/Quotas em Tesouraria
3.5.1 (-) Por Resgate
3.5.2 (-) Por Amortização
3.5.3 (-) Por Reembolso
3.5.4 (-) Por Negociação
f) LUCRO DO EXERCÍCIO ou Prejuízos Acumulados
3.9 Lucro do Exercício ou Prejuízos Acumulados
3.9.1 LUCRO DO EXERCÍCIO
3.9.2 (-) Prejuízos Acumulados 3.9.2.1 (-) De Exercícios Anteriores
3.9.2.2 (-) Do Exercício em Curso
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