anteprojeto de uma moradia estudantil na cidade …
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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
THATIANE MOREIRA DE MOURA
ANTEPROJETO DE UMA MORADIA ESTUDANTIL NA CIDADE DE SANTANA DO IPANEMA– ALAGOAS.
MACEIÓ-AL 2018/2
THATIANE MOREIRA DE MOURA
ANTEPROJETO DE UMA MORADIA ESTUDANTIL NA CIDADE DE SANTANA DO IPANEMA– ALAGOAS.
Proposta de anteprojeto apresentado como requisito parcial, para conclusão do curso de graduação em Arquitetura e urbanismo do Centro Universitário CESMAC, sob a orientação do professor Alexandre Sacramento e coorientação do professor Francisco André Gomes.
MACEIÓ-AL
2018/2
THATIANE MOREIRA DE MOURA
ANTEPROJETO DE UMA MORADIA ESTUDANTIL NA CIDADE DE SANTANA DO IPANEMA– ALAGOAS.
Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial, para conclusão do curso de graduação em Arquitetura e urbanismo do Centro Universitário CESMAC, sob a orientação do professor Alexandre Sacramento e coorientação do professor Francisco André Gomes.
APROVADO EM: __/__/____
_______________________________
ALEXANDRE SACRAMENTO
_______________________________
FRANCISCO ANDRE GOMES
_______________________________
TAYNAH FEIJÓ
REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC
SETOR DE TRATAMENTO TÉCNICO
Moura, Thatiane Moreira de
Anteprojeto de uma moradia estudantil na cidade de Santana do Ipanema, Alagoas
/ Thatiane Moreira de Moura. – Maceió: 2018.
73f.: il. TCC (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) – Centro Universitário CESMAC, Maceió – AL, 2018.
Orientador: Alexandre Sacramento. Co-orientação: Francisco André Gomes.
1. Moradia estudantil. 2. Estudante. 3. Universitários. 4. Habitação. 5. Cidade. I. Sacramento, Alexandre. II. Gomes, Francisco André
CDU: 72:643-057.87
Ana Paula de Lima Fragoso Farias CRB/4 2195
M929a
Dedico este trabalho a Deus, por ser autor
do meu destino e meu guia; e a minha mãe
por ser toda minha força aqui na terra.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por ter guiado minhas escolhas, me dado
forças nos meus momentos de desespero, dúvidas e abatimento; e por ter me dado
sabedoria para enfrentar os desafios encontrados em todo o período de graduação.
Agradeço a minha mãe Alexandra e minhas irmãs Thays e Darah, pelo
incentivo e esforços feitos em toda essa trajetória, pela compreensão da troca de
humor nas vésperas das entregas e pelas ausências em alguns momentos familiares.
Muito obrigada ao meu namorado Diego, por ter contribuído e acompanhado
todo meu crescimento, e pelo companheirismo, os quais foram imprescindíveis
durante estes anos.
Obrigada D. Zelma, por toda força, conversas e ensinamentos que vem me
proporcionando durante esses anos; sem perceber me mostrou que o caminho pode
ter mais portas abertas, do que a dificuldade que sempre coloco ou demostro.
Tamanha gratidão e palavras, não seriam suficientes para agradecer por tudo que fez
e faz por mim.
Aos meus colegas de curso, que direta ou indiretamente me ajudaram e
mostraram o quão além eu posso ir. Em especial uma pessoa que Deus colocou no
momento certo para estar ao meu lado, e que teve um papel importante na minha vida
no final da graduação, agradeço de coração a minha amiga Lais.
Gratidão pelos conhecimentos adquiridos através de todos os meus
professores.
Ao meu orientador Alexandre Sacramento, por toda ajuda e compreensão, por
sempre mostrar o caminho a seguir de uma forma simples, pela paciência nos meus
momentos desesperadores, muito obrigada por aceitar participar desse meu
crescimento.
Ao meu coorientador Francisco André, por toda ajuda decisiva para a conclusão
do meu trabalho, pela disponibilidade em ajudar, e por participar dessa evolução
positiva neste trabalho.
A todos, que de alguma forma participaram e contribuíram para a conclusão
dessa etapa na minha vida, muito obrigada!
RESUMO
O presente estudo visou a necessidade de uma Moradia Estudantil para os
estudantes que moravam distantes do instituto de ensino. Ao observar que na cidade
de Santana do Ipanema –AL, houveram instalações de ensino superior e tecnológico,
a cidade teve um aumento gradativo nas ofertas de vagas para o ensino superior e
tecnológico da cidade. Estes equipamentos públicos, fizeram da cidade, um polo de
atração de estudantes de vários lugares da região do sertão e de alguns estados. A
fase inicial dessa instalação dos equipamentos, ocasionou uma certa desestrutura na
cidade, porque não havia lugares em quantidades adequadas de habitações para
suportar essa porção de pessoas. Não possuindo estrutura para dar conta do avanço
rápido que foi dado na educação, gerou superlotação em pequenas pousadas
existentes na cidade. Portanto, a Moradia estudantil poderá cumprir um papel
importante na cidade, e na vida de muitos acadêmicos que precisam se instalar em
uma residência para concluir toda a graduação.
PALAVRA CHAVE: Moradia Estudantil. Estudante. Universitários. Habitação. Cidade.
ABSTRACT
The present study focused on the need for a Student Housing for students who
lived far from the school. Noting that in the city of Santana do Ipanema -AL, there were
facilities for higher education and technology, the city had a gradual increase in
vacancies for higher education and technological of the city. These public facilities,
made of the city, a pole of attraction of students of several places of the region of the
sertão and of some states. The initial phase of this installation of the equipment,
caused a certain disruption in the city, because there were places in adequate amounts
of dwellings to support this portion of people. Not having the structure to account for
the rapid advance that was given in education, it generated overcrowding in small inns
in the city. Therefore, Student Housing can play an important role in the city, and in the
lives of many academics who need to settle in a residence to complete the entire
graduation.
KEYWORD: Student Housing. Student. College students. Housing. City.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...……………………………………………................................8
1.1 Moradia Estudantil no Brasil......................................................................10
1.2 Definições de Moradias Estudantis..........................................................13
2 PROGRAMA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL- PNAES….......17
2.1 Decreto Nº 7.234, de 19 de JULHO de 2010...............................................18
3 ANALISE DOS CORRELATOS …....…………................................................19
3.1 Moradia Estudantil da UNIFESP – São José dos Campos.......................20
3.2 Moradia Estudantil e Conselho Boeselburg/Kresings GmbH..................26
3.3 Moradia Estudantil da UNIFESP- Projeto Paulista de Arquitetura ..........32
3.4 Conclusão.....................................................................................................36
4 COLETA DE DADOS........................................................................................37
4.1 Universidade Federal de Alagoas (UFAL)..................................................37
4.2 Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL).............................................38
4.3 Instituto Tecnológico de Alagoas (IFAL)....................................................40
4.4 Conclusão......................................................................................................42
5 ANTEPROJETO DE UMA MORADIA ESTUDANTIL.......................................43
5.1 Metodologia de Projeto................................................................................43
5.1.1 Legislação................................................................................................... 43
5.1. 2 Terreno e o seu entorno............................................................................ 44
5.1.3 Conceito e partido arquitetônico .................................................................48
5.1.4 Condicionantes ambientais......................................................................... 49
5.1.5 Programa de Necessidades e Pré-Dimensionamento................................ 56
5.1.6 Organofluxograma...................................................................................... 61
5.1.7 Descrição da Proposta arquitetônica.......................................................... 61
6 CONCLUSÃO................................................................................................... 69
7 REFERÊNCIAS………………………………………………………......................70
8
1 INTRODUÇÃO
Desde 1994 as universidades estaduais e federais, e instituto tecnológico
federal começaram a se instalar no Município de Santana do Ipanema, Alagoas. A
partir da instalação desses equipamentos públicos, aumentaram a ofertas de vagas
para o estudo no ensino superior e para a escola tecnológica, que funcionaram como
polo de atração de estudantes de vários lugares da região do sertão e das cidades
próximas (UNEAL).
A fase inicial dessa instalação ocasionou uma certa desestrutura na
organização da cidade, porque não havia lugares em quantidades adequadas de
habitações para suportar essa porção de pessoas. A cidade não possuía estrutura
física suficiente para dar conta do avanço rápido que foi dado na educação através da
instalação de institutos de ensino federais e estaduais, gerando superlotação em
pequenas pousadas existentes nas cidades.
Ao longo do tempo a instalação desses equipamentos provocou um grande
fluxo de pessoas na cidade, com a demanda de vagas a serem preenchidas nas
universidades e no instituto tecnológico a cada ano. Muitos dos estudantes não são
da cidade e precisam de moradia temporária enquanto concluíam a graduação. Assim,
muitos estudantes precisam dividir quartos com pessoas que não conhecem para
manter o custo mais baixo, conviver com rotinas diárias e pessoas diferentes.
No que diz respeito a educação, a lei nº 9.394 de 1996, aponta a moradia como
um dos quesitos para a educação de qualidade. Conforme a constituição da república
federativa do Brasil (1988): Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.
O Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010, sugere assistência à moradia
estudantil, com recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES,
onde as ações são executadas e avaliadas pela própria instituições de ensino. De
certo modo, o programa ajuda algumas pessoas, só que o critério de avaliação é muito
específico, para que os mesmos tenham moradia digna no tempo de estudo
necessário.
9
Das instituições de ensino em Santana do Ipanema, apenas a UFAL adere a
moradia estudantil – PNAES. Segundo CAMPOS (2017), a UNEAL publicou no Diário
Oficial do Estado, que terá construção de uma moradia estudantil que abrigará apenas
12 estudantes, que ainda passará pelos critérios de seleção interna.
Através do programa PNAES, a cidade de Santana do Ipanema não atende a
quantidade de estudantes regulares das instituições federais e estaduais, porque além
dos critérios de avaliação, tem a situação financeira do estudante que influencia na
vaga, o programa não é capaz de suportar a demanda das universidades presentes
na Cidade de Santana do Ipanema, AL.
De acordo com a quantidade de cursos ofertados para essas instituições, a
necessidade de uma habitação, torna um ponto principal para a vida acadêmica dos
estudantes. A UFAL oferta 8 cursos de graduação com no mínimo 60 pessoas por
turma; já a IFAL a educação é básica, na possibilidade de estudantes menores de
idade; na UNEAL oferta 3 cursos de graduação. Ao todo, observa-se a carência de
Habitações na cidade para acolher a demanda de estudantes matriculados nessas
instituições.
Torna-se relevante aprofundar reflexões sobre ideias de moradias de forma
geral, ressaltando a expansão das universidades federais e estaduais pelo Brasil, para
que se possa chegar a um histórico, através da literatura, de uma moradia satisfatória
para os estudantes da cidade de Santana do Ipanema, que irá passar determinado
tempo no ambiente. Logo, pela considerável necessidade de moradia para os que
vem de outras localidades em busca de ensino superior, a criação de uma Habitação
estudantil minimizaria os problemas e traria um diferencial para a cidade.
De acordo com a necessidade de uma proposta de anteprojeto, o método de
procedimentos adotado para o desenvolvimento do trabalho consiste em uma
estrutura para obter conhecimentos para uma futura moradia, através de pesquisas
bibliográficas das moradias no brasil e suas diversas definições; correlatos para
entender as necessidades de um ambiente agradável voltado para os estudantes,
serão feitas as pesquisas nos órgãos públicos e nas instituições, para obtenção de
dados e programas do governo que atenda os estudantes da cidade.
Em consequência dos dados obtidos, será dado início ao anteprojeto de uma
moradia estudantil na cidade de Santana do Ipanema, Alagoas.
10
1.1 MORADIAS ESTUDANTIS NO BRASIL
De acordo com Perrone e Regino (2009), o surgimento das primeiras
residências universitárias data o século XIX, entre os anos de 1850 e 1860. Estas
residências eram vinculadas à Universidade Federal de Minas Gerais, em Ouro Preto
(Figura 01). Originaram-se por meio de constantes reivindicações de estudantes que
exigiam alojamento universitário. Esses estudantes juntaram-se e passaram a morar
em sobrados e casarões. A partir destas casas de estudantes, deu-se início as
moradias estudantis.
As primeiras instituições culturais e cientificas do ensino superior do Brasil,
surgiram somente no final do século XIX, com a chegada da Família Imperial do País.
No entanto as universidades só adquiriram importância no cenário nacional a partir
das décadas 1920 e 1930, quando iniciaram também os primeiros debates sobre a
implantação de cidades universitárias e de moradia estudantil, dando início em 1929
a Casa do Estudante do Brasil, no Rio de Janeiro (Figura 02), batizada como União
Nacional dos Estudantes (UNE), onde os jovens se reuniam para debater quanto ao
ensino superior no Brasil. O debate se intensifica na década de 1950, estimulando os
jovens a buscar o ensino superior, constituindo uma expressão política que ganhou
visibilidade social, trabalhando também por moradia estudantil (HOBSBAWN,1995).
Figura 01: República Castelo dos Nobres, Ouro Preto. Fonte: www.castelodosnobres1919.com
11
Figura 02: Casa do Estudante do Brasil, Rio de Janeiro. Fonte: Google.
No Brasil a Universidade Federal em Ouro Preto – UFOP (Figura 03), é uma
das mais antigas universidades, a sua criação aconteceu em 21 de agosto de 1969,
pela necessidade de fixação dos alunos e professores no interior mineiro.
Atualmente, a universidade encontra- se com três moradias
Figura 03: Universidade Federal de Ouro Preto - UFPO
Fonte: http://www.caint.ufop.br/read/692-ufop-esta-entre-as-50-melhores-universidades-da-america-latina
No governo do presidente Getúlio Vargas é institucionalizada a assistência
estudantil, consequentemente a determinação das residências universitárias (Figura
04), que começaram a se espalhar pelo país (CARVALHO, 1978).
Na época, foram criadas as chamadas “cidades universitárias”, com
alojamentos próprios para a fixação de docentes e discentes que ingressavam nas
12
recém-nascidas universidades brasileiras. As residências universitárias tiveram uma
participação ativa no processo de resistência do movimento estudantil no período da
ditadura. Eram locais de reuniões, articulações e políticas estudantis contra o
comando militar que se instalou no Brasil com a derrubada do presidente João Goulart
(CARVALHO, 1978).
Figura 04: CRUSP - Universidade de São Paulo,1963. Fonte: http://falauniversidades.com.br/crusp-uma-historia-de-ocupacoes-2/
A partir da década de 1960, as moradias passaram a receber com mais
frequência uma parcela significativa de universitários saídos das cidades do interior,
a maioria de baixa renda e especificamente naquele período, dispostos ao confronto.
Muitos políticos que militaram os partidos de esquerda frequentaram residências
estudantis ou moraram nelas.
A política no Brasil nos anos 60, foi marcada como Tropicalismo, movimentos
de jovens preocupados em questionar os problemas culturais do Brasil, buscando a
prática e alternativas para contestar o discurso teórico da política. Foi nessa época
que a ditadura militar foi instaurada, especificamente no ano de 1964. Década
marcada pela repressão, censura e violência. Nas universidades, os estudantes se
concentravam para combater a ditadura.
Foram nesses confrontos, que o Conjunto Residencial da Universidade de São
Paulo - CRUSP, (FIGURA 4) houveram algumas residências invadidas, destruídas e
os seus integrantes presos. (FOSSALUSSA, 2015).
13
Conforme a Secretária de Casas de Estudantes – SENCE:
Durante a década de 60, foram destruídas quase todas as casas de
estudantes que pertenciam ao movimento da Juventude Universidade
Católica – JUC 14, por causa do envolvimento político com os problemas que
a sociedade brasileira enfrentava.
Com o desenvolvimento do país e a reforma universitária, houve um aumento
crescente de alunos durante a década de 1970 e, desta forma, o governo percebeu a
necessidade da construção de novas habitações estudantis, porém, a proposta de
construção só poderia ser executada se as casas de estudantes não discordassem
das ideologias do Ministério da Educação.
Essa discordância era consequência do regime militar brasileiro na década
1969, onde foi feito um decreto de lei nº 477, 26 de fevereiro, de 1969, em que previa
a punição de professores, alunos e funcionários de universidades considerados
culpados de subversão ao regime (NORMA FEDERAL).
Possuem hoje, várias casas de estudantes espalhadas pelo Brasil, montadas
por instituições governamentais ou privadas. A seleção para essas moradias varia, a
depender dos critérios estabelecidos por cada responsável.
O Ministério da Educação estabelece, que em consideração o perfil
socioeconômico do aluno, o mesmo precisa estar matriculado, além dos critérios
estabelecidos de acordo com a realidade de cada instituição.
Atualmente, existem várias Casas de Estudantes espalhadas por todo território
nacional.
1.2 DEFINIÇÕES DE MORADIAS ESTUDANTIS
De acordo com a Secretaria Nacional de Casas de Estudantes- SENCE1:
Casa de Estudante é todo o espaço destinado à moradia de estudantes,
podendo receber as seguintes denominações: alojamento estudantil,
residência estudantil, casa de estudante (universitária, secundária, pós-
graduação, autônoma, estadual, municipal), repúblicas e outras,
independente da renda dos(as) moradores(as).
1 Secretária Nacional de casas de Estudantes – SENCE: Movimento social autônomo, independente e apartidário, que se organiza sem direções centralizadas, através do colegiado.
14
Encontra-se uma variação de moradias que oferecem diversos tipos de
acomodações, desde suítes, a dormitório com banheiros compartilhados.
No que diz respeito à alimentação, em alguns alojamentos a cozinha coletiva
era fora das unidades habitacionais; alguns estudantes começaram a criar hábitos de
fazerem suas refeições fora do local do alojamento. Nos dias atuais já se observam
as unidades habitacionais sendo projetadas com cozinha, área para estudo e com
área de lazer individual.
Existem três tipos básicos de Moradia Estudantil: Residência Estudantil, Casa
Autônoma de Estudantes e República Estudantil (SENCE, 1987).
1. Residência Estudantil: É a moradia de propriedade das Instituições de
Ensino Superior e/ou das Instituições de Ensino Público;
2. Casas Autônomas de Estudantes: É a moradia estudantil administrada
de forma autônoma, segundo estatutos de associação civil com personalidade jurídica
própria, sem vínculo com a administração de Instituição de Ensino Superior ou
Secundarista;
3. República Estudantil: É o imóvel locado coletivamente para fins de
moradia estudantil.
A Casa do Estudante Universitário é uma habitação temporária para estudantes
que migram de cidades, estados e até de países, diferentes do lugar onde estudam.
Devem oferecer acomodações adequadas, espaços de estudo e convívio social e um
local que propicie um bom relacionamento entre seus moradores e com a vizinhança,
estimulando o trabalho em equipe, o senso coletivo e promovendo atividades culturais
(NAWATE, 2014).
O modelo deste trabalho, se enquadra nas casas autônomas2 de estudantes,
onde será proposto uma construção para a necessidade dos estudantes da cidade de
Santana do Ipanema, Alagoas. Sendo uma habitação temporária, oferecendo as
acomodações necessárias para aqueles estudantes que passam determinado tempo
na residência.
2 Casas Autônomas de Estudantes: É a moradia estudantil administrada de forma autônoma, segundo estatutos de associação civil com personalidade jurídica própria, sem vínculo com a administração de Instituição de Ensino Superior ou Ensino público.
15
As unidades habitacionais de uma forma geral, podem ser distribuídas de a
seguinte forma:
1. Tipologia com escadaria: Edifícios divididos em blocos, cada qual com
um número limitado de dormitórios por pavimento atendidos por uma única escada
(LITTLEFIELD, 1999).
2.
Figura 05: Planta do Pavimento Térreo/ Planta do Pavimento tipo.
Balliol College, no Reino Unido. Fonte: LITTLEFIELD, 1999.
3. Tipologia com corredor: Composta basicamente com dormitórios
distribuídos ao longo de um corredor. Facilitando o acesso de pessoas com
deficiência, visitantes, funcionários responsáveis pela limpeza e os próprios
estudantes (LITTLEFIELD, 1999).
Figura 06: Foto interna do The Maersk McKinney Moller Centre, Churchill College, no Reino Unido. Fonte: HENNING LARSEN ARCHITECTS, 1992.
16
4. Edifício de apartamentos: Composto por cômodos agrupados em
apartamentos independentes, com unidades habitacionais distintas e demais
equipamentos compartilhados (LITTLEFIELD, 1999).
Figura 07 :Planta do Pavimento Tipo. Alliance Student Housing em Newington Green, Londres. Fonte: HAWORTH TOMPKINS ARCHITECTS, 2004.
5. Casas ou apartamentos individuais: Convencionais utilizados para
acomodação. Geralmente há procura maior por estudantes mais velhos
(LITTLEFIELD, 1999).
Figura 08: À esquerda: planta do pavimento térreo. À direita: planta do pavimento tipo. Constable Terrace, University of East Anglia, Norwich, Reino Unido. Fonte: LITTLEFIELD, 1999.
De acordo com David Littlefield (1999), os esquemas de acesso ao corredor
tendem a ter uma proporção maior de área de circulação do que esquemas de escada.
17
Além disso, é difícil trazer luz natural e ventilação para os corredores, e seus design
requer manuseio cuidadoso para evitar a monotonia.
2 PROGRAMA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL – PNAES
O programa apoia a permanência de estudantes de baixa renda matriculados
em cursos de graduação presencial das instituições federais de ensino superior
(IFES). O objetivo do programa é viabilizar a igualdade de oportunidades entre todos
os estudantes, e assim contribuir para melhoria do desempenho acadêmico, a partir
de medidas que buscam combater situações de repetência e evasão (MEC, 2010).
Criado pelo Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010, o PNAES tem como
premissa, oferecer diferentes auxílios aos estudantes com renda per capita familiar de
um salário mínimo e meio.
Segundo o Portal do MEC, o PNAES oferece assistência a moradia estudantil,
alimentação, transporte, saúde, inclusão digital, cultura, esporte, creche e apoio
pedagógico. As ações são executadas pela própria instituição de ensino, que deve
acompanhar e avaliar o desenvolvimento do programa.
Os critérios de seleção dos estudantes levam em conta o perfil socioeconômico
dos alunos, além de critérios estabelecidos de acordo com a realidade de cada
instituição.
Nos anos 2000, a luta pela rubrica específica da assistência estudantil cresce
com a criação do PNAES – Plano Nacional de Assistência Estudantil que garantiu
3 (três) anos (2008-2010) de verbas para as instituições federais de ensino superior
(SENCE).
Na cidade de Santana do Ipanema, as instituições de ensino que aderiram ao
programa PNAES foram: A UFAL e UNEAL; como os critérios de seleção ficam por
conta de cada instituição, a decisão de escolha, acaba sendo avaliado de forma
interna, não ofertando todos os critérios estabelecidos pelo MEC. Como no caso da
instituição UNEAL, que apenas dá suporte de uma ou duas noites para determinados
alunos, que realmente precisem se instalar no local. A mesma não oferece assistência
de permanência para os alunos durante a sua graduação.
18
2.1 DECRETO Nº 7.234, de 19 de JULHO de 2010
No uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, da constituição, serão
estabelecidos abaixo itens selecionados que foram decretados de acordo com a lei.
“Art. 1o O Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES, executado
no âmbito do Ministério da Educação, tem como finalidade ampliar as condições de
permanência dos jovens na educação superior pública federal.”
“Art. 2o São objetivos do PNAES: Democratizar as condições de permanência
dos jovens na educação superior pública federal; minimizar os efeitos das
desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão da educação
superior; reduzir as taxas de retenção e evasão; e contribuir para a promoção da
inclusão social pela educação.”
“Art. 3o O PNAES deverá ser implementado de forma articulada com as
atividades de ensino, pesquisa e extensão, visando o atendimento de estudantes
regularmente matriculados em cursos de graduação presencial das instituições
federais de ensino superior.”
“§ 1o As ações de assistência estudantil do PNAES deverão ser desenvolvidas
nas seguintes áreas: I - Moradia estudantil; II - Alimentação; III - Transporte;
IV - Atenção à saúde; V - Inclusão digital; VI - Cultura; VII - Esporte; VIII - Creche;
IX - Apoio pedagógico; e X - Acesso, participação e aprendizagem de estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e
superdotação.”
“§ 2o Caberá à instituição federal de ensino superior definir os critérios e a
metodologia de seleção dos alunos de graduação a serem beneficiados.”
“Art. 5o Serão atendidos no âmbito do PNAES prioritariamente estudantes
oriundos da rede pública de educação básica ou com renda familiar per capita de até
um salário mínimo e meio, sem prejuízo de demais requisitos fixados pelas instituições
federais de ensino superior.”
19
“Art. 9o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. (Brasília, 19 de
julho de 2010; 189o da Independência e 122o da República).”
Através desse Decreto que muitos estudantes conseguem se manter em
Universidades Estatuais e Federais longes de sua cidade natal e de sua família.
Mesmo tendo todos os seus critérios e uma quantidade pequena de vaga, por isso
existir a seleção, já torna de grande ajuda para alguns alunos que necessitem buscar
o Plano de Assistência Estudantil existente na universidade em que foi aprovado sua
graduação.
3 ANÁLISE DOS CORRELATOS
Neste capitulo são apresentadas as análises de três diferentes habitações
universitárias, buscando um referencial para aprimorar a concepção, que será
projetada na próxima etapa.
O método usado para sistematizar e organizar o passo a passo do projeto será
o de Baker por facilitar a investigação que está dividida em sete categorias. Através
dos correlatos de habitações estudantis, e conhecendo habitação em geral, será
desenvolvido uma proposta de Habitação estudantil no Sertão de Alagoas; na cidade
de Santana do Ipanema.
Objetivo dessa leitura projetual, foi proporcionar a identificação de métodos que
possam ser construtivos para desenvolver um anteprojeto de uma Habitação
estudantil no sertão de Alagoas.
Os projetos analisados serão: O 1º Lugar do Concurso Nacional para Moradia
Estudantil da Unifesp, Moradia Estudantil e Conselho Boeselburg/ Kresings GmbH e
O 2º lugar do Concurso Nacional para Moradia Estudantil da Unifesp de São José dos
Campos /Projeto Paulista de Arquitetura.
Quanto aos projetos escolhidos ser de um concurso nacional, os mesmos foram
promovidos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o
Departamento de São Paulo do IAB e com o CAU/SP, buscando as melhores
propostas de habitação universitária para o campus da Unifesp nas cidades de
Osasco e São José dos Campos. Para a organização do Concurso:
20
Projetar a moradia de uma universidade pública em crescimento ultrapassa o
desafio de projetar um espaço residencial. A moradia é um lugar que constrói
identidades, novas redes de sociabilidade e pode ser entendida como um
espaço de fortalecimento da autonomia estudantil.” Assim, além de abrigo, a
moradia universitária é uma catalisadora de intercâmbio de experiências e
conhecimento. (ARCHDAILY, 2015).
Desta forma analisaremos cada projeto de uma forma geral, e após a análise,
será apresentado em forma de tabela as sete categorias do método de Baker,
podendo em alguns projetos não possuir as sete categorias listada no método, para
assim podermos concluir mais uma etapa deste trabalho.
3.1 MORADIA ESTUDANTIL DA UNIFESP - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.
O projeto moradia estudantil (Figura 09), desenvolvido pelo escritório de
arquitetos Associados, foi selecionado como primeiro colocado no concurso
nacional para moradia estudantil da UNIFESP em São José dos Campos – SP
realizado em 2015.
Define o projeto, a partir da compreensão do edifício como um elemento
estruturador da paisagem, editando a topografia original para abrigar os espaços
coletivos e a ela sobrepondo duas barras, que se orientam a partir dos limites do
terreno e se dispõem conforme a suave variação topográfica (Figura 10).
Figura 09: Moradia estudantil da UNIFESP – São José dos Campos. Fonte: Archidaily, 2015.
21
Figura 10: Implantação e articulação territorial. Fonte: Archidaily, 2015.
O partido adotado pelo escritório de arquitetos, pressupõe uma intervenção a
um só tempo arquitetônico e paisagística, procurando constituir um recinto
qualificado que seja delimitado pelos dois pavilhões de habitação. Dessa forma, o
projeto inicia um sistema ambiental baseado em um modulo estrutural quadrado
de 4,80 por 4,80 metros, sendo o núcleo de moradia e a circulação coletiva
inseridos em um conjunto de quatro módulos 9,60 por 9,60 metros (Figura 11),
possuindo 72 unidades habitacionais, de aproximadamente 65m².
Figura 11: Diagrama dos módulos estrutural quadrado. Fonte: Archidaily, 2015.
As unidades são formadas por cinco tipos diferentes de apartamentos. Sendo
eles: Apartamentos individuais, apartamentos duplos, apartamentos acessíveis
individuais e duplos, apartamento para família e apartamento para obeso (Figura 12).
22
Figura 12: Plantas Baixas das unidades. Fonte: Archidaily, 2015.
Possuem em ambos os lados janelas altas que ajudam a melhorar a ventilação
natural, respeitando a privacidade dos moradores, já que uma das faces do
apartamento faz divisão com os corredores de circulação geral. O dimensionamento
das unidades e a abertura de todos os quartos aproximadamente para leste (Figura
13), gerando a possibilidade de ventilação cruzada em todos os apartamentos e
assegurando a privacidade em relação às circulações de acesso, constitui um núcleo
duro, sob o ponto de vista conceitual, dessa isonomia.
Figura 13: Implantação e Volumetria apresentando o direcionamento das aberturas e paisagens nas unidades (em vermelho), a esquerda, o direcionamento da abertura e paisagem nos espaços coletivos (em verde), a direita, da moradia. Fonte: Archidaily, 2015.
23
Áreas de serviço e áreas para preparo e alimentação abrem-se generosamente
para a face oeste, com vedações translúcidas que equilibram a farta iluminação e
ventilação com a necessária privacidade dos espaços internos. A qualidade ambiental
desses recintos voltados para a face oeste é assegurada pelo intervalo da circulação
e pelo brise vertical (Figura 14), que caracteriza os extensos pavilhões, atuando em
conjunto com a circulação como um buffer que reduz a insolação e a transmissão de
calor para o espaço interno da moradia.
A rede modular que se sobrepõe à topografia suave e permite implantar os
apartamentos familiares ao nível do chão, aproveita as áreas livres e ajardinadas
como extensão aberta das unidades (Figura 14). De um lado, a ordenação das malhas
de cada um dos pavilhões é definida pela articulação territorial, assegurando, a
abertura aproximada ao quadrante leste de todos os espaços privativos. De outro lado,
as áreas comuns redesenham o chão, estabelecendo uma diluição dos limites entre
edifício e paisagem. Ambas as estratégias - do desenho do chão e do desenho da
construção - objetivam ampliar a abertura visual para a paisagem circundante, tanto
nas unidades habitacionais quanto nos espaços coletivos, estimulando a integração e
a continuidade espacial entre espaços internos, jardins e a paisagem.
Figura 14: Áreas livres e ajardinada mostrando a extensão aberta das unidades e brises verticais. Fonte: Archidaily, 2015.
Um acesso principal na cota elevada se desenvolve a partir de uma rampa
suave que mergulha e acede à área de acolhimento e convívio, de onde partem os
acessos às duas barras. De outro lado, na cota baixa, junto à área de convivência
onde se propõe implantar a quadra esportiva (Figura 15), um acesso alternativo
24
favorece a integração futura com a fase de expansão, e estimula o uso da área de
convivência como extensão natural da moradia.
Figura 15: Planta Baixa mostrando a quadra esportiva. Fonte: Archidaily, 2015.
Os núcleos de moradia se organizam a partir de nós de circulação vertical que
abrigam também os espaços de uso coletivo intermediário a cada pavimento (Figura
16). Esses nós de circulação vertical se interligamos em diferentes cotas, por sob as
lajes ajardinadas que abrigam os espaços de convívio, e ao ar livre, propiciando o
usufruto daqueles espaços abertos.
Figura 16: Nós de circulação vertical através das rampas de acesso. Fonte: Archidaily, 2015.
Uma rica justaposição de percursos de sol e sombra, sob e sobre as lajes
ajardinadas e com espelhos d’água (Figura 17), com desníveis aos modos de bancos,
estimulam a apropriação das áreas livres como extensão dos espaços de convivência.
Em todos os casos, a acessibilidade se faz presente.
25
Figura 17: Vista com Espelho d’água. Fonte: Archidaily, 2015.
A construção da Moradia Estudantil foi inteiramente pensada a partir da
racionalização construtiva e da industrialização, objetivando a redução de custo e
tempo de implantação, a redução do esforço do trabalhador no canteiro de obras e na
operação do edifício ao longo de toda a sua vida útil. Adotando os seguintes materiais,
técnicas e processos construtivos: O concreto armado moldado in loco nas
contenções e nas lajes protendidas; estrutura de o sistema modular em perfis
metálicos leves; lajes treliçadas pré-fabricadas com pintura de base epóxi; módulos
hidráulicos industrializados; vedações e caixilhos modulados; gesso acortonado nas
divisões internas e marcenaria integrada; escadas metálicas; brises industrializados
com fixação metálica.
De fato, o projeto se realiza a partir de dois sistemas construtivos distintos: um
sistema modular industrializado, de natureza tectônica, que organiza os espaços
típicos que apresentam ordem e repetição, e uma construção pesada, estereotípica,
em concreto armado, que redesenha o chão e reconstrói a paisagem, abrigando os
espaços atípicos.
Segundo a Instrução Normativa No 01, de 19 de janeiro de 2010, da Secretaria
de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão, as edificações de instituições públicas tem exigência legal de serem
sustentáveis. Desta forma, o projeto de moradia estudantil em São José dos Campos,
propõe elementos tecnológicos para a redução do consumo de energia, com adoção
de lâmpadas de baixo consumo e de maior vida útil e sensores de presença e de nível
de iluminação; o uso de energia solar para aquecimento de água, instalação de
sistema de captação, utilização de materiais recicláveis e biodegradáveis de máxima
industrialização de forma a minimizar o gasto com manutenção e de preferência
26
materiais e mão de obra local. Propondo também a geração de energia elétrica através
da captação de energia solar, por meios de painéis fotovoltaicos e a redução da
absorção térmica da envoltória, a partir do uso de atenuadores solares dispostos no
plano externo, como exemplo a cobertura verde presente sobre o edifício de uso
compartilhado.
Desta análise do projeto da Moradia Estudantil, observa-se que o terreno é
afastado do meio urbano, o que poderá ocorrer um gasto com transporte por conta
dos alunos. Mas, a falta de equipamentos próximos ao terreno, justifica a variedade
de equipamentos acadêmicos e de uso comum para os moradores.
3.2 MORADIA ESTUDANTIL E CONSELHO BOESELBURG/ KRESINGS GmbH
A Moradia estudantil (Figura 18), projetado pelo arquiteto Kresings GmbH,
localizado Boeselager Street 75, 48163 Münster, Alemanha.
Figura 18: Moradia Estudantil. Fonte: Archidaily, 2014.
A ideia inicial do arquiteto, era possibilitar o uso eficiente de todo espaço. Com
isso, o projeto foi definido pelos caminhos e praças, simetrias, bicicletários, bancos e
espaços verdes permitindo que a superfície seja utilizada da melhor forma possível
(Figura 19).
27
Figura 19: Planta de Locação. Fonte: Archidaily, 2014.
No entanto, a simetria e a utilização eficiente das superfícies também podem
ter um efeito frio e estático. É o efeito instantaneamente sensual e físico, uma
sensação de casa em termos de aconchego e segurança. O objetivo do arquiteto era
que as pessoas se sentissem compreendido e seguro.
A moradia estudantil possui um total de 535 residentes em um espaço de 18
mil m², cria um espaço urbano assimetricamente disposto, que transmite um
sentimento quase rural de segurança, ao invés de ter um efeito intimidador. Os
espaços dos apartamentos variam de 25 a 180 m² (Figura 20), dependendo se você
considerar cada dormitório um apartamento ou um apartamento coletivo com 5
dormitórios integrados (Figura 21).
Figura 20: Plantas Baixas das unidades. Fonte: Archidaily, 2014.
28
Figura 21: Plantas Baixas das unidades. Fonte: Archidaily, 2014.
A quadra permite a convivência mista de estudantes, famílias e idosos, com o
conceito de construção sem barreiras. O arquiteto Kresings GmbH afirma que:
“Dependendo do desenvolvimento do número de alunos, poderá haver um bloco para
não-estudantes, no futuro.” De qualquer forma, a infraestrutura projetada é capaz de
satisfazer esse tipo de exigência. Há um bar, um quiosque, uma creche para as
crianças, uma lavandaria, além de outras estruturas da comunidade (Figura 22).
Figura 22: Área comercial. Fonte: Archidaily, 2014.
A estratégia central é formada por quatro blocos de construção. Eles têm a
mesma forma básica sem copiar um ao outro; agindo como elementos únicos,
impressão particularmente apoiada pela maneira como eles estão posicionados. Os
blocos, em si, não formam nenhum retângulo regular, os lados têm diferentes
comprimentos e não há ângulos retos. Esta ligeira mudança cria uma dinâmica no
29
espaço. Os blocos são dispostos de forma assimétrica, dando a impressão de serem
peças de um quebra-cabeça espalhadas de forma aleatória. Passagens estreitas são
criadas naqueles pontos onde os blocos de construção quase tocam um ao outro,
enquanto que lugares triangulares surpreendentes emergem daqueles locais onde
estes blocos são posicionados mais afastados um do outro (Figura 23).
Figura 23: Afastamento entre os blocos. Fonte: Archidaily, 2014.
Os quatro blocos formam quatro pátios interiores fechados (Figura 24); e aqui,
também, parece bastante lógico para fazer uso da analogia com o bloco de construção
clássico. Os blocos são tranquilos e intimistas, mas criam o espaço comunitário
claramente definido e compartilhado. Os blocos estão formulados de
maneira sofisticada. Cada um deles é composto por quatro residências principais e
quatro posteriores, criando assim ângulos, cantos e áreas abertas, assim como belas
vistas diagonais para o pátio interior.
A lateral principal da edificação, que leva aos principais caminhos, também
varia em altura (Figura 25) e, portanto, cria recortes ópticos do interior (pátio) (Figura
26), e do espaço exterior (áreas públicas) (Figura 24). O caráter de comunidade e de
bloco é sublinhado pela altura máxima de quatro pavimentos. Tudo aparece
sobreposto, pequeno e detalhado, apesar de um comprimento de 75 metros de lateral.
30
Figura 24: Blocos fechados e áreas públicas. Fonte: Archidaily, 2014.
Figura 25: Fachada mostrando as variações das alturas. Fonte: Archidaily, 2014.
Figura 26: Pátio interno. Fonte: Archidaily, 2014.
Existem claramente os espaços públicos, as ruas e caminhos, praças
principais, criadas por meio dos blocos assimétricos irregularmente posicionados. Há
caminhos, varandas e escadas (Figura 27), que apesar de serem peças públicas,
servem também de acesso imediato às casas individuais e espaços de recreação dos
31
moradores sendo, portanto, um pouco mais privativos do que os caminhos principais.
Esta diferenciação entre áreas públicas e não-públicas é reforçada por muros e
cercas, bem como por escadas privadas que levam aos pisos superiores.
Figura 27: Varanda e Escadas. Fonte: Archidaily, 2014.
O jogo de contrastes, as estruturas se sobrepõem - interior e exterior, alto e
baixo - assim como suas funcionalidades. As cores são: Vermelho tomate, amarelo
sol, verde grama e azul. As janelas estão posicionadas irregulares e ao redor de cada,
possui uma moldura na cor branca (Figura 28), criando uma corrente positiva de
associações relaxada, liberal e aberta, que também é jovem e divertida.
Figura 28: Quadros de cor branca nas janelas. Fonte: Archidaily, 2014.
Nesse projeto os espaços reais foram criados para serem
funcionais, individuais, urbanos e não apenas um cenário temporário de dormitórios.
Este é o lugar onde as pessoas não só estudam e dormem, mas passam o dia inteiro
em conjunto com os moradores da mesma residência, do mesmo bloco ou do espaço
em geral.
32
3.3 MORADIA ESTUDANTIL DA UNIFESP SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – PROJETO
PAULISTA ARQUITETURA
O projeto Moradia estudantil (Figura 29), desenvolvido pelo escritório Projeto
Paulista Arquitetura, foi selecionado como segundo colocado no concurso nacional
para moradia estudantil da UNIFESP em São José dos Campos – SP.
O projeto busca criar oportunidades de convívio entre o ser humano e o meio
ambiente, promovendo oportunidades de contemplação, passeios, meditação e
encontro.
Figura 29: Moradia Estudantil da UNIFESP Fonte: Archidaily, 2015.
Considerando esse aspecto, optou-se por implantar os edifícios de moradia ao
longo de uma das laterais do terreno, disposição que enfatiza o suave aclive do relevo,
a fim de configurar uma grande área ajardinada (Figura 30), que estabelece
continuidade visual e física. Esta área ajardinada se estende sobre a cobertura do
edifício de vivência, transformada em praça mirante, permitindo visuais sobre todo o
campus universitário.
Optou-se por implantar o conjunto de moradias direcionando os visuais dos
edifícios às belas vistas panorâmicas do entorno e garantindo orientação norte e leste
para os dormitórios. Mas buscou-se principalmente a constituição de um conjunto
arquitetônico integrado, que se afirmasse na paisagem e traduzisse a ideia de moradia
coletiva. A criação de uma rota privilegiada de pedestres é feita ancorada pela
disposição linear do conjunto. Essa rota inicia-se no centro de vivência, espaço de uso
coletivo geral caracterizado por um pátio descoberto de onde se observa todas as
33
atividades presentes no edifício. Neste pátio, uma escada-arquibancada (Figura 31),
proposta para abrigar público para pequenas apresentações, interliga o centro de
vivência à praça ajardinada e aos térreos em pilotis das edificações residenciais. Os
pilotis abrigam os espaços de uso coletivo intermediários (terraços, estudos e estares
dos moradores) e interligam os três acessos verticais dos edifícios, constituindo uma
rua coberta de circulação e encontro no nível da praça. A circulação de acesso aos
dormitórios nos andares superiores passa a participar e animar a praça,
transformando o que seria uma simples conexão num passeio elevado.
Figura 30: Aclive do terreno. Fonte: Archidaily, 2015.
Figura 31: Pátio com escada- arquibancada. Fonte: Archidaily, 2015.
34
A rua que delimita de um dos lados o grande jardim configura uma rota
secundária de uso compartilhado entre veículos, pedestres e bicicletas, e articula os
três acessos que servem ao lote: a da rua projetada prevista na parte alta do terreno,
onde se prevê o estacionamento de visitantes pela ligação mais direta com a cidade;
do acesso ao centro esportivo do Campus, previsto; e da rua projetada na cota inferior
do terreno, por onde se acessa os demais edifícios da universidade (Figura 32).
Figura 32: Acessos / Ruas. Fonte: Archidaily, 2015.
Uma única tipologia resolve todas as habitações (Figura 33), havendo
alterações somente no arranjo dos quartos e no seu comprimento (mais curto no caso
da moradia de casais) para atender aos requisitos de área. Os espaços de uso coletivo
imediato (copa-estar e sanitários), foram tratados como espaços de franca relação
com a circulação coletiva através de grandes áreas envidraçadas. Os dormitórios
configuram uma zona privada, dispostas no fundo da unidade e com visuais mais
preservadas. As unidades para pessoas com necessidades especiais localizam-se ao
lado da circulação vertical no primeiro andar dos edifícios e possui mesmo arranjo das
demais unidades.
35
Figura 33: Tipologia dos apartamentos. Fonte: Archidaily, 2015.
A distribuição das moradias (quartos individuais, duplos ou quarta família) foi
organizada por faixas: O edifício sobre o centro de vivência abriga as moradias com
quartos individuais e pequena faixa com moradias de quartos duplos. O bloco
seguinte, que enfrenta as curvas de nível, abriga somente unidades de quartos duplos.
A lâmina disposta na cota mais alta do terreno, por estar mais resguardada, abriga os
apartamentos de estudantes casados.
Os dormitórios (Figura 34) são orientados para norte e leste e possuem
proteção solar através de venezianas móveis; na circulação coletiva brises fixos em
chapa expandida oferecem proteção às áreas com pequenos bancos de estar, e todos
os ambientes tem acesso à iluminação natural e ventilação cruzada.
Figura 34: Fachada com os dormitórios. Fonte: Archidaily, 2015.
36
As coberturas dos edifícios foram tratadas como teto-jardim. No centro de
vivência foi pensada como cobertura verde intensiva funcionando como acumulador
de água destinada à reuso na irrigação das áreas verdes. Na cobertura do edifício
laminar utilizou-se cobertura verde extensiva, visando a proteção térmica do edifício.
Exceto nas áreas molhadas e na divisão das unidades, onde a alvenaria facilita
a estanqueidade acústica e passagem das instalações, as demais divisórias serão de
gesso acartonado.
O emprego de estrutura convencional de concreto armado, com vãos de 7.70m
x 7,00m, e balanços de 2m, além de baratear a construção pelo emprego de vãos
econômicos, define lajes que podem ser facilmente readaptadas para outros usos
conforme a necessidade pela disposição da estrutura na periferia das unidades. A
pequena altura das peças estruturais permite entrepisos menores, gerando alta
economia no volume de materiais.
Figura 35: Corte. Fonte: Archidaily, 2015.
3.4 CONCLUSÃO DOS CORRELATOS
As análises apresentadas acima, foram escolhidas para que tivessem
referências quanto a elaboração do Anteprojeto arquitetônico, de modo que
contribuíssem para a Moradia Estudantil no Sertão de Alagoas.
Dos três correlatos citados, foram absorvidos pontos característicos de cada
projeto arquitetônico.
Da Moradia Estudantil de São José dos Campos, foram tiradas como
referências: Os módulos serem formados por cinco tipos diferentes de apartamentos;
37
os mesmos não ultrapassam de 65m²; o uso da ventilação natural através das janelas;
uso da ventilação cruzada e acessibilidade fazendo-se presente.
Da Moradia Estudantil e Conselho Boeselburg, foram tiradas como referências:
uso de todo espaço sendo aproveitados com praça, espaços verdes e bancos;
simetria; formado por blocos com a mesma forma sem copiar um do outro; presença
de pátio; vistas para o pátio e caminhos e praças por meio dos blocos.
Da Moradia Estudantil de São José dos Campos- Projeto Paulista, foram tiradas
como referências: área ajardinada; pátio descoberto; ampla área de vivência; espaços
coletivos; estacionamento para os visitantes; iluminação natural e ventilação cruzada.
Através dos pontos listados, os mesmos foram essenciais para dar início ao
anteprojeto, que de alguma forma serão utilizados na moradia estudantil de Santana
do Ipanema, Alagoas.
4 COLETA DE DADOS
Através das pesquisas feitas in loco nas três instituições, como UFAL, UNEAL
e IFAL, foram analisados os quantitativos das cidades e estados em que os alunos
matriculados habitam. Dessa forma, será feito o estudo da quantidade dos alunos que
teriam a necessidade de morar na cidade de Santana do Ipanema, sendo considerado
a localização que ultrapasse a rota3 de 2h (duas horas). Serão apresentados através
de gráficos, a quantidade de alunos matriculados nas instituições de ensino, e suas
respectivas cidades natal.
4.1 INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS – IFAL
Em visita a instituição, o chefe de departamento acadêmico, Sebastião da Silva
Junior, disponibilizou o quantitativo geral de alunos matriculados na instituição e suas
respectivas localidades em que residem.
Segundo o Sr. Sebastião, a instituição tecnológica atende à demanda da
maioria dos municípios circunvizinhos, por se tratar de uma escola de ensino
tecnológico, onde a maioria dos alunos entram na instituição através do ENEM,
3 Fonte do tempo: Rota Mapas.
38
PRONATEC, entre outros; com o objetivo de finalizar o ensino médio junto com o
técnico profissionalizante. O IFAL, possui campus em municípios próximos de
Santana do Ipanema, como Major Isidoro e Palmeira dos Índios.
No campus de Santana do Ipanema, possuem 448 alunos matriculados, sendo
integrados (Alunos que estudam o ensino médio e técnico) e o Subsequentes (Alunos
que estudam somente o curso técnico).
Abaixo segue o gráfico para análise dos estudantes matriculados:
Fonte: IFAL
Em análise ao gráfico, das cidades citadas a cima, a necessidade que teria de
uma estadia em Santana do Ipanema, seria a cidade de Maceió com 2 (dois) alunos
matriculados.
Os demais municípios encontram-se próximos da instituição, levando menos
de 2 horas de transporte local para chegar até a instituição.
4.2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL
39
O Campus Sertão – Santana do Ipanema, possui aproximadamente 63,2% dos
alunos que não residem nesta cidade, dando um total de 295 estudantes. A
universidade abrange alunos provenientes de mais de 30 municípios alagoanos e
outros estados, como Pernambuco, Sergipe, Bahia, Rio de Janeiro e Ceará.
Oferece 2 cursos (ciências contábeis e ciências econômicas), no campus do
sertão, a instituição possui 486 alunos matriculados.
Abaixo segue o gráfico para análise dos estudantes matriculados:
Fonte: UFAL
Em análise a esse gráfico, estão representados os municípios e as cidades
próximos a Santana do Ipanema, não haverá necessidade de moradia para os alunos
da Ufal que residem nessas localidades, por existir transportes alternativos na cidade,
em que os alunos não gastariam mais de 2 horas para chegar na instituição de ensino.
Segue abaixo o gráfico das localidades dos estudantes da UFAL, que
precisariam de estadia na cidade de Santana do Ipanema.
40
Fonte: UFAL
No gráfico a cima, foram mostradas as cidades e estados os quais ultrapassam
2 horas para chegar na instituição de ensino. E com base nas quantidades de alunos
das respectivas localidades, foram considerados a necessidade de 25 estadias na
cidade de Santana do Ipanema, Alagoas.
4.3 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS – UNEAL.
No Campus II da Universidade Estadual de Santana do Ipanema, foi
conversado com o secretário José Vieira Neto, o mesmo informou que o programa da
instituição não tirava relatório geral dos matriculados.
A instituição oferece três cursos: Ciências biológicas, Zootecnia e Pedagogia;
com um total de 484 alunos matriculados.
O secretário José Neto, imprimiu alguns relatórios individuais de alunos
matriculados por municípios; quantos aos outros municípios foram analisados da
seguinte forma: O relatório geral de matriculados do campus II que não informava o
município, com o relatório geral de todos os campus da universidade estadual de
alagoas – UNEAL. Dessa forma, foi procurado o nome de cada aluno do campus II no
relatório geral da universidade.
Com isso conseguimos um número aproximado de estudante a cada município,
segundo o secretário Neto, os números não são confiáveis.
41
Na visita até a universidade, a instituição informou, que havia um acolhimento
temporário para os estudantes, chamada: “Casa dos Estudantes” (Figura 36); porém,
ainda não está funcionando, informando apenas, que em breve será aberta para os
alunos.
Figura 36: Casa dos Estudantes. Fonte: Site da UNEAL.
Segundo o secretário, o funcionamento segue da seguinte forma: Os alunos
que precisarem dormir um ou dois dias na instituição, poderá ter acesso a estadia.
Servirá mais para os alunos de zootecnia, por estudaram mais de um turno.
O programa de necessidades da Casa dos Estudantes contém: Quarto feminino
que oferece assistência para 12 meninas, quarto masculino que oferece assistência
para 12 meninos (Capacidade para abrigar 24 alunos), cozinha, sala e área de serviço
é coletivo; possui um único banheiro com 4 box.
Segundo o secretário, a Casa de Estudantes, já está construída, com a obra
toda finalizada, só não soube informar quando os alunos terão acesso; e não
permitiram a visita no local.
Abaixo segue a tabela para análise dos estudantes matriculados:
42
Fonte: UNEAL
Analisamos os municípios e estados os quais ultrapassam 2 horas até chegar na
instituição, sendo eles: Recife, Traipu, Santa Isabel do Pará, Caldas do Jorro,
Navegantes, Anadia, Caldeirão Grande e Branquinha. De modo que totaliza em 11
alunos nos respectivos estados citados, necessitados de moradia na cidade de
Santana do Ipanema, Alagoas.
Conforme foi dito na entrevista em relação ao curso de zootecnia que estuda mais
de um turno, a carência para acolhimento desses estudantes, torna um ponto
fundamental, principalmente em relação aos alunos que moram em outros estados.
4.4 CONCLUSÃO
Através do quantitativo destas pesquisas, ficou concluído que na cidade de
Santana do Ipanema, será fundamental a construção de unidades habitacionais
direcionada à moradia estudantil; que terá como objetivo atender aos alunos que
moram a mais de duas horas do local de estudo.
O número foi baseado na soma de alunos que moram em cidades e/ou estados
distantes, tendo um acréscimo de possíveis erros de 2 unidades de moradias, o que
43
definiu o número de 40 alunos precisando de unidades estudantis; que serão
distribuídas em unidades individuais e em dupla, sendo 4 unidades PNE, que poderá
ter mais um acompanhante em cada unidade, seja estudante ou não, totalizando em
40 alunos e 4 acompanhantes para o PNE.
5 ANTEPROJETO DE UMA MORADIA ESTUDANTIL
Neste capítulo será demostrado a proposta de projeto, onde será abordado
uma moradia estudantil com unidades para atender 42 alunos, sendo dividido em três
blocos.
A proposta consiste em elaborar um projeto com três blocos distintos, de forma
que proporcione um conforto de um lar para os estudantes que precisam se ausentar
das suas efetivas residências e de seus familiares. Usando os condicionantes
importantes para um bom desempenho na elaboração desse anteprojeto, no caso, o
conforto térmico, ergonômico, o acesso da instituição até a moradia, equipamentos
institucionais, serviços, entre outros.
Como a cidade de Santana do Ipanema é de clima semiárido, o verão é longo,
escaldante, seco e de céu quase encoberto; o inverno é curto, morno e de céu quase
sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é abafado e de ventos fortes. Ao longo
do ano, a temperatura varia de 18º C a 36º C e raramente é inferior a 16º C ou superior
a 38º. O paisagismo será projetado em toda área de vivência e ao redor dos blocos,
com o objetivo de diminuir a sensação térmica, em sua maioria com vegetação típica
do clima.
A moradia estudantil dará suporte para os estudantes que moram longe das
instituições de ensino, ficando em local estratégico que facilitará o acesso dos alunos
da instituição até a moradia.
5.1 METODOLOGIA DE PROJETO
5.1.1 Legislação
O código urbanístico da cidade de Santana do Ipanema, não é suficiente para
apontar parâmetro construtivos. O mesmo não informa o número de pavimentos
máximo permitido e não deixando objetivo quanto aos afastamentos permitidos.
44
O código urbanístico e edificações usado para construção dessa Moradia
estudantil, será o código de Maceió, com o uso UR-5 (Uso Residencial).
Segundo o Código urbanístico e edificações de Maceió/AL no art. 415. Do uso
Residencial 5 (2006, p.86): Considera-se Uso Residencial 5 (UR-5) quando na gleba
ou lote for implantada 1 (uma) edificação multifamiliar com 3 (três) ou mais
pavimentos.
Segundo o Art. 416. As edificações enquadradas no Uso Residencial 5 (UR-5)
obedecerão aos recuos mínimos frontais, laterais e de fundos, em relação às divisas
do lote ou terreno, que serão progressivos em função do aumento da altura da
edificação.
Por não ter informação no código de Santana do Ipanema sobre o recuo mínimo
inicial do imóvel, será usado os recuos mínimos do uso residencial, considerando 3
pavimentos, com recuo frontal de 5m, lateral 3,5m e fundo 3,0m de acordo com o
código de Maceió.
De acordo com o código de edificações, as projeções de jardineiras, armários,
brises e elementos decorativos poderão ocorrer sobre os recuos.
Na mesma gleba se tiver mais de uma edificação, terá que seguir os parâmetros
de afastamento entre uma edificação e outra, variando a sua altura de acordo com o
número de pavimentos e aberturas presentes nas edificações.
5.1.2 O Terreno e o seu entorno
O projeto está localizado na cidade de Santana do Ipanema (Figura 37), é uma
cidade localizada no sertão alagoano, distante 207,3 Km de Maceió, a 9º22’42” de
latitude, 37º14’43” de longitude e 250 m de altitude.
A cidade apresenta clima quente e seco, sujeito à grandes variações de
temperatura ao longo do dia, com radiação solar intensa e curtos períodos de chuva.
45
Figura 37: Mapa de Alagoas aponta Santana do Ipanema. Fonte: IBGE.
Sua população é predominantemente urbana, sendo o comércio a mais
importante atividade desenvolvida. Seu comércio e os serviços oferecidos atendem
não somente à população local, atraindo diariamente um fluxo intenso de pessoas
vindas dos municípios vizinhos, que buscam na cidade suprir suas necessidades,
principalmente nas áreas de educação e saúde.
Através desse fluxo de pessoas na cidade, ela vem se desenvolvendo para
áreas um pouco distante do comércio local, fazendo com que esse comércio aumente.
A instalação das instituições de ensino, deram um grande avanço para que isso
acontecesse.
Na Estrada da Maniçoba Bebedouro, na BR 316, próxima a faculdade UNEAL,
a área escolhida para essa proposta de anteprojeto, está crescendo e expandindo,
tornando uma área mais comunitária e agradável para moradia, detém rota de
acessos distintos. (Figura 38).
Figura 38: Localização da área em crescimento. Fonte: Google.
46
Com o crescimento e expansão, observa-se construção de casas novas,
residência em fase de acabamento e terrenos sendo nivelados. (Fig. 39, Fig.40 e
Fig.41)
Figura 39: Residências novas/ Aspectos diferente da arquitetura local. Fonte: Acervo pessoal
Figura 40: Residências construindo/ Área se expandindo. Fonte: Acervo pessoal
Figura 41: Crescimento da área. Fonte: Acervo pessoal
47
Se tratando de uma moradia estudantil, a localização escolhida do terreno foi
de grande importância para a elaboração desse anteprojeto, pois teve a preocupação
com as vias de acessos ao terreno, meios de transporte que poderá ser usado pelos
estudantes, ser próximo das instituições de ensino, e sendo analisado todo o entorno
para saber a existência de residências próximas, para que os moradores futuros se
sentissem seguros e acolhidos.
Foram através das pesquisas feitas in loco, a escolha foi definida, em virtude
de ser uma área grande, que pudesse projetar espaços mais livre entre as residências;
em alguns locais da cidade existem uma superlotação de moradias; sendo definido
essa região de expansão para iniciar uma nova proposta de moradia estudantil na
cidade, ficando próxima de uma das universidades.
Figura 42: Mapa com as vias de acesso. Fonte: Acervo pessoal
A localização do terreno ficou estratégico e de fácil acesso para as outras
instituições de ensino. O terreno oferece possibilidades de diferentes vias para chegar
até o destino.
48
Figura 43: Vista superior do terreno. Fonte:Google
Figura 44: Terreno. Fonte: Acervo pessoal.
5.1.3 Conceito e Partido arquitetônico
A inspiração veio a partir da localização aérea das instituições de ensino formar
um triângulo, com o desenvolvimento do projeto, trouxe como partido a Tríade. A
concepção da Moradia Estudantil foram a distribuição dos três blocos, tendo a mesma
forma, sem copiar um do outro, os mesmos blocos se formaram a partir de um “L”,
49
sendo inserido no terreno estrategicamente em forma de um triângulo, trazendo o
significado da Tríade.
TRÍADE = Conjunto de três pessoas ou coisas; trindade.
Cada bloco terá sua identidade, de forma que os torne diferentes. Seja no
elemento externo ou no interno, o projeto final formará três blocos com identidades
diferentes em uma mesma habitação. Assim como terá os três elementos
fundamentais da arquitetura: Estabilidade, Função e Beleza.
Figura 45: Vista aérea da localização das instituições. Fonte: Google Earth
5.1.4 Condicionantes Ambientais
Os condicionantes bioclimáticos, permitiram o desenvolvimento da melhor
solução para a locação do projeto no terreno, para que haja o conforto térmico para
os moradores.
50
Figura 46: Estudo de incidência Solar e ventilação Fonte: Dados de pesquisa.
Figura 47: Estudo de incidência Solar e ventilação Fonte: Dados de pesquisa.
51
Segue a análise do Solstício:
• VERÃO – 21 de dezembro.
- Às 06:00 horas:
Figura 48: Simulação do solstício de verão as 06:00horas Fonte: Dados de pesquisa.
No horário das 6 horas da manhã, no hemisfério leste observa-se a edificação mais sombrio, o sombreamento acontece do Leste para o oeste, dando conforto térmico para residência.
52
- Às 12:00 horas:
Figura 49: Simulação do solstício de verão as 12:00horas Fonte: Dados de pesquisa.
No horário das 12 horas da tarde, observa-se a edificação com sombreamento apenas dos beirais, por isso a edificação possuir arborização em todo sem entorno. A praça central faz com que diminuir o fator solar nas residências.
53
- Às 18:00 horas:
Figura 50: Simulação do solstício de verão as 18:00horas Fonte: Dados de pesquisa.
No horário das 18 horas, observa-se o sombreamento acontece do Oeste para o Leste, o sol está se ponto no Sudeste e o fator solar não é tão forte para as residências.
54
• INVERNO – 21 de julho.
- Às 06:00 horas:
Figura 51: Simulação do solstício de inverno as 06:00horas Fonte: Dados de pesquisa.
No horário das 6 horas da manhã, observa-se a edificação mais sombrio, praticamente toda edificação está sombreada, levando insolação no Nordeste, por isso a presença de arborização nessa fachada para minimizar o fator solar nas residências.
55
- Às 12:00 horas:
Figura 53: Simulação do solstício de inverno as 12:00horas Fonte: Dados de pesquisa.
No horário das 12 horas da tarde, observa-se a edificação sem sombreamento por isso, a edificação possuir arborização em todo sem entorno. A praça central faz com que diminuir o fator solar nas residências.
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- Às 18:00 horas:
Figura 54: Simulação do solstício de inverno as 18:00horas Fonte: Dados de pesquisa.
No horário das 18 horas, observa-se que há pouco sombreamento, acontece o sol está quase se ponto no Sudoeste e o fator solar não é tão forte para as residências.
5.1.5 Programa de necessidades e Pré-Dimensionamento
Através das pesquisas in loco e os correlatos, foi possível organizar e dividir os
ambientes de forma confortável a sua ergonomia, junto com a necessidade dos
estudantes em uma moradia temporária.
Segue abaixo as tabelas das Residências Tipo 1, 2, 3 e 4 onde mostra os
ambientes e a área.
57
Figura 55: Programa de necessidades da residência tipo 1.
Figura 56: Programa de necessidades da residência tipo 2.
Figura 57: Programa de necessidades da residência tipo 3.
58
Figura 58: Programa de necessidades da residência tipo 4.
Figura 59: Programa de necessidades da residência tipo 5.
Segue abaixo a as tabelas dos Blocos 1, 2 e 3 com os ambientes e área.
59
Figura 60: Programa de necessidades do Bloco 1.
Figura 61: Programa de necessidades do Bloco 2.
60
Figura 62: Programa de necessidades do Bloco 3.
Figura 63: Programa de necessidades do salão.
Figura 64: Programa de necessidades área externa.
61
5.1.6 Organofluxograma
Figura 65: Organofluxograma da Residência Estudantil.
5.1.7 Descrição da Proposta Arquitetônica
Como ponto de partida, tornou-se como base a tríade de três pilares como
diretrizes para o desenvolvimento desse projeto, sendo eles: CONVIVER, ESTUDAR
E HABITAR. Uma moradia estudantil tem a missão de acomodar os estudantes e
garantir que tenham condições de viver e conduzir a vida acadêmica de forma
satisfatória. Além das necessidades básicas, os estudantes buscam outros tipos de
serviços específicos que contribuem para a vida cotidiano de cada estudante. Desse
modo, a moradia estudantil tem características que foram levadas em conta, quanto a
necessidade dos alunos da cidade, para que tornasse funcional e satisfatório.
A implantação da moradia estudantil (Figura 66), se deu através de três blocos
independentes em formato de “L”, foi uma forma pensada quanto ao partido escolhido.
A distribuição dos três blocos no terreno, evidenciaram a estética e os ambientes com
os cômodos social e íntimo, voltado para a melhor ventilação o Nordeste e Sudeste.
62
O terreno possui uma área total de 7981.78m² (Figura 67), cada bloco com área
térreo= 1174.83m² e área 1º pavimento= 1279.59m².
Um aspecto fundamental foi o paisagismo ao redor e entre toda implantação
dos blocos formando uma praça central, que além de proporcionar uma visão mais
privilegiada, melhora a ventilação dos blocos.
Figura 67: Área do Terreno.
Os blocos ficam dispostos estrategicamente para melhorar a ventilação, ao
redor e entre eles com bastante vegetação e área de vivência para os estudantes.
No Pavimento térreo – Foram distribuídas as residências PNE (Figura 64), as
salas de estudos (Figura 65), lavandeira (Figura 66), sala de reunião (Figura 67), área
de serviço, local para os funcionários da residência (Figura 68) e uma ampla área de
vivência.
No térreo, foram deixadas duas áreas de vivência em dois blocos e em um
bloco, todo pavimento térreo, é um espaço para vivência dos moradores. As áreas
deixadas nos dois blocos, foram pensadas caso tenham a necessidade de aumentar
mais residências na moradia (Figura 69).
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Figura 69: Setas indicando área de vivência.
A quantidade de vagas do estacionamento, foi deixada de acordo com a
quantidade de pessoas (Figura 70).
64
Figura 70: Estacionamento.
Figura 70: Estacionamento.
PAVIMENTO SUPERIOR – Foram distribuídas as demais residências (Figura
71). Tem quatro tipos de residências (Figura 72), cada uma pensada de acordo com
o posicionamento dos blocos em relação a ventilação. Ficaram dispostos quatro
65
residências em cada lado, sendo separadas pelo espaço da escada. Totalizando, oito
residências do pavimento superior em cada bloco.
COBERTA – Cada bloco foi usado a telha cerâmica e uso dos coletores solares
On grid (Figura 73); Uso do sistema On- grid, está sendo bem usado no sertão
alagoano, pensando em como diminuir os custos da Moradia, foram utilizadas 6 placas
(1,60 x 1,00) em cada residência.
O sistema On-grid (Figura 74) é um sistema fotovoltaico conectado à rede,
convertendo a energia do sol em energia elétrica através das células fotovoltaicas.
Figura 74: Sistema On grind
A caixa d’água ficou locada na escada, tendo um volume mais alto com cores
destacadas (Figura 75). As cores usadas no volume mais alto, foram tiradas da
Bandeira da Cidade de Santana do Ipanema (Figura 76); sendo utilizados a cor azul,
amarelo e laranja.
Figura 76: Bandeira de Santana do Ipanema, Alagoas.
O uso das cores neutras e claras serão usadas nos blocos para que minimize
o fator solar.
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Fig. 77: Paleta de cores.
Atrás do volume da escada, ficou destinado uma área para estender roupas,
onde a lavanderia do acesso a essa área. Foi colocado Cobogó (Figura 78), como
forma de barreira da visão dos que frequentam o local.
Figura 78: Cobogó.
Teve o uso de tijolinhos como revestimentos dos pilares e uma parede para
sustentação (Figura 79), as janelas, portas e guarda- corpo de madeira; presença de
pergolados e bancos de madeira por toda área externa.
67
Figura 79: Revestimento de tijolinhos.
Figura 80: Pergolados, guarda- corpo e bancos de madeira.
68
A logomarca da Residência estudantil (Figura 80), tem identidade através dos
blocos locados na planta baixa; cada bloco é representado pela cor respectiva, que
foi usada na caixa d’água, as cores têm como referência a Bandeira da Cidade de
Santana do Ipanema.
Figura 80: Logomarca.
Figura 81: Logomarca na Fachada.
69
6 CONCLUSÃO
As instituições de ensino têm funções não só de formar profissionais, mas
também cidadãos que irão contribuir para o desenvolvimento social, político e
econômico do país. Através desse trabalho, visou mostrar que os estudantes que tem
acesso à educação precisam ser entendidos como um potencial transformador da
sociedade e que os auxílios de permanência, precisam ir além de uma ajuda
financeira.
Os estudantes precisam estar em locais confortáveis e apropriado para poder
passar períodos de sua vida, longe da sua casa e seus familiares.
A proposta dessa moradia estudantil foi dar a possibilidade para os estudantes
de outras cidades, poderem estudar na cidade que foi destinado; tendo um custo
financeiro menor e uma moradia apropriada para o tempo determinado.
O projeto propõe uma arquitetura funcional e apropriada, trazendo um
arquitetônico diferencial e econômico na cidade. Dessa forma, que foram feitas todas
as pesquisas, os estudos, as visitas, todo desenvolvimento até o anteprojeto; para que
tornasse uma residência característica da cidade e principalmente com
funcionalidade.
70
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