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ANÁLISE DE RELAÇÕES FINANCEIRAS COTIDIANAS
Autor: Carlos Alberto Mohr1
Orientadora: Raquel Lehrer2
Resumo
O presente artigo atende à solicitação do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE-2010, ao professor Carlos Alberto Mohr. Trata-se da apresentação dos resultados de pesquisa bibliográfica com enfoque no tratamento da informação através da Matemática Financeira, aliada à produção de material pedagógico, com formato de Unidade Didática, intitulado: Análise de Relações Financeiras Cotidianas, oportunizando, através de sua implementação, o caráter vivencial da mesma. Teve por público alvo alunos do 1º ano do Curso Pós-médio Técnico Profissionalizante em Administração do CEEP - Centro Estadual de Ensino Profissional – Pedro Boaretto Neto de Cascavel-PR, porém, podendo ser aplicada aos demais alunos do Ensino Médio. O objetivo foi repensar o ensino da Matemática Financeira por meio da análise de relações financeiras cotidianas para que o aluno compreenda a matemática financeira aplicada aos diversos ramos da atividade humana e sua influência nas decisões de ordem pessoal e social, pois, são muitas as dificuldades em compreender e interpretar as relações matemáticas de ordem financeira. Uma das causas possíveis disso, é que, o trabalho educativo com o tratamento da informação esteja desvinculado da realidade, tornando-se assim, necessário elaborar técnicas que façam com que os educandos simulem situações do cotidiano de suas vidas pessoais e das empresas em que atuam e/ou atuarão, afim de que, ao se depararem com determinados problemas, possam agir com destreza.
Palavras-chave: Matemática. Financeira. Cotidiano.
1 Professor de Matemática da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná, ingresso no PDE – Programa de
Desenvolvimento da Educação – 2010. Formado em Ciências Contábeis pela FECIVEL-Cascavel/PR, com complementação pedagógica pela UTFPR com habilitação em Matemática. Contato: carlomohr@seed.pr.gov.br 2 Mestre em Matemática pela UNB – Professora da UNIOESTE, campus de Cascavel-PR e orientadora do PDE
2010.
1. Introdução
Este artigo é resultado de pesquisa que atende à solicitação do
Programa de Desenvolvimento da Educação – PDE, desenvolvido pela Secretaria
Estadual de Educação do Paraná, compreendendo o período de agosto de 2010 a
agosto de 2012, como produção final e apresentação dos resultados obtidos
através de investigação bibliográfica, produção de material didático pedagógico e
realização de prática docente experimental.
Como amparo bibliográfico, fundamentou-se teoricamente nas
Diretrizes Curriculares Estaduais (2008), abordando como tema o tratamento da
informação através da matemática financeira.
Teve por público alvo alunos do 1º ano do Curso Pós-médio Técnico
Profissionalizante em Administração CEEP - Centro Estadual de Ensino
Profissional – Pedro Boaretto Neto de Cascavel-PR, porém, podendo ser aplicada
aos demais alunos do Ensino Médio.
A metodologia adotada como experimentação foi a aplicação de
situações simuladas da realidade, pretendendo-se aproximar o ambiente da sala
de aula ao contexto cotidiano da vida social e profissional.
O objetivo principal desta pesquisa foi realizar prática pedagógica que
proporcionasse ao aluno a análise de dados matemáticos financeiros, através de
cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos mesmos.
Buscou-se responder ao seguinte questionamento: a vinculação de
situações matemáticas de caráter financeiro, cuja informação seja oriunda das
diversas esferas da atividade humana, ao trabalho didático-pedagógico favorece a
compreensão de conceitos matemáticos fundamentais para a prática profissional
do aluno ao ingressar no mercado de trabalho?
Devido também, à solicitação do PDE, o professor pesquisador
elaborou material didático em formato de Unidade Didática, ou seja, material
voltado aos professores, apresentando práticas pedagógicas fundamentadas em
referencial teórico sobre o qual serão tecidos alguns comentários no decorrer do
desenvolvimento destas reflexões.
2. O público alvo: Alunos de curso técnico profissionalizante
Esta pesquisa foi direcionada aos alunos do 1º ano do Curso Técnico
Profissionalizante em Administração, em nível pós-médio. O contexto histórico de
organização de tal modalidade de ensino se deu como o que segue.
Em 20 de dezembro de 1996, foi aprovada, no Brasil, a Lei 9.394 –
Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação – conhecida como LDB ou Lei Darci
Ribeiro. Tal lei estabelece dois níveis para a educação: a básica e a superior; e,
duas modalidades: a educação de jovens e adultos e a especial; bem como, uma
modalidade complementar: a educação profissional, sendo esta, a de maior
interesse para esta pesquisa. Segundo Berger Filho (1999)
A educação profissional tem como objetivos não só a formação de técnicos de nível médio, mas a qualificação, a requalificação, a reprofissionalização para trabalhadores com qualquer escolaridade, a atualização tecnológica permanente e a habilitação nos níveis médio e superior. A educação profissional deve levar ao «permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva».
Torna-se importante ressaltar que a Agência Brasil3 publicou no dia
09/02/2012 , de acordo com a avaliação baseada nos dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) de pesquisas mensais de emprego (PME), de
2002 a 2010, e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2007),
que são os jovens da classe média que alimentam a expansão de quase 77% no
número de pessoas que declararam “frequentar” ou “ter frequentado” cursos de
educação profissional (qualificação de 200 até 400 horas, ensino médio técnico
ou curso superior de tecnólogo) entre 2004 e 2010.
Ainda, segundo a Agência Brasil, em seis anos, o percentual de quem
declarou formação em educação profissional passou de 14,03% para 24,81%,
segundo aponta a análise. O maior contingente é de jovens, especialmente os
3 Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia>
adolescentes de 15 anos, que representam 10% do total de pessoas que
frequentam ou frequentaram educação profissional. Entre as pessoas de 15 a 29
anos que declararam frequentar a educação profissional, o maior percentual é na
classe C (8%), que também aponta a maior demanda por cursos
profissionalizantes na área industrial. Apesar da boa perspectiva, a análise dos
dados aponta que mais de três quartos da população nunca frequentou educação
profissionalizante, quase 70% por falta de interesse. Além disso, a pesquisa
verifica que 8% dos que iniciaram algum curso profissionalizante não concluíram.
A maioria porque deixou de ter interesse pelo curso no qual estavam inscritos.
Entre os que concluem, mais de 37% não conseguem trabalhar na área. Os
cursos profissionalizantes no Brasil são oferecidos pela rede pública, pela rede
privada, pelo Senai e por organizações não governamentais.
Em 2008, a Fundap-Cebrap4 publicou resultado de pesquisa mostrando
que o ensino profissionalizante e a qualificação profissional são tidos pela
população como elementos fundamentais para o acesso ao mercado de trabalho,
conforme comprova o gráfico:
4 Fundação do Desenvolvimento Administrativo (FUNDAP) - Centro Brasileiro de Análise e Planejamento
(CEBRAP). Disponível em: <http://www.boletim-fundap.cebrap.org.br/n1/?subject=pesquisa> Acesso em:
03/05/2012.
O gráfico demonstra que as pessoas com menor escolaridade
apresentam uma perspectiva maior para a melhoria de sua qualidade de vida e
oportunidade de emprego, através de um curso profissionalizante. Desta maneira,
a Educação Profissional é o ponto de articulação entre a escola e o mundo do
trabalho, por isso é necessária uma pedagogia adequada à referida modalidade
de ensino, superando práticas pedagógicas que partam de resoluções de
problemas simples e fictícios, por outras que deem lugar à identificação e à
solução de problemas, podendo simular situações reais, favorecendo o
surgimento de questões a serem resolvidas.
Ao tratar-se do ensino da Matemática Financeira na Educação
Profissional, é de suma importância que se realize de maneira dinâmica e
vinculado com a realidade. Caso contrário, ao transmitir na sala de aula um saber
pronto e acabado, um saber inquestionável, uma matemática estática, contribuir-
se-á para que este modo de ver as coisas se reflita no restante da prática social
do educando, obstaculizando o exercício da sua cidadania.
Para Kessler (2010)
A matemática pode ter uma expressiva participação na construção da cidadania, pois permite que se abra um espaço dentro da sala de aula para o questionamento, a reflexão, desenvolvendo a autonomia, a criatividade, o pensamento crítico, o espírito solidário, etc. Nesta perspectiva portanto, ensinar matemática não é apenas colocar à disposição do aluno o conhecimento acumulado pela humanidade, mas sim propor uma reconstrução crítica e criativa deste conhecimento de modo a torná-lo significante.
Ao se tratar da matemática financeira, mais especificamente, deve-se
concordar com o que afirma Kiyosaki e Lechter (2000) “Uma das razões pelo que
os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres é que o assunto dinheiro não é
ensinado nem em casa, nem na escola.”
Nos cursos profissionalizantes, então, é questão de grande relevância
que os alunos dominem a linguagem matemática e os conceitos financeiros para
que possam aplicá-los no seu dia-a-dia, no exercício de suas funções e relações
profissionais.
3. O tratamento da informação: aportes teóricos
Mesmo sem perceber, as pessoas utilizam conceitos e ideias financeiras
em várias situações do cotidiano. Como por exemplo, quando querem adquirir
determinado produto, torna-se necessário analisar quais os preços pedidos, os
prazos de pagamento, as formas de pagamento e os juros e/ou descontos
provenientes de tal acordo comercial. Todas as pessoas, independente de suas
atividades, precisam lidar com os conceitos da matemática financeira e para que
consigam destreza é necessário que os compreendam. Cabendo assim, uma
pergunta: A escola prepara as crianças para o mundo real? Com muita ênfase,
Kiyosaki e Lechter (2000, p.13) fazem uma reflexão a este respeito:
Muitos dos jovens de hoje tem cartão de crédito antes de concluir o segundo grau e, todavia, nunca tiveram aulas sobre dinheiro e a maneira de investi-lo, para não falar da compreensão do impacto dos juros compostos sobre os cartões de crédito. Simplesmente, são analfabetos financeiros e, sem o conhecimento de como o dinheiro funciona, eles não estão preparados para enfrentar o mundo que os espera, um mundo que dá mais ênfase à despesa do que à poupança.
A educação financeira está relacionada ao processo de construção da
cidadania, pois na medida em que aumenta a capacidade de análise em
situações financeiras, o indivíduo tem condições mais efetivas de exercer seus
direitos por saber a matemática envolvida nessas situações.
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica, disciplina de
Matemática (2008, p.60) afirmam que:
É importante que o aluno do Ensino Médio compreenda a matemática financeira aplicada aos diversos ramos da atividade humana e sua influência nas decisões de ordem pessoal e social. Tal importância relaciona-se ao trato com dívidas, com crediários à interpretação de descontos, à compreensão dos reajustes salariais, à escolha de aplicações financeiras, entre outras.
A escola, sem dúvida, ocupa lugar de destaque na vida do jovem. É o
espaço para discussão de temas relativos ao cotidiano, e que lhe sirvam como
base para a inserção futura no mercado de trabalho. Segundo Pereira (2006, p. 2)
″a matemática financeira é um dos ramos da matemática que ajuda leigos e
economistas a estudar e a analisar formas mais adequadas de alcançar seus
objetivos no campo econômico e no campo pessoal″.
Pode-se desta maneira utilizar o conceito da alfabetização matemática,
ou seja, um conjunto de competências que permite que o aluno se envolva no
processo de construção de modelos matemáticos, preocupando-se com os
resultados na sociedade fora da escola, compreendendo e interpretando a
linguagem matemática presente nas diversas dimensões sociais.
Para Miguel e Miorin (2004, p.71) é finalidade da educação matemática
fazer o estudante construir , “(...) por intermédio do conhecimento matemático,
valores e atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser
humano e, particularmente, do cidadão, isto é, do homem público.”
O estudo da matemática financeira é todo feito em função do
crescimento do capital aplicado com o tempo. Sua aplicação está presente em
toda parte, nas diversas formas, desde a antiguidade, e com o tempo, vem
evoluindo. Ela se ocupa em estudar e fornecer as tais ferramentas adequadas
para a tomada de decisão com a maior precisão possível. Enfim, o dinheiro
ditando as regras em quase todos, senão todos, os aspectos da vida.
A matemática tem um caráter instrumental, e deve ser entendida pelos
alunos como um conjunto de ideias que podem ser aplicadas em todas as áreas
do conhecimento, como nas atividades profissionais.
A economia capitalista globalizada tenta seduzir através da mídia, e de
outras estratégias de marketing, para que o indivíduo entre em um consumismo
desmedido, ao ponto de proporcionar formas de acesso a este consumismo
através de financiamentos, empréstimos e parcelamentos a perder de vista,
gerando uma ilusão de poder da qual só vem a se dar conta quando está
totalmente endividado.
O professor passa a ter um grande desafio, que é capacitar os alunos a
adaptarem a matemática em diferentes contextos, nos quais eles devem saber
quais são os momentos oportunos.
Amparando-se no argumento de que estava consciente da
necessidade de fomentar a cultura financeira no país, o governo brasileiro
constituiu, em novembro de 2007, um grupo de trabalho com representantes do
Banco Central do Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da
Secretaria de Previdência Complementar (SPC) e da Superintendência de
Seguros Privados (SUSEP), para desenvolver uma proposição de Estratégia
Nacional de Educação Financeira, prevendo a promoção de um inventário
nacional de ações e de projetos de Educação Financeira no país, além de uma
pesquisa que mapeie o grau de conhecimento financeiro da população brasileira.
De acordo com o Decreto Nº 7397, de 22 de dezembro de 2010, o
governo brasileiro instituiu a Estratégia Nacional da Educação Financeira – ENEF
e, em seu artigo 1º decreta:
Art. 1o Fica instituída a Estratégia Nacional de Educação Financeira -
ENEF com a finalidade de promover a educação financeira e previdenciária e contribuir para o fortalecimento da cidadania, a eficiência e solidez do sistema financeiro nacional e a tomada de decisões conscientes por parte dos consumidores.
Segundo o site Vida e Dinheiro (2012), o sucesso da ENEF vai
contribuir para um consumo financeiro mais responsável da população, assegurar
a conscientização dos riscos assumidos pelos consumidores e reforçar a
estabilidade e confiança no Sistema Financeiro Nacional.
Além de ações destinadas ao público-alvo adulto, a ENEF, prevê ações
voltadas especificamente para a Educação Financeira nas Escolas, seguindo uma
tendência mundial. Os efeitos destas ações só poderão ser percebidos a médio e
longo prazo, porém são essenciais para a sustentabilidade desse esforço
governamental e da sociedade civil, por meio das entidades parceiras nesse
projeto. A Estratégia tem como principais objetivos:
- Promover e fomentar a cultura de Educação Financeira no país;
- Ampliar o nível de compreensão do cidadão para efetuar escolhas conscientes
relativas à administração de seus recursos;
- Contribuir para a eficiência e solidez dos mercados financeiro, de capitais, de
seguros, de previdência e de capitalização.
4. Aplicação da proposta: metodologia
A proposta foi desenvolvida no decorrer das aulas do 1º ano do Ensino
Médio do Curso Técnico Profissionalizante em Administração e foram três etapas.
Primeiramente, o professor pesquisador promoveu leitura, análise e
discussão de algumas dicas de planejamento financeiro doméstico sugeridas pelo
economista Carlos André Barbosa de Jesus, do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia (IFRO) – Campus de Colorado do Oeste/RO (2011), sendo
o texto que segue:
1º) Organize a sua lista de contas, despesas e salário; 2º) Planeje e/ou estime seus gastos com antecedência (procure comprar a vista = preferência pela liquidez e exija desconto); 3º) Mantenha-se firme diante das tentações de consumo (consumo compulsivo); 4º) Não gaste mais do que você pode ou possua; 5º) Se você for um consumidor compulsivo procure controlar sua ansiedade (procure manter-se afastado de vitrines); 6º) Aprenda a fazer economia em casa, no uso de telefone, da energia elétrica, do gás e da Internet (evite desperdícios desnecessários); 7º) Lembre-se de que planejamento financeiro doméstico (economia) não é sinônimo de avareza (mão-de-vaca); 8º) Não aumente suas despesas fixas adquirindo mais bens que exijam manutenção constantes e/ou periódicas. (Ex: o carro é um bom exemplo disso); 9º) Esqueça o Cheque Especial e o Cartão de Crédito (você pode viver e sobreviver tranquilamente sem eles). Se for necessária a utilização, fique com a opção mais barata; 10º) (Para quem não consegue viver sem cartão de crédito) Tenha apenas um cartão de crédito e solicite um limite que se encaixe dentro do seu orçamento e/ou capacidade de pagamento; 11º) Não compre coisas supérfluas com o seu cartão de crédito, utilize-o para compras em casos de urgência ou em emergências (quando não estiver com dinheiro); 12º) Jamais tome dinheiro emprestado com agiotas. Essa é a pior alternativa para quem está precisando de dinheiro (procure um banco e peça orientação do seu gerente); 13º) Faça uma lista das despesas. Isto facilitará a identificar com o que e como você está gastando o seu dinheiro; 14º) Vá ao supermercado com uma lista de compras já definida; 15º) Procure fazer uma reserva de dinheiro para as emergências, pois elas acontecem na vida de qualquer pessoa;
16º) Lembre-se de considerar nas despesas as prestações e os cheques pré-datados; 17º) Torne o ato de poupar um hábito na sua vida (poupe pelo menos 10% do que você ganha por mês); 18º) Se você quiser aplicar o seu dinheiro, escolha um banco confiável e prefira uma opção mais segura de investimento, como a Caderneta de Poupança ou os Fundos de Renda Fixa; 19º) Seja criterioso e não compre por impulso. Escolha antecipadamente o produto. Isto facilita a pesquisa de preços, que é essencial para conciliar qualidade e custo reduzido; 20º) Comprar a prazo deve ser sua última opção. Negocie com os vendedores. Peça descontos nas compras a vista e não acredite em vendas a prazo sem juros; 21º) Exija a nota fiscal para garantir seus direitos e a eventual troca do produto; 22º) Preste atenção na qualidade do produto e nos preços anunciados na vitrine. Se, mesmo depois de negociar com os vendedores ou o gerente, você não tiver conseguido seu merecido desconto na compra a vista, não se acanhe. Procure o produto em outro estabelecimento, que dê desconto na compra à vista. Caso o produto seja vendido parceladamente, mas "sem juros", compre a prazo, aplicando o restante do dinheiro disponível no banco; 23º) Mantenha seu nome fora do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e das listas de "Emitentes de Cheques sem Fundos" dos bancos; 24º) Evite ao máximo pagar com cartão e depois entrar no crédito rotativo (pagamento mínimo de fatura com rolagem da dívida para o mês seguinte). Os juros são tão elevados, que podem levar à inadimplência. O mesmo alerta vale para quem entra no limite do cheque especial. Não faça negócios com cheques pré-datados. O cheque é pago, ou devolvido, independentemente da data; 25º) Por fim, assuma compromissos que você possa cumprir. Na negociação de uma dívida, leve isso em consideração para não ficar muito "apertado ou no sufoco". Assuma suas possibilidades reais de pagamento.
Como complementação, os alunos fizeram uma análise da renda e das
despesas particulares de cada um, sem exporem para a turma, somente seguindo
os encaminhamentos dados pelo professor para que adquirissem a consciência
da necessidade de organizar o orçamento mensal. A análise foi a que segue:
a) Qual sua renda mensal?
b) Quais suas despesas mensais fixas? (aluguel, água, luz, telefone, remédios,
planos de saúde, transporte, vestuário, alimentação)
c) Despesas extras: consórcio, outras compras parceladas.
d) Quanto sobra do seu orçamento e que pode ser comprometido com outros
planos?
e) Você está conseguindo fazer sobrar o mínimo de 10% de sua renda mensal
para investir em aplicações financeiras como sugeriu o economista?
Na sequência, partindo de simulação de situações, foram promovidas
análises e cálculos, sendo os exercícios propostos abaixo:
“Simulemos uma situação: vamos circular pelo mercado de eletrodomésticos.
Suponhamos que a busca seja pela compra de uma geladeira. Fazendo uma
pesquisa de mercado, encontramos as seguintes condições para o mesmo
produto:
PRIMEIRA LOJA: A loja anuncia uma promoção, o preço do produto é R$
4.999,00, ela sugere que o consumidor pague à vista R$ 4.099,00 ou parcelado
em 12 vezes de R$ 376, 58.
SEGUNDA LOJA: A loja anuncia uma promoção, o preço do produto é R$
5.599,00 ela sugere que o consumidor pague à vista R$ 3.999,00 ou parcelado
em 12 vezes de R$ 399,99.
Façamos a análise de cada um dos casos:
PRIMEIRO CASO: Valor do produto: R$ 4.999,00
Valor à vista R$ 4.099,00
Valor final a prazo R$ 4.518,96 (após 12 meses)
SEGUNDO CASO: Valor do produto: R$ 5.599,00
Valor à vista R$ 3.999,00
Valor final a prazo R$ 4.799,88 (após 12 meses)
Passemos à análise financeira. Para isso, responda às seguintes perguntas:
a) Quantos por cento o valor do produto passado pela primeira loja é inferior ao
produto da segunda?
b) Na sua opinião, por que as lojas anunciam o valor do produto? Qual a
influência causada no consumidor por este tipo de informação? Por que será que
o mesmo produto apresenta uma diferença acentuada de valor de uma loja para
outra?
c) Ao comprar à vista na segunda loja, qual a diferença com relação à primeira?
Quantos por cento?
d) Se fosse comprar a prazo, em qualquer uma das lojas, qual seria a diferença
paga ao quitar a dívida, com relação ao preço à vista? Essa diferença representa
quantos por cento do preço anunciado como valor do produto?
e) Diante desta reflexão, conclua: se você fosse comprar à vista, qual opção seria
a melhor? E a prazo?”
Posteriormente, foram criados dois personagens: Sr. João da Silva, ele
trabalha na empresa Metal Equipamentos Ltda., em Cascavel-PR, seu cargo é
Gerente de Produção e abaixo, podemos observar o seu holerite de pagamento
do mês de maio de 2011.
METAL EQUIPAMENTOS LTDA Recibo de Pagamento de Salário ROD BR 277 KM 0000 - CX POSTAL 000 Mês: Maio/2011 01.280.102/0013-41 CASCAVEL PR
Código Nome do Funcionário CBO Emp. Local Depto. Setor Seção Fl.
00075 JOAO DA SILVA 141205 001 004 000 000 GER PRODUCAO Admissão: 01/02/2005 PREST DE SERVICOS
Cód. Descrição
Referência Vencimentos
Descontos
001
009
018
078
080
081
205
207
221
SALARIO NORMAL
HORA EXTRA 050%
INTEGRACAO HORA EXTRA NO DSR
DESCONTO DE FALTAS INTEGRAIS
DESCONTO I.N.S.S.
DESCONTO I.R.R.F.
DESC. ADIANTAMENTO DE SALARIO
CONTRIBUIÇÃO ASSOCIATIVA
DESCONTO CONF AUTORIZAÇÃO
31/31
50:19
05/26
01:00
11,00%
15,00%
2,000%
1.900,00
651,83
125,35
8,63
294,49
63,82
855,00
38,00
25,00
Total de Vencimentos
2.677,18
Total de Descontos
1.284,94
Valor Líquido
1.392,24
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS do mês Base Cálc. IRRF Faixa IRRF
1.900,00 2.677,18 2.677,18 214,17 2.382,69 0,00
Foram então, trabalhados todos os dados constantes de um holerite e
analisados conjuntamente todos os cálculos financeiros.
O professor pesquisador propôs aos alunos um orçamento mensal para
este personagem:
RENDA MENSAL APROXIMADA: Salário R$ 2.247,24 (líquido R$1.392,24 + R$ 855,00
do adiantamento)
POUPANÇA: R$ 5.000,00
DESPESAS BÁSICAS MENSAIS: Água: R$ 52,90; Luz: R$ 92,00; Telefone: R$
85,50; Alimentação: R$ 660,00; Transporte: R$ 300,00; Aluguel de casa: R$
450,00
TOTAL: R$ 1.640,40
TOTAL DO SALÁRIO DISPONÍVEL PARA INVESTIMENTOS: R$ 606,84
Depois, sugeriu a análise:
a) Diante do exposto, você diria que João teria condições de adquirir a geladeira
analisada anteriormente?
b) Qual seria, para ele, a melhor forma de pagamento?
c) Se ele optasse por comprar na segunda loja, a prazo, quantos % ele
comprometeria de sua renda mensal com esta conta?
d) E, se comprasse na primeira?
e) Se ele optasse por comprá-la à vista, quantos % ele sacaria de sua conta
poupança em cada uma das opções de compra?
Houve, então, a apresentação do segundo personagem: Sr. José dos
Santos, soldador, trabalha na mesma empresa que o Sr. João da Silva, veja
abaixo o seu comprovante de rendimentos do mês de maio/2011:
METAL EQUIPAMENTOS LTDA Recibo de Pagamento de Salário ROD BR 277 KM 0000 - CX POSTAL 000 Mês: Maio/2011 01.280.102/0013-41 CASCAVEL PR
Código Nome do Funcionário CBO Emp. Local Depto. Setor Seção Fl. 00211 JOSE DOS SANTOS 724315 001 004 000 000
SOLDADOR Admissão: 04/04/2011 PREST DE SERVICOS
Cód. Descrição Referência Vencimentos Descontos
001
009
018
080
205
207
SALARIO NORMAL
HORA EXTRA 050%
INTEGRACAO HORA EXTRA NO DSR
DESCONTO I.N.S.S.
DESC. ADIANTAMENTO DE SALARIO
CONTRIBUIÇÃO ASSOCIATIVA
31/31
00:20
05/26
8,00%
2,000%
850,00
1,93
0,37
68,18
380,00
17,00
Total de Vencimentos
852,30
Total de Descontos
465,18
Valor Líquido
387,12
Salário Base Sal. Contr. INSS Base Cálc. FGTS FGTS do mês Base Cálc. IRRF Faixa IRRF
850,00 852,30 852,30 68,18 784,12 0,00
A simulação de seu orçamento mensal foi a seguinte:
RENDA MENSAL APROXIMADA: Salário R$ 767,12 (líquido R$ 387,12 + R$ 380,00 do
adiantamento)
DESPESAS BÁSICAS MENSAIS: Água: R$ 29,40; Luz: R$ 65,00; Telefone: R$
20,00; Alimentação: R$ 440,00; Aluguel de casa: R$ 200,00.
TOTAL: R$ 754,40
TOTAL DO SALÁRIO DISPONÍVEL PARA INVESTIMENTOS: R$12,72
Foi promovida, em seguida, a análise:
a) Diante do exposto, você diria que José teria condições de adquirir a geladeira
analisada anteriormente?
b) Na sua opinião, qual seria a melhor coisa a fazer, caso o José tivesse mesmo
precisando adquirir uma geladeira?
Além dos trabalhos desenvolvidos em sala-de-aula, foi também
realizado um grupo de trabalho em rede que envolveu quinze professores da área
de matemática da rede de educação pública do estado do Paraná. Os trabalhos
se deram on-line , em formato de Educação a Distância, tendo o professor
pesquisador com tutor do grupo.
Nesta oportunidade, foi disponibilizado seu projeto de pesquisa e o
material didático produzido em formato de Unidade Didática. O grupo fez a
análise e a implementação da proposta em suas escolas, realizando
apontamentos e avaliando a viabilidade da proposta.
5. Resultados e discussão
O grupo base da pesquisa contou com aproximadamente 25 alunos e,
após análise e discussão das dicas de planejamento financeiro doméstico, os
mesmos julgaram como mais importante investir em uma poupança futura, sendo
também este o item considerado o mais difícil e nenhum dos itens foi considerado
desnecessário. Todos assumiram o compromisso de rever seu orçamento para
evitar o consumismo compulsivo.
Foi realizada também, uma análise de suas rendas mensais, o valores
recebidos mensalmente pelos alunos envolvidos variaram de R$600,00 a R$
2.000,00, ficando a maioria em torno de R$1.000,00. Suas despesas fixas
variaram em R$ 1.000,00, sendo que, grande parte dos alunos não sabia precisar
qual o valor exato destas despesas. Como despesas extras foram citados
consórcios e compras parceladas, provavelmente, cartão de crédito ou crediário.
Ao questionar sobre quanto sobra do orçamento e que pode ser
comprometido com outros planos, 70% responderam que chega,
aproximadamente, R$500,00 de sobra, os outros 30% responderam que não
sobra nada.
E, dos 25 envolvidos, apenas 6 disseram que conseguem fazer sobrar
o mínimo de 10% de sua renda mensal para investir em aplicações financeiras
como sugeriu o economista. Outros 4, justificaram que, apesar de não gastarem
toda a sua renda com despesas planejadas, não estão investindo em aplicações
financeiras, pois sempre surge alguma despesa inesperada. E, os outros alunos
responderam que não fazem investimentos financeiros porque não sobra nada
para isso.
Após a análise das situações de compra sugeridas como simulação foi
concluído pelo grupo que, no primeiro caso deveria comprar a vista e no segundo
caso a prazo. Já, ao questionar sobre o motivo pelo qual as lojas anunciam o
valor do produto e sobre qual a influência causada no consumidor por este tipo de
informação, bem como a respeito da diferença acentuada de valor de uma loja
para outra, o grupo deduziu que se trata de uma jogada de marketing.
Influenciado pela propaganda, o cliente acaba cedendo e comprando sem se
preocupar com o juro que vai ser acrescentado ao valor à vista.
Ao estudar os casos específicos dos personagens criados, foi possível
ao grupo comparar as duas situações, e, ir muito além ao fazer a análise de cada
um dos itens do holerite, muitas dúvidas foram esclarecidas principalmente os
cálculos de cada item mencionado no comprovante.
Quanto ao Grupo de Trabalho em Rede, o professor pesquisador
lançou o seguinte questionamento:
“Amparando-se no tratamento de informações reais em sala de aula, a
presente pesquisa buscará respostas para o seguinte questionamento: a
vinculação de situações matemáticas de caráter financeiro, cuja informação seja
oriunda das diversas esferas da atividade humana, ao trabalho didático-
pedagógico, favorece a compreensão de conceitos matemáticos fundamentais
para a prática profissional do aluno ao ingressar no mercado de trabalho?”
Dentre as muitas respostas dos professores cursistas, foi possível
apurar que, segundo eles, não há situação matemática mais contextualizada do
que a de caráter financeiro, pois, vive-se em um mundo capitalista e tudo ao redor
é recheado de temas de ordem financeira.
Concebem também que esta compreensão do mundo proporcionará
ferramentas e subsídios para que, como cidadão, o aluno possa discernir entre as
opções que lhe são ofertadas. Foram por eles, realizadas sugestões como:
abordar o tratamento da informação, ou seja, a matemática financeira, nas séries
iniciais do Ensino Fundamental; trabalhar através do lúdico com jogos do tipo
“Banco Imobiliário”; e, agregar também os pais neste trabalho, no sentido de que
levem para casa os problemas financeiros propostos pelo professor.
Segundo o grupo de professores cursistas do GTR, alguns dos fatores
que contribuem para que se criem lacunas de aprendizado ao longo dos anos do
ensino fundamental e médio são:
-O reduzido número de aulas semanais previstas para cada disciplina.
-São muitas as disciplinas previstas para cada série escolar, o que não
possibilita abordar assuntos que realmente são imprescindíveis ao aluno para que
ele obtenha sucesso nas suas relações cotidianas.
-Conteúdos que são transmitidos aos alunos sem a devida
contextualização que eles exigem e que se tornam vagos ao aprendizado.
-Pelo que se observa, quando o aluno toma conhecimento da moeda e
de sua história, por exemplo, isto tem sido transmitido de forma isolada, na
disciplina de História, sem haver a devida continuidade desse saber em alguma
atividade prática e interação com a matemática.
O grupo concluiu que para que a escola possa atingir o propósito de
fazer o aluno compreender situações financeiras, o professor poderá prever em
seu plano de aula temas relacionados às relações de compra e venda; instigando
o aluno à participação e trazendo curiosidades relativas à moeda e outros meios
de compra, cercando-se de discussões e associações referentes a produtos,
preços, mercado, etc..., abordando de forma gradativa e proporcional ao
conhecimento previsto para cada série.
Outra sugestão levantada pelos professores do GTR foi a indicação,
aos alunos, de leituras específicas de livros que visam a educação financeira,
como é o caso do livro: PAI rico, PAI pobre , de autoria de KIYOSAKI, R.T e
LECHTER, S.L, Editora Campus.
6. Conclusão
A matemática se caracterizou ao longo do tempo como sendo a ciência
que reúne clareza e raciocínio. Nos tempos atuais, de informações velozes e
globalizadas, esse caráter da matemática tem feito com que o uso de seus signos
e linguagens esteja cada vez mais presente no cotidiano. Nos noticiários, por
exemplo, surgem expressões que sistematizam o sistema financeiro na economia
mundial, como é o caso de expressões como: “as relações comerciais entre as
nações crescem de maneira linear”; “o início da crise mundial provocou um efeito
cascata na economia de inúmeros países”; “as taxas de juros caíram”; ou, “as
aplicações financeiras estão em baixa”.
Porém, em contrapartida a esta realidade, grandes desafios são
enfrentados para introduzir conteúdos de matemática financeira no rol dos
abordados em sala de aula, sendo muitos os fatores responsáveis, podendo-se
citar como primordial a formação acadêmica dos professores, os quais estão
preocupados em trabalhar conteúdos e mais conteúdos matemáticos,
esquecendo-se de que a matemática financeira está diretamente ligada à vida.
Por isso, é importantíssima, principalmente para os alunos dos cursos técnicos
profissionalizantes, os quais adentrarão ou já adentraram o mercado de trabalho e
precisam compreender todas as relações de caráter financeiro.
Através da prática investigativa proposta por esta pesquisa, concluiu-se
que é necessário incrementar os programas das escolas, tanto de ensino
fundamental quanto de ensino médio, fornecendo aos estudantes uma parcela
significativa de conhecimentos para compreenderem a vida econômica e
financeira do país.
Quanto à investigação proposta por esta pesquisa sobre a vinculação
de situações matemáticas de caráter financeiro, cuja informação seja oriunda das
diversas esferas da atividade humana, ao trabalho didático-pedagógico,
questionando se a mesma favorecia ou não a compreensão de conceitos
matemáticos fundamentais para a prática profissional do aluno ao ingressar no
mercado de trabalho, ficou bem claro que sim. Esta prática favorece a
compreensão, aguça o espírito crítico, impede a manipulação por parte das
esferas dominantes do capitalismo que impera em nossa sociedade.
Portanto, o ensino da matemática financeira permite a transversalidade
de temas e a interdisciplinaridade, por isso, o indivíduo que é orientado através de
práticas didáticas relacionadas ao cotidiano, como é a proposta desta experiência,
principalmente as de caráter financeiro, torna-se uma pessoa com comportamento
mais coerente, empreendedora, com ampla visão mercadológica e investidora.
Para tanto, é necessário que o docente esteja disposto ao dinamismo que esta
prática exige, seja lendo, seja acompanhando o contexto social ou preparando
constantemente novos materiais.
Referências:
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BERGER FILHO, Ruy Leite. Educação Profissional no Brasil: novos rumos. Revista Ibero Americana de Educação. Número 20. Maio – Agosto 1999. Disponível em: http://www.rieoei.org/rie20a03.htm . Acessado em: 12/09/2010.
BRASIL. Decreto nº7397, de 22 de dezembro de 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7397.htm> Acessado em: 26 jan. 2012.
______. LEI FEDERAL 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
FUNDAÇÃO do Desenvolvimento Administrativo (FUNDAP); Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). Disponível em: <http://www.boletim-fundap.cebrap.org.br/n1/?subject=pesquisa> Acesso em: 03/05/2012.
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KIYOSAKI, R.T.; LECHTER, S.L. PAI rico PAI pobre. 47ª Edição. São Paulo: Editora Campus, 2000.
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