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I- INTRODUÇÃO
A produção de produtos terapêuticos nada mais é que farmacotécnica.
Farmacotécnica é a ciência responsável pelo desenvolvimento e produção de
medicamentos, levando-se em conta o efeito terapêutico e a estabilidade (prazo
de validade) desejados, condições de acondicionamento, transporte e
armazenamento, bem como a forma ideal de administração e dispensação.
A farmácia magistral brasileira passou nos últimos anos por profundas
transformações, adequando a novos parâmetros de qualidade mais exigentes e
às novas legislações mais rigorosas. Contudo, o setor cresceu muito, e esse
crescimento trouxe novos desafios decorrentes do aumento da demanda por
medicamentos manipulados, tais como, o aumento da necessidade em atender a
consumidores cada vez mais informados e exigentes, o crescimento da
competição comercial e a necessidade de adequação à legislação.
O principal desafio da farmácia magistral está na conquista da credibilidade
que só será alcançada através do crescimento sustentado, pautado na obtenção
de excelência em serviços e em produtos e na capacidade técnica-gerencial. A
implantação de sistemas de garantia de qualidade, treinamentos contínuos, a
informatização, o emprego de novas tecnologias, o cumprimento das legislações
sanitárias, a política adequada de formação de preços e o marketing são alguns
dos caminhos recomendáveis.
A principal mudança foi à substituição da RDC n° 33/2000 pela RDC n°
214/2006, a qual foi substituída pela RDC n° 67/2007, que fixa os requisitos
mínimos exigidos para o exercício das atividades de manipulação de preparações
magistrais e oficinais das farmácias, como as instalações, os equipamentos,
recursos humanos, aquisição, armazenamento e controle da qualidade da
matéria-prima, avaliação farmacêutica da prescrição, e principalmente a
manipulação, conservação, transporte, e dispensação de preparações.
A disciplina de farmacotécnica tem como objetivo estudar as principais formas
farmacêuticas produzidas dentro das farmácias de manipulação com garantia da
qualidade durante todas as etapas do processo.
Assim sendo, desejamos bons estudos!
II- FÓRMULA FARMACÊUTICA
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a) Fórmula Magistral – Preparada em farmácia de manipulação, não tem registro.
b) Fórmula Oficinal – Fórmula descrita em compêndio oficial ou farmacopéia.
c) Especialidade Farmacêutica – Fórmula produzida em indústria farmacêutica, registrada em órgão oficial.
Características das fórmulas:
- Conter a quantidade adequada de PA;
- Deve ser livre de materiais estranhos;
- Liberar o PA na quantidade e velocidade adequadas;
- Ser formulada de acordo com a via de administração a que se destina.
III- EXCIPIENTES
“Componentes das fórmulas farmacêuticas que tem como objetivo acidificar/alcalinizar, conservar, estabilizar, conferir consistência, viscosidade, forma, ou seja, corrigir do ponto de vista físico-químico a preparação.”Exemplos:
- Agentes acidificantes/alcalinizantes: acertar e manter o pH. Ex: ácido cítrico, ácido acético, carbonato de sódio, bicarbonato de sódio, etc.
- Conservantes: função de impedir a proliferação microbiana.Ex: Nipagin, nipazol, butilparabeno, ácido benzóico, benzoato de sódio, etanol, álcool isopropílico, etc
- Antioxidantes: evitar a oxidação dos componentes da fórmula. A) De Fase aquosa - metabissulfito de sódio, ácido cítrico, EDTA, ácido tartárico. B) De Fase oleosa - vitamina E (tocoferol), BHT (butil-hidroxi-toluol), BHA (butil-hidroxi-alisol).
- Agentes quelantes: formam complexos solúveis com certos componentes da fórmula, podendo ser usados para eliminar da preparação substâncias indesejáveis, ou para facilitar a dissolução de substâncias desejáveis. Ex: ácido cítrico, EDTA, etc.
- Agentes de consistência: conferir consistência para as preparações farmacêuticas. Ex: cera de abelhas, álcool cetílico, MEG (monoestearato de glicerila).
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- Corantes:Conferem cor. Ex: Betacaroteno, amarelo de tartrazina, azuleno, etc.
• Não usar corantes em: colírios, errinos, injetáveis
• Pouco usados em: pomadas, emulsões (2 fases), supositórios
• Uso frequente: cápsulas, comprimidos, drágeas, xaropes, soluções de uso oral e externo, suspensões
- Agentes emulsionantes:Função de emulsionar = dispersar e misturar intimamente dois líquidos imiscíveis, formando uma preparação estável. Ex: Lauril sulfato de sódio, etc.
- Umectantes: substâncias com capacidade de umectar/hidratar a pele.Ex: Propilenoglicol, glicerina, etc.
- Emolientes: ação amaciante da pele. Ex: glicerina, óleo de amêndoas, etc.
- Solventes: dissolver componentes da formulação. Ex: Água, etanol, acetona, éter, propilenoglicol, óleo mineral, glicerina.
- Tensoativos: solubilidade em água e óleo – formam micelas que estabilizam a preparação. Alteram a tensão superficial. Ex: Lauril sulfato de sódio, etc.
- Espessantes: aumentam a viscosidade das preparações líquidas. Ex: CMC (carboximetilcelulose), hidroxietilcelulose, gelatina, gomas, carbopol, etc.
- Isotonizantes: corrigem a pressão osmótica de preparações injetáveis, colírios, pomadas oftálmicas e errinos. Ex: NaCl (cloreto de sódio), KCl (cloreto de potássio), sacarose.
- Edulcorantes: conferem sabor adocicado às preparações de uso oral. Ex: glicose, sorbitol, aspartame, etc.
- Flavorizantes: conferir aroma e sabor.Aromatizantes: corrigem o aroma.Edulcorantes: corrigem o sabor.
• edulcorantes naturais e artificiais: sorbitol, sacarose, manitol, sacarina, ciclamato de sódio, aspartame
• sucos de frutas concentrados ou liofilizados: laranja, groselha
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• extratos, tinturas, águas aromáticas
• essências: obtidas de vegetais por destilação por arraste à vapor
• compostos naturais ou sintéticos, que caracterizam aromas naturais.
OBS:Preparações para uso externo - aromatizar (perfumar). Preparações para uso oral –flavorizar.
IV- GMP (BPM) NA FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO
Conjunto de normas que visam garantir a qualidade máxima do produto:
1) Ingredientes e doses dos medicamentos
2) Qualidade das matérias-primas (fornecedores/marcas conhecidos – não tem controle de qualidade)
3) Acondicionamento e embalagem das matérias-primas e produtos acabados / rotulagem
4) Manipulação dos medicamentos - normas de fabricação por escrito
5) Evitar contaminação nas etapas de produção
6) Durante a manipulação: não tossir, espirrar, assoar o nariz, cuspir, pentear os cabelos, alimentar-se, fumar.
V- FORMAS FARMACÊUTICAS
Maneira pela qual se apresenta a fórmula farmacêutica quanto ao seu estado físico, via de administração ou método de produção.
- Líquidas: soluções, suspensões, emulsões, etc.
- Sólidas: pós, cápsulas, comprimidos, drágeas, supositórios, etc.
- Semi-sólidas: pomadas, pastas, cremes, géis, etc.
Cálculos em Farmacotécnica.
Frações Decimais
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A vírgula decimal e o ponto de refêrencia usado para determinar o valor do lugar
de um dígito em um número.
Dígitos a esquerda da vírgula decimal indicam valores de 1 ou maiores, enquanto
que dígitos a direita da virgula decimal indicam valores menores que 1.
Um numero decimal que possui um valor menor que 1 e uma fração própria ou
um decimal puro. Um numero decimal maior que 1 será uma fração mista.
A. Decimais puros: (ex.: 0,83; 0,9; 0,5).
B. Frações mistas (ex.: 1,9; 7,38; 2,252).
Operações com Frações A soma de zeros a direita da fração decimal não muda o valor da fração.
Ex.: 0,2 = 0,20 = 0,200
Para somar ou subtrair números contendo decimais, alinhe a virgula de cada
numero, uma diretamente sobre a outra e some ou subtraia normalmente.
Ex.: 0,62
0,103 0,01 +
0,733
Contudo na farmácia de manipulação as balanças são classificadas em:
• Analítica – para quantidades mínimas de até 0,001 g
• Semi- analítica - para quantidades mínimas de até 0,01 g
Exercício Efetue as seguintes Frações, respeitando sempre as vírgulas.
1) 0,215 + 0,2653 + 0,21 =
2) 5,351 + 1,452 + 2,54 =
3) 0,45 + 0,16 + 0,25 =
4) 3,68 + 2,542 =
5) 0,55 + 0,65 + 0,336 =
6) 0,225 – 0,645 =
7) 1,524 – 0,6542 =
6
8) 0,3325 – 0,2254 =
9) 2,254 – 0,325 =
10) 0,876 – 0,568 =
Sistemas de Medidas e Interconversões Tabela 3: Sistema Métrico de Peso
0,001kilograma (Kg) 1 grama (g)
1000 miligramas (mg) 1 grama (g)
1.000.000 microgramas (mcg) ou
(µg)
1 grama (g)
1.000.000.000 nanogramas (ng) 1 grama (g)
Interconversões (mais comuns em farmácia magistral): g => mg = multiplique por 1.000
ex.: 0,1gx 1.000= 100 mg
mg => mcg = multiplique por 1.000.
ex.: 1mgx 1.000 = 1.000 mcg
0,25mgx 1000 = 250 mcg
g => mcg = multiplique por 1.000.000
ex.: 1 g x 1.000.000 = 1.000.000 mcg
mcg => mg = divida por 1.000
ex.: 250 mcg - 1.000 = 0,25 mg
mg => g = divida por 1.000
ex.: 100 m g - 1.000 = 0,1g
mcg => g = divida por 1.000.000
ex.: 500 mcg x 1.000.000 = 0,0005g
De kg para g= x 1000. De g para Kg= ÷ 1000.
De g para mg= x 1000. De mg para g= ÷ 1000.
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De mg para mcg= x 1000. De mcg para mg= ÷ 1000
Tabela 4: Sistema Métrico de Volume
1000 mililitros (ml) 1 Litro (L)
1.000.000 microlitros (mcL) ou (µL) 1 Litro (L)
1.000.000.000 nanolitros (nL) 1 Litro (L) Notas: 1ml = cm3
De L para ml= x 1000.
De ml para L= ÷ 1000.
Siga o mesmo raciocínio para outras conversões, observando as tabelas acima
de equivalência. O aprendizado das interconversões e de grande importância a
todos os farmacêuticos, manipuladores e técnicos de laboratório da farmácia.
Exercício Converta as unidades de peso:
1) Transformar 1.256 g para microgramas, miligramas e kilogramas.
2) 8,4g de Na Cl em unidades de mg.
3) 100mg de ácido cítrico em g?
4) 10mg de EDTA (Ácido Etileno Diaminotetracético) em g.
5) 0,1 g Na Cl em mg?
6) Transformar 150mg de Glicose em g.
7) Transformar 0,3Kg de ácido cítrico em g.
8) Transformar 1500mg levotiroxina sódica em mcg.
9) Transformar 2g em miligrama e kilogramas.
10) Transforme 1200 mcg em miligramas.
11) Transforme 1150 mcg em miligramas e gramas.
L - litro
ml - mililitro
1l = 1000ml
1ml = 20gotas
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12) Transforme 2 Kg em miligramas.
13) Transforme 1,5 Kg em miligramas e gramas.
14) Transforme 200 mg em kilogramas e gramas.
15) Transforme 4,5 Kg em gramas.
Exercícios: Converta as unidades de volume
1) 0,5L de glicerina em unidades de ml.
2) 30 ml de solução de NaOH em unidade de L.
3) 50 ml de solução de ácido cítrico em unidades de L.
4) 10 gotas de AMP 95 em ml.
5) Transformar 3.5 L de água em ml.
6) 5 ml de corante em gotas.
7) 40 gotas de ácido acético em ml.
8) 2 ml em gotas.
9) 2.5L em ml.
10) 500 ml em L.
Regra de Três (Razão e Proporção) Quando se é confrontado com o problema de comparar duas ou mais
quantidades, o procedimento de razão e proporção (conhecido como "regra de
três") e um bom método para se utilizar e resolver o problema.
Razão considera os tamanhos relativos de dois números. E encontrada dividindo-
se um numero com o qual ele esta sendo comparado.
Utilizando-se razão e proporção, as duas razões sendo comparadas devem ser
escritas na mesma ordem e devem estar nas mesmas unidades. Exemplo: Se em uma solução de hipossulfito de sódio, tenho 20g em 100ml, quantos
gramas de hipossulfito eu precisaria para preparar 20ml de uma solução na
mesma concentração?
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• Determine o valor de x na proporção:
Solução: 5 . x = 8 . 15
5 . x = 120
x = 24
Logo, o valor de x é 24.
Exercícios
1- Um xarope para tosse contém 2 mg de maleato de bromfeniramina em
cada 5 ml. Quantos miligramas do ativo devem estar contidos num frasco
de 120 ml?
2- Tomar de 12/ 12 horas 5 ml de xarope de Própolis a 50mg. Qual ó volume
final a ser manipulado?
3- Xarope a base Guaifenesina 100 mg/15 ml, tomar a cada 4 horas. Qual a
quantidade em gramas (g) á ser pesada para 250 ml?
4- Quanto devo pesar de Dipirona de 10 mg/ ml para preparar 30 ml?
5- Formulação de suspensão de antibiótico, com posologia de 3/3 horas, onde
a dosagem é de 500 mg, para tomar durante 10 dia. Qual a quantidade á
ser pesada? Calculo envolvendo Produtos Industrializados (Alteração da Dosagem
Padrão)
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Veja a seguinte prescrição:
Glicazida................................ 60mg
Excipiente........... qsp....... 1 cápsula.
Mande 30 cápsulas.
A matéria-prima acima não esta disponível na forma de sal para manipulação,
sendo necessária a utilização do produto industrializado chamado Diamicron®
que se encontra disponível nas apresentações de 80mg com 20 ou 60
comprimidos. Qual o numero de comprimidos de Diamicron® são necessários
para o aviamento da formulação acima?
Resposta: 60mg de glicazida x 30 cps = 1800 mg glicazida ÷ 80mg (Diamicron®)
= 22,5 comprimidos de Diamicron®
Resposta: Deverão ser utilizados 22,5 comprimidos de Diamicron® e quantidade
suficiente de excipiente necessário para completar 30 cápsulas.
Cálculos de Concentrações Percentuais em Preparações Liquidas: Exercício1: Qual a porcentagem de álcool na formulação abaixo?
Espírito de clorofórmio 50,0ml (90% álcool)
Elixir aromático 150,0 ml (21% álcool)
Elixir de Terpeno hidratado 300,0 ml (45% álcool)
Tome 5 ml para tosse.
Solução: Passo 1 : 50+ 150+ 300 = 500 ml
Passo 2: 50x90 = 4500
150x21 = 3150
300 x 45 = 13500 +
=> 21150 Passo 3: 21150 ÷ 500 = 42,3%
Resposta: 42,3%
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Exercício 1- Qual a quantidade de hidroxizine é necessária para a preparação de 150
cápsulas de 25 mg cada? Expressar o resultado em mg, g e Kg.
2- Formulação com o seguintes componentes:
- Ext. seco de Alcachofra ...................200mg
- Ext. seco Centella Asiática ..............150mg
- Ext. seco Romã ..................................50mg
Qual a quantidade em gramas(gr) á ser pesada para 30 cápsulas.
3- Qual a quantidade a ser pesada de Ibuprofeno 500mg para manipular 60
cápsulas, porém a balança só pesa em unidade de kilograma (kg)?
4- Quanto devo pesar de Silimarina de 10 mg para tomar de 12/12 horas,
durante 30 dias?
5- Qual a quantidade de cápsula á ser manipulada de Difosfato de cloroquina
de 75mg, com duração do tratamento de 3 meses, tomando 2 cápsulas ao
dia?
6- Qual a quantidade em gramas a ser pesada de cada componente, para 45
cápsulas:
- Chá verde .........................50 mg
- Sene ..................................30 mg
- Aloina ...............................20 mg
7- Quanto devo pesar em gramas de Citrus aurantium de 500mg, para tomar
1x ao dia, durante 30 dias?
8- Qual a quantidade em kg de Amido de 1000mg?
9- Quanto devo pesar de Creatina de 200mg para 60 dias, tomando 2 vezes
ao dia?
10- Qual a quantidade a ser pesada em gramas de Paracetamol a 0,010 kg
para 30 cápsulas?
Porcentagem E muito utilizado para expressar concentrações em formulações farmacêuticas.
Por cento significa "partes por 100" e tem o símbolo %.
Exemplo: 3% significa 3 partes em 100 partes totais.
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Por cento e um numero relativo. Quando porcentagem e usada, dois valores
estão envolvidos.
Exercícios: 1) Uma formulação de medicamento anti-inflamatório, custa $ 50,00 reais,
porém o atendente ofereceu 25% de desconto. Qual o valor da fórmula?
2) Um medicamento custa $ 75,00, pagando á vista tem desconto de 10%.
Qual o valor do medicamento?
3) Ao fazer um orçamento de um medicamento para artrite, o valor ficou $
120,00, porém o cliente pediu desconto, a farmácia concede até 30 %.
Qual o valor do medicamento?
4) Um medicamento custa $ 100,00, em dias de oferta tem desconto de 10%.
Qual o valor do medicamento?
5) Em dias de saldão de oferta, os medicamentos e perfumaria tem descontos
de até 30%. Quanto irei pagar em Captopril $ 35,00 e um Creme Hidratante
de $ 25,00 reais, respectivamente?
Expressão de concentrações em porcentagem: A. Porcentagem peso por volume, % p/v: numero de gramas de um constituinte
(soluto) em 100ml de uma preparação liquida (solução).
B. Porcentagem peso por peso. %p/p: numero de gramas de um constituinte em
100g de uma preparação.
C. Porcentagem volume por volume. %v/v: numero de mililitros (ml) de um
constituinte em 100 ml de uma preparação.
D. Miligrama por cento. mg%: numero de miligramas de um constituinte em 100g
ou 100ml de uma preparação.
Exemplo 1:
Se 4g de acido salicílico são dissolvidos em quantidade suficiente para preparar
250 ml de solução, qual a concentração em termos de porcentagem p/v da
solução?
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Exemplo 2:
Para se preparar 30g de um creme com colágeno a 5% p/p, qual a quantidade de
colágeno a ser pesada?
Exemplo 3:
a. (x) ml soluto em 100 ml solução Ex: Álcool 70% (em 100ml de preparação ou solução tenho 70ml de álcool) b. (x) g soluto em 100g solução Ex: Creme salicílico 3% (em 100g de preparação tenho 3 g de ácido
salicílico)
c. (x) g soluto em 100ml solução Ex: Ácido bórico 2% (em 100ml de preparação tenho 2 g de ácido bórico
Exercícios: Resolva
• 5% em 200g
• 3,5% em 100mg
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• 0,05% em 1,55g
• 0,025% em 1000ml
• 0,5% em 2,75l
• 0,8000% em 1,5l
• 1,5%em 1500ml
• 0,25% em 1,75g
Calcule o valor a ser pesado de cada componente da formulação para 30 g.
1) - Óxido de zinco ............................................................................ 25 %
- Talco ............................................................................................ 25 %
- Glicerina ....................................................................................... 25 %
- Metilparabeno ............................................................................ 0,15 %
- Água.............................................................................................. 25 %
2) - Enxofre Líquido ........................................................................... 0,5%
- Irgasan ...................................................................................... 0,5%
- Gel de Carbopol ................... qsp................................................ 50 g
3) - Acido Salicílico ............................................................................ 2%
- Enxofre precipitado ...................................................................... 5%
- Creme Oil Free ...................... qsp .............................................100g
4) - Ól. de Amêndoas .......................................................................... 5%
- Ól. Semente de Uva ...................................................................... 3%
- Creme base .................................. qsp ....................................... 50 gr
5) - Ext. Glic. de Arnica ..................................................................... 2%
- Ext.Glic de Calêndula .................................................................. 3%
- Pomada .................................qsp ................................................. 75g
Diluição de Concentração
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Para calcular a concentração de uma solução preparada através da diluição de
uma outra solução de concentração conhecida, uma proporção pode ser
empregada como a seguinte:
C1 x V1 = C2 x V2
Onde:
C1 = Concentração Inicial
V1 = Volume Inicial
C2 = Concentração Final
V2 = Volume Final
Exercícios
1. A partir de um álcool a 96%, produzir 100ml de álcool a 70%.
2. A partir de uma solução 10% de açúcar em água, produzir 100ml de uma
solução a 5%.
3. Como podemos fazer para transformar 150mL de uma solução de Na Cl a
45% em uma solução 25%?
4. A partir de 500 ml de álcool 96%, produzir álcool a 70%.
5. A partir de 1 litro de hipoclorito a 5%, produzir hipoclorito a 1,5%
6. Produzir 500ml álcool a 70% usando álcool a 98%
7. Produzir 1000ml hipoclorito 1% usando hipoclorito a 2,5%
8. Produzir 1,5 l hipoclorito 2% usando hipoclorito a 15%
9. A partir de 1500 ml de álcool 92%, produzir álcool a 70%.
10. Como podemos fazer para transformar 100mL de uma solução de
sacarose a 20% em uma solução 10%?
Densidade A densidade e derivada da combinação de massa e volume.
E definida como massa(g) por unidade de volume (ml) de uma substancia.
Formula para o calculo da densidade:
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Onde:
d: densidade (g/ml)
m: massa (g)
v: volume (ml)
Exemplo: a água a 25°C tem densidade igual a 1,000; isto significa que 1 grama
de água nessa temperatura ocupa o volume de 1 mL. Adicionando-se sal na
água, a densidade será alterada para mais. Já na mistura água, álcool etílico, a
densidade será menor que 1,000.
Portanto, nas misturas a densidade das substancias adicionadas interferira
na densidade final, permitindo determinar possíveis adulterações através da
medição da densidade.
Quantidade Suficiente para (qsp): E bastante comum o medico ao final da formulação indicar a quantidade de
veículo suficiente para determinada quantidade. Devemos então somar a
quantidade total dos demais itens e subtrair do total solicitado.
Exemplo 1: Creme
Uréia ........................................ 5g
Óleo de amêndoas .................. 10g
Creme base ........ qsp ............. 50g.
Utilizaremos de veiculo: 50 - (5 + 10) = 35g
Resposta: 35g de creme
Exemplo 2: Cápsulas
Cascara sagrada .................... 100 mg
Espirulina ................................ 200 mg
Excipiente .......... qsp .............. 500 mg
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Devemos utilizar de excipiente por capsula: 500 - (100 + 200) = 200
Resposta: 200mg de excipiente.
Diluição geométrica
A diluição geométrica é um método utilizado para assegurar que pequenas quantidades de pós, geralmente fármacos potentes, estejam distribuídos uniformemente em uma mistura. É empregada com o objetivo de facilitar e aumentar a segurança e a precisão da pesagem de fármacos com baixa dosagem e difíceis de pesar com exatidão.
Para o processo de homogeneização antes da encapsulação onde ocorre uma diferença de proporção entre os componentes ativos e o excipiente, é possível obter uma mistura mais homogênea por meio da adição sequencial destas substâncias no gral. Isso pode ser alcançado misturando-se a princípio os componentes ativos com um volume aproximadamente igual dos diluentes.
Princípios ativos diluídos: Diluído à 1:10 (exemplos: Alprazolam, Clonazepam, Diazepam, Prednisolona, etc.), 1:100 (exemplos: Bumetamida, Clonidina, Digitoxina, Digoxina, Fludrocortisona, etc.) ou à 1:1000 (exemplos: T3, T4), etc, antes de ser estocado.
Tipos de Diluições Geométricas: As diluições normalmente empregadas são de 1:10, 1:100 ou 1:1000, dependendo da faixa de dosagem da substância.
• Até 0,1mg recomenda-se a diluição 1:1000
• De 0,11mg a 0,99 mg recomenda-se a diluição 1:100
• Acima de 1 mg recomenda-se a diluição 1:10
De acordo com a literatura Prista, na mistura de dois pós que estão em uma formulação em quantidades desiguais, deve-se primeiro triturar o princípio ativo com igual volume do diluente, reduzindo a um pó com a mesma tenuidade. Esta operação é repetida, adicionando à mistura, de cada vez, um volume de diluente aproximadamente igual ao que ele já ocupa, até que todo diluente seja consumido.
Outra técnica que pode ser utilizada para princípios ativos difíceis de pesar com exatidão é adição de corantes a estes ativos. Como por exemplo, uma diluição a 1:100, pesa-se 0,1g de substância ativa, adiciona-se uma quantidade pequena de corante e mistura-se com o restante do excipiente, descontando deste excipiente o peso do ativo e do corante. Lembrar dos Pacientes Alérgicos a corantes.
Diluição 1:10- diluições finamente pulverizadas de substâncias medicinais potentes, antes designadas oficialmente como contendo 1 parte de substância ativa em 10 partes de mistura.
Exemplo: Quantos gramas de uma trituração 1:10 são requeridos para obter 25mg de fármaco?
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R.: 10g de trituração (paracetamol +excipiente) contêm 1g de fármaco (paracetamol)
25mg paracetamol= 0,025g
Por regra de três, 25mg de paracetamol está em 0,25g de trituração.
Cálculo de Controle de Qualidade de Cápsulas (RDC 67/2007)
Atender às normas de qualidade da Farmacopéia Brasileira IV evita que o estabelecimento que manipula insumos farmacêuticos sofra sanções aplicadas pelo órgão de Vigilância Sanitária. As infrações derivam do não cumprimento dos itens qualificados como Imprescindível (I) e Necessário (N) no Roteiro de Inspeção, constante do Anexo IV da Resolução RDC 33/00, sem prejuízo das ações legais que possam corresponder cada caso.
Verificado o não cumprimento desses itens do Roteiro de Inspeção, deve ser estabelecido um prazo para adequação de acordo com a complexidade das ações corretivas que forem necessárias. Caso haja danos comprovados ao consumidor decorrentes de desvios da qualidade na manipulação de preparações magistrais e oficinais, o responsável estará sujeito às disposições previstas na Legislação Sanitária vigente.
Se a Lei número 6.437/77 art 10, inciso XXIX – por transgredir normas legais e regulamentares destinadas à proteção da saúde – for contrariada, o proprietário do estabelecimento pode levar uma advertência, apreensão, inutilização e/ ou interdição do produto; suspensão de venda e/ou fabricação do produto, cancelamento do registro do produto; interdição parcial ou total do estabelecimento, cancelamento da autorização de funcionamento da empresa, cancelamento do alvará de licenciamento do estabelecimento e proibição de propaganda.
Portanto, para garantir a qualidade do processo, a farmácia deve dispor de um laboratório de controle de qualidade capacitado para a realização de controle em processo e análise da preparação do medicamento, a fim de evitar as penalidades acima.
Passo a passo
Toda farmácia deve manter o Procedimento Operacional Padrão (POP) para a realização do Peso médio e Uniformidade de Doses Unitárias em cápsulas de acordo com o procedimento da Farmacopéia Brasileira IV edição. Para isso, é necessário seguir os seguintes procedimentos:
Peso médio
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Com a adoção do desvio padrão e, principalmente, do coeficiente de variação, é possível medir o tamanho do processo. Assim, estabelecerá um indicador para a qualidade do processo de encapsulação do medicamento e verificará a eficiência do manipulador.
Procedimento para cápsulas duras
a) Pesar individualmente 20 cápsulas e determinar o peso médio. Pode-se aceitar a variação dos pesos individuais em relação ao peso médio, conforme indicado na tabela:
Forma farmacêutica- Peso médio ou valor nominal declarado- Limites de variação
Cápsulas duras Até 300mg ± 10%
Cápsulas duras Acima de 300 mg ± 7,5%
b) Se uma ou mais cápsulas estiverem fora dos limites indicados, pesar individualmente 20 unidades, remover o conteúdo de cada uma e pesar novamente.
c) Determinar o peso médio do conteúdo pela diferença dos valores individuais obtidos entre a cápsula cheia e vazia.
d) Pode-se tolerar, no máximo, duas unidades fora dos limites especificados na tabela em relação ao peso médio. Porém, nenhuma poderá estar acima ou abaixo do dobro das porcentagens indicadas.
e) Se mais que duas (porém não mais que seis cápsulas) estiverem com variação entre uma e duas vezes o índice da tabela em relação ao peso médio, é necessário determinar o peso do conteúdo em mais 40 unidades e calcular o peso médio das 60.
f) Determinar as diferenças em relação ao novo peso médio. Pode-se tolerar no máximo seis unidades em 60 cápsulas, cuja diferença exceda os limites da tabela em relação ao peso médio, porém, nenhuma cuja diferença exceda o dobro dos mesmos.
É importante que a farmácia mantenha os registros dos cálculos e dos valores dos pesos encontrados.
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Desvio padrão e coeficiente de variação: Após a realização do peso médio é importante aplicar os conceitos de desvio padrão e coeficiente de variação, pois somente o peso médio pode proporcionar um resultado final errôneo. O objetivo em se medir o desvio é encontrar uma quantidade que indique a variação em torno da média de um conjunto de medidas.
Conjunto 1 - Cápsulas contendo: 4mg, 5mg, 6mg, 7mg, 8mg.
Conjunto 2 - Cápsulas contendo: 2mg , 4mg, 6mg, 8mg 10mg .
A média de cada conjunto é igual a seis. Contudo a amplitude dos valores do segundo conjunto é o dobro da amplitude do primeiro, nesse caso o segundo conjunto varia duas vezes mais que o primeiro.
a) Desvio Padrão- raiz quadrada da variância
Exemplo:
Como calcular o desvio padrão de 3,5,2,1,3,4,6,9,3?
O primeiro passo para o cálculo do desvio padrão é calcular a média dos valores.
Assim:
Média= 3+5+2+1+3+4+6+9+3 / 9 36/9 Média= 4
O segundo passo é calcular (xi - média.)², onde xi é cada um dos valores. Assim teremos:
(3-4)² = (-1)² = 1
(5-4)² = (1)² = 1
(2-4)² = (-2)² = 4
(1-4)² = (-3)² = 9
(3-4)² = (-1)² = 1
(4-4)² = (0)² = 0
(6-4)² = (2)² = 4
(9-4)² = (5)² = 25
(3-4)² = (-1)² = 1
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O terceiro passo é calcular a variância (s²):
s² = ∑ (xi –média )2 / (n – 1)
s² = 1+1+4+9+1+0+4+25+1
s² = 46/(n-1)
s² = 46/(9-1)
s² = 46/8
s² = 5,75
Esse valor é chamado de variância.
Finalmente, o desvio padrão (s) é a raiz quadrada da variância, isto é,
s= √s²
s = √5,75 = ~ 2,3979
b) CV:
Calcular o desvio padrão pela fórmula:
Em que:
s = desvio padrão da amostra;
X = média;
De acordo com a literatura técnica farmacêutica e farmácia galênica, recomenda-se adotar como tolerância o valor de 5%.
Fator de Correção e de Equivalência
* Fator de Correção:
Permite corrigir substâncias originalmente comercializadas na forma diluída. Essas diluições são fornecidas pelo fabricante.
Exemplo: Vitamina E 50%.
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Fc = 100%/50% = 2
Fc = a quantidade que se quer/ pela quantidade que se tem.
Então você descobre quantas vezes mais você precisa usar esse material para conseguir a quantidade desejada.
* Fator de Equivalência (Feq):
Permite intercambiar uma substância na sua forma salina, éster ou hidratada com sua molécula base ou anidra, em relação a qual forma farmacêutica de referência estaria dosificada (em relação à substância que se deseja usar).
Pode-se então ver quanto que uma forma salina de um composto por exemplo, quantas vezes tem que usá-lo para equivaler à quantidade da substância farmacêutica na sua forma "pura" sem se ligar a nenhum sal.
Exemplo:
- Hidrocortisona - 0,1 g
- Creme base q.s.p. 30 g
O médico prescreve na forma de hidrocortisona, mas acetato de hidrocortisona (a forma salina dele) que é a forma disponível para compra.
PM do acetato de hidrocortisona = 405,51.
PM do hidrocortisona base = 362,47.
Feq = 405,51/362,47 = 1,12.
Descobre-se assim a quantidade de vezes que tem que aumentar o valor de hidrocortisona quando se tiver utilizando seu sal (acetato de hidrocortisona).
0,1 X 1,12 = 0,112 g (Passará a ter que ser utilizado para ter a mesma quantidade de hidrocortisona -ter o mesmo efeito- do que se fosse utilizado sua forma pura).
Então corrigindo o valor a ser pesado para a formulação com 0,1 g de hidrocortisona, se usar acetato de hidrocortisona terá que pesar 0,112 g para ter a mesma quantidade de hidrocortisona.
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS
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1- SOLUÇÕES
São sistemas homogêneos de duas ou mais substâncias (Dissolução = operação física que consiste em misturar duas ou mais substâncias em um meio líquido, de modo a formar um sistema homogêneo chamado de solução).
Classificação quanto à via de administração:
- solução oral (xarope , elixir, mélito, etc.)
- solução nasal (errino)
- solução auricular (solução otológica)
- solução oftálmica (colírios)
- soluçõescavitárias (colutório, gargarejo, ducha, enema)
- soluções injetáveis
Solvente mais usados
Atóxico, baixo custo, inerte, não irritante e compatível com os componentes da formulação e com o material de acondicionamento.
- Água: Por exercer efeito solvente sobre a maioria das substâncias, a água natural é impura e contém quantidades variáveis de sais inorgânicos dissolvidos e microorganismos. A água para ser aceitável deve ser transparente, incolor inodora e neutra. A água potável de torneira é utilizada como matéria-prima para a obtenção de água purificada, e somente a água purificada poderá ser utilizada na produção de medicamentos.
Controle de Qualidade da água:
• pH
• resistividade. (-resistiv. = mais pura)
• microbiológico
• propriedades organolépticas – cor, odor, sabor
• análise de material orgânico
• análises químicas específicas (teste de Ca, Mg, etc.)
- Álcool: É empregado como o principal solvente para muitos compostos orgânicos. Forma com a água compostos hidro-alcoólicos que dissolvem substâncias solúveis tanto em álcool quanto em água, sendo uma característica principal na extração de substâncias ativas de drogas naturais. No entanto, à parte suas vantagens como solvente e conservante, existem preocupações quanto aos seus efeitos tóxicos, quando de sua ingestão de medicamentos, principalmente em crianças.
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- Glicerina: A glicerina é um líquido viscoso, transparente e doce. É miscível em água e álcool. Como solvente, é comparável ao álcool, mas, devido a sua viscosidade, o processo de dissolução dos solutos é lento, a menos que a viscosidade seja reduzida pelo aquecimento. A glicerina tem propriedades conservantes, e muitas vezes usada como estabilizante e como solventes auxiliar em misturas com álcool e água.
- Propilenoglicol: É um líquido viscoso miscível em água e álcool. Trata-se de um solvente útil que tem muitas aplicações e freqüentemente é usado em lugar da glicerina nas modernas fórmulas farmacêuticas. Controle de qualidade da água:
OBS: Se a solubilidade for em água, melhor. Se não for em água fria precisa ver se pode aquecer a formulação sem degradar o PA. Se não for solúvel em água procurar outro solvente, não esquecendo de verificar a estabilidade da solução
Filtração da solução
1- Papel de filtro: Utiliza-se, de modo geral, o papel qualitativo na filtração de soluções não viscosas ou de baixa viscosidade. No caso da preparação de formas farmacêuticas líquidas são obtidas soluções límpidas e, portanto, emprega-se o papel pregueado e não liso, usado apenas quando se quer aproveitar o sólido retido.
2- Gaze e algodão: Xaropes e soluções viscosas devem ser filtrados por papéis próprios ou em gaze dobrada e colocada no interior do funil. Através da filtração ficam retidos os materiais estranhos à formulação. Todos os medicamentos preparados sob a forma de solução devem ser filtrados e depois acondicionados
1.1- SOLUÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO ORAL PROPRIAMENTE DITA
Técnicas de preparo:
- redução do tamanho das partículas (trituração, tamisação)
- pesagem ou medida de volume
- dissolução, diluição
- homogeneização
- filtração
- acondicionamento
- rotulagem (verde)
Dispensação:colher de chá (5mL), colher de sopa (10 a 15mL), gotas, frasco medida, flaconete.
1.2- XAROPE
Forma farmacêutica líquida com cerca de 2/3 de seu peso em sacarose.
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- Xaropes com adoçantes artificiais (diabéticos) =uso de espessantes(CMC, MC, glicerina).
- Preparo: a frio ou a quente
- Alterações: degradação do PA. Caramelização: desenvolvimento de microorganismos, oxidação (luz), com o tempo ocorre cristalização da glicose.
Devido à concentração de 2/3 de sacarose desfavorece a contaminação microbiana.Se não for consumir imediatamente há a necessidade da adição de conservante.
1.3- ELIXIR
Forma farmacêutica líquida hidroalcoólica, aromatizada e edulcorada com sacarose ou sacarina para uso oral.Ex. elixir de fenobarbital, elixir paregórico, etc.
- Menos doce e viscoso que o xarope.
- propilenoglicol, glicerina ou sorbitol: viscosidade
- pode ser um veículo para outra preparação
- Não é necessário o uso de conservante. Tem bastante álcool.
Preparação: a frio: dissolução e mistura. Cuidado com a turvação.
2- SOLUÇÕES ESPECIAIS
2.1- PREPARAÇÕES OTOLÓGICAS
São formas farmacêuticas líquidas, pastosas ou em pó, destinadas a serem instiladas no canal auditivo para o tratamento de otites externas e médias ou para a lavagem auricular.
Características
1. Devem ser produtos semi-estéreis
2. O veiculo deve ser viscoso, para aderir às paredes do canal auditivo: glicerina, propilenoglicol, óleos, ou uma mistura de água.
3. Deve ter o pH entre 5 e 7,8
Preparo
1. Pese ou meça precisamente cada matéria-prima da formulação
2. Dissolva as M.P em cerca de ¾ da quantidade de veículo e misture bem.
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3. Adicione o veículo em q.s.p para o volume final e misture bem.
4. Tome a amostra da solução, determine o pH, transparência e outros fatores de qualidade.
5. Embale e rotule.
2.2- PREPARAÇÕES NASAIS
São formas farmacêuticas em soluções de uso nasal, com ação local ou sistêmica. São preparadas para a administração na forma de gotas ou sprays.Podem existir, ainda, as suspensões nasais e os géis nasais e pomadas nasais.
Características dos veículos
1. Possuir um pH situado entre 6,5 e 8,3
2. Ter uma tonicidade que na interfira na motilidade dos cílios nasais (isotonia)
3. Não modificar a viscosidade normal do muco nasal
4. Ter uma cerca capacidade tampão
5. Ser compatível com a fisiologia nasal
6. Possuir estabilidade que se mantenha por longo tempo
7. Conter antimicrobianos em quantidade suficiente para inibir o crescimento de bactérias que nele sejam introduzidas pelo conta-gotas
8. Ser estéril
2.3- COLÍRIOS
“Soluções ou suspensões aquosas ou oleosas contendo uma ou várias substâncias medicamentosas destinadas à instilação ocular.”
- o fármaco vai se dissolver no filme aquoso formado pela conjuntiva
- conjuntiva = membrana que recobre a córnea e a pálpebra internamente, muito vascularizada umidade natural do olho
- Absorção depende - balanço hidro/lipossolúvel
- pH
-estabilidade: antioxidantes (sulfito de sódio, metabissulf. de sódio)
O conservante pode ser inativado por:
- pH da preparação
- exposição ao calor
- reação com recipiente
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- presença de inativadores na formulação
2.4- COLUTÓRIOS
“Formas farmacêuticas líquidas, aquosas, destinadas a serem aplicadas diretamente sobre as partes internas da boca e garganta para tratamento de afecções e infecções.”
Características
- preparações viscosas
- veículos: glicerina, propilenoglicol, xarope, mel
- uso de essências e corantes (cores fortes- não é para deglutir)
- fármacos: antissépticos, antibióticos, anestésicos locais
2.5- GARGAREJOS
“Soluções aquosas destinadas à lavagem e assepsia da boca e garganta.”
Característica: Não é para ingerir, o veículo é aquoso ou hidroalcoólico, pode conter mel, glicerina e flavorizantes. São antissépticos, antibióticos, anestésicos locais.
- SOLUÇÕES EXTEMPORÂNEAS
São as soluções preparadas imediatamente antes de se usar devido à degradação. Recomenda-se guardar em geladeira.
3- SUSPENSÕES
Formas farmacêuticas líquidas, heterogêneas, de duas fases, constituídas por um sólido insolúvel num líquido.
Usos:tópico (sulfato de selênio, calamina), oral (antibióticos), parenteral (penicilina benzatina) e em mucosas (colírio de acetato de cortisona).
Vantagens:administração de PAs insolúveis, instabilidade de PAs em solução, PAs com odor e sabor desagradável: mascarar sabor desagradável, permite prolongar o tempo de ação do medicamento, retardando-se o tempo de liberação e absorção.
Características desejáveis
- Sedimentação lenta
- Uma boa suspensão deve sedimentar-se lentamente;
- Fácil redispersão
- Deve voltar a dispersar facilmente com agitação suave do recipiente
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- Escoamento adequado
- A suspensão deve escoar com rapidez e uniformidade do recipiente.
- Quanto mais viscosas, mais estáveis serão as suspensões. Porém, o excesso de viscosidade compromete o aspecto e a retirada do medicamento do frasco.
- Tamanho das partículas adequado
Principais fatores que interferem na estabilidade
- Concentração do PA,
- Queremos que as partículas permaneçam totalmente dispersas
- Molhabilidade: substituição da fase ar/sólido pela fase líquido/sólido – facilidade com que o líquido se espalha pela superfície sólida.,
- Sedimentação: toda suspensão sedimenta com o tempo (gravidade)
- tamanho das partículas sólidas – quanto maior a partícula, mais rapidamente se deposita
- a taxa de sedimentação diminui à medida que a diferença entre a densidade das partículas sólidas e do líquido diminuem
- viscosidade da fase líquida – quanto maior a viscosidade, maior o tempo de sedimentação
- Redispersibilidade: prevenção da compactação.
- Crescimento dos cristais: O crescimento dos cristais depende de sua solubilidade no liquido dispersante.
OBS: Quando não se pode evitar qualquer inconveniente com a suspensão, resta a possibilidade de preparar no momento da utilização.O produto é dispensado ao paciente na forma de pó ou granulado, ao qual basta adicionar com agitação, uma determinada quantidade de liquido (geralmente, água).
Agentes molhantes: facilitam o espalhamento do líquido na superfície sólida. Ex: monoestearato de alumínio, propilenoglicol, glicerina
Agentes suspensores (espessantes): compostos utilizados para aumentar a viscosidade da fase externa de uma suspensão. Características: não irritante, atuar em concentrações baixas e inerte.
- SUSPENSORES PARA VEÍCULOS AQUOSOS: Gomas, Alginatos, Metilcelulose, Carboximetilcelulose, Celulose microcristalina, Carbopol, gelatina, PEGs, etc.
- SUSPENSORES PARA VEÍCULOS OLEOSOS: Lanolina, Ceras, Óleo de rícino.
Procedimento geral para preparo de suspensões
- dispersar o agente suspensor em q.s. de água
- tamisar os sólidos insolúveis
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- micronizar os fármacos com agente molhante e um pouco de água em gral com pistilo (levigação)
- adicionar o agente suspensor disperso em q.s. de água no gral descrito em 3
- transferir para um cálice e conferir o volume
- adicionar o flavorizante, o conservante, o edulcorante e o corante se houver em prescrição.
- embalar e rotular.
Acondicionamento: vidros siliconados = evitam a aderência dos cristais nas paredes do vidro e formação de espuma na agitação (presença de tensoativos)
Ensaios realizados com as suspensões
- Determinação do tamanho das partículas
- Determinação da densidade aparente
- Determinação do teor do PA:homogeneidade de dose
- Determinação do pH: deve estar compatível com o pH do veículo (interfere na solubilidade), e com a via de administração, influi na solubilidade do PA e na sua liberação
- Medida de viscosidade
- Determinação do volume de sedimentação: colocar a suspensão numa proveta e deixar depositar até que não aumente a altura do sedimento
- Suspensões oftálmicas e Suspensões injetáveis:esterilidade.
4- EMULSÕES
“Mistura termodinamicamente instável de 2 líquidos imiscíveis”. Uso agente emulsificante (tensoativo): Após a agitação um líquido se dispersa no seio do outro. Com o passar do tempo há a separação de fases (sistema instável), mas com o uso do agente emulsificante pode-se ter a estabilização das emulsões.
O tensoativo tem uma parte apolar (se liga na fase oleosa) e outra parte polar (se liga a fase aquosa).O tensoativo vai estar sempre na interface das fases interna e externa.
Tipos:Forma farmacêutica: uso oral, parenteral e uso externo e Forma cosmética: cremes e loções.
Estabilidade relacionada:
- tamanho das partículas
- viscosidade da fase externa maior, mais estável
- uso de tensoativo
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Componentes de uma emulsão
a) Fase aquosa: água, compostos hidrossolúveis, PAs, conservantes (têm que ficar na fase aquosa pois osmos se desenvolvem nesta fase), corantes
b) Fase oleosa: óleos, ceras, gorduras, vitaminas e PAs lipossolúveis, antioxidantes, conservantes,Lanette (Henkel), Polawax (Croda)
c) Agentes emulsificantes: Tendência que um líquido tem para reduzir a tensão superficial entre as fases.
Vantagens e Desvantagens
Nas emulsões o fármaco pode estar dissolvido ou suspenso nas fases aquosa ou na oleosa, e esta versatilidade é uma das principais vantagens das emulsões.
Entre as desvantagens, destacam-se: Baixa estabilidade física ou físico-química; Menor uniformidade
Tensoativo
Os tensoativos, ou agentes emulsificantes auxiliam na produção de uma dispersão estável, pela redução da tensão interfacial e conseqüente manutenção da separação das gotículas dispersas, através da formação de uma barreira interfacial.
Os tensoativos têm um grupamento polar (hidrofílico) que é orientado em direção a água e um grupamento apolar (lipofílico) que está direcionado ao óleo.
O processo de emulsificação permite a dispersão de um liquido em outro, sendo um hidrófilo e ooutro lipófilo, de forma que o sistema fique estável, mesmo depois no estado de repouso. Esteprocesso se dá pela adição de um tensoativo, também chamado de emulsificante ou surfactante. Tipos:
a) Tensoativos aniônicos:Ex: lauril sulfato de sódio, lauril sulfato de trietanolamina
b) Tensoativos catiônicos:exemplos: compostos quaternários de amônio
c) Tensoativos não-iônicos:Monoestearato de glicerila, Tweens (ésteres do sorbitano) - originam emulsões O/A, Spans (ésteres do polioxietilenosorbitano) - originam emulsões A/O
d) Tensoativos anfóteros: dodecil-diaminoetil-glicocola (DAG)
Outros:
- goma arábica:
- gelatina:
- metilcelulose, CMC sódica
- alginatos, agar-agar
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- dextrinas
- ceras, lanolina
Adjuvantes complementares nas emulsões
1) Umectantes:função de evitar a evaporação da fase aquosa (principalmente em emulsão O/A). Exemplo: glicerina, sorbitol, propilenoglicol
2) Conservantes:Colocar os conservantes em > quantidade pois os tensoativos interagem com uma parte deles.
OBS: Quando a concentração o emulsificante é alta, pode-se formar um filme rígido entre as fases imiscíveis que atua como uma barreira à coalescência das micelas.
A formação de uma camada dielétrica resulta em forças elétricas de repulsão entre as gotículas minimizando a coalescência.
5- LOÇÕES
“Formas farmacêuticas líquidas, de característica aquosa, que se destinam à aplicação externa, sem fricção. Podem ser soluções, suspensões ou emulsões.”
Vantagens: fácil espalhabilidade, fácil remoção, menos irritantes para a superfície cutânea do que as pomadas (não obstruem os poros).
Usos: Externo (tópico); Anti-sépticos, germicidas e anti-micóticos (infecções da pele); ação calmante e sedativa nas irritações cutâneas
Preparo: vai depender da loção ser uma emulsão, solução ou suspensão
6- INJETÁVEIS
“Formas farmacêuticas constituídas por soluções, suspensões ou emulsões estéreis, envasadas em recipientes que conservam a esterilidade, destinados à administração parenteral, ou seja, debaixo de uma ou mais camadas da pele”.
Vias de administração: ID, SC, IM, IV (nessa, não devem ser administradas suspensões/emulsões).
Veículos utilizados:
- água: principal (quando tiver problemas de solubilidade uso de outros solventes)
- óleos: geralmente óleos vegetais (atóxicos, não irritantes), utilizados para retardar a absorção
- nunca usar óleo mineral (vaselina) - é inerte quimicamente formação de um depósito que dificilmente será removido
- não usar óleo de milho
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- álcoois: uso por problemas de solubilidade em misturas com água - etanol, álcool benzílico, propilenoglicol, etc.
Conservantes: utilizados em injetáveis de dose múltipla – insulina. Geralmente, são substâncias com certo grau de toxicidade pequenas quantidades, uso criterioso
Controle do pH = importante. Esterilidade: requisito indispensável
FORMAS FARMACÊUTICAS PASTOSAS
São preparações de consistência semi-sólida destinadas a serem aplicadas sobre a pele ou determinadas mucosas a fim de exercer uma ação local ou de realizar a penetração percutânea de princípios medicamentosos. São também utilizadas com o objetivo e ação emoliente e protetora.
1- POMADAS
“Formas farmacêuticas de consistência mole e aspecto pegajoso, que se destinam ao uso externo e que, normalmente, são preparadas com excipientes gordurosos ou com polietilienoglicois. São usadas para ação tópica ou geral e também com fins de proteção ou lubrificação”.
Na farmácia magistral, há a preparação da pomada base que pode ser armazenada para, posteriormente, serem incorporados os ativos, conforme a prescrição.
O polietilenoglicol é uma exceção de excipiente, pois pode ser lavado não tem natureza lipofílica.
São preparações anidras, ou seja, funcionam como uma película sobre a pele. A pomada não tem água na sua formulação, não é uma emulsão.
O P.A. se deposita sobre a pele formando a película, conseqüentemente a pomada só é usada para tratar afecções superficiais: tratar infecções bacterianas em feridas, para cicatrização o P.A. não penetra.
Existem tipos especiais de pomadas:
- CERATOS: Pomadas gordurosas que contém ceras (>20%) animais (espermacete ou abelhas) ou vegetais (carnaúba), mas que não sejam emulsionadas;
- UNGUENTOS: Tipo de pomada que contém resinas. São mais espessas que os ceratos.
Preparo das pomadas
A FRIO: simples dispersão com auxílio de uma espátula ou pão-duro.
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A QUENTE: funde-se os componentes.
Com relação àspomadas oftálmicas:
- devem se estéreis
- preparadas com excipientes não-aquosos, de baixo PF (fácil difusão)
- se tiver sólidos, devem estar finamente divididos
- excipientes mais utilizados: vaselina, lanolina, parafina
- usos:
• PAs insolúveis
• Quando deseja-se ação lenta (anti-inflamatório, anti-séptico)
• PAs lipossolúveis
- problema: pode ocorrer obstrução do canal lacrimal
2- PASTAS
São preparações farmacêuticas que contêm uma proporção de pó igual ou superior a 20%. Em geral são menos gordurosas que as pomadas:
- deve-se tamisar os pós
- produzidas por técnica de suspensão
- exercem efeito de adsorção – preparações secantes
- usadas em doenças de pele em que haja tendência de formação de crostas
- não são congestivas
- pouca contaminação
- ação puramente epidérmica (superficial)
3- GÉIS
Os géis são soluções coloidais ou suspensões de substâncias, formando um excipiente transparente ou translúcido. Os géis são veículos destinados a peles oleosas ou acnéicas.
Exemplos são os géis hidratantes para pele oleosa, géis protetores solares, géis esfoliantes para a pele, géis fixadores e modeladores para os cabelos, géis para banho, xampus géis, etc.
O mercado faz distinção entre um gel creme e um creme gel que são direcionados geralmente como hidratantes para pele oleosa. Ambos os produtos possuem a fase aquosa espessada por um polímero orgânico hidrossolúvel. No entanto, um creme gel
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possui uma fase oleosa constituída de derivados graxos que são emulsionados na fase aquosa espessada onde apenas foi dado um esbranquiçamento ao gel.
Características dos gés:
1. Possuem consistência de gelatina, transparentes e TIXOTROPIA (fenômeno associado à diminuição da viscosidade do sistema provocado por forças mecânicas, sendo, porém, reversível quando em repouso).
2. São livres de gordura, cujo teor de água á bastante alto: contaminação alta.
3. Possuem baixíssima penetrabilidade cutânea: uso álcool isopropílico e propilenoglicolaumentam a penetração cutânea.
4. Na sua formulação contém gelificantes, umectantes, conservantes, antioxidante, quelantes e outros.
EspessantespHnão dependente:
1. Carboximetilcelulose (CMC)
Incompatíveis com: ativos ácidos, sais de alumínio e zinco, pH abaixo de 2;
2. Hidroxietilcelulose (NATROSOL, CELLOSIZE)
o Estável em pH entre 2,0 a 12.
3. Metilcelulose (MC): polímero não-iônico, com várias incompatibilidades (fenol, cloreto de cetilpiridíneo, PABA, parabenos, etc).
Espessantes pH dependente:
1. CARBOPOL (CARBÔMEROS)
2. CARBOPOL 934
3. CARBOPOL 940
4. CARBOPOL ULTREZ
As resinas de Carbopol, quando dispersas em água, umecta e forma uma dispersão aquosa (resina/água) com valor de pH na faixa de 2,8 a 3,2. Neste estado pré-dissolvido a molécula de Carbopol está extremamente enrolada e sua capacidade espessante é limitada.
Para obter o espessamento é necessário a neutralização das cargas com bases inorgânicas, como o NaOH ou aminas de baixo peso moléculas (Trietanolamina).
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Ao acrescentar a trietanolamina ou o NaOH, o polímero “estica”, devido à neutralização dos grupos carboxila presentes no polímero. O máximo da viscosidade é obtido em pH 7.
FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS
1- PÓS
São preparações provenientes de drogas vegetais ou animais, assim como substâncias químicas submetidas a um grau de divisão suficiente para lhes assegurar homogeneidade e facilitar a extração do PA ou a administração.
Administração VO: antiácidos, reidratantes, etc.
Uso tópico: talcos e pós anti-sépticos
Administração IV: A produção é industrial e são sempre soluções ou suspensões.
Forma farmacêutica intermediária para granulado, cápsula, comprimido, drágea e suspensão.
Preparo geral:
a) Operações preliminares:
- triagem
- divisão grosseira
- estabilização
- amolecimento
- secagem
Obs.: principalmente se drogas vegetais
b) Pulverização:
- trituração
- fricção notamis
- porfirização
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- moinhos
- pulverização por intermédio
Obs.: a escolha do processo pode depender das características da droga, da finalidade e da quantidade.
c) Operações acessórias
- tamização
- micronização
- esterilização
Pós compostos: Mistura de dois ou mais pós simples. Escala industrial: uso de misturadores.
Pulverização por intermédio:
1. Drogas moles ou elásticas: Amido e sacarose (pó inerte): indicar no rótulo a natureza e a proporção destas substâncias.
2. Cânfora: q.s. álcool ou éter.
3. Enxofre, clorobutanol, sais de benzilpenicilina: eletricidade estática. Uso q.s. de óleo
Acondicionamento: envelopes, frascos, latas, papéis, frascos
2- GRANULADOS
São pequenos grânulos irregulares que em conjunto apresentam aspecto homogêneo.
Preparo
- Via úmida: Mistura os pós levando em consideração as regras para a mistura, umedecer os pós com solução contendo o aglutinante, granular, secar, calibrar (tamis). A mistura é feita em gral, o umedecimento também, a granulação é feita em tamis, a secagem em estufa e a calibração em tamis.
- Via seca: Industrialmente.
3- CÁPSULAS
37
Invólucro para uma forma farmacêutica (via oral):
- Inertes (para o organismo e para o PA)
- ausência de odor / sabor desagradável
- barreira contra agentes externos (luz, ar, umidade)
- não causar danos ao aparelho digestivo
- preparação fácil e precisão de dosagem
Tamanho da cápsula em função de volume (ml) e capacidade (mg)
Enchimento de cápsulas duras:
- em farmácia de manipulação: placas de encapsulação
- em indústrias: máquinas
selecionam cápsulas vazias, separam corpo da tampa.realizam o enchimento (200.000 cáps. / hora)
Nº CÁP. VOLUME (mL)
Parke Davis
VOLUME (mL)
Eli Lilly
PESO
(mg)
000 1,37 1,42 700 a 1000
00 0,95 0,92 500 a 700
0 0,68 0,70 300 a 500
1 0,50 0,50 200 a 300
2 0,37 0,40 100 a 200
3 0,30 0,37 50 a 100
4 0,21 0,21 25 a 50
5 0,13 0,12 10 a 25
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- pó simples
- pó simples titulado: utilizado para PAs potentes – dilui-se o pó com um composto inerte para diminuir riscos
- pó composto: misturas de 2 ou mais pós simples
- pós com densidade alta são fáceis de encapsular, pós pouco densos são mais difíceis
- adição de lubrificantes à pós pouco densos para facilitar o escoamento estearato de magnésio, talco
Enchimento de cápsulas moles:
- solução, suspensão, pasta (nunca pós)
- apresenta maleabilidade (presença de glicerina, PEG, sorbitol)
- mecanismo de encapsulação:
- aplicações: vitaminas, óleo de alho, óleo de fígado de bacalhau, óleos de banho, etc.
4- COMPRIMIDOS
“São formas farmacêuticas sólidas, de formato variado, que em geral são obtidas agregando-se, por meio de pressão, PAs e excipientes.”
Excipientes:
- diluentes - acertar o peso (lactose, amido, manitol, celulose microcristalina)
- desagregantes – promover/acelerar a desintegração do cp. (amido, derivados da celulose)
Modo de ação dos desagregantes:
• inchando em contato com a água – separação dos grãos
• reagindo com a água (comprimidos efervescentes)
• dissolvendo-se na água – formação de canalículos que facilitam adesagregação dos comprimidos
Aglutinantes:formação do granulado, evita aderência dos pós às punções e matrizes (talco, estearato de Magnésio, Áido. Esteárico).
39
Agentes promotores de reologia:melhora as caract. reológicas do granulado (aerosil)
Lubrificantes – evitam a aderência dos pós às matrizes, facilitam o deslizamento. São deslizantes (talco, carbowax) ou anti-aderentes (estearatos, parafina, cera branca)
Excipientes de ação múltipla: Ludipress (lactose = lubrificante,PVP = aglutinante)
Outros:Corantes, edulcorantes, flavorizantes
Produção de comprimidos:
1- Compressão direta:
- uso de adjuvantes especiais (compostos de cálcio)
- misturar os excipientes e os PAs compressão
- processo mais rápido
- não expõe o PA à ação do calor e umidade
- problema = custo dos adjuvantes para compressão direta
2- Granulação úmida: (método mais utilizado)
GRANULADO = etapa intermediária da fabricação de comprimidos – os grânulos são mais fáceis de comprimir do que os pós. Melhor aspecto e menos problemas na compressão.
3- Granulação seca: usado para PAs hidrolisáveis (penicilinas, AAS)
5- DRÁGEAS E COMPRIMIDOS REVESTIDOS
Drágea - é um comprimido revestido com açúcar, o formato do comprimido é alterado.
Comprimido Revestido – o processo de revestimento é feito com polímeros (película de polímero)
POR QUE REVESTIR / DRAGEAR UM COMPRIMIDO?
- estabilidade do PA
- melhorar o aspecto
- mascarar o odor e sabor desagradável
- controlar a liberação do PA
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Pré-requisitos do comprimido para o revestimento:
- forma e tamanho (somente para o drageamento): utilizar cp. bastante duros, quanto menores mais fácil de dragear
-dureza e friabilidade
6- SUPOSITÓRIOS E ÓVULOS
“Supositórios são preparações farmacêuticas consistentes de forma cônica ou oval, destinadas à aplicação retal e obtidas por solidificação ou compressão em moldes de massa adequada encerrando substâncias medicamentosas” (Farmacopeia Brasileira II).
Óvulos são “preparações farmacêuticas consistentes de forma ovóide, destinadas à aplicação vaginal, obtidas por solidificação ou compressão em moldes de massa adequados encerrando substâncias medicamentosas. Em geral destinado à ação local, sendo os antibióticos, anti-parasitários, anti-sépticos, entre outros, os fármacos mais utilizados em óvulos”(Farmacopeia Brasileira II).
Componentes usuais
a) Excipientes inertes: Devem desintegrar-se obrigatoriamente a 37 ºC. Bases: manteiga de cacau, óleos hidrogenados,polioxietilenoglicóis, glicerina, etc
b) Tensoativos: Facilitam a dispersão de matérias hidrófobas, promovendo absorção. Ex: lecitina de soja epolissorbatos.
c) Antioxidantes: Protegem os excipientes oleosos daoxidação. Ex.: Alfa-tocoferol, butil-hidroxianisol, etc.
d) Endurecedores: São utilizados para aumentar a consistência e elevar o ponto de fusão. Ex: parafina, ceras, PEG 4000.
e) Amolecedores: São substâncias empregadas para abaixar o ponto de fusão. Ex: glicerina, propilenoglicol, óleos vegetais e minerais.
Preparo
a) Fusão-solidificação: As matérias-primas são misturadas ao(s) excipiente(s) previamente fundido(s) e em seguida a massa é vertida em moldes apropriados. Depois do resfriamento, os supositórios são retirados dos moldes, exceto no caso em que o molde é a embalagem do produto.
b) Compressão: O excipiente é triturado e misturado ao fármaco e depois comprimido em equipamento apropriado. Este método, devido a desvantagens como a necessidade de equipamento especializado, dificuldade de homogeneização e aspectos irregulares dos supositórios obtidos, só é usado casos específicos como, por exemplo, para fármacos termolábeis.
7- OUTRAS FORMAS FARMACÊUTICAS
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FORMAS FARMACÊUTICAS DE LIBERAÇÃO CONTROLADA: Liberação controlada, ação prolongada, ação sustentada, retard, liberação prolongada.
Existe uma diferença entre liberação controlada e liberação sustentada: na liberação sustentada temos a liberação do fármaco num período de tempo maior (comparado com a liberação convencional). Na liberação controlada existe um controle da velocidade de liberação do fármaco a partir da FF.
OBS: A CMC age como controle para a liberação do fármaco. Ela modula a absorção.
LINIMENTOS: Diferem das pomadas pela consistência - consistência intermediária entre os óleos e as banhas (gorduras). Diferem das loções pelo modo de aplicação (loções - não se emprega fricção). USOS: ação revulsiva (hiperemia e aquecimento do local), ação emoliente, ação sedativa (tópica), ação anestésica (tópico)
PASTILHAS: Preparações farmacêuticas de consistência sólida, destinadas a dissolverem-se lentamente na boca, que são preparadas por moldagem de uma massa plástica constituída, na maioria das vezes, por mucilagens e/ou açúcar associados ao PA.
Noções de Conservação de Medicamentos: Utilização de conservantes e estabilizantes
As formas farmacêuticas sólidas ou líquidas que não contenham água na
sua composição, normalmente apresentam uma estabilidade bem maior quando
comparadas com formas farmacêuticas que contenham água. Portanto pós,
comprimidos, cápsulas, tabletes e outras formas solidas ou liquidas que não
contenham água (ex. veiculo oleoso) são mais estáveis e portanto poderão
apresentar um prazo de validade maior quando comparadas com as formas
farmacêuticas que contém água como por exemplo xaropes, suspensões
aquosas, soluções aquosas, emulsões, etc.
Conceito Estabilidade é definida como a extensão de tempo em que o produto retém,
dentro dos limites especificados e dentro do período de armazenamento e de uso
(isto é, o se prazo de validade), as mesmas características que possuía na
ocasião em que foi fabricado ou manipulado.
42
Segundo a RDC 67/2007 “ Todo produto manipulado deve apresentar no rótulo o
prazo de validade e, quando necessário, a indicação das condições para
conservação.”
A estabilidade de um medicamento ou formulação estão divididas em:
Estabilidade química:
Cada ingrediente ativo contido na preparação, mantém sua integridade e
atividade indicada, dentro de limites especificados.
Há vários mecanismos de degradação química, porém os processos de
instabilidade mais comuns são causados por oxidação, hidrólise, redução, fotólise
ou fotodegradação e racemização.
Embora muitos processos de degradação química de fármacos possam ser
observados através de mudanças de cor, formação de precipitados e evolução de
gases, a maioria das incompatibilidades químicas resultantes de interações que
promovem alterações moleculares, não são visivelmente observáveis.
Ex.: hidroquinona, ácido retinóico, óleos, vitamina C, tetraciclina, AAS,
nicotinamidaetc.
Estabilidade fisica:
As propriedades físicas originais, incluindo aparência, palatabilidade,
uniformidade, suspendabilidade (aplicável a suspensões) são mantidas.
Estabilidade microbiologica:
A esterilidade ou resistência ao crescimento microbiano é mantida de
acordo com os requerimentos especificados e aplicação do produto. Os agentes
antimicrobianos que estão presentes mantêm sua efetividade dentro de limites
especificados.
Fatores que afetam a estabilidade de preparações farmacêuticas:
• pH
• Temperatura
• Luz
• Exposição á atmosfera (ao oxigênio)
• Umidade
43
• Cristalização
• Vaporização
Contudo é necessário o uso de adjuvantes farmacotécnicos que mantenham a
estabilidade e garantam a conservação do medicamento ou formulação.
Estabilidade Química
• Antioxidantes: ácido ascórbico, metabissulfito de sódio, sulfito de sódio, vit.
E, BHT, BHA.
• Agentes quelantes: EDTA
• Modificadores de pH: fosfato de potássio, citrato de sódio, ácido cítrico.
Estabilidade Física
• Suspensores: CMC, HPMC
• Tensoativos: lauril éter sulfato de sódio, Tween.
Estabilidade Microbiológica
• Conservantes: nipagim e nipazol
As sugestões de prazo validade recomendadas abaixo, leva em consideração que
a preparação magistral seja corretamente manipulada, acondicionada em
recipientes adequados e compatíveis, armazenados em condições
recomendadas.
Tabela 1 - Formas Farmacêuticas e Prazo de Validade
Característica da Forma Farmacêutica Prazo de Validade presumida (a partir
da data de manipulação)
Formulações sólidas e semi-sólidas
não contendo água
6 meses
Formulações sólidas, semi-sólidas e 3 meses
44
líquidas , não contendo água, com
drogas reconhecidamente
susceptíveis a processos de
degradação química.
Formulações semi-sólidas e líquidas,
contendo água, sem adição de
estabilizantes e conservantes.
14 dias (refrigerado)
Formulações semi-sólidas e líquidas,
contendo água, com adição de
estabilizantes e conservantes
3 meses
Formulações contendo antibióticos e
antimicrobianos na forma de pó para
a dispersão extemporânea caseira.
3 meses (validade antes da dispersão
caseira com água) 7 a 14 dias (após a
dispersão com água e conservada a
partir de então, sob refrigeração)
Bases galênicas semi-sólidas e
líquidas com adição de conservantes
e estabilizantes e sem a adição de
ativos
6 meses
Técnicas de esterilização de medicamentos. Esterilização química e física, desinfecção, assepsia e antissepsia, liofilização e pasteurização.
Os microrganismos, assim como as bactérias, somente foram apontados
como causa de doenças durante o século XIX graças às descobertas de Louis
Pasteur. A partir de então, metodologias foram estabelecidas e são empregadas
até hoje, desenvolvendo processos de desinfecção através de diferentes
processos e substâncias químicas. Atualmente, a manipulação dos
microrganismos em diferentes meios depende dos conhecimentos de destruir,
inibir ou removê-los.
Definições Esterilização
45
Processo pelo o qual há completa eliminação de todos os microrganismos
presentes, como as bactérias, vírus, fungos, protozoários e incluindo também as
formas mais resistentes como as micobactérias, vírus não envelopado e esporos
bacterianos.
Portanto a palavra estéril é um termo absoluto um material está estéril ou
não. Não pode ser “parcialmente estéril” ou “quase estéril”. Desta forma, um
objeto estéril no sentido microbiológico, está completamente livre de
microrganismos vivos, contudo a esterilização pode ser obtida com o uso de
esterilizantes físicos e químicos.
Esterilizantes Físicos: Os esterilizantes físicos mais comuns são: calor seco e o calor úmido.
Estes métodos são amplamente utilizados em hospitais e é indicado para muitos
materiais, exceto aqueles sensíveis ao calor, ou que são constituídos de
substâncias químicas tóxicas ou voláteis.
Esterilização Calor Seco Esterilização Calor Úmido
- Incineração - Água Fervente
- Flambagem - Autoclave (vapor
saturado sob
- Estufa ( temp. 100°C – 180°C) pressão)
A filtração também é outro tipo de esterilização física, muito utilizada na
remoção de bactérias e fungos do ar (como os filtros HEPA) ou de soluções
sensíveis ao calor.
Há a esterilização pela radiação ionizante e não-ionizantes (a exemplo das
microondas e raios ultravioleta) são exemplos de métodos físicos de esterilização
e muito utilizados. Porém, seu uso requer cuidados adicionais devido à
necessidade de exposição direta.
46
Por fim, substâncias químicas com poderes esterilizantes são utilizadas
com freqüência, porém um agente químico com poder esterilizante “ideal” deve ter
características que apresentem eficiência sob todas as condições.
Esterilizantes Químicos: Os principais esterilizantes químicos mais utilizados são: derivados de
aldeídos, como o formaldeído, fomalina, o glutaraldeído, óxido de etileno,
compostos halogenos, entre outros. Estes produtos possuem ação esterilizante
pela formação de compostos incompatíveis com as funções celulares vitais.
Desinfecção: Desinfecção é um processo que inclui a destruição ou a remoção da
maioria, mas não de todos os microrganismos viáveis. Na prática é sinônimo de
germicida; entretanto os microrganismos mortos por germicidas não são
necessariamente patogênicos. Por definição, a desinfecção diferencia da
esterilização por não eliminar os esporos bacterianos, propriedade inerente da
esterilização.
A desinfecção é dividida em desinfecção de baixo nível, nível intermediário ou de alto nível.
Desinfecção de baixo nível: são destruídas as bactérias de forma vegetativa
alguns vírus e alguns fungos. Exemplos: álcool etílico e isopropílico, quaternário
de amônia. São utilizados para desinfetar instrumentos não críticos como
aparelhos de pressão, eletrodos de eletrocardiograma e estestocópios.
Desinfecção de nível intermediário: além dos microrganismos eliminados na
desinfecção de baixo nível, são atingidos o Mycobacterium tuberculosis, vírus da
hepatite B e a maioria dos fungos. Mas esporos bacterianos e vírus lentos
sobrevivem. Exemplos: álcool etílico e isopropílico (70 a 90%), fenólicos, etc. São
utilizados para desinfetar superfície ou instrumentos que têm pouca probabilidade
de contaminação com os esporos bacterianos.
47
Desinfecção de alto nível: resistem apenas alguns tipos de esporos bacterianos
mais resistentes. Exemplos: Hipoclorito de sódio, cloro e compostos clorados,
ácidos peracético, glutaraldeído, peróxido de hidrogênio, etc. São utilizados para
desinfectar objetos envolvidos em procedimentos invasivos que não podem
suportar os procedimentos de esterilização como endoscópio, instrumentos
cirúrgicos.
Tabela 2 - Processo de Desinfecção
PRODUTO NÍVEL DE DESINFECÇÃO
TEMPO DE EXPOSIÇÃO
RESTRIÇÕES DE USO
EPI
GLUTARALDEÍDO A 2%
ALTO 30 minutos Materiais porosos retem o produto
Máscara de filtro químico, avental impermeável, óculos, luva de borracha cano longo, botas
ÁCIDO PERACÉTICO A 0,2%
ALTO 10 minutos Danifica metais Máscara de filtro químico, avental impermeável, óculos, luva de borracha cano longo, botas
HIPOCLORITO DE SÓDIO A 1%
MÉDIO 30 minutos Danifica metais e mármore
Avental impermeável, luva de borracha cano longo,botas, óculos
ÁLCOOL A 70% MÉDIO 30 segundos Danifica acrílico e borracha
Luva de borracha
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QUATERNÁRIO DE AMONIA
BAIXO 30 minutos Não há Luva de borracha
Assepsia: É a destruição de micro-organismos existentes nas camadas superficiais ou
profundas da pele, mediante a aplicação de um agente germicida de baixa causticidade,
hipoalergênico e passível de ser aplicado em tecido vivo.
Sabões e detergentes sintéticos aniônicos exercem ação bactericida contra
microorganismos muito frágeis como o Pneumococo, porém, são inativos para
Stafilococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e outras bactérias Gram negativas.
Consequentemente, sabões e detergentes sintéticos (não iônicos e aniônicos) devem ser
classificados como degermantes, e não como anti-sépticos.
Antissepsia: É o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microorganismos
ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim
utilizamos anti-sépticos ou desinfetantes. Esses compostos são selecionados em relação à sua segurança e
eficiência. O exemplo dos álcoois que embora tendam a secar a superfície da
pele devido à remoção dos lipídios, eles não são tóxicos e têm excelente
atividade contra os grupos de microrganismos, exceto os esporos. Outros
exemplos além dos álcoois incluem: iodóforos (antisséptico cutâneo), clorexidina
(com atividade mais prolongada do que o álcool), e o triclosan (somente ativo
contra bactérias).
Pasteurização: No século XIX, Luis Pasteur iniciou a microbiologia como ciência,
desenvolvendo um método de prevenção da perda da qualidade dos vinhos,
destruindo, pelo calor, bactérias capazes de deteriorar a bebida, sem alterar
seriamente o sabor do produto. Tal método posteriormente aplicado ao
tratamento do leite para eliminar possíveis patógenos veiculados, recebeu o nome
de Pasteurização. Contudo a Pasteurização consiste em aquecer o produto a
63ºC por 30 minutos e, em seguida, resfriar bruscamente, reduzindo o número de
49
microrganismos presentes, mas ela não assegura uma esterilização. É uma
técnica muito aplicada no setor alimentício, a pasteurização aumenta a vida do
alimento, reduzindo as taxas de alterações microbiológicas e enzimáticas.
Existem 3 tipos de pasteurização: a clássica (63ºC por 30 min), a HTST
(72ºC por 15 seg) e a UTH(140ºC por menos de 1 seg). Após qualquer um desses
processos, o produto deve ser refrigerado.
Liofilização:
É um processo de secagem onde a água passa do estado sólido para o de vapor,
sem passar para o estado líquido, ocasionando uma redução da atividade da água e o
alimento pode ser conservado em temperatura ambiente.
Esta conservação tem como finalidade aumentar o tempo de prateleira e
assegurar as condições adequadas de higiene do produto , ocasionando alterações
mínimas nas sua características iniciais.
Na área farmacêutica é mais utilizado nos medicamentos injetáveis.
Etapas da Liofilização: - (Pré) Congelação (< 0ºC)
- Secagem Primária (eliminada 90% da água – produto com 15% de humidade)
- Secagem Secundária (eliminada 10% da água – água ligada – produto
desidratado até 2% de humidade)
Exercícios 1) Por definição, a desinfecção diferencia da esterilização por não eliminar os
esporos bacterianos, propriedade inerente da esterilização”. Pode-se dizer que
essa idéia está:
a) Incorreta.
b) Correta.
2) Antisépticos são desinfectantes usados para reduzir o número de
microrganismos na superfície da pele. O exemplo dos alcoóis, que embora
tendam a secar a superfície da pele devido à remoção dos lipídios, não são
50
tóxicos e têm excelente atividade contra os grupos de microrganismos, exceto os
esporos”. Pode-se dizer que essa idéia está:
a) Correta.
b) Incorreta.
3) Os instrumentos que tenham algum componente de material têxtil ou de
borracha não podem ser esterilizados pelo calor seco.”
Pode-se dizer que essa idéia está:
a) Incorreta.
b) Correta.
4) O álcool etílico a 70% é empregado em grande escala na desinfecção de
bancadas de
laboratórios, graças a sua atividade microbicida, pois a desnaturação das
proteínas do microrganismo faz se mais rapidamente na presença da água. Pode-
se dizer que essa idéia está:
a) Correta.
b) Incorreta
5) Em casa, é normal a fervura da água com o objetivo de esterilizá-la para
consumo. No entanto, a fervura onde a água atinge seu ponto de ebulição não é
confiável para a esterilização. Pode-se dizer que essa idéia está:
a) Correta.
b) Incorreta.
6) A Pasteurização é um processo de esterilização comercial de alimentos que
trabalha com altas temperaturas e, em seguida, com resfriamento imediato. Ela
garante a eliminação de microrganismos patogênicos, mas não de estruturas
termoresistentes. Pode-se dizer que essa idéia está:
a) Incorreta
b) Correta.
7) A pasteurização é sem dúvida um bom método de redução da população
microbiana em alimentos porque, além disso, esta técnica não produz alterações
no sabor dos alimentos devido ao menor tempo de exposição a temperaturas
mais altas. Pode-se dizer que essa idéia está:
a) Correta
b) Incorreta
51
8) O leite pode passar por processos que levam a temperatura a 72ºC e um
tempo de 15
segundos e imediatamente resfriado. Este processo é conhecido como UHT
(ultrahigh temperature). A UHT é aplicada em leites para que possam ser
armazenados sem refrigeração. Esse tratamento é mais útil em partes do mundo
onde as condições para refrigeração nem sempre estão disponíveis. Pode-se
dizer que essa idéia está:
a) Incorreta
b) Correta
9) Os fungos, conhecidos como bolores, são freqüentemente encontrados na
microbiota de frutos que produzem sucos. São pouco exigentes em nutrientes;
fundamentalmente aeróbios e, em geral, apresentam baixa resistência térmica
com limite superior para crescimento em torno de 60ºC, de forma que em
produtos pasteurizados sua presença é facilmente evitada.
a) Correta
b) Incorreta
10) A filtração é aplicada como método de esterilização em materiais sensíveis ao
calor, os chamados termosensíveis, como alguns meios de cultura, enzimas,
vacinas, soluções
antibióticas e para retirada de microrganismos indesejáveis do ar. Pode-se dizer
que essa idéia está:
a) Correta
b) Incorreta
11) Os agentes antimicrobianos que matam os microrganismos são conhecidos
como
microbicidas. Daí as denominações de bactericida, viricida e fungicida. Pode-se
dizer que esta idéia está:
a) Correta.
b) Incorreta.
Protocolo de Good Manufacturing Practices (GMP), controle em processo. Todas a ações comprovadas e documentadas na política e no manual da
qualidade da empresa, assegura ao cliente que o produto a ser comercializado
52
(neste caso, um medicamento) tem pureza e identidade comprovadas e que sua
eficácia e segurança estão garantidas, através da validação de processo,
assegurando a qualidade.
A validação deverá ser o registro documentado de testes e procedimentos
de fabricação do produto, obviamente baseado na GMP, isto é, proporcionando
um alto grau de segurança. Um determinado processo torna-se confiável ao ser
validado, portanto, produzirá consistentemente um bem dentro das especificações
e atributos de qualidade pré-determinados.
O estabelecimento que manipular formas farmacêuticas sólidas deve
monitorar o processo de manipulação.
- Devem ser realizadas análises de teor de pelo menos um diluído preparado,
trimestralmente.
- As amostras para análise de teor devem ser coletadas em pelo menos três
pontos do diluído e analisadas separadamente, para fins de avaliação da sua
homogeneidade.
- Devem ser realizadas análises de teor e uniformidade de conteúdo do principio
ativo, de formulas cuja unidade farmacotécnica contenha fármaco(s) em
quantidade igual ou inferior a vinte e cinco miligramas, dando prioridade aquelas
que contenham fármacos em quantidade igual ou inferior a cinco miligramas.
- A farmácia deve realizar a analise de no mínimo uma formula a cada três meses.
Água A água utilizada na manipulação de produtos é considerada matéria-prima
produzida pela própria farmácia por purificação da água potável, devendo as
instalações e reservatórios serem devidamente protegidos para evitar
contaminação.
Devem ser feitos testes físico-químicos e microbiológicos, no mínimo a
cada seis meses, para monitorar a qualidade da água de abastecimento, e uma
vez por mês a água purificada, mantendo-se os respectivos registros. As
especificações para água potável devem ser estabelecidas com base na
legislação vigente.
Devem ser realizadas, no mínimo, as seguintes analises:
a) pH
53
b) cor aparente
c) turbidez
d) cloro residual livre
e) sólidos totais dissolvidos
f) contagem total de bactérias
g) coliformes totais
h) presença de E. coli.
i) coliformes termorresistentes
No caso das bases galênicas, a avaliação da pureza microbiológica,
poderá ser realizada por meio de monitoramento. Este monitoramento consiste na
realização de análise mensal de pelo menos uma base, devendo ser adotado
sistema de rodízio considerando o tipo de base e manipulador, sendo que todos
os tipos de base devem ser analisados anualmente.
Controle de qualidade físico-química e microbiológica.
Análise
1° Verificar a identificação: nome, lote, validade, fornecedor, “Rótulo”
2° Verificar embalagem íntegra:
- Integridade: - Físico-químico (degradação da molécula)
- Microbiológico (entrada de ar)
3 ° Inspeção Visual: sujeidades
4° Amostragem
Identificação físico-química
São teste de identificação e um meio de se determinar a identidade de uma
substancia, não fornecendo obrigatoriamente dados sobre a sua pureza. Quando
se dispõe de equipamentos, a identificação feita por espectroscopia no
infravermelho ou espectrofotômetro pode ser uma metodologia de escolha.
São resumidas em:
- Solubilidade
54
- pH
- Densidade
- Viscosidade
- Determinação de umidade de matéria-prima
- Granulometria
- Ponto de fusão
- Classificação dos Pós
Há também testes para identificação e obtenção do teor dos fármacos:
- Reações Químicas
- Identificação por Cromatografia (papel, delgada, CG, HPLC e coluna)
- Identificação através de espectros (ultra-violeta, infravermelho)
- Titulometria (ácido-básico, precipitação, etc)
Alguns testes físicos e físico-químicos são específicos de formas farmacêuticas,
outros aplicam-se a vários tipos de materiais,como por exemplo: produtos
alimentícios, produtos químicos, combustíveis, lubrificantes e etc.
Merecem destaque para medicamentos, os seguintes:
• variação de peso e peso médio
• umidade ou perda por dessecação
• uniformidade de doses unitárias
• variação ou uniformidade de peso
• uniformidade de conteúdo
• friabilidade
• desintegração
• dissolução
Controle microbiológico Fatores de contaminação de medicamentos e cosméticos
- Contaminação aérea: poeira
- Contaminação do operador: paramentação
Fatores que possibilitam o crescimento bacteriano:
55
- Presença de água
- Ar
- pH neutro
- Conservantes
- Nutrientes
Por isso a necessidade do uso de EPI´s e utilização de processos de limpeza,
desinfecção e se preciso esterilização
Métodos de descontaminação:
Inativação Hidrólise ácido-básico
Oxidação
Calor Seco
Radiação Ionizante
Ultrafiltragem
Carvão Ativado
Osmose Reversa
Polimexina B
Remoção Lavagem
Destilação
Meios de Cultura Os meios de cultura são realizados com o objetivo de identificação o
agente contaminante, ou seja, suporte com nutrientes para cultivo artificial de
microrganismo.
Exigência Nutritivas Fonte de Carbono
56
Fonte de Nitrogênio
Fonte de Energia
Fonte de Sais Minerais
Vitaminas e Aminoácidos.
Podem ser classificados quanto á Consistência e sua Função.
Classificação quanto a Consistência
Meio Líquido: não contém ágar, usado para enriquecimento e manutenção
de microrganismos por curto período.
Meio Semi-Sólido: contém de 0,3 a 0,5% de ágar, usado para teste de
motilidade.
Meio Sólido: contém de 1,5 a 2,0% de ágar, usado para isolamento de
microrganismos, tetes bioquímicos e armazenamento por + ou – 3 meses
em geladeira.
Classificação quanto a função
Enriquecedor: Permite o crescimento de microrganismos que necessitam
de fatores de crescimento, mas não inibem o crescimento de outros; Ex.: àgua salina tamponada peptonada.
Seletivos: É aquele que inibe o crescimento de microrganismos, porém
permitem o crescimento de outros; Ex.: Ágar verde brilhante, potato
dextrose ágar acidificado (PDA) ou com cloranfenicol.
57
Diferenciador: Possui substâncias que evidenciam uma característica que
permite separar um grupo ou uma espécie de microrganismos. Ex.: Ágar
Macconkey.
Manutenção: Permite a viabilidade e manutenção de características
fisiológicas de um microrganismo. Ex.: Águar Nutriente.
Meio quimicamente definido: é conhecida a composição exata do meio.
Ex.: Citrato de Simmons.
Meio complexo: quimicamente indefinido. Ex.: Ágar nutriente (extrato de
carne, levedura, etc.)
Legislação Farmacêutica
Hoje, a farmácia de manipulação segue uma rígida legislação, sendo
constantemente fiscalizada pelos órgãos competentes (Conselho Regional de
58
Farmácia e Vigilância Sanitária), tendo dentre algumas das suas obrigações, fazer
o controle de qualidade de suas matérias-primas, controle em processo, obedecer
a procedimentos operacionais, etc., visando assim a busca constante de
qualidade do produto final.
Por serem os medicamentos manipulados, prescritos individualmente e
cada formulação ser “única”, a padronização para obtenção dos medicamentos é
um aspecto fundamental que tem tido algumas iniciativas de normatização pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA).
Contudo uma única formulação pode ser preparada de diferentes maneiras,
todas atendendo à prescrição médica, mas gerando produtos com diferentes
graus de qualidade. Determinar as variáveis, isto é, características do princípio
ativo ou matéria prima, relevantes e que podem interferir na qualidade do
medicamento não é fácil, tendo como as principais: nome do princípio ativo,
indicação de uso, contra-indicação, pH, concentração de uso, compatibilidades e
incompatibilidades com outros fármacos, veículos e adjuvantes, dicas
farmacotécnicas, sugestões ao prescritor, embalagem e conservação,
solubilidade do fármaco e veículo compatível.
Com isso a ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão do
Ministério da Saúde, publicou a revogou a RDC- 44, com normas técnicas rígidas
para manipulação de medicamentos, definindo as “BPM, Boas Práticas de
Manipulação, para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da
comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em
farmácias e drogarias e dá outras providências”.
Por fim essas técnicas e medidas visam assegurar a manutenção da
qualidade e segurança dos produtos disponibilizados e dos serviços prestados em
farmácias e drogarias, com o fim de contribuir para o uso racional desses
produtos e a melhoria da qualidade de vida dos usuários.
AS CONDIÇÕES GERAIS Art. 2º As farmácias e drogarias devem possuir os seguintes documentos no
estabelecimento:
I - Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa;
59
II - Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando
aplicável;
III - Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão Estadual ou Municipal de
Vigilância Sanitária, segundo legislação vigente;
IV- Certidão de Regularidade Técnica, emitido pelo Conselho Regional de
Farmácia da respectiva jurisdição; e
V - Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, conforme a legislação vigente e as
especificidades de cada estabelecimento.
O disposto nesta Resolução se aplica às farmácias e drogarias em todo
território nacional e, no que couber, às farmácias públicas, aos postos de
medicamentos e às unidades volantes.
Há também as RDC n° 27/2007, que fala sobre o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Produtos Controlados - SNGPC, que estabelece a implantação
do módulo para drogarias e farmácias e dá outras providências, e RDC nº
61/2010 (Altera o anexo da RDC nº 44/2010), que dispõe sobre o controle de
medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso
sob prescrição médica, isoladas ou em associação.
Legislação sanitária, Código Sanitário e determinações da Vigilância Sanitária. Introdução
Nos últimos anos, poucos setores da economia passaram por uma expansão
tão grande e rápida como o de farmácias magistrais (farmácias de manipulação),
as herdeiras das pequenas boticas do início do século passado. O aumento do
número de estabelecimentos, de profissionais empregados e de fórmulas
dispensadas demonstra o crescimento do setor.
Há uma preocupação dos órgãos de vigilância no sentido de estabelecer
normas de qualidade para os produtos manipulados, uma vez que não são raros
os casos de erros importantes, observados nos medicamentos manipulados,
inclusive com óbitos. Para garantir a qualidade dos produtos manipulados é
60
necessário que as farmácias magistrais cumpram as determinações propostas
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Para fazer cumprir estas
determinações, a Vigilância Sanitária usa do poder inerente as suas ações e
serviços.
Este Regulamento Técnico fixa os requisitos mínimos exigidos para o
exercício das atividades de manipulação de preparações magistrais e oficinais
das farmácias, desde suas instalações, equipamentos e recursos humanos,
aquisição e controle da qualidade da matéria-prima, armazenamento, avaliação
farmacêutica da prescrição, manipulação, fracionamento, conservação,
transporte, dispensação das preparações, além da atenção farmacêutica aos
usuários ou seus responsáveis, visando a garantia de sua qualidade, segurança,
efetividade e promoção do seu uso seguro e racional.
Principais pontos da RDC 214
• As empresas franqueadoras são responsáveis solidárias pela garantia dos
padrões de qualidade dos produtos das franqueadas.
• A farmácia deve garantir que todos os produtos manipulados sejam
rastreáveis.
• Todos os funcionários da farmácia, inclusive o pessoal da limpeza e da
manutenção, devem passar por um programa de treinamento, que inclui
conhecimentos de higiene, saúde, conduta e microbiologia.
• Foram estabelecidos novos critérios para qualificação de fornecedores,
análises de controle de qualidade de matérias-primas e monitoramento do
processo de manipulação.
A responsabilidade sanitária é apurada pelos órgãos competentes da vigilância
em saúde, destacando-se, nesse campo, a atuação da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária, através de um Roteiro de Especificação
CLASSIFICAÇÃO DE AVALIAÇÃO DOS ITENS DO ROTEIRO DE INSPEÇÃO. IMPRESCINDÍVEL – ( I)
NECESSÁRIO – ( N )
RECOMENDÁVEL – ( R )
61
INFORMATIVO – ( INF )
Poderá ser respondido opcionalmente por SIM ou NÃO, ou sob forma de conceito
descritivo
Código Sanitário Os princípios expressos neste Código disporão sobre proteção, promoção e
preservação da saúde, no que se refere às atividades de interesse à saúde e
meio ambiente, nele incluído o do trabalho, e têm os seguintes objetivos:
I - assegurar condições adequadas à saúde, à educação, à moradia, ao
transporte, ao lazer e ao trabalho;
II - promover a melhoria da qualidade do meio ambiente, nele incluído o do
trabalho, garantindo condições de saúde, segurança e bem-estar público; III - assegurar condições adequadas de qualidade na produção, comercialização e
consumo de bens e serviços de interesse à saúde, incluídos procedimentos,
métodos e técnicas que as afetem;
IV - assegurar condições adequadas para prestação de serviços de saúde;
V - promover ações visando o controle de doenças, agravos ou fatores de risco de
interesse à saúde; e
VI - assegurar e promover a participação da comunidade nas ações de saúde.
Artigo 38 – Compete à autoridade sanitária a avaliação e controle do risco,
normatização, fiscalização e controle das condições sanitárias e técnicas da
importação, exportação, a extração, produção, manipulação, beneficiamento,
acondicionamento, transporte, armazenamento, distribuição, dispensação,
esterilização, embalagem e reembalagem, aplicação, comercialização e uso,
referentes aos produtos e substâncias de interesse à saúde.
Artigo 40 – Os profissionais de saúde deverão formular suas prescrições de
medicamentos com base na denominação genérica dos medicamentos, conforme
lista estabelecida pela direção estadual do SUS.
Artigo 46 – Nas embalagens e rótulos de medicamentos que contenham
corantes, estabilizantes e conservantes químicos ou biológicos, deverão constar,
obrigatoriamente, mensagem alertando o consumidor sobre a presença e
composição dos mesmos, bem como sobre a possibilidade de conseqüências
adversas, prejudiciais à saúde.
62
Condições Específicas e Determinações da Vigilância Sanitária A área ou local de armazenamento deve ter capacidade suficiente para
assegurar a estocagem ordenada das diversas categorias de produtos.
Quando são exigidas condições especiais de armazenamento quanto a
temperatura tal condição deverá ser providenciada e monitorada
sistematicamente mantendo-se os devidos registros.
Dispor de condições de segurança adequada para o armazenamento de
produtos inflamáveis segundo normas técnicas federais, estaduais,
municipais e do Distrito Federal.
Dispor de armário resistente e/ou sala própria fechada com chave para o
armazenamento dos medicamentos sujeitos a regime especial de controle.
Dispor de local ou sistema de segregação devidamente identificado, fora
da área de dispensação para a guarda dos produtos que apresentam
comprovadamente irregularidades ou com prazo de validade vencido.
Todos os medicamentos sujeitos a controle especial somente serão
dispensados mediante prescrição médica segundo legislação vigente.
A prescrição deve ser conferida e escriturada pelo profissional
farmacêutico.
O sistema de escrituração para produtos sujeitos a controle especial.
Os documentos referentes a manipulação de fórmulas devem ser
arquivados durante 6 (seis) meses apos o vencimento do prazo de validade
do produto manipulado, ou durante 2 (dois) anos quando o produto contiver
substancias sob controle especial, podendo ser utilizado sistema de
registro eletrônico de dados ou outros meios confiáveis e legais.
Princípios de Garantia de Qualidade, Qualidade Total e normas ISO 9000. A Garantia da Qualidade tem como objetivo assegurar que os produtos e
serviços estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos.
Para assegurar a qualidade das formulas manipuladas, a farmácia deve
possuir um Sistema de Garantia da Qualidade (SGQ) que incorpore as Boas
Praticas de Manipulação em Farmácias (BPMF), totalmente documentado e
monitorado.
63
O Sistema de Garantia da Qualidade para a manipulação de formulas deve
assegurar que:
a) as operações de manipulação sejam claramente especificadas por escrito e
que as exigências de BPMF sejam cumpridas;
b) a aceitação de demanda de manipulações seja compatível com a capacidade
instalada da farmácia;
c) os controles necessários para avaliar as matérias-primas sejam realizados de
acordo com procedimentos escritos e devidamente registrados;
d) os equipamentos sejam calibrados, com documentação comprobatória;
e) sejam elaborados procedimentos escritos relativos a todas as operações de
manipulação, controle de qualidade e demais operações relacionadas ao
cumprimento das BPMF;
f) a preparação seja corretamente manipulada, segundo procedimentos
apropriados;
g) a preparação seja manipulada e conservada de forma que a qualidade da
mesma seja mantida;
h) todos os procedimentos escritos sejam cumpridos;
i) sejam realizadas auditorias internas de modo a assegurar um processo de
melhoria continua;
j) exista um programa de treinamento inicial e continuo;
k) exista a proibição de uso de cosméticos, jóias e acessórios para o pessoal nas
salas de pesagem e manipulação;
l) a padronização dos excipientes das formulações seja embasada em critérios
técnico-científicos;
m) exista um sistema controlado, informatizado ou não, para arquivamento dos
documentos exigidos para substancias e medicamentos sujeitos a controle
especial;
n) sejam estabelecidos prazos de validade, assim como as instruções de uso e de
armazenamento das formulas manipuladas.
A documentação deve possibilitar o rastreamento de informações para
investigação de qualquer suspeita de desvio de qualidade. Portanto os
documentos devem ser assinados e datados pelo Responsável Técnico ou
64
pessoa por ele autorizada. Os dados inseridos nos documentos durante a
manipulação devem ser claros, legíveis e sem rasuras.
A auto-inspeção é um recurso apropriado para a constatação e avaliação
do cumprimento das BPMF, realizada pela farmácia, devem ser realizadas, no
mínimo uma vez ao ano e suas conclusões devidamente documentadas e
arquivadas.
Qualidade Total
Qualidade total é uma forma de ação administrativa que coloca a qualidade
dos produtos ou serviços como o principal foco para todas as atividades da
empresa.
O princípio fundamental da qualidade total é a melhoria contínua em função
das necessidades e da satisfação dos clientes, outro aspecto importante é que o
custo da não qualidade é sempre alto, envolvendo o desperdício, o retrabalho, a
complexidade excessiva e desnecessária e a falta de confiabilidade.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA QUALIDADE Princípio 1 – Foco no Cliente: as organizações dependem de seus clientes.
Assim, devem procurar atender ás suas necessidades atuais e futuras, bom como
aos seus requisitos, visando exceder ás expectativas do cliente.
Princípio 2 – Liderança: os líderes da companhia devem estabelecer princípios
de propósito e direção da operação. Devem criar e manter um ambiente interno
no qual as pessoas possa envolver-se totalmente com a conquista dos objetivos
da empresa.
Princípios 3 – Envolvimento das Pessoas: as pessoas, em qualquer nível, são
essência de uma organização e, quando se envolvem totalmente, disponibilizam
suas habilidades em benefício da empresa.
Princípio 4 - Abordagem de Processo: resultados almejados são mais
facilmente atingíveis quando recursos e atividades e eles relacionados são
gerenciados por processos.
65
Princípio 5 – Abordagem de Sistema para a Gestão: identificar, entender e
gerir um sistema de processos inter-relacionados para um determinado objetivo
otimiza a eficácia e eficiência da organização.
Princípio 6 – Melhoria Contínua: a melhoria contínua deve ser um objetivo
constante da organização.
Princípio 7 – Abordagem Factual para a tomada de Decisões: decisões
eficientes são baseadas em análises de dados e de informações.
Princípio 8 – Relacionamento com Fornecedores visando o benefício mútuo: as organizações e seus fornecedores são interdependentes e uma relação de
benefício mútuo, amplia para ambos a possibilidade de agregar valor.
Estes oito princípios de gestão da qualidade formam a base para as
normas de sistema de gestão da qualidade na família NBR ISO 9000.
Ferramentas da qualidade As ferramentas utilizadas como instrumento para Gestão da Qualidade permitem
visualizar e entender os problemas, propor soluções e monitorar os processos:
TÉCNICAS DE BRAINSTORMING
CICLO PDCA
5´s
ISO (International Organization for Standardization) Organização Internacional
para Normalização, localizada em Genebra, Suíça. A sigla ISO é uma referência á
palavra grega ISO, que significa igualdade.
O propósito da ISO é desenvolver e promover normas e padrões mundiais
que traduzem o consenso dos diferentes países do mundo de forma a facilitar o
comércio internacional. A ISO tem 130 países membros, a ABNT é o
representante brasileiro.
A norma internacional ISO 9001, implantada desde 2000, permite sistematizar
a qualidade e garantir a padronização de todos os procedimentos, o registro de
66
todas as etapas e a rastreabilidade a qualquer momento, criando um verdadeiro
diferencial para as farmácias certificadas.
Família ABNT ISO 9000 ISO 9000:2005 – Sistema de Gestão da Qualidade, Fundamentos e Vocabulário
ISO 9001:2008 – Sistema de Gestão da Qualidade e Requisitos
ISO 9004:2009 – Sistema de Gestão da Qualidade, Diretrizes para Melhoria de
Desempenho.
Contudo as empresas podem ainda contratar empresas certificadoras que
após uma auditoria de certificação, avaliarão a conformidade ou não do Sistema
de Gestão de Qualidade e poderão emitir um certificado de conformidade, em
geral válidos por 3 anos.
APOSTILA DE AULAS PRÁTICAS DE FARMACOTÉCNICA
NORMAS PARA AS AULAS PRÁTICAS DE FARMACOTÉCNICA
1) Regras de segurança: queimaduras, cortes, acidentes com os olhos e incêndios.
2) Instruções gerais para o laboratório
• É proibido fumar no laboratório.
• É proibido comer no laboratório.
• É obrigatório o uso de avental, máscara e touca.
• Os alunos são responsáveis pelo material da bancada. Em caso de quebra ou extravio, o material deverá ser reposto.
• O material utilizado assim como a bancada devem estar perfeitamente limpos após o término das tarefas.
3) Relatórios de aula prática (quando houver)
67
• O relatório deverá ser entregue na data prevista.
• O relatório deve ser feito individual ou em grupo conforme solicitado pelo professor.
• A falta na aula prática implica em ZERO no relatório.
OBS: Os relatórios que não obedecerem aos requisitos acima serão anulados (nota ZERO).
A- INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS MAIS USADOS EM FARMACOTÉCNICA
1. Almofariz (Gral) e Pistilo
2. Béquer
3. Cálice
4. Cápsula de porcelana
5. Espátula
6. Funil de vidro
7. Papel de filtro
8. Pedra de mármore e placa de vidro
9. Pipeta
10. Proveta
11. Tamis
B- RÓTULO (modelo)
Fundação Educacional Manoel Guedes
Escola Técnica DrGualter Nunes
Disciplina de Farmacotécnica
Álcool comercial ...................... 70%
Água destilada ...... qsp...... 1000ml
Contém 1000ml
Uso externo
68
C- OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS BÁSICAS
PESAGEM DE DROGAS
- Balança
- Conversão de pesos
- Substituição de pesagem por operações de volume
MEDIDA DE VOLUME
- Substâncias que se encontram em solução
- Vidrarias usadas
- Diluição de soluções
- Uso de conta-gotas para pequenos volumes
- Normas para uso do material graduado
D- ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
pi - ããF.S.A. q.sq.s.p
E- ACONDICIONAMENTO
- Funções do material de acondicionamento
- Escolha do material
F- FORMULAÇÕES PREVISTAS PARA AULA PRÁTICA
SOLUÇÃO
ERRINO ISOTONICO
Cloreto de benzalcônio ................................................................................. 0,01%
Cloreto de sódio...............................................................................................0,9%
69
Nipagin ...........................................................................................................0,15%
EDTA.................................................................................................................0,1%
Água destilada..........,.....................................q.s.p...........................................100%
F.S.A. – 50mL
SOLUÇÃO DE DIPIRONA
Dipirona.......................................................................................................... 5,0g
Água destilada.......................................................... q.s.p............................ 10ml
F.S.A.
SOLUÇÃO ANTIMICÓTICA
Iodo....................................................................................................................2,0%
Iodeto de potássio..............................................................................................................2,5%
Ácido benzóico ................................................................................................. 2,0%
Ácido salicílico .................................................................................................. 2,0%
Glicerina .............................................................................................................2%
Álcool 70%...............................................................q.s.p................................. 100%
F.S.A. – 50 mL
ÁGUA BORICADA
Ácido bórico ........................................................................................................3%
Nipagin ............................................................................................................ 0,1%
Água destilada.....................................q.s.p ................................................... 100%
F.S.A. – 50 mL
SOLUÇÃO ANTI-SÉPTICA
Triclosan............................................................................................................0,3%
Álcool etílico.......................................................................................................15%
Glicerina............................................................................................................ 10%
70
Água destilada...........................q.s.p.............................................................. 100%
F.S.A. – 50 mL
XAROPE SIMPLES
Sacarose .............................................................................................................. 85%
Nipagin...................................................................................................................0,2%
Água destilada............................................q.s.p.................................................. 100%
F.S.A. – 120 mL
XAROPE EXPECTORANTE
Extrato fluido de guaco.............................................................................................5%
Extrato fluido de própolis.........................................................................................10%
Xarope simples tipo II...........................................q.s.p......................................... 100%
F.S.A. – 50 mL
ELIXIR PAREGÓRICO
Tintura de arnica................................................................................................5%
Cânfora .......................................................................................................... 0,5%
Ácido benzoico ............................................................................................... 0,5%
Glicerina .............................................................................................................5%
Essência de anis.........__................................................................................0,5%
Xarope simples................................................................................................. 20%
Álcool etílico........................................................q.s.p................................ 100%
ÁLCOOL 70% (77GL)
Colocar o álcool na proveta e utilizar alcoômetro para achar o GL. Anotar temperatura do líquido no momento. Verificar o GL dado no alcoômetro com a tabela de líquidos e achar o correspondente Gl a esse na temperatura de 15-20graus. Usar esse valor no cálculo C1 V1 = C2 V2 e o valor de 77 para o álcool 70%
71
SUSPENSÃO
SUSPENSÃO DE HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO
Hidróxido de Alumínio ............................................................................................. 8%
Carboximetilcelulose sódica ................................................................................... 1%
Glicerina ................................................................................................................. 10%
Essência Hortelã .................................................................................................... 2gts
Metilparabeno.. ...................................................................................................... 0,2%
Água destilada..........................................................q.s.p......................................100%
F.S.A.
72
POMADA
POMADA BRANCA
Cera de abelhas ................................................................................................. 6%
Lanolina.................................................................................................................12%
Vaselina sólida........................q.s.p ....................................................................100%
F.S.A.
POMADA PARA CONTUSÕES
Cânfora................................................................................................................. 3%
Salicilato de metila................................................................................................. 1%
Mentol .....................................................................................................................3%
BHT....................................................................................................................0,01%
Propilparabeno...................................................................................................0,02%
Pomada branca.......................................q.s.p.................................................... 100%
F.S.A.
GEL
GEL DE NATROSOL
Natrosol.................................................................................................................0,2%
Propilenoglicol......................................................................................................... 4%
Nipagin................................................................................................................ 0,1%
Água........................................q.s..p..................................................................... 100%
F.S.A.
GEL DE CARBOPOL
Carbopol .............................................................................................................. 1%
Propilenoglicol...................................................................................................... 4%
73
Nipagin .............................................................................................................. 0,1%
Glicerina+............................................................................................................... 4%
Água...................................................q.s.p........................................................ 100%
F.S.A.
GEL DE SEPIGEL
Sepigel .............................................................................................................. 5%
Propilenoglicol...................................................................................................... 5%
Nipagin .............................................................................................................. 0,2%
Silicone............................................................................................................... 3%
Água...................................................q.s.p........................................................ 100%
F.S.A.
EMULSÃO
CREME COLD CREAM
Cera de Abelhas.................................................................................................12,5%
Vaselina líquida......................................................................................................62%
Propilparabeno......................................................................................................0,1%
BHA.....................................................................................................................0,05%
Borato de sódio........................................................................................................1%
Metilparabeno........................................................................................................0,2%
Água destilada/deionizada.....................................q.s.p..........................................30g
CREME PARA OS PÉS
Ácido Salicílico ....................................................................................................... 5%
Vitamina E................................................................................................................2%
Silicone ................................................................................................................... 2%
Glicerina.................................................................................................................. 5%
Cold Cream ..................................q.s.p.................................................................100g
74
CREME LANETTE
Cera lanette N® (álcoois graxos+alquil sulfato de sódio) ...................................... 12%
Miristato de isopropila .............................................................................................. 8%
BHT.......................................................................................................................0,05%
Uniphen®.............................................................................................................. 0,75%
Propilenoglicol............................................................................................................ 5%
EDTA ...................................................................................................................... 0,1%
Água destilada .......................................................................................................... 50g
PASTA
PASTA D’ÁGUA
Óxido de zinco .........................................................................................................25%
Amido .......................................................................................................................25%
Glicerina ...................................................................................................................35%
Água de cal ..............................................................................................................35%
F.S.A – 40g
Água de cal
Óxido de cálcio .........................................................................................................10g
Água destilada ..................................................q.s.p......................................... 1000mL
PÓ
TALCO ANTISSÉPTICO
Irgasan .......................................................................................................................1%
Mentol .................................................................................................................... 0,1%
75
Essência de hortelã .................................................................................................. q.s
Talco...............................................q.s.p ................................................................100%
F.S.A.
GRANULADO
GRANULADO EFERVESCENTE
Bicarbonato de sódio ............................................................................................50%
Ácido cítrico ........................................................................................................50%
Aroma artificial ....................................................................................................... 5%
Goma arábica em pó finíssimo ............................................................................2,0%
F. S. A.
CÁPSULA
CÁPSULA GELATINOSA DE CÁSCARA SAGRADA
Cáscara sagrada .............................................................................................. 500mg
Talco ................................................................................................................500mg
Preparar 30 cápsulas.
F. S. A .
CÁPSULA GELATINOSA DE GUARANÁ
Extrato seco de Guaraná 5% ________________________________________ 500 mg
Preparar 30 cápsulas
F. S. A .
CÁPSULA GELATINOSA DE ALCACHOFRA
Extrato seco de Alcachofra __________________________________________ 250 mg
Amido________________________________________________________ 146,54 mg
Preparar 30 cápsulas
76
SUPÓSITÓRIO
SUPOSITÓRIO DE GLICERINA
Glicerina ............................................................................................................. 30%
Propilparabeno ................................................................................................... 0,1%
Manteiga de cacau ............................................................................................20%
Manteiga de cacau ............................................................................................50%
F. S. A .
REFERÊNCIAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, Disponível em: www.abnt.org.br AULTON, M. E. – Delineamento de Formas Farmacêuticas, Porto Alegre, Artmed Editora, 2ª ed.,2005. Costa, A.O.; Cruz, E.A.; Galvão, M.S.S.; Massa, N.G. Esterilização e desinfecção: fundamentos básicos, processos e controles. São Paulo: Cortez, 1990. Farmacopéia Brasileira. 4 ed. São Paulo: Atheneu Editora; 1988 HELOU, J.H., CIMINO, J.S. & DAFFRE, C. Farmacotécnica. São Paulo: Artpress, 1975.
77
ANSEL, H. C.; POPOVICH, N. G.; ALLEN, L. V. Farmacotécnica: formas farmacêuticas e sistema de liberação de fármacos. 6. ed. Tradução por Terezinha Oppido. São Paulo: Premier, 2000. 568 p.
BATISTUZZO, J. A. O.; ITAYA, M.; ETO, Y. Formulário Médico-Farmacêutico. 1 ed. São Paulo: Tecnopress, 2000. 421 p.
Legislação Sanitária: Disponível em: http://www.itanhaem.sp.gov.br/servicos/leis/lei_10.083- 98_codigo_sanitario_estadual.doc
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC 44/2009. Disponível em: http//:www.anvisa.org.br
AGUIAR, V. S.; BORBA, E. R. C.; VILANOVA, C. M.; COSTA, D. M. C.; COUTINHO, D. F. Avaliação das infrações sanitárias cometidas em farmácias magistrais no município de São Luís-MA. Rev Pesq Saúde,11(3): 46-49, set-dez, 2010 Farmacopéia Brasileira. 4 ed. São Paulo: Atheneu Editora; 1988 FERREIRA, A.O. Guia Prático de Farmácia Magistral. 2.ed., São Paulo: Pharmabooks, 2002. Legislação Farmacêutica. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/legis/consolidada/lei_5991_73.htm MARTINDALE the extra pharmacopeia. 31 ed. London: Royal Pharmaceutical Society, 1996, 2739p. MERCK index. 13 ed. Whitehouse Station, Merck Research Laboratories, Division of Merck & Co., 2001, 1741p PRISTA, L.N. & ALVES, A.C. Técnologia Farmacêutica. Ed. Lisboa: Fundação CalousteGulbenkian, 1996. THOMPSON, J. E. – A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos. Porto Alegre, Artmed Editora, 1ª ed., 2006.
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