a lenda do loureiro 2
Post on 07-Jul-2015
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Narrador – Vamos contar-vos uma história que se passou há muitos anos atrás, na Grécia.
Narrador – Na montanha mais alta deste país, o Olimpo, viviam doze deuses.
Apolo – Eu sou o mais belo dos deuses do Olimpo. Sou o senhor da Arte, da Música e da Medicina.
Apolo – Além de ser muito belo, manejo muito bem o meu arco de prata. E sabem o que vou fazer com ele?
Vou matar a terrível serpente Piton, porque ela, da sua caverna, no Monte Parnaso, assusta todas as pessoas desta terra.
Narrador – Mas Cupido, o deus do Amor, irritado com toda esta vaidade, decidiu fazer-lhe uma partida.
Cupido – Vou mostrar-lhe como eu sou superior a ele. Para lhe mostrar a superioridade das minhas flechas, vou atirar duas.
Cupido – Uma, a de ouro, vou atirá-la a Apolo e vou fazer com que ele fique apaixonado.
Cupido – A outra, de chumbo, que afasta o amor, vou atirá-la sobre a bela ninfa Dafne
Cupido – Assim, ele ficará apaixonado por ela e ela não o vai querer.
Apolo – Ai, fui ferido por uma flecha! E estou a sentir-me apaixonado! Sinto...sinto-me apaixonado por Dafne! Vou conquistá-la, estou tão apaixonado!
Dafne – Que horror, não quero saber dele! Eu não quero namorados!
Narrador – Dafne corria tanto que até parecia que tinha asas nos pés.
Apolo – Não me fujas, Dafne Querida. Deixa-me tocar-te, deixa-me beijar-te. Amo-te muito.
Narrador - Apolo corria imenso e Dafne fugia, cada vez mais desesperada.
Dafne - Ele está quase a apanhar-me. Já me sinto sem forças.
Narrador – De repente, Dafne viu o pai entre as árvores
Dafne – Pai, salva-me, muda-me a forma do meu corpo para que ele me deixe em paz.
Narrador – O pai fez o que a filha pediu.
Pneu – Está bem, minha filha. Vou ajudar-te.
Narrador - Quando Apolo estava quase a tocar-lhe os cabelos...
Dafne – Estou a sentir-me estranha. Ah! Os meus membros e o meu corpo estão a revestir-se de casca!
Dafne – Os meus cabelos transformaram-se em folhas, os meus braços mudaram-se em ramos e galhos, os meus pés
cravaram-se na terra, como raízes.
Apolo – Minha amada, estás a transformar-te em arbusto. Estás a transformar-te ...
…em loureiro!
Narrador - Apolo abraçou-se aos ramos e beijou ardentemente a casca.
Apolo - Já que não podes ser minha esposa, serás a minha planta preferida e eternamente me acompanharás.
Apolo - Usarei as tuas folhas sempre verdes como coroa e participarás em todos os meus triunfos, consagrando com a tua verdura perfumada todos os
heróis.
Narrador - Foi assim que o loureiro ficou associado ao belo e luminoso deus, símbolo do seu amor pela ninfa Dafne.
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