a identificaÇÃo precoce no autismo
Post on 11-Jan-2016
72 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
A IDENTIFICAÇÃO PRECOCE NO AUTISMO
CAROLINA LAMPREIA
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIAPUC-Rio
1º Encontro Brasileiro para Pesquisa em Autismo. Porto Alegre, 23/04/2010.
Lampreia, C. 2
Idades de surgimento do autismo
Autismo Precoce (early onset) → nos primeiros 12 meses
Autismo Tardio (late onset)
Regressão (perda de habilidades depois de desenvolvimento típico) → por volta dos 18 meses
Regressão (perda de habilidades depois de desenvolvimento atípico)
Lampreia, C. 3
DSM-IV-TR e CID 10 como instrumentos de diagnóstico
Categorias do desenvolvimento precoce Contato visual direto Expressão facial Posturas corporais Gestos para regular interação Não mostrar Não trazer Não apontar Ausência reciprocidade social ou emocional Ausência de jogos de imitação
Lampreia, C. 4
Outros instrumentos de diagnóstico
ADI-R (Autism Diagnostic Interview-Revised) → mais de 100 itens de entrevista com pais nas 3 áreas de diagnóstico – Cs de 3 a 5 anos (idade mental > 18 meses)(Lord, Rutter & Le Couteur, 1994)
ADOS (Autism Diagnostic Observation Schedule) → situações estandardizadas de observação nas 3 áreas de diagnóstico – 4 módulos segundo nível de desenvolvimento (Lord, Rutter, DiLavore, & Risi, 1999)
CARS (Childhood Autism Rating Scale ) → escala de 15 itens para observação pelo avaliador (ou pais ou educador) – Cs, adolescentes, adultos(Schopler, Reichler & Renner, 1988)
Lampreia, C. 5
CARS
1. Relacionamento interpessoal 2. Imitação3. Resposta emocional 4. Expressão corporal 5. Uso do objeto 6. Adaptação a mudanças 7. Uso do olhar8. Uso da audição9. Uso do paladar, olfato e do tato10. Medo e nervosismo11. Comunicação verbal 12. Comunicação não-verbal 13. Atividade14. Grau e consistência das respostas de inteligência15. Impressão geral
Lampreia, C. 6
PontuaçãoSem evidência de anormalidade → 1Grau leve de anormalidade → 2Grau moderado → 3 Grau severo → 4
Resultado15 – 29,5 → normal30 – 36,5 → autismo leve/moderado > 37 → autismo severo
Lampreia, C. 7
Importância da identificação precoce
Intervenção precoce que visa minimizar ou eliminar efeitos secundários de dano biológico primário
Entendimento da tríade de prejuízos
Entendimento dos diferentes perfis ou graus de severidade
Entendimento dos diferentes cursos de surgimento
Lampreia, C. 8
Relato dos pais
A maioria dos pais nota anormalidades nos 2 primeiros anos :– idade média de reconhecimento = 18 meses– 30% antes dos 12 meses– 80% aos 2 anos (Chawarska, Paul, Klin, Hannigen, Dichtel & Volkmar, 2007)
Lampreia, C. 9
Preocupações relatadas pelos pais
Atraso na fala e desenvolvimento linguagem
Nível anormal de responsividade social
Regressão em 20-33% dos casos podendo envolver perda de palavras, vocalizações, comunicação não-verbal (contato ocular, gestos), interação diádica, imitação, jogo faz-de-conta
Os relatos pelos pais de regressão não indicam necessariamente um desenvolvimento anterior normal, nem anormalidades precoces excluem regressão
Lampreia, C. 10
Estudos sobre a Identificação Precoce do Autismo
RETROSPECTIVOS - Identificação precoce entre 12 e 24 meses, por meio de:- categorias de estudos de vídeos familiares- comportamentos de atenção compartilhada - instrumentos específicos
PROSPECTIVOS - Identificação antes dos 12 meses por meio de:- estudos de bebês de alto-risco de autismo (com
irmãos autistas)
Lampreia, C. 11
Estudos retrospectivos no 2º ano de vida
Vídeos familiares
Definição: vídeos feitos pela família em situações naturais de festa do 1º aniversário, banho, brincadeiras, passeio, etc.
Lampreia, C. 12
Categorias discriminativas em vídeos
Categorias discriminativas (AU X AD e/ou DT):
- orientação para o nome- olhar para face do outro- olhar para objetos com outros- aversão a toque social
Lampreia, C. 13
Atenção compartilhada
SEGUIR ATENÇÃO: - seguir o apontar (12-15 meses)- seguir o olhar (12-15 meses)- imitação de ação instrumental (15-18 meses)- imitação de ação arbitrária (12,9 meses)
DIRIGIR ATENÇÃO: - gestos protodeclarativos (12-15 meses) – mostrar e apontar- gestos protoimperativos (13 meses) – apontar - linguagem referencial (> 15 meses) (Carpenter, Nagell, e Tomasello, 1998)
Lampreia, C. 14
Instrumentos entre 12 e 24 meses
CHAT → 18 meses [Q-CHAT em fase de validação (Allison e col., 2008)
M-CHAT → 24 meses
SORF → 12-24 meses
Lampreia, C. 15
Instrumentos e categorias discriminativas
CHAT (Checklist for Autism in Toddlers) 18 meses (Baron-Cohen e cols., 1992)
9 perguntas em questionário para mãe e 5 itens de observação pelo pediatra
Focaliza categorias comunicativas (simbólicas) características das interações triádicas:- protodeclarativo- seguir o apontar- jogo de faz-de-conta
M-CHAT (Modified CHAT ) 24 meses(Robins, Fein, Barton & Green, 2001)
questionário do CHAT + 23 perguntas para mãe
Lampreia, C. 16
CSBS DP/SORF (Systematic Observation of Red Flags for ASD) entre 12 e 24 meses (Wetherby, Woods, Allen, Cleary, Dickinson & Lord, 2004)
Inclui 29 itens, derivados dos critérios de diagnósticopara TEA e pesquisas com crianças pequenas comTEA, agrupados em 5 áreas: 1. interação social recíproca 2. gestos3. sons e palavras4. comportamentos repetitivos e interesse restrito 5. regulação emocional
Lampreia, C. 17
Categorias discriminativas em instrumentos
- protodeclarativo
- jogo de faz-de-conta- seguir o apontar- contato ocular- expressão calorosa- resposta ao nome- coordenação olhar/gesto- prosódia- movimentos repetitivos com o corpo e com objetos
Lampreia, C. 18
Estudos prospectivos antes dos 12 meses
Tabela 1: Metodologia de estudos com bebês de alto-risco de autismo (Journal of Autism and Developmental Disorders, 2007, 37, 1)
8 Estudos
Início avaliação (meses)
Periodicidade avaliações
Categorias avaliadas
13 5 mensal (entre 5 e 14 ms.) motor + vocalização (vídeo)
10 6 bimestral (entre 6 e 18 m) afeto, atenção compartilhada
1 6 semestral (entre 6 e 36 m) atenção/fixação visual
14 4 dez meses (entre 4 e 54 m) cognição, linguagem
9 6 uma vez aos 6 ms. atenção/fixação visual, afeto
2 12 12 e 18 ms. estereotipias (vídeo)
3 14 aos 14 ms. atenção compartilhada
11 12 aos 12 ms. atenção compartilhada
Lampreia, C. 19
Instrumentos para a identificação no 1º ano
AOSI → 6-18 meses (avaliação estandardizada)
ITC → 6-24 meses (questionário)
FYI → 12 meses (questionário)
ESAT → 14-15 meses (questionário)
Lampreia, C. 20
AOSI (Autism Observation Scale for Infants) – 6-18 meses(Bryson, Zwaigenbaum, McDermott, Rombough & Brian, 2008) Avaliação estandardizada – 18 itens de observação
I tens com incentivo I tens observados ao longo avaliação
Seguir com olhar
Balbucio social
Desengajamento da atenção Contato ocular
Sorriso social recíproco Coordenação olhar e ação
Resposta diferencial para emoção facial Reatividade comportamento
Antecipação social Responsividade ao carinho
Orientação ao nome Responsividade ao ser acalmado
Imitação Interesse social e afeto compartilhado
Transições de uma atividade a outra
Controle motor
Comportamento motor atípico
Comportamento sensorial atípico
Lampreia, C. 21
ITC (Infant-Toddler Checklist) - 6-24 meses(Wetherby, Brosnan-Maddox, Peace & Newton, 2008)
Questionário para pais – 24 perguntas
Emoção e contato ocular (4) Comunicação (4) Gestos (5) Sons (3) Palavras (2) Compreensão (2) Uso de objeto (4)
Lampreia, C. 22
FYI (First Year Inventory) - 12 meses(Reznick, Baranek, Reavis, Watson & Crais, 2007)
Questionário para pais – 63 perguntas
Domínio da comunicação social = 28 Orientação social e comunicação receptiva (9) Engajamento socioafetivo (8) Imitação (6) Comunicação expressiva (5)Domínio das funções sensoriais reguladoras = 24 Processamento sensorial (6) Padrões regulatórios (4) Reatividade (3) Comportamentos repetitivos (11)Questões fora de um construto = 9
Lampreia, C. 23
ESAT (Early Screening of Autistic Traits) - 14-15 meses(Swinkels, Dietz, Daalen, Kerkhof, Engeland & Buitelar, 2006)
Questionário para pais e psicólogo – 14 itens em 2 fases
1ª FASE 1. interesse em diferentes tipos de objetos e não
principalmente em carros ou botões 2. pode brincar com brinquedos de maneira variada
(não apenas botar na boca) 3. expressa sentimentos (chorar, sorrir) em momentos
apropriados → 50% dos TEA4. reage de maneira normal a estimulação sensorial
(frio, calor, luz, som, dor, cócega) → 50% dos TEA
Um ‘não’ em um item manda passar para 2ª faseSublinhados = comportamentos que diferenciam TEA aos 14 meses
Lampreia, C. 24
2ª FASE
5. pode dizer pela cara da criança o que ela sente6. é fácil fazer contato ocular com C 7. tenta atrair atenção (chorando, chamando) depois
de ter ficado sozinha8. está livre de movimentos estereotipados repetitivos 9. traz objetos ou mostra algo10. demonstra interesse em adultos ou Cs 11. gosta de ser abraçada (cuddle)12. sorri para pessoas 13. gosta de brincar com outros (esconde-esconde,
cavalgar em joelhos, balançar)14. reage quando chamada olhando, sorrindo, falando,
balbuciando
3 ‘nãos’/14 significa alto-risco de TEASublinhados = comportamentos que diferenciam TEA aos 14 meses
Lampreia, C. 25
Vigilância x Rastreamento
A identificação precoce do autismo pode ser realizada com vistas a um rastreamento (screening) ou a uma vigilância (surveillance).
São atividades diferentes, embora relacionadas. Ambas envolvem detectar prejuízos com vistas à prevenção ou melhora de uma incapacidade.
Lampreia, C. 26
Vigilância → se refere à coleta atual e sistemática de dados relevantes para a identificação de um transtorno ao longo do tempo por um sistema integrado de saúde
Rastreamento → tem como objetivo a identificação prospectiva de um transtorno não reconhecido, através de testes ou exames específicos (Baird, Charman, Cox, Baron-Cohen, Swettenham, Wheelwright &
Drew, 2001)
Lampreia, C. 27
Falar em rastreamento e vigilância significa ter de avaliar um número enorme de crianças. Para tal, os instrumentos utilizados devem ser de fácil aplicação em dois sentidos:
1) não requererem um treinamento complexo e laborioso, e
2) demandarem pouco tempo de aplicação já que serão aplicados à população em geral, em
situações de rotina.
Lampreia, C. 28
Categorias relacionais/qualitativas
Se concebermos o autismo como um ‘distúrbio de contato afetivo’ como Kanner, é extremamente importante considerar e incluir categorias qualitativas/afetivas de avaliação
Lampreia, C. 29
Pesquisa Carolina LampreiaA Investigação de Sinais Precoces de Risco de
Autismo em Bebês com Irmãos Autistas
Objetivo geral: investigar longitudinalmente o desenvolvimento das interações mãe-bebê em bebês com irmão com diagnóstico de autismo e compará-las com as interações de bebês sem risco de autismo
Objetivo específico: identificar diferenças nas interações dos dois grupos de bebês que possam indicar risco de autismo e identificar diferenças nas respostas sensoriais dos dois grupos
Lampreia, C. 30
Método
Participantes:
10 bebês de 3-6 meses até 12 meses (follow-up até 24 meses)
2 grupos: - 5 bebês com irmão AU - 5 bebês sem risco de AU
Lampreia, C. 31
Procedimento
Avaliação irmãos AU : DSM-IV-TR + CARS + Bayley
Bebês filmados, mensalmente, até completarem 12 meses de idade, nas seguintes situações:
1. interação face-a-face mãe-bebê: mãe ‘dialoga’ com bebê à sua frente, por 3 minutos
2. interação mãe-bebê-objeto: mãe ‘dialoga’ com bebê à sua frente, a respeito de objeto, por 3 minutos.
Avaliação mensais de itens do AOSI e de experimentos
Aplicação AOSI aos 6, 12 e 18 meses
Lampreia, C. 32
Avaliação bebês quanto a:
a. possíveis disfunções de processamento sensorial através do Test of Sensory Functions in Infants (TSFI) de DeGangi &
Greenspan (1989) em 3 sessões de observação: primeira e última sessões e uma sessão intermediária.
b. possíveis características de autismo através do CARS (Schopler, Reichler & Renner, 1988) e
c. possível atraso do desenvolvimento através do Bayley (Bayley, 2005), na última sessão.
Lampreia, C. 33
Análise dos vídeos
1. Categorias discretas: Sorriso / contato ocular / vocalização / toque
2. Categorias afetivas:a. engajamento afetivo: avaliação subjetiva
pontuada em 3 níveis (sem conexão emocional, alguma conexão, conexão emocional forte)
b. fluxo da interação: avaliação subjetiva pontuada em 3 níveis (intercâmbio mínimo, pouco harmonioso, muito harmonioso)
(García-Pérez, Lee & Hobson, 2007)
Lampreia, C. 34
Recomendações para a vigilância precoce do autismo
Sensibilizar e informar profissionais das áreas da saúde e educação sobre sinais precoces de risco de autismo
Informar sobre as possibilidades de uma intervenção precoce
Adotar avaliação rotineira de crianças até os 2 anos de idade com instrumento de simples aplicação
Lampreia, C. 35
Instrumento de Vigilância Precoce do Autismo
Lampreia, C. e Lima, M.M.R. (2008) Instrumento de Vigilância Precoce do Autismo: Manual e Vídeo. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Loyola.
Lampreia, C. 36
RegressãoDefinição
Criança perde todas as palavras espontâneas e permanece muda por 6 meses (Kurita, 1996)
Perda habilidades adquiridas, por 3 meses, exibidas espontaneamente (palavras, gestos, contato ocular, uso funcional de objetos)(Bernabei, Cerquiglini, Cortesi & D’Ardia, 2007)
Parece ser específica dos TEA mas não universal(Kurita, 1996; Chawarska, Paul, Klin, Hannigen, Dichtel & Volkmar, 2007)
Lampreia, C. 37
Tipos de surgimento da regressão
É preciso desemaranhar idade de surgimento e idade de reconhecimento
Gradual (em semanas) ou agudo (súbito)(Goldberg, Osann, Filipek, Laulhere, Jarvis, Modahl, Flodman & Spence, 2003)
Perda habilidades pouco desenvolvidas, entre 12-18 meses, no contexto de atraso do desenvolvimento (social e comunicação)
Desenvolvimento parece totalmente normal → é mais raro(Bernabei, Cerquiglini, Cortesi & D’Ardia, 2007)
Lampreia, C. 38
Idade das perdas: por volta de 18-21 meses(Goldberg, Osann, Filipek, Laulhere, Jarvis, Modahl, Flodman & Spence, 2003)
Taxa de regressão: por volta de 33% dos casos(Goldberg, Osann, Filipek, Laulhere, Jarvis, Modahl, Flodman & Spence, 2003)
Prognóstico: desenvolvimento intelectual menos
favorável depois de perda da fala (Kurita, 1996)
Recuperação (fala, contato ocular, orientação nome, interação social): 75% entre 3,5-5 anos, após intervenção (Goldberg, Osann, Filipek, Laulhere, Jarvis, Modahl, Flodman & Spence, 2003)
Lampreia, C. 39
Tipos de Regressão*
Habilidades % % Só Outras (contato ocular, orientação nome, + de 5 palavras, jogos sociais, respostas sociais, imitação)
38,1
38,0
Linguagem + Outras simultaneamente
35,7
Linguagem + Outras 1º 19,0
62,0
Só Linguagem 4,8
Outras + Linguagem 1º 2,4
* Regression Supplement Form (Goldberg, Osann, Filipek, Laulhere, J arvis, Modahl, Flodman & Spence, 2003)
Lampreia, C. 40
Para o entendimento da regressão
Habilidades expressivas podem surgir através de desenvolvimentos básicos como vocalizações parecidas com fala. A perda dessas vocalizações no TEA pode ocorrer quando falham as conexões necessárias para ligar essas expressões a uma rede de comunicação simbólica.
Dessa maneira, o número de regressões verdadeiras pode ser muito menor do que é relatado.
Lampreia, C. 41
Pode haver várias vias diferentes para um diagnóstico de AU e TEASOE. A identificação de várias trajetórias de desenvolvimento, sua relação com subtipos fenotípicos e o papel de mecanismos neurocomportamentais e genéticos subjacentes deverão ser buscados por meio de estudos longitudinais prospectivos com bebês com irmãos autistas. (Chawarska, Paul, Klin, Hannigen, Dichtel & Volkmar, 2007)
Lampreia, C. 42
REFERÊNCIASAllison, C., Baron-Cohen, S., Wheelwright, S., Charman, T., Richler, J.,
Pasco, G. & Brayne, C. (2008) The Q-CHAT (Quantitative CHecklist for Autism in Toddlers): A Normally Distributed Quantitative Measure of Autistic Traits at 18–24 Months of Age: Preliminary Report. Journal of Autism and Developmental Disorders, (38), 1414–1425.
Asperger, H. (1991/1944) 'Autistic Psychopathy' in Childhood. Em U. Frith (org.), Autism and Asperger Syndrome. Cambridge: Cambridge University Press.
Baron-Cohen, S., Allen, J. e Gillberg, C. (1992) Can Autism be Detected at 18 Months ? The Needle, the Haystack, and the CHAT. British Journal of Psychiatry, 161, 839-843.
Baird, G., Charman, T., Cox, A., Baron-Cohen, S., Swettenham, J. Wheelwright, S. & Drew, A. (2001) Screening and surveillance for autism and pervasive developmental disorders. Archives of Disease in Childhood, 84, 6, 468-475.
Bayley, N. (2005) Bayley Scales of Infant and Toddler Development - III. Harcourt Assessment.
Bernabei, P., Cerquiglini, A., Cortesi, F. & D'Ardia, C. (2007) Regression versus no regression in the autistic disorder: Developmental trajectories. Journal of Autism and Developmental Disorders, 37, 3, 580-588.
Lampreia, C. 43
Bryson, S.E., Zwaigenbaum, L., McDermott, C., Rombough, V. & Brian, J. (2008) The Autism Observation Scale for Infants: Scale Development and Reliability Data. Journal of Autism and Developmental Disorders, 38, 731-738.
Carpenter, M., Nagell, K. e Tomasello, M. (1998) Social Cognition, Joint Attention, and Communicative Competence from 9 to 15 Months of Age. Monographs of the Society for Research in Child Development, Serial No. 255, vol. 63, No. 4.
Chawarska, K., Paul, R., Klin, A., Hannigen, S., Dichtel, L.E. & Volkmar, F. (2007) Parental recognition of developmental problems in toddlers with Autism Spectrum Disorders. Journal of Autism and Developmental Disoders, 37, 1, 62-72.
DeGangi, G.A. & Greenspan, S.I. (1989) Test of Sensory Functions in Infants (TSFI). Los Angeles: Western Psychological Services.
García-Pérez, R.M., Lee, A. & Hobson, R.P. (2007) On intersubjective engagement in autism: A controlled study of nonverbal aspects of conversation. Journal of Autism and Develomental Disorders, 37, 7, 1310-1322.
Lampreia, C. 44
Goldberg, W.A., Osann, K., Filipek, P.A., Laulhere, T., Jarvis, K., Modahl. C., Flodman, P. & Spence, M.A. (2003) Language and other regression: Assessment and timing. Journal of Autism and Developmental Disorders, 33, 6, 607-616.
Kanner, L. (1943) Autistic Disturbances of Affective Contact. Nervous Child, 2, 217-250.
Kurita, H. (1996) Specificity and developmental consequences of speech loss in children with pervasive developmental disorders. Psychiatry and Clinical Neurosciences, 50, 181-184.
Lord, C., Rutter, M. & Le Couteur, A. (1994) Autism Diagnostic Interview-Revised: A revised version of a diagnostic interview for caregivers of individuals with possible Pervasive Developmental Disorders. Journal of Autism and Developmetal Disorders, 24 (5), 659-685.
Lampreia, C. 45
Lord, C., Rutter, M., DiLavore, P.C. & Risi, S (1999) Autism Diagnostic Observation Schedule-WPS. Los Angeles: Western Psychological Services.
Reznick, J.S., Baranek, G.T., Reavis, S., Watson, L.R. & Crais, E.R. (2007) A parent-report instrument for identifying one-year-olds at risk for an eventual diagnosis of autism: The First Year Inventory. Journal of Autism and Developmental Disorders, 37, 9, 1691-1710.
Robins D.L., Fein, D., Barton M.L. & Green, J.A, (2001). The Modified Checklist for Autism in Toddlers: An Initial Study Investigating The Early Detection of Autism and Pervasive Developmental Disorder. Journal of Autism and Developmental Disorders, 31, 2, 131-143.
Rutter, M. (1972) Childhood Schizophrenia Reconsidered. Journal of Autism and Childhood Schizophrenia, 2, 4, 315-337.
Schopler, E., Reichler, R.J. & Renner, B.R. (1988) The Childhood Autism Rating Scale (CARS). Los Angeles, Ca: Western Psychological Services.
Lampreia, C. 46
Stern, D. (1992) O Mundo Interpessoal do Bebê. Uma Visão a partir da Psicanálise e da Psicologia do Desenvolvimento. Porto Alegre: Artes Médicas.
Swinkels,S., Dietz, C., Daalen, E,v., Kerkhof, I.H.G.M., Engeland, H.v. & Buitelar, J.K. (2006) Screening for autistic spectrum in children aged 14-15 months. I: The development of the Early Screening of Autistic Traits Questionnaire (ESAT). Journal of Autism and Developmental Disorders, 36, 6, 723-732.
Wetherby, A.M., Woods, J., Allen, L., Cleary, J., Dickinson, H. & Lord, C. (2004) Early indicators of autism spectrum disorders in the second year of life. Journal of Autism and Developmental Disorders, 34, 5, 473-493.
Wetherby, A., Brosnan-Maddox, S., Peace, V. & Newton, L. (2008) Validation of the Infant-Toddler Checklist for autism spectrum disorders from 9 to 24 months of age. Autism, 12, 5, 487-511.
top related