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A HIDROVIA COMO VETOR DE DESENVOLVIMENTO E DE INTEGRAÇÃO
MULTIMODAL DO BRASIL E DA AMÉRICA DO SUL
2018
I N S T I T U T O D E E N G E N H A R I A
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DE HIDROVIAS DO INSTITUTO DE ENGENHARIA
Os rios, que tanto ajudaram a desbravar o Brasil e toda a América do Sul no passado, precisam reassumir o seu importante papel de vetor de desenvolvimento e integra-ção regional e de transporte de bens.
Para alcançar ganhos ambientais e econômicos signi-ficativos, cargas terrestres devem migrar para uma ma-triz equilibrada e integrada hidro-ferro-rodoviária, nesta ordem. Manter o modelo atual, altamente rodoviarista, com prejuízos constantes por conta de estradas precá-rias e congestionamentos, perpetuará o Brasil como um país de desempenho secundário no cenário mundial.
O Brasil tem as condições ideais para recuperar, a médio prazo, o uso intensivo de seus rios, lagos e canais para o transporte hidroviário de cargas em direção aos centros de consumo do País e do Mercosul e, sobretudo, aos portos marítimos.
O Instituto de Engenharia, com base numa avaliação exaustiva e um processo de análise conjunta da socie-dade, do governo e, em específico, dos setores agrícola e industrial, propõe um plano para uma política específica de transporte nas vias navegáveis interiores centrado em cinco domínios estratégicos:
MERCADOLevar ao conhecimento das autoridades públicas e de empresas de transportes e logística as vantagens do transporte por vias navegáveis interiores.
Atrair o tradicional mercado de transporte de grãos e novos nichos, como resíduos e reciclagem, merca-dorias perigosas, transporte de veículos e cargas indivi-síveis de grandes dimensões, assim como o transporte flúvio marítimo.
Intensificar projetos de integração modal, de modo a beneficiar o sistema porta a porta. Encorajar relações empresariais com foco no uso das hidrovias. Promover ações que facilitem o acesso a altos investimentos.
Incentivar empresários do setor a ampliar negócios na hidrovia e atrair novos investidores e parceiros do governo, além de avaliar benefícios fiscais.
FROTAMelhorar a eficiência da logística e o desempenho em termos ambientais e de segurança.
Inovar no desenho das embarcações e na automa-tização para conquistar uma logística mais eficiente e custos de exploração mais baixos.
Estudar conceitos inovadores para operações e transbordo. Introduzir tecnologias para reduzir o con-sumo de combustível e as emissões nocivas, como a
hidrodinâmica, melhor sistema de propulsão, filtragem.Estudar o uso dos biocombustíveis.
EMPREGO E QUALIFICAÇÃO DE PESSOALInvestir no capital humano. Assegurar a existência de instituições de ensino e formação no setor.
Adaptar os cursos às atuais necessidades de gestão, tecnologias, linguísticas e náuticas.
Incluir nos programas de ensino de logística a nave-gação interior.
IMAGEMDivulgar as potencialidades reais do setor em termos de qualidade e confiabilidade.
Promover a navegação interior como parceira comercial de sucesso.
Tornar responsabilidade conjunta da indústria, dos políticos e das administrações a melhoria da imagem da navegação interior e abrir caminho para uma rede de transportes reequilibrada. INFRAESTRUTURAMelhorar a rede intermodal
Lançar um plano de desenvolvimento que vise a melhoria e a manutenção das infraestruturas de navegação interior e das instalações de transbordo, para tornar o transporte interestadual por vias na-vegáveis mais eficiente e respeitador das exigên-cias ambientais.
Estabelecer programas urgentes de eliminação dos pontos de estrangulamento, conciliando objeti-vos políticos, como transportes, energia, ambiente e mobilidade sustentável, com a implantação de Plataformas Logísticas.
Ampliar os trechos navegáveis com a construção de eclusas em barramentos existentes e não dotados de sistemas de transposição. Construir novas transposi-ções em trechos restritos à livre navegabilidade.
Aplicar, aos níveis federal, regional e local, planos de ordenamento territorial e políticas econômicas que sal-vaguardem os locais à beira de água para fins logísticos.
Aliar o plano de promoção de hidrovias a um plano de desenvolvimento regional.
Promover serviços de informação fluvial que apoiem o planejamento e a gestão do tráfego e das operações de transporte e contribuam para o uso mais eficiente e seguro das vias navegáveis, eclusas, pontes e terminais, por meio da otimização da transferência eletrônica de dados e de operações de logística.
E S P Í R I T O S A N T O
PARÁ
AMAZONAS
RORAIMAAMAPÁ
ACRE
RONDÔNIA
MATO GROSSO
MATO GROSSO DO SUL
MINASGERAIS
SÃO PAULO
PA R A N Á
RIO GRANDE DO SUL
URUGUAI
PARAGUAI
ARGENTINA
BOLÍVIA
COLÔMBIA
VENEZUELA
S A N TA C ATA R I N A
GOIÁS
TOCANTINSBAHIA
PIAUÍ
CEARÁ RIO GRANDE DO NORTE
PARAÍBA
PERNAMBUCO
ALAGOAS
SERGIPE
MARANHÃO
F O R TA L E Z A
A Ç A I L Â N D I A
M AC A P Á
C U I A B Á
C A M P O G R A N D E
PA L M A S
S A LVA D O R
V I T Ó R I A
B E LO H O R I Z O N T E
R I O D E JA N E I R O
E I XO LO G Í ST I C O N O R T E
E I XO LO G Í ST I C O S U L
A R AC A J U
M AC E I Ó
R E C I F E
J O Ã O P E S S OA
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B R A S Í L I A
G O I Â N I A
R I O G R A N D EB U E N O S A I R E S( A RG )
A S U N C I Ó N( PA R )
E ST R E L A
F LO R I A N Ó P O L I S
C U R I T I B A
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P E D E R N E I R A ST I E T Ê
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R I O D E JA N E I R O
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PA R A N AG U Á
S A N T O S
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M A N A U S
P O R T O V E L H O
M I R I T I T U B A
V I L A D O C O N D E
A N A P Ó L I S
N U E VA PA L M I R A( U R U )
S A N TA F É ( A RG )
RIO
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S A N TA F É D O S U L
T R E C H O F E R R OV I Á R I O
T R E C H O H I D R OV I Á R I O
G R A N D E S P O R T O S
C O N E X Õ E S M O D A I S
VANTAGENS DAS HIDROVIASEmbora tenha amplas vantagens logísticas e ambientais, hoje, o modo aquaviário responde por apenas 13,6% da matriz de movimentação de cargas do País, enquanto o rodoviário atinge 61,1% e o ferroviário, 20,7%, de
acordo com a CNT. Em algumas regiões da Europa, as hidrovias representam 40% do total.
Segundo a Administração da Hidrovia Paraná (Ahrana), o transporte de cargas por hidrovias causa menor impacto no meio ambiente: representa 3% da poluição atmosférica e zero da sonora, ante 91% e 64%,
respectivamente, da atividade rodoviária. As ferrovias provocam apenas 4% da poluição do ar e 10% da sonora.
Além disso, a capacidade de transporte aquaviário é bastante superior. Um veículo aquático com quatro barcaças empurradas, por exemplo, carrega 7 mil toneladas líquidas. Para levar o mesmo volume são necessários 175
vagões de trem, de 40 toneladas cada um, e 280 veículos rodoviários pesados, de 25 toneladas cada um.
EIXOS HIDROVIÁRIOS LONGITUDINAIS
INTERLIGAÇÃO HIDROFERROVIÁRIA
R E A L IZ AÇ ÃO A P O I O
EQUIPE DO PROJETOPresidente do Instituto de Engenharia
Eduardo Lafraia
Coordenador da Divisão Técnica de LogísticaJosé Wagner Ferreira
ColaboradorRui Gelehrter Lopes
Coordenação editorialGeorge Paulus
EdiçãoMarisa Folgato
Direção de arteMarcio Penna
INSTITUTO DE ENGENHARIAAv. Dr. Dante Pazzanese, 120
Vila Mariana, São Paulo – SP, 04012-180Telefone: (11) 3466-9200
WWW.INSTITUTODEENGENHARIA.ORG.BR
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